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TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA INTRODUÇÃO

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Academic year: 2021

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TÍTULO: PROJETO DE EXTENSÃO RURAL A PRODUTORES FAMILIARES DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA EM MINAS GERAIS

AUTORES: Adriano Pirtousheg, Júlio Marcos Ribeiro Riso, Murilo M. O. de Souza, Kelly Cristina Silva Guimarães, Breno Pierani Severino, Marco Vinícius Silva, Breno Moscheta Welter, Marialda de A. Santos, Cíntia A. Moraes Aquino, Sérgio C. Nunes, Cristiano Ribeiro, Vinício Araújo Nascimento, Gustavo Ribeiro Destro

e-mail: adrianop@triang.com.br , murilosouza@hotmail.com , cocve@ufu.br INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Uberlândia

ÁREA TEMÁTICA: Trabalho

INTRODUÇÃO

Durante a segunda metade do século XX, o Brasil presenciou profundas mudanças em sua estrutura agrária. Nesse período, o setor agropecuário experimentou enormes avanços tecnológicos, passando de um modelo de auto-subsistência para uma agricultura de mercado. Esse processo, porém, não ocorreu de maneira uniforme, deixando em sua trajetória muitos problemas e desajustamentos, tanto de caráter econômico quanto social.

Em um extremo, encontra-se uma agropecuária empresarial, especializada, de caráter moderno, com alta composição orgânica do capital e alcançando elevados níveis de produtividade. Sua produção, primordialmente, é destinada ao mercado externo, garantindo maior remuneração ao capital investido.

Em pólo oposto, encontra-se uma agricultura tradicional, composta de pequenos e médios produtores e com possibilidades limitadas de acesso aos modernos instrumentos de produção. Apresenta como característica marcante uma produção diversificada no âmbito das unidades de produção e o fato de que a organização e a divisão do trabalho restringe-se ao círculo familiar, pois emprega pouca mão de obra assalariada.

Entretanto, este segmento do setor agropecuário, até hoje, tem grande importância na

sustentação da economia brasileira, pois é responsável pela produção de um volume

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considerável de alimentos básicos que são consumidos pela população do país.

Diante da diferenciação que se evidencia entre essas duas grandes categorias de unidades de produção agropecuária, torna-se importante para o projeto político pedagógico dos cursos de graduação na área de ciências agrárias, a contextualização dos acadêmicos nessas duas realidades. Dessa maneira, espera-se formar profissionais com maior aptidão de atuação na sociedade e mais capacitados à disseminação de tecnologias apropriadas aos diferentes segmentos que compõem a produção agropecuária brasileira.

Em Uberlândia, os pequenos proprietários rurais constituem a maior parcela da população rural. Informações do Censo Agropecuário 1995/96 mostram que de um total de 2.319 propriedades rurais existentes no município, 1407 propriedades possuem área de até 80 hectares, representando 60,67% do total.

Apesar das dificuldades enfrentadas por esses produtores, muitos ainda são capazes de permanecer no campo e oferecer importante contribuição na produção de alimentos.

Entretanto, num mercado, a cada dia, mais competitivo e exigente, não basta a esses produtores manterem apenas sua produção, tornando-se crucial a utilização de métodos adequados de produção e de mecanismos de organização que lhes permitam alcançar maior produtividade e qualidade do produto, ampliando sua inserção no mercado e, com isso, elevando sua renda líquida.

Para tal, é importante a participação do poder público na constituição de processos de ajuda que tenham por finalidade incrementar o nível de informações, aumentar o nível de conhecimento e melhorar as habilidades desses produtores. Com isso, espera-se orienta-los à tomada de melhores decisões sobre os métodos de produção e sobre as estratégias de comercialização e de consumo adotadas no âmbito de suas unidades de produção.

OBJETIVOS

Este trabalho de extensão tem como objetivo geral a promoção de trabalho de

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extensão rural em Medicina Veterinária, tendo por propósito principal: o aumento da renda e a melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais e de suas famílias, a partir da implantação de técnicas adaptadas à realidade de cada produtor.

Seguindo esta linha de trabalho o projeto de extensão rural para produtores familiares de Uberlândia tem como objetivos, especificamente:

- Aprimorar a formação dos alunos para o exercício profissional através da criação de oportunidades para aplicação prática dos conhecimentos adquiridos no curso;

- Concentrar esforços na implementação de ações que visem a análise do desempenho econômico das unidades de produção, o que permitirá a avaliação do estágio de desenvolvimento técnico - econômico das explorações, o diagnóstico dos gargalos existentes nos processos de produção e o oferecimento de subsídios à recomendação de tecnologias que proporcionem maior lucratividade;

- Estabelecer formas de cooperação com o poder público municipal, visando o desenvolvimento de ações integradas e o estímulo à construção de uma sociedade mais democrática e justa.

METODOLOGIA

O projeto está sendo desenvolvido no Município de Uberlândia, em parceria com técnicos da EMATER-MG e da Secretaria Municipal de Agropecuária de Uberlândia, em unidades de produção do tipo empresa familiar dedicadas à produção animal.

Inicialmente, foram realizadas reuniões com as comunidades a serem assistidas pelo

projeto, visto que o envolvimento de conselhos comunitários e de órgãos públicos e

privados atuantes nas comunidades a serem trabalhadas torna-se importante para o melhor

desenvolvimento dos trabalhos e implementação das ações. Nesse sentido pretende-se que a

atuação da Faculdade de Medicina Veterinária seja de caráter complementar e de apoio à de

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outros órgãos que operam no meio rural.

No total participam do projeto 12 alunos, sendo que as ações do projeto são desenvolvidas por grupos de três alunos, sendo que dois membros devem estar cursando, no mínimo, o 7

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período. Os alunos prestam plantões quinzenais no projeto, quando se deslocam (aos sábados) ao campo para o desenvolvimento de atividades do projeto.

Seguindo esta forma de trabalho, no primeiro ano de execução do projeto, o número total de unidades de produção assistidas será de 36.

Além dos trabalhos a serem executados no âmbito das unidades de produção, também são promovidos eventos grupais de cunho técnico e educativo nas comunidades, de modo a reforçar o trabalho e criar maior aproximação com as famílias rurais.

Os exames laboratoriais necessários à instituição de diagnósticos são realizados pela Faculdade de Medicina Veterinária, enquanto os exames de interesse dos produtores participantes do projeto, efetuados em laboratórios da FAMEV, contam com 50% de desconto no preço de tabela.

O transporte dos acadêmicos e professores participantes do projeto, do Campus Umuarama até às comunidades ou unidades de produção trabalhadas, é de responsabilidade da Prefeitura de Uberlândia, através da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento. Foram adquiridos e mantidos pela Secretaria de Agropecuária e Abastecimento, quatro conjuntos de materiais a serem utilizados em procedimentos de emergência, em pequenas intervenções cirúrgicas e em diagnósticos de gestação, além de anestésicos e medicamentos de uso profilático e terapêutico.

Serão aplicados questionários destinados à coleta de informações para formular

diagnóstico sócio - econômico das famílias rurais participantes do projeto e obter dados que

permitirão avaliar resultados alcançados.

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RESULTADOS

Os resultados iniciais do projeto têm sido avaliados através da realização de reuniões quinzenais com a participação dos acadêmicos e professores integrantes do projeto, com objetivo de solucionar problemas, traçar metas e avaliar o andamento das atividades. E, também, através de reuniões que são realizadas trimestralmente com técnicos da Prefeitura com a finalidade de avaliar as atividades executadas e estabelecer estratégias de atuação.

As ações desenvolvidas pelo programa de extensão estão sendo dirigidas à aplicação dos conhecimentos dos acadêmicos de Medicina Veterinária na identificação e solução de problemas presentes nas unidades de produção. Para tal, os esforços estão sendo concentrados nas seguintes áreas de atuação:

1. Orientação na aplicação de técnicas de criação, manejo, alimentação, melhoramento genético, saúde e produção animal;

2. Orientação na adoção de programa de administração rural, visando o melhor gerenciamento das explorações;

3. Instituir diagnóstico, prognóstico, tratamento e medidas profiláticas, em nível individual e de rebanho;

4. Desenvolvimento de ações educativas que visem à defesa do meio ambiente, da saúde e bem-estar animal, da saúde pública e do bem-estar social.

Os resultados obtidos até agora mostram que os produtores já começam a aceitar as idéias trazidas pelos extensionistas, e começa-se a fortalecer o relacionamento entre técnicos de outras instituições e os alunos extensionistas.

Os resultados mais imediatos podem ser equacionados com maior facilidade. Os

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acadêmicos participaram de processos de vacinação organizadas por diversos órgãos, iniciando o processo de construção de uma confiança mútua entre estes e os produtores.

Entendemos o processo de extensão como sendo um processo lento de educação de ambas as partes envolvidas no programa. No entanto, o desenvolvimento de procedimentos de resultados que podem ser visualizados com maior rapidez são importantes para o fortalecimento da relação entre produtores e extensionistas.

Neste caso, este projeto tem desenvolvido um trabalho de ações técnicas imediatas, onde são realizadas pequenas cirurgias e, talvez a ação mais importante, tem-se tentado implantar a consciência administrativa junto aos produtores envolvidos. O controle proposto é, inicialmente, a simples anotação em cadernos, das atividades da propriedade.

Assim, já é possível notar as mudanças na produção e produtividade dos produtores que procuram se organizar um pouco melhor administrativamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALENCAR, Edgar; MOURA FILHO, Jovino A. Unidades de produção agrícola e administração rural. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 14(157).

ALMEIDA, Joaquim Anecio. Pesquisa em extensão rural. Brasília: ABEAS, 1989, p. 9 a 12.

SOUZA, GUIMARÃES, VIEIRA et al. A administração da fazenda. 3. ed. São Paulo:

Globo, 1990. (Coleção do agricultor), p. 19-22.

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