• Nenhum resultado encontrado

Estes símbolos podem ser 0 s e 1 s, ou podem ser símbolos quaternários (M = 4),

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Estes símbolos podem ser 0 s e 1 s, ou podem ser símbolos quaternários (M = 4),"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

5. Deteção e Estimação

5.1 – Modelo do Sistema Digital

Cada símbolo de mensagem mi (i = 1, 2, …, M) é transmitido a cada Tp segundos, onde Tp é o tempo de duração de qualquer uma das mensagens mi.

Estes símbolos podem ser 0’s e 1’s, ou podem ser símbolos quaternários (M = 4), ou etc.

Considera-se que todos os símbolos têm igual probabilidade: pi = 1/M = Pr (emitir mi), i = 1, …, M. Isso pode ser conseguido com a codificação de Huffman, por exemplo.

O vetor de transmissão produz M símbolos (M formas de onda, uma para cada mi) sendo que cada símbolo terá N números (devido à decomposição das formas de onda em uma combinação linear de N funções base).

(2)

M

N

M

,

2,

1,

i

s

s

s

s

m

iN i2 i1 i produz i

=

=

L

M

Tendo si como entrada, o modulador produz si(t), o qual tem energia finita

dt

(t)

s

E

Tp 0 2 i i

=

O canal de transmissão consegue enviar todos os si(t) possíveis. Entram no canal sinais indesejáveis (diferentes de si(t)) chamados de ruído. Esse ruído é considerado aditivo, de média zero, estacionário, branco, formando um processo Gaussiano denotado por w(t). Este ruído é simbolizado por AWGN (Aditive White Gaussian Noise).

No receptor chega, então, o sinal x(t) = si(t) + w(t), 0 ≤ t ≤ Tp, i = 2, …, M.

O receptor observado x(t) produz a melhor estimativa de mi num tempo de Tp segundos. Esta estimativa é simbolizada por

m

ˆ

i. Tp é a duração do sinal (pulso).

A estimativa leva em conta as probabilidades pi e o conhecimento sobre si, tendo em vista que temos um ruído branco somado ao sinal de informação. Essa estimativa produz um erro médio que pode ser interpretado como tendo em média 1 bit errado de tantos em tantos bits (ou símbolos M-ários).

(

i i

)

r

e

P

m

ˆ

m

P

=

Por exemplo: Pe = 10-4 significa que em média tem-se um bit errado a cada 10.000 bits transmitidos.

(3)

O que se deseja fazer é obter um algoritmo (uma maneira de se estimar) que faça com que a estimativa produza um erro mínimo (aceitável na estimativa da informação).

O procedimento que se segue faz com que se tenha uma melhor manipulação dos sinais que chegam ao receptor, e dessa forma uma melhor relação sinal/ruído de recepção. Esse procedimento é baseado em se obter sinais ortogonais (ortonormais) que fazem com que o ruído no receptor fique fracionado em partes estatisticamente independentes.

5.2 – Ortogonalização de Gram-Schmidt

Tem-se M sinais (si(t), i = 1, 2, …, M) de energia e deseja-se obtê-los como (função) combinação linear de N funções bases (N ≤ M).

=

=

=

N 1 j ij j p i

(t)

s

(t)

0

t

T

i

1,

2,

,

M

s

φ

L

As funções bases são φj(t) j = 1, …, N, sendo sij coeficientes constantes dados pela projeção de si(t) em φj(t). p T t ij 0 j

i 1, 2, , M

s

s (t) (t) dt

j 1, 2, , N

φ

  

=

=

=

L

L

As funções bases são ortonormais, isto é,

p

T

k

l

0

1 se k l

(k) (t) dt =

0 se k l

φ

φ

  

=

Procedimentos para se obter a ortogonalização de Gram-Schmidt:

(4)

É claro que se um determinado sinal (exemplo sM(t)) é linearmente dependente dos outros, então obtém-se

aM sM(t) + a1 s1(t) + a2 s2(t) + … + aN sN+1(t) = 0 0 ≤ 1 ≤ Tp

onde aM e alguns outros coeficientes ai são diferentes de zero.

Exemplo: É dado o conjunto abaixo:

É claro que s1(t) + s3(t)= s4(t). Logo teremos pelo menos 3 sinais L.I. Retiremos s4(t). Será que entre s1, s2, s3 existe independência linear ? Neste caso, eles são L.I. (s1, s2, s3), até porque estão em intervalos de tempo diferentes.

Dentre os possíveis conjuntos

( )

C

34 :

1. s1 s2 s3 Poderíamos escolher qualquer um desses, exceto o terceiro, pois os sinais não são L.I. 2. s1 s2 s4

3. s1 s3 s4 4. s2 s1 s4

20) Obtenção das funções bases φ(t)

Estas funções são ortonormais. Escolhe-se qualquer um dos si(t) L.I. para formar φ1(t). Escolhamos s1(t) e normalizemos:

(5)

=

Tp 0 2 1 1

s

(t)

dt

E

1 1 1

E

)

(

s

(t)

=

t

φ

Neste caso s1(t) =

E

1

φ

1

(t)

, ou seja, s11 =

E

e s1j = 0 para j = 2, …, N.

Tendo-se φ1(t) podemos obter o coeficiente s21 de s2(t).

=

Tp

0 2 1 21

s

(t)

(t)

dt

s

φ

Defina-se uma função intermediária g2(t) que será igual a s2(t) menos o vetor s2(t) projetado em φ1(t)

g

2

(t) = s

2

(t) - s

21

φ

1

(t)

Essa função é ortogonal a

φ

1

(t)

em (0, Tp), pois:

0

s

-s

dt

(t)

s

-(t)

(t)

s

dt

(t)

(t)

g

12 21 21 T 0 T 0 T 0 21 1 2 1 2 p

=

p p

=

=

φ

φ

φ

Como g2(t) é ortogonal a φ1(t), podemos escolher φ2(t) igual a g2(t) normalizado, ou seja: p T 0 2 2 2 2

0

t

T

dt

(t)

g

(t)

g

(t)

p

=

φ

[

s

(t)

-

s

(t)

]

dt

(t)

s

-(t)

s

(t)

p T 0 2 1 21 2 1 21 2 2

=

φ

φ

φ

(6)

O denominador será igual a:

Tp

p

+

p 0 T 0 T 0 2 1 2 21 1 21 2 2 2

dt

-

2

s

(t)

s

(t)

dt

s

(t)

dt

s

φ

φ

2 21 2 2 21 2 21 2

-

2s

s

E

-

s

E

+

=

=

2 21 2 1 21 2 2

s

-E

(t)

s

-(t)

s

(t)

φ

φ

=

onde E2 é a energia de s2(t).

Prosseguindo, definamos a função intermediária:

g

3

(t) = s

3

(t) – s

31

φ

1

(t) – s

32

φ

2

(t)

onde

s

31

=

0Tp

s

3

(t)

φ

1

(t)

dt

e

s

32

=

0Tp

s

3

(t)

φ

2

(t)

dt

Vê-se que

g

3

(t)

é ortogonal a

φ

1

(t)

e a

φ

2

(t)

. Logo, basta normalizar

g

3

(t)

para

se obter

φ

3

(t)

.

Continuando dessa maneira, vamos obter um conjunto ortonormal. Assim os sinais s1(t), s2(t), …, sM(t) podem ser obtidos como combinação linear de φ1(t), φ2(t), …, φN(t), ou seja:

(t)

E

(t)

s

1

=

1

φ

1

(t)

s

-E

s

(t)

s

2

=

21

φ

t

+

2 221

φ

2

(7)

onde

s

22

=

E

2

-

s

221

(t)

dt

(t)

g

(t)

s

(t)

s

(t)

s

3

=

31

φ

1

+

32

φ

2

+

0Tp 32

φ

3 onde

s

33

=

0Tp

g

32

(t)

dt

No exemplo anterior tinhamos:

Escolhendo s1(t), s2(t) e s3(t) como L.I., teremos após cálculos sobre esse conjunto:

(8)

Para melhor estimar si(t) no receptor, estimamos si1, si2, …, siN e com base nestes valores, dizemos o que foi transmitido (bits enviados pelo transmissor).

(9)

5.3 – Resposta do Detetor à Entrada com Ruído

Na figura anterior, devido às imperfeições do canal de comunicações, não chega somente si(t), chega também ruído, ou seja:

x(t) = s2(t) + w(t)

onde w(t) é um ruído AWGN de média zero e densidade espectral de potência igual a N0/2.

A saída do detetor (correlatores) não é somente si1, si2, …, siN mas por causa do ruído será:

N

,

2,

1,

j

w

s

dt

(t)

x(t).

x

j

=

0Tp

φ

j

=

ij

+

j

=

L

sij ≡ si1, si2, si3, …, siN

xj é uma variável aleatória onde sij é constante em termos de variável aleatória e wj é aleatório. Como w(t) é AWGN, wj também será e por consequência, xj também será. Basta então descobrirmos a média e a variância de xj para que o processo aleatório esteja definido, já que se a entrada do sistema linear é Guassiana, a saída também será:

E[xj] = E[sij + wj] = sij + E[wj] = sij

[ ]

w

E

[

w(t)

(t)

dt

]

E

[ ]

w(t)

dt

0

E

j

=

0Tp

φ

j

=

0Tp

φ

j

=

sendo a média de wj é igual a zero, a variância é calculada como

E

[

(

x

j

-

x

j

)

2

]

=

σ

x2j

(

)

[

] [ ]

2 j 2 j j ij 2 xj

=

E

s

+

w

-

x

=

E

w

σ

(10)

porém,

w

j

=

0Tp

w(t)

φ

j

(t)

dt

=

∫ ∫

=

Tp p p p 0 T 0 T 0 T 0 j j j j 2

j

w(t)

(t)

dt

w(u)

(u)

du

w(t)

w(u)

(t)

(u)

dt

du

w

φ

φ

φ

φ

p p p p T T 2 j 0 0 j j T T j j 0 0

E w E

w(t) w(u). (t). (u) dt du

(t). (u).E w(t) w(u) dt du

φ

φ

φ

φ

             

=

∫ ∫

=

∫ ∫

du

dt

u)

-(t

.R

(u)

(t).

w T 0 T 0 j j p p

∫ ∫

=

φ

φ

Rw(t-u) é a função de autocorrelação do ruído w(t). A densidade espectral é constante igual a Sw(f) = N0/2. Logo:

[

]

.

(t

-

u)

2

N

(f)

S

F

u)

-(t

R

w

=

-1 w

=

0

δ

onde a função delta

=

=

u

t

0

u

t

u)

-(t

δ

Então:

[ ]

N

2

dt

(t)

.

2

N

du

dt

u)

-(t

2

N

(u)

(t)

w

E

T 0 0 2 j 0 T 0 T 0 j j 0 2 j

=

∫ ∫

p p

φ

φ

δ

=

p

φ

=

2

N

0 2 xj

=

σ

(11)

No detetor, à cada variável sij será somado um ruído Gaussiano cuja média é zero e variância N0/2, ou seja:

(

)





=

2

.

2

N

s

-x

-exp

.

2

N

.

2

1

)

/m

(x

f

0 2 ij j 0 i j j X

π

para j = 1, 2, ..., N.

5.4 – Deteção de Sinais Conhecidos em Presença de Ruído

Cada sinal si(t) i = 1, 2, …, M tem duração de Tp segundos. Nesse tempo, um desses sinais foi transmitido com igual probabilidade Prob(transmitir mi) = 1/M. Como o canal não é ideal, entra ruído, que é considerado aditivo e Gaussiano.

Logo, chega ao receptor:

M

.

2,

1,

i

T

t

0

w(t)

(t)

s

x(t)

=

i

+

p

=

L

(12)

As coordenadas de si(t), função das N funções bases podem ser representadas no espaço Euclidiano. Os M pontos (M sinais si(t)) formam a constelação de sinais. Cada si(t) é um vetor de N coordenadas.

Devido ao ruído, teremos no receptor, um sinal x(t) que também terá N coordenadas mas que nesse caso é aleatório. Esse vetor x(t) é chamado de vetor recebido ou vetor de observação. A orientação desse vetor no espaço Euclidiano é completamente aleatória.

5.4.1 – Detetor de Máxima Verossimilhança (Maximum-Likelihood) ou Máxima Probabilidade

Quando mi é transmitido, o detetor tenta estimar mi pelo vetor de observação de x(t). Caso o receptor faça a decisão m = mi, haverá uma probabilidade de erro associada, dada por:

Pe(mi, x) → Prob(mi não tenha sido transmitido/x) = 1 – Prob(mi ter sido transmitido/x)

Uma decisão ótima seria fazer:

Escolha-se m = mi, se

Prob(mi transmitido/x) ≥ Prob(mk transmitido/x)

Que é equivalente a achar:

f(mk/x) máximo

M

,

2,

1,

k

k,

=

L

Esta decisão é chamada de probabilidade máxima a posteriori. Essa condição também pode ser colocada como (utilizando a regra de Bayes)

(13)

Faça m = mi, se

i

k

para

máximo

for

(x)

f

)

m

(x

f

p

x k x k

=

onde pk é a probabilidade de se transmitir o símbolo mk.

fx(x|mk) é a função densidade de probabilidade dado um valor mk; também chamada neste caso de função de verossimilhança.

Como o denominador da expressão acima não depende de mk podemos suprimí-lo já que desejamos achar qual o valor de mk que torna máxima a expressão. Da mesma forma, como pk é constante (símbolos equiprováveis), a maximização da expressão acima, independe de pk, logo tem-se:

Escolha-se m = mi, se

fx(x|mk) é máximo para k = i.

É comum usar-se também a decisão:

Escolha-se m = mi, se

ln[fx(x|mk)] é máximo para k=i,

porque a dependência em mk está, normalmente, no argumento de exp[ ... ].

Para exemplificar, viu-se que a resposta de um detetor de correlação à entrada com ruído AWGN de média zero e densidade espectral de potência igual a N0/2 era

(

)

=





0 2 0 j 0 i j xj

N

s

-x

-exp

.

N

1

m

x

f

π

(14)

A probabilidade do vetor x que tem como coordenadas x1, x2, …, xj, …, xN é a probabilidade conjunta dessas variáveis aleatórias que, neste caso são independentes.

Logo:

(

x

m

)

)

f

)

m

f

)

m

(x

).f

m

(x

f

)

m

(x

f

N j i 1 j x i x i 2 x i 1 x i X 1 2 N

j =

=

=

L

(

)

(

)





=

= N 1 j 2 ij j 0 N/2 0 i X

N

.

x

-

s

1

-exp

.

N

.

1

)

m

(x

f

π

Então teremos como decisão:

Decide-se por mi, se

(

)

[

]

(

)

(

x

-

s

)

k

1,

2,

,

M

N

1

-.N

ln

.

2

N

-m

x

f

ln

2 N 1 j j kj 0 0 k x

=

=

L

=

π

for máxima para k = i, ou

Decide-se por mi, se

(

x

-

s

)

k

1,

2,

,

M

N

1

-2 N 1 j j kj 0

L

=

=

for máxima para k = i, já que

ln

(

N

0

)

2

N

-

π

é constante; ou ainda: Decide-se por mi se

(15)

(

)

N

=

j1 2 kj j

-

s

k

1,

2,

,

M

x

L

for mínima para k = i

Porém,

(

)

2 N 1 j j kj k

x

-

s

s

-x

=

=

representa a distância entre o ponto de sinal recebido x e o ponto de mensagem sk no espaço Euclidiano.

Continuando-se, tem-se:

(

x

-

s

)

tem

que

ser

mínimo

2 N 1 j j kj

=

(

)

=

=

= =

+

= N 1 j N 1 j N 1 j N 1 j 2 kj kj j 2 j 2 kj j

-

s

x

-

2

.

x

.

s

s

x

Como estamos tentando obter o valor de k que torna mínima essa expressão, vemos que podemos suprimir o termo

= N 1 j 2 j

x

pois não depende de k.

Por outro lado, o termo

= N 1 j 2 kj

s

representa a energia do sinal transmitido sk(t).

Então

(

)

= N 1 j 2 kj j

-

s

x

tem que ser mínimo, é equivalente a

=

+

N 1 jh j kj k

E

s

.

x

2

-

ser mínimo, que é equivalente a

= n 1 j j kj k

E

2

1

-s

.

x

ser máximo para k = i.

(16)

Resumindo, decide-se por k = i, se

= N 1 j j kj k

E

2

1

-s

.

x

for máximo para k = i.

Como exemplo, se tivermos N = 2 funções bases e M = 4 sinais a serem transmitidos da seguinte forma:

Sendo as bases: p c 1

.

cos(2

f

t)

0

t

T

T

2

(t)

=

π

φ

p c 2

T

.

sin(2

f

t)

0

t

T

2

(t)

=

π

φ

Sendo os sinais transmitidos iguais a:

(t)

.

E

(t)

s

(t)

.

E

(t)

s

1

=

φ

1 2

=

φ

2

(t)

.

E

-(t)

s

t)

.

E

-(t)

s

3

=

φ

1 4

=

φ

2

(17)

5.5 – Probabilidade de Erro

Um êrro ocorre quando mi foi transmitido porém o sinal recebido não cai na região Zi.

Esse êrro tem uma chance de ocorrer dado pelo sua probabilidade Pe.

=

=

M 1 i e

Pr

P

(mi ter sido transmitido).Pr(x recebido não cai na região Zimi foi

transmitido)

(18)

(

)

M

e i i

i 1

1

P

Pr x não estar em Z m foi transmitido

M

=

=

(

)

M e i i i 1

1

P 1 -

Pr x estar em Z m foi transmitido

M

=

=

Porém

(

)

=

i Z x i i i

m

foi

transmiti

do

f

(x

m

)

dx

Z

em

estar

x

Pr

Logo

∑ ∫

=

=

M 1 i Z i i e i

f

(x

m

)

dx

M

1

-

1

P

Exemplo 2: Sinalização M-ária

Suponha que se deseja transmitir os seguintes sinais:

p 2 1

a

0

t

T

2

1

-(t)

s

a

2

3

-(t)

s

=

=

constante

é

a

a

2

3

(t)

s

a

2

1

(t)

s

3

=

4

=

Neste caso só temos φ1(t) igual a

T

t

0

T

1

(t)

1

=

φ

(19)

T

2

a

s

T

2

a

-s

T

a

2

3

-s

11

=

21

=

31

=

T

1

0

(t)

.

s

(t)

s

T

a

2

3

s

41

=

i

=

i1

φ

1

__________________________________________________________ 3 a a 3a - T - T T a T 2 2 2

1

(t)

φ

Os sinais si(t) i = 1, … 4 são transmitidos e chega ao receptor x(t) = si(t) + w(t) 0 ≤ 1 ≤ T onde w(t) é um ruído AWGN.

Neste caso cada par de dígitos (dibit) transmitidos se somará ao ruído branco de densidade espectral igual a N0/2.

Forma de Onda Símbolo Dibit (Código de Gray)

s1(t) m1 00

s2(t) m2 01

s3(t) m3 11

s4(t) m4 10

Suponha que se transmita o dibit 00 (código m1). Neste caso no receptor, teremos a variável aleatória X1 que é uma função amostra de x(t), que neste caso só tem uma coordenada.

[ ]

a

T

2

3

-s

w

s

X

E

x

1

=

1

=

11

+

i

=

11

=

Então

(20)

[ ]

2 x1 0 1

2

N

X

var

=

=

σ

Então a função densidade de probabilidade

1 X

f

(x1/m1) será igual a

(

)

=





2 11 1 0 0 i j X1

N

x

-

s

1

-exp

.N

1

m

x

f

π

T

2

3a

s

T

2

a

s

T

2

a

-s

T

a

3a

-s

11

=

21

=

31

=

41

=

A probabilidade de êrro na certeza que se transmite o símbolo m1 (dibit 00) é dada pelo receptor ter decidido que fora transmitido m2 (dibit 01) ou m3 (dibit 11), ou m4 (dibit 10), ou seja,

00)

(10

P

00)

(11

P

00)

(01

P

(00)

P

e

=

e

+

e

+

e Porém, temos:

(21)

(

)

-0a T 1 2 1 0 0 1 1 1 X e

a

T

dx

2

3

-x

N

1

-exp

N

1

dx

/m

x

f

(01/00)

P

2 1

=

=

π

Z

(

)

1 T a 0 2 1 0 0 1 1 1 X e

2

a

T

dx

3

-x

N

1

-exp

N

1

dx

/m

x

f

(11/00)

P

3 1

=

=

π

Z

(

)

a T 1 2 1 0 0 1 1 1 X e

a

T

dx

2

3

-x

N

1

exp

N

1

dx

/m

x

f

(10/00)

P

4 1

=

=

π

Z

Define-se as funções erro [erf(u)] e erro complementar [erfc)u)], como sendo (vide apêndice A dessa apostila):

erfc(u)

-1

dy

e

2

erf(u)

=

0u -y2

=

π

)

2

Q(u

2

dy

e

2

erfc(u)

=

u∞ -y2

=

π

onde

dy

e

2

1

)

Q(y

)

y

Prob(Y

0 0 y -y2/2 0

=

=

π

(22)

Assim como a distribuição normal, as funções erf(u) e erfc(u) são tabeladas. Neste exemplo, tem-se então:

=

0 0 e

N

T

2

3a

erfc

-N

T

2

a

erfc

2

1

(01/00)

P

=

0 0 e

N

T

2

5a

erfc

-N

T

2

3a

erfc

2

1

(11/00)

P

=

0 e

N

T

2

5a

erfc

2

1

(10/00)

P

Logo

( )

=

0 e

N

T

2

a

erfc

2

1

00

P

Analogamente, podem-se obter Pe(01), Pe(11) e Pe(10).

(23)

=

=

4 1 i i e i e

p(m

)

P

(m

)

P

Assumindo-se que os dígitos mi são equiprováveis (p(mi) = ¼) e somando-se todos os termos de Pe, teremos:

=

0 e

N

T

2

a

erf

4

3

P

Este exemplo pode ser generalizado para:

2

a

1)

-(M

,

3a/2,

a/2,

(t)

s

i

=

±

±

L

±

Obtendo-se:

=

0

N

T

2

a

erfc

M

1

-M

Pe

5.6 – Receptor de Correlação

Para um canal com ruído AWGN, e os sinais de transmissão s1(t), s2(t), …, etc, o receptor ótimo é o receptor de correlação visto anteriormente. Consiste de duas partes:

1. Um banco de N produtórios e integradores (chamados conjuntamente de correlatores) com as funções bases φ1(t), φ2(t), … φN(t) geradas localmente, produzindo-se então o vetor X. Vide figura abaixo:

(24)

2. A segunda parte consiste da deteção de máxima verossimilhança. Multiplica-se cada xj do vetor de observação por cada componente skj do sinal sk(t) j = 1, …, N. Após

soma-los e diminuir de

E

k

2

1

, escolhe-se o maior valor como sendo a estimativa

m

ˆ

do sinal transmitido, conforme figura a seguir.

(25)

A figura acima representa o vetor de observação X multiplicado (produto interno) pelos vetores dos M sinais possíveis de serem transmitidos s1(t), s2(t), ..., sM(t). Após feito o produto interno, este valor é diminuido da metade da energia do sinal si(t). Feito isso, escolhe-se o maior resultado. Cada braço da figura calcula a distância do vetor X ao vetor do sinal si(t).

Cada um dos M braços da figura acima é, na verdade, decomposto conforme mostra a figura a seguir.

5.7 – Receptor com Filtro Casado

A idéia do filtro casado é se obter um filtro cuja relação sinal-ruído num determinado instante de tempo (t = T) seja máxima (na saída do filtro). Dessa forma as multiplicações no detetor de correlação são eliminadas, pois são difíceis de serem realizados na prática.

Seja o sinal recebido x(t) entrando no filtro hj(t) e produzido a saída yj(t). O filtro hj(t) é linear e invariante no tempo, logo:

(26)

Como s(t) e correspondentemente x(t) é formando pelas funções bases φj(t), vamos substituir s(t) por φ(t) representando qualquer das j = 1, …, N funções bases.

A relação sinal-ruído (SNR) em t = T será:

Substitui-se w(t) por n(t) pois w(t) é uma amostra (função amostra) de n(t), que tem média zero e densidade espectral de potência igual a N0/2.

+

=

+

Φ

=

- - j2 ft 0

(t)

φ

(

τ

)

h(t

-

τ

)

d

τ

H(f)

(f)

e

π

df

φ

[ ]

2

=

-+∞ N

=

-+

2

0

H(f)

2

df

N

df

(f)

S

(t)

n

E

Logo

(

)

df

H(f)

2

N

df

e

(f)

H(f)

SNR

2 0 2 -fT 2 OUTPUT

∞ + ∞ − ∞ + ∞

Φ

=

π j

Pela desigualdade de Schwarz, tem-se que:

(

)

[ ]

2 2 OUTPUT 0 OUTPUT 2 (T) (T) SNR VAR n(t) E n (t) φ φ = =    

(27)

dr

Y(r)

.

dr

X(r)

dr

Y(r)

X(r)

2

- 2

- 2

+

+∞ +

A igualdade se dará quando X(r) = Y*(r).

Aplicando-se essa desigualdade a SRN acima tem-se

(

)

2 2 OUTPUT 2 0 -H(f) df (f) df SNR N H(f) df 2 +∞ +∞ −∞ −∞ +∞ ∞ Φ ≤

(

)

-+

Φ

2 0 OUTPUT

N

(f)

df

2

SNR

O máximo para (SNR)0 será:

(

)

2 OUTPUTmáx -0 2 SNR (f) df N +∞ ∞ =

Φ isso se dá quando:

[

(f)

e

j2 fT

]

* *

(f)

e

-j2 fT

H(f)

=

φ

π

=

Φ

π

Logo a resposta impulsional que torna (SNR)0 máxima, será:

( )

+

=

+

Φ

=

+

Φ

=

H(f)

e

df

(f)

e

e

df

(f)

e

df

(t)

h

opt j2πft * -j2πfT j2πft * -j2πf T-t Como φ(t) é real, Φ*(f) = Φ(-f),

(28)

logo opt -j2 f(T-t)

-h (t)

+∞

(-f) e

π

df (T- t)

φ

=

Φ

=

Ou seja, o filtro ótimo tem resposta impulsional igual às das funções bases, porém invertidas (rebatidas) e deslocadas de T segundos. φ(t) é rebatido → φ(-t) e deslocado de T → φ(-t + T). Diz-se então que o filtro é casado às funções bases ortonormais.

A saída do filtro casado y(t) será:

+

+

=

- j j

(t)

x(

)

(T

-

t

)

d

y

τ

φ

τ

τ

Amostrando-se em t = T, tem-se:

+

=

- j j

(T)

x(

)

(

)

d

y

τ

φ

τ

τ

Nota-se que yj(T) = xj, onde xj é a j-ésima saída do correlator (do detetor de correlação) produzida pelo sinal recebido x(t). Logo o detetor de correlação pode ser substituído pelo detetor de filtro casado, produzindo o mesmo resultado.

Exemplo: Filtro casado para o pulso de RF definido abaixo:

Seja o seguinte pulso de RF:

c 2 cos (2 f ) (t) T 0 t T 0 outros intervalos de t t π φ   =  ≤ ≤   onde fc é um múltiplo de

T

1

(29)

T

t

0

T)

(0,

t

0

t)

f

cos(2

T

2

t)

-(T

h(t)

c



=

=

φ

π

=

=

2T)

(0,

t

0

T

2

t

T

t)

f

cos(2

T

t

-2

T

t

0

t)

f

cos(2

T

t

y(t)

(t)

*

h(t)

c c

π

π

φ

(30)

h(t) = φ(T-t) H(f) = Φ*(f) . e-j2πfT

1. A saída do filtro casado tem espectro proporcional à densidade espectral de energia das funções bases (entrada do filtro)

fT j2 -2 fT j2 -

(f)

(f)

e

e

(f)

*

(f)

.

H(f)

Y(f)

=

Φ

=

Φ

π

Φ

=

Φ

π

2. A saída do filtro casado (no domínio do tempo) é proporcional à versão deslocada da função autocorrelação das funções bases (supondo que não há ruído).

(t)

*

t)

-(T

(t)

*

h(t)

y(t)

=

φ

=

φ

φ

T)

-(t

R

d

T)

-(t

)

(

T 0

φ

τ

φ

+

τ

τ

=

φ

=

(t).

de

energia

E

(0)

R

y(T)

=

φ

=

φ

3. A relação sinal-ruído na saída do filtro casado depende somente da energia da função φ(t) e da densidade espectral de potência do ruído na saída do filtro.

(31)

dt

(t)

N

2

df

(f)

N

2

(SNR)

0T 2 0 2 -0 0

=

+

Φ

=

φ

E

N

2

(SNR)

0 0

=

(32)

5.8 – Deteção de Sinais com Fase Desconhecida (Aleatória) e Ruído Branco Aditivo

Algumas vezes, o sinal transmitido pode sofrer de ruído aditivo mas também de uma fase aleatória. Neste caso, o filtro casado ou o correlator sozinhos não são suficientes para se ter uma deteção ótima.

Suponha que se transmita

T

t

0

t)

f

cos(2

T

2E

(t)

s

i

=

π

i

onde E é a energia de si(t), T o tempo de duração do pulso e fi uma frequência múltipla de

T

1

. No receptor chega:

T

t

0

w(t)

)

t

f

cos(2

T

2E

x(t)

=

π

i

+

θ

+

onde θ e w(t) são variáveis aleatórias. Normalmente modela-se o sistema com w(t) sendo AWGN e θ uniformemente distribuída em (0, 2π).

Podemos escrever x(t) como:

T

t

0

w(t)

t)

f

sen(2

sen

T

2E

-t

f

cos2

cos

T

2E

x(t)

=

θ

π

i

θ

π

i

+

Uma maneira de se eliminar θ seria ter um correlator com funções bases cos2πfit e sen(2πfit). Após multiplicar x(t) por essas funções e integrar no tempo de duração T do pulso, teríamos como saída

E

cos

θ

e

-

E

sen

θ

(sem ruído aditivo).

(33)

Poderíamos obter E como:

E

)

sen

E

(-)

cos

E

(

θ

2

+

θ

2

=

Então uma maneira de se eliminar essa fase aleatória sem levar em conta o ruído aditivo, seria usar o seguinte sistema:

Outra maneira de se fazer isso seria substituir os multiplicadores e integradores da

figura acima por filtros casados a

t

f

sen2

T

2

(t)

a

e

t

f

cos2

T

2

(t)

i 2 i i

π

φ

π

φ

=

=

e por amostradores em t = T.

(34)

Uma outra maneira seria fazer:

Saída do filtro casado a somente a função transmitida

cos

2

f

t

T

2E

i

π

:

onde x(τ) contém a fase aleatória θ. Podemos escrever também:

=

cos2

f

i

(T

-

t)

0T

x(

)

cos2

f

i

d

T

2E

y(t)

π

τ

π

τ

τ

0T i i

(T

-

t)

x(

)

sen2

f

d

f

sen2

T

2E

-

π

τ

π

τ

τ

Como a envoltória de y(t) não é afetada por θ, podemos calculá-la e avaliá-la em t = T.

d

)

f

sen(2

T

2

)

x(

d

)

f

cos(2

T

2

)

x(

l

2 i T 0 2 0 i 2 i

+

=

T

τ

π

τ

τ

τ

π

τ

τ

que é a saída do filtro em quadratura. Logo podemos ter o seguinte detetor:

(

)

[

2

f

T

-

t

]

d

cos

)

x(

T

2E

y(t)

=

0T

τ

π

i

+

τ

τ

(35)

APÊNDICE A Definição:

=

2

0x

e

-t

dt

erf(x)

2

π

∞ ∆

=

=

2

x

e

-t

dt

1

-

erf(x)

erfc(x)

2

π

Relação com a distribuição normal de média m e variância σ2:

+

=

σ

σ

π

σ

2

m

-x

erf

1

2

1

dt

e

2

1

x -/2 m) -(t -2 2 2

Expressão assintótica de erfc(x) quando x → ∞

+

∞ =1 i 2 i i x

-)

(2x

1)

-(2i

1.3.5

(-1)

1

x

e

~

erfc(x)

2

L

π

Algumas probabilidades de uma variável aleatória X e seus relacionamentos com as funções erf e erfc:

+

=

<

σ

2

m

-x

erf

1

2

1

x)

P(X

=

>

σ

2

m

-x

erfc

2

1

x)

P(X

(36)

{

}

+

+

=

<

σ

σ

2

m

x

erf

2

m

-x

erf

2

1

x

X

P

{

}

+

+

=

>

σ

σ

2

m

x

erfc

2

m

-x

erfc

2

1

x

X

P

(37)

Referências

Documentos relacionados

Segundo a Portaria nº 793 de 2012, o componente Atenção Básica na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência terá como pontos de atenção as Unidades Básicas de Saúde (UBS)

a) Oração – Estimule as crianças a falarem com Deus. É importante variar com oração de gratidão, de intercessão, de confissão, de petição e também variar os motivos de

“Uma vez realizada uma generalização, somente pode ser descrita como boa ou má, não como certa ou errada, uma vez que as alterações introduzidas na informação têm

A menor proporção de uso do SUS para exames preventivos e de diagnóstico precoce, em especial os cânceres de mama e próstata, sugere baixa cobertura populacional que pode

referencial serve de base para o desenvolvimento de um tópico, a presença de um tópico oferece tão somente as condições possibilitadoras e preservadoras da

Os relatórios de risco são gerados diariamente e circulam por todos os profissionais da LGI responsáveis pelas estratégias, CIO, analistas e compliance, incluindo métricas de risco

Sirona Dental Systems GmbH 5 Instruções de cuidados e limpeza para a equipe do consultório Manual de instruções Monitor de 22 polegadas 5.1 Produto de conservação e limpeza. 5

SERRALHERIA DO PEDRAO, TATTI OLIVEIRA FOTOGRAFIA, BAR ELVINHO , TRAILER DA NINICA, PEDRAO PICTURES. 116 Tiago