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Qualidade ambiental urbana do Município de Tenente Ananias/RN/Urban environmental quality of the Municipality Tenente Ananias/RN

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 10, p. 80162-80198 ,oct. 2020. ISSN 2525-8761

Qualidade ambiental urbana do Município de Tenente Ananias/RN

Urban environmental quality of the Municipality Tenente Ananias/RN

DOI:10.34117/bjdv6n10-441

Recebimento dos originais:08/09/2020 Aceitação para publicação:21/10/2020

Tamires Elizabete Monte da Silva

Mestranda pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) Instituição: Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA)

Endereço: Rua Francisco Mota, 572, CEP: 59625-900, Pres. Costa e Silva, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: thamy.beth@gmail.com

Anne Katherine de Holanda Bezerra Rosado

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/Campus II) e Professora Adjunta em Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: annekatherine@uern.br

Roseano Medeiros da Silva

Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) Professor Adjunta em Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: roseanomedeiros@uern.br

Samylle Ruana Marinho de Medeiros

Doutoranda em manejo de solo e água pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: samyllemedeiros@yahoo.com

Welka Preston

Doutora em Agronomia em Ciências do Solo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

e Professora Titular de Gestão Ambiental

Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Endereço: Rua Professor Antônio Campos, BR 110, S/N, Costa e Silva, CEP: 59600-000, Mossoró-RN, Brasil

E-mail: welkapreston@hotmail.com

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Andréa Celina Ferreira Demartelaere

Doutora em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/Campus II) e Professora em Agroecologia

Instituição: Escola Técnica Estadual Senador Jessé Pinto Freire

Endereço: Rua Monsenhor Freitas, 648, Centro, CEP: 59586-000, Parazinho-RN, Brasil E-mail: andrea_celina@hotmail.com

RESUMO

Com a intensificação da urbanização, as cidades não foram crescendo com um planejamento adequado, o que ocasionou uma má qualidade destes espaços. Deste modo, estudos sobre a qualidade do ambiente urbano são fundamentais, já que este afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, essa pesquisa teve como objetivo realizar uma identificação das condições de qualidade ambiental urbana do município de Tenente Ananias/RN. O conceito de qualidade ambiental urbana (QAU) ainda é bastante subjetivo, o qual envolve a relação homem-natureza, dependendo da percepção que cada ser tem do meio onde se encontra, assim, é possível estudar a QAU por diferentes metodologias. Este trabalho possui caráter quali-quantitativo e no tocante a coleta de dados, utilizou como técnica a aplicação de questionários e uma entrevista com a representante da administração municipal. Foram aplicados 64 questionários, e seus resultados organizados em gráficos. Portanto, a partir da análise das respostas e observações em campo, concluímos que a cidade precisa melhorar sua qualidade ambiental, principalmente nos aspectos da arborização e implantação de áreas verdes e investimentos no saneamento básico, além de aproveitar o potencial das praças públicas afim de proporcionar um espaço de lazer saudável e democrático, principais aspectos passíveis de melhoria citados nos questionamentos, que influenciam diretamente na qualidade de vida dos cidadãos.

Palavras-Chave: Qualidade Ambiental Urbana, Planejamento Urbano, Qualidade de Vida. ABSTRACT

With the intensification of urbanization, the cities were not growing with adequate planning, which caused a poor quality of these spaces. Thus, studies on the quality of the urban environment are fundamental, since it directly affects the quality of life of people. In this sense, this research aimed to identify the conditions of urban environmental quality in the municipality of Tenente Ananias/RN. The concept of urban environmental quality (QAU) is still quite subjective, which involves the man-nature relationship, depending on the perception that each being has of the environment where it is, thus, it is possible to study the QAU by different methodologies. This work has a quali-quantitative character and in relation to data collection, used as a technique the application of questionnaires and an interview with the representative of the municipal administration. 64 questionnaires were applied and their results were organized in graphs. Therefore, based on the analysis of responses and observations in the field, we conclude that the city needs to improve its environmental quality, especially in the aspects of afforestation and implementation of green areas and investments in basic sanitation, in addition to Take advantage of the potential of public squares in order to provide a space for healthy and democratic leisure, the main aspects that could be improved in the questions, which directly influence the quality of life of citizens.

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1 INTRODUÇÃO

O processo de urbanização e desenvolvimento das cidades intensificou-se a partir do final do século XIX e início do século XX, caracterizando-se como um dos principais acontecimentos do mundo contemporâneo (SIQUEIRA, 2010). No século XX a urbanização no Brasil eclodiu neste século, a população nas cidades brasileiras começou com 10% e terminou com 81% (MARICATO, 2006).

Nesse contexto, o crescimento demográfico e o desenvolvimento industrial vêm atuando de forma intensa, provocando conflitos significativos entre o ambiente natural e o cenário urbanístico. O processo de industrialização e urbanização desordenada contribuem para potencializar e gerar graves problemas ambientais como: desmatamento, ocupação de áreas inadequadas, descarga de efluentes contaminados, resíduos sólidos e agrotóxicos em rios e lagos (PINTO, 2010).

Este crescimento das cidades nem sempre foram acompanhados de planejamentos adequados, o modelo de planejamento adotado inicialmente privilegiava classes de maior poder aquisitivo beneficiando com os melhores solos, e as demais classes de forma desordenada e informal ocupava os piores solos em áreas periféricas impróprias para ocupação e que de alguma forma acarretava riscos socioambientais (OLIVEIRA, 2009).

Desta forma, Lima (2013), também ressalta que os espaços urbanos quase sempre se tornam ambientes de baixa qualidade, em virtude do consumo desregrado, desperdício e principalmente pelo planejamento inadequado que pode amenizar ou evitar tais problemas. A mesma ainda destaca que as cidades devolvem para a natureza seus resíduos, como dejetos domésticos e industriais, poluição (do ar, água e do solo), e problemas causados pela artificialização da natureza, deixando em segundo plano a vegetação, espaços verdes e áreas permeáveis.

Milhares de pessoas vivem atualmente nas cidades, mais da metade da humanidade - 3,5 bilhões de pessoas e 828 milhões vivem em favelas. As cidades no mundo ocupam somente 2% do espaço terrestre, mas usam 60 a 80% do consumo de energia e provocam 75% da emissão de carbono (ONU, 2017).

Cada vez mais se faz necessário a realização de estudos referentes a qualidade dos espaços urbanos, pois isto afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas que residem nesses espaços. Nucci (2008), entende que a qualidade do ambiente é um elemento essencial da qualidade de vida humana que abrange outros fatores como os sociais, econômicos, existenciais, etc. Sendo assim, Borja (1997), entende que para mensurar a qualidade ambiental urbana duas metodologias são necessárias, uma avaliação objetiva e outra subjetiva. Na avaliação objetiva ela propõe o uso de

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indicadores tanto quantitativos como qualitativos a fim de compor o índice de qualidade ambiental urbana.

E para a avaliação subjetiva a mesma sugere que haja o envolvimento da população como sujeito e não como objeto de investigação. Desta forma, conhecer as características da qualidade do ambiente do município de Tenente Ananias/RN através da percepção da população é de grande valia, pois permite direcionar esforços e soluções, se tornando um instrumento eficaz para no planejamento urbano e consequentemente vir a acarretar melhorias na qualidade de vida dos munícipes.

As recentes discussões sobre desenvolvimento sustentável evidenciam a necessidade do acompanhamento e a definição de parâmetros para a realização de pesquisas. Deste modo, entende-se que, parâmetros como, qualidade de vida é um indicador importante para pesquisar a sustentabilidade. Nessa perspectiva, um estudo empírico sobre a qualidade ambiental urbana traz contribuição às discussões sobre a sustentabilidade.

Assim, Roggero; Luchiari (2012), destacam que para analisar a qualidade ambiental de determinado lugar o pesquisador deve focar em variáveis relacionadas ao ambiente como, a qualidade do ar, das águas, a quantidade de áreas verdes e a qualidade de determinadas infraestruturas, além destes serem componentes de avaliação da qualidade ambiental podem fazer parte de uma análise de qualidade de vida urbana.

Com isso, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma identificação das condições de qualidade ambiental urbana do município de Tenente Ananias/RN.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O município de Tenente Ananias está situado na mesorregião Oeste e microrregião de Pau dos Ferros no Estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do Brasil, o mesmo limita-se aos municípios de Marcelino Vieira, Alexandria, Paraná e ao Estado da Paraíba, a área total do município abrange 223,67 km², equivalente a 0,39% da superfície estadual (IDEMA, 2008).

De acordo com o último censo realizado em 2010 a cidade apresenta uma população de 9.883 habitantes, o que configura uma densidade demográfica de 44,19 hab/km² (IBGE, 2010), (Figura 3). O município está situado nas coordenadas geográficas Latitude 6º 27’ 54” Sul e Longitude 38º 10’ 47” Oeste, estando distante 402 km da capital do estado, Natal (IDEMA, 2008).

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Figura 1. Mapa de localização geográfica do município de Tenente Ananias no Estado Rio Grande do Norte no Nordeste do Brasil

Fonte: Weslley Misael, 2019.

Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger o clima da região é do tipo BSh, semiárido, típico do Nordeste Brasileiro, ocorrendo em paisagens onde a precipitação anual cai em média 800 mm (ALVARES et al., 2013), a região é muito quente. O seu período chuvoso vai de fevereiro a maio, com uma precipitação pluviométrica anual normal de 815,7 mm. Ao medir o grau de calor da cidade foi observada que sua temperatura anual máxima é de 32,0 °C; média de 28,1°C e mínima de 21,0 °C (CPRM, 2005).

No que diz respeito aos aspectos físicos, o município está situado em uma área de abrangência de rochas metamórficas que compõem o embasamento cristalino. Geomorfologicamente o município encontra-se sobre uma superfície plana elaborada por processos de pediplanação, constituído pelo Planalto da Borborema (IDEMA, 2008).

O solo predominante é o luvissolo ou bruno não cálcico, com nível de fertilidade entre médio e alto, textura de argila ou areia, pedregoso e bom índice de drenagem. Há também os solos podzólicos vermelho amarelo equivalentes eutróficos e o regossolo (CPRM, 2005; EMBRAPA, 1971).

A vegetação é formada pela caatinga hiperxerófila, sem folhas na estação seca, com plantas de pequeno porte e predominância de cactáceas, além da floresta caducifólia, cujas espécies possuem folhas pequenas e caducas. Entre as espécies mais encontradas estão o facheiro (Pilosocereus pachycladus), o faveleiro (Cnidoscolus quercifolius), a jurema-preta (Mimosa

hostilis), o marmeleiro (Cydonia oblonga), o mufumbo (Combretum leprosum) e o xique-xique

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O município encontra-se com 100% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica Apodi-Mossoró. Cujo Rio Principal: São Brás (IDEMA, 2008).

No que se refere à distribuição e quantitativo dos bairros na cidade, foi possível identificar que o município possui um total de 8 bairros, sendo eles: Bairro Boa Vista; Bonfim; Rua Nova; Centro; Olintos; Cohab; Bela Vista e Projeto Crescer.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa possui abordagem quali-quantitativa ou mista, abrangendo quantificação e análise dos dados, caracterizando-se ainda como uma pesquisa de caráter exploratório, onde foram feitas observações em campo. A obtenção dos dados deu-se através de duas técnicas de pesquisa, onde a análise da percepção da população foi feita por meio de questionários semiestruturados em perguntas abertas e fechadas, e uma entrevista com a responsável pela administração pública e observação in loco para registro fotográfico de alguns pontos da cidade.

De acordo com Creswell (2007, p. 35) a técnica de métodos mistos “emprega estratégias de investigação que envolvem coleta de dados simultânea ou sequencial para melhor entender os problemas de pesquisa”. A coleta de dados envolve a obtenção tanto de informações numéricas, como de informações de texto, a fim de que o resultado final apresente tanto informações quantitativas como qualitativas.

A pesquisa foi realizada em um primeiro momento através de pesquisas bibliográficas (livros, teses, artigos científicos) e análise documental (legislações vigentes). E posteriormente a realização da pesquisa de campo direcionada à aplicação dos questionários, a entrevista e registros fotográficos.

Quanto a população a ser estudada, com relação às características, não foi levada em consideração aspectos como: etnia, orientação sexual, classes e grupos sociais. Os questionários foram aplicados por meio de abordagem dos participantes diretamente na rua ou em suas casas, sendo estes maiores de 18 anos, bem como a aceitação em participar da pesquisa, sendo-lhes apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE (Apêndice C).

A aplicação dos questionários ocorreu em dias intercalados, durante os meses de abril, nos dias 19 à 23 e 29, e no mês de maio nos dias 01 à 04 e 06. O questionário continha 32 perguntas, no qual foram aplicadas 8 inquirições em cada bairro da cidade contabilizando um total de 64 questionamentos, os mesmos foram aplicados nos bairros Boa Vista, Bonfim, Rua Nova, Centro, Cohab, Bela Vista, Olintos e Projeto Crescer. O roteiro de entrevista foi composto por 8 perguntas, o qual foi enviado e respondido por e-mail pela prefeita do município.

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A tabulação dos dados e elaboração dos gráficos foi realizada por meio do software Microsoft Office Excel 2013®, e posteriormente feitas análises descritivas. Desta forma, os resultados da pesquisa estão apresentados em oito eixos temáticos, a saber: 1. Perfil dos entrevistados; 2. Conforto ambiental; 3. Consumo de água; 4. Consumo de eletricidade; 5. Arborização; 6. Infraestrutura; 7. Coleta e destinação de resíduos; e por fim, 8. Percepção do poder público sobre a QAU. Os dados da pesquisa serão guardados por cinco anos arquivados com a autora deste trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados apresentados e discutidos a seguir são de caráter subjetivo, pois apresentam a percepção das pessoas sobre questões que compõem a qualidade do meio ambiente urbano.

3.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS

Foram aplicados no total 64 questionários. Na primeira indagação destes, o quesito sexo apresentou em sua maioria, o feminino, configurando 90,6% dos entrevistados (gráfico 1), isso pode ser explicado pelo fato das pessoas terem sido abordadas em casa, onde nesta cidade, a maioria das atividades e gestão doméstica são exercidas pelas mulheres, uma vez que a cidade não possui muitas ofertas de trabalho.

Quanto à classificação etária, a maior parte dos participantes possuem idades entre 30 a 39 anos, correspondendo a 26,6% do total de entrevistados (gráfico 2). Segundo o IBGE (2010) está é a faixa etária que apresenta a maior quantidade de pessoas na cidade, correspondendo a um total de 1.406 pessoas.

Gráfico 1 - Sexo dos entrevistados Gráfico 2 – Faixa etária

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A maioria dos entrevistados são casados 54,7% do total (gráfico 3), e a maior parte deles (43,8%) possuem o ensino fundamental incompleto (gráfico 4). Dados do IBGE (2010) mostram que mães chefe de família, sem ensino fundamental completo e com pelo menos um filho menor de 15 anos de idade, correspondem a um percentual de 16,79% no município. Desta forma, esta pesquisa reflete tal dado encontrado no IBGE, uma vez que a maioria dos entrevistados são do sexo feminino e com ensino fundamental incompleto.

Gráfico 3 – Estado civil

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Gráfico 4 – Nível de escolaridade

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

3.2 CONFORTO AMBIENTAL

Este tópico apresenta as respostas dos entrevistados em relação ao conforto do ambiente. Sobre os aspectos “conforto acústico (nível de ruído) e térmico”, como também se o bairro já apresentou problemas de infraestrutura relacionados a alagamentos.

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Vale destacar que a percepção bem-estar sobre questões ambientais é subjetiva e não foram utilizados equipamentos para medição de níveis de ruído e temperatura.

Ochoa, Araújo; Sattler (2012), relatam que os estudos desenvolvidos acerca do conforto, contemplam mais especificamente, uma modalidade de conforto, as avaliações e contribuições são feitas no âmbito da térmica, acústica ou iluminação, assim, quando se pretende trabalhar conjuntamente estes três aspectos interferências ocorrerão naturalmente, não sendo possível otimizar os três. Desta forma, os mesmos autores citando Schmid (2005), dizem que ele “vai além afirmando que o conforto ambiental deve ser mais que uma prática, e sim um valor, que, por sua vez, é composto de quatro contextos: físico, psicoespiritual, sociocultural e ambiental” (SCHMID, 2005 apud OCHOA; ARAÚJO; SATTLER, 2012, p. 92), ou seja, é uma sensação de bem-estar nos diferentes contextos ao qual estejamos.

Por isso que, a análise do conforto ambiental utilizando apenas da percepção das pessoas apresenta limitações por ser uma avaliação qualitativa, mas ela é essencial para corroborar com as análises quantitativas obtidas por medições técnicas (OCHOA; ARAÚJO; SATTLER, 2012)

O gráfico 5 mostra que a maioria das pessoas 53,1% consideram seu bairro pouco ventilado e 35,9% muito ventilado.

Gráfico 5 – Considera seu bairro ventilado?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Quando questionados sobre a temperatura do ambiente dentro e fora de casa (gráfico 6), ao estarem dentro de suas casas 65,6% responderam “não” estarem confortáveis com a temperatura. Em relação a temperatura fora de suas residências 64,1% disseram que “sim” se sentem confortáveis com a temperatura. De acordo com Silva, Gonzalez e Silva Filho (2011), a sensação humana de conforto térmico depende da combinação de diversos fatores tanto do ambiente quanto do indivíduo,

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além de outros mais pessoais, como idade, sexo, estado de saúde, adaptação fisiológica ao clima local ou preferências particulares.

Gráfico 6 – Em relação a temperatura do ambiente, se sente confortável dentro e fora de casa?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Pode-se notar que as pessoas não se sentem confortáveis com a temperatura dentro de suas residências, mas se sentem melhor fora delas, mesmo a maioria considerando o seu bairro pouco ventilado, isto pode se dar pelo fato da presença de vegetação (árvores) e do vento que amenizam a temperatura, desta forma, Silva, Gonzalez e Silva Filho (2011), destacam que na área urbana, o conforto humano depende necessariamente da ventilação natural e da não incidência direta da radiação solar nas pessoas e nos materiais de construção impermeabilizantes que absorvem calor.

Essa incidência solar pode ser impedida de forma eficaz através da sombra proporcionada pelas árvores e o vento. “As árvores contribuem significativamente para refrigerar nossas cidades, conservar energia e podem fornecer proteção solar às casas, enquanto a evapotranspiração pode reduzir as temperaturas [...]” (SILVA; GONZALEZ; SILVA FILHO, 2011, p. 39).

O gráfico 7 mostra que a maioria das pessoas não considera seu bairro barulhento (75%), sendo possível perceber que a cidade é considerada tranquila. Aqueles que se dizem incomodados com o barulho reclamam principalmente dos sons automotivos, bares e transportes, pelo fato de residirem próximo a essas fontes de ruído.

No gráfico 8 mostra que a maioria das pessoas (81,3%) disseram que no seu bairro não teve alagamentos, e 18,8% disseram que sim, sendo que tal evento ocorre somente em períodos de chuva intensa em alguns pontos da cidade.

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Gráfico 7 – Considera seu bairro barulhento? Gráfico 8 – No seu bairro já teve alagamentos?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019. Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

3.3 ARBORIZAÇÃO

Para sabermos o que os moradores pensavam da arborização no seu bairro foi feita a seguinte pergunta: “O que acha da arborização do seu bairro? ”, os resultados são mostrados no (gráfico 9), 46,9% dos entrevistados acham a arborização do bairro boa, 45,3% regular e 7,8% ruim. Também existem aqueles que não tem árvores na frente de casa, conforme mostra o gráfico 10, quando questionamos as pessoas se elas têm árvores na frente de casa ou no quintal 79,7% disseram que sim, 17,2% não e 3,1% cortaram.

Gráfico 9 – O que acha da arborização do seu bairro? Gráfico 10 – Você tem árvores na frente de casa ou no quintal?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019. Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Em conversa com as pessoas, a maioria delas (53,1%) dizem conhecer os benefícios da arborização (gráfico 11), sendo dito por eles principalmente a sombra proporcionada pelas árvores, como também ameniza a temperatura do ambiente e 46,9% desconhecem o papel das árvores. Tendo em vista que a arborização proporciona diversos benefícios, tais como a melhoria do microclima associado ao sombreamento, diminuição da temperatura, aumento da umidade relativa e filtragem

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do ar, proteção do solo através do enraizamento das árvores, diversidades da flora e fauna, redução do nível de ruído, entre outros (SUFIA; SOUZA; SIQUEIRA, 2019).

Gráfico 11 – Você conhece os benefícios da arborização?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Resultado semelhante pode ser encontrado no trabalho de Ariza; Santos (2008), sobre a qualidade ambiental urbana do bairro Santa Mônica em Uberlândia/MG. Os autores perguntaram aos moradores o que eles achavam sobre a arborização do bairro e a maioria (54,86%) acham o bairro pouco arborizado. Eles ainda relatam que há aqueles que reclamam da falta de arborização, mas estes não têm árvores em frente a suas casas e existem também aqueles que não plantam árvores nas calçadas ou cortam as existentes.

Dados do IBGE (2010), mostram que a arborização das vias públicas do município é de um percentual de 78%. Loboda; De Angelis (2005, p. 133), classificam a arborização urbana como: “elementos vegetais de porte arbóreo dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas fazem parte da arborização urbana, porém não integram o sistema de áreas verdes”.

Santos (2016, p. 41), frisa que: “A função da vegetação garante o domínio do plano urbanístico, assim como prioriza e qualifica os espaços de circulação. Desta forma, reduz a temperatura interna do ambiente e, combinando os materiais, produz conforto ambiental”. Portanto, percebemos nas respostas sobre o conforto ambiental, especificamente o conforto térmico mostram que as pessoas se sentem melhor ao estarem fora de suas casas, o que pode estar diretamente relacionado a presença de árvores já que a maioria disse ter árvores em frente as suas casas e 46,9% considerarem a arborização do bairro boa, confirmando assim a importância da vegetação na amenização da temperatura, visto que vivemos em uma região que registra altas temperaturas durante o ano.

Mesmo com estes aspectos positivos, a maioria disse achar o bairro pouco ventilado, apesar de ser uma percepção subjetiva, isto pode se dar pelo tipo de árvore e a quantidade destas não ser

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adequada para proporcionar um melhor conforto térmico humano, pois “cada árvore responde de maneira diferente no meio que está situada, de acordo com as características inerentes de cada espécie (formato de copa, área e rugosidade foliar, coloração e deciduidade) e do próprio meio” (MASCARÓ, 2004 apud SILVA; GONZALEZ; SILVA FILHO, 2011, p. 39).

Até mesmo os espaços coletivos da cidade, como as praças, possuem poucas árvores, desta forma, as árvores são a forma vegetal mais característica da paisagem urbana, seja localizada em vias públicas, parques ou áreas privadas, elas proporcionam uma ambiência urbana agradável, por isso, deve-se planejar cuidadosamente o desenho dos jardins urbanos, para que eles possam influenciar no microclima das cidades e na qualidade de vida dos cidadãos, sendo fundamental a manutenção ou implementação de áreas verdes nas cidades, afim de amenizar o desconforto térmico enfrentado pelos cidadãos, ao mesmo tempo que estes lugares proporcionam a socialização e a prática de lazer e atividades para o bem estar (SHAMS; GIACOMELI; SUCOMINE, 2009).

Outro fator observado é que já se tem uma grande quantidade de Azadirachta indica (Neem) plantada na cidade, árvore exótica que tem crescimento rápido, usada principalmente por este fator para produzir sombra.

3.4 CONSUMO DE ÁGUA

De acordo com dados do IBGE (2010) 71,30% da população do município tem acesso à abastecimento de água. Pode-se notar no gráfico 12 que 70,3% dos entrevistados utilizaram a água distribuída pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) advinda do reservatório da cidade, e as mesmas também compram água para consumir, pois alegam que não há qualidade na água do reservatório para consumo humano (beber e cozinhar), apenas para os afazeres domésticos.

Os questionamentos foram realizados durante o período chuvoso na região, o qual influenciou também nas respostas, sendo que 20,3% das pessoas disseram utilizar a água da chuva.

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Gráfico 12 – De onde vem a água que você utiliza?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

O relatório de abastecimento do RN que consta no site da CAERN, atualizado em 16/04/2018, mostra que o reservatório da cidade de Tenente Ananias estava em Colapso e a previsão para retomada do abastecimento era no final de abril, mas só veio a ser religado no mês de dezembro.

O município se encontrava em colapso desde agosto de 2014. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (SEMARH), o reservatório Jesus Maria e José que abastece o município possui capacidade máxima de 9.639.152,35 m³. A medição realizada em 16/09/2019 mostra que o mesmo está com o volume atual de 1.640.879,00 m³, representando 17,02% do volume total.

Antes desse período de crise hídrica, a água do reservatório era utilizada para consumo humano, afazeres domésticos, ou seja, era a principal fonte hídrica. Mesmo após o reservatório estar reabastecido, mas não em sua totalidade, as pessoas não mais utilizam a água para consumo, pois segundo elas o açude não “sangrou” e assim a água não está limpa, apropriada para ser consumida.

O gráfico 13, mostra que 95,3% dos entrevistados afirmaram economizar água e quando questionados o motivo (gráfico 14), a resposta mais frequente foi “para não faltar futuramente” e por causa do “sofrimento já enfrentado” pela falta de água, isso demonstra que as pessoas tomaram consciência do quanto é importante economizar, usar racionalmente a água, pois este é um bem finito, que pode sim um dia vir a faltar. E 3,1% disseram que economizam em razão do bairro ainda não dispor de água encanada, que é o caso do Bairro Bonfim. Aqueles que não economizam, afirmaram ser em razão de disporem de um poço artesiano em sua propriedade ou por falta de noção em quanto de água está gastando, não conseguindo economizar.

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Gráfico 13 – Você economiza água?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Gráfico 14 – Por que você economiza água?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Desta forma, também perguntamos o que as pessoas fazem para economizar água (gráfico 15) e as principais respostas sempre estão associadas a reutilização em outros afazeres domésticos. Tal conhecimento é baseado nas experiências de vida, no dia a dia, em nenhum momento foi relatado se houve palestras ou ações de educação ambiental para conscientização e como reutilizar a água.

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Gráfico 15 – O que você faz para economizar água?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

No gráfico 16 está presente o percentual de respostas se a água utilizada é considerada de qualidade, levando em consideração a água distribuída pela CAERN captada no reservatório da cidade, assim 62,5% responderam que sim e 37,5% não.

Então, questionamos o porquê de considerarem de qualidade ou não, as respostas mais frequentes sobre a qualidade (correspondendo aos 62,5% divididos nas opiniões expostas no gráfico 18), são feitas por aferições visuais pelo próprio consumidor, quando responde, que “está visualmente limpa”, ou na expectativa de estarem resguardados pelo órgão gestor quanto aos procedimentos de limpeza hídrica.

Pois “acham que a água está sendo tratada”, os 10,9% dizem ser uma água de qualidade a que eles compram proveniente de outro açude, pois a população considera como critério para ser uma água “boa” se o açude tiver “sangrado”, como o açude Bodó localizado na Vila Mata, zona rural do município, ou de açudes de outras cidades. E aqueles que não consideram de qualidade (correspondendo aos 37,5% divididos no gráfico 17) 28,1% dizem que é por “falta de tratamento”.

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Gráfico 18 – Porque você acha que a água é de qualidade?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

3.5 CONSUMO DE ELETRICIDADE

Dados do IBGE (2010) mostram que 99,18% da população tinham acesso à energia elétrica. Questionamos os entrevistados se eles economizam energia (gráfico 19), então, 89,1% disseram que sim e 10,9% não. Estes que não economizam afirmaram não ter como controlar o consumo e outros priorizam o conforto. O motivo das pessoas economizarem energia (gráfico 20), a principal resposta foi em razão ao custo (79,7%).

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Gráfico 19 – Você economiza energia?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Gráfico 20 – Por que você economiza energia?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

O gráfico 21 apresenta as principais ações que as pessoas fazem para economizar energia, sendo a resposta mais frequente (67,2%) “apagar as luzes dos ambientes que não estão em uso” como forma de economizar.

Gráfico 21 – O que você faz para economizar energia?

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As respostas evidenciam que a população está preocupada com os custos referentes a companhia de energia elétrica, o que representa nesse estudo um paradoxo, já que, numa resposta anterior, a população preocupa-se também com a escassez de água, isso pode demonstrar que nem todos entendem o ciclo da maior fonte de energia elétrica do país.

3.6 INFRAESTRUTURA

Neste tópico apresentaremos a opinião das pessoas em relação a alguns aspectos da infraestrutura da cidade, como as praças, escolas, postos de saúde e etc.

A respeito se o entrevistado ou alguém da família frequenta a praça do bairro (gráfico 22), 23,4% responderam de vez em quando. E 37,5% responderam que o bairro não possui praça, que são os bairros Bonfim, Cohab e Bela Vista.

Gráfico 22 – Você ou alguém da sua família frequenta a praça do bairro?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Quando questionados sobre sua opinião a respeito da praça (gráfico 23) 20,3% acham regular. Algumas pessoas reclamaram que as praças não dispõem de atrativos, como equipamentos de lazer para as crianças, exceto a praça Prestes da Rocha Formiga que possui academia e alguns brinquedos (Figura 4) e outras não são arborizadas, com exceção das duas praças do Centro e a do bairro Olintos que têm algumas árvores (Figuras 4, 5 e 6).

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Gráfico 23 – Qual a sua opinião sobre a praça do bairro?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019

No trabalho de Ariza; Santos (2008) eles também questionaram os moradores do bairro Santa Mônica em Uberlândia/MG a respeito das praças do mesmo. A respeito da frequência dos moradores às praças 12,5% disseram que vão com frequência; 28,47% de vez em quando; 21,52% de passagem e 37,5% nunca. Sobre a opinião dos entrevistados em relação as praças 4,16% acharam ótimas; 26,38% boas; 34,02% regulares; 18,05% péssimas e 17,36% não responderam.

Constatando assim que a maior porcentagem dos moradores não frequenta as praças do bairro e o maior percentual em relação a opinião acham as praças regulares. Os autores comentam que os moradores relataram como fator negativo a falta de segurança e infraestrutura, reclamando da falta de equipamentos de lazer para as crianças e para os adultos também, as mesmas reclamações foram constatadas por esta pesquisa.

Desta forma, podemos perceber que apesar dos trabalhos serem em regiões distintas os problemas são semelhantes, pois o problema nasce da gestão dos municípios – as falhas seguem por diversos municípios brasileiros. Segundo Loboda; De Angelis (2005), as praças constituem um espaço livre público com a função principal de proporcionar o lazer. A mesma pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e esta é impermeabilizada. Para os mesmos autores, uma área verde tem o predomínio de vegetação arbórea, incluindo as praças, jardins públicos e os parques urbanos.

Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas que cumprem apenas funções estéticas e ecológicas, devem ser conceituadas como área verde. Porém, as árvores que seguem o leito das vias públicas não devem ser consideradas áreas verdes, pelo fato das calçadas serem impermeabilizadas.

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Figura 2. Praça Prestes da Rocha Formiga, Bairro Olintos.

Fonte: Pesquisa de campo, 2019.

Portanto, conforme observamos nas imagens (Figuras 4 a 9) e a definição da literatura, as praças do município não constituem o sistema de áreas verdes, pois não predomina nelas vegetação arbórea, como também na área urbana do município não possui áreas verdes. Desta forma, ninguém reclamou por não existir árvores nos equipamentos públicos, o que poderia melhorar esteticamente os mesmos e o bem-estar das pessoas ao estarem nestes lugares.

Figura 2. Praça Rosival Fernandes de Oliveira, Bairro Centro.

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Figura 3. Praça Iraci Silvestre, Bairro Centro.

Fonte: Pesquisa de campo, 2019.

Figura 4. Praça do Bairro Projeto Crescer.

Fonte: Pesquisa de campo, 2019.

Figura 5. Espaço Cultural Hipólito Alves de Souza, Bairro Rua Nova.

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Figura 6. Praça do Bairro Boa Vista.

Fonte: Pesquisa de campo, 2019.

Ao serem questionados se estão satisfeitos com os equipamentos e serviços públicos da cidade (gráfico 24) 78,1% disseram que sim, pois atende as suas necessidades. E aqueles que não estão satisfeitos (17,2%) reclamam principalmente da falta de outras agências bancárias, o município só possui a agência do Bradesco.

Assim, a maioria das pessoas se sentem satisfeitas em morar na cidade 95,3% (gráfico 25) principalmente por esta ainda ser pacífica quando comparada a outras. Percebemos pela fala das pessoas o quanto elas gostam de viver na cidade, a razão pode ser pelo fato de a maioria serem nascidos e viverem até hoje na mesma, a essa afetividade pelo lugar denomina-se Topofilia, que “é o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico” (TUAN, 2012, p. 161).

Na pesquisa de Souza; Barros (2018), que tinha por objetivo entender a relação dos moradores com o lugar, o bairro Jardim Oliveira em Cáceres/MT, os mesmos realizaram uma discussão sobre topofilia, e constataram que apesar de todas as dificuldades presentes no bairro, como falta de infraestrutura, os moradores não viam isto como um fator determinante para se mudarem, pois afirmavam gostar de morar no bairro. Como também as pessoas entrevistadas por esta pesquisa, mesmo com todos os fatores e melhorias cabíveis, as pessoas gostam de residir no município.

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Fonte: Dados da pesquisa, 2019. Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Então, perguntamos aos entrevistados, na opinião deles o precisaria melhorar na cidade ou no bairro (gráfico 26). As respostas mais frequentes estão relacionadas ao saneamento (sendo a principal reclamação ao esgotamento sanitário) e melhorar a assistência médica. Os moradores do bairro Boa Vista disseram que o bairro precisaria de escola, posto de saúde, supermercado, farmácia, igreja e padaria, assistências básicas, pois o mesmo é um pouco distante do Centro da cidade. E os moradores do bairro Bonfim e Bela Vista reclamam principalmente da falta de água encanada.

Gráfico 26 – O que precisa melhorar na cidade ou no bairro?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

As respostas “satisfeito (a) com a cidade” e “sanear a cidade” apresentaram a mesma porcentagem, porém, foram respondidas por pessoas diferentes, e ao serem tabuladas apresentou o

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mesmo percentual, pois aqueles que disseram estar satisfeitos não citaram nenhum aspecto passível de melhoria.

No quesito segurança, esse é um dos principais problemas enfrentados no País e na região Nordeste, apesar disso, não foi uma porcentagem relevante que respondeu que precisaria melhorar, o fato pode ser explicado por ser um município interiorano e com pouca população, as pessoas não veem como algo preocupante, deste modo o recolhimento de lixo apresentou uma maior porcentagem que a segurança, tendo em vista que é algo presente no cotidiano das pessoas e principalmente das mulheres que parecem se preocupar mais com a limpeza.

3.7 COLETA E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

A correta destinação dos resíduos, sejam eles sólidos ou líquidos é importante para combater a poluição e contaminação ambiental. Desta forma, procuramos conhecer o que a população faz com os seus resíduos, os quais são mostrados e discutidos neste tópico.

A pergunta se tem coleta de lixo no bairro (gráfico 27), a resposta foi unânime, 100% responderam que sim, ou seja, toda a área urbana é contemplada com a coleta pública de lixo realizada pela prefeitura. Assim, perguntamos o que as pessoas fazem com o seu lixo (gráfico 28) e 100% disseram destinar para a coleta pública. Segundo dados do IBGE (2010) 71,08% da população tinham acesso à coleta de lixo.

Fonte: Dados da pesquisa, 2019. Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Sobre a separação de materiais recicláveis (gráfico 29), a maioria dos entrevistados 71,9% disseram não realizar a separação, alegando que não tem para onde destinar, pois o município não dispõe desse serviço. E aqueles que disseram separar 20,3% está relacionado a separação do vidro para não prejudicar os garis, e separa os restos de comida.

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Quando questionado sobre qual o tipo de coleta de esgoto da sua casa (gráfico 30), a maioria das respostas 56,3% disseram que é recolhido pela rede pública (figura 10), pois suas casas não possuem fossa. Não sabendo ao certo qual o destino final desses resíduos, já que a cidade não é saneada e consequentemente o esgoto não é tratado.

Dados do IBGE (2010) mostram que 28,77% da população tinham acesso à esgotamento sanitário. 54,7% dos entrevistados (gráfico 31) responderam que o seu bairro não dispõe de esgoto a céu aberto e 45,3% disseram que sim, sendo um indicador importante para que as autoridades estejam alertas, pois é algo que incomoda a população e também acarreta prejuízos à saúde.

Fonte: Dados da pesquisa, 2019. Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Figura 7. Estrutura para recolhimento do esgoto.

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Gráfico 31 – O seu bairro tem esgoto a céu aberto?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Aqueles que responderam sim para a pergunta anterior, questionamos se eles acham que o esgoto a céu aberto traz algum malefício (gráfico 32), e 29,7% responderam que atrai insetos, mosquitos e 7,8% que prejudicam a saúde.

Ou seja, estes são conscientes de que isto pode prejudica-los. Porém, há muitos outros problemas advindos do esgoto a céu aberto, ou seja, da falta de saneamento básico, como também a disseminação de doenças pelos vetores (insetos, ratos, e outros animais) e principalmente doenças relacionadas a água de má qualidade (diarreias, infecções na pele e nos olhos, esquistossomose, malária e dengue).

Doenças relacionadas as fezes, a presença de coliformes fecais é indicação de contaminação fecal, quando a presença de bactérias do grupo coliforme (poliomielite, hepatite tipo A, febre tifoide, ascaridíase, teníase), doenças relacionadas com o lixo (peste bubônica, leptospirose, cólera, toxoplasmose), como também a qualidade das habitações e a localização podem contribuir para a contaminação das pessoas, se estiverem próximas a locais higienicamente impróprios (RIBEIRO; ROOKE, 2010) sendo que estes fatores afetam diretamente o meio ambiente causando poluição, contaminação do solo, da água que logo mais afetará as pessoas, ou seja, é um ciclo de relação direta homem-natureza.

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Gráfico 32 – Você acha que o esgoto a céu aberto traz algum malefício?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

3.8 PERCEPÇÃO DO PODER PÚBLICO EM RELAÇÃO A QAU

O principal aspecto citado pela população durante a entrevista foi o saneamento da cidade, que este quase não existia. Sendo assim, está passível de melhoria. Para explicar um pouco sobre está situação realizamos uma entrevista com a responsável pela gestão do município.

Dados de 2017 divulgados pelo SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), apontam que 93% da população urbana do Brasil é atendida por rede de abastecimento de água. No caso do esgotamento sanitário 60,2% da população urbana contam com rede coletora de esgotos, desse volume gerado apenas 46% é tratado.

A cobertura de coleta domiciliar para a população urbana era de 98,8%. E por fim, a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas que representa uma amostragem de 83,8% da população urbana, sendo que 51,8% dos municípios possuem um sistema exclusivo para drenagem; 23,9% dispõem de um sistema unitário (misto com o esgotamento sanitário); 6,5% possuem outros tipos de drenagem e em 17,9% não existe nenhum tipo de drenagem.

Os indicadores ambientais são importantes para diagnosticar problemas e encontrar soluções, assim, quando questionada se ela tinha conhecimento sobre indicadores ambientais e se o município contemplava, a prefeita Larissa Rocha respondeu: “Sim, Contempla. É de suma importância para prevenir eventuais fenômenos naturais, a fim de contribuir com o bem está da comunidade e preservação da natureza de cunho ambiental”. Desta forma, podemos ver pelas palavras da entrevistada que a sua linha de pensamento está em consonância com o que discutimos neste trabalho.

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Assim, levando em consideração a importância do saneamento básico para a população e o meio ambiente, perguntamos a prefeita quais seriam os benefícios que o saneamento pode trazer a cidade de Tenente Ananias e se vale a pena investir no mesmo: “Além do principal que é o direcionamento correto dos resíduos, o saneamento básico tem como vantagem a prevenção de doenças, onde gera a prevenção e promoção a saúde, diminuindo gastos, atraindo o turismo além da valorização imobiliária e geração de emprego.

O saneamento não obtém desvantagens, apenas vantagem para o município e população, com mais conforto e bem estar social. Além da preservação do ambiente destinando resíduos para o local de recolhimento correto diminuindo a poluição”.

Desta forma, projeto de saneamento básico são fundamentais para as cidades, questionamos então, se existe algum projeto de saneamento para o município e quanto custaria: “Sim, estamos trabalhando no processo de saneamento básico municipal, mas ainda não tem um valor aproximado dos recursos que irá ser utilizado”.

Sendo está a realidade de muitos municípios brasileiros, como podemos ver pelos dados divulgados pela Secretária Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) e o Ministério das Cidades (2017), informam que até o ano de 2016, 30% dos municípios brasileiros declararam possuir Plano Municipal de Saneamento Básico e 38% declararam estar com o Plano em elaboração.

Tendo em vista que projetos e políticas públicas são importantes para o bem-estar de toda a população, perguntamos ainda se existem outros projetos previstos para a cidade a fim de melhorar sua qualidade, no aspecto ambiental: “Existe projeto para melhora de recolhimento e distribuição da reciclagem dos resíduos, como por exemplo, o lixo, assim mantendo o município com maior qualidade no controle dos resíduos sólidos”. Pode-se perceber que é importante projetos voltados a destinação correta de resíduos sólidos, pois contribui para amenizar a poluição ambiental.

Assim, pensando na contribuição dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para um mundo melhor, perguntamos se a prefeita os conhece, e se já foi trabalhado ou pretende-se trabalhar algo sobre eles para a cidade de Tenente Ananias: “Conheço e prezo pelas metas e ODS, inclusive já trabalhando no nosso município com algumas das ODS, tentando o máximo possível erradicar a pobreza assim como também a fome, oferecer a melhor qualidade no tocante à saúde e educação, fortalecendo a igualdade social de amplo aspecto e o direito a vida de qualidade, claro sempre preservando o meio ambiente”.

Portanto, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável vêm a contribuir com a qualidade ambiental das cidades, para que possam ser mais sustentáveis, tendo em vista que está almejada qualidade não está relacionada apenas aos aspectos ambientais, como também aos sociais, pois

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qualidade ambiental e de vida caminham juntas. Mas vale destacar que a fala da administradora municipal está voltada principalmente a preocupação com os resíduos sólidos, mas não há projetos pautados especificamente nas questões ambientais.

3.9 RECOMENDAÇÕES PARA MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO A cidade de Tenente Ananias/RN como muitas outras necessitam de melhorias o tocante as questões ambientais. A partir da pesquisa desenvolvida podemos destacar alguns pontos relevantes que seriam importantes se colocados em prática a fim de beneficiar a cidade e consequentemente a população nela residente.

O saneamento básico seria fundamental, o que resolveria muitos dos problemas e melhoraria a qualidade de vida, se contemplado eficazmente os seus quatro eixos, possibilitaria o acesso a água tratada, coleta de esgoto, manejo de resíduos sólidos e escoamento de águas pluviais adequadamente.

Outro ponto importante seria o desenvolvimento de um projeto paisagístico e de arborização para toda a cidade e para as praças da mesma, dando preferência as espécies do bioma local, ou seja, o bioma caatinga. Além disso, um estudo sobre o índice vegetal, que representa a relação entre a cobertura arbórea (m²) e a população para analisar se a quantidade está adequada segundo as recomendações, seria fundamental. E a partir daí ser elaborada uma lei municipal que contemple a arborização.

Outra recomendação importantíssima seria um estudo para avaliar a viabilidade da implantação de áreas verdes no município, que contribuiria para a amenização do microclima e se constituiria como um espaço de lazer para a população.

Desta forma, a partir destes estudos poderiam surgir outras ideias e melhorias que poderiam ser implantadas na cidade.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De modo geral, a área estudada apresenta uma boa qualidade de vida, mas sempre há o que melhorar. As propostas apresentadas refletem as aspirações da população que, independentemente da região em que mora, boa parte dela está satisfeita de modo geral com o bairro ou a cidade e a maioria gostam de viver nela. Isto pode se dar pelo perfil dos participantes, pela faixa etária e por residirem no município desde nascidas.

Apesar das pessoas estarem satisfeitas, muitas citaram algo que precisaria melhorar, como por exemplo sanear a cidade, fator que influenciaria diretamente na qualidade de vida e resolveria outros problemas, já que os quatro eixos do saneamento básico são: abastecimento de água potável,

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esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais. Portanto, o investimento no saneamento seria uma grande conquista para o município, que mesmo havendo o desenvolvimento de um projeto no mesmo, este parece caminhar a passos lentos.

Com relação a água, apesar de todo sofrimento decorrente do colapso no abastecimento, as pessoas se adaptaram a conviver com pouca água e hoje aparentam estar conscientes da importância de economizar para não vir a faltar novamente. Mas cabe ressaltar que as pessoas ainda têm dificuldade no acesso a água de qualidade para consumo, pois as mesmas precisam comprar, já que a água distribuída advinda do reservatório que abastece a cidade aparenta não estar apropriada para consumo.

Quanto ao uso da energia, a população demonstra estar consciente que é importante economizar, principalmente em relação aos aspectos financeiros, mas poucos sabem da relação que há entre a economia de energia e consequente economia de água. Em relação às praças, estas são pouco aproveitadas. A infraestrutura precisa ser melhorada para vir a atender os anseios da população, desde crianças, jovens, adultos até os idosos, levando em consideração que a principal reclamação sobre estas é a falta de atrativos.

Com relação a arborização urbana, está também precisa ser melhorada, com o intuito de contribuir com a amenização do microclima e estética do município. Portanto, apesar da cidade de Tenente Ananias apresentar seus defeitos e problemas assim como muitas outras, a maioria de seus moradores estão satisfeitos com ela. Mas alguns fatores podem vir a contribuir para que a mesma não obtenha uma boa qualidade ambiental, tanto por não ter sido pensada por parte dos governantes de forma planejada, como as próprias praças que não têm o seu potencial devidamente explorado e a falta de saneamento básico, são alguns exemplos.

A qualidade ambiental é muito importante para a qualidade de vida e deve ser levada em consideração no planejamento da cidade, pois como podemos observar nas discussões de diversos autores, estas estão diretamente relacionadas. Além disso, os resultados presentes neste trabalho poderão contribuir para a construção de indicadores ambientais para o município, focando em pontos relevantes que suprirá também as expectativas dos cidadãos, já que estes são os principais atingidos, positivamente ou não, pelo que a cidade tem a oferecer.

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12. BRASIL. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Brasília, DF, 30 dez. 2009. Disponível em:< http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=620>. Acesso em: 10 Jun. 2019.

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Figura 1. Mapa de localização geográfica do município de Tenente Ananias no Estado Rio Grande do Norte no Nordeste  do Brasil
Gráfico 3 – Estado civil
Gráfico 5 – Considera seu bairro ventilado?
Gráfico 6 – Em relação a temperatura do ambiente, se sente confortável dentro e fora de casa?
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