EFP - ISEG 1
Economia e Finanças Públicas Aula T12
3.4. O sistema fiscal português
3.4.1. Breve caracterização
3.4.2. Impostos sobre o rendimento: IRS e IRC
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Bibliografia
Obrigatória:
Livro de EFP, Cap. 9,
pp. 279-292 (3ª ed.)
pp. 269-279 (2ª ed.)
Conceitos a reter
IRS - características
IRC - características
Taxa marginal e média de imposto
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SFP - Principais tipos de Impostos
Impostos sobre o rendimento
IRS e IRC
Impostos sobre a despesa
Gerais sobre o consumo: IVA
Específicos: I.S.P.; I.Veículos; I.U.Circulação; I.Tabaco; outros
Impostos sobre o património
Imposto Municipal sobre Imóveis - IMI (ex-Cont. Autárquica)
Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis – IMT (ex-Sisa)
Outros
(Imposto do Selo, derrama)
Contribuições p/ Segurança Social
(parafiscalidade)EFP - ISEG 5
Contribuições para a Segurança Social
Pagas pelos trabalhadores e pelas entidades patronais.
Podem também ser consideradas como “impostos”
sobre o rendimento ou sobre o “factor trabalho”, embora tenham uma natureza (algo) diferente, pois que visam o financiamento das prestações sociais e a cobertura dos riscos de incapacidade profissional e de desemprego.
Sistema Fiscal Português Titularidade da respectiva receita:
Impostos sobre o rendimento e sobre a despesa são, essencialmente, receita do Estado e das Regiões Autónomas (na parte nelas gerada).
Impostos sobre o património são receitas municipais.
Os Municípios podem ainda lançar uma derrama
(adicional entre 0% e 1,5%) sobre o lucro tributável
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Quadro-síntese: Sistema Fiscal Português
Impostos
Estaduais/
RA Locais
Rendimento Património Despesa Outros Rendimento Património Outros
IRSIRC
IVA I.TabacoISP Imposto Sobre
Veículos IJogoIABA D.Aduaneiros
I.Selo Derrama IMT
IMI Imposto
Único Circulação
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Imposto s/ Rendim. das Pessoas Singulares I. R. S.
Principais características:
É um imposto personalizado
de características unitárias
progressivo
que tributa os rendimentos:
das pessoas singulares residentes no território português
e dos não-residentes que obtenham rendimentos em Portugal
I. R. S. (cont.) Categorias de rendimento:
do trabalho dependente (Cat. A)
profissionais e empresariais (Cat. B)
de capitais (Cat. E)
prediais (Cat. F)
pensões (Cat. H)
incrementos patrimoniais (Cat. G)
mais-valias, ganhos de jogo e lotaria, outros
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I. R. S. – taxas (2008)
10,5000 11,3472 18,5994 27,3037 30,1545 30,8701
- 10,5
13 23,5
34 36,5
40 42 Até 4.639 ...
> 4.639 e até 7.017 ...
> 7.017 e até 17.401...
> 17.401 e até 40.020...
> 40.020 e até 58.000...
> 58.000 e até 62.546...
Sup. a 62.546 …...
Taxa Média (*) (em %) Taxa Marginal
ou “normal”
(em %) Rendimento Colectável
(em €)
*
No topo do escalãoEFP - ISEG 11
I. R. S. – sequência de cálculo
1. Rendimento Bruto
2. Dedução Específica
3. Rendimento líquido [(1)-(2)]
4. Rendimento colectável
5. Quociente conjugal [(4)/2]
6. Aplicação das taxas de imposto (indiv.)
7. Colecta [(6)*2]
8. Deduções à colecta
9. IRS Liquidado [(7)-(8)]
I. R. S. – exemplo de cálculo da colecta
Contribuinte casado e rendimento colectável € 40.000
Quociente conjugal: € 40.000 : 2 = € 20.000
Taxas marginais relevantes:
10.5%, 13%, 23.5%, 34%(equivale a taxa média do rendimento dos três primeiros escalões (18,5994%) e a taxa marginal do rendimento do quarto escalão (34%)).
Colecta “individual”: € 4.120,14
“Imposto”(colecta do casal): € 4.120,14 x 2= €8.240,28
NOTA: Verifique a importância da distinção entreEFP - ISEG 13
I. R. S. - deduções à colecta
Deduções pessoais (por contribuinte solteiro, casado, dependentes, ascendentes).
Despesas familiares de saúde, de educação e formação, encargos com habitação própria, com lares, com energias renováveis, com equipamentos informáticos.
Aplicações financeiras em planos poupança- reforma, seguros (de vida e saúde), etc.
Outros benefícios e incentivos fiscais.
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Imposto sobre Rendim. das Pessoas Colectivas I. R. C.
Principais características:
É um imposto de taxa “proporcional” (até 2008)
que incide sobre os rendimentos obtidos por pessoas colectivas (fundamentalmente, sociedades por quotas e anónimas, cooperativas, empresas públicas ou privadas)
que tenham sede ou direcção efectiva em território português, incluindo os obtidos fora deste território
ou sobre os rendimentos aqui obtidos por entidades não-residentes
I. R. C. – taxas (2008)
Normal: 25%
Actividade comercial, industrial ou agrícola
Apoio à interioridade: 20% e 15%
Incentivo ao desenvolvimento regional
Nota: Esta diferenciação tem uma lógica de subsídio pigouviano”
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I. R. C. – taxas (2009)
Normal*: 12,5% até €12.500 de matéria colectável 25% sobre o montante excedente
Actividade comercial, industrial ou agrícola
*Taxas marginais
Apoio à interioridade: 20% e 15%**
(com possibilidade de opção pelo regime de taxas acima referido)
Incentivo ao desenvolvimento regional
** Taxas médias
Nota: Esta diferenciação tem uma lógica de subsídio pigouviano”
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I. R. C. – Benefícios fiscais
Áreas apoiadas:
Reinvestimento em bens do activo imobilizado corpóreo (equipamentos)
Investimento em Investigação e Desenvolvimento
Apoio à internacionalização das empresas
Benefícios a grandes projectos de investimento
Outros (por ex.:criação de postos de trabalho p/
jovens e desempregados longa duração)
Nota: Qual a justificação para tais apoios fiscais?
I. R. C. – Benefícios fiscais
“Medidas fiscais contra crise” (2009)
Exemplos:
- Redução da taxa de IRC para nº. significativo de PME;
- Redução do nº. e valor dos pagamentos por conta (antecipação de imposto);
- Aumento do valor fiscalmente dedutível a título de mecenato de apoio a iniciativas de luta contra a pobreza.
Nota: Aprecie a lógica do uso destes instrumentos de