TECNOLOGIAS
INTERATIVAS E EDUCAÇÃO'
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(IN T E R A C T IV E T E C H N O LO G Y
A N O
E O U C A T IO N )
RESUMO
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo
cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo b j e t i v o d o t e x t o é o d e t r a t a r a t e m á t i c a d a s t e c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s e e d u c a ç ã o c h a m a n d o a a t e n ç ã op a r a r e d u c i o n i s m o s e e q u í v o c o s q u e l i m i t a m a c o n t r i b u i
-ç ã o q u e e l a s t e r i a m a o f e r e c e r àm e l h o r i a d o e n s i n o n a s
e s c o l a s b r a s i l e i r a s . D i s c u t e m - s e a l g u n s c o n c e i t o s
( t e c n o l o g i a , e d u c a ç ã o e s c o l a r , n o v a s t e c n o l o g i a s n a e d u
-c a ç ã o , t e -c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s ) . I d e n t i f i c a m - s e h i p ó t e s e s
( m o d e l o d e c o m p e t ê n c i a , m i t o d a t e c n o l o g i a , e t e c n o l o g i a
e d u c a c i o n a l r e v i s i t a d a ) e m t o r n o d a s q u a i s o s r e d u c i o
-n i s m o s e e q u í v o c o s s ã o c o n s t r u í d o s . C o n c l u i - s e , a b o r
-d a n -d o l i m i t e s n o s a b e r t e ó r i c o - p r á t i c o -d a á r e a p e -d a g ó g i c a
e a s p e c t o s d a f o r m a ç ã o d e p r o f e s s o r e s f a c e à p r e s e n ç a
c r í t i c a d a s t e c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s n a e d u c a ç ã o .
Palavras-chave: desenvolvimento tecnológico e educação, novas tecnologias e educação, modelo de competência.
ABSTRACT
T h e t e x t d e a l s w i t h t h e s u b j e c t o f i n t e r a c t i v e
t e c h n o l o g y a n d e d u c a t i o n ,c a l l i n g a t t e n t i o n t o
r e d u c t i o n i s m s a n d m i s t a k e s w h i c h c o n s t r a i n t h e
c o n t r i b u t i o n t h a t t e c h n o l o g y m a y g i v e t o B r a z i l i a n s c h o o l s .
S o m e c o n c e p t s ( t e c h n o l o g y , s c h o o l i n g , n e w t e c h n o l o g y
i n s c h o o l i n g , i n t e r a c t i y e t e c h n o l o g y ) a n d h y p o t h e s i s
( c o m p e t e n c e m o d e l , m y t h o f t e c h n o l o g y a n d e d u c a t i o n a l
t e c h n o l o g y r e v i s i t e d ) a r e d i s c u s s e d C o n c l u s i o n p o i n t s o u t
l i m i t s i n t h e o r e t i c a l a n d p r a c t i c a l p e d a g o g i c a l k n o w l e d g e
a n d s o m e a s p e c t s i n t e a c h i n g e d u c a t i o n u n d e r t h e c r i t i c a l
p r e s e n c e o f i n t e r a c t i v e t e c h n o l o g y i n e d u c a t i o n a l a r e a .
Keywords: Technological development and education, new technology and education, competence mode\.
MARIA RITA NETO SALES OLIVEIRA2
INTRODUZINDO A TEMÃTICA
Com base em minha prática profissional em uma Instituição de Educação Tecnológica - o Centro Fede-ral de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) e nos estudos que venho desenvolvendo na área do ensino, no Brasil, tomo como base para discutir a temática das t e c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s e e d u c a ç ã o : - o pressuposto de que " a s p o s s i b i l i d a d e s p o s t a s p e l a s
n o v a s t e c n o l o g i a s " e pelas t e c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s ao ensino só terão chances de se concretizarem na dire-ção de uma " e d u c a ç ã o e s c o l a r e m a n c i p a t á r i a " (ENDIPE, 1998), quando forem abordadas sem alguns reducionismos, e equívocos presentes no tratamento das relações entre a educação e o setor produtivo, e no tratamento da presença das tecnologias na educação, face ao estágio atual de desenvolvimento tecnológico. Apresso-me a registrar que conceituo a e d u c a
-ç ã o e s c o l a r e m a n c i p a t ó r i a como a formação crítica e criativa do aluno-cidadão, àluz de um projeto de socie-dade mais justa e democrática, fundado na superação das relações de alienação, exploração e dominação. Apresso-me, ainda, a me posicionar a favor da possibi-lidade de ruptura com essas relações, por meio de lutas que envolvem, sim, a exploração das capacidades, dos produtos e processos tecnológicos, construídos, que são, no jogo de forças e interesses contraditórios dos dife-rentes sujeitos e setores da formação social brasileira.
Inicialmente eu vou fazer algumas considerações conceituais, seguidas da discussão do tema em tomo de três hipóteses, estreitamente relacionadas entre si, e aqui denominadas de: m o d e l o d e c o m p e t ê n c i a , m i t o
d a t e c n o l o g i a , e t e c n o l o g i a e d u c a c i o n a l r e v i s i t a d a . Para concluir, abordo limites no saber teórico-prático na área pedagógica, além de aspectos da formação de
I O texto tem como base atividades desenvolvidas no estágio de pós-doutoramento da autora, noP r o g r a m a d e E s t u d o s P ó s - G r a d u a d o s e m E d u c a ç ã o : H i s t ó r i a , P o l í t i c a , S o c i e d a d e , na PUC de São Paulo, com financiamento do CNPq. Versão preliminar foi apresentada no Simpósio T e c n o l o g i a s i n t e r a t i v a s e e d u c a ç ã o , no IX Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (IX ENDIPE), ocorrido em Águas de Lindóia, em maio de 1998, e foi publicada nos A n a i s do Encontro (OLIVEIRA, 1998).
2 Prof'. Titular da FaE-UFMG e Prof'. Adjunto, doutora do CEFETIMG.
professores, face à presença crítica das tecnologias interativas na educação.
O conteúdo deste teXto baseia-se nas seguintes fontes:
• estudos sobre acbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAp r á t i c a p e d a g ó g i c a n o e n s i n o t e c n o l ó g i c o Oliveira. 1997a, 1997b);
• análise de projetos de pesquisa e de cursos de especialização na área da educação e informática, apre-sentados. nesta década. a agências financiadoras - CA-PES e Q\l'q - das ~i5 tenho sido consultora a d - h o c ;
pesquisa ~ ..a na área mencionada, e reali-odução intelectual brasilei-_ (Oliveira, 1993); e, ainda, e Gonçalves (1998), envol-icio da década de 80 a 1997
CONSIDE'RACOES
CONCEITUAIS
rue considera a t e c n o l o g i a o objetivo de resolver
pro-zecessídades enfrentadas pelos sujei-VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA :=<,..:~;<J;. -?social. Essa concepção implica
i não apenas produtos, tais mputacionais, programas .visivos,s o ; ; ; - ~ ,
...-5
também, processos, tais como,e..~ção, as formas de organização
,~~< ~~:llar ou no ensino à distância.
o que as tecnologias são pro-aistoricamente construí dos,
ex-'5das quais dependem, mas que
r.:r-~~"'':êSpor eles. Assim, os produtos
rrocesszs ~_-,p::05 são a r t e f a t o s sociais e cultu-':::L'J. _:' • :..::--~gorelações de poder, intenções ~ caráter social e histórico não ~~:ogias. Ele é propriedade
essen-:--- -:?c>=.zP O ":"":;=ç2o.e, é claro, da educação escolar.
" n ..- a ç ã o e s c o l a r , ela é um trabalho - e reprodução da existência
hu-ial e espiritual, pelo qual os ato-....ógica, professores e alunos, em ~-i...'=ZlIl-se entre si e com o mundo natu--" trabalho, o objetivo de formação _ assimilação, construção e produção ~,:"e:las à transmissão de idéias, valores e co::..:.e-i::::=:.J.5.-iceducação escolar é trabalho
produ-10homem, ép r á x i s -prática inten-U!=~::..'..l=adora -, articulada às bases materiais
as práticas sociais com as quais se re~'-~' ezícamente.
Entendo, ainda, que a educação escolar envolve interação, comunicação entre as pessoas, não excluin-do recursos físico-materiais mediaexcluin-dores, e posicionanexcluin-do o próprio professor como um mediador entre os alunos e os produtos e processos culturais. Dentro disso, esse trabalho didático envolve condições objetivas e subje-tivas de uma relação social, cuja interlocução entre os atores pedagógicos faz parte da identidade do trabalho em pauta. Grosso modo, e em outras palavras: só há educação escolar no contexto do trabalho didático, que é uma produção histórico-social, implicando sujeitos definidos historicamente como professores e alunos.
Já a expressão n o v a s t e c n o l o g i a s n a e d u c a ç ã o e s
-c o l a r refere-se a recursos - produtos e processos - presen-tes nos âmbitos da administração e da condução do processo de ensino nas escolas, e que se relacionam ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico. Este impli-ca mudanças no setor produtivo quanto a informatização, automação, robotização, tendo em vista as novas bases técnicas da produção, fundadas na microeletrônica, mas, também, as novas formas de gestão e controle da produ-ção, caracterizadas pela racionalização sistêmica.
Importa lembrar a realidade de que as tecnologias, construídas historicamente, são reconstruídas quando utilizadas no interior do processo também histórico de educação escolar' . Assim, por exemplo, as denomina-das resistências do setor educacional à disseminação das novas tecnologias, no ensino, quando comparadas com a aceitação da disseminação dessas tecnologias no setor dos serviços bancários, sinalizam significados diferentes que lhes são atribuídos num e noutro caso, e pelos quais os aspectos técnicos das tecnologias são ressignificados à luz de aspectos ideológicos e políti-cos, no interior de cada um dos setores em pauta.
Entre as novas tecnologias na educação escolar, aquelas que se denominam i n t e r a t i v a s , no interior do saber teórico-prático do campo do ensino, independen-temente de discussões acerca do conceito de interação, caracterizam-se por envolver um ambiente em que o aluno c o n v e r s a com oa p a r a t o tecnológico em uma lin-guagem que este oe n t e n d e , e portanto, lhe responde. É freqüente, ainda, na produção teórico-prática da área, o uso da expressão ambiente interativo, para caracterizar situações de ensino-aprendizagem, em que há vários recursos tecnológicos interativos presentes em um mes-mo ambiente, interligados ou não entre si.
A concepção de tecnologia interativa" aparece enfatizada principalmente nas situações de uso da
de-L Z :::.~ i:à ::: privilégio das novas tecnologias na educação. Conforme discutidos por Yves Schwatz, em palestra proferida em 08/
5:. sobre novas organizações do trabalho, pesquisas em empresas, ainda que do mesmo setor, por exemplo, o das ~,'~ - rcas, evidenciam o fato de que a presença de novas tecnologias organizacionais não se traduzem de forma monovalente
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,T-
":5'::::q>resas estudadas, além do fato de que dados de pesquisa mostram grandes diferenças entre o comportamento dessas~~;;:> setor industrial e o seu comportamento no setor de serviços.
~;;,;: Oliveira (1993) e Gonçalves (1998).
n o m i n a d a f i l o s o f i azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBALOGO na educação. Esta se refere a uma proposta pedagógica com fundamento na teoria
piagetiana em que o microcomputador é considerado elemento catalisador de mudanças radicais na educa-ção. Entretanto, o criador d a f i l o s o f i a LOGO - Seymour Papert - admite a sua existência mesmo sem o micro. Assim, n e s s a f i l o s o f i a , o importante é uma concepção de educação que envolve estímulo ao desenvolvimento pessoal, à independência, para a qual, no entanto, não haveria dúvidas de que o micro, através da linguagem LOGO, seria um instrumento poderoso.
Nesse contexto, a concepção de interação no in-terior da teoria piagetiana, que pressupõe o processo de construção do conhecimento como fruto da interação entre sujeito e objeto epistemológicos, é usada como pano de fundo para discussões comparativas entre o uso do microcomputador, no ensino, como um instrutor (ten-do como pano de fun(ten-do a teoria comportamental) ou como um aprendiz do aluno (tendo-se como pano de fundo o interacionismo construtivista)". Neste último caso, defende-se, entre outras, as posições de que ao
e n s i n a r o computador, o aluno: aprende mais profun-damente sobre o próprio processo de aprender do que nas situações do uso do computador como um instru-tor; e vivencia experiências qualitativamente diferen-tes das experiências que vive em qualquer outra condição escolar. Com tudo isso, a concepção de tecnologia interativa na educação e no ensino vem atre-lada à idéia de desenvolvimento de autonomia e de pen-samento crítico do aluno em sala de aula.
Finalmente, acerca da concepção de interação no interior das tecnologias na educação, importa que se discuta uma questão importante. Essa interação sugere a ocorrência de um processo de comunicação m a i s c o m
-p l e t o do que de fato, àquele que é viabilizado pela/na presença dessas tecnologias.
Assim, por exemplo, um programa interativo pela TV sugere uma plena comunicação entre os telespec-tadores que estão assistindo ao mesmo programa e que podem ser alunos de uma escola. No entanto, essa co-municação é mediada por um apresentador, que lida com um leque restrito de alternativas já postas, sobre as quais cada telespectador, cada aluno pode/deve opinar. Da mesma forma, um usuário ou um aluno, n a v e g a n d o na
i n t e r n e t , tem a i l u s ã o de que está interagindo com o mundo, e apreendendo a realidade deste em sua pleni-tude, limitada apenas pela medida de seus interesses. Encobre-se o fato de que o contato se faz com o caráter simbólico dessa realidade e nos limites dos recursos tecnológicos em pauta. Além disso, numa situação de interação do aluno com a TV ou com o micro, o aluno
pode i n t e r a g i r com op r o g r a m a , modificando-o, mas nos limites das opções e limites que o recurso tecnológico apresenta.
A
HIPÓTESE DO MODELO DE COMPETENCIAEstou me utilizando aqui da h i p ó t e s e d o m o d e -l o d e c o m p e t ê n c i a para me referir à posição que de-fende a presença das tecnologias interativas na educação e no ensino, a partir da discussão do relaci-onamento entre educação e trabalho, mediado pela questão da exigência de um novo padrão de formação profissional, face ao uso de novas tecnologias no se-tor produtivo.
Em síntese, essa hipótese, presente em muitos dos estudos que defendem a utilização das tecnologias interativas no setor educacional, afirmaria que o traba-lho flexível e integrado, típico da indústria informa-tizada, exige novos requisitos de formação e atuação profissional: capacidade de interação grupal; responsa-bilidade com o processo de produção; presteza de in-tervenção; capacidade de síntese, análise e avaliação; raciocínio lógico, abstrato e crítico; capacidade de aprender. Dentro disso, conforme afirmam Ferretti e outros (Ferretti et al, 1998),
c o n t r a r i a m e n t e a o q u e s e d a v a n o
t a y l o r i s m o - f o r d i a n o , o s a b e r c o n s t r u í d o p e l o s
t r a b a l h a d o r e s n o c o t i d i a n o d a f á b r i c a p a s s a
n ã o a p e n a s a s e r r e c o n h e c i d o , c o m o r e q u i s i t a
d o e p r e m i a d o ( ...) , p o r q u e s e r e c o n h e c e s u a f o r
-ç a p a r a a r e s o l u -ç ã o d o s p r o b l e m a s d i á r i o s c o m
q u e a p r o d u ç ã o s e d e f r o n t a ...
Assim, a competência do trabalhador não signi-fica " a p e n a s o s a b e r / f a z e r , o d o m í n i o d o c o n h e c i m e n t o t é c n i c o m a s , p r i n c i p a l m e n t e , o s a b e r / s e r , a c a p a c i d a d e
d e m o b i l i z a ç ã o d o s c o n h e c i m e n t o s ( n ã o a p e n a s t é c n i
-c o s ) p a r a e n f r e n t a r a s q u e s t õ e s p r o b l e m á t i c a s p o s t a s
p e l a p r o d u ç ã o " (Ferreti et al, 1998). O novop a d r ã o d e
c o m p e t ê n c i a , requerido pelo setor produtivo, pode ser sintetizado na nova necessidade de uma formação ge-ral, sólida e crítica por parte do trabalhador, o que iria ao encontro dos interesses da educação escolar emancipatória.
A partir daí, há a defesa do uso de novas tecnologias na educação e no ensino, no processo de formação de novos trabalhadores, que estariam sendo requeridos pelo estágio atual de desenvolvimento tecnológico, através de um processo didático-pedagó-gico que não deveria e não poderia ser a t r a s a d o .
5 Ver discussão sobre o uso do computador na escola a partir da categorização de Taylor (1980), segundo o qual o micro pode aparecer
como um instrumento ( t o a / ) , um instrutor ( t u t o r ) ou um tutorado ( t u t e e ) .
No entanto, as discussões sobre o uso das novas
tecnologias no setor educacional, no interior dessacbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAh i
-p ó t e s e do m o d e l o d e c o m p e t ê n c i a , na produção intelec-tual na área da educação e informática no País, apresentam reducionismos lógico-históricos. Estes se expressam em argumentações tomadas para se defen-der o caráter inevitável do uso das tecnologias na edu-cação e no ensino, em particular no caso daquelas baseadas na microeletrônica" .
Os argumentos para a defesa das novas tecno-logias no setor educacional expressam reducionismos no tratamento da questão, quando, por exemplo: (a) afir-mam a generalização da denominada restruturação pro-dutiva no cenário brasileiro, a entendem como destino e não como tendência, e a tratam como se ela fosse des-tituída de conflitos, e, conseqüentemente, de forma descontextualizada, frenteVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà mencionada relativização da aceleração do progresso técnico e do relacionamen-to deste com a estrutura produtiva e o sistema educaci-onal brasileiro; (b) afirmam, de forma absoluta, a realidade da elevação e da mudança da natureza das qualificações exigidas do trabalhador, sem o entendi-mento de que o processo de qualificação da força de trabalho não é um dado absoluto. Desconhecem que o processo de qualificação-desqualificação é um proces-so contraditório, implicando descompasproces-sos nos diferen-tes setores do mundo produtivo e construções e negociações sociais; (c) equacionam as questões edu-cacionais nos limites da modernização econômica do País, e dos interesses empresariais, reduzindo direitos à educação aos imperativos do mercado de trabalho; (d) transpõem propostas teórico-práticas do mundo fa-bril para o mundo escolar, implicando necessárias distorções na compreensão e no tratamento dos proces-sos de educação e de ensino, que são operadas, para que estes se adaptem à linguagem, à estrutura e à dinâ-mica próprias do mundo fabril; (e) afirmam, de forma absoluta, a capacidade de o uso dos recursos tecnológicos no ensino, sobretudo os computacionais, propiciar o alcance do objetivo de o aluno aprender a aprender, e alcançar um grau de desenvolvimento afetivo-cognitivo superior, desconhecendo a relatividade e os conflitos nos resultados de pesquisas que tratam do uso da informática na educação.
Finalmente, as fundamentações da utilização das tecnologias interativas no setor educacional, com base na h i p ó t e s e d o m o d e l o d e c o m p e t ê n c i a , defendem a posição de que os problemas educacionais e do ensino devem ser equacionados no interior de um processo educarivo que possui como objetivo a formação do ho-mem coatemoorâneo para o novo século. Nesse
pro-o;;;;
cesso, estariam presentes objetivos educacionais relati-vos àquelas competências do novo trabalhador, aqui mencionadas. No entanto:
• parece não haver um tratamento mais compre-ensivo sobre o significado social e cultural dessas com-petências, cujas referências transformam-se em expressões destituídas de sentido concreto;
• embora possa-se afirmar (ver, por exemplo, Ferretti et al.), a existência de concordância entre as demandas pelas competências listadas e a perspectiva humanista do processo educativo, cujos objetivos deve-riam privilegiar habilidades cognitivas e comportamen-tos afetivos em detrimento de habilidades psicomotoras e da memorização de conhecimento, essa concordância parece situar-se plenamente apenas no âmbito do dis-curso. Ela é garantida pelo fato: de que o significado dessas competências, expressas como finalidades ge-rais e abstratas, não é, de fato, explicitado; a rigor, o acordo é aparente, e não significa a existência de con-sensos entre os objetivos no interior do setor produtivo e os objetivos no setor educacional.
O não reconhecimento do exposto e, de resto, a não superação dos reducionismos e equívocos aqui ex-pressos dificultam e até mesmo impedem a efetivação da contribuição que as novas tecnologias e as tecnologias interativas teriam a oferecer à melhoria do processo de ensino-aprendizagem nas escolas do País.
A
HIPÓTESE DO MITO DA TECNOLOGIAEm estudo que envolve escolas da rede pública do ensino técnico em São Paulo (Oliveira, 1997b), ao descrever os trabalhos escolares que os alunos vêm de-senvolvendo na disciplina de Artes, uma professora as-sim se expressa: " p e l o s t r a b a l h o s d o s a l u n o s , p o d e - s e
c o n c l u i r q u e a t e c n o l o g i a éo m i t o d o s d i a s d e h o j e " . O interessante é o fato de que isso parece ocorrer também no âmbito dos professores, e de outros profissionais nas escolas, para quem as novas tecnologias na educação, e, particularmente, as tecnologias interativas, só não estariam sendo utilizadas pela falta de condições obje-tivas e de preparo geral dos professores para lidar com elas; na opinião dos atores pedagógicos, essas tecnologias garantiriam melhorias no processo ensino-aprendizagem, principalmente em relação ao desenvol-vimento cognitivo dos alunos.
Denomino a posição mencionada deh i p ó t e s e d o
m i t o d a t e c n o l o g i a , porquanto, de fato, ela implica a ilusão de se atribuir aos recursos tecnológicos um valor acima das suas possibilidades de influência na melhoria
rodução intelectual na área da educação e informática, no País, é bem marcada pelos reducionismos aqui iscencos, co::.iO= evidenciam as fontes em que este texto se baseia.
do processo ensino-aprendizagem. No entanto, a rigor, no interior dessa posição lida-se contraditoriamente com a natureza da tecnologia, embora seus defensores não demonstrem consciência disso. Dessa forma, eles
atri-buem à tecnologia características docbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAs a g r a d o - de po-der infinito e perene, de demanda de celebração -, e ao
mesmo tempo, a consideram como um a r t e f a t o cultu-ral transitório, criado não para ser celebrado, mas para ser consumido e trocado como mercadoria, em um mer-cado extremamente competitivo e integrado.
A hipótese em pauta relaciona-se a aspectos po-lêmicos no estudo da questão em pauta, entre os quais cumpre salientar pelo menos dois.
O primeiro refere-se à positividade ou não do desenvolvimento das forças produtivas em relação à evolução do modo de produção capitalista. Isso traz à tona o debate, não resolvido no seio do marxismo, so-bre o princípio explicativo da transformação social,
implicando maior ou menor adesãoVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà posição de afir-mação da existência de contradições entre as forças
pro-dutivas e as relações de produção, numa dada formação social. Tal como definida, a h i p ó t e s e d o m i t o d a
t e c n o l o g i a parte da defesa do desenvolvimento das for-ças produtivas para a transformação social, e, particu-larmente do setor da educação, e, junto a isso, da defesa da neutralidade da tecnologia. E como a tecnologia é considerada neutra e servidora de todos os homens, não se reflete mais sobre os seus fins e ela se transforma em um fim em si mesma.
De forma estreitamente ligada ao aspecto ante-rior, advoga-se a presença das novas tecnologias na es-cola, sobretudo o microcomputador, defendida como panacéia para a solução dos problemas educacionais, equacionados nos limites da racionalidade técnico-sistêmica. E, com isso, não raro, deixa-se de considerar o fato de que esses recursos, pelas suas condições de operação dos sistemas de organização e armazenamento de dados e conteúdos, tratam de informações do tipo saber-enciclopédico, e não saber-conhecimento. Além disso, pela lógica que-lhes é implícita, e pela forma par-ticular com que incorporam e tratam o saber, as novas tecnologias imprimem um conteúdo particular à for-mação do aluno.
De fato, quer sejam utilizados como recursos para o ensino ou para a pesquisa, as novas tecnologias, prin-cipalmente o microcomputador, imprimem as caracte-rísticas próprias da sua lógica aos conteúdos de ensino com os quais lidam e, junto a isso, influenciam de for-ma particular o processo de forfor-mação do aluno, quando:
• encobrem· o aspecto não dogmático e subjetivo do saber que veiculam, pelo caráter de precisão e obje-tividade que lhe imprimem;
• encobrem, também, o caráter seletivo do con-teúdo e das informações que colocam à disposição e
para o acesso do usuário, pela aparência de que este pode a c e s s a r , através de listas de opções, todo o saber científico-tecnológico, que estaria à disposição de qual-quer interessado;
• no caso dos editores de texto, reforçam a con-cepção de escrita, pela qual a excelência de um texto está vinculada a aspectos formais, gramaticais e orto-gráficos, em detrimento de aspectos semânticos, e, no qual, criatividade e caráter inédito se situam na reor-ganização de sentenças e parágrafos de textosjá produ-zidos, e não na construção de novas idéias;
• veiculam a concepção de pesquisa nos limites da busca de dados e informações.
Além disso, importa registrar que os recursos interativos imprimem, de fato, um caráter lúdico im-portante para o sucesso dos resultados escolares. No entanto, há que se cuidar para que a seleção desses re-cursos leve em conta, também, a sua qualidade, para além dos seus aspectos formais, pois, " q u a l q u e r a s n e i
-r a p o d e s e t o r n a r i n t e r e s s a n t e e p r e n d e r a a t e n ç ã o ,
d e s d e q u e a r e s p o s t a d o s m o v i m e n t o s d o o p e r a d o r a p a
-r e ç a n u m a t e l a s o b f o r m a d e f i g u r a s f l a m e j a n t e s
m u l t i c o l o r i d a s "(Machado, 1993, p.3).
Assim, da mesma forma que em relação à h i -p ó t e s e d o m o d e l o d e c o m p e t ê n c i a , a h i p ó t e s e d o m i t o
d a t e c n o l o g i a envolve problemas que precisam ser superados.
A
HIPÓTESE DA TECNOLOGIA EDUCACIONALREVISITADA
Denomino porh i p ó t e s e d a t e c n o l o g i a e d u c a c i o
-n a l r e v i s i t a d a a posição presente em programas de am-pla imam-plantação ou mesmo de utilização mais restrita da informática nas escolas, em que se idealiza e se bus-ca efetivar um processo educacional com, da, e para a tecnologia. Aqui o discurso educacional é fundamen-talmente de natureza técnicaltecnológica, e nele os pro-blemas da prática pedagógica escolar são equacionados nos limites do tratamento de processos e instrumentos técnico-didáticos e de conteúdos escolares desvin-culados do contexto no qual foram produzidos e ao qual servem.
Na defesa dessa hipótese, em primeiro lugar, en-contra-se o uso das novas tecnologias nas escolas to-madas apenas como recursos didáticos. Trata-se, então, da educação escolar ou do ensino com tecnologia. Além da situação do ensino com tecnologia, há também a si-tuação do ensino da tecnologia, na sala de aula das escolas. Neste caso, o tratamento das novas tecnologias aparece, não raro, na preocupação dos professores e alunos com a aprendizagem utilitária de novos equipa-mentos, s o f t w a r e , linguagens e sistemas
rizados de organização da produção. Aqui é comum a situação em que a preocupação com os produtos e os meioscbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAs u b s u m e m a preocupação com os processos e os fins, e a escola, que é considerada, muitas vezes, a par-tir do que se poderia denominar de dimensão mercan-til, passaria a desempenhar o papel de concretizar o ensino para a tecnologia.
Em síntese, a h i p ó t e s e d a t e c n o l o g i a e d u c a c i o
-n a l r e v i s i t a d a implica, à luz das hipóteses anteriores, a proposição o do resgate da importância da tecnologia educacional, tal como defendida pelo tecnicismo peda-gógico, mas tratada, agora, def o r m a d i f e r e n t e :
• a partir de discussões relativas ao paradigma da empresa flexível e integrada; e
• em termos da consideração das tecnologias no trabalho escolar não apenas como método/recurso de ensino, mas, também, como conteúdo/ objeto de ensi-no, nos limites de um reducionismo pragmático.
No entanto, da mesma forma que as anteriores, essa hipótese é muito maisp r o p o s i t i v a do que d e s c r i t i v a . As-sim, enriquecendo as considerações já feitas, importa re-gistrar o fato de que, por exemplo, quanto à questão do processo de seleção e organização do saber escolar, no contexto das novas tecnologias e das tecnologias interativas, resultados de pesquisa (Oliveira, 1997a, 1997b) evidenciam que efetivamente esse processo está longe de i n c o r p o r á - I a s como um fator determinante.
Na realidade, a seleção e organização do saber es-colar é determinada por outros fatores entre os quais não exerceria papel significativo a presença ou não das tecnologias interativas na escola. Entre os fatores determinantes do processo de seleção e organização do saber escolar, salienta-se: (a) a importância atribuída à motivação e à aprendizagem de solução de problemas por parte dos alunos; (b) a lógica própria do conteúdo da ma-téria de estudo abordada em função da obtenção de pré-requisitos por parte dos alunos, para o acompanhamento da matéria a ser estudada, e em função de etapas ou proce-dimentos para a realização de uma dada atividade ou tare-fa; e, também, (c) as características dos perfis profissionais nas áreas em que as disciplinas curriculares se enquadram, tendo em vista a formação de um profissional tecnica-mente competente para atuar no mercado de trabalho. No entanto. mesmo neste último caso, pelo menos a preocu-pação com a presença das novas tecnologias ou das tecnologias interativas na escola, aparece, apenas, nas condições. ou de ampliação de recursos à disposição dos alunos e professores, em geral no contexto de atividades extracurriculares, ou de seu uso, sim, na sala de aula, mas nos casos de cursos e disciplinas em que essas tecnologias aparecem como conteúdo/objeto de estudo.
.-\ partir do exposto, a virtualidade da contribui-o na tecncontribui-olcontribui-ogia educacicontribui-onal para a melhoria dos
re-sultados do ensino na sala de aula, das escolas brasilei-ras, situa-se nos limites:
• da possibilidade de superação dos reducio-nismos e equívocos, aqui expostos;
• da efetivação de um processo educativo que re-conhece o caráter histórico das tecnologias, as limi-tações objetivo-subjetivas da sua utilização no ensino, buscando superá-Ias;
• da diminuição da ênfase no ensino para, com e da tecnologia, em beneficio de um processo que lida com at e c n o l o g i a p a r a o e n s i n o e oe n s i n o s o b r e a t e c n o l o g i a .
Com isso, a presença crítica das tecnologias interativas na educação apareceria em um processo educativo em que a Tecnologia Educacional estaria
s u b s u m i d a pela Educação Tecnológica. Nesta, as tecnologias são capitalizadas em prol do aniquilamen-to das estruturas de exclusão social deste fim de século.
PARA CONCLUIR
Pode-se falar de um certo consenso entre os edu-cadores, em particular entre aqueles vinculados ao Sis-tema de Educação Tecnológica do País, relativos ao reconhecimento da importância de se definir uma polí-tica tecnológica referente a geração, difusão e incorpo-ração de novas tecnologias, ligadas à nova capacitação tecnológica do conjunto do setor produtivo, para que o País alcance um novo patamar de desenvolvimento so-cial e econômico, no novo modelo de competição in-ternacional. E, dentro disso, que se discutam princípios e diretrizes referentes ao sistema educacional. Assim, acaba-se concluindo que, embora este não seja definidor de alterações no cenário atual do País, e não possua sua identidade adstrita às mudanças do trabalho no espaço fabril, essas não podem ser negligenciadas, no setor educacional, dadas a sua influência em termos de no-vas relações entre trabalho e educação, e até mesmo a falta de previsibilidade das suas conseqüências, no jogo dos diferentes interesses que permeiam esse cenário.
Dentro disso coloca-se um desafio para o saber teórico-prático na área educacional, na condição do estágio atual de desenvolvimento tecnológico: a supe-ração dos descompassos entre o debate e a produção intelectual na área, nof ó r u m t e ó r i c o da academia, em tomo das questões aqui discutidas, e o seu tratamento na realidade das escolas em geral. A esse propósito, o trabalho pedagógico no interior da sala de aula, no Sis-tema de Educação Tecnológica, sugere a nem sempre familiaridade dos professores com o debate aqui levan-tado, a despeito do fato de expressarem reconhecimen-to sobre a importância de as práticas de ensino se desenvolverem levando-se em conta a questão da
mo-dernização produtiva. Assim, a virtual idade da contri-VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
buição desse debate para a prática escolar acaba por não se realizar.
Além disso, para contribuírem na construção da relação entre as novas tecnologias e a educação dirigida à educação escolar emancipatória, a teoria educacional, em geral, e a teoria didática, em particular, devem supe-rar alguns de seus limites. Entre estes, registram-se:
• as análises sobre o estágio atual do desenvolvi-mento tecnológico e suas relações com a educação não incorporam análises sobre as práticas curriculares nas salas de aula nas escolas, tampouco sobre as práticas escolares que envolvem tecnologias educacionais que vão ao encontro desse estágio;
• corroborando as considerações de Silva (1991), acerca das limitações no tratamento da questão da pro-dução, distribuição e transformação do conhecimento, por parte das teorias da educação, de um lado, e das aná-lises do processo de trabalho capitalista, de outro, tem-se: os estudos sobre as relações entre novas tecnologias e educação deixam de problematizar as condições de construção e reconstrução do conhecimento científico que é/seria incorporado na tecnologia, e que abrangem não só as formas e limites de acesso a esse conhecimento, mas também o fato de ele não ser gerado e distribuído exclusivamente no contexto da produção ou no contexto da escola. Isso ocorre também no âmbito da produção intelectual sobre a relação entre conhecimento científico e saber escolar, uma vez que essa produção deixa
implí-cita a afirmação de que o conhecimento científico estáVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà disposição da escola, em relação ao qual esta possui
li-vre acesso para selecioná-lo e organizá-lo.
O exposto vai ao encontro do fato de que as prá-ticas, as discussões, as diretrizes legais e os programas de melhoria do ensino, no interior do Sistema de Edu-cação Tecnológica, em que venho atuando, nem sem-pre assumem uma posição crítica acerca da questão da construção, reconstrução e distribuição do conhecimen-to que interessa para o seconhecimen-tor produtivo, na situação pre-sente, em que as próprias condições das novas tecnologias influenciam a transformação do caráter de insumo do conhecimento científico no caráter de mer-cadoria deste, para o setor produtivo.
No âmbito da formação de professores, a presen-ça crítica das tecnologias interativas na educação en-volve a luta:
• pelo enriquecimento dessa formação, de forma a cuidar para que se tenha condições de fazer uma lei-tura crítica e pedagógica dessas tecnologias. Para essa leitura, é necessário não apenas o domínio de princípi-os para a utilização eficiente e eficaz de recursos tecnológicos, na facilitação do alcance de objetivos de ensino desejados, mas, também e, por certo, principal-mente, o entendimento histórico e epistemológico das construções tecnológicas;
• pelo papel que os professores podem e devem ter de intérpretes do saber científico-tecnológico e de comunicadores, que, dominando diferentes linguagens, oportunizam para seus alunos, no mínimo: a elabora-ção de sínteses referentes aos conteúdos, presentes de forma fragmentada, nos vários recursos atuais de co-municação da sociedade tecnológica; a realização de análises críticas das novas tecnologias e das tecnologias interativas, desvelando-lhes a lógica que carregam; e, é claro, o desenvolvimento de competências básicas para viver em uma sociedade cheia, sim, de tecnologias.
REFERÊNCIAS
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