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QUANTO CUSTA A MÃO DE OBRA DIRETA ESTUDO DE CASO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

DANILO RUDRIGUES DE ALMEIDA LIRA RODRIGO ANTÔNIO PEREIRA DE MORAES

QUANTO CUSTA A MÃO DE OBRA DIRETA – ESTUDO DE CASO

Recife 2013

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DANILO RUDRIGUES DE ALMEIDA LIRA RODRIGO ANTÔNIO PEREIRA DE MORAES

QUANTO CUSTA A MÃO DE OBRA DIRETA – ESTUDO DE CASO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do título de bacharel em Engenharia civil.

Recife 2013

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DANILO RUDRIGUES DE ALMEIDA LIRA RODRIGO ANTÔNIO PEREIRA DE MORAES

QUANTO CUSTA A MÃO DE OBRA DIRETA – ESTUDO DE CASO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do título de bacharel em Engenharia.

Área de concentração:

Engenharia de custo

Orientador: Prof. Fernando Jordão de Vasconcelos

Recife 2013

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1 RESUMO

O trabalho aqui exposto trata de um estudo sobre como se deve calcular o custo da mão de obra direta e assim estimar, de maneira mais precisa, o quanto uma empresa pode gastar, ou melhor, investir na força de trabalho para completar, de maneira eficiente e eficaz, o empreendimento desejado. O método de cálculo mais difundido é a segregação do custo em seis passos: o primeiro é achar todas as funções que a obra necessita, como por exemplo: pedreiro, ajudante de produção e outros. O segundo passo é analisar o custo sem encargo de cada função junto a sindicatos e a própria cultura da empresa. A terceira etapa é calcular os encargos sociais. A quarta é mensurar o custo agregado que a mão de obra direta irá gerar.

Na quinta fase somasse, de cada funcionário: o seu custo sem encargo mais os encargos sociais e ainda adicionasse os custos agregados tendo como resultado o custo total deste empregado. Por fim juntasse todos os custos totais de cada funcionário e obtém-se o custo total da mão de obra do empreendimento. Para finalizar observa-se que o custo calculado anteriormente chega a ser metade dos custos dos serviços diretos realizados pela empreiteira.

Palavras-chave: Mão de obra direta. Custo sem encargo. Encargos sociais. Custo agregado. Custo total do funcionário. Custo total do empreendimento.

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2 ABSTRACT

The work displayed here is a study on how to calculate the cost of direct labor and therefore estimate, more accurately, how a company can spend, or rather invest in the workforce to complete, efficiently and effective, the project desired. The calculation method is the most widespread cost segregation in six steps: the first is to find all the functions that need work, such as: mason, a production assistant and others. The second step is to analyze the cost of each function without charge with the unions and the company's own culture. The third step is to calculate payroll taxes. The fourth measure is the aggregate cost of the direct labor will generate. In the fifth phase added up, each employee: its cost without charge plus social security charges plus the aggregate costs resulting total cost of this employee. Finally join all total costs of each employee and obtain the total cost of the manpower of the enterprise. Finally it is observed that the cost previously calculated comes to be half the costs of direct services performed by the contractor.

Keywords: Labor directly. Cost without charge. Social charges. Aggregate cost.

Total cost of the employee. Total cost of the project.

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3 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6

1.REVISÃO DA LITERATURA ... 8

1.1Cargos ... 9

1.1.1Funções de mão de obra direta ... 9

1.1.2 Tipos de contrato ... 11

1.1.2.1 Contrato por experiência... 11

1.1.2.2 Contrato por obra certa ... 12

1.1.3 Efeito da escassez ou excesso de mão de obra no mercado ... 12

1.1.4 Remuneração sem encargo ... 13

2. Sindicatos ... 14

1.2.1. SINTEPAV ... 15

1.2.2. SINDUSCON ... 15

1.3. Quantidades de horas, trabalhada por mês. ... 16

1.3.1. Horista ... 16

1.3.2. Mensalista ... 16

1.4. Encargos sociais trabalhistas ... 17

1.4.1. Encargos em sentido restrito ... 17

1.4.1.1. Encargos sociais Básicos ... 17

1.4.1.2. Encargos trabalhistas ... 18

1.4.1.3. Encargos Indenizatórios ... 19

1.4.1.4. Incidência cumulativa ... 19

1.4.1.5. Encargos Horistas ... 20

1.4.1.6. Encargos Mensalistas ... 21

1.4.2. Adicionais Legais ... 22

1.4.3. Hora extra ... 23

1.5. Custo Agregado. ... 24

1.5.1 O que é custo agregado (encargos em sentido amplo)... 24

(8)

4

1.5.2. Quais são os custos agregados. ... 25

1.6. Mão de obra nas composições de custo unitárias. ... 34

1.7. Cronograma da obra ... 36

1.8. Histograma de mão de obra direta ... 37

2. MATERIAIS E MÉTODOS. ... 39

2.1. SISENG ... 39

2.2. Empreendimento A ... 41

2.2.1. Mão de obra direta do empreendimento A ... 41

2.2.2. Materiais, Subempreiteiros e Gastos gerais do empreendimento A. 44 2.3. Cálculo total do custo da M.O. ... 44

2.3.1. Remuneração sem encargo. ... 44

2.3.2. Encargos em sentido restrito ... 46

2.3.2.1. Encargos sociais Básicos ... 50

2.3.2.2. Encargos trabalhistas ... 51

2.3.2.3. Encargos Indenizatórios ... 60

2.3.2.4. Incidência cumulativa ... 65

2.3.3. Custo Agregado ... 65

2.3.3.1. Transporte ... 66

2.3.3.2. Desjejum... 66

2.3.3.3. Almoço ... 67

2.3.3.4. Jantar ... 67

2.3.3.5. Lanche ... 67

2.3.3.6. Cesta básica ... 67

2.3.3.7. EPI ... 67

2.3.3.8. Exames Admissionais ... 68

2.3.3.9. Exames Demissionários ... 68

2.3.3.10. Exame Periódico ... 68

2.3.3.11. Assistência Médica ... 69

(9)

5

2.3.3.12. DDS (diálogo diário de segurança) ... 69

2.3.3.13. Dia de pagamento ... 69

2.3.3.14. Mobilização/ Desmobilização do Alojamento ... 69

2.3.3.15. Viagem para casa ... 69

2.3.3.16. PLR (participação no lucro) ... 70

2.3.3.17. Despesa com mudança ... 70

2.3.3.18. Alojamento – manutenção / limpeza ... 70

2.3.3.19. Lavanderia (cama/banho) ... 70

2.3.3.20. Lavanderia ... 70

2.3.3.21. Hora “in-itinere”. ... 70

2.3.3.22. Seguro de vida... 70

2.3.3.23. PIP (Programa de Incentivo à Produção) ... 71

2.3.3.24. Ferramentas ... 71

2.3.4. Custo do Homem-hora ... 71

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 73

3.1. Análises comparativas ... 73

3.1.1. Mão de obra direta x Material ... 73

3.1.2. Mão de obra direta x subempreiteiro ... 74

3.1.3. Mão de obra direta x gastos gerais ... 74

3.1.4. Mão de obra direta x total da obra ... 74

3.1.5. Mão de obra direta x total da obra efetivamente realizado pela empresa ... 74

3.1.6. Mão de obra direta x Mão de obra direta ... 75

3.1.6.1. Salário dos trabalhadores x custo dos encargos em sentido restrito. ... 75

3.1.6.2. Salário dos trabalhadores x Valor dos custos agregados ... 76

3.1.6.3. Custo dos encargos em sentido restrito x Valor dos custos agregados. ... 76

3.1.6.4. Salários dos trabalhadores com encargos em sentido restrito x

Valor dos custos agregados. ... 76

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6 3.1.6.5. Custo dos encargos em sentido restrito com custo agregado x

salário dos trabalhadores. ... 77

3.1.6.6. Comparações com o total de Mão de obra direta. ... 77

4. CONCLUSÕES ... 79

REFERÊNCIAS ... 80

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7 INTRODUÇÃO

É de suma importância, para qualquer empreiteira, saber orçar suas obras, quer seja para uma licitação como também para um cliente particular, em especial.

O presente trabalho busca elucidar os passos para calcular umas das partes de maior relevância e dificuldade de um empreendimento, que é a mão de obra direta.

Outro objetivo desta pesquisa é mostrar a relevância da mão de obra direta no custo da empresa explicitando o quanto que a empreiteira pode chegar a gastar com seus funcionários e este objetivo será atingido com o estudo de um caso em particular.

Este estudo de caso é baseado em uma obra que teve uma análise profunda da mão de obra direta devido a sua escassez, complexidade e localidade da mesma;

gerando para os seus funcionários alguns atrativos para ingressarem esta obra.

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8 1.REVISÃO DA LITERATURA

A construção civil é o conjunto de atividades que tem como função produção de obras dentre as quais se fazem necessária execução, planejamento, projetos, controle e manutenção, e restauração, para o beneficio da população como um todo ou especifica como um contratante de uma obra.

No Brasil vem se evidenciando um aumento na construção civil ao longo dessas ultimas décadas. Na região metropolitana do Recife esse fato é confirmado com a construção de grandes edifícios em terrenos cada vez menores e em comunidades consideradas favelas localizadas em bairros nobres a exemplo de Boa Viagem.

O crescimento tanto no número de construções como no número de construtoras, vem gerando a necessidade de busca de mão de obra direta em cidades vizinhas, nem sempre próximas do local da obra.

Sendo mão de obra direta A mão de obra direta são os trabalhadores que atuam diretamente na obtenção do produto final não necessitando de rateio, um exemplo são os operadores de máquinas, a mão-de-obra indireta o trabalho executado não esta diretamente vinculada a uma área de produção necessitado de rateio para saber quanto cada atividade consome do trabalhador para assim realizar uma correta alocação dos custos, um como exemplo temos um supervisor de maquinas.

A mão-de-obra pode ter um custo fixo, como a folha relativa ao pagamento dos trabalhadores da produção, e o custo varia de acordo com a produção, quanto mais se produz maior será o custo.

Os encargos sociais integram os custos da mão de obra direta, são as férias, as contribuições ao INSS, o 13° salário entre outras garantias do trabalhador, a área de custos e a contabilidade financeira tem que sempre manter as informações atualizadas e a compatibilidade dos métodos adotados.

Tempo não produtivo se refere ao tempo que o empregado não esta exercendo suas atividades, quando o tempo improdutivo é normal, acumula-se e

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realiza o rateio a produção geral, e quando as paradas ocorrem em determinadas épocas do ano, realiza-se um rateio e incorpora aos custos a produção feita no ano.

As horas extras necessitam de uma análise bem elaborada para alocação destes custos aos produtos, pois estas podem ser pagas esporadicamente, ou podem ser periódicas, como por exemplo, pagar uma hora extra todos os dias, devendo ser incorporada a própria taxa horária.

Existem ainda outros gastos relativos a mão-de-obra como vestuário, alimentação, assistência medica, tais custos são mais fixos do que variáveis devendo ser integrado aos custos indiretos e realizado um rateio geral.

1.1Cargos

1.1.1Funções de mão de obra direta

Antes de se fazer qualquer citação sobre os funcionários de uma obra, é importante fazer a diferenciação entre mão de obra direta e mão de obra indireta de uma obra.

Pode-se entender por mão de obra direta os funcionários que aparecem nas composições de custo unitário. São eles os que trabalham na produção sendo os que efetivamente usam a sua força física para construir a obra.

Em contra partida a mão de obra indireta é a mão de obra que não aparecem nas composições de preço unitário, pois recebem por mês. A esses trabalhadores ficam as funções de gestão de obra, compras, planejamento, entre outras funções.

Dentre os cargos que podemos considerar como mãos de obra direta podem ser citados:

• Servente: pessoa indicada para auxiliar os demais profissionais da obra, sendo ele o que faz os trabalhos no qual não são necessários de especialização para o serviço. Trabalhando com limpeza, distribuição e transporte de materiais (como ferragem, argamassa), fazer buracos, dentre outros serviços, os serventes são os trabalhadores que utilizam mais força bruta dentro da obra.

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• Pedreiro: é o funcionário que dentro da obra trabalha com materiais cerâmicos. Ele é responsável por levantar alvenarias, aplicação de cerâmica, aplicação de massa para emboço, reboco e chapisco, dar acabamentos como fazer contra pisos.

• Armador: os armadores, também conhecidos no canteiro como ferreiros, são responsáveis pela execução da montagem da ferragem em peças de concreto armado. São eles que montam as sapatas, vigas, pilares e muros existentes numa obra, sendo necessário para esses funcionários a devida interpretação das plantas de ferragem.

• Carpinteiro: é o trabalhador que tem a função de trabalhar com madeiras em todos os seus estados, seja madeira natural, chapas compensadas, etc. Numa obra, sua maior função é fazer formas de madeira que serviram de molde para o concreto. Para isso o funcionário deve saber usar os instrumentos como serra circular de mesa, serrote, entre outros instrumentos para que sejam feitos cortes precisos para que se evite um numero grande de desperdício.

• Betoneiro: a função do betoneiro é operar a betoneira, fazendo todos os derivados do cimento numa obra. Cabe ao betoneiro saber os traços necessários para cada lugar que se deva empregar a massa. Ao betoneiro cabe a responsabilidade de dosar o concreto respeitando o traço que deve ser predeterminado para que não se obtenha um resultado de resistência abaixo do esperado. Além de fazer o concreto, o betoneiro deve dosar massas para emboço, reboco ou chapisco dentro da obra.

• Guincheiro: são os que operam os guinchos, que são elevadores provisórios que geralmente ficam fora da estrutura da obra. Eles devem ter total conhecimento da maquina que opera e receber treinamento prévio para que só assim possam reconhecer algum problema que esteja acontecendo no guincho o qual o funcionário esta operando.

Eles trabalham transportando materiais e funcionários entre os andares das obras.

• Grueiro: é o funcionário encarregado de operar a grua, fazendo o transporte de materiais mais pesados e complicados de serem

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transportados de outra forma. Esse funcionário deve estar habilitado a trabalhar em altura, já que ele deve ficar na parte mais elevada da obra para observar as manobras que o braço da grua faz por volta da edificação.

• Encanador: tem a função de manutenção e instalação dos sistemas hidro sanitários de uma edificação. Cabem a eles a instalação de tubulações de agua fria ou quente, esgoto e suas devidas inclinações para evitar retorno e infiltrações decorrentes de má instalação.

• Eletricista: o eletricista é responsável pela instalação e manutenção dos sistemas elétricos numa obra. São eles responsáveis pelas instalações de pontos elétricos e interruptores, fiações e quadros de distribuição dentre outros equipamentos.

• Pintor: é um dos funcionários responsável pelo acabamento da obra.

Ele tem o dever de fazer a decoração dos ambientes por meio da aplicação de tinta.

1.1.2 Tipos de contrato

Esse tópico é relacionado aos tipos de contratos firmados entre trabalhadores e empregador. Neste tópico não vai ser levado em conta outros tipos de contrato que podem existir no ambiente de obras, como por exemplo, contrato de empreitada e o contrato de administração.

1.1.2.1 Contrato por experiência

Um modo de proteger as empresas contratantes de contratar empregados que não se enquadram na metodologia da empresa ou o funcionário não tenha as habilidades necessárias para exercer o trabalho que lhe foi dado, é fazer o contrato por experiência.

O contrato de experiência tem uma duração máxima de 90 dias. Dessa forma no por experiência, o contratante pode fazer uma avaliação critica do trabalhador durante esse prazo para assim poder efetiva-lo na empresa.

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Se caso o contrato for menor que os 90 dias pode ser feita uma única vez a prorrogação de contrato, contudo o tempo de trabalho do empregado no período de experiência deve respeitar os 90 dias.

Caso por alguma falha o tempo do contrato exceder os 90 dias o contrato se transformará automaticamente num contrato com tempo indeterminado.

Deve ser levado em conta que se o empregador demitir o empregado sem justa causa antes do prazo acordado entre as partes, o contratante fica obrigado o pagamento de indenização igual à metade do ordenado que o empregado receberia até o final do contrato pelo contratante.

1.1.2.2 Contrato por obra certa

O contrato dito por obra certa é um contrato considerado por tempo determinado, já que ele depende do tempo de execução do serviço.

O contrato funciona da seguinte maneira. O empregado é contratado apenas para executar um serviço destinado a ele, assim que o serviço for executado pelo mesmo o contrato se encerra.

Vale ressaltar que a carteira do trabalhador deve ser assinada especificando que o serviço é por obra certa e também a destinação da obra. O contrato não pode ser maior que dois anos, havendo prorrogação de mais de uma vez no contrato o mesmo se transforma automaticamente em um contrato por tempo indeterminado.

De forma análoga ao contrato por experiência o empregador que demitir o empregado sem justa causa antes do prazo acordado entre as partes, o contratante fica obrigado o pagamento de indenização igual à metade do ordenado que o empregado receberia até o final do contrato pelo contratante.

1.1.3 Efeito da escassez ou excesso de mão de obra no mercado

O mundo passou por uma grande crise após a queda na economia de vários países ditos de primeiro mundo. Depós um período de pouco crescimento e desenvolvimento, a partir de 2010 o Brasil e outros países ditos em desenvolvidos tiveram crescimentos econômicos maiores que os desenvolvidos. A atratividade de investir em um país estável voltou os olhos dos investidores mundiais para nosso país.

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Dentre os setores que mais influenciaram o crescimento do PIB do Brasil pode se destacar o da construção civil. Notável é o crescimento da construção civil no Brasil, após um longo período de praticamente estagnação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o setor da construção civil teve um crescimento de 63% entre os anos de 2007 e 2011 gerando 1,1 milhão de empregos no setor. Um pouco mais modesto que os anos anteriores em 2013 até o segundo semestre a construção civil cresceu 3,8%.

Dentre os principais fatores para esse crescimento crescente podem ser apontados:

• Facilidades de credito (BNDES,BNB,etc)

• Investimentos do programa de aceleração de crescimento (PAC)

• Investimentos visando a copa do mundo 2014 e olimpíadas 2016.

• Investimentos do Minha casa minha vida

• Etc.

Apesar de todo esse crescimento existe também uma escassez de mão de obra qualificada em diversos setores da construção civil. Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que dos entrevistados 34% apontam que existe a carência da mão de obra como uma das maiores dificuldades apresentadas no ramo da construção.

1.1.4 Remuneração sem encargo

Pode ser entendido como remuneração sem encargo o valor do salario bruto do funcionário na quantidade de horas trabalhadas. Os trabalhadores da construção civil trabalham semanalmente de segunda a quinta de 07h00min as 17h00min e na sexta de 07h00min as 16h00min somando na semana 44 horas trabalhadas.

Devendo trabalhar teoricamente 220 horas por mês para ter direito a receber integralmente o seu salario.

Os valores do salario são definidos anualmente a partir de movimentações sindicais ocorridas entre empregadores e empregados em cada estado, no qual, dessa forma o valor do salario é legalizado.

Para Pernambuco os valores base referente ao período entre os anos de 2012/2013 podem ser vistos na tabela abaixo:

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Tabela 1- salario base de servente e profissional em Pernambuco (SINDUSCON)

Os valores são mostrados em hora e em mês para os casos dos funcionários que trabalham menos que o período de um mês e para os casos que são dados aos funcionários premiações salariais como horas.

2. Sindicatos

As primeiras movimentações dos trabalhadores contra operários se deram na época das primeiras instalações de indústrias em terras brasileiras. Grandes jornadas de trabalho diárias, más instalações sanitárias e dormitórios, baixos salários e outros, eram as principais reinvindicações dos trabalhadores. Além dos funcionários brasileiros, a mão de obra estrangeira (italianos, alemães, japoneses e outros) recebiam promessas de melhorias, que na realidade não aconteciam. Sem

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ter o respaldo jurídico devido a pouco tempo de instalações industriais, os funcionários só tinham as greves como reinvindicação.

Após expansão, percebeu se a necessidade de melhor organização e centralização de ideais e assim surgiram os sindicatos.

As primeiras organizações sindicais ocorreram na década de 70, onde os principais líderes sindicalistas se juntavam e reivindicavam os problemas dos trabalhadores. Ficou nítida a partir das grandes greves a importância dos sindicatos.

Nos dias de hoje, existe sindicato para os trabalhadores de todos os setores, não só da indústria, mas setores como de serviços e de construção civil defendem melhorias anuais para os trabalhadores que eles representam.

1.2.1. SINTEPAV

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) foi fundado no dia 23 de setembro de 2000. Tendo atuação em todo o estado o Sintepav defende o ideal de mais ou menos 40 mil trabalhadores que operam nos grandes projetos de desenvolvimento que acontecem em Pernambuco a exemplo da refinaria em Abreu e Lima e transposição do São Francisco.

1.2.2. SINDUSCON

O sindicato da indústria da construção civil trata dos interesses dos donos de construtoras no estado de Pernambuco. Com sede na ilha do leite, o Sinduscon possui em sua sede, auditórios para reuniões que ocorrem nas segundas onde são discutidos assuntos de maior relevância para a construção civil. Além disso, o Sinduscon oferece palestras, Fornecimento de tabelas salariais na ocorrência de alteração da tabela em vigor, envio da Unidade Odontológica do SESI para atender os operários nos canteiros, advogados das áreas trabalhista e civil a disposição para dirimir eventuais dúvidas, entre outros.

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16 1.3. Quantidades de horas, trabalhada por mês.

A quantidade de horas trabalhadas por mês, para informações de cálculo de custos, varia dos tipos de trabalhadores, que podem ser:

• Trabalhadores horistas = que recebem remuneração por horas trabalhadas. Para este tipo de trabalhador admite-se duas horas extras por dia de trabalho.

• Trabalhadores Mensalistas = que recebem salário por mês de serviços prestados. É importante dizer que existem dois tipos de mensalistas:

o Mensalista com hora extra (admite-se meia hora extra por dia).

o Mensalista sem hora extra.

1.3.1. Horista

As quantidades de horas trabalhadas por mês dos horistas são:

Horistas = 8/× 20 + 4/× 4á/ê + 2 /× 20 + 1 á/× 4á/ê = !"#/$ê#

1.3.2. Mensalista

Para o mensalista há duas opções:

1. As quantidades de horas trabalhadas por mês dos mensalistas sem horas extras são:

Mensalista sem H.E.= 8

/

× 20

+ 4

/

×

4

á/ê

= %&'

!"#/$ê#

2. As quantidades de horas trabalhadas por mês dos mensalistas com horas extras são:

Mensalista com H.E.= 8

/

× 20

+

4

/

× 4

á/ê

+

0,5

/

× 24

* á/ê

= %+&

!"#/$ê#

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17 1.4. Encargos sociais trabalhistas

Podemos definir encargo como sendo aquelas despesas que são contabilizadas e devem ser dedutíveis do Imposto de renda e da Contribuição Social sobre o lucro. Sendo assim podemos considerar os encargos sociais como as taxas e contribuições pagas pelo empregador para o financiamento das politicas públicas que são beneficentes do empregado indiretamente. Já os encargos trabalhistas são os valores pagos de forma direta ao trabalhador mensalmente ou no fim do seu contrato sendo também inclusos benefícios que não são expressos em valores.

1.4.1. Encargos em sentido restrito

São considerados encargos no sentido restrito os encargos sociais, trabalhistas e indenizatórios que estão previstos na lei sendo eles obrigatórios para o empregador.

Existem dois tipos os encargos fixos e os encargos variáveis. Os fixos são os que todas as empresas estão condicionadas a pagar por conta da legislação que esta em vigor. Os encargos variáveis dependem das premissas de cálculo adotadas por cada empresa, tendendo a ser mais competitivas as empresas que tem menor percentual de encargos devido a parcelas variáveis como aviso prévio, faltas e acidentes de trabalho.

1.4.1.1. Encargos sociais Básicos

Todos os valores referentes a taxas que são relacionadas a encargos sociais básicos são pré-fixadas por lei e todos os empregadores da construção civil deverá de arcar. São eles:

-INSS: arrecadação para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que é calculado sobre a remuneração paga no mês de referência.

-FGTS: arrecadado para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e administrado pela Caixa Econômica Federal e tem como objetivo auxiliar o trabalhador apos encerramento do contrato sob algumas circunstancias, a exemplo doenças graves ou catástrofes naturais.

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-Salario-Educação: ligado ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) é uma contribuição social com destino ao financiamento da educação básica publica e especial ligada a educação básica.

-SESI: é a contribuição que é dada ao Serviço Social da indústria, que foi criado com o objetivo de gerar o bem estar social e transmitindo a cultura para os trabalhadores da indústria.

-SENAI: é a taxa paga ao Serviço Nacional da Industria para gerenciar a capacitação de pessoas, prestação de serviços técnicos e tecnológicos, dentre outros.

-SEBRAE: é a taxa paga para o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas empresas, financiando assim o desenvolvimento de micro e pequenas empresas para o crescimento do Brasil.

-INCRA: é a contribuição paga para o Instituto de Colonização e Reforma Agraria, para que esse órgão possa fazer a distribuição agraria e assim o desenvolvimento da agricultura.

-Seguro contra acidente de trabalho: é a taxa paga pelo funcionário para que se houver algum acidente o funcionário acidentado ele ou sua família fiquem assegurados.

1.4.1.2. Encargos trabalhistas

-Férias: é de direito do trabalhador o gozo de férias anualmente sem que nesse período ele deixe de ser remunerado. O funcionário que trabalha 12 meses ao ano tem o direito de receber férias de um mês sendo esse mês remunerado.

-Repouso semanal remunerado: é de direito de todo trabalhador, sendo ele rural ou urbano o descanso de 24 horas seguidas em um dia da semana preferencialmente aos domingos, tendo que ser remunerado esse período em que ele esta em repouso.

-Feriados: nos feriados, o funcionário não trabalha e deve ser pago ao funcionário como dia normal. Para os que trabalham como popularmente se fala “na produção” é pago o valor que está definido na tabela do sindicato em vigência.

-Auxilio-enfermidade: é o auxilio que o trabalhador tem direito quando ele for incapaz de trabalhar por motivo de doença por mais de 15 dias seguidos.

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-Acidente do trabalho: é obrigatório o pagamento desse seguro, por meio de uma contribuição paga sobre a folha de pagamento, que se destina a cobertura de possíveis acidentes de trabalho.

-Licença paternidade: são cinco dias contados a partir do nascimento da criança, em que o funcionário que a mulher teve um filho tem direito para ajudar a esposa que recém deu a luz e que se tenha tempo para registro da criança.

-Faltas justificadas: como determinados por lei existem situações em que se admite que o funcionário falte sem que seja prejudicado o seu salario, contanto que a falta seja justificada pelo funcionário, do tipo exames medico, falecimento da esposa ou do marido, casamento, etc.

-13°salario: O valor do adiantamento do 13° é pago de forma proporcional ao tempo de serviço na empresa em que o funcionário esta trabalhando. É de direito de todo trabalhador de carteira assinada a receber o 13° salario pago pela empresa a qual ele trabalha, podendo a empresa pagar metade ate o final de novembro.

1.4.1.3. Encargos Indenizatórios

-Aviso prévio: aviso prévio deve ser feito quando uma das partes deseja reincidir o contrato. No caso da empresa que deseja reincidir o contrato com o funcionário deve receber 30 dias de aviso prévio, devendo esses 30 dias ser pagos ao funcionário já que ele deverá trabalhar normalmente por esses 30 dias.

-Multa por rescisão de Contrato: quando o funcionário é demitido sem que haja justa causa a empresa deve pagar uma multa de 50% sobre o saldo da conta veiculada ao FGTS, sendo deles 40% ao funcionário e 10% para a contribuição social.

-Indenização adicional: Se o funcionário for demitido por justa causa, no período de 30 dias antes da data-base da correção salarial (dissídio), o trabalhador tem direito a um salário adicional.

1.4.1.4. Incidência cumulativa

Incidência é quando algum encargo incorre direta ou indiretamente sobre outro, fazendo com que seu valor (porcentagem) modifique parte do cálculo do encargo e isto ocorre porque há uma ligação entre eles, por exemplo, quando se

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demite um trabalhador primeiro dá-se as férias devias e depois o demite, logo há uma incidência entre o aviso prévio e as férias e está incidência é parcial, pois não é sempre que se concedem férias a alguém com o intuito de demissão. A literatura prevê quatro tipos de incidências cumulativas:

• Incidência dos encargos sociais básicos sobre os encargos trabalhistas.

• Incidência de férias sobre aviso prévio.

• Incidência do 13º salário sobre aviso prévio.

• Incidência do FGTS sobre aviso prévio.

1.4.1.5. Encargos Horistas

Para os trabalhadores horistas, os encargos em sentido restrito que incidem sobre eles são:

1. PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 22 da Lei 8.212 de 24/07/91) 2. SESI (Lei 8.154 de 28/12/90 e Decreto - Lei. 99.570/90) 3. SENAI (Lei 8.154 de 28/12/90)

4. SENAI ADICIONAL (art. 10 - Lei 60.446/67 para >500 empregados)

5. INCRA (Decreto 60.446/67; Decreto - Lei 1.146/70; e Lei Complementar 11/71)

6. SALÁRIO EDUCAÇÃO (Decreto 60.446/67; Decreto 87.043/82; e Lei 7.787/89)

7. SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (art. 22 - Lei 8.212 de 24/07/91) 8. FGTS (Lei 8.036 de 11/05/90; Decreto 99.684 de 08/11/90)

9. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO 10. FÉRIAS

11. FERIADOS E DIAS SANTIFICADOS 12. AVISO PRÉVIO TRABALHADO

13. AUXILIOS ENFERMIDADE/ACIDENTE 14. FALTAS LEGAIS / JUSTIFICADAS 15. LICENÇA PATERNIDADE

16. HORAS EXTRAS HABITUAIS 17. ADICINAL HORAS NOTURNAS 18. 13o. SALÁRIO

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21

19. AVISO PRÉVIO INDENIZADO 20. INDENIZACÃO ADICIONAL

21. PROVISÃO P/ RESCISÃ0 SEM JUSTA CAUSA

22. INCIDÊNCIA DE "ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS" SOBRE "ENCARGOS TRABALHISTAS"

1.4.1.6. Encargos Mensalistas

Para os trabalhadores mensalistas sem horas extras têm-se os seguintes encargos em sentido restrito:

1. PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 22 da Lei 8.212 de 24/07/91) 2. SESI (Lei 8.154 de 28/12/90 e Decreto - Lei. 99.570/90) 3. SENAI (Lei 8.154 de 28/12/90)

4. SENAI ADICIONAL (art. 10 - Lei 60.446/67 para >500 empregados)

5. INCRA (Decreto 60.446/67; Decreto - Lei 1.146/70; e Lei Complementar 11/71)

6. SALÁRIO EDUCAÇÃO (Decreto 60.446/67; Decreto 87.043/82; e Lei 7.787/89)

7. SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (art. 22 - Lei 8.212 de 24/07/91) 8. FGTS (Lei 8.036 de 11/05/90; Decreto 99.684 de 08/11/90)

9. FÉRIAS

10. AUXILIOS ENFERMIDADE/ACIDENTE 11. LICENÇA PATERNIDADE

12. 13o. SALÁRIO

13. AVISO PRÉVIO INDENIZADO

14. PROVISÃO P/ RESCISÃ0 SEM JUSTA CAUSA 15. INDENIZACÃO ADICIONAL

16. INCIDÊNCIA DE "ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS" SOBRE "ENCARGOS TRABALHISTAS"

Para os trabalhadores mensalistas com horas extras têm-se os seguintes encargos em sentido restrito:

1. PREVIDÊNCIA SOCIAL (art. 22 da Lei 8.212 de 24/07/91)

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2. SESI (Lei 8.154 de 28/12/90 e Decreto - Lei. 99.570/90) 3. SENAI (Lei 8.154 de 28/12/90)

4. SENAI ADICIONAL (art. 10 - Lei 60.446/67 para >500 empregados)

5. INCRA (Decreto 60.446/67; Decreto - Lei 1.146/70; e Lei Complementar 11/71)

6. SALÁRIO EDUCAÇÃO (Decreto 60.446/67; Decreto 87.043/82; e Lei 7.787/89)

7. SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (art. 22 - Lei 8.212 de 24/07/91) 8. FGTS (Lei 8.036 de 11/05/90; Decreto 99.684 de 08/11/90)

9. FÉRIAS

10. FERIADOS E DIAS SANTIFICADOS 11. AUXILIOS ENFERMIDADE/ACIDENTE 12. FALTAS LEGAIS / JUSTIFICADAS 13. LICENÇA PATERNIDADE

14. HORAS EXTRAS HABITUAIS 15. 13o. SALÁRIO

16. AVISO PRÉVIO INDENIZADO

17. PROVISÃO P/ RESCISÃ0 SEM JUSTA CAUSA 18. INDENIZACÃO ADICIONAL

19. INCIDÊNCIA DE "ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS" SOBRE

"ENCARGOS TRABALHISTAS"

1.4.2. Adicionais Legais

Alguns trabalhos que são executados tem maior grau de dificuldade por problemas inerentes a eles. Para essas situações são atribuídos valores para tentar compensar condições desfavoráveis. As três situações que são atribuídos os adicionais são:

• Trabalho noturno;

• Insalubridade

• Periculosidade.

Devendo, estes adicionais, serem aplicados sobre o salario do funcionário ou sobre a hora-base para que só assim sejam calculados os encargos em cima do salario final (salario + adicionais legais).

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23

Para ser considerado trabalho noturno o funcionário deve trabalhado entre as 22h00min e as 05h00min do dia seguinte, tendo em vista que a remuneração do trabalho noturno é maior que a do trabalho diurno. A jornada de trabalho noturno também inclui o horário o direito de intervalo. Para o caso de trabalho até 4 horas é sem intervalo, entre 4 horas de trabalho e não excedente a 6 horas o intervalo é de 15 minutos e para o trabalho que for executado em mais de 6 horas tem que ser dado ao funcionário pelo menos 1 hora de intervalo.

Trabalhos considerados insalubres são aqueles em que o ambiente é prejudicial à saúde do operário pela presença de agentes agressivos ao trabalhador, considerando assim que as substancias estão acima dos valores acima do tolerável pelas normas técnicas. Para o pagamento do funcionário devem-se levar em conta os graus da insalubridade do agente nocivo, segundo a NR-15.

Os adicionais de periculosidade devem ser pago quando o funcionário for colocado sobre perigo de agentes inflamáveis, explosivos, de energia elétrica ou roubos e outras espécies de violência física na atividade de segurança. Devendo a periculosidade ser assinalada por um Médico do Trabalho devidamente registrado.

1.4.3. Hora extra

Existem situações em que a jornada diária dos trabalhadores é excedida por conta de algum serviço extraordinário de comum acordo particular ou acordo em grupo, quando isso acontece é de direito do funcionário receber por esse tempo que foi excedido do horário normalmente trabalhado deve ser pago como horas extras para o funcionário.

Como definido por lei as horas extras trabalhadas pelos funcionários deverão ser pagas aos empregados com no mínimo 50% superior à hora normal do funcionário.

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24 1.5. Custo Agregado.

1.5.1 O que é custo agregado (encargos em sentido amplo).

O termo agregado deixa claro que é algo que está junto ou atrelado a alguma coisa ou objetivo, neste caso o termo “custo agregado” diz que existe um custo associado á mão de obra direta de um empreendimento.

O custo agregado nada mais é do que um investimento gasto com a mão de obra para mantê-la em funcionamento e produtiva.

Muitos livros tratam este tipo de custo como sendo um encargo em sentido amplo, onde se atribui despesas que podem ser referenciadas à hora de homem trabalhada (hora-homem), porem o custo agregado é muito mais amplo do que isso, tenta-se colocar este custo até improdutividades relacionadas à falta se segurança, translado para a obra e algumas outras que serão discutidas mais a frente.

Homem-hora ou “hh” ou ainda “h” é a unidade de medida utilizada para medir o trabalho e a produtividade de um funcionário da construção civil, esta terminação é bastante utilizada em composições de custos unitárias de serviços.

Os custos agregados mostram uma ampliação do conceito de encargos sociais e trabalhistas, abarcando no rol dos encargos todos os gastos que incidem sobre os trabalhadores, em especial a hora-homem.

Os encargos sociais em sentido amplo são subdivididos em:

• Encargos intersindicais,

• Equipamentos de proteção e segurança,

• Ferramentas,

• Seguro de grupo,

• Horas extras habituais.

Os encargos intersindicais são provenientes de acordos coletivos entre sindicatos de trabalhadores da construção civil, e os sindicatos patronais (dentre os sindicatos mencionados acima se tem: SINTEPAV, SINDUSCON, SINTRACAN-SP, SINICESP e muitos outros). Estes encargos compreendem: refeições (café da

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manhã, almoço, lanches, jantar), cesta básica, vale transporte, seguro de vida e acidentes em grupo.

O grupo de equipamentos de proteção individual, que também é denominado de EPI são equipamentos de uso pessoal e para prevenir acidentes e proteger o funcionário de possíveis ameaças à saúde e integridade física causada pelas condições inerentes do trabalho executado.

Para as ferramentas utiliza-se raciocínio análogo ao dos equipamentos de proteção individual, só que ao invés de proteção e prevenção pessoal, as ferramentas servem para auxiliar no lavor. Deve-se salientar que é muito difícil inserir as ferramentas como encargo, pois seu consumo varia de tipo de serviço e da produção do trabalhador.

O seguro de grupo cobre riscos de um conjunto de trabalhadores ligados ao tomador do seguro, por exemplo, um seguro de saúde que uma empresa é tomadora e seus trabalhadores são os assegurados. Este seguro gera conforto para a empresa e estimulam os trabalhadores, pois é uma gratificação além do seu salário.

A hora extra ou hora extraordinária é uma bonificação que indeniza o trabalhador que excedeu sua jornada de trabalho diária ou semanal em prol da empresa e desenvolvimento da obra. O excesso de jornada diária não pode passar de 4 horas e o semanal é indenizado quando ultrapassa 44 horas. Deve-se salientar que apenas os grupos de trabalhadores que gozam deste direito são os horistas (pedreiro, servente, carpinteiro, ferreiro, ceramista e outros) e os mensalistas com hora extra (encarregados de turma, encarregados de serviços, mestre de obras).

1.5.2. Quais são os custos agregados.

Como já foi mencionado anteriormente o custo agregado é um pouco mais abrangente do que os encargos em sentido amplo.

O custo agregado pode ser subdividido em:

• Encargos intersindicais,

• Equipamentos de proteção e segurança (EPI)

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• Ferramentas,

• Seguro de grupo,

• Horas extras habituais,

• Saúde,

• Alojamento,

• Queda de produção,

• Estímulos,

Os itens: encargos intersindicais, equipamentos de proteção e segurança, ferramentas, seguro de grupo e horas extras habituais já foram explicados no item 1.5.1.

O grupo de saúde engloba: os exames admissionais, os exames demissionários, exames periódicos e assistência médica (seguro de saúde). É sabido que todo trabalhador regido pela CLT, devem ser submetidos aos exames médicos sendo deveres do empregador o custeio dos mesmos. Esses exames são obrigatórios e tem algumas regras a serem seguidas.

O exame admissional deve ser feito antes de o funcionário iniciar suas atividades na empresa.

Os exames periódicos deverão ser realizados de tempos em tempos conforme indicado abaixo:

A. Funcionário exposto a riscos ou situações que impliquem agravamento ou surgimento de doença ocupacional, ou para aqueles que possuem doenças crônicas devem fazê-los a cada ano ou período menor se o médico assim o desejar.

B. Os demais trabalhadores deverão realizar os exames a cada ano se forem menores de dezoito anos e maiores que quarenta e cinco anos;

e a cada dois anos se estiverem com idade entre dezoito e quarenta e cinco anos de idade.

C. Exames de retorno de trabalho deverão ser realizados quando o trabalhador se ausentar por mais trinta dias de trabalho ou por parto, ou por acidente ocupacional, ou por doença ocupacional.

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D. Os exames ditos de mudança de função deverão ser realizados quando houver mudança do risco associado ao trabalho, quando o trabalhador muda de cargo, atividade, equipe, setor e outros fatores.

O exame Demissionário deverá ser realizado antes da homologação da sua demissão e desde que seu ultimo exame tenha sido realizado a mais de cento e trinta e cinco dias.

A assistência médica ou seguro de saúde não é uma obrigação legal, mas geralmente se faz um acordo assinado entre o sindicato e as empresas tornando-a

“obrigatória”. Existem pesquisas que apontam como algo positivo, agraciar seus colaboradores com assistência médica, pois eles trabalham mais motivados e dedicados sem contar que promove a permanência deles nas empresas.

O alojamento é uma parte crucial na obra principalmente quando a obra é em locais distantes. Segundo a NR-18 (norma regulamentadora de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção) todo canteiro de obras deve ter, instalações sanitárias, vestiários e refeitórios. Caso seja necessário que os trabalhadores durmam no local, a obrigatoriedade também se estende para a criação de alojamentos, com lavanderia e, inclusive, áreas de lazer.

Quanto mais complexa, demorada e distante for à obra mais bem planejada deve ser o alojamento, para o mesmo possa transmitir conforto, descanso e divertimento para os trabalhadores que estão longe de casa e de suas famílias.

Os custos referentes ao alojamento são: mobilização/desmobilização do alojamento, manutenção/limpeza do alojamento, lavanderia (cama/banho) do alojamento e lavanderia.

A mobilização e desmobilização do alojamento estão associadas, respectivamente, a construção e remoção do mesmo. Geralmente a construção do alojamento é orçada ou na parte indireta, ou na parte direta da obra, mas neste caso dilui-se o custo da mobilização e desmobilização por todos os colaboradores que irão utilizar o alojamento.

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A manutenção e limpeza do alojamento quase sempre não são levadas em consideração pelas empresas o que pode acarretar em perda de finanças, por dois motivos:

1. Gastos com materiais de limpeza e materiais de reposição como lâmpadas, ventiladores e outros.

2. Perda de produtividade na obra, pois será utilizada a mão de obra da mesma para realizar reparos e limpeza nos alojamentos, pois não é viável contratação de profissional para estes serviços.

A lavanderia é outra exigência da NR-18 e precisa dispor de tanques com o número suficiente para atender a todos os residentes. Deve-se tomar cuidado para que não se misture as roupas íntimas evitando problemas de higiene e de manutenção. É obrigatório ter tábuas de passar roupas. O local precisa ser ventilado e iluminado para que as peças sequem. É opcional a contratação de serviços de terceiros para lavar as roupas ou os próprios trabalhadores devem fazer o serviço.

O grupo de custos denominado queda de produção é composto de três itens:

DDS (diálogo diário de segurança), dia de pagamento, Hora in-intinere. Este grupo leva essa nomenclatura, pois os elementos deste desviam a atenção do funcionário ou atrasam o inicio dos serviços.

O aumento do custo devido ao grupo mencionado anteriormente se dá pela perda de produtividade e consequentemente pelo atraso nos serviços.

O dia de pagamento é um desviante de atenção. No dia em que os trabalhadores da construção civil recebem seus salários eles trabalham metade do dia e na outra metade são liberados para retirar o dinheiro no banco, logo todo mês existe um dia em que há uma queda na produção. É importante salientar que a cada dia que passa essa liberação do dia de pagamento vem caindo em desuso, pois os bancos estão dando condições e facilidades para os trabalhadores retirarem dinheiro.

O DDS é uma sigla que significa Diálogo Diário de Segurança, este ,dialogo, tem a função de conscientizar nos funcionários sobre a importância de se trabalhar com segurança preservando suas integridades, saúde e a continuidade da obra.

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O DDS é foi criado na década de 90 e ainda hoje é uma poderosa ferramenta utilizada para prevenção de acidentes.

O diálogo diário de segurança deve ser aplicado antes das atividades de produção diária. Com o planejamento em mãos traçasse a estratégia de segurança e propagasse a todos os colaboradores. Aproveitasse esse momento para dar feedbacks aos trabalhadores sobre o dia anterior dizendo quem cumpriu as regras e quem deixou a desejar.

O diálogo deve durar entre cinco a trinta minutos das horas trabalháveis do dia e precisa ser aplicado não apenas à mão de obra direta, mas também para a indireta. Pode ser discutido em salas de reuniões ou no próprio canteiro de obras e quem é o responsável pela conversar é o supervisor do trabalho porem este pode nomear alguém para fazê-lo.

É recomendado a todos os colaboradores participarem do DDS e que seja assinado um ata de presença, não deve haver pausas para discussões sobre o tema evitando perda de tempo e de produtividade.

O conceito jurídico da hora “in-intinere” nada mais é do que um tipo de hora extra que é dedicada ao local de trabalho, ou de forma mais específica, são horas prestadas no trajeto do empregado para o seu local de trabalho.

É mister frisar que a hora “in-intinere” estudada no presente trabalho é um fator que reduz a produtividade da obra e por isso deve ser mensurada.

Deve-se notar que o conceito jurídico da “hora in-intinere” não causa prejuízo no avanço da obra, por isso insere-se um conceito um pouco mais amplo do tema.

Esse novo conceito é o tempo gasto pelo funcionário para chegar ao local de trabalho, depois que o mesmo “bate o ponto”, ou seja, depois que o colaborador inicia sua jornada de trabalho.

Para ilustrar melhor o conceito acima se imagina uma obra de grande extensão física onde os funcionários horistas e diretos batem o ponto em um local, iniciando sua jornada de trabalho diária, e ainda dentro do canteiro, necessitam de um transporte para levá-los para frente de trabalho.

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Esse tipo de translado dentro do canteiro pode levar alguns minutos e isso reduz as horas de trabalho dos funcionários acarretando assim em perda de produtividade e atraso no empreendimento e no cronograma.

É de suma importância mensurar o tempo gasto de transporte dentro da própria obra para estimar a quantidade de mão de obra necessária para os avanços desejados no empreendimento.

Além disso, esse “atraso” pode ser transformado em custo e assim ser inserido nos custos agregados da mão de obra direta, permitindo maior controle de gastos financeiros, o que é um dos objetivos do presente trabalho.

Seguindo em frente e passando para o próximo grupo, têm-se os que se denomina “estímulos”. Este grupo é composto pelos custos: viagem para casa, PLR (participação no lucro e resultados), despesas com mudanças e por último PIP (programa de incentivo a produção).

O desejo de estar com a família e parentes queridos é a força motriz principal deste estímulo chamado, viagem para casa. É fundamental para a saúde física e mental de qualquer colaborador estar perto de sua família, porem, às vezes, surge a necessidade de realizar empreendimentos em lugares distantes sendo imprescindível viajar e deixar pessoas importantes por algum período de tempo.

Saudade e distância dos seus entes queridos podem fazer (e quase sempre ocorre) com que a produtividade do funcionário seja reduzida. Para resolver esse problema à empresa investe certa quantia para custear a volta para casa dos seus colaboradores.

Claro que não é viável que a empresa pague a volta dos funcionários todas as vezes que eles sentirem saudade e nem é possível que todos os trabalhadores viagem para sua terra natal todos de uma só vez.

Para mensurar a quantidades de viagens e quem irá viajar em qual época, é imperativo que a empreiteira realize um estudo sobre produtividade e viagens para casa e chegue ao ponto ótimo entre as variáveis permitindo assim a conservação da integridade física e mental do trabalhador e a continuidade da obra.

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O estudo sobre quantidades de viagens recebe influência direta:

• Dos sindicatos, pois estes representam os interesses dos funcionários;

• Do local onde a obra será praticada, se terá infraestrutura para comportar todos os trabalhadores de forma agradável;

• Da jornada de trabalho;

De forma geral, as viagens para casa devem ter estudos sociológicos, psicológicos, antropológicos e financeiros. E nunca deve ser esquecido que cada obra é diferente da outra, pois as pessoas são diferentes, o local do empreendimento é diferente e por isso as viagens devem seguir o mesmo padrão.

A participação nos lucros e resultados também conhecida como PLR ou PPR (Programa de participação nos Resultados) está devidamente explicada pela lei número 10.101 de 19 de dezembro de 2000 da Consolidação das leis do trabalho (CLT). Vale Salientar que a empresa não é obrigada a fornecer o PLR aos seus colaboradores.

Essa participação nos lucros serve como um bônus de remuneração dos funcionários mediante o que foi produzido pela empresa. O PLR é feito por meio de acordo coletivo entre patrões e empregados, deixando bem explícito qual será a parcela de lucro dividida entre os interessados e qual é o período de tempo que o benefício deverá ser distribuído, esse período pode ser trimestral, semestral, anual e muitos outros que dependem somente do acordo citado anteriormente.

A margem de participação nos resultados deve ser bem estudada para que a corporação ganhe o máximo possível e seus empregados recebam o benefício. O PLR gera aumento de produção por parte do funcionário, pois quanto mais for produzido mais lucro terá a empresa, e o aumento do lucro pode ser repartido.

Cabe à empresa, mostrar aos seus funcionários o andamento das receitas para que haja sempre clareza nos procedimentos dos benefícios. Outro ponto positivo de expor os balanços da companhia é que os servidores podem acompanhar o caminhamento dos lucros e assim melhorarem suas produtividades para atingirem uma meta ou recuperarem uma queda no planejamento.

O PLR pode ser pago de três maneiras:

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1. Divisão de partes iguais independente dos cargos

2. Pagamento conforme remuneração e os cargos de cada funcionário.

3. Pagamento de partes iguais para todos os trabalhadores e outra parcela promocional proporcional aos cargos e salários.

Despesas com mudanças é um custo muito importante e crucial para o inicio das obras. Em obras distantes grande parte da mão de obra, ou ás vezes todo o corpo de trabalho, precisa se mudar temporariamente para a realização do empreendimento.

Grande parte desse tipo de despesa é gasto logo no início da obra para deslocar os funcionários necessários, porem pode se custear, a qualquer tempo, a vinda de colaboradores segundo descreve o histograma de mão de obra.

Esse custo geralmente inclui passagens em geral que pode ser de avião, de trem, de ônibus; pode incluir também frete com mudanças e outros tipos de ajuda.

Deve-se salientar que existem dois tipos de forma de pagamento:

1. A empresa paga toda a despesa para o funcionário de deslocar.

2. O funcionário paga a despesa e recebe reembolso da empresa.

A opção de escolha da forma de pagamento varia bastante de firma para firma e de pessoal mobilizado, por exemplo, geralmente a empresa paga antecipadamente para um colaborador da mão de obra direta (pedreiro, carpinteiro e outros) para que o mesmo se mude.

O PIP que nada mais é do que Programa de Incentivo à Produção foi criado com o intuito de aumentar a produção de uma obra. Diferente do PLR, esse estímulo é pago mensalmente ao empregado, aumentando o seu salário e transformando o mesmo em um “sócio” da obra.

Esse estímulo é bem empregado em obras que necessitem serem feitas em tempo curto ou que se tenha reduzido o prazo de entrega. O PIP foi utilizado na construção da Arena Pernambuco em Recife, Pernambuco.

O estádio de futebol, Arena Pernambuco, foi planejado para ser construído em um determinado tempo, mas logo após o início da construção o governo pede para que se encurte o tempo do empreendimento para que a Arena participe da Copa das Confederações.

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Esse encurtamento no prazo gerou a necessidade de mais mão de obra, mais produtividade da mesma e mais turnos de trabalho. Então para incentivar os funcionários, foram cedidos estímulos como PIP e o PLR. A experiência foi positiva e objetivo foi alcançado.

Por fim, para melhor ilustrar os custos agregados veja abaixo a lista completa dos mencionados neste trabalho:

1. Transporte 2. Desjejum 3. Almoço 4. Jantar 5. Lanche 6. Cesta básica 7. EPI

8. Exames Admissionais 9. Exames Demissionários 10. Exame Periódico

11. Assistência Médica

12. DDS (diálogo diário de segurança) 13. Dia de pagamento

14. Mobilização/ Desmobilização do Alojamento 15. Viagem para casa

16. PLR (participação no lucro) 17. Despesa com mudança

18. Alojamento – manutenção / limpeza 19. Lavanderia (cama/banho)

20. Lavanderia 21. Hora in-intinere 22. Seguro de vida.

23. PIP (Programa de Incentivo à Produção) 24. Ferramentas

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34 1.6. Mão de obra nas composições de custo unitárias.

Composição de custo é a formação dos gastos necessários para a realização de um serviço ou atividade individualizado por insumo. Chama-se composição de custo unitário ou CPU, quando a atividade ou serviço é feito para uma unidade de referência, por exemplo, um m² de alvenaria, um m³ de concreto ciclópico.

Os insumos encontrados nas composições são:

• Mão-de-obra

• Material

• Equipamento

• Subempreiteiro ou terceiros

O presente trabalho foca-se na mão-de-obra direta, ou seja, a mão-de-obra que realiza o trabalho braçal, que faz o empreendimento acontecer e que aparece nas composições de custos unitários.

Para melhor ilustras o comportamento da mão-de-obra observe a CPU abaixo:

Código Descrição UMed. Índice Custo Total

20840 Apicoamento m2 20,41

Material 0,80

20000000

FERRAMENTAS

E UTENSILIOS vb 0,800000 1,00 0,80

Mão-de-obra 19,61

09900540 AJUD

PRODUCAO h 0,200000 21,35 4,27 09900570 MARTELETEIRO h 0,500000 27,65 13,83 09900870 ENCAR TURMA h 0,025000 60,45 1,51

Tabela 2 – composição de custo unitário – Apicoamento

Esta é uma composição de Apicoamento que nada mais é do que um processo manual ou mecânico que utiliza ferramentas pontiagudas, como um picão, para desgastar pedras, através de impactos, conferindo um aspecto poroso.

Focando-se nos trabalhadores da CPU, vê-se a presença de três:

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• Ajudante de produção

• Marteleiro

• Encarregado de turma

Logo após a descrição das funções, há a unidade de medida (UMed) e observa-se que todas as unidades para a mão-de-obra é “h” que significa hora, ou sendo mais específico, homem-hora.

A unidade mais comum para a mão-de-obra é o “h” (homem-hora) mas nada impede que se utilize qualquer outra unidade temporal como: mês, dia, ano. E até pode-se usar a unidade “vb” que significa verba. Contudo é importante frisar que a alteração da unidade de medida também altera o índice do insumo.

O conceito de índice, nada mais é do que, o inverso da produtividade esperada do insumo. Analisando o marteleiro da CPU acima, observa-se que o mesmo tem índice de 0,5 h/m² (0,5 homem-hora de marteleiro por metro quadrado de apicoamento), invertendo-se o valor encontra-se 2 m²/h (2 metro quadrado de apicoamento por homem-hora de marteleiro), ou seja, estima-se que a produtividade deste insumo seja 2 m²/h.

Caso o orçamentista erre na estipulação da produtividade (índice), correrá alteração no preço final do serviço. Se a produção for acima do esperado o índice reduz-se e por consequência o custo do insumo regride assim como o custo total da atividade. Agora se a produção for abaixo do imaginado pelo engenheiro, ocorrerá o inverso do que foi descrito anteriormente, causando um “furo” no orçamento e dando prejuízo para a empresa.

Outra característica importante das composições é o custo do insumo. Para o caso da mão-de-obra, esse custo deve ser a soma do custo sem encargo (salário hora do trabalhador) mais o acréscimo dos encargos sociais e por fim adiciona-se o custo agregado do trabalhador.

Para que seja bem ilustrado o parágrafo anterior, pega-se o exemplo do ajudante de produção da CPU acima. O custo dele é de R$ 21,35 por hora, onde:

1. Salário-hora do trabalhador = R$ 3.65 por hora 2. Encargos sociais = 167,79%

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3. Custo Agregado = R$ 11,58 por hora Logo tem-se:

• R$ 3,65 x (1+167,79%) + R$ 11,58 = R$ 21,35.

Para finalizar o raciocínio, tem-se a última coluna da CPU acima, que nada mais é do que o total financeiro gasto de cada insumo para a realização do serviço.

Analisando-se, mais uma vez, o ajudante de produção vê-se que o índice vezes o custo gera o total. Observe:

• 0,2 h/m² x 21,35 R$/h = 4,27 R$/m² (4,27 reais de ajudante de produção por metro quadrado de apicoamento).

1.7. Cronograma da obra

É de suma importância saber, com detalhes, quais serviços serão realizados em todas as etapas do empreendimento para poder mensurar o tempo que os serviços precisam para ser perpetrados.

O cronograma da obra é resultado de muito esforço para estudar e planejar as etapas de um empreendimento. Esse estudo expressa a programação dos serviços que serão feitos na construção.

Esse cronograma permite:

• Comprar materiais,

• Contratar ou alugar equipamentos,

• Contratar ou dispensar mão de obra,

• Contratar serviços de terceiros,

• Acompanhar a evolução da construção,

• Melhoria na tomada de decisão,

• Organização do caixa,

• Organização do tempo de operação,

• Obtenção de financiamentos,

• Outros fatores,

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Se o responsável pelos serviços acima se descuidar e fizer os itens anteriores antes de prazo ideal, o empreendimento pode perder material ou pagar mão de obra e equipamentos que acabam ficando improdutivos ou até mesmo parados. Caso ele faça depois do prazo a obra atrasa gerando perdas e prejuízos.

O cronograma pode ser detalhado ou não, isto vai depender do serviço a ser realizado. Caso o serviço seja perpetrado pela própria empresa e o mesmo seja complexo, é importante o seu detalhamento, agora se a atividade for simples ou feitas por subempreiteiros, ela pode ser menos detalhada.

O estudo da programação da construção contém o tempo de realização de cada serviço e ainda pode ter os valores financeiros atrelados aos mesmos, se ambos os itens estiverem no estudo, o referido cronograma receberá o nome de cronograma físico-financeiro.

1.8. Histograma de mão de obra direta

O histograma de mão de obra nada mais é do que a curva que irá fornecer a quantidade de trabalhadores que deverão estar presente a cada unidade temporal da obra, sendo que esta unidade temporal é geralmente medida em meses. Observe o gráfico abaixo.

Figura 1 – Histograma de mão de obra – cargo: Servente

Analisando o gráfico, verifica-se que no eixo das abscissas está a variável temporal, que no caso são meses do ano de 2013. No eixo das ordenadas está a quantidade de trabalhadores.

1.044,00

- 200,00 400,00 600,00 800,00 1.000,00 1.200,00

mai/13 nov/13 jun/14 dez/14 jul/15 jan/16

Histograma de Servente

Histograma de Servente

(42)

38

Os meses contidos no gráfico acima são retirados do planejamento da obra, ou seja, do cronograma. As quantidades de trabalhadores são mensuradas através das composições de custos unitários junto com o cronograma da construção.

Para facilitar o entendimento do referido assunto observe o exemplo da composição de apicoamento ilustrada anteriormente, considerando as seguintes premissas:

1. Total de serviço para apicoar = 800 m² 2. Cronograma gerado para o apicoamento:

a. Janeiro = 300 m² de apicoamento b. Fevereiro = 150 m² de apicoamento c. Março = 350 m² de apicoamento

3. Função a ser estudada na composição de apicoamento = Ajudante de produção

O índice do ajudante de produção na CPU de apicoamento é de 0,2 hh/m² (0,2 hora-homem por metro quadrado de apicoamento), logo se tem que em:

• Janeiro: 300 x 0,2 hh/m² = 60 hh (60 hora-homem), dividindo esse valor pela quantidade trabalhada do ajudante por mês tem-se que:

60 hh / 220 h/mês = 0,2727 h/mês (0,2727 homem por mês).

• Fevereiro: 150 x 0,2 hh/m² = 30 hh (30 hora-homem), dividindo esse valor pela quantidade trabalhada do ajudante por mês tem-se que:

30 hh / 220 h/mês = 0,1364 h/mês (0,1364 homem por mês).

• Março: 350 x 0,2 hh/m² = 70 hh (70 hora-homem), dividindo esse valor pela quantidade trabalhada do ajudante por mês tem-se que:

70 hh / 220 h/mês = 0,3182 h/mês (0,3182 homem por mês).

Faz-se esse método para todas as composições do empreendimento e somam-se todos os “homens por mês” de cada cargo da obra, gerando os histogramas de cada função e o histograma total da mão de obra.

É importante comentar que após a soma de todos os “homens por mês” deve- se arredondá-los para o inteiro superior mais próximo, pois é fisicamente impossível contratar 30,25 homens para determinado serviço.

Referências

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