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Consideraçoens medico-legaes para mostrar a importancia do corpo delicto directo e a necessidade de reforma de sosas jurisprudencia relativamente aos peritos

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(1)

0 * .

( 0\sim ; iu ( : 0K \ s MKDIIKILKI íUIS

/

^ ;

PAUA MOSTRAU

A I M P O R TÂN C I A D OC O R P OD E D E L I C T O D IR E C T O EANECESSIDADE DA REFORMA

DE NOSSAJURISPRUDÊNCIARELATIVAMENTE VOS PERITOS

.

QUEFOI APRESENTADA A FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO KSUSTENTADA EM1 9DE DEZEMBRO DE1845,

pelo Doutor Antonio (Gabriel de Paula Fonseca

,

FILHOLEGITIMO DO SARGENTO

M ÓU

JOIO IUPTINT1 DlFONSECA

,

NATURAL DA CIDADE DIAMANTINA(PROVÍNCIA DEMINASGEUAES) FORMADOEM MEDICINAPELA MESMAFACULDADE.

Leguiu seientia atquemedicinasunt veluti quadam cognatione conjuctæ,utqui juris peritus ctidem quoquesitincdicu*.

Amedicina

-

legal c a jurisprudência são csdons olhos da justiça :semambos dianão passo ;viados,semella vacillaum d,élitropeçés ,oua,cahccom, oambos anununca som

-

prejuí zo dosdireitosdohomem. ( Uoautor.) (Tiraqueau )

.

moroo

RIO DE JANEIRO .

TYPOGRAPHY DO - BRASIL - DE

J

.

J

. DA ROCHA .

RUADOSCIGANOSN

.

65

.

1

8 4 5 .

(2)

1 1

FACULDADE DE MEDICINA

D O U I O DE J A M

:

IK O

DIUKCTOB

O Sa

.

Da

.

JOSE'MARTINSDACRUZJOBIM

.

( Serve interinamenteoSr

.

Dr

.

Joaquim José da Silva)

.

I

.

enfes|iroi»iictariow

.

Os Sas.Das

.

1

.

°ANNO

.

Franciscode Paula Candida,presidente Francisco FreireAllemão

2

.

ANNO.

J

.

Ficente TorresHomem,examinador

. .

José MaurícioNunes Garcia 3

.

® ANNO

.

PhysicaMedica.

Botanicalogia

.

Medica,eprincípios elementares deV

.

o

-

í

\

Cliimica Medica,eprincípioselementaresde Mi

-

ntralogia

.

Anatomiageral e descriptiva

.

Anatomia geral edescriptiva. Physiologia.

Jose MaurícioNunes Garcia

..

.

.

L

.

de A.P

.

da Cunha

í.°ANNO

.

Luiz Franscisco Ferreira JoaquimJosé daSilva João José de Carvalho,supplente

5

.

° ANNO

.

Pathologia externa.

Pathologia interna

.

Pharmaciasileira,Therapeutics e Arte de formular,MateriaMedica, especialimnte a. Bra

-

\

Operações, Anatomia topcgraphicaeAppatelhoí

.

Partos,Moléstias dasmulheres pejadas e paridas,e demeninos recem

-

uascidos

.

Cândido lloryes Monteiro

. .

FranciscoJulio Xavier

.

.

.

.

6ANNO.

1

Thomas Gomes dos Santos,examinador.

...

llygieno e HistoriadaMedicina

.

José Martins da Crus Jobim

2

.

°ao-i

.

9Manoel F

.

P.dcCarvalho

.

..

b

.

nao6

.

M

.

deValladãoPimentel

..

MedicinaLegal.

.

Clinicaexternao Anatomiapathologic* respectiva.

.

ClinicainternacAnatomia pathologic* lespectiva

.

liClltCS Sllhs

«

h i l f os

.

^

Secs5°das Scicnciasacce4sori*8

-

JoséBento da Rosa,examinador Antonio Felix Marlins,examinador I).Marinho dc Asevedo Americano

. .

.

.

Luisda Cun/m Feijó

• •SSecção Medica

.

Secção Cirúrgica

.

Sccrcturio

.

LuisCarlos da Fonseca

.

Emvirtude dcumaresolução sua

,

a Vacuidade nãoapprova nemreprovaas opiniõesemitlidasnasTheses

,

asquaesdevemserconsideradas propriasdt sevf autores

.

(3)

s:

D E M E U M U I T O A M A D O P A E,

O SR.SARGENTO-MOR

JO AO BAPTISTA DA FONSECA ;

AMINHA CARINHOSAE IDOLATRADA MÄE, 1 Nniliora.

II . ANNA LUIZA DE PAULA FONSECA ,

AOMEUIRMÃO,MEUOUTRO PAU E MEU MELHOR AMIGO,

O SR . JO

Ã

O BAPTISTA DA FOIN SECA ?

AS MINHAS CARÍSSIMAS IRMANS, As S«‘nlioras

D. A N N A I S A B E L D O Ss A N T O S F O N S E C A e

D.C A N D I D A H E R M I N I A D A F O N S E C A M A C I I A D O;

AOS MEUS CUNHADOS E MEUS VERDADEIROS AMIGOS

.

OS SRS

.

DEZEMRARC

.

ADORESE COM MEN DADORES

G A B R I E L 3E N D E S D O S S A N T O S

M A N O E L M A C I I A D O N U N E S;

Silentium verbis facundiiis !

Antonio Gabrielde PaulaFonseea

.

(4)

AO MUITO SANTO E MUITOREVERENDO

BISPODE MARIANNA

,

O ILLM

.

E EXM SR. D

.

ANTONIO FERREIRA VI

Ç

OSO

.

Senhor

. —

Vós fostes o primeiro a espancar as trevas da minha muita ignorância; tendes pois todo o direito a que eu vos oíTereça este primeiro producto do meu pouco saber

.

AODISTINCTOMEDICO BRASILEIRO, OILLM

.

SR

.

DR

.

JOSÉ AGOSTINHO VIEIRA DE MATTOS.

I maprovada muitaveneração eamisadequelheconsagro

.

AOS MEUSCOLLEGASE MUITOESPECIAESAMIGOS

.

OS1LL.MS

.

SRS

.

DR

.

MODESTINO CARLOS DA ROCHAFRANCO

ANTONIO JOSÉDES

.

PAULO NOGUEIRA

.

Em signal da mais estreita amizade e sympathia

.

4 (>

.

Paula

Fonseca

,

(5)

AOS MUITOSÁBIOS E MUITO PATRIÓTICOS

SRS

. CONSELHEIROS

D’ESTADO E SENADORESDO IMPÉRIO

Bernardo Pereira de Yaseoneello*

E

HonorioIlermctto Carneiro l

.

eiio

.

Illins

.

e Exms

.

Srs

. —

Vós que com todo o brilho da eloquência e ner

-

vosidade do raciocínio tendessempre sustentado, na tribuna nacional, todas as reformas de real utilidade para a nação, dac a vossa protecção a este meu pequeno trabalho,que eu vos dedico, nãosó como um tributo dead

-

miração pelovosso talento, de profundo respeito á vossa sciencia, e desin

-

cera gratidão pelo muito bem que tendes feito ao paiz, senão para que o desapreciamento da obra seja alliviado cm attenção ás altaspersonagens a cuja protecção submetto

-

a

.

Antonio Gabriel Paula Fonseca,

(6)

AOS HONRADOSMEMBROS

DA FACULDADE DE MEDICINA DO RIODE JANEIRO

,

F

.

PARTÍCULA RMENTE

AOILLM

.

SB

.

DR

.

FRANCISCO DE PAULACÂNDIDO

.

PROFESSOU DE PHYSICA NAMESMAFACULDADE,MEDICODA CAMARADES

.

M

.

I

.

OSENHORD

.

PEDRO II,PRINCIPAL REDACTOR DOS ANNAESDE MEDICINABRA

-

SILIENSE,ETC

.

,ETC

.

Meus mestres!

Alöm cie umcoração mais nadatenho; Masdou

-

voscoração constantee grato

.

A

.

G

.

Paula Fonseca

.

(7)

insu

uso

i»ici<

:

i

.

iJiittu

.

SF.\ IIORF.M lK»FF.

*

MMtKS Dt F.lfï LD.IDE DF. HEDICH t

DO HIO DF.Jl\EIRO

.

(lomo as leisdesta Escolanão dispõem «pie sejão(irados ãsorteos pontos do These,

-

seum candidatooudoutorando entregue aoseuiminensoarbítrio,re

-

ceoso de irdarcom aquilha nessesbaixiosterríveisquefazemdas sciencias me

-

dicasumarchipelago perigoso

.

Fógo de uns,porque lá se temquebrado talentos da mais dura libra,sempassar alémosemnadaaplainar dasdiiliculdades:evita outros,porque jáoshomensmaiscelebradosnosassumptosda scienciaos hãoven

-

cido, e serialastimaqneunsfracosnavegantes quizessem ir naufragar lámesmo aonde nãoafundarão «dies: receiaiinalinentctodos, porquetodossãodilliceisde sevencer, e elleainda nãoépratico, nem orecheado detheorias quese atre

-

vaconfiadamenteafaze

-

lo

.

Assim vaguei eu,atéque instadopela obrigação gido pelo tempoqueme fugia,tencioneiescrever sobreacombustão espontauea docorpohumano,consideradadebaixo doseu ponto devista physico

.

chimicoe medico

-

legal

.

Fizosmeusplanos, trabalheiosmateriaes,ea obra jáiaavança

-

da,quandooSr

.

Professor Jobim

.

emumadasliroensde medícina

-

legal

.

excla

-

mou:

Senhores,quematériahamaisimportantenamcdicina

-

legaldo que

Ilido das regrasquedevem servir de guia aos práticosnoprocesso doscorposde delicio? Entre nós

.

ha nadamaisvergonhosodo qneo modo comosefazem

e ur

-

oes

-

t'SSt'S

I

(8)

I l

corposdedelicto?!

Eslas palavras despertâ rào

-

me o desejo «I«*encetarnina

Thesenova, quo tivesseportituloaquillomesmoque

encetei comcOeito

. .

Mas depoisveio

-

mcaopensamento,quelodosesses defeitos

,

todasessasmonstruosidadesqueentrenósseobserva nos corposdedelicto, são devidasúfalta deregrasquesirvãodeguia110procedimentodéliés,doque oProfessor dissera,ecua

menos

úignorância daspessoasqueaellesprocedem: lembrei

-

meque para as pessoasde simples bom senso,ou mesmoparaoscirurgioensquetemdespresadoamedicina

-

forense

,

asminhas regras de nada servirião

.

porquenaspaginas resumidas deuma These nãoépossivelbeber

-

se doutrina

,

que depende de umestado aturado, de vigilias elucubraçocnssemnumeronaliçãodosautoresmais acreditados nas seien

-

cias physico

-

inedicas

.

E,para aquelles peritos que tem compulsado os grossos vo

-

lumesexprofesso,que tem esseestudoaturado

,

essasvigilias,essas lucubracoens, asminhas regras de que servirião? O defeitoestando na lei,cabia

-

me pedir are

-

formadalei

.

O medico, bemquetenha porlimprincipal a cura das moléstias que affligento homem,todavianão('menosobrigadoaconsagrar

-

seaos interessesgeraesda so

-

ciedade;eestudandopor isso a medeciua legal,elle láencontraum ramoimpor

-

tantedelia

.

a medicina política propriamente dita

.

que dáaolegisladorasluzes dequeelle temnecessidade paraa confecção dasleis

.

naquilloquecilasserefe

-

remaosconhecimentos physico

-

medicos

.

Autorisadoassim por estas consideraçoens, cumeatrevi a abraçarumtrabalhonovo,didicil, espinhoso, edebemimportân

-

ciapara o paiz

.

se,por felicidade minha, lhecouber a graça de ser lido por algum Sr

.

legislador,queporventuranãodespreze as obraspor causada mesquinhezae nullidadedeseusautores

.

Dividiomeutrabalhoemduas partes; na primeiraem

-

pregueiasminhasfracas forçaspara demonstrara necessidade e importância do corpodedelicto directo:na segunda,mostroas qualidades indispensáveis dico

-

forcnse; apresentoasbasespara umprojecto dereformarelativamente peritos:eacho melhor queelle seja adoptado em lugar de uma medida, considera oscorposdedelictocomonãonecessárioseessenciaesaosprocessos crimes

.

Finalmente

,

senhores , umgrandemérito tenhoeu paraavossa benevolencia

.

e elle consisteemqueessastoscaspaginas,quevão porahi emdiante

,

tãoresentidas de minhaignorância

,

sãodevidasáobrigação,quemeimpõeo estatuto,de produ

-

zir algumacousa

,

enão á vontadedeescrever,sóparauVomeu nomeestampado na fachadadaobra

.

aomo

-

aos que

(9)

"H C l I C I

SORRE AIMPORTANT.!A E NECESSIDADE

DO COUPO DE DELICTO DIKECTO

Corpo dodelictoéaexistênciade um ciimequese manifest» de maneiraquesen

^

op úde duvidar de queellefusse commettid *

.

Elle(a base de todo procedimento criminal,sem o quai esten

.

osubsi

-

te

.

E'denecessidade indispensável,enïo pûdcser suprido pela confissü o do atcusado. Eórmalar,

-

por conjecturas legitimas ; pelos‘e o corpo de delicto:

pelainspccqdepoimentosâoocu

-

das testemunhas

.

A inspeçãooculari absolu!ameuteueressananos delictosdefacto permanente; isto é,nosdelictos queSouzadeix

.

ãovestígios depois de si.

Pereirae

(Primeiraslinhas sobreoprocessocriminal.)

Todo odelicio6umaentidadecomosenespiritot*asuamaioria ; um comple

-

xo deumaalmacomoseucorpo:oespirito,ou aalmaestána intençãoeavonla

-

delivre dodelinquente,manifestada poractosexteriores eprincipiodeexecução: ó oqueelletem demais importante para existir;6.oque constitue o delictocomo tal,í/iabstract!!:amateria,ouocorpoestánoseITeitos da tentativaenaintenção realisada

,

aqualmensura,equilata

.

pésa,graduaa importância, aestaturae o ca

-

rácter docrime,earranca,para assimdizer,áforça,a penaproporcionada

.

O es

-

pirito denomina « delicto,ea materia a quantidadedo delicto;aalmadã

-

lheo caractcrdecrime, eocorpo mostra o caracter dessemesmocrime

.

Portanto,

daarectaadministraçãodajustiça,queas sentenças sejàoproferidasnão sópor

-

que odelicto houve, senãosegundo a quantidade dodelictoquehouve

.

Para conheceroprimeiro, estuda ojurisconsultoas leis que rcgulào asnossas arções sociacs,parafazer,comobem diz Beccaria,a maior detunsyllogism»,cujamenoré man

-

(10)

a anãoouomissãocoutrariaa ellas,ecuja conclusão,queéa comleniiiaçaoou ali

- solvi

çãodoindiciado,dimana irrefragavelmentcdaconveniência ou descon venien

-

cia das premissas

.

Parademonstrara segunda,estudao peritotodas aquellascir

-

ciimstanciasque fazemovolume

,

ocaractcr,a importância eagravidadedo crime; forma a escala paramedir

-

seapena;descobrecindigitaoburacomaisoumenos

estreito ouespaçosoda lieira da justiça,pelo qual devepassarajustadamente a Logo

.

paraapreciaçãoeo julgamentoexacto«los crimes, contráriosásegti

-

sen

-

tonça

.

rançac ãvida doscidadãos,omedicoeojuiz infundem

-

se de tal sorteumnoou

-

tro,dão

-

se de talarte as mãos,que

,

tornando

-

seosverdadeirosfactores dasen

-

reconhecerofacto criminosoque aleireza, ooutro emreconhecer tença,umem

a moralidadedaacçãoquc praticouessefacto

,

nãopodem jamais ser separados sem prejuízo dos direitos dohomem

.

Logo,tenho eusobradarazãoparadizer,que a medicina

-

lcgaleajurisprudênciasão os dousolhos da justiça:sem ambos ella não moveo passo; sem umdclles,ou comambos anuviados,ella vacilla,tropeça,cahe

.

e nuncasem prejuízodos direitosdo homem

.

Nemoutroeraopensardosabio Tiraqucau

.

quandodesejava que todoojurisconsultofosseao mesmotempo medi

-

co:

Ijrgumseienlia atquemedicinasuit /reluiiquudamcognationc conjunrta

,

utqui jurispiriluselidemquuquesitmedieus

.

E porquecqueomedicoeo jurisconsulto estãoligadosassim por laçostãoes

-

treitos,queajustiçaquasinuncamurcharásemoconselho de ambos ? E’porque nasquestoensdesuccessão,de ligilimidade daprole,de uullidadc decasamentopor motivode impotênciac outrosdefeitos physicosetc

.

, ojuizo do medicoéindispen

-

sávelao magistrado c aos tribunaes para julgaremcomtoda a reclidãopossí vel:é porqueliamuitosestados doespiritoenfermo,quefazemo homem inhabit para exercer direitos politicos efunceocnsdeadministraçãodos seus propriosbens:é porquea imbecillidade, a demência, a loucura, c todosesses diversosestados de aberração mental,quetornãooalienado incapaz deprestaroconsentimento essen

-

eudatodaanaturezade contractos, eiulirmãoeanu lião as suas disposiçoensem diversas eircumstancias da vida, epor occasiãoda morte, são moléstiasquesó omedicoé que pódc conhece

-

las,cdistingui

-

las de outras aflecçoens suppostas

.

Omedicosó6que pódc reconheceros lúcidosintervallosdeumlouco, osquaes devem ser tomadosemtoda a consideraçãopossivel,paraquesepossa verificarseosactospraticadosdurante elles forão comaliberdade, contingência, espontaneidadenecessárias,e essenciaes para que tenhão toda avalidadeemdireito,

eparaque,nocaso deseremillicitos

.

sejahemreconhecidaaintenção,sema qual cessaa imputação,a responsabilidade cocrime

.

\aapplicaçãododireitoenaexecução das leis,a razão,ajustiça,eahumanidade querem porforça,emandão comimpério,queohomemseja avaliadouoseuphy

-

sicoeoseu moral:porquenãohacriminalidadealguma em

reaes ou

umaarção ouomissão contraria

.

isleispenaes

,

quando ellavemde umccrebro dc razãoperturbada

.

que

(11)

3

não conhece,não avalia, nãopésa o«lamno quevaifazer;porqueomalrorporeo, resultantede mudelicto,está todosulmrdiuadoáorgauisaçáo evida dopaciente, dependente «loscaprichos delia,c susceplivel de ser lucitlainentc visto,cdevida

-

mente interpretado sóporollißsaclarados pelas sciencias physico

-

medicas

.

Com

elVeito,emnenhumcasoóojuizodomedicodenecessidademaisabsolutadoque quando trata

-

se de avaliar os dainnosresultantesdos deliclos, contrários ávida dos cidadãos;isto í\quandotrata

-

se dedemonstrarum corpodc delicto

.

Então o medico«'evidentemente amãodireita do magistrado;óoorgão poronde lhe en

-

traaprova calhegorica do crime,e o legitimo valor de suasconsequências ;sem ellenunca o magistrado firmará umasentença com todos os fundamentos, ecom todaajustiçaquedeve presidir ogovernodoshomens

.

\oscasosdeprolcridio

,

ainspecçàooculardoféto

.

e do infante0indispensável ádemonstrarãodos crimes defetiridipeinfanticídio

.

Póde

-

seir dizer ao magis

-

tradoque umamulher queseachava pejada,antes do termo natural daprenhez, expulsou de seu uteroo product«)da concepção,emconsequência «le taes e taes meiosabortivos,que«liamesma,ououtrapcssôamaliciosamenteempregoupara isso

.

ou emconsequência «las sevícias,que em umtempomaisoumenosproximo

«loaborto,forão determinadascontracila

.

Ojuiznão poderá dar um passo

.

'in

«pieomedico demonstreque amulherestavarcalmenlegravida,eque comefleito amassa expulsada ó umembriãoou um feto

.

enão umaconcreçãosangu ínea,ou qualqueroutrocorpopathologico<*senvol\i«lo noutero,comque oembriãopóde confundir

-

se

.

Depois«leprovada a existência «loaborto,restademonstrar seelle foi casual ou provocado;distincçào didicillima

.

porqueha muitascausascapazes

«le produzir o aborto, sem comludo produzi

-

losempre,esem «piepossãosempre

serconsideradascriminosas

.

Muitas vezes, assubstancias medicamentosasou cer

-

tosmeios dietéticosapplicadosnodecurso«la gravidez,como remédios,temo po

-

lier de desarranjarasfuneçoensdautero

-

gestacão,c dedeterminaroaborto

.

O mal

-

vado«|uesabedisto,póilc aconselhar «>uso desemilhantesmeios,«piandonãohaja indicaçãoparaelles;oabortopódeserconsequência desse conselhocriminoso,e o medico mesmo quasinunca poderá fazerumjuizo a tal respeito

.

porcpieuma mullmr pejada expelle prematuramente o feto encerrado em seuutero,depoisde violências que forão exercidas contraella,nãose pódeconcluirabsolutainento, queoabortofoiconsequência dessas violências:porquanto, uma largasangria, aapplicacáodesanguesugasávulva

,

ealgunsoutrosmeiosempregados,impruden

-

temas licitamenle, para prevenirou combater os funestos efleitos dessasse

-

\icias,podem ter si«loaunira«verdadeira causa«lo aborto

,

oqual,nestecaso

.

não constituiráumfcticidio

.

Tudoistodemonstra que

.

semumexamesabioeminucio

-

sosobreamulher, eoproduct «)prematuramentesahidode sua madre,semo e\a

-

111111profundoconhecimento«los meiosabortivosempivgados

.

«lo gráo «le in

-

effeitos

,

dascircumstancinspeculiares nasquaes elles forão me<

fallibilidadedos seus

(12)

h

upplicados

.

otc

.

,nuiieasopoderádemonstraro crimedofetiridio

.

Logo, ocorpo de deliciodirerto

,

aqui, como cmtodososcrimes delactopermanente, /do ne

-

cessidade absolutaoindispensável

,

c nãopóde sor supridopolo maior numerodo provasde outra natureza : sem ellenuncaficaráprovadoocrime mencionadono

art

.

lOt)donossocodigo penal

.

Oinfanticídio,osso crime horrorosoque asnaçoensmaiscivilizadas punemcom apenademorto,nuncaserá demonstrado,semoexameminuciosoe acurado do corpo«lodelicio:ponpie

,

como a morteéaprivaçãodavida

.

«'necessário demons

-

trarprimeiroqueoinfantenasceucomvida, para demonstrar depois«pu*ellefoi privadodella

,

dequalquer maneira

.

Ora,estademonstraçãodi ílicil nãopódeser dadasenãopelomedico, oqualmuitasvezes vô

-

seembaraçado,ena impossibili

-

dadedofazerumjuizo seguro atalrespeito

.

Póde o féto ter gozado de saudee vidaatóomomentodoparto,c seristobemconhecidopelossignaes proprios

.

cate mesmo pelovagidouterino

,

admittidopor Osiauder,«piandoemconsequência da rupturadasmembranaseo corrimento dasaguas amnioticas

,

asuabocacorres

-

ponde ao orilieio damadre,centretantomorrerduranteoparto

,

por causas não criminosas,taescomoo lougor dotrabalho,acompressãodo cordãoumbelicalou oseucnlaçameuto cmtornodopescoço,umaliemorrhagia,afraquezadomesmo féto, etc

.

Aindamais

,

emconsequênciamesmodo longor dotrabalho

,

póde o in

-

fante experimentarnoacto dopartopressoensemachucadurastaes,que, depoisde nascido

,

seacharão,nasdiHerentespartesdeseucorpo,não sóecchymosesetuine

-

faeçoens mais ou menosvolumosas,maisaindafracturas

,

luxaçoens,c muitasou

-

traslesoens,que evidentcineute nãopodemser consideradas como resultados de violênciasintentadascontraavida«lorecém

-

nascido, aindaque

,

paraas pessoas ignorantes«lascicncia,comotaesserião logo reputadas

.

Tudoistoprova queoexa

-

meocular docadaver«'denecessidade indispensávelparaa demonstração doinfan

-

ticídio:édenecessidade indispensável aautopsiapara examinar

-

se o thorax do

rccein

-

nascido; conhecer

-

se o seu augmento devolumecasua maior arcadura

.

emconsequênciadadilataçãodos pulmocns ;examinar

-

seestes orgáos, lume,asua situação,asua còr

.

o seupeso absoluto,o qual óaugmentado de

-

pois darespiração; porqueellescontómmaior «piantidade desangue; especifico,o qual«'*diminu ído, ó comparativamente menorqueoda agua;ponpie ellesforãodilatados pelo ar

.

Com effeito

.

extrahindo

-

se ospulmões «I« nascido

,

epondo

-

os inteiros,cdepoisempedaços

,

emumvasocom agua

.

púde

-

se conhecer se elle respirou ou não, observando

-

se

.

segundoovolume do liquido, deslocado, qual(i«>seupesoespecificorelativamentcaodaagua: sepáirãonasu

-

perficie «lo liquido,porqueforão permeadospeloarrespirado

,

ouse,especificamen

-

temaispesadosque elle,sossobrão nofundodovaso

,

ponpienãoforão penetra

-

dos«lo ar«larespiração

.

Masesta experiência

,

a docimasiapulmonarhydrostalica

,

indicadapelo oseu vo

-

o seupeso umrocem

-

me

-

(13)

moraIliICaleiio, osónpplicadaãmedicina

-

lrgalcm l<>82,porSclircger

,

l>cmqui*

foipor muitotempoconsideradacomoaprova catlicgoricaccapitalcmmaioria doinfanticídio,parasabcr

-

scseinfante nasceuvivooumorto, todaviano

la

-

doactualdasciencia,

-

sc

-

lhe

-

ainda valor,masnãoiuiïallihilidado

.

O fetopódo ternascidomorto,c entretanto ospedaçosdoseu pulmão seremespoeilieamonle mais leves do que a agua esobrenadarem nasuperficie do liquido; nãoporque ellehouvesserespirado;mas porque,alémde outrascausas,podiaamal ícia de alguémaconselhar a iusufllaçãoartificial dos bofes

,

parafazerpesar uma accusa

-

osobre a pobre mãiinnocente,aqual seriapenalisada,seinosoccorrodojuizo do perito,sobretudoseaestaprova se ajuntassem algumaslezõesdo pequenoca

-

daver,devidassómenteásdifficuldades do parto

.

De outro lado, ainda quese prove queorecem

-

nascido nãorespirou,nãosesegueporissoqueelleo

tenha vivido;porquanto

,

osmédicos sabem que,consecutivamenteaum parlola

-

boriosocmesmo natural,oinfante pódenasceremumestadode morteapparente, resultantedeuma asphyxiapassageira,ou de uma congestão cerebral determinada pelasuaposição durante o trabalho,oquecausaum torporqueparalysamomen- taneamenteomovimento respiratório,depoisdonascimento( l )

.

Outras muitas

'1)Ummedicofoichamadodurante anoite parapartejaruma senhora que estavade dôres

.

Elle chega no lugar indicadoe achauma fam íliarespeitável,cm prantos,juntode uma joven de lSaimos, cujaf«lta sd foi conhecida no momento do seu resultado.O parto se fazia antes do termo,a 7mezes;o infantenasceuasphyxiado.Oscuidadosmais bem entendidos e mais prolongadosopoderãoprovocar os movimentos inspiratorios,edepois de tentativas inúteis o medicoeorecemuascidosobreomármore de uma commoda,e dáosúltimoscuidadosá parida.Elleia retirar

-

se,quando o pai e amãi da joven reté m-nodizendo:meusenhor,éumafamiliahonradaquevossupplicaquesalveis sua honra

.

Ninguém sabeda falta denossafilha,ninguémsaba do parto,acreançaestámorta,poupai

-

nosadeshonra dade

-

claraço e retiração,levai

-

se.comvoscoNarua,elle avista aestepequeno cadaverothcina de

.

umOcollegapharmaceuticosedeixa,enternecerentra nella e peie um grande,envolve ofetoem seuvasolende

-

vidro paraconservarofé to no alcool

.

Decorreugrandetempoatéachar

-

3eo vaso necessário ;eo phar

-

maceutico, homemdeprecauções, enche

-

odeagua,afim decalcularpelodeslocamento deliquido aquan

-

tidade de alcoolqueconviriaempregar

.

Mergulha pois o fétona agua fria;mas,ohsurpresa!acreança seagita e grita,ellan àoestavamorta!!

...

Emquantoopharmaceutico,attonito, procuraulgunspaunos para envolveracreança,o medico dá

-

lhe oscuidadosda sua arteeresuscitaacompletamenle á vida

.

Masoqueseha de fazeragoradesteinnocente?Eseos parentesnão quiseremrecebe

-

lo?Se ellesdis

-

serem: vdslevastesnosummeninomorto,ctrazeisnosumvivo,este nãoé onosso?..

.

Nestes trances,o medico volta ácasada parida,explica tudo oqueacabavadeacontecer,e esta f

.

imiliahonrada recebeu acreançadizendo:Deosno-la envia,sejaisbom vinda

...

Depoisdedezdiasellamorreu comctTeito.

Seriasupérfluo insistir sobre aimprudência domedicoque accedeuás suppliersda familia levando comsigo o menino.Emfira,bemsevô neste factoummotivo do perseverança cm insistir

-

sc sobie os meios indicadospela artenoscasosdoasphyxia dos reccmnascidos

.

Todos osparteirossabem quenlgu

-

masvezesê»6depois de muitotempoquoa asphyxiacessa.Duas personagenscelebres,Voltaire e Mme.

de Cenlis,referemque sc as deixou pormortasnomomento doseu nascimento

.

Voltaire tinha sido lançado sobreuma poltrona;souavAquo não vioaquelloembrulho,asscnls

-

so em

cimaciaque elledeli«*,c o nu nino produzdeveu oscuidados que o restituirãoo ruido semelhante ao do&vida

.

umfolio que se machuca

.

E*a estacircunstau

-

(Ometteda«IfApiiuiix

.

)

(14)

<)

causaslaes

,

como a obslrucçãodas viasaereas por mucosidades,pda aguaamnio

-

lica,etc

.

, podcm vedaraintroducção do arnospulmões doroeem

-

nascido;

experiênciatemprovado(pic,na maior parledestescasos, chega

-

se ariiamarà

vidaoinfanteapparenlenieute morlo,empregando

-

secomperseverançaos meios

propriospara excitararespiraçãoeacirculação

.

Destesfactos

,

concluiu oSr

.

Ollivier d’Angers,queunirecem

-

nascidopóde continuar a viver poralgumtempo depois dasuaseparação desuainãi,como elle vivia antes,eque ocomeço da vidaindependenteparaelle nãoresulta necessariamentedo estabelecimentoda respiração;emumapalavraqueoinfante póde,emcertoscasos

.

menostempo depois deseunascimentoSEM RESPIRAR

.

Isto estabelecido,secomprebendequeellepódeser homicidadoneste curto< primeiro

per

íodo desuavidaextra

-

uterina,eentãoos seus pulmões,maispesados doquea agua

.

cabirão no fundo dovaso

.

enãoobstanteissoéfracaa aNegação dequeoinfantenasceumorto,sóporquenão respirou; ellanão pódeisolada

-

menteservir de defesa para oaccusado

.

Énecessáriooconcursodeoutrasmuitas provas fornecidaspela inspecção oculareoexameminuciosodetodososorgão* do cadaver dorecem

-

nascido,para poder

-

se fazerumjuiz

.

o que apoie aaccusacão

.

Independeu tementeda intençãocriminal, a qualpódeser altestadapelasdifferen

-

tesespecies deferimentos,queporventuraforemencontrados sobre elle,é indis

-

pensávelrecoubccer

-

se

.

seesses ferimentossão acompanhados deumphenomeno particular,que mio se manifesto senãosobreocorpo rico,evemaseracoagula

-

çãodo sangue

.

Esteearacler éda maissubida importância, porque elle denota que os ferimentosforno feitosdurante a vida;equando mesmoa autopsia de

-

monstrassequeoinfantenão respirou,seessesferimentos sãode natureza a pro

-

duziramorte, está

-

seautorisado apensar,queelles ó(pieimpedirão o estabele

-

cimentodarespiração,istoé, da vidaindependente,eporconsequência(piehouve infanticídio

,

abstraeção feitadetodoovicio deconformaçãocapaz de estorvarim

-

mediatamente o acto respiratório

.

(1 )

Agoraninguém mais duvidaráque

.

sem ocorpode delictodirecto, nãoha a menor base parao julgamento dos crimes mencionados nos arts

.

107 e 108 do e a

VIVERmaisou

nosso codigo penal

.

\s testemunhasque ordinariamentedepoem nojulgamento dascausasdesta especic quasinuncaattestarão oque virão;porque um pai ou tunamãidesnaturados,panaoccultarem adeshonra

.

que seriadenunciadap producto innocente de seu illicitoamor

.

nunca matarãoseu filhosemascautelas precisasparaafugentar todaa suspeita doiminensocrimeque vãocommetter

.

Aindamais ; lánofundo de uma eamara,apenasalumiadapelachamavacillante emoribunda de uma lamparina,naausência detodaatestemunha,

naoccasiãomaisazadaparaa horrívelscena quevai

-

se

or esse

notheatroe representar, a bru

.

ra,a

(I)Annales d'hygièneetdeméd.légale,premieririmestre 181*2.

(15)

y

quementrenòs se agraciacomosagradonomede parteira, s

'

*111

'

mmal qu

manda preferir a pazdaconsciência ao torpeinteresse elo oiro

, ,

‘s

, ,

l

, ,

l0 I

11,1'

para nuircliaresegar umainnocenteflor no momentomesmocm<pi •<II1*' broxasse,póde, muitovoluntariamente,deixar deprestaraorecem

-

nascido

"

s

corros indispensáveispara garanti

-

lo dos perigos que o

mundo, e parasustentar a suaexistênciaaindaofragil

.

Isto6um crimed<

infanticídioporomissão, ohorrorosoe tão dignode penasseverascomootie infanticídio por commissão:sópor meiodocorpodedelicto directoequeel!<

pódeserconhecidoedemonstrado

.

E por queéqueentrenós os Iribunacsquasi nunca seoccupao com ojulga

-

mento dos crimes de feticidio e infanticídio ?Seráporque nol\io deJaneiro c povoações doBrazilellesnão sejãocommettidos,c comfrequeueia/

...

(1) Nos casosdeenvenenamento,nenhumjuiz traçará umasentença fundada na evidenciadasprovas, se elle não forsoccorridodotestemunhode ummedico pe

-

rito, que nãosó qualifique os symptomasobservados,maspor experiences chy

-

micasrigorosas,oupor caracteres botânicos ou zoologicos demonstreaexistência dovenenona economiado cadaver

.

Mil testemunhaspodem dizermil cousasidên

-

ticas:quevirão dar

-

se a beberumlicorcomtaesc taes caracteres,equemo be

-

beudebater

-

secom amorteemorrer;queobservárão symptomas de intoxicação, e finalmenteque o indiciado comopropinador do venenotinhaosseusmotivos para commette!*ovenelicio: digão aindamaiscousasquesem duvidaaugmentão as probabilidades docrime;masocrime nãoficaráevidentemente demonstrado, cinquanteoperito nãoabrirocadavere encontrar o veneno; porquedizem os toxicologistas:

lnicum signumcertaindalireneniestanalysisc/timica inventi rrneni mineralis

,

etnoticiabolanicainventi renenircgctabilis,seunoticiaZoo

-

logieninventivenenianima!is

.

Logo,sem ocorpo de delicto directenunca!i

-

caráevidentementeprovadaessa circunstanciaaggravantedo§2do art

.

16do nosso Codigocriminal ,econsequentementelambem nãoficará provado ohomicí

-

dio

.

Entretanto,comonão meconstaqueemqualquerpartedo Brasilfosse al

-

gumdiaapresentadoaos tribunaeso agentevcncfico encontrado no estomago ou norestoda economia organica docadaver, sou levado a pensar que

.

entrenós

.

nunca um propinador de venenofoijulgadocomtoda a justiça fundada dencia das provas, seéqueemnossostribunaestemhavidoevenelicio ajulgar

. . ..

Aconselha arequintada perversidadecom todooseu cortejodeiufernacsqua

-

ccrcãoaoentrarneste

nas outras

naevi

-

íl )Muito depropositocumo estendisobre osmeiosde reconhecer-sec provar-seotnftnlicidio,por

-

que éum crimefroquentemente commettidononossopair

.

equetomsemprocorrido impune c desaper

-

cebido.IU mais deseis«nnosqueestounoHiode Janeiro,e sdlenho visto um

umcasodo infanticídio: entretantoo corpodedelicto sobre

illnstradoprofessordesta escolacpresidentedesta minha these, nmrmou

-

mequo,ajulgar

-

sepeloquo«liesabe, sTo muitonumerososos iufmticUh

*'0commettidosn#capitaldo império

.

osquo nununtmcnlo o

(16)

s

a covardia aconselha o farãommo* lidados,que uai homem «I«

'

amorteaosseussemelhantes:

que lance màodos inoiosmortíferos mais farcisdemanejar, que

ponhi'io mais abrigadodasdevassasda nãocombater,para não arriscar

-

seá so

-

lança mão de um vene

-

exposto ásreacçõesdesua victima,eo justiçaedajusta vingançada lei:para

brepujança da dextresaeforçasdoadversário,o perverso

.

porqueumvenenoé<>meio maisatadopara«»maisfraco dos botnensvencer o mais forte doshercules:para frustrar as pesquizas daautoridadepublica< r

quivar

-

se aocastigo,elleevitatudo quepossatestemunhar oseu crime,e\aipre

-

ferir nalistadostoxicos aquelle

,

cujoselleitos imitem melhor ossymptomasde no

uma moléstiaquematadepressa

.

Destemodo,ohomemque aindaliapoucoestavacheiodevidae vigor,agora está feito umcadaver, quesepensaser resultadodeumamoléstiaestranha aos eITeitosdeunicrime:c6 poresta facilidade dehomicidal*que,cm todas as na

-

ções,oveueficiotemsuaspenas cspeciaes, c occupaumart

.

áparte nos codigos penaes

,

ou

.

comoentrenós,éconsideradoacircunstancia mais aggravantedoho

-

micídio

.

Mas, scnãoproceder

-

se áabertura docadaver,setodas aslesõesorgâ

-

nicas,quesuggèrentas maisfundadassuspeitasdeumenvenenamento, nãoforem cuidadosamente examinadas por sentidos muito entrados da sciencia,enem maior fundamento receberãoassuspeitas,que por venturaaautoridade játivessecon

-

cebido para instauraroprocesso,enem haverá esse convitedaslesões cadavéri

-

cas

.

que muitasvezes fazem do medico umdenunciantedo crime,oexcitão

-

noa proseguiras suas indagaçõessciciitificasaté o encontrodoagentetoxico, e ade

-

monstraçãoria morteporingestãodeveneno,cabendo depoisáautoridade devas

-

saresabersehouve suicídioouhomicídio, e nesteultimocaso,qual foi o delin

-

quente

.

Nestascircunstancias,a inspecção ocular de todasas partesdo cadaver serve

,

nãosóparaoencontrodoúnico signal certo daintoxicação,e unicaprova evidentedocrime quesc procuravademonstrar,ede cuja perpetrarãojáexistiào algumasprobabilidades,mastambémdedenunciarodelictodequenãohavia peitas,eque ficaria incognito se nãofosse praticada a autopsia

.

K lia quem negue as immensas vantagensquea justiça póde colher doexameminuciosode todosos orgãosdo cadaver,resultante de uma mortemaisoumenosrepentinacinespe

-

rada,quando esse exameéfeitopor pessoasdereconhecidaperícia ?Porqueéque entrenós ocrimede vencfício quasinuncaoccupaa attençãodos tribunacs ? Será porque

,

differentesdas outrasnações

,

nãosejamosfilhosdopeccadodoprimeiro homem,sujeitosácobiça

,

á ambição

,

ávingança,oalodos osdcliclos capazesde satisfaze

-

las?

...

SUs

-

Noshomicídios porferimento,astestemunhas provàoos mais das vezesipieum crime foiperpetrado, equeesteouaquelle hoiucm óo perpetradordessecrime

.

Sópelo depoimentodellas

,

fica ojuiz sabendo queliaumculpado

,

e quo lia uma pena anpplicar

-

lhe:masa intensidadeca duraçãodessa pena dependem

(17)

D

olusivamentc cio relatorio domedico

-

perito,porque só «Ile «'•

cnn

* julgar

-

da

mortalidade do mal, atémesmopela doutrina do art

.

lt)5 donossocodigo eli

-

minai;eninguém desconheceráquenestescasosocorpodedelicto direeio« ciai

.

eabsolutamente indispensávelpara a graduaçãoadequadadaspenas

.

E’ grandeadistancia que vai da prisão comtrabalho por dezannos,queéa maiorpena quepôdeserinfligida aoréo,quandofórevidentementedemonstrado pelo juizcompetente que o malnãoeramortal,eque amorteaconteceupornão haver

-

seappiicado todaadeligcncia necessária para remove

-

la ,e a penadegalés

perpetuas,aqual,além deaflligir o culpado por todaa suavida,óuma penainfa

-

mante,que eondemna odelinquente aos trabalhos públicos,eexpõe

-

noaopu

-

blicoespectaculo,comcalceta no péecorrente deferro, e da qual só épassivoo autordeummal necessariamente mortal

.

A applicaçãodequalquer delias depen

-

deexclusivamentedetudo quantofoiobservado,antesda morte dooflendido

,

e exameanatomico do cadaver

.

Ojuizo do medico sobroalethalidadeou não le

-

thalidadc do mal é aqui oarbitrosupremo, eoúnico fundamentodadecisãodos juizes ; eocorpodedelicto directo éapeçaessenciale indispensável doprocedi

-

mentocriminal,semaqualnão existe fundamento para agraduaçãoadequada das penas

,

nãoha justiçapossível,nãohasentençaassentadana convicçãoena cons

-

ciência

.

Nestascircumstancias

,

diziaBellocaos seusdiscípulos,o medicoé juizes

-

sencial:

Medieinonsuntpropriètestes

,

sed estmugisjudiciumquum testi

-

monium

.

Entrenós

,

quandoa autoridade chamaummedico parafazeroautodecorpode delictosobreunicadaver, quesesuppõeseroresultadodeumcrime,ou(picnu realidadeévictimade umhomicídio por ferimento,cila nãooencarregaordinaria

-

mentesenãodoexaminaresses ferimentos,denotarsuasdimensoense profundida

-

de,com que arníaforão feitos

,

esea morte resultou necessariamente délies

.

A decisãode cadauma destasquestoensjáinteressa bemajustiça ; masnão estásó nistopostotodoo proveito quepóde prestar o cirurgião : ellepódetambém,guian

-

do

-

scpelalegislaçãorespective,fazer sobresahirnocorpo de delicto todasaquellas circumstanciasque acompanharem asoflensas physicas,equemuitasvezes ser

-

vempara attenuar ouaggravai

-

odelicto

.

Ora,entreascircumstanciasaggravantes eatténuantesdoscrimes mencionadas no cap

.

111

.

do nosso CodigoCriminal,ha algumascuja existênciasópódeser dedusidadacombinação do que depoemas tes

-

temunhascomoquerefere< >perito,e outrashacujacomprovaçãodepende exclu

-

sivamente do depoimentodomedico

.

O ter precedidoao crime aemboscada, tero delinquente esperadoo oflendido emum, oudiversoslugaresé

taneiaaggravante

,

asmais das vezes demonstrada pelodepoimentodas testemunhas sómente;inasé in negave!queomedicolambempódecontribuirmuitopara comprovação, declarandonoseurelatorioqualera aposiçãoprovável doaggre rclalivamentc ao oflendido, e dando contadadirecção das feridas,doscaminhos

esseu

-

no

por umacircums

-

asua ssor

Referências

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