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DETERMINAÇÃO DO CUSTO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIMONTES: CAMPUS SALINAS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Amarildo Nunes Lopes

DETERMINAÇÃO DO CUSTO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIMONTES: CAMPUS SALINAS

Montes Claros-MG

Novembro/2009

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Amarildo Nunes Lopes

DETERMINAÇÃO DO CUSTO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIMONTES: CAMPUS SALINAS

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. GILENO RONALDO SILVA

Montes Claros-MG

Novembro/2009

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Amarildo Nunes Lopes

DETERMINAÇÃO DO CUSTO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIMONTES: CAMPUS SALINAS

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. GILENO RONALDO SILVA Membros:

____________________________________

Maria do Perpétuo Socorro Nassau Araújo _____________________________________

Georgino Venerando Quintino Evangelista

Montes Claros-MG

Novembro/2009

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Dedico a minha família, em especial a minha filha, Vitória, para servir- lhe de exemplo e a minha namorada, Érica, pela compreensão e confiança no meu potencial.

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AGRADECIMENTOS

A Deus e a minha família, em especial, à minha mãe, que me incentivou a iniciar este curso e esteve comigo até o fim, sacrificando horas do seu lazer em prol do meu sucesso.

Ao meu amigo, contador Luiz Pereira da Silva, Superintendente Financeiro da FADENOR, pelo apoio fundamental na execução dessa pesquisa.

(6)

RESUMO

A Constituição da República estabeleceu a economicidade na gestão de recursos pelo administrador público. Esse princípio dispõe que as ações da administração serão avaliadas pela relação custo-benefício na aplicação dos recursos. Alinhada a esse raciocínio, a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 determina que a administração pública deve manter sistemas de custos para avaliação e acompanhamento de gestão. Nesse sentido, esta pesquisa buscou analisar o custo por aluno do Curso de Ciências Contábeis numa universidade pública, no caso a Universidade Estadual de Montes Claros. Este trabalho foi desenvolvido no “Campus Salinas” dessa universidade. Durante o levantamento de dados, procurou-se identificar despesas com pessoal, sendo parte com docentes, a cargo da Unimontes e parte com pessoal administrativo, a cargo da prefeitura do município de Salinas;

despesas com água, energia elétrica, telefone, internet, depreciação de bens móveis e imóveis, gastos gerais, despesas com hospedagem, alimentação e combustível de docentes. Ressalta-se que, para fins didáticos, não foram feitas distinções entre custos e despesas e que os valores numéricos tiveram a aproximação para 2 (duas) casas decimais.

Palavras-chave: Custo. Gestão. Recursos. Despesas.

(7)

RESUMEN

La Constitución de la República estableció la economicidad en la gestión de recursos por el administrador público. Ese principio dispone que las acciones de la administración van a ser avalizadas por la relación coste-beneficio en la aplicación de los recursos. Alineada a ese raciocinio, la Ley Complementar nº 101, de 4 de mayo de 2000 determina que la administración pública tenga que mantener sistemas de costes para la evaluación y acompañamiento de gestión. En este sentido, esta pesquisa buscó analizar el coste por alumno del Curso de Ciencias Contables en una universidad pública, lo caso, la Universidad Estadual de Montes Claros. Este trabajo fue desarrollado en el “Campus Salinas” en esta universidad.

Mientras el levantamiento de datos, se procuró identificar gastos con personal, siendo parte con docentes, a cargo de la Unimontes y parte con personal administrativo, a cargo de la ayuntamiento del municipio de Salinas, gastos con agua, energía eléctrica, teléfono, internet, depreciación de bienes móviles e inmóviles, gastos generales, gastos con hospedaje, alimentación y combustible de docentes. Se resalta que, para fines didácticos, no fueran hechas distinciones entre costes y gastos y que los valores numéricos tenían el enfoque a dos decimales.

Palabras-Llave: Coste. Gestión. Recursos. Gastos.

(8)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEPEX Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

CF Constituição Federal

CONSU Conselho Universitário

COTEC Comissão Técnica de Concursos

FACEART Faculdade de Educação Artística

FADEC Faculdade de Administração e Finanças

FADENOR Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas

FADIR Faculdade de Direito

FAFIL Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

FAMED Faculdade de Medicina

FELP Fundação Educacional Luiz de Paula FUNM Fundação Universidade Norte Mineira LRF Lei de Responsabilidade Fiscal

MG Minas Gerais

UNIMONTES Universidade Estadual de Montes Claros

(9)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 09

2 A Universidade Estadual de Montes Claros ... 12

2.1 Resumo Histórico da Universidade Estadual de Montes Claros ... 12

2.2 Estrutura da Unimontes ... 14

3 A educação, segundo a Constituição ... 18

3.1 Funções do Estado ... 18

3.2 Educação: um direito fundamental ... 19

4 A Contabilidade Pública ... 21

4.1 Receita e Despesa Públicas ... 22

4.2 Gestão na Fazenda Pública ... 24

5 A Contabilidade de Custos ... 26

5.1 Contabilidade, instrumento essencial à tomada de decisão ... 26

5.2 Evolução da Contabilidade de Custos ... 26

5.3 Componentes Básicos dos Custos de Fabricação ... 28

5.4 Outra classificação dos custos ... 29

5.5 Convenção da Materialidade ou Relevância ... 30

5.6 Administração de Custos ... 31

6 Metodologia ... 32

7 Apresentação e análise dos dados ... 33

7.1 Descrição da sede do curso pesquisado ... 33

7.2 Convênio realizado entre a Unimontes e a Prefeitura de Salinas ... 34

7.3 Alocação dos custos ... 35

7.3.1 Custos anuais assumidos pela Unimontes ... 36

7.3.2 Custos anuais assumidos pela Prefeitura de Salinas ... 36

7.3.3 Custos anuais assumidos pelo Banco do Brasil ... 37

7.4 Cálculo do custo/aluno ... 38

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 41

(10)

1 INTRODUÇÃO

A administração pública é dividida em atividades-meio e atividades-fim para atingir a plena satisfação das necessidades da população. As atividades-fim, dentre as quais se encontra a educação, estão voltadas para o efetivo atendimento das demandas da população, de acordo com Silva (2004).

A educação é um direito de todo cidadão, conforme prevê a Constituição da República Federativa do Brasil (2006) em seu artigo 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

O estado de Minas Gerais (MG) é um dos mais ricos do Brasil, porém apresenta sérias disparidades na distribuição dessa riqueza entre suas mesorregiões. Segundo afirma Simão (2000), a educação é um dos principais determinantes da renda das pessoas ocupadas no estado.

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), autarquia do estado de MG, cuja missão é “contribuir para a melhoria e a transformação da sociedade, atender às aspirações e aos interesses de sua comunidade e promover o Ensino, a Pesquisa e a Extensão com eficácia e qualidade” (SÍTIO DA UNIMONTES, 2009), tem papel importante nesse contexto, uma vez que forma profissionais em regiões subdesenvolvidas do estado.

O princípio da eficiência, inserido no caput do artigo 37 da CF pela Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, busca a melhor utilização possível dos recursos públicos.

Gasto, segundo Martins (2006, p. 24), “é a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro)”. Ainda segundo o mesmo autor, “Custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. (MARTINS, 2006, p. 25)

Para Castro (2009) as escolas podem ser vistas como indústrias de educação, pois operam uma máquina que recebe alunos ignorantes e produzem alunos menos ignorantes.

A apuração do custo de um bem ou serviço é uma forma de proporcionar decisões mais eficientes na gestão de recursos.

(11)

Assim como qualquer outra instituição, as instituições de ensino necessitam de ferramentas eficazes de gestão de custos, o que por si só, denota a relevância de um estudo nesse sentido.

No Brasil, a Lei Complementar nº 101/2000, de 4 de maio de 2000 (BRASIL, 2003), conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu art. 50, dispõe que a administração pública manterá sistemas de custos para avaliação e acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Diante do exposto, visando uma melhoria na gestão dos recursos públicos a cargo da Unimontes, emerge o seguinte questionamento: Qual o custo, por aluno, do Curso de Ciências Contábeis, realizado no Campus Salinas da Unimontes? O propósito deste trabalho foi apurar esse custo. Tal levantamento, além de contribuir para o cumprimento do prescrito no parágrafo anterior, pode ser utilizado como uma ferramenta na tomada de decisões pelo gestor público.

Esta pesquisa usou como referência a dissertação de mestrado desenvolvida por Morgan (2004), que se baseou nos cursos de graduação da Universidade de Brasília, e tem como objetivo geral determinar o custo por aluno do curso de Ciências Contábeis numa instituição de ensino superior. São objetivos específicos dessa pesquisa:

 eleger um método de alocação de custos e evidenciá-lo;

 separar os custos do ensino dos demais custos;

 apontar os elementos que compõem o custo do ensino;

 evidenciar o quantitativo de vagas oferecidas pelo Campus; e

 dividir os valores encontrados pela quantidade de vagas oferecidas.

No primeiro capítulo, foi feito um breve estudo sobre a Unimontes, sendo descrito, basicamente, um resumo de sua história e estrutura.

No segundo capítulo, tratou-se de discorrer acerca da educação em suas previsões constitucionais, remetendo às funções básicas do Estado e, posteriormente, aos dispositivos constitucionais que tratam do assunto.

O terceiro capítulo fez algumas considerações sumárias a respeito da Contabilidade Pública, procurando mostrar que esse ramo da Contabilidade é um instrumento necessário ao controle da gestão no poder público.

O quarto capítulo fala sobre a evolução da Contabilidade de Custos, classificações importantes dos custos e sobre a gestão de custos na Fazenda pública.

(12)

O quinto capítulo refere-se à metodologia e relata a maneira como a pesquisa foi realizada, descrevendo o tipo de dados levantados e as técnicas utilizadas nesse levantamento, o universo pesquisado e as fontes de sua coleta.

No sexto capítulo, inicia-se um estudo de caso, onde se descreve sobre a estrutura do Campus, o convênio firmado entre a Unimontes e a Prefeitura de Salinas, a maneira como os custos foram alocados e por fim, o cálculo do custo por aluno.

O sétimo capítulo faz algumas considerações finais acerca do trabalho realizado, ressaltando a sua utilidade e a importância de estudos futuros relacionados ao assunto.

(13)

2 A UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

A Universidade Estadual de Montes Claros vem se destacando ao longo do tempo como referência em educação. Dotada de profissionais qualificados, busca celeridade ao desenvolvimento da região norte do estado de Minas Gerais, no intuito de reduzir desigualdades sociais.

Localizada na cidade de Montes Claros, centro convergente e polarizador dos demais municípios da região, a UNIMONTES é uma autarquia de regime especial do Estado de Minas Gerais, na forma do § 3º do Art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais, resultante da transformação da Fundação Norte-Mineira do Ensino Superior - FUNM. A UNIMONTES atua, prioritariamente, na região do Norte de Minas e abrange, hoje, uma área superior a 196.000 km2, correspondente a 30% da área total do Estado, incluindo as regiões Norte e Noroeste e os Vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Urucuia. Alcança 342 municípios e atende potencialmente uma população que ultrapassa os dois milhões de habitantes. (CALEIRO, PEREIRA, 2002)

2.1 Resumo Histórico da Universidade Estadual de Montes Claros

Uma cerimônia realizada no dia 30 de junho de 1962 marcou o ato inaugural da Unimontes, que foi a instalação da Fundação Universidade Norte-Mineira – FUNM.

Considerada uma universidade de integração regional, a Unimontes foi, durante muito tempo, a única universidade pública inserida na vasta região norte mineira, que corresponde a 30% da área total do estado, englobando o “Polígono das Secas” com mais de 60 municípios. Atende as regiões Nordeste e Noroeste do estado, estendendo sua influência até o Sul da Bahia e destaca-se por seus vínculos com a realidade socioeconômica e cultural da região, uma região carente de infra-estrutura, baixo índice de industrialização, de renda per capta e urbanização.

Essas diferenças socioeconômicas em relação ao restante do estado justificavam a necessidade da formação de pessoal qualificado. Uma região, com ensino precário, carecia de professores habilitados. Assim sendo, a juventude local interrompia seus estudos precocemente, quando de baixo poder aquisitivo, ou procurava outras regiões, quando de famílias mais abastadas. Aqueles que se deslocavam à procura de continuidade nos estudos, quase sempre, não retornavam. (CALEIRO, PEREIRA, 2002)

Diante da série de problemas sociais existentes na região, a presença de uma universidade no norte de minas era imprescindível. A existência dessa universidade foi um

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dos primeiros passos para eliminar empecilhos ao progresso da região. Esse seria o propósito da Unimontes.

O Projeto de lei de autoria do deputado Cícero Dumont, convertido na Lei 2.615, de 24 de maio de 1962, sancionada pelo governador Magalhães Pinto, criou a Universidade Norte de Minas. A legislação criou também a Fundação Universidade Norte-mineira – FUNM, com o objetivo de manter a Universidade Norte-mineira.

Vencido o empecilho legal, restava a árdua missão de consolidar a Universidade.

Em julho, a Universidade foi oficialmente instalada em Montes Claros, porém havia que se superar ainda, dificuldades financeiras. Para constituir a Universidade, ao invés de dinheiro, o governador doou à Fundação 100 mil cruzeiros em apólices da dívida pública.

Após uma reunião de pessoas envolvidas com o projeto de criar a universidade, decidiu-se que as primeiras Escolas Superiores seriam a de Veterinária e Agronomia, dada a vocação da região e, consoante o que estabelecia o artigo 9º da lei que criou a Fundação; em seguida seria criada uma faculdade de filosofia. Todavia, não foi o que ocorreu.

Criada em 1962, a Universidade Norte-mineira só foi ativada em 1964, por ato do governo do estado, e com a denominação de Fundação Norte-mineira de Ensino Superior.

Houve mudança da lei que criou a Universidade Norte-mineira, a obrigatoriedade de se criar primeiro os cursos de Veterinária e Agronomia deixou de existir. Assim sendo, a primeira unidade a ser encampada pela Fundação foi a Faculdade de Direito -FADIR- em novembro de 1965. Em dezembro, foi encampada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL), em funcionamento desde 1963 e mantida pela Fundação Educacional Luiz de Paula (FELP); foram criadas, em 1969, a Faculdade de Medicina (FAMED), em 1972, a Faculdade de Administração e Finanças (FADEC) e em 1986, a Faculdade de Educação Artística (FACEART). (CALEIRO, PEREIRA, 2002)

O Decreto Estadual nº 43.586, de 15 de setembro de 2003, estipula que os objetivos da Unimontes são:

I - Desenvolver, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, a técnica, a ciência e as artes;

II - preparar e habilitar os acadêmicos para o exercício crítico e ético de suas atividades profissionais;

III -promover o desenvolvimento da pesquisa e da produção científica;

IV -irradiar e polarizar, com mecanismos específicos, a cultura, o saber e o conhecimento regional;

V - atender à demanda da sociedade por serviços de sua competência, em especial os da saúde, da educação e do desenvolvimento social e econômico, vinculando-os às atividades de ensino, pesquisa e extensão.”

(15)

2.2 Estrutura da Unimontes

É preciso se conhecer um pouco da estrutura atual da Unimontes para se situar melhor sobre o estudo em questão. Essa universidade está estruturada da seguinte maneira:

 Unidade de direção superior: Reitoria, composta pelo reitor e vice-reitor.

 Unidades colegiadas de deliberação superior: de deliberação geral (Conselho Universitário - CONSU), de deliberação técnica (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPEX) e de fiscalização econômico-financeira (Conselho Curador)

 Unidades administrativas de nível superior, que são: Chefia de gabinete, Procuradoria, Auditoria Seccional, Núcleo de Intercâmbio e Cooperação Institucional, Secretaria Geral, Escritório de Representação em Belo Horizonte e Assessoria de Comunicação Social.

 Unidades administrativas de planejamento, coordenação e execução, que são: Pró- reitoria de planejamento, gestão e finanças, Pró-reitoria de ensino, Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação, Pró-reitoria de extensão e Hospital Universitário Clemente de Faria.

 Unidades administrativas de apoio, quais sejam: Diretoria de documentação e informações, Diretoria de desenvolvimento de recursos humanos, Biblioteca universitária e Imprensa universitária.

 Unidades acadêmicas de deliberação e execução, quais sejam: Centro de ciências humanas. Centro de ciências sociais aplicadas, Centro de ciências biológicas e da saúde, Centro de ciências exatas e tecnológicas e Centro do ensino médio e fundamental; e

 Outras unidades, quais sejam: FADENOR – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas, Comissão Técnica de Concursos – COTEC e Assessoria Especial.

TABELA 1

Titulação de Docentes que atuam no Ensino Superior (Continua) Modalidade 2005 2006 2007 2008

Graduados 41 62 147 71

Especialistas 453 521 695 739

Mestres 298 333 349 386

(16)

(Conclusão) Modalidade 2005 2006 2007 2008

Doutores 69 87 122 124

Total 861 1003 1313 1320

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

TABELA 2 Docentes em Titulação

Modalidade 2005 2006 2007 2008

Mestrandos 32 24 87 124

Doutorandos 52 50 88 96

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

TABELA 3 Quantidade de Estudantes

Corpo Discente 2005 2006 2007 2008

Graduação 7157 7810 7581 7312

Normal Superior 1953 2633 1500 144

Cursos Seqüenciais 153 131 60 -

Modulares 1180 2386 700 87

À distância - - - 1821

Pós-graduação lato sensu e strictu sensu 525 470 731 821

Cursos de nível médio 477 2116 3318 1577

Total 12666 15546 13890 11762

Profissionais formados de 1966 a dezembro de 2008 31908 34302 37083 39194

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

Cursos Oferecidos pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA TABELA 4

Cursos Regulares

Curso Titulação Local de funcionamento Administração Bacharelado Montes Claros

Ciências Contábeis Bacharelado Montes Claros e Salinas Ciências Econômicas Bacharelado Montes Claros

Ciências Sociais Bacharelado Montes Claros

Direito Bacharelado Montes Claros

Serviço Social Bacharelado Montes Claros

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

TABELA 5 Cursos à Distância

(Continua) Curso Titulação Local de funcionamento Ciências Sociais Licenciatura Francisco Sá

(17)

(Conclusão) Curso Titulação Local de funcionamento

Licenciatura Itamarandiba Licenciatura Janaúba

Licenciatura São João da Ponte

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

Execução Orçamentária

TABELA 6 Receitas em R$

Descrição 2007 %

Contribuições Escolares 321.768,91 0,29

Prestação de Serviços de Saúde 9.895.566,39 8,81

Prestação de Serviços Educacionais 1.266.042,98 1,13

Convênios Federais 3.334.028,59 2,97

Convênios/Contratos Estaduais 1.780.809,21 1,59

Outras Receitas 153.019,83 0,14

Juros Aplicação Financeira – Convênios 640.100,34 0,57

Transferências Ordinárias do Estado 94.883.280,73 84,51

Total 112.274.616,98 100

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

TABELA 7 Despesas em R$

(Continua)

Especificação Tesouro Convênios Próprios Total %

Pessoal e encargos 72.902.124,9

8 0 0 72.902.124,98 64,77

Auxílio Alimentação e Transporte

1.287.653,02 0 0 1.287.653,02 1,14

Pessoal Terceirizado 13.684.938,0 2

0 293.142,66 13.978.081,45 12,42 Diárias de viagem 173.887,50 49.830,00 94.496,05 318.213,55 0,28 Materiais de consumo 1.219.540,27 1.340.609,35 3.461.789,95 6.021.939,57 5,35 Passagens e despesas

com locomoção

213.884,09 29.619,56 38.815,46 282.319,11 0,25 Serviços de terceiros –

pessoa física 873.577,20 845.670,08 3.354.900,28 5.074.147,56 4,51 Serviços de

consultoria

13.090,00 0 0 13.090,00 0,01

Serviços de terceiros – pessoa jurídica

1.827.296,62 571.654,72 4.909.850,54 7.308.801,88 6,49 Obrigações tributárias

e contributivas

326.473,09 0 117.633,73 444.106,82 0,39

Despesas de

exercícios anteriores

873.791,41 0 0 873.791,41 0,78

(18)

(Conclusão)

Especificação Tesouro Convênios Próprios Total %

Outras despesas de

custeio 20.388,68 215.716,11 13.031,35 249.136,14 0,22

Indenizações e restituições

223.039,01 1.132.921,60 26.819,53 1.382.780,14 1,23 Obras e instalações 948.745,34 488.036,08 47.850,85 1.484.632,27 1,32 Equipamentos e

material permanente

291.484,04 419.929,94 222.563,14 933.977,12 0,83 Total 94879.914,04 5.093.987,44 12.580.893,54 112.554.795,02 100

% 84,30 4,53 11,18 100

Fonte: relatório de gestão da Unimontes dezembro de 2007 a dezembro de 2008

(19)

3 EDUCAÇÃO, SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO

3.1 Funções do Estado

É importante ressaltar que não há que se confundir “Estado” com “estado”.

Estado, segundo Martins (2006), é a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para a realização do bem comum do povo. Por sua vez, estado refere-se a um dos vinte e sete Entes da federação.

“O Estado passa a ter existência a partir do momento em que o povo, consciente de sua nacionalidade, organiza-se politicamente.” (SILVA, 2004, p. 21)

O Estado, para cumprir suas finalidades, desempenha as funções de instituir e dinamizar uma ordem jurídica (função legislativa), cumprir e fazer cumprir as normas próprias dessa ordem (função jurisdicional) e administrar os interesses coletivos, gerindo os bens públicos e atendendo às necessidades gerais (função executiva). A função executiva, diretamente relacionada com este estudo, tem como função típica ou preponderante a função administrativa. “As finanças públicas envolvem toda a ação do Estado para satisfação das necessidades coletivas e como conseqüência o estudo da conveniência e oportunidade da adequabilidade das ações a serem desenvolvidas para o atendimento de tais necessidades.”

(SILVA, 2004, p. 24). Segundo Piscitelli et al (2002), na atividade financeira do Estado, há que se considerar que as pessoas não podem atender, isoladamente, às necessidades públicas.

Piscitelli et al (2002) afirmam que o crescimento da economia e o maior nível de conscientização dos indivíduos levaram a uma revisão do papel tradicional do Estado, estendendo suas ações nos campos da saúde, assistência, educação, previdência etc.

A Contabilidade estuda a atividade financeira (receita, despesa, orçamento, crédito público e reflexos decorrentes da ação dos administradores) do Estado, e ainda, estuda aspectos que consubstanciam formas de atuação do Ente público na prestação de serviços indispensáveis à satisfação das necessidades do cidadão (SILVA, 2004).

Nesse sentido, a administração pública divide-se, segundo as atividades que exerce, em atividades-meio e atividades-fim. No contexto das atividades-fim do Estado, insere-se a educação.

(20)

3.2 Educação: um Direito Fundamental

A Constituição da República Federativa do Brasil contém vários dispositivos que se referem ao direito à educação, conforme se segue:

Constituem-se objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – ...

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.(CF, BRASIL, 2006, p. 3)

Indubitavelmente, a educação constitui-se requisito indispensável para que tais objetivos sejam alcançados.

A CF, em seu artigo 5º, prevê que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...” (CF, BRASIL, 2006, p. 5)

Segundo a Constituição (2006), a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, sendo que o ensino será ministrado com base, dentre outros, no princípio da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - ...

III - ...

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - ...

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade. (CF, BRASIL, 2006, p. 148)

O princípio constitucional da “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” conflui com o objetivo fundamental de “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. (CF, BRASIL, 2006, p. 148, 3)

Essa colisão de idéias ratifica o inciso quinto do artigo 208 da CF, que cita o dever do Estado de garantir o acesso aos níveis mais elevados de ensino.

(21)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I - ...

II - ...

III - ...

IV - ...

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; (CF, BRASIL, 2006, p. 149)

Ainda segundo a Constituição (2006), em seu artigo 214, consta que:

a lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:

I - II - III -

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. (CF, BRASIL, 2006, p.

151)

(22)

4 A CONTABILIDADE PÚBLICA

Nas sociedades antigas, quem detinha poder político, era considerado proprietário do patrimônio público, podendo dispor dos bens da comunidade, como se fossem seus. Não existia orçamento e nem limites para gastar.

Raras eram as normas de controle adotadas e, além disso, eram voltadas aos interesses do monarca, visando mais a fidelidade dos administradores que o controle das mutações do patrimônio público.

Verificou-se a inexistência de uma contabilidade pública organizada. Com a utilização do orçamento como meio de controle direto ou indireto pela população, nas sociedades democráticas, a contabilidade apresentou considerável avanço. (SILVA, 2004)

Para Kohama (2008, p. 25) “Contabilidade pública é o ramo da contabilidade que estuda, orienta, controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o patrimônio público e suas variações.”

A Contabilidade Pública constitui-se uma das subdivisões da Contabilidade e tem como campo de atuação pessoas jurídicas de Direito Público - União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autarquias - além de fundações públicas, empresas públicas, no que tange aos recursos oriundos do Orçamento Público. (PISCITELLI et al, 2002)

Silva (2004) prefere a denominação Contabilidade Governamental à Contabilidade Pública. Ele afirma que aquela é mais abrangente, incluindo não só a administração direta, mas também a administração indireta, nela incluídas as estatais, naquilo que operam com recursos do erário.

Com isso, conclui-se que a Contabilidade Governamental está ligada ao regime democrático, pois constitui-se instrumento de controle de gestão, no exercício do poder, pelo povo ou por representantes eleitos.

Silva (2004, 196) assegura que os controles de gestão podem:

fornecer à direção as informações necessárias para orientar da maneira mais econômica as opções da gestão;

permitir à direção controlar a gestão em seu aspecto econômico.

Esses problemas não devem ser enfrentados isoladamente, mas inserir-se no âmbito mais vasto de todas as atividades da organização destinadas a melhorar cada vez mais a eficiência de todo o conjunto da administração pública e, em particular, a ajudar a direção em suas funções de “proceder opções”, coordenar, programar e controlar.

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4.1 Receita e Despesa Públicas

O conjunto de recursos entregues pela contribuição da coletividade, para suprir as necessidades do Estado, denomina-se receita pública e será destinado aos encargos com a manutenção da organização do Estado, o custeio de seus serviços, a segurança de sua soberania, as iniciativas de fomento e desenvolvimento econômico e social e seu patrimônio.

Entre os recursos auferidos pelo Estado, temos as entradas que se incorporam ao patrimônio e as restituíveis no futuro. Aquelas são as Receitas Públicas em sentido estrito, enquanto que estas são simples movimentos de fundos, denominados ingressos públicos.

(SILVA, 2004)

Desta maneira, afirma Silva (2004) que os Ingressos ou Receitas correspondem a todas as quantias recebidas pelos cofres públicos, já as receitas públicas, integram-se ao patrimônio, sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo.

Para Kohama (2008, p. 87):

constituem Despesa Pública os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da dívida pública; ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc.

Silva (2004) explica que temos desembolsos que reduzem o patrimônio e aqueles que se referem a restituições de valores recebidos anteriormente. Aqueles são as Despesas Públicas (Stricto Sensu) enquanto que estes são simples saídas de numerário sem afetar o patrimônio.

Dessa forma, afirma Silva (2004) que os desembolsos ou despesas correspondem a todas as quantias despendidas pela fazenda pública, enquanto as despesas públicas são desembolsos autorizados por lei para execução dos programas do Governo e diminuem o patrimônio público.

De acordo com Silva (2004), a despesa do Estado deve obedecer aos seguintes princípios:

Princípio da Utilidade

A despesa deve atender aos gastos necessários ao funcionamento do Estado e dos serviços públicos, visando o atendimento à coletividade. Esse princípio se evidencia tanto

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diante das necessidades políticas do próprio Estado, quanto diante da satisfação de exigências fundamentais à vida da coletividade.

Princípio da Legitimidade

A utilidade da despesa deve se enquadrar nos limites de legitimidade, que é indicativa das razões de ordem coletiva, segundo a qual a despesa revela uma necessidade do Estado. Além da utilidade, para ser legítima a despesa fundamenta-se no consentimento coletivo - manifestado através da lei orçamentária - e na possibilidade contributiva - não exigir esforço excessivo dos contribuintes - para evitar quebra de harmonia entre entidade arrecadadora e o contribuinte. Essas condições legitimam e justificam a realização da despesa.

Princípio da Oportunidade

Decorrente da legitimidade, estabelece que a despesa, para ajustar-se à necessidade coletiva deve ser oportuna, o que pode ser evidenciado em função de uma necessidade pública (ação política) ou de uma necessidade coletiva (ação social). Também é analisada em razão da situação econômica, evitando agravar as dificuldades dos contribuintes, procurando adaptar as despesas às reais possibilidades financeiras dos contribuintes.

Princípio da Legalidade

Como princípio da administração, significa que o gestor público está sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, sob pena de praticar ato inválido, caso não os acate. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na administração pública só é permitido fazer o que a lei autoriza.

Alguns órgãos de controle, ao enfatizar esse princípio, teem causado considerável atraso na evolução dos sistemas de informações contábeis como instrumento de evidenciação do patrimônio público. Nesse aspecto, faz-se necessário substituir o paradigma da legalidade e da formalidade pelo avanço da evidenciação dos elementos patrimoniais, já que a Contabilidade Governamental não pode omitir eventos de mutações patrimoniais por uma eventual “ilegalidade”.

Princípio da Economicidade

A economicidade, introduzida pela Constituição Federal, significa que as atividades da administração pública devem levar em consideração a relação custo-benefício na gestão dos recursos públicos, ressaltando, para isso, aspectos relacionados a viabilidade, eficiência e eficácia das operações.

Sua aplicação plena, no entanto, carece de critérios legais para o estabelecimento de parâmetros não financeiros de avaliação de atividades do setor público. Enquanto a

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administração privada utiliza o lucro como fator de avaliação dos resultados, as entidades públicas precisam identificar critérios para a avaliação do resultado social.

4.2 Gestão na Fazenda Pública

A Constituição prevê em seu artigo 207 que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.” (CF, BRASIL, 2006, p. 148)

Determina, ainda, a Constituição que:

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

O artigo 213 diz que, em regra, os recursos públicos serão destinados às escolas públicas.

“Fazenda pública é o conjunto de órgãos que formam o organismo econômico- financeiro do Estado” (IUDÍCIBUS; MARION; PEREIRA, 1999, p. 154)

Afirma Silva (2004, p. 95) que “a gestão financeira da Fazenda Pública pode ser assim demonstrada:”

Receita = Despesa ou Receita – Despesa = 0

No caso de receita superar despesa, conclui-se que a administração pública está exigindo de seus contribuintes um sacrifício maior do que os serviços proporcionados, o que sugere uma carga tributária excessiva, e, caso contrário, despesa superar receita, ou a fazenda pública atendeu às necessidades coletivas, sem maiores sacrifícios dos contribuintes ou não as

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atendeu e, em decorrência, haverá o aumento das entradas, seja pelo aumento das contribuições ou pela obtenção de empréstimos. (SILVA, 2004)

Todas essas razões mostram que a Contabilidade de Custos é um dos principais instrumentos da gestão dos recursos públicos na busca do equilíbrio Orçamentário, no levantamento de dados históricos, seja para a confrontação de previsão com realização da despesa, seja para estimativa de novos projetos na educação.

A estrutura complexa da Unimontes, sem dúvida, demanda um conhecimento adequado dos seus custos no intuito de gerir adequadamente os recursos públicos.

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5 A CONTABILIDADE DE CUSTOS

5.1 Contabilidade, Instrumento Essencial à Tomada de Decisões

“Frequentemente estamos tomando decisões: a que hora iremos levantar, que roupa iremos vestir, qual tipo de comida iremos almoçar, a que programa iremos assistir, qual trabalho iremos desenvolver durante o dia etc.” (IUDÍCIBUS; MARION, 2002, p. 42)

As entidades, sejam elas públicas ou privadas, também estão sujeitas, constantemente, a tomarem decisões relativas a diversos aspectos, como por exemplo, o que produzir, como, quando e onde produzir, dentre outras coisas.

‘Vivemos um momento em que “aplicar recursos escassos disponíveis com a máxima eficiência” tornou-se, dadas as dificuldades econômicas, uma tarefa nada fácil’

(IUDÍCIBUS; MARION, 2002, p. 42). Nesse contexto, cresce a importância da contabilidade, especificamente a de custos, no intuito de se produzir informações úteis para a tomada de decisões.

Uma das principais funções da Contabilidade é fornecer informações aos seus usuários, procurando o aprimoramento constante, no intuito de tornar mais eficiente a gestão de negócios.

O estado de Minas Gerais tem que valer-se, nesse sentido, das informações da Contabilidade de Custos, para decidir como, onde e quando implantar novos cursos, de forma a equacionar as previsões constitucionais vigentes.

5.2 Evolução da Contabilidade de Custos

Antes da Revolução Industrial, a atribuição de custos aos estoques de bens era feita pela Contabilidade Financeira, que se limitava a atribuir a esses estoques os custos constantes dos documentos de compra emitidos pelos fornecedores (RIBEIRO, 2009).

Martins (2006, p. 19) afirma que, na Era Mercantilista, a medida dos estoques em valores monetários era bastante simples: “o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias.” O mesmo autor afirma que, com o

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surgimento das indústrias, as compras, por si só, não mais correspondiam ao valor atribuído aos estoques. Esses valores, tornaram-se mais complexos, abrangendo uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados.

Com o advento da Revolução Industrial, a Contabilidade precisou adaptar os procedimentos de apuração do resultado em empresas comerciais para as empresas industriais, haja vista a transformação de produtos, que não era considerada até então.

(VICECONTI; NEVES, 2003)

Para Ribeiro (2009), tornou-se mais complexo atribuir custos aos estoques, pois, além do valor pago aos fornecedores, há que se incluir valores gastos com mão-de-obra e gastos gerais de fabricação incorridos para transformar matérias-primas em produtos.

Segundo Ribeiro (2009), a Contabilidade de Custos, então criada para avaliar estoques, que constituiu-se em importante ferramenta de controle e atribuição de custos aos produtos, não se preocupava em fornecer informações para o gerenciamento da produção e comercialização. Ele afirma que as decisões que atribuíam o preço de venda baseavam-se somente no custo de fabricação; não havia outras preocupações, desconsiderando-se, inclusive, os fatores externos relacionados ao mercado.

Na década de 1950, aprimorando as funções da Contabilidade de Custos, surge a Contabilidade Gerencial, para auxiliar na tomada de decisões de planejamento e controle (RIBEIRO, 2009).

Para Martins (2006, p. 21), “a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões”. Naquela, sobressai a missão de fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão, a fim de compará-las com o efetivamente acontecido. Já na tomada de decisões, destaca-se a alimentação de informações sobre valores relevantes acerca de curto e longo prazo na introdução ou corte de produtos, por exemplo.

Silva (2009, p. 5) destaca que:

a implantação de uma Contabilidade de Custos nas entidades governamentais é de suma importância, visto que os entes públicos devem preocupar-se, especialmente, a partir de 1988 com as informações analíticas sobre custos, ingressos, margens e resultados que podem ser úteis para o processo de planificação e tomada de decisões, tanto no sentido político como no administrativo.

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5.3 Componentes Básicos dos Custos de Fabricação

Ribeiro (2009) afirma que o custo de fabricação é composto, basicamente, pelos seguintes elementos:

Materiais: são os utilizados no processo de fabricação, podendo ou não compor o produto e são classificados como:

- Matéria-prima: substância bruta indispensável na fabricação do produto, sendo o principal material de sua composição.

- Materiais secundários: são os materiais que compõem o produto, complementando a matéria-prima ou dando acabamento ao produto.

Mão de obra direta: é o trabalho de quem fabrica o produto; e

Custos Indiretos de Produção ou Gastos gerais de fabricação: contribuem para a fabricação, porém não são considerados materiais diretos e nem mão de obra direta.

Custos Indiretos

Há custos que não teem uma medida objetiva, e acabam alocados aos produtos de maneira estimada ou, até mesmo, arbitrária. Eles dependem de cálculos, rateios ou estimativas. Usa-se, como parâmetro, a base ou critério de rateio. (MARTINS, 2006)

“A distribuição proporcional que se faz para atribuir aos produtos o valor dos custos indiretos de fabricação denomina-se, tecnicamente, rateio.” (RIBEIRO, 2009, p. 4)

Alguns custos, como materiais de consumo, poderiam ter uma parcela apropriada de forma direta. Entretanto, dada a sua irrelevância, esse trabalho torna-se inviável, uma vez que a relação custo-benefício dessa apropriação é desvantajosa. (MARTINS, 2006)

Outros, como a depreciação, que poderia ser apropriado direto, geralmente não o é, por ser pouco útil a sua apropriação direta e por ser um custo estimado e arbitrariamente fixado. (MARTINS, 2006)

Além desses, custos relevantes como a Energia Elétrica não são tratados como diretos, haja vista a complexidade de mensuração do valor consumido por produto.

Sendo necessário fator ou critério de rateio, ou havendo estimativas, considera-se indireto o custo.

Segundo Viceconti e Neves (2003), os custos indiretos dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados, de maneira indireta, aos produtos. Ribeiro (2009) afirma que esses custos não podem ser facilmente identificados aos produtos e adotam critérios que podem ser estimados ou até mesmo arbitrados.

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Os custos indiretos de fabricação não correspondem a gastos realizados especificamente para este ou aquele produto, eles beneficiam toda a produção de um período.

Custos Diretos

Viceconti e Neves (2003) afirmam que custos diretos são os que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque pode se medir o seu consumo nessa fabricação e, para Ribeiro (2009), a atribuição desses custos aos produtos é feita sem nenhum embaraço. Eles são formados pelos materiais diretos e mão-de-obra direta.

Materiais diretos, segundo Ribeiro (2006), são aqueles aplicados no processo de fabricação e que integram os produtos fabricados e são assim denominados porque a atribuição de seus custos aos produtos é feita sem embaraços.

A mão-de-obra direta compreende os gastos com o pessoal que trabalha na fabricação dos produtos e é facilmente identificada em relação a cada produto fabricado.

(RIBEIRO, 2009)

Martins (2006) afirma que é aquela relacionada com o pessoal que atua diretamente sobre o produto que será elaborado.

Essa classificação em diretos e indiretos é relevante para os custos, já que, geralmente, uma indústria não fabrica apenas um tipo de produto, o que torna necessário ratear os custos indiretos aos diversos produtos segundo critérios pré-estabelecidos.

5.4 Outra Classificação dos Custos

Uma classificação considerada de extrema importância para a Contabilidade de Custos é a que separa os custos em fixos e variáveis, considerando o valor total de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo. (MARTINS, 2006)

Custos Fixos

Viceconti e Neves (2003, p. 18) definem que “Custos Fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa”.

Ribeiro (2009) assegura que os custos fixos não se alteram com o volume de produção e são necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral. Ele explica que os custos fixos também são indiretos, por serem alocados a vários produtos, simultaneamente.

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Custos Variáveis

Os Custos Variáveis se alteram em decorrência do volume de produção e também são classificados como diretos. (RIBEIRO, 2009)

Horngren, Datar e Foster (2004, p. 28) explicam que “o custo variável muda no total em proporção às mudanças no nível relativo de atividade ou volume total.”

Custos Semifixos e Semivariáveis

Alguns custos, ainda, possuem uma parcela fixa e outra variável e podem ser classificados como semifixos, quando forem compostos de uma parte fixa mais relevante ou semivariáveis, quando compostos de uma parte variável mais relevante.

Segundo Martins (2006), a classificação em Fixos e Variáveis tem outra distinção em relação aos Diretos e Indiretos. Esta classificação só se aplica a Custos propriamente ditos, enquanto aquela também se aplica às Despesas.

5.5 Convenção da Materialidade ou Relevância

A Convenção da Materialidade ou Relevância prevê que: “O Contador deverá, sempre, avaliar a influência e materialidade da informação evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo-benefício, levando em conta os aspectos internos do sistema contábil...”. (NEVES E VICECONTI, 2004, p. 258)

Iudícibus e Marion (2002, p.123) afirmam que “há determinadas informações contábeis, cujo custo para evidenciá-las (tempo do pessoal da contabilidade, material, computador...), é maior que o benefício que trará aos usuários (acionistas, administradores...) daquelas informações.”

Esses autores explicam que deve-se analisar o binômio custo versus benefício para se definir o que é material ou relevante.

Essa Convenção, por vezes, justifica o tratamento de custos diretos de valor irrisório como indiretos, uma vez que os impactos ocasionados no resultado são irrelevantes.

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5.6 Administração de Custos

Horngren, Datar e Foster (2004) afirmam que a administração de custos é utilizada para descrever abordagens e atividades de administradores voltadas para decisões de planejamento e controle de curto a longo prazo. Tais decisões reduzem os custos de produtos e serviços.

A administração de custos busca a contínua redução de custos e o planejamento e controle desses custos está ligado ao planejamento de receita e lucro (Horngren, Datar e Foster, 2004). Não obstante tratar-se aqui de uma entidade sem fins lucrativos, não se pode ignorar plenamente tais princípios, uma vez que a redução de custos implica numa administração mais eficiente, tornando possível a oferta de um serviço de maior qualidade aos seus usuários.

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6 METODOLOGIA

Andrade (2002 apud BEUREN, 2003) afirma que a pesquisa descritiva preocupa- se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, sem a interferência do pesquisador.

A pesquisa realizada no Campus Salinas coletou dados, relacionados com os custos do Curso de Ciências Contábeis, de diversas fontes e os interpretou, sem interferir nos mesmos.

Para Beuren (2003), a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Gil (2002) afirma que o estudo de caso consiste no estudo exaustivo de um ou poucos objetos, tornando possível o seu conhecimento detalhado.

Trata-se de um estudo de caso haja vista ter sido eleita a Unimontes, em seu Campus Salinas, como a população considerada objeto de estudo.

O estudo de caso vale-se tanto de “dados de gente” quanto “dados de papel” Gil (2002). Os dados para essa pesquisa foram coletados através da análise de documentos, entrevistas, observações e análise de objetos físicos. Foram foco dessa coleta a Prefeitura do município de Salinas, as concessionárias de água e energia daquele município, a Contabilidade da Unimontes e, principalmente, o Campus Salinas da Unimontes. Priorizou-se a análise documental, já que a estrutura de custos baseia-se, sobretudo, nos documentos contábeis. A amostra escolhida foram os alunos do curso de Ciências Contábeis da Unimontes, realizado no Campus Salinas.

Ao final do levantamento, dividiu-se o valor dos custos encontrados pela quantidade de vagas oferecidas pela Unimontes, no Campus Salinas.

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7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

7.1 Descrição da Sede do Curso Pesquisado

O Campus Salinas da Universidade Estadual de Montes Claros oferece apenas o Curso de Ciências Contábeis. Sua sede administrativa localiza-se à Praça Dr. João Cardoso de Araújo, nº 105, 1º andar, centro, Salinas, Minas Gerais. As aulas do curso são ministradas na Escola Estadual Dr. João Porfírio, localizada à Praça Dr. João Cardoso de Araújo, s/nº, centro, Salinas, Minas Gerais.

O curso de Ciências Contábeis do Campus Salinas está vinculado ao Departamento de Contabilidade da Unimontes, em Montes Claros e atualmente funciona com 4 (quatro) turmas regulares, distribuídas pelos segundo, quarto, sexto e oitavo períodos.

O curso oferece trinta e cinco vagas por turma, desde fevereiro de 2006, à exceção do 2º período, que foram trinta e duas, sempre iniciando no 1º semestre e conta, atualmente, com 100 alunos matriculados regularmente, conforme mostra a tabela abaixo:

TABELA 8

Quantidade de alunos do curso de Ciências Contábeis – Campus Salinas - ano 2009 Período Vagas Número de alunos

2º 32 27

4º 35 23

6º 35 25

8º 35 25

Total 137 100

Fonte: elaborada pelo próprio autor

Verificou-se que, atualmente, trabalham como docentes no Campus, 1 doutor, 4 mestres e 14 especialistas, conforme descrito abaixo:

TABELA 9

Corpo Docente do Campus Salinas (Continua) Período Doutor Mestre Especialistas

Primeiro 0 2 4

Segundo 0 1 5

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(Conclusão) Período Doutor Mestre Especialistas

Terceiro 0 0 6

Quarto 0 0 5

Quinto 0 2 4

Sexto 0 3 2

Sétimo 0 1 4

Oitavo 1 1 4

Fonte: elaborada pelo próprio autor

Vale ressaltar que o somatório dos docentes não corresponde ao total de docentes à disposição do Campus, uma vez que alguns dão aula em mais de um período.

7.2 Convênio Realizado entre a Unimontes e a Prefeitura de Salinas

Para que o curso pudesse iniciar suas atividades, foi firmado um convênio entre a Unimontes e a Prefeitura do Município de Salinas, cujo objetivo é a “colaboração técnica e funcional entre os convenentes, com vistas ao funcionamento do Curso de Graduação - Bacharelado em Ciências Contábeis a ser implantado no município de Salinas - MG”.

Através desse convênio, a Prefeitura de Salinas se responsabilizou, dentre outros encargos, por:

- custeio de hospedagem e alimentação dos professores que vierem a se deslocar de Montes Claros a Salinas, enquanto não houver professores disponíveis, com a necessária qualificação, a serem contratados no município de Salinas;

- disponibilizar servidores para atividades de apoio administrativo, serviços gerais e apoio à secretaria acadêmica e biblioteca, assumindo a responsabilidade pela remuneração dos mesmos;

- adotar providências para inclusão de dotação orçamentária a fim de viabilizar a edificação definitiva para o funcionamento do Campus no município;

- inserir nos orçamentos anuais as dotações orçamentárias, porventura necessárias para o cumprimento do convênio;

- disponibilizar 328m² em área cedida pelo Banco do Brasil à prefeitura, para as instalações necessárias, devidamente mobiliadas, ao funcionamento do curso, incluindo sala de aula, sala de Pesquisa/Monografia, sala de professores, secretaria acadêmica, sala de coordenação do Campus, sala de projeto de extensão, Laboratório de informática, biblioteca e mini-auditório;

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- disponibilizar recursos da ordem de 25.000,00 (vinte e cinco mil) reais para aquisição de livros e móveis; e

- responsabilizar-se pelo custeio das despesas de energia elétrica, água e esgoto.

A Unimontes, por sua vez, responsabilizou-se, dentre outros encargos, por:

- seleção e contratação dos professores necessários para ministrarem as disciplinas dos cursos a serem oferecidos; e

- supervisionar e acompanhar administrativa e academicamente todas as atividades relacionadas ao funcionamento do curso de Ciências Contábeis.

7.3 Alocação dos Custos

Para facilitar a alocação dos custos, a estrutura do campos foi dividida em duas partes, sendo consideradas como unidade administrativa e unidade operacional. A unidade operacional refere-se às salas de aula, onde foram ministradas as aulas no ano de 2008 e o Laboratório de Informática. A unidade administrativa refere-se às demais salas do prédio que são as salas de Pesquisa/Monografia, professores, secretaria acadêmica, coordenação do Campus, de projeto de extensão, a Biblioteca e o Mini-auditório. O curso funcionou, em 2008, em área cedida, por período integral, pelo Banco do Brasil. O critério escolhido para a alocação de custos foi o sistema de custeio por absorção total, por ser o mais utilizado nos processos em que resulta um único produto. Resulta do Campus Salinas da Unimontes um único produto, qual seja, o curso de Bacharel em Ciências Contábeis.

Segundo Martins (2006, p. 37) “Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.”

O Campus Salinas apresenta como custos diretos a remuneração dos docentes, a energia e a água consumida nas salas de aulas e no laboratório de informática e os móveis e livros utilizados nesses setores. Os custos indiretos serão separados apenas para fins de evidenciação, mas serão alocados ao produto como um todo, haja vista se tratar de um caso em que resulta um único produto. Os principais métodos utilizados foram a pesquisa documental e a entrevista não estruturada e foram levantados os seguintes custos no Campus Salinas:

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7.3.1 Custos Anuais Assumidos pela Unimontes

- Despesa de pessoal do corpo docente:

Foram considerados os oito períodos para fins de despesa de pessoal dos docentes, o que resultou no quantitativo de horas/aula a seguir especificado:

TABELA 10

Cálculo da Despesa de Pessoal com Docentes em R$

Titulação Quantidade de horas/aula no mês

Valor da hora aula Valor mensal

Doutorado 40 118,21 4.728,40

Mestrado 240 83,79 20.109,60

Especialização 653 57,34 37.443,02

Total 62.281,02

Fonte: elaborada pelo próprio autor

- Telefone: custo anual de R$ 3.931,80

- Gastos Gerais (Lanche diário, Material didático, de expediente e de limpeza): R$17.736,00 por ano.

7.3.2 Custos Anuais Assumidos pela Prefeitura de Salinas

- Despesa de pessoal com funcionários cedidos pela Prefeitura de Salinas: R$ 81.336,00 - Outros gastos com o corpo docente:

Alimentação: 16.500,00 Hospedagem: 40.000,00 Combustível: 33.000

- Assinatura de internet banda larga: R$ 768,00 - Energia elétrica:

Valor: R$ 9.888,60

Quantidade consumida: 21.072 Kw/h, sendo 27,79% referente à UO, o que corresponde a R$

2.748,00 e o restante, R$ 7.140,60, refere-se à UA.

Depreciação de Móveis e Livros:

UA R$ 960,26 e UO R$ 4.082,09

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7.3.3 Custos Anuais Assumidos pelo Banco do Brasil

- Água: valor em reais 3.228,00

O critério de rateio adotado foi a quantidade de usuários, sendo que a rede é a mesma que fornece água para o Banco do Brasil.

Quantidade de pessoas Banco do Brasil: 20 Unimontes:

Unidade Operacional: 117 Unidade Administrativa: 9

Assim sendo, o custo de água alocado à unidade operacional corresponde a 80,14% e o custo da unidade administrativa corresponde a 6,16%. O restante, 13,70%

corresponde ao consumo dos funcionários do Banco do Brasil. A tabela 11 detalha o consumo por unidade:

TABELA 11

Rateio da despesa anual de água em R$

Unidade Quant de pessoas Percentual Valor

Operacional 117 80,14 2.586,96

Administrativa 9 6,16 198,84

Banco do Brasil 20 13,70 442,20

Total 146 100 3.228,00

Fonte: elaborada pelo próprio autor

- Depreciação do imóvel

O valor total da depreciação equivale a R$ 870.000,00, de acordo com levantamento feito na agência local do Banco do Brasil, cedente do imóvel, e o prédio foi adquirido em 1980. Considerou-se a cota anual de depreciação como o valor total depreciado dividido pelo número de anos transcorridos até o ano de 2009, conforme o seguinte:

870.000/29=30.000. Do pressuposto, deduz-se que a depreciação anual seria de R$30.000,00.

O prédio possui uma área total de 1.217 m², sendo que 328 m² foram disponibilizados para o Campus, conforme consta no Convênio firmado entre a Unimontes e a Prefeitura de Salinas.

Assim sendo, o valor proporcional de depreciação a ser alocado ao Campus corresponde a R$

8.085,46 anuais, conforme a tabela abaixo:

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TABELA 12

Rateio da despesa de depreciação do imóvel em R$

Repartição Tamanho Valor anual

Unimontes 328 m² 8.085,46

Banco do Brasil 889 m² 21.914,54

Total 1.217 m² 30.000,00

Fonte: elaborada pelo próprio autor

7.4 Cálculo do Custo/Aluno

Para o cálculo do custo anual por aluno, foi admitida a hipótese de turmas completas (140 alunos), uma vez que os custos variáveis representam uma parcela ínfima do total. Basicamente, haveria um aumento de cerca de 40% no consumo de água e na parcela dos Gastos Gerais referente ao material didático, o que, possivelmente, não chegaria a 1% do montante final. Martins (2006) afirma que a Convenção da Materialidade é de extrema importância nos custos, uma vez que desobriga detalhamento de itens cujo valor é pequeno em relação aos gastos totais. Diante dessa assertiva, conclui-se que o aumento dos custos variáveis em virtude do aumento de alunos é irrelevante. Por outro lado, se deixássemos de considerar a capacidade plena do curso, a discrepância seria bem maior, uma vez que o custo total seria dividido por uma quantidade bem menor de alunos, resultando numa informação distorcida por desvios de valores bem mais consideráveis.

Feita a coleta dos dados, os mesmos foram dispostos conforme a planilha de custos anuais a seguir:

TABELA 13

Demonstrativo do custo anual em R$

(Continua)

Descrição do custo UO UA Total

Remuneração de docentes 747.372,24 - 747.372,24

Remuneração de funcionários cedidos - 81.336,00 81.336,00

Energia elétrica 2.748,00 7.140,60 9.888,60

Água 2.586,96 198,84 2.785,80

Telefone - 3.931,80 3.931,80

Acesso à Internet - 768,00 768,00

Depreciação de móveis e livros 4.082,09 960,26 5.042,35

Depreciação do imóvel - - 8.085,46

(40)

(Conclusão)

Descrição do custo UO UA Total

Gastos gerais - - 17.736,00

Alimentação de docentes - 16.500,00 16.500,00

Hospedagem de docentes - 40.000,00 40.000,00

Combustível para docentes - 33.000,00 33.000,00

Total 756.789,29 183.835,50 966.446,25

Fonte: elaboração do próprio autor

Após a análise dos resultados, concluiu-se que o custo do Curso de Ciências Contábeis, por aluno, no Campus Salinas é da ordem de R$ 6.903,19 (seis mil novecentos e três reais e dezenove centavos) por ano. Isto posto, infere-se que o custo total do curso de Ciências Contábeis, com duração de 4 (quatro) anos, naquele Campus da Unimontes, corresponde a R$ 27.612,76 (vinte e sete mil seiscentos e doze reais e setenta e seis centavos).

Percebe-se, de acordo com os dados da tabela, que o custo alocado à Unidade Operacional corresponde a 78,31% do total investido. Já o custo alocado à Unidade Administrativa corresponde a 19,02% desse mesmo total. Os outros 2,67%, referentes à depreciação do imóvel e aos gastos gerais não foram separados por unidade, por não possuírem critério de rateio consistente para permitir essa alocação. O custo da remuneração dos docentes corresponde a 77,33%.

O valor investido pelo Banco do Brasil, considerando o total apurado, equivale a 1,13% do custo total, já a Prefeitura do município de Salinas investe 19,30%, enquanto que a Unimontes investe outros 79,57% do custo total do curso.

Os valores apurados tiveram uma aproximação matemática para duas casas decimais.

(41)

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A economicidade, descrita no item 3.1, prevê que a administração será avaliada pela relação custo-benefício na aplicação dos recursos públicos. Entretanto, verifica-se que faltam parâmetros não financeiros para a avaliação de suas atividades. A Lei de Responsabilidade Fiscal estipula que a Administração manterá sistemas de custos para acompanhar e avaliar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Esta pesquisa procurou apresentar resultados relacionados ao Curso de Ciências Contábeis, realizado no Campus Salinas da Unimontes, que possam ajudar num estabelecimento de parâmetros no intuito de se buscar o Princípio da Economicidade da despesa pública e, em consequência contribuir com informações úteis ao atendimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O custo do curso de Ciências Contábeis, por aluno, encontrado na pesquisa foi de R$ 27.612,76 (vinte e sete mil seiscentos e doze reais e setenta e seis centavos). No decorrer desse trabalho, pôde se constatar que o curso objeto de estudo funciona com recursos mistos, oriundos, em parte, da própria Unimontes, da prefeitura do município de Salinas e do Banco do Brasil. A pesquisa mostra que os 79,57% dos custos, arcados pela universidade, ratifica o compromisso da instituição na busca do desenvolvimento da região norte de Minas Gerais.

O custo das atividades operacionais apurado, atingiu, aproximadamente, quatro vezes o custo das atividades administrativas. Daqueles, cerca de 98,75% é destinado ao custo do pessoal docente. O valor de despesas de pessoal com docentes por aluno, considerando a capacidade plena, que foi a situação assumida na pesquisa, é de R$ 21.353,48. Na hipótese de se admitir apenas os 100 alunos matriculados atualmente, esse valor subiria para R$

29.894,88. Essa diferença existente entre as duas hipóteses possíveis citadas reforça a necessidade de ações de incentivo junto à população local para que possa usufruir o máximo da estrutura oferecida pelo campus da Unimontes, tornando assim, mais eficiente a aplicação dos recursos públicos.

Esta pesquisa pode ser analisada sob outros aspectos como por exemplo, comparando-se os custos de um Campus com outro ou de uma universidade com outra, o que traria ganhos consideráveis ao processo de gestão da administração pública.

Espera-se que este estudo possa servir como um subsídio no estabelecimento de parâmetros, visando à melhoria na gestão de recursos.

Referências

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