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Entre as melhores do Brasil Oficina de Divinópolis é maior da América Latina

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Academic year: 2021

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DIRETOR: PEDRO MAGALHÃES DE FARIA

D I V I N Ó P O L I S , S Á B A D O E D O M I N G O 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

WWW.JORNALAGORA.INFO ANO XLIV | R$ 2,50 | Nº 11.677

www.clinicamurad.com.br

Número de habitantes em Divinópolis chega a 230 mil

Só no último ano, foram 2.205 pessoas a mais

Entre 2014 e 2015, Divi- nópolis ganhou 2.205 no- vos habitantes, de acordo com a última estimativa divulgada pelo IBGE. A

população total do mu- nicípio soma 230.848 pes- soas, localizadas em 280 bairros e zona rural. Os números não são consoli-

dados, mas representam as projeções obtidas por meio de um cálculo de- mográfi co anual do insti- tuto. PÁG. 3

A concentração da rique- za nestes nossos tempos, por inverossímil que pos- sa parecer, guarda seme- lhança com a situação reinante na Inglaterra de Charles Dickens, ou a si- tuação da França de Vic- tor Hugo.

OPINIÃO CIDADE

POLÍCIA

CESAR VANUCCI | PÁG.3

PÁG. 6 PÁG.5

PÁG. 4

Homem cai de 10 metros e não resiste

Um homem de 32 anos morreu na manhã de on- tem, após cair de um an- daime, em Divinópolis.

Ele despencou de uma altura de aproximada- mente 10 metros de obra de uma igreja. O operá- rio usava equipamento de segurança, mas não suportou o peso.

A ferrovia em Divinó- polis está na relação das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

O dado está no levan- tamento realizado pela revista Você S/A. Na ci- dade, a ferrovia mantém a maior ofi cina da Amé- rica Latina em funciona- mento.

Entre as melhores do Brasil

Ofi cina de Divinópolis é maior da América Latina

Cofres municipais receberão R$ 13 mi

Projeção do Observatório de Informações Munici- pais revela que os cofres da Prefeitura de Divinó- polis receberão nos pró- ximos três meses R$ 13,1 milhões do Fundo de Par- ticipação do Município

(FPM). Segundo o Obser- vatório, municípios terão 6% a mais neste ano, em média, de acréscimo, na comparação com 2014.

Para janeiro, é previsto um aumento de 8,0% so- bre o valor de dezembro.

Integra elenco de filme

Cidade teve um aumento populacional considerável

Christyam de Lima

Christyam de Lima

Vítima estava trocando as telhas da igreja

Divulgação

PÁG. 1B Divinopolitana

Letícia Salgado atua no Rio

Arquivo Pessoal

Ferrovia é parte da história de Divinópolis, desde 1890

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D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 N O V E M B R O D E 2 0 1 5

O P I N I Ã O

2

Diretor Pedro Magalhães de Faria Reg 256/29-003

Sede - Av. 1º de Junho, 708, Centro Telefone: 37 3222-8221 (geral) Redação: 37 3301-8442 Diretora Editorial - Sonia Terra de Faria

LEGRAF EDITORA LTDA 09.190.825.0001-90

E-mail: agoradiv@gmail.com

O que diz o leitor

“Ostra feliz não faz pérola”

Quando um grão de areia aden- tra a carne da ostra, para aliviar- -se da dor, ela o envolve com uma substância lisa e brilhante, forman- do então a pérola. Assim, o título em aspas, do saudoso educador Ru- bem Alves, é relembrado aqui para falar de crianças capazes de gestos e falas surpreendentes.

“Eu acho que vocês conseguem se acertar”; “Estou tentando ser compreensiva, com os pés no chão”;

“Estou tentando fazer o que meu coração manda” são frases de uma garotinha de apenas seis anos, cujo vídeo tem bombado na internet.

Quase trinta e cinco mil comentá- rios, todos, até o ponto onde con- segui acompanhar (e foram mui- tos), extasiados com o discurso da pequena a respeito das brigas dos pais. “Que fofa!”, “Maravilhoso!”,

“Lucidez impressionante”; “Deus usou essa menina para falar ao mundo”, são os comentários que praticamente sintetizam os demais.

No entanto, o fato preocupante, para dizer o mínimo, é a ausência de comentários penalizados (o cer- to seria chocados) por que não, com a desfi guração do mundo lúdico da criança. E a convicção de tantas pessoas de que criança inteligente é a que fala ou age como adultos. É importante entender que a lógica das crianças é diferente da nossa.

Por não terem ainda a capacidade de abstração desenvolvida, para elas, os objetos se defi nem por aqui- lo que elas veem e sentem, sem um sentido duplo ou fi gurado.

“Fazer o que o coração manda”

é uma linguagem fi gurada conven- cionada pelos adultos. O mesmo se aplica à expressão com os pés no chão”ou a “vocês conseguem se acertar”. Não que seja impossível às crianças fazer tal abstração, o vídeo mostra que é. O problema é o cus- to emocional disso. Signifi ca que o modo infantil de pensar já migrou para a lógica adulta, rompendo a espontaneidade que permitia à criança captar sentimentos que nos- so coração já não reconhece e ima- gens que nossos olhos não sabem mais ver.

No dicionário do humor infantil, de Pedro Bloch, uma criança con- clui que “refl exo é quando a água do lago se veste de árvores”. À ex- ceção talvez de um bom humorista ou poeta (dos quais geralmente se diz que preservam a lógica infan- til), um adulto não chegaria tão fá- cil a uma defi nição tão ímpar. Nem um adulto e, provavelmente, nem a garotinha do vídeo famoso, cujo modo inocente e lúdico de interpre- tar o mundo a sua volta certamente já foi violado.

Lugar de criança é no brincar, longe das questões que caberiam adultos não somente julgar como manter longe do alcance dos pe- quenos. Vale para pais, para educa- dores, para apresentadores de TV e para a sedução do marketing que, cada vez mais, insiste que criança inteligente e feliz é aquela que dese- ja coisas e quer comprar como adul- tos. Ou que, aos sete anos, discute a relação amorosa como no comer- cial de celular. Atrair uma criança para fora de seu território lúdico é romper com a poesia da infância, materializando o que profetizou a psicóloga e autora Alice Miller:

“Enquanto não nos sensibilizar- mos pelo sofrimento das crianças, esse exercício de poder continuará despercebido, tomado como irrele- vante e totalmente trivializado, por tratar-se ‘apenas de crianças’. Em vinte anos, essas crianças se torna- rão adultos que farão seus fi lhos pa- gar a conta”.

Maria Helena Masquetti é psicóloga

Seca e o tempo

Tudo nesta vida é reso- lúvel, desde que não falte água. O desastre em Maria- na, que não pode ser chama- do de acidente, acendeu não somente a luz amarela, mas o farol da sensatez para o drama da humanidade.

O brasileiro acostumado a ver uma Amazônia rica, com rios caudalosos, e o seu principal manancial corren- do tranquilo até o mar, se es- quece que no nordeste a seca continua brava e avança para o Norte de Minas. Houve al- gum aproveitamento, prin- cipalmente na Bahia, onde as frutas e principalmente a uva, se serviram do vale do São Francisco, cujas águas vêem minguando faz tempo.

Há poucos meses, a nas- cente seca do “rio da inte- gração nacional” foi alarde- ada pelos quatro cantos. No

entanto, nada de consistente foi feito, nem lá e nem no res- tante do seu curso, para que as nascentes se tornassem córregos para alimentar o sofrido rio, cujas águas con- tinuam sendo a salvação do sofrido povo das margens.

Não era diferente até a semana passada com o rio Doce, que agora, barrento, deixa várias e importantes cidades como Governador Valadares profundamente afetadas, pois nunca houve uma previsão sobre o ris- co de um grave “acidente”, e por isto nenhuma barra- gem salvadora foi construí- da. De Mariana até a foz do rio Doce, no Espírito Santo, a água está imprestável, e ninguém sabe quando e se a normalidade voltará.

O alerta foi aceso também em Divinópolis, onde a atu-

al fonte de água da cidade, o rio Itapecerica poderá pas- sar pelo mesmo problema, já que existem exploradores no município de Itapecerica e, claro, o minério é lavado.

Nos anos setenta, o então prefeito Walchir Jesus de Re- sende construiu uma repre- sa com projeto do também ex-prefeito Luiz Fernandes.

Todavia, a obra não durou muito, pois, mal terminada, rompeu-se. Existe também o rio Pará, alternativa bem viável, mas que também é sugado por mineradoras, afeitas ao lucro fácil e negli- gentes quanto aos cuidados ambientais.

Não se quer neste espaço deixar a população alardea- da e, sim, atenta aos perigos que rodeiam a todos. Em Carmo do Cajuru e outras ci- dade da região já falta água,

como em Valadares e todas as cidades das margens do rio Doce, que coinciden- temente não são geridas pela Copasa. Convém que não somente os políticos, aí incluídos os vereadores e também o MP, comecem a pensar mais seriamente sobre o assunto. Pode faltar tudo, menos água. Ainda existe tempo para recupe- rar esta lamentável falta de previsão. Se um prefeito

“caseiro” dos anos 70, dos melhores que Divinópolis já teve, pensou no assunto, porque os atuais detentores do poder, cheios de cursos daqui e no exterior continu- am inertes?

Falta competência, com- partilhamento de responsa- bilidade, assessoria ou von- tade? O perigo é iminente e o tempo é o maior inimigo.

ANTÔNIO DE OLIVEIRA

INOCÊNCIO NÓBREGA URJEL MORAIS

Oriente e ocidente

7 de novembro

Crônicas de amanhã

Oriente e ocidente são ter- mos usados como localiza- ções geográfi cas. Oriente, onde nasce o sol, leste, le- vante; já o ocidente é o lado onde se dá o pôr do sol, ocaso, oeste, rimando em inglês: “sunrise / sunset”.

Amanhecer e escurecer são verbos incoativos, isto é, verbos que expri- mem começo de uma ação ou fenômeno que se pro- cessa gradativamente.

Com efeito, o amanhecer e o anoitecer se dão pas- sando pelo lusco-fusco, lentamente... O alvore- cer, pelo lusco-fusco da madrugada; o anoitecer,

pelo lusco-fusco do sol chegando ao poente, à hora do crepúsculo ves- pertino. Na acepção bí- blica, metaforicamente, a misericórdia de Deus vai do oriente ao ocidente, vale dizer, ela é infinita.

No plano existencial, oriente é ponto de lar- gada; o ocidente, que se alcança após longo caminhar, fim de linha no horizonte. São Paulo compara nossa vida a um estádio, e a nós como es- tando percorrendo-o, em busca de uma taça incor- ruptível. Oriente é o nos- so nascimento; ocidente, o

ocaso de nossa existência aqui na terra. Alfa e ômega, princípio e fi m; ou de A a Z.

Um dicionário existencial.

O nascimento de minha netinha, Elisa, neste ano de 2015, me fez pensar nessa analogia, ou, se pre- ferirem, comparação. Ela está, assim, no oriente de sua vida, e este avô, pela idade, naturalmente, ca- minhando para o poente pelo lusco-fusco do escu- recer. Mas muito, mui- to feliz. Feliz por poder acompanhar, seja seus primeiros passos físicos seja seu caminhar inicial na maratona da vida,

pensando em deixar-lhe um legado de fé, de espe- rança, de amor. Tudo na vida tem sua hora até que chegue o arremate, ”al di là delle stelle, al di là dei limiti del mondo, al di là della volta infinita...

al di là di questa vita”.

Elisa inicia agora sua ma- ratona. Nada tenho a lhe ensinar, porque caminhar se faz ao caminhar, andar ao andar. Ninguém vive por procuração. Desejo- -lhe uma vida plena, se não plena de realizações, plena de boas inten- ções e sentido de viver.

<antonioliveira@live.com>

Ideias da Revolução Fran- cesa, após motivarem os inconfi dentes de Vila Rica, chegaram à Bahia, empla- cando nos líderes de um movimento, nitidamente de caráter popular, que rei- vindicavam novos rumos na política local, a começar pela chefi a da Igreja. Envol- vendo 31 pessoas, com apoio da maçonaria, as quais se reuniam frequentemente e distribuíam panfl etos. Des- cobertos, instituída a de- vassa, por determinação de D. João VI os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Lu- cas Dantas; os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino foram condenados, subindo à forca a 7.11.1799. Outros, sofreram degredos e escra- vos receberam açoites. O jorn. Cipriano Barata, absol-

vido, declara que é um dia que jamais será esquecido.

O deputado promete que o sangue derramado desses heróis será vingado.

Nessa mesma data, 26 anos depois, o tipógrafo e publi- cista José de Miranda Fal- cão lançava, no Recife, o seu

“Diário de Pernambuco”.

De 4 páginas, duas colu- nas, sob formato de 24,5 x 19,0cm, a 10 réis o exemplar.

Trazia anúncios ligados à movimentação do porto, porém, dada ao ideário do fundador, um dos ativistas da Revolução de 1817, de 25 anos de idade, apenas, em razão disso havendo sido preso, passou a defender posições em favor dos des- tinos da província e da nova Nação. Retornaria às barras do Tribunal, por infringên-

cia à lei de imprensa. Fa- zendo as contas, hoje o DP completa 2.280 meses de circulação ininterrupta, sem nenhum favor o mais anti- go jornal em circulação da América Latina. Surgia, exa- tamente, quando nos EUA o presidente James Mon- roe proclamava a “América para os americanos”, a fi m de neutralizar a infl uência de Napoleão Bonaparte, que incentivava o processo de li- bertação dos países do nos- so Continente.

Outubro, 25 na Rússia, no- vembro, 7, no calendário ocidental, quando trabalha- dores, soldados e campo- neses, arregimentados por Trotsky, compondo a milí- cia Guarda Vermelha, re- solveram tomar de assalto o Palácio do Inverno, sede do

governo, dando um basta à aristocracia, chefi ada pelo czar Nicolau II. Os socialis- tas moderados cederam lu- gar ao Partido Bolchevique, de V. Lenin, resultando na criação da União Soviética, inspirada no modelo mar- xista.

São efemérides pouco lem- bradas, as quais extrapolam à história nacional. Sem pro- pósito de homenageá-las, meus pais católicos fervo- rosos, de saudosa memória, curvaram-se diante dessa obra da natureza, assim nas- cendo seu último rebento, quando o mundo começava arder em II Guerra. O autor destas linhas traz o nome de seu progenitor. Sinto-me li- sonjeado por isso.

<inocnf@gmail.com>

Qual é o nome do quinto Presidente do Brasil? Para responder à pergunta, nor- malmente se pensa um pouco, mas é quase certo que a fonte de informação seria o Google, mesmo que só para confirmar. A pes- quisa na internet substi- tuiu livros e enciclopédias com uma velocidade e na- turalidade preocupantes.

Quem controla a fonte das informações pode contro- lar o seu conteúdo?

Ao pesquisar no Google o quinto presidente, pro- vavelmente irá aparecer apenas Rodrigues Alves, uma vez que tal fato não é muito questionado. Mas ao procurar o motivo do con- flito entre israelenses e pa- lestinos irá encontrar uma variedade grande de infor-

mações. O poder de definir o que é verdade e o que é mentira por muito tempo esteve restrito aos editores, que escolhiam a fonte e a amplitude da informação que chegava no público.

Através deste controle, po- pulações foram induzidas e o poder político e econô- mico mudou de mãos. No entanto, com a chegada da internet, o número de fon- tes de informação aumen- tou de forma inimaginável.

Qualquer um pode escre- ver qualquer coisa e publi- car, gerando um ponto de vista.

Andreas Ekstrom, um jorna- lista de Oslo cita 2 momen- tos em que o viés alterou os resultados de busca. Em 2009, Michelle Obama foi alvo de uma campanha ra-

cista com uma foto editada para que ela parecesse uma macaca. E foram tantas pos- tagens, que a busca do Goo- gle começou encontrar a foto preconceituosa nos resulta- dos de busca. O Google en- tão escreveu um código que removia a tal foto dos resul- tados e busca, impedindo o ato racista. Outro momento foi quando um um terrorista norueguês, Anders Behring Breivik, explodiu prédios governamentais, assassinou um grupo de crianças e fi cou esperando fi car famoso na internet. Um grupo então re- solveu impedir isto, postan- do inúmeras fotos de fezes e associando com o nome do terrorista. Neste caso o Goo- gle não escreveu códigos ou modifi cou os resultados de busca. A diferença, nos dois

casos, é que Michelle Oba- ma é uma fi gura respeitável e o terrorista é uma pessoa desprezível. Existe uma pes- soa que irá realizar o julga- mento de bom e ruim, tan- to nos resultados de busca quanto nos valores pessoais individuais. É preciso que identifi quemos os vieses do Google e os nossos, para que não sejamos enganados.

É necessário que a popu- lação assuma o poder de avaliar criticamente as in- formações que recebe, para que não se torne uma mas- sa de manobra. Você sabe o que faz o Google privilegiar uma imagem, e o que faz você escolher uma imagem entre várias? Quais são os seus vieses, e quais os do Google?

<urjelm@gmail.com>

EDITORIAL

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D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

P O L Í T I C A

3

Cesar Vanucci*

Revelações atordoantes saídas do forno

“Entre Deus e o dinheiro, o segundo é sempre o primeiro”.

(Ditado catalão) Para um bocado de gente que se recusa, por conveniências diversifi cadas, absoluta aliena- ção ou simples comodismo, a encarar o sem- blante assustador da realidade socioeconômica mundial, com suas escandalosas estatísticas referentes àsdisparidades humanas em maté- ria de conforto e bem estar, aqui estão, saídas agorinha mesmo do forno, revelações atualiza- díssimas de como continuam sendo distribu- ídas as riquezas do planeta. Apenas 1% (um por cento) dos viventes deste mundo do bom Deus (repleto de enclaves ardilosamente mon- tados pelo tinhoso) detém a metade dos bens produzidos coletivamente. Os noventa e nove por cento restantes, todos eles juntos da silva júnior, são “estimulados” a se contentarem coma outra metade do bolo. Assim, no mundo;

assim, no Brasil.

Dessa outra metade, falando em termos glo- bais, 3,4 bilhões de criaturas possuem patrimô- nio médio estimado em 38 mil reais, em contras- te com o patrimônio médio pessoal calculado em 2.9 milhões de reais da minoritária parcela dos afortunados. Tais dados sãoextraídos de relatório elaborado pelo Banco de CreditSuisse.

O estudo também assinala que a crise de 2008, com epicentro na “bolha imobiliária estaduni- dense”, reconhecida como a maior maracutaia da história humana em todos os tempos, aca- bou servindo,“só pra variar”, para enriquecer os mais ricos e empobrecer os mais pobres.

A concentração da riqueza nestes nossos tempos, por inverossímil que possa parecer, guarda semelhança com a situação reinante na Inglaterra de Charles Dickens, ou a situação da França de Victor Hugo. É o que assegura em substanciosa análise, sob o título “No Mundo de Os Miseráveis”, o jornalista Antônio Luiz M.

C. Costa, do quadro de redatores da conceitu- ada revista “CartaCapital”. No ano de 2010 – lembra ele – saiu publicado o “1º Relatório da Riqueza Global” elaborado pelo CreditSuisse.

Constatação surpreendente emerge do relatório divulgado cinco anos depois, em 13 de outubro de 2015: os dados levantados são, comparativa- mente, bem piores. Textualmente: “a concen- tração de renda mundial alcançou níveis tão críticos quanto os do mundo industrializado antes da Primeira Guerra Mundial. Apesar do relativo otimismo de 2010, a metade mais po- bre dos 8.4 bilhões de adultos fi cou ainda mais depauperada. Agora possui menos de 1% da ri- queza planetária estimada em 250,1 trilhões de dólares, enquanto o décimo mais alto controla quase 90% (87,7%, para ser exato) e o centésimo no topo, exatos 50%.”

A estupefação gerada por todos esses fabu- losos númerossó faz crescer e de forma bem as- sustadora. A revista “Forbes”, mencionada na análise, informa que o número de multimilio- náriosno orbe terráqueo cresceu de 1011, com um total de 3.6 trilhões de dólares, para 1826, com um total de valores agregados da ordem de 7.05 trilhões de dólares. Em 2010, esse sele- to grupo possuía praticamente o mesmo que a metade mais pobre da humanidade. Cinco anos passadoseles aumentaram seus haveres para mais que o triplo.

De espanto em espantoacabamos chegando a uma outra revelação desnorteante, essa aí for- necida pelo Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz. Acompanhem, por favor, o raciocínio.

Num ônibus tipo “Move” dá pra colocar os ca- ras mais ricos do mundo, detentores de fortunas estimadas em 13.4 bilhões de dólares ou mais, dois brasileiros incluídos na lista. São apenas 85 (repita-se, oitenta e cinco). O poder de fogo fi - nanceiro desse grupo, assegura Stiglitz, iguala- -se à metade de baixo da pirâmide social. Ou seja, 3,7 bilhões de seres humanos, dos quais 2,4 bilhões de adultos, cujos patrimônios pessoais somados igualam os mesmos 2,1 trilhões de dó- lares dos felizardos ocupantes do veículo acima citado, valha-nos Deus, Nossa Senhora!

Diante do quadro socioeconômico que aí está, alvo de questionamentos constantes por parte das lideranças mais lúcidas da sociedade humana, caso – para fi car num único exemplo – do carismático Francisco, de Roma, não há como não deixar de reconhecer a embaraçosa exatidão do ditado popular catalão abaixo que expõe faceta perturbadora da conduta humana:

entre Deus e o dinheiro, o segundo é sempre o primeiro.

César Vanucci é jornalista.

<cantonius1@yahoo.com.br>

População de Divinópolis já passa de 230 mil pessoas

Comissão aprova audiências públicas para analisar contas do governo

Aumento foi de 2.205 habitantes com relação ao ano anterior; projeção é do mês passado

Proposta foi apresentada por deputado Jaiminho Martins

Simião Castro A população de Divi- nópolis cruzou a linha dos 230 mil habitantes, de acordo com a última estimativa populacional do IBGE. A conta de- mográfi ca do instituto calculou um aumento de 2.205 de 2014 para cá, somando um total de 230.848 moradores neste ano.As projeções foram divulgadas no último dia 28 e mostram cerca de 2 mil novos morado- res por ano desde 2010, exceto por um salto po- pulacional de quase 9 mil habitantes no meio deste período. Entre 2012 e 2013, os valores pularam de 217.404 para 226.345, respectivamen- te.Os dados consolida- dos ainda são do Censo de 2010, quando o IBGE efetivamente contou um a um os habitantes bra- sileiros. Essa medição é feita a cada dez anos e atualiza com dados concretos o conjunto de dados estatísticos do país. Naquele ano, Di- vinópolis tinha 213.016 habitantes. Atualmente,

a população está repar- tida em 280 bairros divi- didos em nove regiões, além da zona rural.

Minas

A projeção de cresci- mento populacional em Minas segue mais ou menos a mesma propor- ção, com aumento de 1.271.771 entre o Censo de 2010 e a estimativa deste ano. Em 2015, o IBGE calcula que o Esta- do tenha 20.869.101 ha- bitantes a mais.

Assim como em Divi- nópolis, Minas também apresentou aumento ex- pressivo de habitantes em 2013 com relação ao ano anterior. Em 2012 eram 19.855.332 pessoas, enquanto em 2013 hou- ve um salto de 738.024 moradores, chegando ao total de 20.593.356 habitantes.

Desde o ano passado, Minas Gerais teve um crescimento populacio- nal na ordem de 135.004 habitantes. Conforme o instituto, mais ou menos a cada quatro minutos e trinta segundos há um novo nascimento no Es- tado.

Gênero

Em 2013, o IBGE fez uma projeção do cresci- mento por gêneros, en- tre homens e mulheres.

No Estado, há, histori- camente, mais mulhe- res que homens, com 9.955.453 mulheres con- forme o Censo de 2010 e 9.641.877 no mesmo ano.

Pela estimativa do IBGE, a supremacia das mulheres permanece no Estado, com 10.375.827 homens e 10.493.274 mulheres. Divinópolis, tinha 109.188 mulheres e 103.828 homens em 2010. Os últimos dados divulgados pelo IBGE não trazem este compa- rativo.

Projeção etária comparativa de Minas Gerais com o Brasil

Foto: IBGE

A Comissão Mista de Orçamento, do Con- gresso Nacional, apro- vou na última terça- -feira, a realização de audiências públicas a partir de requerimen- tos do vice-presidente da Comissão, deputado federal Jaime Martins (PSD). As oitivas terão como tema a análise da prestação de contas da Presidente da República no exercício fi nanceiro de 2014, a proposta de corte no Programa Bol- sa Família no orçamento de 2016 feita pelo relator do orçamento de 2016, além da mudança da meta fi scal proposta no PLN 5/2015 do governo federal.

Para debater a análise das contas presidenciais de 2014, cujo parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) recomen- da a rejeição pelo Con- gresso Nacional, Jaime Martins sugere que se- jam convidados repre- sentantes do governo e da Advocacia Geral da União (AGU), além de representantes de seto- res da sociedade civil organizada e do Minis- tério Público.

Vale lembrar que em outubro deste ano o Congresso Nacional re-

cebeu o parecer prévio do TCU recomendando a rejeição das contas de 2014, apontando uma série de irregularidades como o pagamento de despesas do governo por bancos públicos. A partir daí, a Comissão terá que analisar estas contas e o parecer apro- vado na CMO será vota- do no plenário do Con- gresso Nacional.

O relator indicado pela CMO terá até 19 de dezembro para apresen- tar o relatório a ser ana- lisado no âmbito da co- missão. Representantes do governo federal tam- bém deverão ser chama- dos para aprofundar o debate sobre a propos- ta de mudança da meta fi scal no âmbito do PLN 5/2015. A proposta do governo é de um défi -

cit primário de mais de R$ 50 bilhões. Original- mente, a Lei de Diretri- zes Orçamentárias de 2015 previa um supe- rávit de R$ 66 bilhões, mas em julho o gover- no propôs uma redução com meta de superávit primário de R$ 8 Bilhões

“Praticamente zerando o orçamento”, de acordo com o parlamentar.

— Agora o governo vem com um défi cit or- çamentário, que a gente considera muito gran- de para a realidade em que estamos vivendo no país, e o relator, que tem esta incumbência de discutir com o governo, acabou fechando o nú- mero em R$ 55 bilhões negativos — afi rmou o parlamentar sobre a proposta que também está sendo analisada na

CMO.

Impacto

Com relação ao de- bate sobre o corte de R$

10 bilhões no Programa Bolsa Família proposto pelo relator do orçamen- to de 2016, deputado federal Ricardo Barros (PP), devem ser ouvidos também, de acordo com Martins, os representan- tes do governo federal para que os parlamen- tares entendam “o real impacto no programa caso o corte seja efetiva- do”.

— Este debate é uma oportunidade também para o relator expor suas ideias com mais clareza e permitir que o governo fale sobre o programa — afi rmou Jaiminho.

Jaime Martins é vice presidente da Comissão

Divulgação

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D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

G E R A L

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Quando

Tens o dom de ver estradas Onde eu vejo o fi m.

Me convences quando falas Não é bem assim.

Quando a solidão doeu em mim, quando meu passado não passou por mim,

quando eu não soube compreender a vida, tu vieste compreender por mim Que Deus me ama, que não estou só

Que Deus cuida de mim Quando fala pela tua voz...

Excertos de poema do padre Fábio de Melo.

Ainda repercute o vídeo circulante onde padre Fábio de Melo reage de maneira pouco ortodoxa à opinião de certa jornalista que criticara a Igreja por exigir o celibato

“sine qua non” de pretendente ao sacramento da Ordem, tornando-se padre.

Fábio de Melo nasceu bafejado pela sorte: bonito até demais, cantor, compositor, bom comunicador, poeta, e além de tudo isto, com forte atração para ser padre. Fábio de Melo não titubeou: colocou seus dons artísticos a ser- viço de sua vocação sacerdotal. Suas pregações, expressão corporal, seus paramentos, vêm atraindo cada vez mais fi éis e fervorosos seguidores.

Mas, o comedido padre considerou exacerbada a críti- ca da jornalista, mas também se exacerbou encostando no histerismo ao imitar mulheres “que se metem a criticar a Igreja no que não é da conta delas... Que procurem mari- do em outros lugares. Que só eles, os padres é que têm a ver com o celibato, e que eles não reclamam nem fazem passeata para acabar com o celibato obrigatório dos pa- dres, e...”

Considerei chocante a atitude do padre. Melhor seria, a meu ver, ignorar a provocação da desconhecida jornalista, mas, já que resolveu investir, que não fi casse na periferia do assunto. Em nenhum momento tentou um mergulho em águas profundas, vez que sendo padre, deve ser teólo- go e entender alguma coisa da lógica, da fé e da doutrina da Igreja Católica e... Ao invés disto, saiu num irado vôo rasante ameaçando até chegar ao campo pessoal da pro- fi ssional da notícia e da comunicação.

No entanto, correndo por fora, fi ca o raciocínio corren- te tentando explicar a exigência do celibato para clérigos:

- casamento = sexo = pecado;

- herança, por que perdê-la, in caso de eventuais con- sortes?

- dispersão das atenções e devoções divididas entre a vida temporal – familiar – e a espiritual religiosa (como se não tivéssemos bons exemplos de casais evangélicos e outras, a serviço do Evangelho).

Antes que a jornalista inclua o argumento de que a exi- gência de “não se casar assim obrigatoriamente é contra a natureza humana”, lembramos que, por outro lado, se li- berado tal item, que ninguém deva ser forçado a se casar, claro, fi cando tal decisão ao livre arbítrio de cada .

Mas por enquanto, vamos continuar a conviver com presbíteros solteirões, sem a rica experiência matrimonial e da paternidade, a dar conselhos a perdidos pais de fa- mília, família esta tão decantada hoje pela própria Igreja.

No mais, é lembrar ao vibrante padre Fábio de Melo que celibato obrigatório não é dogma, mas sim decisão conci- liar e que a Igreja é dinâmica, e vive o preceito do “adapte- -se ou morra”. Quem sabe está mesmo chegando a hora de adaptar-se resguardando essencialidades? São Paulo mesmo não ensinou que ‘é melhor casar que abrasar’?

E mais: Quem sabe a nobre colega da comunicação está é apaixonada pelo especial servo de Deus???

ROTÍCIAS

▪ Está completando quatro meses que a autora destas maltraçadas recorreu ofi cialmente ao Ministério Público Estadual sobre intervenção discutível no Plano Diretor de Divinópolis/2015.

▪ ‘Pra não dizer que não falei de fl ores”, convido o lei- tor a desligar o celular e assemelhados e olhar para o alto que vai ver um espetáculo de árvores fl oridas de rosa, li- lás e roxo. Parece que foi herança do zelo do prefeito Aris- tides Salgado e seu mano Afonso. Alvíssaras! (Quem sabe o nome daquela árvore?)

DIABETES

Universitários desenvolvem ações para a comunidade

Oficina de Divinópolis é maior da América Latina

Dia Mundial da doença é neste sábado;

ato de prevenção será realizada no Niterói

Ferrovia da cidade entre as melhores para se trabalhar do Brasil, diz revista

Ana Luisa Sousa Cerca de nove mi- lhões de brasileiros com mais de 18 anos já desco- briram que tem diabetes mellitus, segundo a Pes- quisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, mas esse número pode ser ainda maior. A Federação In- ternacional de diabetes (FID), afi rma que 46%

das pessoas com a doen- ça não sabem que a tem.

Esse conhecimento faz com que a diabetes seja considerada uma epide- mia silenciosa que ainda desafi a as estratégias da saúde coletiva.

O Dia Mundial do Diabetes é comemorado hoje, 14, e para marcar a data em Divinópolis, os alunos do curso de Fi- sioterapia da Universi- dade Estadual de Minas Gerais (Uemg) realizam várias ações na quadra da igreja do Santuário do Senhor Bom Jesus.

A ação, “Diabetes, mal do século” aconte- ce de 8h as 10h, na rua Esmeralda, 271, no bair- ro Niterói e faz parte de um trabalho desenvol- vido na disciplina Fisio- terapia e Promoção da Saúde.

O evento é aberto à comunidade e terá orientações à população sobre o diabetes, ativi- dades de dança e aferi- ção de pressão arterial, glicose sanguínea, além de distribuição de kits e

sorteio de brindes.

O estudante do 4º pe- ríodo de Fisioterapia da Uemg, Jerônimo Olivei- ra, disse que o objetivo do evento é a conscien- tizar as pessoas a preve- nir a diabetes.

— Escolhemos o Ni- terói para fazer este evento, porque realiza- mos um levantamento nos postos de saúde da cidade e constatamos que o bairro onde a do- ença mais atinge as pes- soas de Divinópolis — revelou.

Durante a ação, ha- verá nutricionistas, téc- nicos de enfermagem, educadores físicos e massoterapeutas. Todos estes profi ssionais vão orientar e informar so- bre as maneiras de pre- venção.

— Apesar de todo co- nhecimento é muito im- portante fazer a preven- ção porque se não for tratada a tempo, o dia- betes pode levar a perda de membros, além de diversos fatores como problemas do coração e até a cegueira — pon- tuou.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Se- musa), em junho deste ano, Divinópolis conta- bilizava cerca de nove mil pessoas com a doen- ça.

Dia Mundial

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em

1991 pela Federação In- ternacional do Diabetes (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a referência Téc- nica em Doenças Crôni- cas da Secretária esta- dual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Maria Rita Pereira da Silva Lima, a celebração deste dia tem como fi nalidade chamar a atenção das entidades ofi ciais, dos profi ssionais de saúde, da comunicação social e da comunidade em ge- ral.Resultado do dese- quilíbrio dos níveis de glicose no sangue, a do- ença, tida como crônica, ocorre de três maneiras no organismo. Segundo informações da SES, o diabetes tipo I é carac- terizado pela produção insufi ciente de insulina.

Ele ocorre, geralmente, de forma mais abrupta e acomete com mais fre- quência crianças e ado- lescentes.

Já o diabetes tipo II, ocorre quando o pâncre- as produz insulina sufi - ciente, mas o organismo apresenta resistência à sua ação. Ele ocor- re de forma mais lenta e apresenta sintomas mais brandos. Acome- te geralmente adultos com histórico de exces- so de peso.

— Este tipo de diabe- tes é o mais frequente e corresponde a apro- ximadamente 90% dos

casos — afi rma Maria Rita.

Há ainda o diabetes gestacional. Detecta- do durante a gravidez, apresenta um aumento de glicose no sangue menos severo que o dia- betes tipo I e II.

— Geralmente, esta hiperglicemia se resol- ve no período pós-par- to e pode retornar anos depois. Sua detecção deve ser feita na pri- meira consulta de pré- -natal — declarou.

Sintomas

Os principais sin- tomas do diabetes de acordo com a SES são caracterizados pela vontade frequente de urinar, perda de peso inexplicável, visão tur- va, sede e fome em ex- cesso. Caso não seja controlado e diagnos- ticado, pode provocar complicações em di- versos órgãos, espe- cialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos.

Deste modo, seu diagnóstico precoce é fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida.

— Realizar ativida- des físicas por, ao me- nos, 30 minutos, cin- co vezes na semana e controlar a alimentação também são hábitos que auxiliam na prevenção e controle da doença — concluiu a referência.

A VL! revela que a ferrovia em Divinó- polis está na relação das melhores empre- sas para se trabalhar no Brasil. O dado está no levantamento reali- zado pela revista Você S/A. Na cidade, a fer- rovia mantém a maior ofi cina da América La- tina funcionando em Divinópolis.

Ontem, o prefei- to Vladimir Azevedo (PSDB), comemorou uma importante con- quista:

— Nossa cidade acaba de fi gurar na 35ª posição na pesquisa da

Revista IstoÉ – Edição Especial As Melhores Cidades do Brasil. Ago- ra, esta conquista da VL!, que é também uma conquista de Divinópo- lis, afi nal, a VL! é uma das mais importantes empresas de nossa ci- dade e o DNA ferroviá- rio faz parte da história de nossa população — destacou o prefeito.

O diretor de Ope- rações Ferroviárias da VL!, Rodrigo Ruggiero, destacou que a cidade e a VL! têm história jun- tas.— A nossa ofi cina em Divinópolis assim

como toda a cidade tem grande importân- cia na história da em- presa. Vemos que a fer- rovia e o município se desenvolveram juntos ao longo dos anos, em uma relação de parce- ria não só baseada nos negócios gerados pela empresa, mas também no laço próximo que mantemos com a comu- nidade —comemorou.

Operário dedicado Na opinião de Rug- giero, o reconhecimen- to é dedicado aos ope- rários da ferrovia.

— Divinópolis mais uma vez faz parte desta conquista com nossos mais de mil dedicados empregados, que tra- balham nas operações ferroviárias e na maior ofi cina de manutenção de locomotivas e va- gões da América Latina

— fi nalizou.

A medição é feita com base no Índice de Felicidade Total (IFT), nota que classifi ca as companhias partici- pantes do Guia e leva em conta salários, oportunidades de car- reira, chefes parceiros e qualidade de vida.

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D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

E C O N O M I A

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FPM rende R$ 13 milhões para os cofres no próximos três meses

Próximo prêmio deve chegar a R$ 110 milhões

Municípios terão acréscimo de 6%, em média, nessa receita

Valor é o maior do ano, e já entra para a lista dos dez mais

Da Redação

Os cofres da Prefei- tura de Divinópolis re- ceberão nos próximos três meses R$ 13,1 mi- lhões do Fundo de Par- ticipação do Município (FPM), de acordo com as informações do Ob- servatório de Informa- ções Municipais. Ainda de acordo com a proje- ção, os municípios terão 6% a mais neste ano, em média, de acréscimo na comparação com o ano passado.

Pelos dados apresen- tados, a cidade receberá neste mês, R$ 4 milhões e, em dezembro R$ 4,3 milhões.

— As previsões efe- tuadas pela Secretaria do Tesouro Nacional acima daquelas efetua- das no mês anterior, in- dicam fechar o ano com um valor em torno de 6% a mais que em 2014.

Este valor, entretanto,

fi ca abaixo dos índices de infl ação. A previsão efetuada para dezem- bro é estimada com um valor de 6,0% a mais em relação ao repasse de novembro — destacou o economista e gestor do Observatório de In- formações Municipais, François Bremaeker.

Para janeiro, é previs- to um aumento de 8,0%

sobre o valor de dezem- bro. De acordo com a projeção do Observa- tório de Informações Municipais, em janeiro, os cofres da Prefeitura de Divinópolis devem receber R$ 4,6 milhões com o repasse.

Ainda de acordo com François Bremaeker, quanto ao adicional de 1% do FPM, a ser credi- tado em 10 de dezembro, o Observatório estima que o valor deverá fi car em torno de 6% a mais em relação ao adicional repassado em 2014.

Estimativa

De acordo com o Por- tal da Transparência, a projeção para 2015 é re- colher com FPM, apro- ximadamente, R$ 69 mi- lhões. Ainda de acordo com o Portal, até o mo- mento foram repassa- dos para R$ 54 milhões.

No ano passado, a Prefeitura de Divinópo- lis projetou receber R$

66 milhões, no entanto, foram repassados qua- se R$ 2 milhões a menos para os cofres munici- pais, conforme aponta o Portal da Transparência.

FPM

O Fundo de Partici- pação dos Municípios (FPM) é uma transfe- rência constitucional da União para os os muni- cípios e o Distrito Fede- ral, composto de 22,5%

da arrecadação do Im- posto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI).

A distribuição dos re- cursos é feita de acordo com o número de habi- tantes, onde são fi xadas faixas populacionais, ca-

bendo a cada uma delas um coefi ciente individual.

Os critérios atual- mente utilizados para o cálculo dos coefi cientes de participação dos Mu-

nicípios estão baseados na Lei n. 5.172/66 (Có- digo Tributário Nacio- nal) e no Decreto-Lei N.º 1.881/81.

Prefeitura de Divinópolis espera receber R$ 69 milhões com FPM

Divulgação

Jorge Guimarães Sem nenhum acer- to das seis dezenas da Mega-Sena, em sorteio realizado pela Caixa na noite desta quinta-feira, em Manacapuru (AM), o prêmio máximo acu- mulou pela oitava vez consecutiva, e pode pa- gar até R$ 110 milhões hoje. As dezenas sorte- adas no concurso 1.760 da Mega são: 10 - 24 - 25 - 36 - 47 - 48. O sorteio foi o segundo realizado nesta semana. Haverá outro hoje por causa da semana da Proclamação da República.

O acumulado é o maior do ano, e já en- tra para a lista dos dez maiores prêmios. Caso haja somente um ganha- dor hoje, o prêmio de R$

110 milhões será o ter- ceiro maior da história.

70 apostas acertaram as cinco dezenas, e levam R$ 49.588,74 cada, e 5.668 apostadores levam o prêmio de R$ 874,88 da quadra. No primeiro dos dois sorteios, na ter- ça (10), nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.759. Os números escolhidos fo- ram: 02 - 14 - 21 - 22 - 51 - 60.

Para apostar As apostas podem ser feitas até as 19h, de Bra- sília, do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concur- so varia de acordo com o número de dezenas jo- gadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, com preço de R$

3,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milioná- rio é de 1 em 50.063.860,

segundo a Caixa Econô- mica Federal.

Já para uma aposta com 15 dezenas, limite máximo, com o preço de R$ 17.517,50, a probabili- dade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

— O movimento está bom, mas como todo bom brasileiro, muitos deixam para última hora.

Amanhã sim, o movi- mento deve ser mais do que nos sábados habitu- ais. As apostas, e os so- nhos, são os mais diver- sos, mas o bolão ainda é o que sai mais — esclarece a atendente de uma loté- rica, Rita de Cássia.

O sonho de muitos brasileiros nos números da sorte

Jorge Guimarães

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D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

P O L Í C I A

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Lorrayne Andrade Janderson Manoel da Silva, de 32 anos, mor- reu na manhã de ontem, ao dar entrada na Uni- dade de Pronto Atendi- mento (UPA). Ele caiu de um andaime quan- do trabalhava em uma obra na igreja de Nossa Senhora da Guia, locali- zada na Vila Belo Hori- zonte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta de 9h. Janderson caiu de um andaime de aproximadamente 10 metros de altura.

Segurança

Os bombeiros ainda informaram que o ho- mem estava trocando as telhas da igreja e como o local não possui laje, ele fi cou por cima de uma telha que quebrou. Ele estava utilizando equi- pamento de segurança, porém o suporte que ele usou não aguentou o peso.

Socorro

O trabalhador sofreu fratura no fêmur es- querdo, trauma na nuca com sangramento e apresentava parada car- diorrespiratória. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em estado grave.

Segundo assessoria de comunicação da Secre- taria Municipal de Saú- de, o operário chegou com politraumatismo, passou por um atendi- mento de reanimação, mas não resistiu aos fe- rimentos.

Foi realizada na últi- ma quinta-feira, 12, em Divinópolis uma ope- ração do Departamento Estadual de Operações Especiais. (Deoesp).

Três mandados de pri- são foram cumpridos.

As investigações dura- ram por cerca de quatro meses. Três homens sus- peitos de cometerem vá- rios crimes em Oliveira foram detidos. Durante as prisões houve apoio da Policia Civil de Oli- veira, onde ocorreram os crimes, e dos civis de Divinópolis.

Crimes

Juarez Marley Mene- zes, de 38 anos, Adilson Brito Chaves, de 42 e Bruno Henrique Mene- zes, de 21 anos foram detidos em uma casa na rua Resplendor, no Bom Pastor. Foram apreendi- dos com eles, celulares, algumas ferramentas e um carro Golf, prata.

Segundo a assessoria

Um bar no bairro Bom Pastor, na praça Tigres do Asfalto, em Divinópolis foi assal- tado na madrugada de ontem. O crime foi per- cebido com ajuda das câmeras do Olho Vivo.

Durante uma persegui- ção, os bandidos troca- ram tiros com a polícia.

Assalto

De acordo com a Po- lícia Militar (PM), as ví- timas informaram que três homens armados chegaram ao estabeleci- mento e anunciaram o assalto. Um deles esta- va com o rosto tampa- do. Eles levaram quatro celulares dos clientes e em seguida fugiram em um Gol azul de uma das vitimas, pela rua Itama- randiba, em direção ao bairro Alvorada. Duran- te rastreamento, o carro foi localizado na “Rodo- via dos Batistas”, rumo ao bairro Ipiranga.

Troca de tiros Ao verem a ação dos bandidos através das câmeras do Olho Vivo, os policiais iniciaram perseguição na rua Rio de Janeiro e na MG-050.

Houve troca de tiros, mas ninguém fi cou feri- do. Segundo os milita- res, a viatura estragou durante a ação e os sus- peitos conseguiram fu- gir por um matagal. Os militares receberam a informação de que os autores tinham pratica- do outro assalto e aban- donado o veículo rou- bado no bar, próximo à ponte do bairro Tietê.

Os celulares dos clientes do bar estavam dentro do Gol que foi encami- nhado a um pátio cre- denciado pelo Detran.

Até o fechamento des- ta página, por volta de 18h, nenhum suspeito havia sido identifi cado ou preso.

Operário morre em queda de um andaime de igreja

Divulgação

Janderson chegou a dar entrada na UPA, mas não resistiu

Divulgação/ Polícia Militar

Carro roubado foi recuperado próximo ao bairro Tietê

Suspeitos são presos pelo Deoep

Eles foram detidos em Divinópolis, mas os crimes foram em Oliveira

Divulgação/ Polícia Civil

da Polícia Civil, os três são acusados de co- meterem diversos fur- tos e roubos na cidade de Oliveira, entre eles na casa de um médico

onde arrombaram um cofre, além da casa do presidente da Ordem dos Advogados do Bra- sil (OAB) de Oliveira, e de um assalto no ban-

co do Brasil. O trio foi encaminhado à delega- cia de Oliveira. Ainda segundo a assessoria a prisão dos três é a parte fi nal da operação. (LA)

Um Golf prata foi localizado com eles, no Bom Pastor

Homem caiu de cerca de 10 metros e usava equipamento de segurança que não suportou

Homens assaltam bar e trocam tiros com a PM

Crime foi fl agrado pelas câmeras do Olho Vivo;

bandidos conseguiram fugir

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BATENDO

José Carlos de Oliveira BOLA

jcqueroviver@hotmail.com.br

D I V I N Ó P O L I S , 1 4 E 1 5 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

E S P O R T E

7

José Carlos de Oliveira Com a disputa de duas partidas da Sele- ção Brasileira, contra Argentina e Peru, valen- do pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi toda ela marcada para o meio da próxima semana.

Com isso, neste fi nal de semana não iriam ser disputados jogos pela competição nacional.

Mas, a pedido do Cru- zeiro, que irá ceder o Mineirão para um show do grupo Pearl Jam, na quarta-feira, dia 18, o jogo contra o Sport de Recife, foi antecipado para amanhã, às 17h, com os dois times fazen- do jogo isolado.

Em 10º lugar na clas- sifi cação do torneio, de- pois de fi gurar a maior parte do Campeonato entre as equipes de bai- xo da tabela, o Cruzei- ro faz confronto direto contra o Sport, tentando manter suas chances de disputar a Copa Liber-

Cruzeiro tenta encostar nos primeiros

Raposa faz domingo contra o Sport jogo isolado pelo Brasileiro

Washington Alves/Light Press

tadores em 2016. Uma vitória amanhã deixa- rá a Raposa a apenas 3 pontos do 4º colocado, que hoje é o Santos, e a apenas 2 do São Paulo, que é o quinto.

A Confederação Bra- sileira de Futebol (CBF) escalou o árbitro baiano Marielson Alves Silva para apitar a partida.

Seus auxiliares serão o carioca Rodrigo F. Hen- rique Correa e o baiano Elicarlos Franco de Oli- veira. O 4º árbitro será o carioca Bruno Arleu de Araújo.

Willian e mais dois Com a convocação de Arrascaeta para defen- der a seleção do Uru- guai nas eliminatórias para a Copa do Mundo, o técnico Mano Menezes terá que mudar o ataque amanhã contra o Sport.

Dos jogadores que vi- nham jogando, apenas o artilheiro Willian está garantido na partida deste domingo.

Seus companheiros de ataque ainda não fo- ram defi nidos e o trei- nador tem várias opções

para escolher aqueles que irá mandar a cam- po. Allano que se recu- pera de contusão e Alli- son, que retornou aos treinos com bola estão entre os que podem ser relacionados. Além dos dois jovens atacantes, Mano Menezes ainda conta com Gabriel Xa- vier, Marcus Vinicius e Leandro Damião para escalar o ataque.

Além de Arrascaeta, o Cruzeiro ainda terá o desfalque do lateral esquerdo Mena, servin- do a seleção do Chile nas eliminatórias, e não poderá contar também com o atacante Vinicius Araújo, convocado por Dunga para os amisto- sos da seleção olímpica contra os Estados Uni- dos.Com as dúvidas, a provável equipe do Cru- zeiro para pegar o Sport deve ter: Fábio; Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Henrique, Willians e Ariel Cabral;

Allano (Alisson ou Mar- cus Vinicius), Willian e Leandro Damião (Ga- briel Xavier).

Willian está garantido no ataque contra os pernambucanos

Já classifi cado para as semifi nais da Copa Super Craque Sub 17, e esperando a defi nição de quem será seu adver- sário na próxima fase, o time juvenil do Projeto Esportivo Candelária (PEC), fará na manhã deste domingo, às 10h, um amistoso contra um Mistão da Galoucura, torcida organizada do Atlético. O jogo será dis- putado no Caldeirão do Diabo, campo do PEC, no bairro Candelária.

Treinos esta tarde Para entrar forte nas semifi nais e em condi- ções de brigar pelo tí- tulo da Super Craque, o coordenador e técnico das equipes de base do Projeto Esportivo Can- delária (PEC), Amauri Reis, quer que seus atle- tas se dediquem ao má- ximo nos treinamentos desta tarde, que serão realizados a partir das 16h, no campo do bairro Candelária.

Além dos atletas do time Juvenil, já garanti- dos na próxima fase da Super Carque, Amauri Reis está convocando os atletas da catego- ria de juniores para os trabalhos desta tar- de. Também os atletas amadores, que deseja-

rem defender o PEC no Campeonato da Cidade, também devem marcar presença no campo para participar das ativida- des.

Clássico em Cajuru Uma partida isolada será disputada na ma- nhã deste domingo, pela Copa Super Craque Sub 17, em duelo de suma importância para defi nir a colocação dos times na primeira fase da compe- tição.

Hoje, o líder é o Bela Vista, da cidade de Cláudio, que tem 8 pontos ganhos e deve manter esta posição ao término da rodada, mas as outras posições ainda estão em aberto. O PEC vem em segundo, com 7, seguido pelo Guarani, com 4.

A atração da manhã deste domingo, será o clássico de Divinópolis, entre Guarani e Ferro- viário, que durante dé- cadas protagonizaram grandes confrontos no futebol de base, em due- los no Farião e no está- dio Benjamin de Olivei- ra, no bairro Esplanada.

O confronto entre as equipes juvenis do alviverde do bairro Es- planada e do Guarani vai ser realizado no es-

PEC faz amistoso contra Mistão da Galoucura

Vasco da Gama realiza festa para homenagear as crianças

Amauri Reis

tádio Batista Leite, cam- po do Sport, em Carmo do Cajuru. Para passar o PEC na tabela e fi car na segunda colocação, o Bugre terá que vencer o Ferroviário por goleada amanhã, tirando uma diferença de 11 gols de saldo.

Festa das Crianças O Projeto Paixão Pelo Vasco, que é realizado pela Associação Vasco da Gama Divinópolis por meio do Ministé- rio do Esportes, através da Lei de Incentivo ao Esporte, com apoio do Supermercado ABC, re- alizou no último fi nal de semana uma festa de comemoração pelo Dia das Criança. A festa foi organizada em parceria com seu patrocinador Supermercado ABC, e aconteceu na Arena Vasco da Gama, no bair- ro Afonso Pena.

O evento contou com a participação dos fami- liares dos alunos atletas do Vasco, e foi organiza- do pela equipe de profi s- sionais do projeto, com apoio da atual gestão do clube, sob o comando de Miguel José.

Os alunos, juntamen- te com seus pais e fami- liares, tiveram a opor- tunidade de fazer alon-

gamentos, participar de disputa de pênaltis e de um jogo entre pais e fi - lhos.

O que é o projeto O Projeto Paixão Pelo Vasco nasceu da par- ceria entre o Vasco da Gama, do bairro Afonso Pena, e o Ministério do Esporte, através da Lei de Incentivo ao Esporte.

Hoje, o Projeto atende a 129 alunos, na faixa etária entre 8 e 17 anos, distribuídos nos turnos matutino e vespertino, com aulas duas vezes por semana.

O Projeto é importan- te para a inclusão social de crianças e adoles- centes, considerando a contribuição para a for- mação da consciência cidadã, pois trabalha o sentimento de solidarie- dade, respeito ao pró- ximo, responsabilidade para com os estudos e com a família.

As famílias são impor- tantes para os idealizado- res do projeto, e elas tam- bém recebem acompa- nhamento especial, com orientação do Serviço Social do Projeto, além de atendimento individual e reuniões para orientação socioeducativa acerca da relação entre esporte e in- divíduo.

PEC tem treino marcado para esta tarde no Candelária

Divulgação / Vasco

Familiares e crianças participaram da festa na Arena do Vasco

Será que o Equador vai estragar a festa?

Em um torneio com somente dez seleções de países sul-americanos, disputando eliminatórias em pontos corridos, com turno e returno, impossível é a qualquer pessoa, entendida ou não de futebol, imaginar que as equipes do Brasil e da Argentina possam fi car de fora da Copa do Mundo de 2018, a ser disputada na Rússia.

E esta é realmente a realidade. Com quatro seleções garantindo diretamente a vaga, e ainda tendo a possibilidade de a quinta colocada disputar um mata- mata contra uma seleção da Oceania, como franca favorita, não dá mesmo para imaginar que brasileiros e argentinos deixem de ir ao mundial.

Por mais que digam que o futebol de hoje está nivelado por baixo, Brasil e Argentina ainda estão anos luz a frente dos demais. Os dois escretes estão entre os melhores times do planeta, e disputar as eliminatórias será sempre uma mera formalidade. Deve servir mesmo é para seus treinadores armarem seus times para a Copa da Rússia, nada mais que isso. Esta é a verdade.

Agora mesmo, disputadas três rodadas das 18 das eliminatórias, muitos podem se assustar com a incrível seleção do Equador, que mantém 100% de aproveitamento e lidera com folga o torneio. Mas, isso vai durar bem pouco, será apenas até que brasileiros e argentinos se acertem em campo, e assumam de vez a posição que é deles por direito, pela inegável superioridade técnica de seus atletas sobre os demais.

Aqui na América do Sul é assim. Começam as eliminatórias com dez times, mas com oito deles já sabendo por antecedência que terão que lutar por duas vagas e meia, e ponto fi nal. Porque as outras duas, eles estão cansados de saber que elas já têm dono.

E também para 2018 esta será a verdade. A posição atual do Equador, com três vitórias em três jogos, pode sim tirar o sono de alguns, mas isto somente importa aos integrantes das outras seleções (Paraguai, Colômbia, Uruguai e Chile), que irão travar com os equatorianos uma batalha, ponto a ponto, pelas outras vagas. O que fugir disso, será sim uma enorme zebra!

Já entrando na realidade

A rodada de quarta-feira dá uma amostra de que esta é realmente a verdade. Com a cabeça nas nuvens, depois de bater a seleção do Brasil e passar pelo Peru, os chilenos já caíram na real, e viram que terão que jogar muita bola para garantir uma vaguinha na Rússia.

E não é o empate em 1 a 1 com a Colômbia na quarta- feira, jogando em Santiago, que dá esta certeza, não. É bem mais que isso. Foi o futebol que Valdívia e seus colegas de seleção não jogaram contra os colombianos.

Tivesse que haver um vencedor naquele jogo, este seria o time de James Rodrigues, e estamos conversados.

Renovar ou não com Levir Culpi

A prioridade no Atlético a partir de agora é a renovação de contrato com o técnico Levir Culpi.

Verdade ou mentira? Pelas palavras do diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf, esta é sim, uma grande verdade. Mas que ninguém se assuste se outro nome estiver à frente do time alvinegro daqui alguns dias.

Mesmo com excelentes números à frente da equipe, com conquista da Copa do Brasil em cima do Cruzeiro e o vice-campeonato brasileiro puxando a fi la dos troféus, já tem muita gente dentro do próprio Atlético que não quer a permanência de Levir para o ano que vem.E foi ele mesmo quem alimentou esta insatisfação, ao entregar de mão beijada para o Corinthians um título que estava em seu poder. É, sim, o Levir o maior responsável pela queda de produção do Galo, que não é no returno nem a sombra da equipe que encantou a todos na primeira metade do torneio.

Esta é a verdade, não há outra.

E foi o ar de superioridade de seu treinador a principal causa desta queda de rendimento do time. São inúmeros os fatores, que poderiam até ser enumerados aqui, mas dois deles os torcedores não irão se esquecer jamais.

Em primeiro lugar, vem o fato de Levir não ter pedido reforços, quando o time perdeu jogadores importantes para o elenco, mesmo com a diretoria se dispondo a suprir as ausências. E em segundo, e não menos importante, é esta mania de liberar os jogadores de se concentrarem em dias de jogos. Isto pode parecer bonito para alguns, mas é apenas jogo de palavras, sem proveito algum para nenhuma das partes. Por aqui, não adianta ninguém chiar, a concentração ainda é sim uma poderosa arma, que os treinadores não podem abrir mão jamais, sob pena de jogar por terra todo o trabalho da semana.

Podem falar o que quiserem, dizer que os tempos são outros e que os atletas têm que arcar com as responsabilidades, e coisas deste tipo, mas irão fi car longe da verdade. No mundo de hoje, a liberdade é uma via de mão dupla, e nem todos sabem conviver com esta realidade.

E tem mais. Há outros interessados envolvidos nesta história. Clube nenhum pode abrir mão do que acha e pensa seu torcedor. E neste ponto, esta falsa liberdade que Levir dá a seus atletas, pode se transformar é num grande problema. Eles podem até não se concentrar, mas não podem bobear nunca. Têm que dormir de olhos abertos. A qualquer vacilo serão crucifi cados até mesmo por aqueles que hoje os defendem. E uma

“liberdade vigiada” como essa eu não quero ter nunca.

E ponto fi nal.

Referências

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