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ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: CUIDADOS OU NÃO?

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Academic year: 2021

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ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: CUIDADOS OU NÃO?

Marcia Antônia Ferro Fraile Marilus Hammes Barbosa

INTRODUÇÃO

Desde que o animal foi domado, amansado, para depois ser domesticado, sua interação com o ser humano foi mudando. Ao domesticar animais, o homem tornou-se responsável pelo bem-estar destes. Conviver com um animal de estimação é um privilégio e pode mudar a vida.

No entanto, alguns cuidados devem ser observados para que essa relação seja realmente harmoniosa e feliz. Respeitar o animal, com suas verdadeiras necessidades fisiológicas, biológicas e psicológicas faz viver em maior harmonia.

E, naturalmente, a relação da família com seu animal também tem mudado.

Atualmente, eles passaram a ser vistos pelas famílias que os adotam como integrantes do grupo familiar e observa-se que é assim mesmo que eles se sentem. É evidente como aumenta o número de lares que incorporam como coabitantes seres de outra espécie a não ser a humana. Esse relacionamento, essa ligação afetuosa especial, o vínculo, proporciona um senso incomparável de união com a natureza. Os animais de estimação são venerados de valores que se preza um canal de ligação histórica entre os seres humanos e a natureza.

Ajudam a cultivar a consciência de que o homem não está sozinho neste mundo, mas unido a todas as coisas vivas. Leva para fora de si mesmos, reestabelecendo o contato com o mundo em que se vive.

Diante deste panorama, surgiu a necessidade e curiosidade em obter maiores informações com relação aos animais de estimação dos alunos da 2ª fase do 1º ciclo da escola estadual Manoel Bandeira MT. A pesquisa, será realizada no 1º semestre do ano de 2015, será de fundamental importância para conhecer quais os cuidados quanto à alimentação, higiene, saúde e abrigo que as crianças e seus pais consideram importantes, já que os animais são considerados como parte da família. Sendo assim, os animais precisam desenvolver-se plenamente em todos os aspectos, fortalecendo as relações afetivas, de colaboração e amizade entre o homem e o animal.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Os trabalhos se iniciaram através de um filme intitulado Nem Que a Vaca Tussa cujo enredo apresenta alguns animais domésticos, demonstra-se que as relações entre os animais e o homem são apresentadas de diferentes maneiras. As inferências ocorreram após o filme ser apresentado, bem como as demais atividades, explorando o máximo possível as fontes orais e posteriormente as escritas. Ficou-se atento a todas as histórias relatas oralmente bem como se buscou provocar nos alunos um reviver de suas memórias familiares, com relação aos animais de estimação ou domésticos, para registro individual e coletivo.

Outras ações pertinentes foram desenvolvidas durante o percurso do projeto, buscando, de maneira lúdica, prazerosa e investigativa, informações condizentes com a vida dos animais de estimação, em que se recorreu às conversas informais, reportagem, entrevista com os familiares, com veterinário e outros. Também foi realizada uma pesquisa com os familiares dos alunos com os próprios alunos através de um questionário com perguntas objetivas de cunho específico à saúde, alimentação, higiene e abrigo dos animais de estimação com o objetivo de verificar os conhecimentos que possuem.

Após a coleta dos dados, estes foram sistematizados e montadas coletivamente com os alunos tabelas/gráficos demonstrativos sobre a preferência dos alunos em relação aos animais de estimação e desenvolvidas atividades envolvendo cálculos mentais e situações problemas.

Em seguida, produziram lista de animais, onde classificaram os animais em domésticos e silvestres. Neste sentido, foi desenvolvida atividade de recorte e colagem para apresentação na sala, onde os alunos relataram seu conhecimento sobre o mesmo .

Durante o desenvolvimento da pesquisa, foi convidado a proferir uma palestra sobre

“Os cuidados que devemos ter com os animais de estimação” um veterinário, que foi o norteador dos trabalhos relativos principalmente à higiene, saúde, alimentação e abrigo que as crianças e adultos devem ter com seus animais de estimação, além de ter clareza que o animal é um membro da família e que merece todo cuidado e em todos os aspectos, principalmente o afetivo.

Após a palestra, foi desenvolvida atividade de dobradura com os alunos referente seu animal de estimação e, na sequência, eles completaram o cenário no caderno de desenho com imagens do seu habitat. Neste sentido, a produção de texto coletivo e individual foi fomento para que os alunos desenvolvessem sua escrita, sua imaginação, sua criatividade e buscassem dentro dos novos conhecimentos melhorarem sua convivência com os animais.

Todas as ações foram de caráter formativo e registradas através de fotos, vídeo, produções de textos (frases, listagens, tabelas, dentre outras) e desenhos.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os animais têm grande importância no cotidiano das crianças, pois, através de histórias e desenhos animados, representam cenas vivenciadas em seu dia a dia.

O lúdico tem, então, grande importância para o desenvolvimento e aquisição do aprendizado. A criança brinca e aprende quando está em contato com seu bichinho de estimação. Deixa sua criatividade, imaginação criar asas, ri, chora, cansa. Então, de acordo com Weiss (1992), é no processo lúdico que a criança constrói seu espaço de experimentação, de transição entre o mundo interno e externo. Bichos de estimação também favorecem a aproximação entre as pessoas e promovem mais interação da família, despertando um lado mais sensível e carinhoso. As crianças ficam mais felizes e saudáveis, desenvolvendo a compaixão e a empatia, além da aprendizagem importante no contato com o processo de vida, ajudando na compreensão das emoções que daí emergem, mas de uma forma mais segura.

Feldman (apud MARTINS, 2008) observou que os animais de estimação podem enriquecer os sentimentos de autoestima e agir como facilitadores e catalisadores para relacionamentos interpessoais, satisfazendo as necessidades emocionais significativas de seus proprietários, quando são reconhecidos como amigos ou companheiros.

Para verificar a importância que os pais atribuem aos animais de estimação e os cuidados com os mesmos, foi realizada pesquisa de campo através de questionário com os pais e alunos da 2ª fase do 1º ciclo da escola estadual Manoel Bandeira com questões previamente estabelecidas. Os dados coletados foram analisados de forma qualitativa, tendo cinco questões diretamente ligadas ao tema.

Os animais se fazem presentes de uma forma ou outra no universo infantil, por isso, fez-se necessário perguntar aos entrevistados se possuem animais de estimação no âmbito familiar. Comprovou-se que 77% conviveram com animais na infância. Junto aos alunos, que têm animais de estimação, o resultado foi de 80%. O animal preferido tanto pelo pais quanto pelos filhos foram cachorros e gatos. Segundo Martins (2006, p.257), a interação com animais de estimação motiva de forma significativa a aprendizagem, facilita a socialização, fortalecendo a autoconfiança através da vivência com os animais. Diante das considerações dos autores, a família que promove a convivência de seus filhos com animais contribui para a formação do individuo em vários aspectos como: cognitivo, afetivo e social.

Os pais, quando indagados sobre os cuidados referente à alimentação, higiene, saúde e abrigo dos animais, 91% afirmam que oferecem sobras de comida humana e ração; quanto à higiene e saúde, 47%, banho semanal realizado em suas próprias residências e 34% das

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famílias vacinam seus animais nem sempre aplicadas por profissionais habilitados e o abrigo dos animais geralmente è a parte externa da moradia , não tendo um espaço apropriado para descansarem.

Para abordar esses assuntos o veterinário André, da Clínica São Francisco, proferiu uma palestra sobre “Os cuidados que devemos ter com os animais de estimação”. Na ocasião expôs de forma clara e objetiva, para os alunos quais os cuidados necessários para que animais se desenvolvam e tenham uma boa saúde. Durante toda palestra, ele relacionou sua fala comparando o animal com uma criança que necessita de cuidados com a higiene, alimentação, saúde e abrigo (moradia).

No decorrer da palestra, deu oportunidade aos alunos para fazerem perguntas e relatarem algumas atitudes que os pais e até eles têm em relação aos animais. Muitas dúvidas foram sendo sanadas pelo profissional como: animal pode comer comida? Por que gato bebe água na torneira? Quais vacinas devem ser aplicadas nos animais? E diversos outros questionamentos.

A convivência com animais é importante, no entanto, as famílias devem estar atentas aos cuidados que o animal de estimação necessita para não se tornar um problema, pois, este passa a ser considerado como membro da família e necessita de alimentação, higiene, medicamentos e abrigo em boas condições.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades realizadas foram extremamente motivadoras aos alunos, pois os animais fazem parte do cotidiano das famílias, independentemente da sua condição financeira. Os estudantes fizeram uso da escrita e de outras linguagens em seus registros sejam eles orais ou através de sinais gráficos, sempre fazendo relação com seu animal.

A palestra com o veterinário estimulou os alunos a serem agentes de transformação, pois, o relato de alguns pais sobre o que foi abordado na palestra é transmitido pelos filhos, questionando os familiares em relação aos cuidados e as atitudes em relação aos animais.

REFERÊNCIAS

MARTINS, M.F. Estimulando o bem estar e respeito mútuo a todas as formas de vida através da inserção de animais na escola. In: Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária, 35, 2008.

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MARTINS, M. F. (2006, p.257) A interação com animais de estimação na escola motiva de forma significativa a aprendizagem. www.efdeportes.com/efd190/importancia-do-animal-de- estimacao.htm. Acesso 12/04/2015

OLIVEIRA F.F., 2004. Posse responsável de animais de estimação, você já ouviu falar nisso?, 2004. Disponível em:. Posse Responsável de animais de estimaçãowww2.ib.unicamp.br/profs/eco_aplicada/revistas/be597_vol2_8.pdf .acesso em 13/04/2015

WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia clínica – Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes médicas, 1992.

Referências

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