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UMA ATUALIZAÇÃO DA PESQUISA BRASILEIRA SOBRE PROFESSORES INICIANTES NO BRASIL

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

UMA ATUALIZAÇÃO DA PESQUISA BRASILEIRA SOBRE

PROFESSORES INICIANTES NO BRASIL

Gláucia Signorelli1 – UFU-MG/PUC-SP Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: CNPq Resumo

A intenção neste estudo é apresentar uma atualização da produção sobre os professores iniciantes no Brasil, evidenciando o que tem sido discutido sobre esse tema e as lacunas que ainda persistem. Considerando que pesquisadores como André (2004, 2012), Mariano (2006), Papi e Martins (2010), Corrêa e Portella (2012), Costa, Voltarelli e Cunha (2012), Boczkoski e Papi (2013) já implementaram esforços em mostrar o estado do conhecimento da produção brasileira sobre o início da carreira dos professores, tomo como ponto de partida esses estudos e, em continuidade, exponho o resultado de um levantamento realizado a partir dos encontros nacionais na área de educação – ANPED, ENDIPE no período de 2012 a 2013 e, também do Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserção Profissional à Docência – CONGREPRINCI, realizado no Brasil em 2014. O estudo evidencia a centralidade que os professores têm nas pesquisas, pois a maioria se preocupa com a pessoa do professor e seu desenvolvimento profissional. Estudos que focalizam a inserção profissional se voltam para os desafios, tensões e dificuldades dos docentes iniciantes, para a falta ou necessidade de apoio, para as condições de trabalho e a socialização profissional, reiterando aspectos que já manifestados nessa fase, sem focar diretamente na inserção como fase da carreira que precisa ser avaliada na sua relação com a formação inicial, na avaliação de programas de inserção estruturados quando estes existem, na instauração de comunidades de prática que ajudem os professores a se integrarem na profissão. Uma questão anunciada pela maioria das pesquisas recentes confirma o que levantamentos anteriores já demonstraram: a ausência de políticas e programas de inserção para os docentes iniciantes, o que reitera a forma indevida como o poder público e as próprias instituições de ensino têm tratado o início da carreira dos professores, embora as pesquisas já tenham confirmado sua importância.

Palavras-chave: Professor iniciante. Produção brasileira. Início da carreira.

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Doutoranda pelo Programa de Educação: Psicologia da Educação da PUCSP. Professora Assistente II da Universidade Federal de Uberlândia. Bolsista CNPq. E-mail glauciasignorelli@gmail.com

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Introdução

Considerando que o início da carreira é uma fase importante da profissão docente e que as pesquisas realizadas podem ser mobilizadoras de uma ação efetiva nesse campo, pretendo, neste estudo, apresentar uma atualização da produção sobre os professores iniciantes no Brasil, evidenciando o que tem sido discutido sobre esse tema e algumas lacunas que ainda persistem.

Pesquisadores como André (2004, 2012), Mariano (2006), Papi e Martins (2010), Corrêa e Portella (2012), Costa, Voltarelli e Cunha (2012), Boczkoski e Papi (2013) já implementaram esforços em mostrar o estado do conhecimento da produção brasileira sobre o início da carreira dos professores da educação básica, trazendo a tona aspectos da realidade brasileira que caracterizam a entrada na profissão.

Nesse sentido, com foco nas investigações sobre professores iniciantes, tomo como ponto de partida os estudos supracitados e, em continuidade, exponho o resultado de um levantamento realizado a partir dos encontros nacionais na área de educação – ANPED, ENDIPE no período de 2012 a 2013, e do Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserção Profissional à Docência – CONGREPRINCI, realizado no Brasil em 2014.

Procurei fazê-lo de forma cronológica mostrando o que foi sendo produzido na década compreendida entre os anos 2004 a 2014, período em que os trabalhos sobre professores iniciantes começam a despontar, sendo os últimos dois anos da década os que concentram maior número de pesquisas. Observei que até 2012 a produção era ainda incipiente, com alguns momentos marcados pela baixa produção de pesquisas sobre a temática ou, até mesmo, pela ausência. Nos últimos dois anos, como veremos, o interesse é crescente, ainda que algumas ausências se manifestem.

A produção sobre professores iniciantes no Brasil – anos 2004 a 2011

A pesquisa de André (2000), mesmo sendo anterior ao período estipulado para essa análise, aponta resultados que, creio, foram importantes referências para as pesquisas sobre os professores iniciantes. A autora ao analisar a presença da temática sobre formação de professores nos resumos de teses e dissertações defendidas nos programas de pós-graduação em educação no país entre os anos de 1981 e 1998 demonstrou o crescimento das pesquisas

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neste campo, os conteúdos emergentes e os que são silenciados. Entre os emergentes, a autora destaca a temática sobre a carreira docente.

Posteriormente, ampliando a análise acerca da mesma temática, André (2004) avaliou os resumos de 41 teses e dissertações defendidas nos programas de pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) no período de 1998 a 1999 e não encontrou nenhum que mencionasse o estudo sobre professores em início de carreira. Apesar de apresentar alguns temas como a socialização dos professores, a construção da identidade profissional docente ou os saberes da docência, esses trabalhos não indicavam se se tratavam dos professores em início de carreira.

Mariano (2006), ao discutir em sua dissertação de mestrado a construção do início da docência o fez a partir da análise das pesquisas apresentadas nas reuniões anuais da Associação Nacional de Pesquisas e Pós-Graduação em Educação – ANPEd, e nos Encontros Nacionais de Didática e Prática de Ensino – ENDIPE. Como resultado deste estudo o autor destaca que nas reuniões anuais da ANPEd realizadas no período de 1995 a 2004, num total de 3.221 trabalhos apresentados em todos os GTs e GEs desse evento, apenas 6 trataram do início da carreira docente, o que corresponde a 0,2% do total de trabalhos apresentados. No ENDIPE, no período compreendido entre 1996 a 2004, sendo este encontro bienal, o número de trabalhos que privilegiou o início da docência foi 18, num universo de 4.017 trabalhos apresentados, o que corresponde a um total de 0,5%. Os resultados dos dois eventos corroboram com o que André (2000) já afirmava a respeito de o início da carreira docente ser, ainda nesse período, tema quase esquecido de pesquisas no Brasil.

As pesquisas analisadas por Mariano (2006) enfatizam, principalmente, a socialização profissional, os saberes docentes; os sentimentos de sobrevivência e descoberta que marcam o início da carreira; as relações entre o início da profissão e a formação inicial. Destaca o autor que há poucos trabalhos que tratam das relações entre a formação inicial e a inserção profissional e as formas de aprendizagem da docência que os professores iniciantes desenvolvem, sendo essas algumas das ausências detectadas nas pesquisas no período estudado.

Outra pesquisa importante que examina as tendências dos estudos sobre professores iniciantes no Brasil é a de Papi e Martins (2010) que faz um levantamento no site da ANPEd, nos anos 2005 a 2007, respectivamente nas 28ª, 29ª e 30ª reuniões anuais, GT 04 (Didática), GT 08 (Formação de Professores) e GT 14 (Sociologia da Educação) e no site da Capes,

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Banco de Teses (teses e dissertações) no período 2000 a 2007. As autoras encontraram 14 trabalhos entre os 236 apresentados nas três reuniões anuais, quantitativo que corresponde a um percentual de 5,93% trabalhos. Avaliam que são trabalhos descritivos e analíticos que abordam, principalmente, o processo de constituição da prática do professor iniciante, seus saberes, a socialização na profissão, as dificuldades enfrentadas e as formas de superá-las, a profissionalidade docente, o hábitus profissional e o ciclo de vida dos professores.

A pesquisa de Papi e Martins (2010) em comparação com a pesquisa de Mariano (2006) que compreende o período de 1995 a 2004 e todos os GTs e GEs das reuniões anuais da ANPEd, demonstra que houve um crescimento substantivo de pesquisas que tratam do início da carreira docente, o que evidencia maior interesse dos pesquisadores pela temática, porém, em suas considerações as autoras pontuam a necessidade de maior investimento em pesquisas neste campo.

No levantamento feito no site da Capes, Banco de Teses (teses e dissertações) no período 2000 a 2007, Papi e Martins (op. cit.) encontraram 54 trabalhos a partir das palavras exatas: professor iniciante, iniciação profissional e iniciação à docência. Essas pesquisas foram categorizadas em três grupos: um que analisa as diferentes questões relacionadas à prática pedagógica do professor iniciante e a iniciação em outras áreas profissionais; outro grupo que faz referência à formação inicial e o terceiro grupo que trata da formação do professor em período de iniciação.

Os dados encontrados, em certa medida, reafirmam os anteriores, mas as autoras avançam ao fazerem uma análise que lhes permitiu inferir que,

[...] a existência de pesquisas nas quaisse realiza algum tipo deintervenção com o professor iniciante, bem como de pesquisas que investiguem professores iniciantes relacionados ao sucesso escolar, ou consideradosbem-sucedidos, mostram-se quase como silêncios no campo investigativo da educação, abrindo perspectivas para o desenvolvimento denovos trabalhos (PAPI e MARTINS, 2010, p.51.)

Outra pesquisa, que mostra o conhecimento produzido sobre professores iniciantes no Brasil é a de Corrêa e Portella (2012). As autoras atualizaram o período de análise da temática e, a exemplo de Papi e Martins (2010), realizaram um levantamento dos trabalhos apresentados nas reuniões da ANPED nos anos de 2008 a 2011, respectivamente, nas reuniões 31ª a 34, nos mesmos GTs 4 (Didática), 8 (Formação de Professores), 14 (Sociologia), e nos registros do banco de teses e dissertações da CAPES nos anos de 2008 a 2010.

A pesquisa revelou um total de 198 trabalhos apresentados na ANPEd no referido período e desses, apenas 4 tiveram como foco os professores iniciantes. Ao analisar as quatro

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pesquisas as autoras destacaram que duas tratavam do início da docência de professores universitários; uma teve como objeto de análise o desenvolvimento profissional de professoras iniciantes bem sucedidas e outra discutiram uma experiência de iniciação à docência pelo Programa de Bolsa de Iniciação a Docência – Pibid. Segundo as autoras, são pesquisas relevantes cujos resultados enfatizam a necessidade de apoio aos iniciantes por meio de acompanhamento pedagógico, seja por parte de coordenadores, mentores, ou professores mais experientes, iniciativas essas pouco desenvolvidas nas instituições de educação no Brasil. Neste sentido, ratificando o que já afirmaram Mariano (2006), Papi e Martins (2010), as autoras asseguram que “os debates acadêmicos sobre professores iniciantes ainda têm um longo caminho a percorrer” (CORREA e PORTELLA, 2012, p. 227)

Outro veículo de divulgação de pesquisas buscado por Correa e Portella (op. cit.) foi o banco de teses e dissertações da CAPES. As autoras encontraram no triênio 2008/2010, 21 trabalhos com foco na prática pedagógica dos professores iniciantes, com abordagem de diferentes temáticas, a saber: socialização profissional; saberes e prática pedagógica em diferentes áreas do conhecimento; dificuldades e superações nos primeiros anos de docência; primeiros anos da docênciano discurso de professores;dificuldades e inserção no mercadode trabalho; competências e desafios de professores iniciantes no Ensino Superior; dilemas e saberes da profissão nas histórias de vida; a produção da profissão docente e da aprendizagem da docência com foco na inter/multiculturalidade.

Nota-se que é significativa a produção sobre o início da carreira e professores iniciantes no período pesquisado por Corrêa e Portella e percebe-se um campo de pesquisa mais alargado. No entanto, as autoras ressaltam que ainda há poucas iniciativas e pouco investimento em programas de apoio aos iniciantes e, a maioria dos trabalhos analisados, aponta a necessidade de assistir os docentes de forma que consigam atender as demandas específicas desta etapa inicial da carreira (CORRÊA e PORTELLA, 2012).

Outra pesquisa que contribui com este debate é a de Costa, Voltarelli e Cunha (2012), que analisou no período de 2000 a 2010 as teses e dissertações defendidas no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de São Carlos – UFSCAR, que tratam dos professores iniciantes. Encontraram no período pesquisado 12 trabalhos, o que revela uma preocupação com a temática neste programa.

As autoras certificaram que as pesquisas carregam uma preocupação com a aprendizagem da docência e o desenvolvimento profissional dos professores iniciantes e apontam a necessidade de um trabalho docente em uma perspectiva colaborativa, uma vez que

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o isolamento do professor iniciante pode prejudicar seu desempenho profissional por ter que enfrentar as dificuldades iniciais de entrada na carreira, sem ajuda, tornando esse processo mais complexo do que ele já é. Para Costa, Voltarelli e Cunha (2012) as pesquisas realizadas abriram, entre tantas possibilidades de avanços, as vias de discussão dos processos de produção do conhecimento sobre os professores iniciantes, aspecto que vem sendo confirmado nos últimos anos.

Boczkoski e Papi (2013) realizaram um levantamento sobre as contribuições da pesquisa brasileira apresentada no III Congresso Internacional Sobre Profesorado Principiante E Inserción Profesional A La Docencia – CONGREPRINCI, realizado em Santiago – Chile, em 2012. As autoras tiveram como fonte os Anais do evento e relataram que entre os 133 trabalhos apresentados na modalidade Comunicações, 76 foram de pesquisadores brasileiros que divulgaram as principais tendências das pesquisas brasileiras sobre professores iniciantes.

Segundo Boczkoski e Papi (2013, p. 8.658), o número expressivo de pesquisas apresentadas,

[...] pode significar um processo crescente de interesse dos pesquisadores brasileiros em divulgar seus trabalhos em nível internacional possibilitando a ampliação da visão externa acerca de o que vem sendo pesquisado no país. Pode ser indicativo, também, de um crescente interesse pela temática.

As temáticas principais que aparecem nas pesquisas analisadas pelas autoras dizem respeito à socialização do professor iniciante, aos programas e políticas de apoio aos professores iniciantes no Brasil.

Quanto aos resultados das pesquisas analisadas Bockoski e Papi (2013) destacam que há recorrência de temáticas em muitas delas sendo as mais recorrentes, as que tratam dos dilemas, dificuldades e desafios no período de iniciação profissional. Outras pesquisas apontam em seus resultados a ausência e, ao mesmo tempo, a necessidade de políticas e programas de acompanhamento ao docente iniciante; a ausência de apoio por parte dos gestores e professores experientes aos professores iniciantes; a importância dos saberes da formação inicial e continuada; a importância de um processo positivo de socialização na carreira; a aprendizagem da docência pelos iniciantes quando se inserem na cultura escolar; a ausência de vivências práticas durante a formação inicial que fragilizam a inserção na carreira.

Considero que as pesquisas analisadas nos mapeamentos supracitados, fornecem dados que nos ajudam a compreender a realidade dos docentes iniciantes a partir da prática e nos

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mostram as fragilidades tanto da formação inicial como do processo de inserção na docência, assim como as necessidades de intervenção, o que, em certa medida, ajuda a clarear o complexo caminho da carreira profissional dos professores.

Estudos Recentes sobre os Professores Iniciantes – anos 2012 a 2014

Dando continuidade ao levantamento de estudos sobre professores iniciantes, busquei informações mais recentes em seminários, encontros e congressos realizados no Brasil, no período de 2012 a 2014. Os mais significativos para a área da educação e que aglutinam pesquisas e pesquisadores de grande relevância são os encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd , o Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino – ENDIPE e o Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserção Profissional à Docência – CONGREPRINCI, sendo este último bastante específico ao tema em questão.

O texto foi organizado por evento, considerando o período 2012 a 2014, e são apresentados os resultados das pesquisas que tratam sobre os professores iniciantes e temas correlatos com o propósito de verificar suas contribuições ao campo.

Encontros da ANPED – anos 2012 e 2013

Este levantamento realizado no site da ANPEd compreende as reuniões anuais realizadas em 2012 e 20132, respectivamente a 35ª e 36ª reuniões. Em consulta à página da ANPEd na web3, realizei busca nos GT 4 – Didática, GT 8 – Formação de Professores e GT 14 – Sociologia da Educação, a exemplo de Papi e Martins (2010), Corrêa e Portella (2012) e por serem grupos de trabalhos cujo corpus de pesquisas tem proximidade com a temática sobre os professores iniciantes e início da carreira docente.

Nas duas reuniões anuais – 35ª e 36ª, foram apresentados um total de 138 trabalhos entre comunicação oral e pôsteres, sendo 79 na 35ª e 59 na 36ª reunião, nos três GTs supracitados. Desse total, foram apresentados nas duas reuniões, no GT 4 – Didática: 35 trabalhos; GT 8 – Formação de professores: 61 trabalhos; GT 14 – Sociologia da Educação: 42 trabalhos.

2 Ressalto que a última reunião anual da ANPEd foi a de 2013, pois a partir desta data este evento nacional passa

a ser bienal, sendo a próxima reunião em 2015.

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O levantamento das pesquisas que enfocam o início da carreira docente foi feito a partir dos títulos dos trabalhos, resumos e palavras-chave, buscando pelas seguintes expressões: professor iniciante/ingressante, início da carreira, socialização profissional e inserção à docência.

Dentre as 79 pesquisas apresentadas na 35ª reunião, nos três GTs, encontrei apenas 01, na modalidade pôster, no GT 4 – Didática, que revelou que a participação das professoras iniciantes em projetos de iniciação científica durante a formação inicial repercute nos saberes da docência e contribui para a qualificação do ensino.

Na 36ª reunião, utilizando os mesmos termos de busca encontrei 03 pesquisas dentre as 59 apresentadas nos GTs. Dessas, 02 foram apresentadas no GT 8 – Formação de Professores, e 01 no GT 14 – Sociologia da Educação. Quanto às duas pesquisas apresentadas no GT 8 – Formação de Professores, uma delas procurou compreender as implicações da cultura escolar na profissionalidade de professores ingressantes no Ensino Fundamental, considerando que a análise da cultura escolar fornece elementos para a compreensão do processo de institucionalização das práticas profissionais docentes; a outra pesquisa caracterizada como pesquisa-formação, foi realizada com licenciandos do curso de Pedagogia e professoras iniciantes nos anos iniciais e teve como objetivo a construção de diálogos que articulassem teoria e prática na formação inicial e no exercício profissional. Por meio de escritas narrativas, estratégia mobilizadora de transformação das práticas utilizada na pesquisa, os licenciandos e professoras iniciantes foram instigados a refletirem sobre suas práticas e produzirem conhecimentos relativos ao contexto em que atuam. Por meio do diálogo puderam articular teoria e prática, aspecto evidenciado como maior ganho da pesquisa. A pesquisa apresentada no GT 14 – Sociologia da Educação abordou a temática socialização profissional dos professores e mostrou que o processo de socialização dos docentes iniciantes é determinado por dispositivos institucionais de regulação e controle, o que, segundo o autor, compromete a autonomia das professoras.

Destaca-se a relevância dessas pesquisas para o cenário educacional, especialmente, para a formação de professores e a inserção na carreira, mas evidencia-se a baixa representatividade dessa temática em um dos mais importantes eventos nacionais no campo da educação.

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ENDIPE – ano 20124

O Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino – ENDIPE, realizado em 2012 (encontro bienal), foi organizado em três eixos: Eixo 1: Políticas Educacionais e Impactos na Escola e na Sala de Aula; Eixo 2: Políticas de Formação Inicial e Contínua de Professores; Eixo 3: Didática e Prática de Ensino na Realidade Escolar Contemporânea: Constatações, Análises e Proposições e aglutinou 1.573 trabalhos que comunicaram pesquisas concluídas, pesquisas em andamento e relatos de experiências.

Interessada em conhecer o que foi apresentado neste evento sobre professores iniciantes e temas afins, realizei consulta aos Anais do Encontro, disponibilizados em CD-ROM, no formato de e-books e, pelo instrumento de busca nos livros, contido no próprio CD, inseri expressões de busca e solicitei pesquisa por palavras exatas a partir dos títulos dos trabalhos. Foram as mesmas expressões utilizadas para a pesquisa nos encontros da ANPED: professores iniciantes/ingressantes, socialização profissional, início da carreira e inserção à docência.

Encontrei 10 trabalhos cujos títulos continham as expressões buscadas, sendo que 02 abordaram os professores iniciantes na educação superior e 08 focalizaram os professores que exercem a docência na educação básica.

Apresentadas em forma de painel e simpósio, as pesquisas foram organizadas aqui a partir de três indicadores: 1) os desafios e implicações do início da carreira no desenvolvimento profissional dos iniciantes; 2) a socialização e construção de identidade profissional dos professores iniciantes; 3) programas e políticas de inserção à docência.

Nos indicadores 1 e 2 foi possível perceber a proximidade entre as abordagens das pesquisas cujo enfoque maior refere-se às dificuldades que os professores iniciantes vivenciam no início da carreira, causadas principalmente pela solidão que lhes acomete, os sentimentos de ansiedade, insegurança, medo e nervosismo. Há destaque para as relações que os professores vão estabelecendo com os alunos, com os pais dos alunos, com a coordenação, com os pares mais experientes, entendidas como implicações da profissão e pelas quais os iniciantes aprendem, se desenvolvem e se tornam professores. Mas, pondera-se que mesmo que os professores iniciantes consigam manter essas relações é iminente a necessidade de um acompanhamento mais efetivo pela equipe gestora ou professores experientes de modo que os momentos iniciais da docência sejam positivos para a construção da identidade profissional.

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No indicador 3 duas pesquisas tratam de políticas públicas e programas de inserção à docência; uma delas aborda a importância de algumas iniciativas estaduais e municipais voltadas aos professores iniciantes tendo em vista o alto índice de evasão do magistério na fase inicial da carreira. Ressalta que programas de inserção à docência enfatizam que acompanhamento e apoio aos iniciantes podem ajudar a amenizar as dificuldades dos primeiros anos de docência, porém, devem ser processos que atendam as demandas dos professores, de modo que lhes permita um processo contínuo de desenvolvimento profissional. A outra pesquisa relata a experiência de inserção profissional docente a partir de curso oferecido por uma secretaria estadual de ensino como parte do processo de seleção e ingresso de professores. Neste curso são desenvolvidas diferentes ações como integração funcional, capacitação, avaliação do estágio probatório, mas, se destaca, o caráter descontínuo e fragmentado das ações, além do controle que o Estado impõe à formação e profissionalização dos docentes, já que estes são obrigados a participar do programa que nem sempre corresponde às suas necessidades, aspecto que contradiz os resultados da pesquisa anterior.

Considerando o grande número de trabalhos apresentados neste evento, 1.573, apenas 0,51% dos trabalhos – 08 – tratam de professores iniciantes e temas afins e, em comparação com outros levantamentos, os resultados são compatíveis, demonstrando ainda pouca produção nesta área, o que deixa fragilizada, até este período, o tratamento desta temática no Brasil.

Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserção Profissional à Docência – CONGREPRINCI – ano 2014

O Congresso Internacional sobre Professorado Principiante e Inserção Profissional à Docência – CONGREPRINCI, em sua quarta edição, foi realizado em 2014 na cidade de Curitiba/PR. É um congresso que toma os professores principiantes e a inserção profissional à docência como temáticas principais de discussão, levando em conta que o início da carreira é uma etapa que, tradicionalmente, tem sido relegada pelos sistemas de ensino que dispensam pouca atenção a essa fase, conforme relatam os organizadores do evento.

Na consulta aos Anais do congresso, disponibilizados em CD-ROM, fonte da coleta de dados, fiz um levantamento dos trabalhos apresentadas e verifiquei que foram socializados 197 trabalhos a partir de 7 temas de discussão – Tema 1: Desenvolvimento e Avaliação de Programas de Inserção para o Professorado Principiante; Tema a 2: Efeitos dos Programas de

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Inserção Profissional à Docência na Melhoria Escolar; Tema 3: Novas Tecnologias para a Supervisão e Acompanhamento do Professorado Principiante; Tema 4: Papéis e Funções dos Professores Mentores, Supervisores e Tutores em Relação aos Professores Principiantes; Tema 5: Práticas de Ensino na Formação Inicial de Professores; Tema 6: Problemas Sobre os Professores Principiantes em seus Processos de Inserção Profissional; Tema 7: Processos de Socialização Profissional Docentes na Cultura da Escola. A partir desses temas foram realizados 4 simpósios; 137 informes de investigação; 56 informes de experiência, num total de 197 trabalhos. Desses, 30 foram de pesquisadores estrangeiros, o que corresponde a 15%, dos trabalhos apresentados, mas não farão parte das análises que realizo a seguir, pois interessam-me no momento, as pesquisas brasileiras.

Em cada tema, nos informes de investigação que fornecem dados empíricos das pesquisas realizadas no Brasil, busquei nos títulos, palavras-chave e resumos pelos seguintes termos: professores iniciantes, início da carreira, inserção à docência/inserção profissional e socialização profissional. Assim, essa busca permitiu selecionar 76 trabalhos, ou seja, 38,6% das pesquisas apresentadas, dentre os 7 temas discutidas no congresso, sendo a maioria apresentado no Tema 6 - Problemas Sobre os Professores Principiantes em seus Processos de Inserção Profissional – 46 trabalhos.

Dentre os termos pesquisados, “professores iniciantes” e “início da carreira” reúnem o maior número de trabalhos e a leitura dos resumos permitiu constatar que as abordagens das pesquisas se aproximam e, por este motivo, estão reunidas na análise que segue.

São pesquisas com professores iniciantes que atuam na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, tanto nas séries iniciais como nas séries finais e Ensino Médio; as áreas de atuação são Biologia, Educação Física, Física, Geografia, Matemática, Pedagogia e Química. O que se evidencia na maioria das pesquisas são as dificuldades enfrentadas pelos professores iniciantes e essas são de natureza institucional, pedagógica e pessoal. Evidenciam-se também as descobertas pessoais.

As dificuldades de natureza institucional referem-se à estrutura física das escolas, a falta de material didático adequado, ao número de alunos por classe e melhoria nos canais de comunicação; as de natureza pedagógica mencionadas nas pesquisas são a falta de acompanhamento para uma ação docente mais segura, dificuldade diante da indisciplina dos alunos e trato com os pais, dificuldade em desenvolver adequadamente os conteúdos do ensino, dificuldade na elaboração de diagnósticos de aprendizagem bem como dos relatórios descritivos sobre o desempenho dos alunos, falta de trabalho em equipe; as dificuldades de

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natureza pessoal referem-se a sentimentos diversos como isolamento, desamparo, medo, ansiedade, angústia, insegurança, inexperiência, desejo de ser aceito pelos pares e comprometimento de suas crenças e de seus saberes em detrimento da aceitação de práticas já presentes na cultura da escola. Quanto às descobertas pessoais, apesar de se manifestarem com menor intensidade nas pesquisas, são demonstradas pela capacidade de (re)formulação de saberes, pela mobilização de conhecimentos teóricos aplicados a prática e aprendizagens que provocam melhoria na atuação docente como, por exemplo, o uso adequado do livro didático e a utilização de novas tecnologias no ensino.

Aspectos que colaboram para que o professor iniciante tenha um início de carreira mais tranquilo também são destacados: ambiente institucional acolhedor, estratégias de integração para a aprendizagem da profissão, participação efetiva nas decisões escolares, confiança dos pares, espaços coletivos de trabalho; compartilhamento de experiências, acompanhamento da equipe gestora e cursos de formação continuada.

O termo de busca “inserção à docência” foi uma forte temática do Congresso e mostrou pesquisas que tratam, principalmente, de programas de inserção profissional de professores iniciantes com enfoque em políticas públicas, programas institucionais de inserção e questões práticas vivenciadas pelos iniciantes nesse processo. Junto a essa temática aparecem muitas pesquisas sobre o Pibid – Programa Institucional de Iniciação a Docência, cujos resultados têm demonstrado que a efetiva aproximação universidade e escola, promovida pelo programa, traz grandes contribuições a formação inicial dos professores e a formação continuada dos docentes, tanto da universidade, como das escolas que participam do programa.

Uma abordagem recorrente nas pesquisas que tratam da inserção profissional é o tipo de vínculo a que são submetidos os professores iniciantes. As pesquisas revelam que uma grande dificuldade dos iniciantes é não terem um local de trabalho definido assumindo aulas em várias escolas, com vínculo trabalhista apenas temporário, sem tempo adequado para preparação das aulas e, comumente, em contextos problemáticos. Todos estes fatores, segundo as pesquisas, contribuem ainda mais para a precarização da carreira docente, pois nem sempre os professores, nessas condições, têm acompanhamento e avaliação adequados de seu trabalho, aspecto que pode interferir negativamente no seu desenvolvimento profissional, como informaram as pesquisas.

As questões relacionadas ao desenvolvimento da docência, às contribuições da instituição formadora para as práticas docentes e experiências de inserção que se traduzem

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como positivos aos professores são também aspectos abordados nas pesquisas que tratam da inserção profissional. As dificuldades evidenciadas pelos iniciantes reiteram o que outras pesquisas já apontaram: solidão, insegurança, falta de apoio e um acúmulo de tarefas para as quais os docentes não se sentem confiantes para resolver, pois o curso de formação não lhes proporcionou vivências práticas suficientes. Há destaque para os conteúdos aprendidos na formação como aspecto contributivo da instituição formadora.

Em meio aos problemas enfrentados e as fragilidades, as pesquisas revelam que os iniciantes vivenciam também experiências positivas e vão extraindo delas novos elementos para compor a sua condição de professores e os aspectos enfatizados são: a satisfação por se encontrarem no exercício da docência concretizando a formação profissional, a alegria pelo contato com os alunos, o esforço e o talento pessoal de tentar resolver situações problemas do cotidiano. Estes resultados são apontados como propícios ao desenvolvimento profissional dos professores iniciantes, o que pode assegurar sua permanência na carreira.

Também os informes de experiências são trabalhos representativos neste evento. De um total de 57 trabalhos apresentados, 12 são referentes a pesquisas estrangeiras, sendo, portanto, 45 trabalhos brasileiros; destes, 7 tratam de experiências desenvolvidas com e pelos professores iniciantes, sendo 6 com professores da Educação Básica e 1 com professores da Educação Superior; 10 trabalhos referem-se a experiências do Pibid e 28 abordam experiências na formação inicial, formação continuada, estágio supervisionado, práticas educativas nas escolas, desenvolvimentos de projetos de ensino; experiências com alunos com deficiência, jogos didáticos; possibilidades didáticas com novas tecnologias; cultura digital, experiências em Artes, Música, Matemática.

É bastante significativa a produção acerca dos professores iniciantes e inserção profissional apresentada nesse evento, pois revela a preocupação com os primeiros anos da carreira dos professores e pode ser um dos caminhos possíveis para consolidar pesquisas e ações em favor dos professores iniciantes.

Considerações finais

Nesse levantamento das pesquisas brasileiras que tratam sobre os professores iniciantes, o objetivo principal foi examinar as tendências manifestadas nessas pesquisas a fim de conhecer o que tem sido pesquisado e quais as principais abordagens das investigações. Assinala-se que os resultados das pesquisas mais recentes se repetem, se comparados aos levantamentos de Mariano (2006), Papi e Martins (2010), Corrêa e Portella (2012), Costa,

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Voltarelli e Cunha (2012), Boczkoski e Papi (2013), pois voltam-se, principalmente, para as tensões e dilemas do início da carreira, o choque de realidade, as dificuldades que os iniciantes enfrentam, os processos de inserção à docência, a constituição da prática, a socialização e desenvolvimento profissional. No entanto, é preciso ressaltar que, mesmo que as discussões ainda estejam voltadas para essas temáticas, há um número maior de pesquisadores mobilizados em torno do início da carreira dos professores, o que, de certa forma, reforça a necessidade e importância de investigações acerca da fase inicial da docência.

A centralidade do professor foi confirmada nas pesquisas, pois há evidente preocupação com a pessoa do professor, seu bem estar na profissão e seu desenvolvimento profissional. Entretanto, confirmando o resultado do levantamento de Boczkoski e Papi (2013), a maioria das pesquisas destaca a ausência de políticas e programas de inserção para os docentes iniciantes, o que reitera a forma indevida como as políticas públicas e as próprias instituições de ensino têm tratado o início da carreira, embora as pesquisas já tenham evidenciado sua importância. Este resultado confere a fraca percepção do poder público sobre a inserção profissional dos professores, corroborando com os achados da pesquisa de Gatti, Barreto e André (2011) que demonstraram a fragilidade com que essa temática é tratada no Brasil.

Acerca da inserção profissional, momento em que os professores adentram as escolas, observei que os estudos que a focalizam se voltam mais para os desafios, tensões e dificuldades dos docentes iniciantes, para a falta ou necessidade de apoio aos iniciantes, para as condições de trabalho e a socialização profissional, reiterando aspectos que já se mostraram evidentes nessa fase, sem focar diretamente na inserção como fase da carreira, que precisa ser avaliada na sua relação com a formação inicial, na avaliação de programas de inserção estruturados (quando estes existem), na instauração de comunidades de prática que ajudem os professores a se integrarem na profissão, configurando-se, assim, como evidentes lacunas nesse campo de pesquisa.

Um novo cenário parece despontar no campo da formação de professores quando autores como Nóvoa, (2009), Zeichner (2010), Marcelo Garcia (2009, 2010), entre outros, referem-se à necessidade de valorizar a prática nos cursos de formação, de aproximar os licenciandos do seu campo de atuação, de envolver os professores na formação de seus futuros colegas, entre outras proposições que, mesmo sendo ainda embrionárias em nossa

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realidade, já têm movimentado o campo da formação inicial, podendo abranger o início da carreira dos professores.

REFERÊNCIAS

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