1 S P R O F E S S O R A S D E 4
ilS É R IE D O
1
0
G R A U D E D IF E R E N T E S
C A M A D A S S O C IA IS
s u a s r e p r e s e n t a ç õ e s a c e r c a d a r e la ç ã o p r o f e s s o r - a lu n o
*
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Maria Deusa de Medeiros**
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
R E SU M O
E s te tr a b a lh o é u m a in ve s tig a ç ã o in ic ia d a e m 1992 ju n to à s p r o fe s s o r a s d a
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
4 's é r ie d o 10g r a u d a s e s c o la s . ú b lic a s e p r iva d a s d a c id a d e d e J o ã o P e s s o a , e s ta d o d a P a r a /b a . T r a ta ~ s e d e u m a in ve s tig a ç ã o e m p in e s e e n vo lve vá r io s a s p e c to s d o c o tid ia n o e s c o la r p a r tin d o d a r e p r e s e n ta ç ã o d o p r o fe s s o r O p to u - s e p o r u m a in ve s ti-~ a ç ã o q u a lita tiva q u e p e r m ite s p r o tu n d e r a s q u e s tõ e s p r o p o s ta s a p a r tir d o s d e p o im e n to s d a s p r o te s s o r e s . P a r a a c o le te d o s d e p o im e n to s , u a lizo u - s e u m q u e s tio n á r io c o n s titu id o u n ic a m e n te d e q u e s tõ e s a b e r ta s . F o r a m c o n ta c ta d a s _'00 ( c e m ) p r o fe s s o r a s , s e n d o c in q ü e n ta p r o ve n ie n te s d a s e s c o la s e s ta d u a is e c in q ü e n ta o r iu n d a s d a s e s c o la s a r tic u la r e s . P a r a a le itu r a d o s d e p o im e n to s d a s p r o fe s s o r a s , u tilizs r e r n - s e o s p r o c e d im e n to s d a An á lis e d e C o n -te ú d o ( B e r d in , 1919), o n d e le ve n te r e m - s e c a te g o r ia s d e c la s s ific a ç ã o p a r a d o is te m a s : a s r e p r e s e n ta ç õ e s d o
p r o fe s s o r s o b r e a s u a a tivid a d e p e d a g ó g ic a ( te m a I ) , e a s r e p r e s e n ta ç õ e s d o p r o fe s s o r c o m r e la ç ã o à s u a p r o fis s ã o ( te m a 11).N o te m a ! to r e m tr a b a lh a d a s a s r e p r e s e n ta ç õ e s q u e a s p r o fe s s o r a s r a ze m d a r e la ç ã o p r o te s
-s o r - -s lu n o , d o s e u c o tid ia n o e s c o la r ed o p r o c e s s o e n s in o a p r e n d iza g e m . A a n á lis e d o te m a I I r u n d a m e n to u ~ s e n a d é ia d e q u e a s o p in iõ e s , a titu d e s er e p r e s e n ta ç õ e s q u e a s p r o te s s o r e s p o s s u e m d e s u a p r o fis s ã o , in flu e n c ia m n a s
r e le ç o e s p e d a g ó g ic a s e m s a la d e a u la .
P a la vr a s c h a ve : R e p r e s e n ta ç ã o d o professor; c o tid ia n o e s c o la r ; p r o c e s s o e n s in o - e p r e n d izs g e m .
T E A C IIE R S O F T IIE F O U R T II G R A D E O F D 1 F F E R E N T S O C IA L C L A S S E S :
t h e ir r e p r e s e n t a t io n s o n t h e t e a c h e r - p u p ils r e la t io n
AB ST R AC T
T h is w o r k is a n in ve s tig a tio n th a t b e g a n in 1992 w ith th e te a c h e r s o f th e " 4 's é r ie d o 10
g r a u " in p u b lic M 1 dp r iva te s c h o o ls in J o ã o P e s s o a - Fsrsib« ( B r a zil) .Itis a n e m p ir ic a l in ve s tig a tio n a n d m a n y a s p e c ts o i th e d a l/y
fi?in s c h o o ls a r e in vo lve d ta kin g in to a c c o u n t th e te e c h e r ' s r e p r e s e n ta tio n . A q u a lita tive in ve s tig a lÍ o n w a s u s e d e c e u s e it m a ke s tb e p r o p o s e d q u e s tio n s d e e p e r ta kin g in to a c c o u n t th e te a c h e r s s ta te m e n ts . An o p e n q u e s tio n n a ir e a s u s e d to c o le c t th e s ta te m e n ts . A h u n d r e d (100) te a c h e r s w e r e c o n ta c te d : fifiy (50) fi- o m p u b lic s c h o o ls a n d - fjy (50) fi- o m p r iva te s c h o o ls . T h e C o n te n t An a /is ys p r o c e d u r e s ( B e r d in . 1919) w e r e u s e d to s e e th e te e c h e r ' s te te m e n ts a n d w e tr ie d to id e n tity c la s s ific a tio n c a te g o r ie s fo r tw o th e m e s : th e r e p r e s e n ta tio n o f th e te a c h e r in r e le tio n to th e p r o fe s s io n ( T h e m e
2).
I n th e fir s t th e tn e . th e r e p r e s e n ta tio n tb e t te a c h e r s h a ve a b o u t tb e r e le tio n te e c h e r - s tu d e n t. tb e d a i/y life in s c h o o ls , a n d th e a b o u t te e c h in g - le s r n in g p r o c e s s h a ve b e e n w o r ke d T h e a n a lis ysth e s e c o n d th e m e w a s tu n d s m e n te d in th e id e a th a t th e o p ir u o n . a titu d e s a n d tb e r e p r e s e n ta tio n th e t te s c h e r s a ve in r e la tio n to th e ir p r o fe s s io n in flu e n c e s th e p e d a g o g ic r e la tio n s in th e c la s s r o o m .
K e y w o r d s : T e e c h e r ' s r e p r e s e n te tio n , s c h o o l d a y/y h fe , te e c h in g - le e r n ig p r o c e s s
Texto decorrente da pesquisa: "A relação professor-aluno, a partir da representação do professor". Apresentado em sessões interauvas XXIV Congresso Interamericano de Psicologia realizado em Santiago (Chile), de 04 a 09 de julho de 1993: e no 23° Congresso ernacional de Psicologia Aplicada, realizado em Madrid, de 17 a 22 de julho de 1994
Doutora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora e Pesquisadora de Mestrado em Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal da Paraíba.
ReVisto de Pli(ologio. Fortaleza. Y.IS(l/2l Y.16(lf2) p.49 - p.66 jon/dez 1997/98 Ano de Pubhrccõo 2000
I n t r o d u ç ã o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
No Brasil. vários estudos (e.g. Barrete. 1975;
Car-valho, 1983; DeI Prette, 1990; Mattiazzi, 1981; Mello,
1982; Pagotto, 1998; Rezende, 1975; Ribeiro e Bregunci,
1984) têm abordado esta temática, a partir de diferentes
perspectivas, porém, cada um desses estudos mostra que
os atores da sala de aula não só formam o ambiente no
qual eles estão envolvidos, mas também, produzem e
reconhecem os aspectos e problemas desse ambiente e
as atividades nas quais estão situados.
Em geral. a informação que o professor tem de
seus alunos provém e manifesta-se no processo
relacional estabelecido em sala de aula, de onde
de-corre que a adaptação dos alunos
à
situação escolar é, em parte, uma função de padrão de comportamentodo professor em sala de aula. Tornou-se, pois,
oportu-no tentar-se, nesta pesquisa, investigar os aspectos
-percepções, impressões e representações que se
incor-poram à "mente" do professor na sua relação com o
aluno, onde se procurou "desvendar", através de seus
depoimentos, o que pensam sobre essa relação e
so-bre o seu cotidiano escolar. Tais pontos levam a uma
reflexão sobre as ações do professor enquanto
articulador dos conteúdos escolares, na sua relação com
os alunos, interferindo nessa relação os elementos que
a ultrapassam e subjazem a ela.
Estas colocações levam ao conceito de
Repre-sentação Social. No presente estudo, o termo
repre-sentação social insere-se na área da Psicologia Social.
no campo aberto por Moscovici (1961), que trata as
representações sociais como fenômenos complexos que
se organizam como um saber acerca do real. que se
estrutura nas relações do homem com este mesmo real.
sendo, portanto, ao mesmo tempo, produzidas e
ad-quiridas nessas relações.
A concepção desse autor, acerca da
representa-ção social, não só evoluiu como deu origem a vários
enfoques e perspectivas de abordagem desse construto
(e.g. Kaes, 1970; Herzlich, 1969; Jodelet, 1970). O
que de comum possuem esses estudos é o fato de que
esses autores consideram a representação social como
um processo dinâmico, que se situa na articulação do
social e do psicológico, do consciente e do
inconscien-te, do manifesto e do latente, possibilitando
compre-ender a formação do pensamento social.
Através do conceito de representação social.
de-finida como a formação de um conjunto de idéias
ela-boradas com base na realidade social e da forma como
essa elaboração interpreta o real. procurou-se
apreen-der as representações sociais dos professores de
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
4 ' sé-rie do 10grau das Escolas Estaduais e Particulares da'
cidade de João Pessoa - Paraíba - Brasil.
O interesse pela escolha do 10
grau, como
obje-tivo deste estudo, justifica-se por reconhecer-se que é
nesse nível de ensino que se aglutinam os maiores
pro-blemas acerca do ensino do Brasil, seja a nível de
operacionalidade, seja a nível da baixa qualidade de
e n s in o .
Tendo em vista as considerações arroladas, os
objetivos dessa pesquisa podem ser colocados em dois
amplos termos:
I) Apreender as representações das professoras
de 4 ' série do 10
grau das escolas estaduais e
particula-res acerca da relação pedagógica desenvolvida com os
seus alunos, considerando que essa representação é
mediatizada pelo contexto social; 2) Apreender as
re-presentações das professoras de 4 ' série do 10
grau d a s escolas estaduais e particulares acerca do seu
cotidia-no escolar.
M é t o d o s E m p r e g a d o s
Para dar conta do fenômeno estudado, optou-se
por uma pesquisa qualitativa, que permite aprofundar
as questões propostas a partir dos depoimentos das
professoras, buscando-se apreender as suas
represen-tações, percepções, concepções e opiniões acerca do
problema investigado.
S u j e i t o d o e s t u d o
Os sujeitos do estudo foram professoras da 4 'série
do 10
grau, das Escolas Estaduais e Particulares (seis.
estaduais e quatro particulares) da Cidade de João
Pes-soa, capital da Farafba. Foram contactadas 100 (cem)
professoras, sendo cinqüenta provenientes das escolas
estaduais e cinqüenta das escolas particulares.
O critério para seleção das escolas estaduais
le-vou em consideração sua localização geográfica
(di-versificando entre esc Ias de periferia e do centro) I .
Para a seleção dessas es Ias. foi consultado o
mapeamemo, por z nas estaduais de João Pessoa. a
fim de se idenuficarern a uelas localizadas em
bair-ros cuja populaçã sse marcadamente de baixa
ren-da. As escolas lares serviram de contraponto
I Achou-se conveniente omitir os nomes das escolas onde foram coletadas asI ~
:::-es
ara a análise dos dados e foram recrutadas dentre
aquelas de médio prestígio. O estudo concentrou-se,
apenas, nas escolas que funcionavam nos turnos da
manhã e/ou da tarde.
A coleta de dados
Para a coleta dos depoimentos, utilizou-se um
uestionário constituído unicamente de questões
aber-as, estando o instrumento dividido em duas partes. A
rirneira parte é composta por questões que permitem
evantar atributos profissionais, a fim de caracterizar os
sujeitos nos aspectos relevantes ao estudo. A segunda
arte relaciona-se aos aspectos, percepções e atitudes
as professoras com relação ao ensino, à educação e à
rofissão exerci da (ANEXO I).
Em um primeiro encontro com as professoras,
oi-lhes explicado que se estava desenvolvendo um
rabalho sobre as professoras do I
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
°grau e a impor-tância de contar com a participação delas. Após oesclarecimento acerca dos objetivos da pesquisa, as
rofessoras foram convidadas a responder um
ques-io n á r ques-io aberto de 45 questões. O recebimento dos
uestionários respondidos foi feito nas escolas, nos
razos marcados pela pesquisadora e/ou sugeridos
elas próprias professoras. Para tal. as escolas foram
isitadas de três a quatro vezes e 10% das
professo-ras contactadas não devolveram o questionário
res-ondido.
Análise dos dados
Para a leitura das respostas das professoras,
uti-izararn-se os procedimentos da Análise de C o n t e ú
-do. Entre as técnicas de Análise de Conteúdo,
optou-se pela escolha das categorias de assuntos (temas) que
consiste em descobrir os "núcleos de sentido" que
compõem a comunicação e cuja freqüência de
apari-• âo relaciona-se ao objetivo analítico escolhido
Bardin, 1979).
No esquema de Análise de Conteúdo utilizado,
identificaram-se categorias de classificação para dois
temas amplos: TEMA I: As Representações do
Pro-fessor sobre a sua Atividade Pedagógica; TEMA lI:
As Representações do Professor com relação à sua
Profissão. Cada um desses temas é composto por itens
componentes ou categorias, construídas a partir do
material empírico, e sua classificação teve por fim
en-contrar para cada tema, a representação mais
coeren-te possível com o quadro teórico e com os objetivos do
rabalho.
Alguns dados sobre a caracterização
dos
sujeitos
A mostra ficou assim constituída: 45 professoras
da rede estadual e 45 professoras da rede particular.
Na rede estadual. mais da metade da amostra (71, 10%)
está compreendida na faixa etária de 32 a 49 anos. Na
rede particular. há maior concentração de professores
na faixa etária de 25 a 32 anos.
Quanto à formação acadêmica, nas escolas
esta-duais, há maior concentração de professoras com o
Curso Pedagógico (31, I 0%) e Licenciadas em
Peda-gogia (22,02%); há também uma parte significativa
(22,55%) de estudantes de diferentes cursos de gradu~.
ação. Um número reduzido (4,43%) com outros
cur-sos de graduação (Psicologia e História) e 19,90% das
professoras tinham apenas o I°grau.
As professoras das escolas particulares, em sua
grande maioria (66,60%). são estudantes de cursos de
graduação, apenas 11, I 0% desse grupo tem curso de
Licenciatura (em Pedagogia). O restante desse grupo
(22.30%) tem apenas o 2° grau. Outras informações
permitem caracterizar os sujeitos desta pesquisa,
consi-derando-se outras variáveis. Por exemplo, a totalidade
dos sujeitos nos dois grupos são do sexo feminino. No
grupo das professoras das escolas estaduais, a grande
parte (66,67%) é casada; 17.78% são solteiras e 15,57%
são "separadas". No grupo de professoras das escolas
particulares, a maioria é (71, 10%) é solteira; 22,23%
são casadas; 4,44% são desquitadas e 2,23% são viúvas.
Quanto às atividades profissionais dos pais, o
grupo de professoras da rede estadual provém
essen-cialmente de famílias de baixa renda, principalmente
de pequenos funcionários públicos e serviços
artesanais, assim distribuídas: 39,98% pequenos
fun-cionários públicos; 22,22% dedicam-se a serviços
artesanais; 15,55% ocupam-se de transporte; 6,66%
são trabalhadores agrícolas e 15,5 5% não declararam
a profissão do pai .
Os pais das professoras das escolas da rede
par-ticular são profissionais liberais (15,55%); pequenos
proprietários (17,78%); funcionários públicos (31, 10%);
técnicos (15,56%). vendedores ( 11,12%) e 8,89% não
declararam a profissão do pai.
Resultados
Obtidos
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T E M A
I: As representações
do professor
sobre a sua atividade pedagógica
Neste tema, trabalharam-se as representações que
as professoras dos dois grupos de escolas pesquisadas
- escolas estaduais e particulares - fazem da relação
professor-aluno através dos contatos diários em sala
de aula, do seu cotidiano escolar, do processo
ensi-no-aprendizagem e do quadro institucional.
Sistema-tizaram-se as informações obtidas acerca desses
aspec-tos, de modo a agrupar os indicadores encontrados nas
descrições das professoras de ambos os grupos nas
se-guintes categorias: Categoria
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I :Atitudes Gerais doPro-QUADRO I
fessor em Sala de Aula; Categoria
11:
As Dimensõesdo Processo Ensino-Aprendizagem; Categoria
11I:
ARelevância do Quadro lnstitucional.
Na medida do possível, apresentam-se e
comen-tam-se as subcategorias e os indicadores dessas
cate-gorias, simultaneamente, em ambos os grupos. O
QUADRO 1 ilustra as categorias e subcategorias mais
freqüentes em ambos os grupos.
Composição
das Categorias,
Subcategorias
do Tema:
As Representações
do Professor sobre sua Atividade Pedagógica
CATEGORIAS SUBCATEGORIASE N° DE INDICADORES ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
1- Atitudes gerais do
professor em sala de aula A relação professor aluno
a) o professor ser agente decisório
X X
e executivo do processo pedagógico (6)
b) obstáculos apontados
X X
ao bom relacionamento (7)
c) dependência (2) X
d) ênfase sobre comunicação
X e a individualidade (8)
e) repressão de comportamentos
X inadequados (2)
A FUNÇÃO DO PROFESSOR
a) aspectos importantes da função (5) X
b) procedimentos que provêm
X X
a aprendizagem do aluno (8)
c) autoperceção da ação pedagógica (7) X X
11)
As dimensões doProcesso ensino- A melhoria da qualidade de ensino
aprendizagem
a) ênfase sobre a motivação do professor (2) X X
b) melhores condições materiais e didáticas (2) X X
c) ênfase sobre as habilidades do professor (2) X X
d) mais autonomia na seleção
X dos conteúdos ministrados (2)
11I)
a relevância do Os condicionamentos sociais Quadro institucional ao trabalho docentea) condicionamentos sociais e educacionais (7) X X
Categoria 1: Atitudes
gerais do professor
em
sala de aula
Os depoimentos das professoras apontaram uma
nter-relaçâo de indicadores que caracterizam as suas
anvidades pedagógicas. Por isso, observa-se que suas
autudes. percepções e concepções relacionam-se em
diferentes aspectos, a saber: a relação
professor-alu-'1 , a função do professor, a ação pedagógica. Esta
c nstatação levou a elaborarem-se as subcategorias:
I) a relação professor-aluno; 2) a função do
profes-sor, que serão explicitadas em seguida.
A subcategoria:
A relação professor-aluno
A informação que o professor tem de seus alunos
manifesta-se no processo interacional que se
estabele-e estabele-entrestabele-e eles. As representações específicas dos dois
grupos de professoras, acerca da relação
professor-alu-no. foram abordadas através das questões de número
24 e 29 (ANEXO I).
Deste grupo, as questões de número 24 e 27
ndagam sobre comportamentos que os alunos
de-em ter de-em sala de aula e como "estimular" os
com-namentos mais aceitos em sala de aula. Neste
sen-~ , a grande parte (48,88%) das professoras das
Ias particulares sugerem procedimentos que
enfatizam. em geral, a comunicação e a
individua-Idade, como: "liberdade de se expressar", o
"inte-resse em aprender, questionar e participar",
"edu-car para a liberdade e a atenção", "ser como são".
uitas professoras (33,34%) consideram que é mais
salutar auxiliar ao aluno a adquirir capacidades
ge-rais que possam servir-lhes, adequadamente, em
di-erentes situações, demonstrando uma perspectiva de
de autonomia pessoal". Algumas professoras
17,7 8%) enfatizaram "as regras a serem
cumpri-das" e o "bom comportamento".
Em relação aos mesmos itens, as professoras da
rede estadual de ensino apresentaram respostas com
diferentes concepções. Aqui, elas se vêem como
"agen-e d"agen-e control"agen-e", decorrentes dos direitos e deveres que
professor desempenha em termos de fins
socialrnen-e acsocialrnen-eitos para a sua atividadsocialrnen-e pedagógica. Foram mui-
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
t O comuns as expressões como: "saber falar certo",
"fazer as tarefas de casa", "ficar bem comportado",
..saber dividir os horários".
Assim, os depoimentos do grupo de professoras
das escolas estaduais são construídos a partir do
pro-essor como agente decisório e executivo das suas
ati-vidades pedagógicas, em sala de aula, embora
encon-trem-se considerações quanto ao outro pólo da
rela-ção, o aluno, se bem que com menor incidência.
(11, I 1%), como é ilustrado a partir do depoimento de
um professora acerca do comportamento que o aluno
deve ter em sala de aula (Questão 24):
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
D is c ip lin a s e m c o a ç ã o . C o n q u is ta , c o n s c ie n tize -ç ã o d a im p o r tâ n c ia d e q u e e s te m o s tr a b a lh a n d o
ju n to s . Ac r e d ito q u e o d iá lo g o éa m e lh o r s o lu -ç ã o . (Professora, 32 anos, Licenciatura em
Psicologia) .
Com relação ao aspecto que analisa a questão
da repressão dos comportamentos inadequados
(Questão 26, as professoras das escolas particulares
os reduziram a uma pequena gama de atitudes e se
resumiram
"à
comunicação aos pais" ou "comuni-co-me com a direção". A preferência pelo diálogoobteve maior número de respostas. a totalidade das'
professoras (57,33%). Algumas professoras
assumi-am práticas mais diferentes: "às vezes acontecem
re-pressões mais fortes como os castigos". As formas de
castigo, citados, foram: "deixar sem recreio,
"refa-zer lições", "mudar de lugar".
Por outro lado, apesar de objetivos amplos, e,
pretendo abranger uma gama bem diversificada de
conceitos e comportamentos, evitando todo e qualquer
controle, verifica-se, também, alguma normatividade
nas respostas desse grupo, principalmente, quando
re-feriam-se às demandas da escola: n Aescola deseja ... " ou " É pensamento da direção ...rr
Com relação à questão que interessava
investi-gar sobre as condições para se ter um bom
relaciona-mento em sala de aula (Questão 28). as professoras
das escolas particulares consideram a sala de aula como.
um espaço primordial voltado para a tarefa, onde o
objetivo fundamental deve ser facilitar a consecução
dos objetivos do ensino.
Em sentido oposto, constatam-se nos
depoimen-tos das professoras das escolas estaduais. de modo
ge-ral. considerações centralizadas, quase que
predomi-nantemente, num dos pólos da interação que se
desenvolve, diariamente, em sala de aula. Essas
cen-tralizações podem ser constatadas em diversos
depoi-mentos semelhantes a esse:
E u te n to e n s in a r , m a s o d e s c a s o é g r a n d e , a p e
-s a r d a fa lta d e r e -s p e ito a o p r o fe s s o r ; p o is s e m
r e s p e ito n ã o h á p r o g r e s s o e m s a la d e a u la , n ã o
e xis te c lim a . (Professora, 32 anos, Pedagoga)
Em contrapartida, as professoras das escolas
par-ticulares responderam a questão sobre os obstáculos
a um bom comportamento em sala de aula (Questão
29), aspectos como : "a agressividade das
professo-ras e alunos", "não ter controle", "o entrosamento
entre pais e professores". Já as professoras das
es-colas estaduais apontam como obstáculos, com mais
freqüência: "as classes numerosas", "a escassez de
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q U A D R O 1 1
material didático" r "a insegurança e a imaturidade
do professor".
Há consenso nos grupos de professoras com
re-lação ao espaço de sala de aula como o momento de
interação importante da atividade pedagógica, qualquer
outra atividade depende de como o planejamento das
atividades pedagógicas (Questão 23), realiza-se em
função dessa interação.
Indicadores
mais freqüentes
da subcategoria:
A relação professor-alunoVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
C H A M A D A I N D I C A D O R E S
E S C O L A
E S T A D U A L P A R T I C U L A R
a) o professor como I ) exigir do aluno linguagem adequada
X
agente executivo do 2) cumprimento pelo aluno das tarefas de casa
X
processo pedagógico
3) exigir do aluno bom comportamento
X
X
4) saber dividir os horários
X
5) independência do professor para definir
X
os meios e os objetivos de ação6) regras a serem cumpridas
X
b) obstáculos apontados I) classes com grande número de alunos
X
ao bom relacionamento 2) escassez de material didático
X
3) falta de apoio da direção
X
4) a agressividade de professores e alunos
X
5) não ter controle
X
6) o não entrosamento entre pais e professores
X
7) a insegurança e a imaturidade do professor
X
c) dependência I) o professor ser orientador
X
2) o professor ser amigo
X
d) ênfase sobre a I ) liberdade do aluno para se expressar
X
comunicação 2) interesse do aluno em aprender, questionar
e a individualidade e participar
X
3) educar para a liberdade e a atenção
X
4) aceitar os alunos
X
5) autonomia pessoal
X
6) conquista
X
7) conscientização
X
8) diálogo
X
e) repressão de
1) comunicação aos pais e direção
X
comportamentos
inadequados 2) "castigos"
X
X
Semelhantes a outros estudos (e.g. Bohoslavsky,
_986; Carvalho, 1983; Mello, 1982). transparece,
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
t a r n-é r n ,nos depoimentos das professoras das escolas
es-. duaises-. um vínculo de dependência na relação
profes-s r - aluno. A interferência desta representação é feita
em várias descrições que ressaltam o papel do
profes-or como de orientador e uma continuação das
rela-ções familiares (Questão 28): "o contato com os
alu-nos no dia-a-dia é como se fizéssemos parte de uma
família", ou "sou amiga", "gosto de ser cativante" (O
UADRO 11apresenta os indicadores mais freqüentes
esta subcategoria).
ubcategoria: A função do professor
Os dois grupos de profissionais apresentaram
al-sumas concepções semelhantes com relação aos
indi-cadores dessa subcategoria. Por exemplo, com relação
a Questão 16, que investigou, especificamente, os
as-ectos importantes da função do professor, foram
co--nuns aos dois grupos depoimentos como: "contribuir
ara a educação dos jovens", "educar para a
cida-ania", "desenvolver as potencialidades do aluno",
"rentar melhorar a qualidade de ensino". Entretanto,
, gumas, em número bem reduzido (11,11 % ) de
pro-;:essoras das escolas particulares destacaram, também,
a Uafetividade" do aluno como aspecto importante na
. nção do professor.
Quanto à opinião das professoras sobre os
pro-::edimentos que promovem a aprendizagem (Questão
5), as professoras, na sua quase totalidade,
responde--aro prioritariamente: "trabalhar no concreto",
"reco-ecer a identidade do aluno", "tornar os alunos
ati-5", "ser claro nas explicações", "incentivar idéias
vas". Mas, apenas as professoras das escolas
parti-culares ressaltaram: "o desempenho do professor",
a motivação do professor" e a "curiosidade do
alu-., como pontos necessários à aprendizagem do
alu-Sobre a percepção da sua própria ação
pedagó-- ca (Ou estão 13), o grupo das professoras das escolas
estaduais foi bem mais além da função meramente de
ensinar. Para a maioria das professoras (59,99%) desse
- po, considerando-se: "as circunstâncias da
socie-de hoje", a "a situação da família no contexto
so-al", não é mais possível encarar a função do
profes-ser limitada ao âmbito apenas na sala de aula, "o
_ ofessor poderá comprometidamente ser um
agen-e dagen-e mudanças no sentido de entender que os
educandos não são iguais e têm anseies,
necessida-es e inquietaçõnecessida-es".
O grupo de professoras das escolas particulares
concentrou as suas respostas à referida questão, aos
aspectos pedagógicos e sociais, porém, de forma vaga,
44.44% das professoras enfatizaram "o
desenvolvimen-to emocional, social e intelectual do aluno"; outras
(22,22%) enfatizaram "a necessidade de sempre
aprender mais". Outras (17,77%) professoras
restrin-giram-se a fazer auto-avaliação das suas atividades,'
adjetivando-se como "ótimo", "razoável", e algumas
(15,55%) apresentaram um discurso pronto, como
mostra esse depoimento: "comprometida e
preocu-pada em fazer dela um ideal".
Respostas que apontam para uma auto-avaliação
também ocorreram no grupo das professoras das
es-colas estaduais, embora com menos freqüência: "vejo
com muito sucesso", "vejo como uma boa ação, mas
falta degraus para galgar". E outras, no mesmo
gru-po, denunciaram: "o esforço que despendiam para
enfrentar as dificuldades encontradas no cotidiano"
(O QUADRO 11I apresenta os indicadores mais
fre-qüentes desta subcategoria).
Categoria II: As dimensões
do processo
ensino-aprendizagem
No conjunto geral das respostas, levantou-se esta
categoria, pois foi muito sublinhada a idéia de que o
aspecto mais importante da função do professor é o
ensino e a aprendizagem. De um modo geral. nesta
categoria, a representação das professoras, em ambos
os grupos, fundamenta-se em um projeto pedagógico
- constituído por aspectos processuais - uso de
técni-cas educacionais e metodologias adequadas - em
ter-mos dos quais a aprendizagem se realiza, como
tam-bém de um projeto psico-sócio-pedagógico - que se
refere ao desempenho docente interrelacionada de
papéis complementares, como pode constatar-se pela
análise a seguir .
Subcategoria: A melhoria da qualidade de
ensmo
Dos depoimentos das professoras nos dois
gru-pos, com relação
à
melhoria da qualidade do ensino de 10grau (Questão 20). insere-se que estes têm uma
percepção bastante clara da questão: "o
desempe-nho intelectual" e a " r e c ic la g e r n do professor"
fo-ram os pontos de maior concentração de respostas.
Assim, a motivação pessoal do professor é também
uma das formas do professor aprender o processo
ensino-aprendizagem. Apesar de, no grupo das
pro-5 pro-5
fessoras das escolas estaduais, apenas I (uma)
pro-fessoras ter tido acesso a um Curso de Especialização
(em Alfabetização).
Outras respostas apareceram muito
freqüentemente nos dois grupos, como: " ... mais
sub-sídios em termos profissionais e materiais", e ênfase
em " ... uma reforma geral nos conteúdos, nos
objeti-vos, no material didático e, principalmente, na
edu-cação". Nas escolas estaduais, algumas professoras
enfatizaram que "as professoras deveriam ter mais
didática e trabalhar mais com os alunos".
Diferentes indicações foram feitas pelas
profes-soras das escolas particulares, como possibilidades
para melhor atender às necessidades dos alunos
(Ouestão 19), relacionando-se sempre ao melhor
apa-QUADRO
111
relhamento e suporte às aulas, como: "sugestões de
livros, recursos audiovisuais", "atividades extra-clas-.
se" e "mudanças no currículo escolar". Tais
aspec-tos deveriam produzir mudanças na direção dos
ob-jetivos propostos e essa produção de mudanças
comportamentais no aluno iria depender do padrão
de informações, de forma que essas possam ser
rela-cionadas com aspectos do professor, do aluno e do
contexto escolar.
As professoras das escolas estaduais ao
respon-derem à mesma questão, apontaram a força de
deter-minantes sociais sobre a escola e sua influência em
todo o trabalho pedagógico, tomados como insucesso
do desempenho do professor. Talvez, por ser suas
con-dições mais precárias, como pode constatar-se na
Ca-Indicadores
mais freqüentes
da subcategoria:
A função do professor
CHAMADA INDICADORES ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
a) aspectos importantes I) contribuir para a educação do jovem
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
X Xda função 2) educar para a cidadania X
3) desenvolver as potencialidades do aluno X
4) tentar melhorar a qualidade do ensino X
5) desenvolver a afetividade do aluno X
b)procedimentos que I) trabalhar no concreto X
promovem a 2) reconhecer a identidade do aluno X
aprendizagem do aluno
3) tornar os aluno ativos X
4) elareza na explicações X
5) incentivar idéias novas X
6) o desempenho do professor X
7) a motivação do professor
8) a curiosidade do aluno X
c) auto-percepção da I) ampliação do conceito de ensino X
ação pedagógica 2) compromisso com a mudança X
3) auto-avaliação das atividades pedagógicas
4) superar as dificuldades
5) ênfase sobre os aspectos pedagógicos e sociais
6) ênfase sobre o desenvolvimento social
e intelectual do aluno
7) a necessidade de sempre aprender mais
-e oria III sobre a Relevância do Quadro lnstitucional.
r isso, foi muito enfatizado que, dada a influência
cesses fatores,
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
d e ve r ia ser "acrescentado materialidático de acordo com cada matéria, para
estirnu-ar o interesse dos alunos", "procurar mostrar a
re-alidade dos fatos e não me basear em livros que vão
totalmente contra a realidade do aluno", "trabalhar
as matérias de acordo com a região, a área e o meio
social do aluno". Depoimentos que ressaltam a
edu-caçâo do professor foi também sugerido como
mu-::ança para atender às necessidades do aluno: " ...
ên-rase na reciclagem do professor e que esta fosse de
cordo com cada disciplina".
Quanto aos critérios que as professoras na sua
tal idade utilizam para a seleção de conteúdos
mi-isrrados (Questão 17), dependem de um alto grau
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A D R O I Vde controle institucional. pois os mesmos, segundo
os seus depoimentos, são selecionados
anteriormen-te: "já vêm selecionados ... ", Mas, podem refletir,
também, o referencial dos objetivos particulares do
professor: " ... porém, tento vivê-los de uma forma
necessária e dinâmica". (Os indicadores mais
fre-quentes desta subcategoria podem ser visualizados
no QUADRO IV).
Categoria
l U :A relevância do quadro
institucional
Sob esta categoria foram consideradas as
análi-:
ses das professoras ao apontarem a força dos
deterrni-nantes políticos, econômicos e sociais sobre a escola e
a sua influência nas suas atividades pedagógicas.
Indicadores
mais freqüentes da subcategoria: A melhoria da qualidade de ensino
I
C H A M A D A I N D I C A D O R E SE S C O L A
E S T A D U A L P A R T I C U L A R
alênfase sobre a I) desempenho intelectual X X
motivação do professor 2) reciclagem do professor X
b)melhores condições I) mais subsídios em termos profissionais
materiais e didáticos e materiais X X
2) reforma geral nos conteúdos,
X X
nos objetivos da educação.
c)ênfase sobre as I) mais didática X
habilidades do professor 2) trabalhar mais com os alunos X
)atendimento às I) mais apoio didático através de livr o s ,
X X
necessidades do aluno recursos audio-visuais
2) atividades extra-classe X
3) mudança no currículo X
4) melhoria no padrão de informações X
5) trabalho pedagógico comprometido d e vid o
~ aos fatores externos
6) as matérias d e ve r ia m atender
às necessidades dos alunos. X
e) mais autonomia na I) o conteúdo é escolhido por n íve is
X X
l
seleção dos conteúdos hierárquicos superiores
ministrados 2) tentativa de dinamizar os conteúdos indicados X X
5 7
Subcategoria: Condicionamentos
educacionais
e sociais
As professoras, na sua quase totalidade,
referiram-se a indicadores, como: "a própria instituição escolar
como limitadora da atividade docente na sala de aula",
"as insuficientes e precárias condições de
funciona-mento da escola", "escassez de material didático", falta
de integração dos órgãos governamentais", "falta de
integração escola-família", são algumas dificuldades
citadas pelas professoras e, segundo elas, constituem
condicionamentos políticos e educacionais ao
desenvol-vimento das suas atividades pedagógicas.
Alguns indicadores como: "a desarticulação
en-tre a Secretaria de Educação e a escola", "falta de
disciplina, de organização, de cumprimento de
ho-QUADRO V
rário, de distribuição de tarefas, de respeito ao ser
humano", "falta de bom funcionamento da escola",
"remuneração digna dos professores", foram pontos
registrados apenas pelas professoras das escolas
esta-duais (O QUADRO V apresenta os indicadores mais
frequentes desta subcategoria).
A partir da subcategoria: a relação professor-alu-·
no e desta com outras subcategorias levantadas,
ten-tou formar-se um amplo quadro de indicadores para o
esclarecimento de alguns dos muitos aspectos
envolvi-dos nas atividades pedagógicas dos sujeitos estudados.
No estudo destas subcategorias. detectou-se
indicado-res homogêneos e outros diversificados, revelando
con-textos e, consequentemente, concepções e
represen-tações diferenciadas acerca das atividades pedagógicas
dos sujeitos estudados.
Indicadores
mais freqüentes
da subcategoria:
Condicionamentos
educacionais
e sociais
CHAMADA INDICADORES ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
a)condicionamentos I )condições precárias do funcionamento
educacionais e sociais da escola
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
X X2) falta de material didático X X
3 ) questão do desinteresse político X X
4) falta de integração escola-família X X
5) desarticulação entre a Secretaria
X de Educação e as escolas
6) desorganização interna da escola X
7) baixos salários dos professores X
TEMA 11:Representações
do professor com
relação
àsua profissão
A análise desse tema fundamentou-se na idéia de
que as opiniões, atitudes e representações que o
pro-fessor possui de sua profissão e de si próprio, exercem
influências nas relações que se estabelecem na sala de
aula. Este tema é constituído pelas seguintes
categori-as: Categoria I: A escolha e o ingresso na profissão;
Categoria 11:O exercício da profissão; Categoria 11I:
A auto- representação do professor, cada uma destas
categorias agrupam algumas subcategorias (VEJA O
QUADRO VI).
Categoria I:
A escolha e o ingresso na profissãoonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Su b c a te g o r ia :
determinantes
da e colha profissional
Pelas análises das respostas às questões (33 e 34)
do grupo de professoras das escolas estaduais, fica
tante patente que essas professoras não escolheram em
sua grande maioria (44,44%) o magistério por uma
op-ção espontânea, mas foram premidas por suas
condi-~- es existenciais. As respostas seguintes ilustram essa
analogia: " ... tinha que conquistar um emprego ... pela
situação econômica"; "Primeiramente, porque fiz o
Curso Pedagógico ... depois, o conselho dos pais ... e a
necessidade de conseguir um emprego"; "No
princí-io foi um grande sonho. Hoje é necessidade para o
amanhã, tenho novos ideais". Uma professora
gradua-ca em Pedagogia apresentou as seguintes referências:
o
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
q u e m a is m e in flu e n c io u fo i n ã o te r o p o r tu -n id a d e d e te ze r u m c u r s o d ife r e n te ... m a s e ug o s ta r ia d e tr a b a lh a r n o s e to r c o m e r c ia l te r o
m e u p r ó p r io n e g ó c io p o r q u e tr a b a lh a r p a r a s i
te m m a is va n ta g e m .
ADRO VI
Como mostra esse depoimento, algumas profes-.
soras (11, II
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
% ) ingressaram por falta deoportunida-de oportunida-de fazer outro curso; outras, por conta do fator
econômico (19,98%); por ser o trabalho disponível
na época (13,33%) e "Por um acaso" (4,44%).
Ape-nas (6,69%) das professoras responderam ter
ingres-sado na profissão por " ... ter contato com as
crian-ças ... ", " ... gostar de ensinar", ou "para ajudar as
pessoas necessitadas".
O ingresso na profissão para as professoras das
escolas particulares, deu-se, segundo as respostas, por
"opção" ou por vocação (22,22%) " ... quando
come-cei a fazer o 2° grau, senti que essa era minha
profis-são ... ", " ... senti necessidade de ter uma ocupação,
voltei a estudar e optei pelo magistério". Os motivos
sociais e assistenciais foram muito ressaltados (19,9%):
" ... para ajudar a criança carente .. ", " .. a falta de
es-Composição
das categorias,
subcategorias
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
d otema:
epresentações
d oprofessor
com relação à sua profissão
SUBCATEGORIAS ESCOLA
CHAMADA
INDICADORES ESTADUAL PARTICULAR
escolha e o ingresso Determinantes da escolha profissional
na profissão a) fatores contingenciais (6) X X
b) aspectos "pedagógicos" e "assistenciais" (3) X
c) aspectos opcionais (9) X
d) relacionamentos sociais (2) X
e) motivos emocionais (1) X
A satisfação no trabalho exercido
a) polaridade dos depoimentos X X
O exercício da profissão Esquema de percepção
e melhoria do trabalho exercido
a) a desvalorização da profissão (4) X
b) deveres profissionais (4) X
c) exigências acadêmicas (I) X X
d) reivindicação por melhores
X X
condições de trabalho (4)
A auto-representação a) a nobilização da profissão (3) X X
do professor b) ambigüidade dos depoimentos (5) X X
5 9
cola ..", Outras (17,78%) ressaltaram: " ... a influência
dos familiares", " ... por lembranças das professoras do Curso Primário". Algumas (13,3%) tentaram mos-trar os mecanismos de seleção a que tinham sido sub-metidas, ressaltando o teste e a entrevista, querendo, talvez, estarem "preparadas" para o exercício da profis-são. Os relacionamentos pessoais também foram distin-guidos: "através de amigos", responderam (15,5%).
O fator econômico foi inAuenciador do ingresso na profissão, nesse grupo de professoras, porém, em número bem mais reduzido (11, II
%):
"Ingressei naeducação por necessidade financeira, pois eu ainda
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q U A D R O V I I
não tinha feito o C rso Pedagógico, mas eu gosto de minha função como educador".
Por serem as r ess ras das escolas particula-res, em grande pane. ainda estudantes de Cursos de Graduação, talvez possa deduzir-se que a profissão exercida atualmente, para esse grrupo, seja conscien-te e inconscienconscien-temenconscien-te "um Impulso" para outras
pro-fissões, ou uma forma de custear seus próprios estu-dos. Enquanto que, nas escolas estaduais, grande parte
das professoras já havia cursado a graduação (O QUADRO VII mostra a síntese dos indicadores desta subcategoria) .
Indicadores
mais freqüentes
da subcategoria:
Determinantes
da escolha profissional
INDICADORES
ESCOLA CHAMADA
ESTADUAL PARTICULAR
Fatores contingenciais I) necessidade de conquistar um empregoVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAX
2) situação econômica X X
3) não ter oportunidade de fazer outro curso X
4) pela disponibilidade do trabalho X
5) a conselho dos pais X
6) por acaso X
Aspectos "pedagógicos rr I) gostar de ensinar X
"assistenciais" 2) ajudar às pessoas necessitadas X
e
3) pelo contato com as crianças e adolescentes X X
Aspectos opcionais I) por vocação X
Relacionamentos sociais I) influência da família X
2) influência de amigos X
Motivos emocionais I) lembranças dos professores
do curso primário X
Subcategoria:
A satisfação no trabalho exercido
Cotejando-se as questões (33 e 34) que abor-dam o ingresso na profissão com as questões que especulam a respeito da satisfação no trabalho e na mudança de profissão (itens 37,38,40), cons-tata-se, nas respostas e depoimentos nos dois gru-pos de professoras, a superposição ou o
antagonis-mo de dois pólos ou facetas: um é o vivido e objetivado no seu cotidiano, como observa-se
nes-sa pasnes-sagem:
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
n • • a necessidade de trabalharmes-mo sabendo-se explorada .. ", Outro pólo ou faceta refere-se às mensagens que são aspiradas ou dese-jadas. Assim, as dificuldades encontradas no exer-cício da profissão ou em suas próprias vidas fazem-nas idealizarem e formularem novos projetos de vida, novas aspirações.
Esta dinâmica está presente em todas as
respos-em que as professoras idealizam novos objetivos,
as metas profissionais a serem alcançadas. Os
tre-- os seguintes demonstram esses aspectos: "Ter outro
po de trabalho, porém dentro da profissão .. ";
"Tra-a1har no comércio. Porque o comércio nunca foi
ma profissão esquecida". A maioria das professoras
cas escolas estaduais respondeu que a mudança de
pro-- ssão estaria conectada à realização de um outro
cur-de graduação. Os cursos mais citados foram:
Psico-gia, Enfermagem, Direito, Educação Artística,
iblioteconornia e Contabilidade, e as justificativas para
a escolha desses cursos foram de caráter humanístico.
gumas professoras dessas escolas declararam já estar
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q U A D R O V I I I
cursando outra graduação, sendo o Curso de
Psicolo-gia o mais procurado.
Crê-se que a ilustração da polaridade dos
depo-imentos das professoras é fundamental para a
compre-ensão da satisfação com o trabalho exercido (Ouestão
38), pois condiciona a dinâmica dual dos depoirnen-.
tos como também pode-se tornar como uma forma de
evitar o conflito pessoal com a formação adquirida e a
profissão exercida (O QUADRO VIII apresenta os
in-dicadores mais freqüentes desta subcaregoria)
Indicadores mais freqüentes da subcategoria:
A satisfação no trabalho exercido relativa ao pleno
exercício da profissão (Questões 36, 39 e 41).
Cha-ma a atenção, sobretudo na análise dos depoimentos
Categoria
1 1 : Oexercício
d aprofissãoonmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
u b c a te g o r Í a :
Esquemas
de percepção
e melhoria do trabalho
exercidoVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
:1
CHAMADA INDICADORES
ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
A polaridade nos I) a realidade do cotidiano X X
I
Depoimentos 2) a aspiração a novos projetos de vida X X
das professoras das escolas estaduais, as inúmeras
referências feitas à remuneração do professor. Ao
fazê-Ias, foi também mencionado o "descaso dos
overnantes em relação ao professor e às escolas".
Os depoimentos seguintes ilustram algumas respostas
nesta linha de argumentação: "O magistério não é
a1orizado à altura de sua importância e da
responsa-bilidade social". A resposta de uma professora, elucida
grande parte dos depoimentos:
É u m a p r o fis s ã o d e s va lo r iza d a e d e s a c r e d ita d a .
F a lta m m e lh o r e s s a lá r io s e c u r s o s d e r e c ic la g e m .
E u p r o c u r o u m a fo n te d e r e n d a m e lh o r
(Professora de uma escola estadual. 30 anos)
As referências aos baixos salários no grupo das
~rofessoras das escolas estaduais, freqüentemente
con-siderado como fonte de insatisfação pessoal, seguem-se
também as "obrigações profissionais"; "a presença
efe-riva, os horários de trabalho, os alunos que não se
esforçam" e mesmo "a comparação entre o trabalho
de regente de classe e os técnicos em educação".
As professoras das escolas particulares
aponta-ram "melhores salários"; "melhores condições
mate-riais de trabalho"; "tempo para reciclagern": "maior
entrosamento entre o corpo docente e
administrati-vo da escola e entre os professores e as famílias dos
alunos onde os pontos positivos e negativos fossem
discutidos", como os pontos mais destacados para
tor-nar o trabalho mais agradável.
Algumas professoras, em ambos os grupos,
iden-tificaram o magistério como uma função que exige m u i t a
versatilidade e atualização: "cada dia deve-se
confron-tar o que se sabe com o que a cultura exige das
pro-fessoras". (No QUADRO IX podem-se visualizar os
indicadores mais freqüentes desta subcategoria).
As representações que as professoras dos dois
grupos fazem de si. é formada nesse quadro global de
desvalorização da profissão, em que são ressaltadas as
difíceis condições de vida, a desvalorização
profissio-nal e colide com o problema da remuneração que as
levam a tentar ou a aspirar à mudança de profissão,
todos eles caracterizados nos indicadores agrupados
nas categorias e subcategorias precedentes.
6 1
Categoria lU: A auto-representação
do professor
QUADRO
IX
des e das aspirações das professoras, como ilustra o
depoimento seguinte:
Indicadores
mais freqüentes da subcategoria:
Esquemas
de percepção e melhoria no trabalho exercido
CHAMADA INDICADORES ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
A desvalorização I) baixos salários
X
da profissão 2) procura de novas fontes de renda
X
3) questão política
X
4) a necessidade de cursos de reciclagem
para os professores
X
Deveres profissionais I) presença efetiva
X
2) horários inadequados de trabalho
X
3) cotejo entre o trabalho docente
e de técnico em educação
X
Exigências acadêmicas I) a constante atualização do professor
X
X
Reivindicação por I) melhores salários
X
melhores condições 2) condições adequadas de trabalho
X
de trabalho 3) maior entrosamento entre o corpo docente
X
e o administrativo4) maior entrosamento entre os professores
X
e a família dos alunos
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Su b c a te g o r ia :
Auto-valorização
do professor
Articulando-se os indicadores das categorias I) A
escolha e o ingresso na profissão, 11) Ao exercício da
profissão, as representações de si levam-nas a uma
auto-valorização de si, como profissionais, através de
res-postas que nobilizam: n a forca de vontade"; na
con-tribuição para a formação de cidadãos" r n a
competência e a vontade de trabalhar".
O
seguintedepoimento reflete a homogeneidade das respostas:
T e n h o fà r ç a d e vo n ta d e , s e i q u e e s to u c o n tr ib u
-in d o p a r a a fo r m a ç ã o d e u m c id a d ã o . Ap e s a r
d o tr a b a lh o n ã o c o r r e s p o n d e r à s m in h a s a s p ir a
-ç õ e s , p o is n ã o s o u r e c o n h e c id a . (Professora de
uma escola estadual, 2°. grau).
O
não reconhecimento alia-se a outras reivindi-cações necessárias à correspondência dasnecessida-... P r e c is o d e m a is a b e r tu r a , m a is te m p o , m a is
r e s p a ld o , m a is p r e p a r o c o m o in d ivíd u o d e te n
-to r d e a fe -to e q u e p r e c is a c o n h e c e r - s e p a r a
fà~
ze r u m tr a b a lh o m a is e fe tivo e n q u a n to e d u c a
-d o r .(Professora de uma escola particular, com
curso de graduação).
É
nesse sistema de oposições que se constroem as representações das professoras com relação a si. Estesistema ambivalente repetiu-se em seus depoimentos
na totalidade das respostas (as Questões 41 a 45) em
ambos os grupos.
Semelhante à subcategoria: A satisfação no
tra-balho, talvez, possa dizer-se que as
auto-representa-ções desses professores, estruturarn-se de forma apa-:
rentemente ambivalente ou contraditória, mas, de fato
olvem uma profunda complementaridade - que é
sentido idealizador de um novo projeto de vida. De
- forma que, apreender as representações sociais do
- fessor e a significação para a relação
professor-alo-ADRO X
no, exige que se tenha em vista esse processo do real
e do abstrato (aspiração idealizada) na sua
complexi-dade e na sua ambigüicomplexi-dade. (O ~UADRO X ilustra a
síntese dos indicadores desta subcategoria).
dicadores mais freqüentes
da subcategoria: Autovalorização do professor
CHAMADA INDICADORES ESCOLA
ESTADUAL PARTICULAR
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.
nobilização I) força de vontade X Xda profissão 2) contribuição para a formação do cidadão X X
I
3) a competência e vontade de trabalhar X XI
ambigüidade
dos depoimentos I) não-reconhecimento social da profissão X
Considerações Finais
A análise destes temas permitiu captar os
preces-s preces-sociaipreces-s, educacionaipreces-s e pedagógicos que permeiam
atividades do professor no seu cotidiano escolar.
im, por exemplo, ao tratar das representações dos
rofessores sobre as suas atividades pedagógicas
-EMA I), foi possível observar que as representações
acerca da relação professor-aluno mostram-se
bastan-onsistente com as dificuldades escolares e a forma
ce lidar com elas.
Certamente, trata-se de mostrar como as
dinâ-rcas das representações em ambos os grupos estão
erligadas. Esta imbricação entre as dinâmicas nos
~ ISdiferentes grupos de professores mostrou-se
bas-tante patente neste estudo, quando analisou-se as suas
representações sobre o exercício da profissão
(Cate-- ria 11) e sobre o próprio professor (Categoria 11I),
:: TEMA 11.em um contexto de polaridade,
contra-:: çâo e autovalorização. Esta talvez possa ser uma
ndicaçâo de como o professor percebe-se
pessoal-ente responsável pelas condições que estão sob seu
:: ntrole. Tais resultados são importantes, porque as
representações elaboradas ou induzidas nas situações
ce mreraçâo representam um papel muitas vezes mais
. portantes do que os próprios comportamentos
bric, I 994).
As categorias levantadas neste estudo podem
tra-zer elementos tanto para o conhecimento das
repre-sentações do professor, no seu campo psicossocial,
como também para compreender a forma pela qual
elas intervêm nas suas atividades pedagógicas, mas
sabe-se que é preciso, em estudos posteriores, ir além
dos processos através dos quais diferentes
perspecti-vas e interesses interagem e conflituam. A apreensão'
e a análise das representações sociais acerca da
ativi-dade docente ou do trabalho do professor, pode
cons-tituir um caminho para a compreensão desse
proces-so. Tal como expostas, elas apenas delineiam
determinados caminhos que merecem ser retomados
para maior aprofundamento do tema.
Referências Bibliográficas
ABRIC, J . c .
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
P r a tiq u e s So c ia le s . Paris, PressUniversitaire de France, 1994.
BARDIN, L. An á lis e d e c o n te ú d o . (Tradução Luiz
Antero Reto e Augusto Pinheiro). Lisboa, Edições
70, 1979.
BARRETO, E.S.S. Professores de periferia: soluções
simples para problemas complexos. C a d e r n o s d e
P e s q u is a , São Paulo, n-o 14, set. 1975: 97-100.
BOHOSLAVSK'f. R. A Psicologia do vínculo
profes-sor-aluno: o professor como agente socializador.
ln PATTO, M.H. de S. (Org.). I n tr o d u ç ã o à P s i..
c o lo g ia E s c o la r , São Paulo, T.A. Oueiroz, 1986.
6 3
CARVALHO, C.M.C.
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
R e p r e s e n ta ç õ e s d e P r o fe s s o r e s d ar
Se r ie d o 1 ° G r a u d e E s c o la s d e P e r ife r ia .Tese de Doutorado.
Universidade de São Paulo,
São Paulo, 1983.
DEL
PRETTE, Z.A.P.
U m a An á lis e d a Aç ã o E d u c a tiva d o P r o fe s s o r a P a r tir d e s e u R e la to Ve r b a l e d aO b s e r va ç ã o e m Sa la d e Au la .
Tese de Doutorado,
USp, São Paulo, 1990.
HERLlCH,
C.
Sa n té e t M a la d ie . An a lys e d ' u n e R e p r e s e n ta tio n So c ia le .Paris, Mouton, 1969.
JODELET
D.
L a P s yc h o lo g ie Sa c ia /e . U n e D is c ip lin ee n M o u ve m e n t.
Paris, Mouton,
1970.
KAES, A. Comportements
et Representations
Culrurelles
chez les Ouvriers.
Perspectives
de
Recherche et Resultats. In Chombart de Lauwe,
PH.
I m a g e s d e I a C u ltu r e ,Paris, Payot. 1970.
6 4
Revisto de Psicologia, Forlolezo, V.150/l) V TMATTIAZZL M.
E xp e c ta tiva s d o P a p e l d o P r o fe s s o r Se g u n d o a P e r c e p ç ã o d o Ad o le s c e n te .Tese de
Dou-torado. USP, São Paulo, 1981.
MELLO, G.N. de.
M a g is té r io d e 1 ° G r a u . D a C o m -p e tê n c ia T é c n ic a a o C o m p r o m is s o P o lític o .São
Paulo, Cortez Editora, 1982.
MOSCOVICL
S.
L a P s yc h a n a /ys e s o n I m a g e e t s o n P u b lic .Paris, Universitaire de France. 1961.
PAGOTTO,
M.D.
F o r m a ç ã o e Atu a ç ã o : U m e s tu d os o b r e R e p r e s e n ta ç õ e s d e P r o fe s s o r e s .
Dissertação
de Mestrado.
Univ. Federal de São Carlos, São
Paulo, 1988.
RIBEIRO, L.c. et BREGUNCL M. das G. de C. Análise
da Interação em sala de Aula.
R e vis ta B r s s ile ir e d e E s tu d o s P e d a g ó g ic o s .Vol.65, no. 149, Jarv'Abr, 1984.
REZENDE, E. T
U m e s tu d o d a R e la ç ã o F r o te s s o r AluE X O I
Q U E S T I O N Á R I O
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Dados sobre a escola
I} Escola de
1.0
Grau Estadual---2 } Turnos que funcionam Manhã Tarde Noite
--- ---
--- . Atributos do professor
Particular
---3}
Sexo4)
Idade5)
Estado Civil _6) Profissão do Pai 7) Profissão da mãe
---) Profissão do marido---9) A senhora trabalha há quantos anos?
---10) Qual a sua escolaridade?
---11.
Atitudes gerais com relação ao ensino, a educação e a profissão exercida.11) No seu pensamento, a educação
é
necessária para quê? E por quê?12)
Para a senhora, o que significa o papel da escola na formação do aluno?13)
Como a senhora "vê" a sua ação pedagógica? ) Qual a sua postura como professor na sala de aula?5 ) a sua opinião, o que faz o aluno aprender?
16)
Ouais os aspectos mais importantes que a senhora citaria na sua função de professor em sala de aula?7) Ouais os critérios que a senhora utiliza para a seleção dos conteúdos ministrados?
8)A direção da escola interfere de forma sistemática no trabalho dos professores, ou o ensino processa-se por livre iniciativa do professor?
9 } Se lhe fosse dada a possibilidade de organização das matérias que a senhora leciona, quais as mudanças
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
q u ea senhora acrescentaria, afim de que elas atendessem melhor as necessidades do aluno?
_O) Considerando a sua experiência profissional, agora, o que a senhora consideraria necessário para a melhoria da qualidade do ensino de 1°. grau?
_1) Ouais as dificuldades que a senhora apontaria no desenvolvimento do seu trabalho?
_2) Ouais os aspectos positivos e negativos que a senhora observa nessa escola?
_3)A senhora idealiza, antecipadamente, as suas atividades em sala de aula ou vai ensinando quando o momen-to ou a situação exige?
Que comportamentos a senhora considera que os seus alunos devem ter em sala de aula?
_ 5 } Que comportamento a senhora mais desaprova em seus alunos?
- 6 ) A senhora toma alguma medida para "reprimir" os comportamentos inadequados?
_I Como a senhora estimula nos seus alunos os comportamentos que a senhora considera adequados? _ ) Ouais são as principais condições para se ter um bom relacionamento em sala de aula?
_9) Ouais são os obstáculos mais comuns a um bom relacionamento em sala de aula?
30)
Que análise a senhora faz da colaboração da família com o seu trabalho de professor?6 6
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
31) Que análise a senhora faz das condições objetivas de seu trabalho nesta escola?
32) Como a senhora vê a influência dos fatores externos (econômicos, sociais e culturais) sobre a escola? Por
quê?
33) Como a senhora ingressou no trabalho que exerce hoje?
34) Na sua opinião, quais os fatores mais importantes que influenciaram sobre a sua escolha profissional?
35) A senhora tem ou teve outro tipo de trabalho? Qual?
36) Como a senhora "vê" o trabalho de professor da I'. Fase do I0. Grau?
3 7) A senhora tem vontade de tentar outra profissão? Por quê?
38) Como a senhora se sente com relação à sua profissão?
39) Ouais os pontos que a senhora apontaria para que o seu trabalho se tornasse mais agradável?
40) Se lhe fosse possível mudar para outra profissão, ter outro trabalho. O que a senhora gostaria de fazer? Por
quê?
41) Do que a senhora gostaria que melhorasse em sua vida e em sua profissão?
42) Depois que a senhora começou a ensinar, já fez algum curso de reciclagem? Ouais? E onde?
43) Como a senhora considera que a sua profissão é valorizada pela sociedade?
44) O trabalho que a senhora desenvolve está correspondendo às suas principais necessidades? E às suas
aspirações?
45) "Fale" mais alguma coisa a respeito da função da sua profissão (como a qualidade do trabalho, a
importân-cia) na sociedade.