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Eduardo Kneese de Mello | Arquiteto ƒ

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A quem pertence o mundo? Antes de mais nada, às multidões anônimas que povoam os casebres das grandes cidades, aos trabalhadores, às massas que, se esperava, viriam a ser os verdadeiros autores da história, a estas responderam, cada um a seu modo e segundo a situação existente em seu país, os pioneiros da arquitetura “moderna”, colocando seus conhecimentos, seu talento e seu entusiasmo a seu serviço do que eles acreditavam ser o “sentido da história”. É por isso que o “moderno” não foi para eles um estilo, mas uma causa pela qual freqüentemente sacrificaram aquilo que, para maior parte de seus colegas, constituía justamente a gratificação que se poderia esperar do exercício tradicional da profissão de arquiteto: dinheiro e fama.

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Desde sua consolidação, na Europa, no início dos anos de 1920, o Movimento Moderno esteve identificado com preocupações sociais, priorizando o atendimento às demandas da produção em massa, relacionadas à urbanização e à industrialização. Nesse sentido, ahabitação coletiva, englobando seus equipamentos, que já vinha se fazendo tema da arquitetura, tornou-se objeto de fundamental interesse por parte dos arquitetos modernos.

O contexto econômico, social e político em que se consolidam as posturas do Movimento Moderno na arquitetura e no urbanismo deve ser considerado. Este contexto é o do pós-guerra, Primeira Guerra Mundial (1914–1918). Na Europa Ocidental, regiões inteiras foram devastadas:

As destruições bélicas e sobretudo a parada das atividades produtivas durante a guerra impõem graves e urgentes tarefas de reconstrução. Onde quer que o problema de moradias já se encontrava presente antes da guerra, este se torna agudo no pós-guerra, e sobretudo depois de alguns anos, graças à retomada do crescimento demográfico .(BENEVOLO, 1998, p. 390).

Figura 3: Estudos realizados pela comissão do Stroïkom para a construção de habitações-tipo econômicas. Arquitetos Moisei Guinzburg, Mikhail Barshch, Alexander Pasternak, Grigory Sum-Shik e Vyacheslav Vladimirov.

Fonte: De Feo, 2005, p. 246.

Figura 4: Plantas, detalhe pilotis e foto da fachada das habitações Narkomfin, 1928-1929. Arquitetos Moisei Guinzburg, Ignaty Millins.

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Na Rússia, a Revolução de Outubro de 1917 levou os bolcheviques ao poder, passando-o, assim, “às mãos dos representantes daqueles para quem não existia até então nem arquitetura nem urbanismo.”. (KOPP, 1990, p. 16). A revolução demoliu as instituições do Estado burguês e estabeleceu premissas para um novo modo de vida, agora socialista. A

reconstrução do modo de vida foi uma das tarefas mais importantes a que se atribuíram os artistas em geral e os arquitetos em particular.

É nesse contexto que aparecem os “funcionalistas”, o “Novembergruppe”, na Alemanha; Le Corbusier e o movimento do “L’Espirit Nouveau”, na França. É a revolução que proporciona aos futuristas russos um campo de ação política e social. (KOPP, 1990, p. 17).

Entre as vanguardas européias, o construtivismo soviético foi o movimento artístico que “mais incisivamente propalou idéias verdadeiramente revolucionárias no campo da arquitetura e do urbanismo.”. (BARBARA, 2004, p. 60). Sua origem como movimento artístico autônomo ocorreu em 1922, com o livro manifesto de Alexis Gan, intitulado O Construtivismo. Os percussores do movimento participaram diretamente da revolução cultural, orientando, ensinando e conscientizando a coletividade.

Os arquitetos construtivistas, coligados à estética da máquina, estavam reunidos em torno da OSA (União dos Arquitetos Contemporâneos), organização associada à transformação revolucionária da sociedade, criada em 1925 a partir de uma divisão da ASNOVA (Associação dos Novos Arquitetos, 1923) – organização que, apesar de também ser identificada com a estética da máquina, tinha reduzida referências políticas.

A OSA assumiu a tarefa de formular os programas necessários e as formas-tipo para uma sociedade socialista emergente, preocupando-se também com as questões mais

Figura 6: Habitações dos Sovietes de Leningrado sobre o Karpovka, 1931-34. Arquitetos Evgeny Levinson e Igor Fomin. Fonte: De Feo, 2005, p. 237. Figura 5: Habitações do Gostrach,

Moscou, 1928. Arquiteto Moisei Guinzburg.

Fonte: De Feo, 2005, p. 252.

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amplas da distribuição de energia e da dispersão da população. Assim, suas preocupações básicas eram: primeiro, a questão da moradia comunitária (dom-kommuna) e a criação de unidades sociais apropriadas, e, segundo, o processo de distribuição, ou seja, o trânsito em todas as suas formas. (FRAMPTON, 1997, p. 209).

Em 1928, o Stroïkom (Comitê de Construções Estatais) instituiu um grupo de pesquisa para estudar a padronização da moradia, sob a liderança do arquiteto Moisei Guizburg. A obra desse grupo levou ao desenvolvimento de uma série de unidades entre 27 e 30 metros quadrados que ao serem agrupadas e somadas aos equipamentos coletivos formavam dom komunna ou residência comunal. O melhor exemplo desse tipo de habitação é o edifício construído por M. Guizburg e I. Millins, em Moscou, entre 1928-1929, para os funcionários do Comissariado Popular das Finanças, Narkomfin. Apesar da experiência do dom kommuna não ter sido bem-sucedida, não só por sua falta de aceitação social, o construtivismo soviético teve um papel importante na discussão sobre as novas formas de habitar, exprimindo o caráter revolucionário dessa arquitetura.

A incapacidade da OSA de desenvolver propostas suficientemente concretas para o planejamento em grande escala ou a criação de tipos de moradia que se ajustassem às necessidades e aos recursos de um Estado socialista assediado, em conjunto com a tendência paranóide de censura e controle que se manifestou sob o governo de Stalin, tiveram o efeito de eclipsar a arquitetura “moderna” da União Soviética. (FRAMPTON, 1997, p. 213).

A discussão sobre a habitaçãotambém estava presente na Alemanha durante a República de Weimar (1919 a 1933), pois as condições de vida dos operários, funcionários e empregados do país, mesmo antes da guerra, eram alarmantes; e, nos anos do pós-guerra essas condições degradaram-se ainda mais. Segundo Anatole Kopp, a própria

Figura 9: Detalhe da fachada das habitações Narkomfin, Moscou, 1928-1929. Arquitetos Moisei Guinzburg, Ignaty Millins.

Fonte: KOPP, 1990, p. 100.

Figura 8: Detalhe da fachada das habitações Narkomfin, 1928-1929. Arquitetos Moisei Guinzburg, Ignaty Millins.

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concepção da habitação precisaria ser revista para que fosse possível cobrir o déficit acumulado durante a guerra (aproximadamente um milhão de alojamentos) e substituir os cortiços operários do século XIX.

A idéia da busca de um objetivo comum, do avanço coletivo e solidário para o futuro pareciam ser sem dúvida melhor expressos por um conjunto arquitetônico importante e agrupado do que por habitações dispersas em meio a jardins individuais.

Além disso, o agrupamento de habitações em grandes conjuntos tornava os contatos e trocas entre os habitantes mais fáceis e justificava a presença de equipamentos coletivos complexos; além do mais, esses agrupamentos davam uma impressão de segurança e defesa contra um mundo exterior hostil. (KOPP, 1990, p. 45).

Nesta época surgiram os arquitetos do Neues Bauen (Nova Arquitetura), como Ernst May, Bruno Taut, Hannes Meyer, Walter Gropius, Mies van der Rohe, entre outros. Para estes arquitetos, o objetivo da nova arquitetura era a melhoria das condições de vida da coletividade e a transformação da sociedade. As idéias comuns a esses arquitetos eram: funcionalismo, industrialização e máquina de morar.

OsSiedlungen, grandes conjuntos habitacionais alemães dos anos de 1920 e início dos anos de 1930, que comportam centenas de habitações e equipamentos coletivos, são, no que se refere a sua arquitetura e composição de construção, resultado dos novos métodos de concepção arquitetônica: científicos e higienistas.

É verdade que este tipo de construção gera uma grande monotonia, particularmente evidente em algumas realizações de Ernst May em Frankfurt, mas bem menos nas de Bruno Taut em Berlim. Mas essa uniformidade, que não resulta apenas da escolha da orientação mais favorável quanto à insolação, mas também da repetição dos planos de

Figura 10: Vista do espaço interior do Siedlung Bruchfeldstrasse em Frankfurt am Main, ao fundo, a creche e a lavanderia coletiva. Os imóveis eram de três andares com seis apartamentos cada. Arquiteto Ernst May (1926-27).

Fonte: KOPP, 1990, p. 49.

Figura 11: Nas obras de Ernst May , em Frankfurt am Main, a pré-fabricação foi utilizada em larga escala.

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habitação e dos métodos industriais de produção, é explicada na época como expressão da igualdade de todos em matéria de habitação. Todos têm o mesmo direito e essa igualdade exprime-se visualmente pela uniformidade e a repetição. (KOPP, 1990, p.51).

A habitação esteve, ainda, em discussão nas primeiras edições dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM). A proposta era estudar essa questão para extrair soluções adequadas às condições de produção e de uso dos espaços. O papel da Alemanha na discussão e produção da habitação social foi proeminente.

O problema da célula de habitação era uma questão já amplamente desenvolvida em alguns países europeus, particularmente a Alemanha, onde, desde a primeira década do século, essa questão figurava como um tema que reunia industriais da construção, intelectuais, arquitetos e as classes trabalhadoras. A questão da moradia operária foi tratada na Alemanha como um tema a ser resolvido pelo Estado, através da associação dos interesses dos trabalhadores e dos produtores industriais. (BARONE, 2002, p. 29).

Desta forma, o 2º congresso do CIAM (1929) teve como tema Habitação Mínima e foi realizado em Frankfurt, cidade esta escolhida por suas realizações na área da habitação. Organizado pelo arquiteto Ernst May1, este congresso, apresentou, confrontou e discutiu as células de habitação realizadas e estudadas em diferentes países participantes do congresso, apresentadas em um mesmo padrão de desenho. Os arquitetos dedicaram especial atenção à organização interna dos ambientes, ao desenho do mobiliário e equipamentos. A discussão conseguiu, apenas, colocar o problema da habitação, o congresso não foi conclusivo, mas segundo Kopp (1990, p. 53):

1 O arquiteto Ernst May exerceu o cargo de Engenheiro de Obras Públicas na cidade de Frankfurt, por

iniciativa do Presidente da Câmara Municipal Ludwig Landmann, no período de 1925 a 1930.

Figura 12: Fachada do bloco 6 - Siedlung Dammerstock, em Karlsruhe, 1927-28. Arquiteto Walter Gropius.

Fonte: BERDINI, 1996, p. 91.

Figura 13: Vista principal do bloco de Interbau Hansaviertel em Berlim, 1956. Arquitetos Walter Gropius e N. Fletcher.

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Mesmo assim foi uma importante medida para o conhecimento por todos os participantes das pesquisas e das soluções existentes nos diferentes países, constituindo um passo importante em direção a uma espécie de internacionalização sócio-cultural dos problemas da habitação.

Em 1930, o 3º congresso do CIAM, realizado em Bruxelas, ampliou a questão do projeto da habitação e teve como tema Métodos Construtivos Racionais. O congresso procurou explorar as diferentes maneiras de agrupar as habitações entre si e seus equipamentos. A conferência mais importante do congresso foi proferida por Walter Gropius em

Construção baixa, média ou alta?, que questionava a altura das construções, mais especificamente de conjuntos habitacionais, que deveriam ser analisados em função dos métodos construtivos, densidade e formas distintas de ocupação do terreno. Conforme Mario Figueroa Rosales (2002, p. 110-111):

Na sua influente conferência, “Construção baixa, média ou alta?”, é representativa do esforço da arquitetura funcionalista em limitar os parâmetros que intervem no projeto arquitetônico, para aqueles puramente técnicos, possíveis de serem normatizados. Apesar do aparente reducionismo a demonstração quase matemática de Gropius expõe com clareza a relação entre a densidade populacional, a altura dos edifícios e a distancia entre eles, tomando como referência um conjunto residencial composto de blocos laminares. Os dois esquemas apresentados usando como parâmetro em um o espaço livre e no outro a densidade favorecem o raciocínio de construir em altura pelo aumento significativo da densidade e do espaço livre obtidos. A apresentação destas reflexões e experiências desenvolvidas tanto para a cidade jardim como para a cidade histórica consolida um modelo amplamente utilizado na década de 20 e que durante os anos 30 se imporá como solução canônica para os problemas de habitações coletivas de

Figura 14: Fachada principal do Siedlung Weissenhof em Stuttgart, 1927. Arquiteto Mies van der Rohe.

Fonte: SPAETH, 1986, p. 50.

Figura 15: Fachada posterior do Siedlung Weissenhof em Stuttgart, 1927. Arquiteto Mies van der Rohe.

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interesse social. Mas a repetição inconseqüente e a crítica desta fórmula, principalmente nos anos posteriores a 2º Guerra Mundial, acabam por esgotar e desacreditar este modelo.

As idéias sobre o habitar moderno, na França, foram estudadas e difundidas por Le Corbusier, como é notório. Segundo Kopp (1990, p. 128),

O conceito de habitação de Le Corbusier tem três fontes principais: o monastério da cartuxa de Ema em Firenze; a Residência Comunal (Dom-Kommuna) soviética e os navios transatlânticos nos quais ele frequentemente viajava para a Argélia, os Estados Unidos e a América Latina. O elemento arquitetônico que agrupa o conjunto de células habitacionais frequentemente mudará de forma, passando do Imóvel – Vila à Unidade Habitacional de Tamanho Adequado de Marselha, passando pelas fitas contínuas e curvas de Alger e pelas fileiras com ressaltos da Cidade Radiosa.

Le Corbusier, em seus projetos utópicos para a Ville Contemporaine (1922), Plan Voisin

(1925) e Ville Radieuse (1931), pretendia conciliar o aproveitamento intensivo do solo com as vantagens higiênicas e estéticas do urbanismo moderno, ao propor torres isoladas ou grandes edifícios laminares como tipologias ideais para abrigar os usos e densidades da cidade moderna. Em seu Immeuble-Villa, adaptação da Maison Citrohan (1920), propôs a ocupação residencial intensiva em edifícios, onde cada apartamento correspondia a uma casa com jardim situada a uma altura qualquer do nível da calçada.

A concretização de sua proposta habitacional ocorreu em 1945 quando projetou a Unidade de Habitação, em uma região periférica da cidade de Marselha (1945-52). O projeto, paradigma do edifício residencial moderno, teve muitos de seus conceitos reproduzidos

Figura 16: Croqui do Immeuble-Villa, 1922. Arquiteto Le Corbusier. Fonte: BOESIGER, 1994, p. 14.

Figura 17: Unidade de Habitação em Marselha, 1945-52, vista do boulevard Michelet. Arquiteto Le Corbusier.

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em todo o mundo. Foi concebido como uma construção que englobasse, além da habitação, seus prolongamentos, tais como: lazer, comércio e serviços de uso local.

A Unidade de Habitação é um edifício de uso misto, onde dois pavimentos intermediários (o sétimo e o oitavo) reúnem programas de comércio e serviços, como lojas, escritórios, um restaurante e um hotel. O comércio é direcionado à população residente, mas os escritórios e o hotel incorporam o uso público ao interior do edifício. A parte residencial é uma lâmina de dezessete pavimentos sobre pilotis permitindo a continuidade do território urbano, reunindo uma grande quantidade de apartamentos (337 unidades) – a grande maioria duplex de três dormitórios. A cobertura é um terraço-jardim, um amplo espaço livre para estar e recreação, onde se encontram algumas construções de usos específicos, assim como: creche, piscina, ginásio, salão de festas, palco a céu aberto e as chaminés de forma amebóides.

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1.1 Arquitetura Moderna no Brasil e Habitação

A Arquitetura Moderna repercutiu no Brasil influenciada não só pelas realizações européias no período entre guerras, mas também pelo debate internacional dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM). Após a Primeira Guerra Mundial, as vanguardas européias exerceram grande influência no Brasil, quando nele, o Movimento Moderno emergiu contando com a contribuição do pensamento de alguns grupos de intelectuais e artistas, principalmente paulistas.

Em 1925, o arquiteto Gregori Warchavchik publicou o primeiro manifesto sobre Arquitetura Moderna no Brasil2 sob o título de Futurismo? no jornal em língua italiana Il Piccolo, em São Paulo, e posteriormente, no Correio da Manhã, Rio de Janeiro, publicou o artigo sob o título Acerca da Arquitetura Moderna. Esses artigos provocaram muita discussão em um meio onde ainda a profissão de arquiteto não era reconhecida. Ainda no mesmo ano, o

Figura 19: Edifício de apartamentos (1927-1935), Avenida Angélica, Santa Cecília. Arquiteto Julio de Abreu Jr. Fonte: XAVIER, LEMOS, CORONA, 1983, p. 1.

Figura 20: Edifício Columbus (1930-1934), Avenida Brigadeiro Luis Antonio, República. Arquiteto Rino Levi. Fonte: ANELLI, GUERRA e KON, p. 60, 2001.

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Figura 22: Edifício Barão de Limeira (1938-1940), Alameda Barão de Limeira, Santa Cecília. Arquiteto Gregori Warchavchik.

Fonte: MINDLIN, 1999, p. 108.

Figura 23: Edifício Santa Amália (1942-1943), Rua Piauí, Higienópolis. Arquiteto Lucjan Korngold.

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arquiteto Rino Levi enviou de Roma para o jornal O Estado de São Paulo sua carta -manifesto intitulada A arquitetura e a estética das cidades, resultando em uma das primeiras manifestações por uma arquitetura moderna no Brasil.

Contudo, foi, principalmente, após a Segunda Guerra Mundial (1939–1945) que o Movimento Moderno confirmou-se na Arquitetura Brasileira, sucedendo ao pioneirismo anterior. Naquele momento, a aceleração dos processos de urbanização e industrialização trazia à tona a questão habitacional, que logo foi assumida como tema pela Arquitetura Moderna Brasileira2, assim como nos países europeus.

A partir do governo de Getúlio Vargas (1930 – 1945), o Estado passou à gestão e produção da habitação com o quesito social. Os arquitetos modernos brasileiros envolvidos com a produção da habitação social adotaram as linhas gerais definidas pelo Movimento Moderno

que apontavam para a integração entre a técnica, estética, funcionalidade e economia, a fim de garantir financeiramente o atendimento aos trabalhadores de baixa renda. Esses arquitetos adaptaram os modelos europeus à realidade brasileira, trabalharam a idéia da unidade de habitação e, nos anos 1940 e 1950, foram responsáveis por uma significativa produção de habitação social de boa qualidade promovida principalmente pelos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).

Essa arquitetura brasileira derivou progressivamente da doutrina funcionalista definida pelos grandes mestres europeus das décadas de 10 a 30 e, principalmente, da

2 Sobre este tema, discorrem alguns autores, citamos: BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no

Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 1981; FICHER, Sylvia; ACAYABA, Marlene Milan. Arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Projeto Editores, 1982; MINDLIN, Henrique E. Arquitetura Moderna no Brasil. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 1999; SEGAWA, Hugo. Arquiteturas no Brasil 1900 – 1990. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1997; XAVIER, Alberto. Depoimento de uma geração. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Figura 24: Edifício Prudência (1944-1948), Avenida Higienópolis, Higienópolis. Arquitetos Rino Levi e Roberto Cerqueira César. Fonte: Acrópole, 1945, nº. 81, p. 287.

Figura 25: Edifício Louveira (1946-1949), Rua Piauí, Pacaembu. Arquiteto João Batista Vilanova Artigas. Fonte: ARTIGAS, 1997, p. 56.

Figura 26: Copan (1950-1955), Avenida Ipiranga, República. Arquiteto Oscar Niemeyer.

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interpretação pessoal racionalista e prática dada por Le Corbusier. A recusa das formas tradicionais de construção também provinha da negação de seus significados culturais. O modelo da casa unifamiliar e isolada em loteamentos convencionais foi praticamente abandonado. Surge uma nova preocupação com o barateamento da construção através da racionalização, industrialização e verticalização, e ainda a inclusão de diferentes equipamentos coletivos nos programas para a habitação social. Além disso, os arquitetos preocupavam-se também grandemente com o mobiliário da habitação popular.

(RUPRECHT, 2003, p. 69-70).

Segundo Maria Ruth Amaral (2002), um grupo importante de arquitetos modernos marcou a paisagem paulistana, realizando projetos de habitação econômica no período compreendido entre 1930 e 1964, principalmente a partir de 1940, quando, principalmente, em São Paulo, grande parte dos arquitetos abandonou sua formação acadêmica para seguir os princípios do Movimento Moderno. Entre eles, figura Eduardo Kneese de Mello. O arquiteto destaca-se, ainda, por ter atuado na produção de habitação tanto a serviço do poder público como para a iniciativa privada, tendo em vista que:

O Estado não deu conta de atender a toda a demanda, nem era essa a sua intenção, que talvez residisse mais em demonstrar que estava atuando no setor e em fornecer modelos do que considerava adequado ao abrigo desse novo brasileiro. Por sua vez, a produção privada não foi abalada pela competição, tampouco se retirou do mercado. Muito pelo contrario, como o Estado nessa época tomou a dianteira e até serviu de guia, a produção privada da habitação econômica seguiu-lhe os passos, tomando-o muitas vezes até como exemplo, embora seus objetivos fossem outros, e, acima de tudo, a obtenção de maior lucratividade, que foi conseguida pela introdução de novos padrões

Figura 27: Edifício Nações Unidas (1952-1959), Avenida Paulista, Bela Vista. Arquiteto Abelardo de Souza. Fonte: XAVIER, LEMOS, CORONA, 1983, p. 35.

Figura 28: Edifício Lausanne (1953-1958), Avenida Higienópolis, Higienópolis. Arquiteto Franz Heep. Fonte: Acrópole, 1958, nº. 239, p. 504.

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Figura 30: Edifício Arper (1959- 1962), Rua Pernambuco, Higienópolis. Arquiteto David Libeskind.

Fonte: Acrópole,1962, nº. 282, p. 188.

Figura 31: Edifício Guaimbê (1962-1964), Rua Haddock Lobo, Jardim Paulista. Arquiteto Paulo Mendes da Rocha.

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de valorização imobiliária e acumulação na construção civil, e na exploração máxima da terra urbana. (SAMPAIO, 2002, p. 24).

A Lei do Inquilinato

A Lei do Inquilinato foi implantada em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas, Estado Novo (1937-1945), com a finalidade de regulamentar a relação entre inquilinos e proprietários de imóveis e o mercado de aluguéis. Essa regulamentação foi uma das principais causas da transformação ocorrida nas formas de provisão habitacional no Brasil e em São Paulo, pois desestimulou a produção rentista e transferiu ao Estado e aos próprios trabalhadores a responsabilidade de produzir suas moradias (BONDUKI, 1999).

Essa legislação, assim como diversas outras do mesmo período, estava repleta de contradições.

Instrumento de defesa da economia popular; estratégia de destruição da classe improdutiva dos rentistas; medida para reduzir o custo de reprodução da força de trabalho; instrumento de política econômica para acelerar o crescimento do setor industrial, forma de legitimação do Estado populista – tudo isso explica a emergência e a permanência do congelamento dos alugueis. A complexa composição política do Estado Novo e da democracia liberal pós-1945, baseada num pacto de classes, permitiu que cada medida adotada pelo Estado atendesse interesses diferentes e contraditórios.

(BONDUKI, 1999, p. 245).

Uma das contradições geradas pela nova legislação foi que alguns de seus itens permitiram a multiplicação das ações de despejos, e outros estimularam a construção de novas unidades habitacionais e prédios de escritórios, favorecendo o aparecimento de

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novos edifícios. Inclusive, alguns desses beneficiaram-se das obras de reurbanização da cidade propostas pelo Plano de Avenidas desenvolvido por Prestes Maia. Este plano consolidou-se após 1938, quando, nomeado por Vargas, Prestes Maia assumiu a prefeitura de São Paulo.

A execução do plano atingiu em grande parte a área central da cidade, ocorrendo demolições para que os proprietários dos imóveis edificassem novas, maiores e melhores construções, garantindo-lhes o despejo de antigos inquilinos e a possibilidade de realizar futuras locações a preços maiores. Agravou-se, portanto, a escassez de imóveis baratos no centro, obrigando os trabalhadores a procurar imóveis na periferia da cidade.

(GALESI, 2002, p. 95).

As contradições da ação governamental se expressaram também no fato de serem parte de um projeto para se instituir uma política habitacional, que deveria contribuir na montagem de um suposto Estado de Bem Estar Social. Uma das mais importantes medidas tomadas nessa direção foi a criação de instituições que, entre outras atribuições, passaram a gerir fartos recursos financeiros a serem investidos no setor de produção habitacional, como foi o caso dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs).

Os Institutos de Aposentadorias e Pensões

Os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) foram os primeiros órgãos federais criados para operar na produção de moradia, a partir de uma política habitacional para o Brasil. Os resultados obtidos por esse órgão são exemplares, mas nunca responderam à altura da carência habitacional devido à extensão do problema. Não se pode dizer que foi uma produção quantitativamente irrelevante, ao contrário. No entanto, foi fruto de uma

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resultados necessários para a efetiva resolução do problema, como ocorrera, no pós-guerra, em alguns países da Europa.

Os IAPs foram responsáveis pelo primeiro grande programa empreendido pelo Estado para a construção de habitação. É importante ressaltar, também, que, “pela primeira vez em São Paulo, os arquitetos modernos tiveram a oportunidade de desenvolver projetos para obras de caráter público, ligados a um órgão do governo seja ele municipal, estadual ou federal” (BARBARA, 2004, p. 56).

A criação dos IAPs iniciou-se, em 1923, com a Lei Elói Chaves que regulamentou a previdência social, por meio das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), constituídas a partir de contribuições dos empregados, empregadores e governo. Dez anos mais tarde, entre 1933 e 1938, criaram-se os Institutos de Aposentadorias e Pensões.

Os institutos representaram uma tentativa de estender a previdência social ao conjunto de assalariados urbanos. Seus recursos patrocinaram uma importante alternativa de investimentos públicos, num período em que o Estado implantava sua política desenvolvimentista direcionada à criação de uma infra-estrutura industrial. Os institutos eram: IAPM (marítimos), IAPB (bancários), IAPC (comerciários), IAPI (industriários), IAPETEC (condutores de veículos e empregados de empresas de petróleo) e IAPE (estivadores).

A partir de 1937, um decreto federal possibilitou a atuação dos IAPs no campo habitacional ao estabelecer que poderiam destinar parte de suas reservas ao financiamento de moradias. A falta de uma regulamentação comum entre os IAPs acabou refletindo atuações distintas em relação aos serviços prestados.

Figura 34: Edifício Anchieta (IAPI, 1941). Arquitetos Marcelo e Milton Roberto.

Fonte: XAVIER, LEMOS, CORONA, 1983, p. 8.

Figura 35: Implantação do Conjunto Residencial da Várzea do Carmo (IAPI, 1942), segundo projeto original. Arquitetos Attílio Correia Lima e equipe.

Fonte: BONDUKI, 1998, p. 184.

Figura 36: Implantação realizada no Conjunto Residencial da Várzea do Carmo (IAPI, 1942). Arquitetos Attílio Correia Lima e equipe.

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As operações imobiliárias do IAPI foram, posteriormente, adotadas pelos demais institutos e eram baseadas em três planos (BONDUKI, 1999):

ƒ locação e venda de unidades habitacionais em conjuntos residenciais,

ƒ financiamento aos associados para aquisição da moradia ou construção em terreno próprio,

ƒ empréstimos hipotecários feitos a qualquer pessoa física ou jurídica.

O período em que se concentrou a maior produção dos IAPs foi a década de 1940. Esta década foi marcada, ainda, pelo início da atuação do Departamento de Habitação Popular da Prefeitura do Rio de Janeiro, criado em 1946, e que, através da construção de conjuntos residenciais, como o Pedregulho (Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes, 1946), projeto do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, deu continuidade aos pressupostos modernos da produção habitacional.

Assim, parte significativa dos arquitetos envolvidos com a produção de habitação social – sobretudo no âmbito dos IAPs e do departamento de Habitação Popular do DF – adotou a atitude de projeto concebida pelo movimento moderno, buscando compatibilizar ‘economia, prática, técnica e estética’ (FERREIRA 1940:79), com o objetivo de viabilizar financeiramente o atendimento de trabalhadores de baixa renda, garantindo dignidade e qualidade arquitetônica. (BONDUKI, 1999, p. 134).

Dos institutos, o IAPI, coordenado por Carlos Frederico Ferreira, foi o que mais assumiu esses pressupostos modernos, buscando aliar qualidade e quantidade. Todos buscaram, em geral, colocar as unidades ao alcance da maioria dos associados, isto é, estabelecendo o preço mínimo sem sacrificar, todavia, as condições indispensáveis de higiene e conforto.

Figura 37: Implantação do Conjunto Residencial da Mooca (IAPI, 1944). Arquiteto Paulo Antunes Ribeiro. Fonte: The Architectural Forum (Magazine Building), 1947, v. 87, n°5, s/ p.

Figura 38: Detalhe dos edifícios construídos para o Conjunto Residencial da Mooca (IAPI, 1944). Arquiteto Paulo Antunes Ribeiro. Fonte: BONDUKI, 1998, p. 187.

Figura 39: Implantação do Conjunto Residencial Cidade Jardim (IAPC, 1944). Arquitetos Eduardo Kneese de Mello e Hélio Duarte (maternidade e escola). Fonte: acervo RALMF.

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Os conjuntos dos IAPs realizaram o desejo de produzir habitação em massa para as classes menos favorecidas, através da incorporação de novos processos construtivos, de novas técnicas e da racionalização da construção, o que resultou muitas vezes na repetição da unidade e numa nova proposta de organização do espaço urbano. Entre os principais projetos realizados pelos IAPs em São Paulo destacam-se:

ƒ Edifício Anchieta, na Av. Paulista (IAPI), projetado por Marcelo e Milton Roberto em

1941. (projeto para altos funcionários administrativos do IAPI – 72 unidades habitacionais, sendo que doze destas eram duplex).

ƒ Conjunto Residencial da Várzea do Carmo (IAPI), projetado por Attílio Correia Lima

e equipe em 1942. (4038 unidades habitacionais no projeto original, sendo realizadas somente 600).

ƒ Conjunto Residencial da Móoca (IAPI), projetado por Paulo Antunes Ribeiro em

1944. (576 unidades habitacionais).

ƒ Conjunto Residencial Cidade Jardim (IAPC), projetado por Eduardo Kneese de Mello e Hélio Duarte (maternidade e escola) em 1944. (1076 unidades habitacionais – projeto não executado).

ƒ Edifício Japurá (IAPI), projetado por Eduardo Kneese de Mello e Roberto Burle

Marx (paisagismo) em 1945. (310 unidades habitacionais, sendo 288 duplex no edifício principal, e 22 quitinetes no bloco menor situado ao nível da rua).

ƒ Conjunto Residencial Santa Cruz (IAPC), projetado por Marcial Fleury de Oliveira

em 1948. (282 unidades habitacionais).

Figura 41: Edifício Japurá (IAPI, 1945). Arquitetos Eduardo Kneese de Mello e Roberto Burle Marx. Fonte: MINDLIN, 1999, p. 38.

Figura 42: Conjunto Residencial Santa Cruz (IAPC, 1948). Arquiteto Marcial Fleury de Oliveira. Fonte: BONDUKI, 1998, p. 186.

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ƒ Conjunto Residencial Vila Guiomar (IAPI – Santo André, SP), projetado por Carlos

Frederico Ferreira em 1949. (1411 unidades habitacionais)

A produção dos IAPs foi resultado de um processo de reflexões e trabalhos realizado por um conjunto de arquitetos, e que teve início, no Brasil, desde os anos de 1920. No entanto, a origem dessas reflexões está nas vanguardas européias, no construtivismo russo, principalmente, na Alemanha, e, nos Congressos Internacionais de Arquitetura

Moderna (CIAM). Figura 44: Conjunto Residencial Vila Guiomar, Santo André (IAPI, 1949). Arquiteto Carlos

Frederico Ferreira.

Fonte: BONDUKI, 1998, p. 186.

Figura 45: Detalhe dos edifícios laminares implantados no Conjunto Residencial Vila Guiomar (IAPI, 1949). Arquiteto Carlos Frederico Ferreira.

Fonte: MINDLIN, 1999, p. 141.

Figura 46: Residências unifamiliares construídas no Conjunto Residencial Vila Guiomar (IAPI, 1949). Arquiteto Carlos Frederico Ferreira.

Imagem

Figura  4:   Plantas,  detalhe  pilotis  e  foto  da  fachada  das  habitações  Narkomfin,  1928-1929.
Figura  6: Habitações  dos  Sovietes  de Leningrado  sobre  o  Karpovka, 1931-34.  Arquitetos  Evgeny Levinson  e  Igor  Fomin.
Figura  9: Detalhe  da  fachada  das  habitações  Narkomfin,  Moscou,  1928-1929.  Arquitetos Moisei  Guinzburg,  Ignaty  Millins.
Figura  11: Nas obras de Ernst May , em Frankfurt am Main, a pré-fabricação foi utilizada em larga  escala.
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Referências

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