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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

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Academic year: 2021

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Centro de Análise de Conjuntura

Econômica e Social - CACES

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Boletim de Conjuntura

Econômica e Social

1Projeto de Extensão do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz - DCEC/UESC.

Número 1, setembro de 2015

Apresentação

Esse primeiro boletim de conjuntura econômica é resultado do projeto de extensão Centro de Análise de Conjuntura nômica e Social (CACES), vinculado ao Departamento de Eco-nomia da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

O objetivo deste boletim é trazer informações e análises da conjuntura econômica e social dos municípios de Ilhéus e de Itabuna, visando proporcionar às entidades públicas e privadas, assim como à comunidade regional, informações trimestrais e semestrais – através de dados e índices - sobre o comporta-mento econômico e social no que diz respeito ao PIB (Produto Interno Bruto), ao mercado de trabalho, às finanças públicas, ao comércio exterior e às transferências de renda dos programas sociais neste primeiro boletim. A proposta do projeto e do bo-letim é trazer informações e dados das atividades econômicas setoriais (indústria, comércio, serviços, agropecuária, finanças públicas, comércio exterior), do mercado de trabalho e das transferências de renda que possam informar e contribuir sobre as decisões e planejamento destas entidades no que diz respeito

aos investimentos, às políticas públicas e, enfim, ao desenvol-vimento destes municípios e à melhoria das condições de vida da população.

Antes dos dados e da análise da conjuntura dos municípios, traremos inicialmente, considerações gerais sobre o compor-tamento econômico da economia brasileira e baiana, para que assim possamos embasar comparativamente o comportamento econômico dos respectivos municípios.

Esperamos que essa iniciativa possa alcançar a finalidade a que se propôs.

Agradecemos o apoio do Departamento de Economia (DCEC) através de seu diretor Pedro Lopes Marinho. Ao dia-gramador Marcos Mauricio, Edvaldo Oliveira (Editor) e Laíse Galvão (distribuição), na Assessoria de Comunicação Social da Uesc (ASCOM) e ao gerente da Imprensa Universitária, Luiz Farias.

Agradecemos também às pessoas que indiretamente – em-bora não citadas – se empenharam na confecção deste boletim.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

de 0,5% nesse segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2015; comparado com o segundo trimestre de 2014, a economia da Bahia teve recuo de 1,9%. A situação do PIB reflete diretamente sobre o mercado de trabalho.

Quanto à evolução do emprego no estado da Bahia, o segundo trimestre de 2015 apresentou retração de 17.436 postos de trabalho, enquanto o 2º trimestre de 2014 apresentou saldo positivo de 6.523 postos de trabalho; no acumulado do primeiro semestre, a retração foi de 28.275 empregos para um número total de empregos formais de 1º Janeiro de 2015 que foi de 1.832.137 postos de trabalhos; em termos relativos, a redução foi de -1,54%. No acumulado de janeiro a julho de 2015, o estado da Bahia perdeu 36.482 empregos.

Ilhéus

Evolução do PIB

O PIB de Ilhéus, entre 1999 e 2012 manteve-se estável, apresentando leve queda em meados da década de 2000, voltando a recuperar-se no mesmo patamar no início da década, embora este crescimento tenha se dado a taxas decrescentes se comparado ao crescimento do PIB da Bahia. Em 1999, a participação do PIB de Ilhéus no PIB da Bahia era de 2,02% e em 2012 cai para 1,45%, o que é considerável (ver gráfico 14).

Analisando a evolução dos setores econômicos para o período 1999-2012, observa-se que os serviços tiveram um comportamento estável; a indústria teve maior crescimento entre 2002 e 2006 e 2009 e 2010, caindo nos últimos anos (2011∕2012); o comportamento da agropecuá-ria tem sido instável, com momentos de alta na metade dos anos 2000, retração posterior (2009∕2012) e recuperação em 2012. A dinâmica da economia do município tem sido o setor de serviços, respondendo – com exceção de 2002 a 2004 – com mais de 50% do PIB.

Evolução do Emprego

Para o segundo trimestre de 2015, o emprego tem apresentado saldo negativo de 297 postos de trabalho, com 144 em abril, 112 em maio e 41 em junho. Nesse segundo trimestre os setores que mais empregaram foram em ordem decrescente: serviços (701), comércio (470), constru-ção civil (331), indústria de transformaconstru-ção (160) e agropecuária (90).

Metodologia

A avaliação da conjuntura econômica e social será trimestral, semestral e anual, conforme a natureza e disponibilidade de dados de cada categoria. Ana-lisamos neste boletim os meses de abril, maio e junho (2º trimestre), incluindo os dados de julho, lançados recentemente sobre mercado de trabalho; no pró-ximo boletim (3º trimestre) analisaremos os dados de julho, agosto e setembro, fechando o ano com a análise dos dados e informações referentes ao 4º trimes-tre, o segundo semestre e o ano de 2015.

As informações mais atualizadas do comportamento da produção (indús-tria, comércio e serviços, agropecuária) para os municípios terão por base o indicador do consumo de energia - pois não há dados secundários atualizados do PIB disponíveis para municípios no IBGE. Assim mesmo, trouxemos a evolução do PIB de 1999 a 2012 para Ilhéus e Itabuna, pois, embora desatuali-zado, permite que possamos ter compreensão do comportamento da economia desses dois municípios.

Na análise do mercado de trabalho (evolução do emprego) fizemos uma análise do 2º trimestre (abril-maio-junho) de 2015 comparativamente ao mes-mo trimestre de 2014 para observarmes-mos comes-mo vem se comportando o emprego neste ano de crise econômica. Ainda fizemos uma avaliação de janeiro a julho de 2015, assim como sobre a evolução do emprego por setores econômicos.

Economia Brasileira

A crise na economia brasileira e as incertezas em relação à política eco-nômica no país estão gerando expressivos impactos na economia e na so-ciedade. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CA-GED)3 , do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil registrou

saldo líquido negativo de 389.533 empregos formais no primeiro semestre de 2015 (ver anexo), em comparação com o número de empregos formais de 1º Janeiro de 2015 que foi de 41.205.485 postos de trabalhos.

Para o segundo trimestre deste ano foram desativados 324.626 empre-gos, enquanto para o mesmo trimestre de 2014 foram incorporadas 189.583 pessoas em empregos formais (carteira assinada). No acumulado do ano, de janeiro a julho, houve saldo negativo de 494.386 postos de trabalho.

Estes dados demonstram o cenário desalentador da economia brasileira neste ano e perspectivas sombrias para o conjunto da economia brasileira.

Economia baiana

A economia baiana, em termos gerais, vem acompanhando a eco-nomia brasileira em relação ao comportamento do PIB e do merca-do de trabalho. Com relação ao PIB, a economia baiana teve retração

3 O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED é um

regis-tro Administrativo instituído pela Lei n° 4923 em dezembro de 1965. A infor-mação aqui selecionada é a “Flutuação do Emprego Formal”, que se refere ao comportamento do emprego, ou seja, quantos trabalhadores assalariados foram admitidos e quantos foram desligados, sendo que o saldo é o resultado dos admitidos menos os desligados.

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Em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o segundo tri-mestre de 2014 apresentou saldo positivo de 79 empregos, no segundo trimestre deste ano foram eliminados 297 empregos. No gráfico abaixo visualiza-se que – com exceção de abril – o saldo de empregos foi po-sitivo em 2014, enquanto no segundo trimestre deste ano manteve-se negativo, embora em sua evolução, tenha melhorado.

No acumulado de janeiro a julho de 2015, no gráfico abaixo, em relação à 2014, nota-se saldo negativo no emprego apenas com exceção em março. Mas, mesmo em 2014, a situação do emprego não foi favo-rável para Ilhéus, pois em julho o emprego foi nulo, sendo negativo em abril, com leve melhora em maio e junho.

Os setores que mais desempregaram foram, por ordem: serviços (793), comércio (492), indústria de transformação (426), construção civil (335) e agropecuária (106). No cruzamento entre admissões e desligamentos o saldo tem sido negativo para todos os setores. O saldo mais negativo foi da indús-tria de transformação, com 266 desligamentos.

Para o primeiro semestre de 2015 a evolução do emprego também foi negativa, eliminando 390 empregos; o primeiro semestre de 2014 também apresentou saldo negativo, embora com menos 91 empregos. Tendo-se que

Gráfico 1: Valor Adicionado Bruto por atividade econômica no PIB Ilhéus

Fonte: Atualização do VAB por município e setor de atividade: serviços, administração pública, indústria, valor impostos e agropecuária em 2012.URL: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pib_Muni-cipios/2012/base/base_1999_2012_xlsx.zip. Disponível em IBGE, acessado em 15/04/2015.

Gráfico 2: Evolução do emprego no segundo trimestre em Ilhéus - 2014∕2015 Fonte: MTE∕CAGED, 2015.

Gráfico 3: Evolução do emprego em Ilhéus no acumulado do ano – janeiro a

ju-lho - 2014∕2015

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apresentam essas variações:

Em termos nominais, em relação aos impostos municipais, quer dizer cuja arrecadação fica integralmente no governo da prefeitura de Ilhéus, ISS e ITBI, ambos apresentam bom desempenho tanto em 2014 como no mesmo perío-do janeiro-julho 2015 se descolanperío-do em praticamente toperío-do o períoperío-do, da crise econômica em andamento. Embora de maio para junho o ISS teve queda de 19,85% nominal o que leva a colocar mais atenção no comportamento desse imposto, no próximo período em que sejam levantados os dados. De fato, o ISS é também uma boa proxy da atividade econômica de um município, assim como é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Em relação aos impostos estaduais que são arrecadados no município de Ilhéus, o ICMS apresentou na comparação com o primeiro semestre de 2014, crescimento real de 3,20% o que é um bom desempenho diante da cri-se econômica que vive o Brasil e que está espalhada por todo o território na-cional, incluindo o Estado da Bahia e seus municípios. De fato, a arrecadação federal teve quedas históricas durante o semestre de 2015 levando a reduzir as expectativas de possibilidade de retomada do crescimento no país no futu-ro imediato, e apfutu-rofundando a recessão econômica que é também alimentada pela instabilidade política, embora fatores estruturais vinculados ao sistema o número de empregos formais em 1º Janeiro de 2015 era de 25.715 postos

de trabalhos, em termos relativos houve redução de -2,12% no semestre. Os setores com mais admissões foram: serviços (1.576), comércio (935), cons-trução civil (787), indústria de transformação (433) e agropecuária (285). Os setores que tiveram mais desligamentos foram: serviços (1.873), comércio (1.157), indústria de transformação (726), construção civil (677) e agrope-cuária (224).

O saldo positivo para o emprego, no cômputo geral, para o semestre fi-cou por conta da construção civil, com 110 novos empregos, administração pública direta e autárquica com adição de 99 postos de trabalho e agricultu-ra, silvicultuagricultu-ra, criação de animais, extrativismo vegetal, com 61 empregos gerados.

Ainda conforme o CAGED, na análise dos subsetores do setor de servi-ços, os que mais eliminaram postos de trabalhos foram: comércio e adminis-tração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (-205) e transportes e comunicações (-147). Já no caso do comércio, este subdivide-se em co-mércio de varejo e atacadista: o primeiro acompanhou o cenário nacional e baiano reduzindo 236 postos de trabalho; o segundo teve padrão atípico em relação à Bahia e ao Brasil apresentando saldo positivo de 14.

No que tange à indústria de transformação, os subsetores de pior desem-penho foram: indústria mecânica (-123), indústria de material elétrico e de comunicações (-97), indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etí-lico (-30), indústria metalúrgica (-15), indústria química de produtos farma-cêuticos, veterinários, perfumaria (-12), indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, indústrias diversas (-10).

No comportamento geral, observa-se que no segundo trimestre deste ano comparado ao mesmo em 2014, a performance do emprego em Ilhéus vem acompanhando o cenário baiano e nacional, ou seja, com saldo negativo de emprego, embora comparando abril a junho deste ano, os desligamentos te-nham sido atenuados. Para o semestre, o quadro de desligamentos foi bem pior que o primeiro semestre de 2014.

Finanças Municipais

A arrecadação tributária do setor público do município de Ilhéus apre-sentou um crescimento real extraordinário no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014, chegando a 79,95%, medido em valores corrigidos pelo IGP-DI da FGV como foi também o caso de Itabuna, (Gráfico 4). A arrecadação de IPTU teve um destacado desempenho nesse resultado embora aqui não foi considerado esse tipo de imposto. Em relação ao ISS (Imposto sobre Serviços) e ITBI (Impos-to sobre a Transmissão de Bens Imóveis), tiveram crescimen(Impos-to real de 30,21% e 363,12% em termos reais em relação ao mesmo período de 2014, corrigidos pelo IGP-DI Índice Geral de Preços-Divisão Industrial). O número extraordinário que apresenta a variação do ITBI tem que ser atribuído ao fato de que nos meses de janeiro e março de 2014 não foram computados valores de arrecadação desse imposto favorecendo o perío-do atual na comparação realizada. Pode ser visto a seguir os gráficos que

Gráfico 4 Evolução e comparação receita tributária total de Ilhéus, jan-jun 2014

e 2015, em valores constantes

Fonte: Relatórios resumidos da execução orçamentária, Secretaria da Fazen-da de Ilhéus.

Nota: valores atualizados pelo IGP-DI/FGV, preços constantes de julho de 2015.

Gráfico 5 Receita tributária de Ilhéus, ISS e ITBI, 2015. (R$1,00)

Fonte: Relatórios resumidos da execução orçamentária, Secretaria da Fazen-da de Ilhéus.

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capitalista e não apenas elementos conjunturais devem ser considerados para entender a crise atual. em termos reais a arrecadação apresentou crescimen-to apenas de janeiro a fevereiro de 2014 tendo se estabilizado até junho do mesmo ano, quando inicia um processo de diminuição da arrecadação até julho quando voltou a quase o mesmo montante de janeiro do citado ano, quando ainda não havia praticamente manifestação da grave crise econô-mica que hoje vive o Brasil. Em termos nominais, janeiro de 2015, o ICMS teve um crescimento nominal de quase 50% em relação a janeiro de 2014, mas iniciando em fevereiro um processo de queda que o fez voltar, em março de 2015, ao montante de janeiro de 2014, tendo sido uma queda tão acentu-ada que compensou o inicial acréscimo de janeiro de 2015. Já em abril do mesmo ano o ICMS se recupera novamente, crescendo quase em 45% no-minal. Entre maio e junho sofre nova queda nominal acentuada de 40,45%. Finalmente, de junho a julho se recupera a arrecadação de ICMS nominal atingindo 53,53 de crescimento alcançando o valor de R$ 9.688.691,65. Esse desempenho é surpreendente em função da grave crise que vive o Brasil e que também se reflete na perda de emprego na região Ilhéus-Itabuna.

Assim o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) teve crescimento real de 26,72 na comparação entre ambos semestres (1o semestre de 2014 e 2015), portanto bem melhor do que a arrecadação de ICMS; a queda na venda de carros no país que também aconteceu em Ilhéus torna esse resultado da arrecadação do IPVA bem surpreendente.

Itabuna

Evolução do PIB

O PIB de Itabuna (ver Gráfico 13) passa a ter um salto significativo entre 2002-2005. De 2008 a 2012 temos outro salto significativo, quando o PIB praticamente dobrou, quase alcançando a cifra de 3 milhões de reais. Itabuna teve nesse intervalo de 13 anos um crescimento geográfico, principalmente a partir da segunda metade de 2000, quando o PIB entre 2005 e 2008 cresce aproximadamente 50% e, mais ainda, se considerarmos o período 2008 a 2012, quando, em termos absolutos aumentou em um milhão (crescimento também de 50%). Importante ressaltar que o PIB de Itabuna cresceu sua participação no PIB do Estado, passando de 1,71% em 1999 (abaixo do de Ilhéus) para 1,86% em 2012 (acima do PIB de Ilhéus).

Com relação à importância por setores de atividade, os serviços despon-tam – com significativa distância em relação aos demais setores -, chegando a alcançar em determinados períodos 70% do PIB do município. A indústria

teve leve retração em 2006∕2007, recuperando-se e tendo leve aumento nos anos seguintes. A agropecuária manteve-se estável.

Evolução do Emprego

A economia de Itabuna está fortemente ancorada no setor de serviços e no comércio, os quais, devido à crise econômica, sofreram fortes impactos nesse primeiro semestre de 2015, como veremos abaixo.

Para o segundo trimestre de 2015, o emprego tem apresentado saldo nega-tivo de 260 postos de trabalho, com retração de 62 em abril, aumento de 30 em maio e retração de 228 em junho. Ainda nesse segundo trimestre os setores que mais empregaram foram: serviços (1.030), comércio (809), construção civil (524), indústria de transformação (276) e agropecuária (125). Em comparação, o segundo trimestre de 2014, para todos os setores, apresentou saldo positivo de 432 empregos. Observa-se no gráfico abaixo que ainda em 2014 o emprego vem caindo, embora a taxas positivas. Em 2015, para o 2º trimestre, o saldo de empregos é negativo em abril e junho, com queda considerável neste último mês, embora em maio tenha sido positivo.

Gráfico 6 Arrecadação ICMS e IPVA Ilhéus (Jan 2014 – Julho 2015; R$1,00) Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.

Gráfico 8: Evolução do emprego no segundo trimestre em Itabuna - 2014∕2015 Fonte: MTE∕CAGED, 2015.

Gráfico 7: Valor Adicionado Bruto por atividade econômica no PIB de Itabuna Fonte: Atualização do VAB por município e setor de atividade: serviços,

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No acumulado do ano, comparando a evolução do emprego em 2014 e 2015, no gráfico abaixo, nota-se claramente o efeito da crise neste ano, com saldo negativo durante, praticamente, todo o período. Observa-se em junho--julho de 2014 uma expansão do emprego, enquanto no mesmo período de 2015, o que houve foi apenas um amortecimento do saldo negativo de em-prego.

Os setores que mais desempregaram foram, por ordem: serviços (1.010), comércio (906), construção civil (565), indústria de transformação (431), e agropecuária (120). No cruzamento entre admissões e desligamentos para o trimestre, o saldo foi levemente negativo para a indústria de transformação, construção civil e comércio, e também com leve saldo positivo para serviços e agropecuária.

Para o primeiro semestre de 2015, o saldo também foi negativo, elimi-nando 387 postos de trabalho formais. Para o mesmo período do ano passa-do, teve-se saldo positivo de 361 empregos. Em comparação com o número de empregos formais de todos os setores em 1º janeiro de 2015, num total de 42.201 postos de trabalhos, a redução foi de 0,92%. Em termos de volume ab-soluto de admissões e desligamentos, os setores que mais tiveram admissões foram: serviços (2.100), comércio (1.626), construção civil (937), indústria de transformação (276) e agropecuária (125). Os setores que apresentaram mais desligamentos foram: serviços (1.948), comércio (1.881), construção civil (565), indústria de transformação (431), e agropecuária (236).

O saldo positivo para o emprego, no cômputo geral, para o semestre ficou por conta dos serviços, com 152 novos empregos, administração pública di-reta e autárquica, com adição de 10.

Ainda conforme o CAGED na análise dos subsetores do comércio, estes se subdividem em comércio de varejo, que teve saldo negativo de 175 postos de trabalho, e atacadista, que teve redução de 80 empregos, seguindo o pa-drão da Bahia e do Brasil no semestre.

O setor serviços que apresentou saldo positivo no seu cômputo geral, em termos de subsetores, a contribuição positiva foi do comércio e administra-ção de imóveis, valores mobiliários, serviços técnicos (230), ensino (43) e serviços médicos, odontológicos e veterinários (11). Contudo, teve

subseto-res com saldo negativo como serviços de alojamento, alimentação, repara-ção, manutenrepara-ção, etc. (-82) e transportes e comunicações (-43).

Já a indústria de transformação, após o comércio, que foi o segundo setor produtivo mais afetado pelos desligamentos em Itabuna, tendo como subse-tores de pior desempenho: indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (-269), indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (-27), in-dústria metalúrgica (-10) e inin-dústria de produtos minerais não metálicos (-7). O saldo positivo ficou por conta do subsetor de indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, indústrias diversas (113) e do subsetor de indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (17).

A análise geral do emprego aponta para Itabuna, tanto para o segundo tri-mestre como para o primeiro setri-mestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, uma situação desfavorável, resultante do desaquecimento da econo-mia do município, principalmente nos serviços, comércio e construção civil. De certa forma, a situação favorável da economia e do mercado de trabalho no primeiro semestre de 2014 foi anulada pela conjuntura desfavorável no mes-mo período em 2015. Basta esperar comes-mo ficará os dois últimes-mos trimestres e o segundo semestre do ano para vermos o resultado do ano de 2015.

Finanças Municipais

A arrecadação tributária do setor público do município de Itabuna apre-sentou crescimento real de 14,93% no primeiro semestre de 2015 em com-paração ao mesmo período de 2014, com base em valores corrigidos pelo Índice Geral de Preços (Disponibilidade Interna) calculado pela Fundação Getulio Vargas desde 1944. Isso significa que em meio da grave crise econô-mica que atribula ao país, Itabuna manteve uma tendência de crescimento de suas receitas tributarias principalmente o Imposto sobre Transação Intervi-vos de Bens Imóveis – ITBI (crescimento real de 12,13%), o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza -ISS (crescimento real de 9,91%): pago por empresas e profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros) que têm base no município, em função do que recebem de seus clientes por serviços prestados. Outros impostos importantes que fazem parte da Receita Tributá-ria de Itabuna são: IPTU, IRRF e “Outras receitas tributáTributá-rias”.

Gráfico 9: Evolução do emprego em Itabuna no acumulado do ano – janeiro a

julho - 2014∕2015

Fonte: MTE∕CAGED, 2015.

Gráfico 10: Evolução e comparação receita tributária total de Itabuna, jan-jun 2014

e 2015, em valores constantes.

Fonte: Relatórios resumidos da execução orçamentária, Secretaria da Fazen-da de Itabuna.

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Em relação a impostos que são de competência estadual, mas, cuja arreca-dação acontece nos municípios, destaca-se o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, IPVA que apresentou crescimento real de 21,73% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014. Já o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Co-municação) apresentou crescimento real de 8,17%; embora com menor cres-cimento do que os outros impostos, o ICMS representou o maior montante de arrecadação do Estado e de Itabuna, correspondendo a mais de 75 milhões no primeiro semestre de 2015 (R$ 75.136.244,39).

Esses quatro impostos são importantes também para verificar o desempe-nho da atividade econômica, pois, é consenso entre os economistas que o com-portamento da arrecadação do ICMS, por exemplo, funciona como uma proxy da atividade econômica (quer dizer é uma variável que mede indiretamente o que se pretende medir).

Os valores do ICMS e IPVA, que são de competência estadual, foram in-cluídos aqui por tratar-se da parcela da arrecadação total efetivamente gerada com base nas atividades econômicas dos municípios, porém não significa que esses valores arrecadados em Ilhéus e Itabuna foram repassados integralmente aos mesmos. O critério de distribuição é a cota-parte referente a 25% do ICMS recolhido.

Mesmo com o saldo negativo do emprego em Itabuna no primeiro semes-tre de 2015 que indicaria uma retração na atividade econômica, a arrecadação do ICMS teve um crescimento de 45,65 % de janeiro para fevereiro, em termos nominais. Porém esse desempenho positivo não se sustentou como mostram os dados de fevereiro para março que apresentaram uma queda de 40,83%

no ICMS gerado em Itabuna. De março para abril houve, novamente, uma recuperação da arrecadação nominal de ICMS de 13,78%, e nova que-da, de 9,65% em maio, e de 5,11% em junho.

No caso do estado da Bahia, o ICMS teve um desempenho ruim no primeiro trimestre de 2015, se recuperando em abril, com uma variação de 22,8% em termos nominais, aumento de 18,2% em termos reais, em relação ao mês anterior (Ver Boletim de Conjuntura Econômica da Bahia em http://www.sei.ba.gov.br/images/releases_mensais/pdf/bceb/ bceb_jul_2015.pdf). Os gráficos a seguir permitem verificar a variação da receita real do ITBI e ISS, no primeiro semestre de 2015, assim como a arrecadação do ICMS e IPVA em termos nominais.

Balanço do Comportamento dos

Setores Econômicos para os municípios

de Ilhéus e de Itabuna

O objetivo desta seção é fazer uma análise conjunta e comparativa do comportamento dos dois municípios.

Iniciando com a evolução do emprego, nota-se no gráfico abaixo que Ilhéus e Itabuna iniciaram 2015 com saldo negativo no empre-go, recuperando-se em fevereiro e continuando negativo nos meses subsequentes. O saldo negativo atingiu mais fortemente Itabuna, pois neste município é mais forte o setor de serviços e comércio. Comparando-se com o mesmo período de 2015, tivemos em 2014, de janeiro a julho, saldo positivo no emprego em Ilhéus e em Ita-buna.

Do ponto de vista da produção, observa-se que – a preços constantes (reais), o PIB de Itabuna vivenciou uma trajetória de crescimento, prin-cipalmente a partir de 2009, se comparado ao PIB de Ilhéus. Importante ressaltar que a partir de 2005 o PIB de Itabuna não só ultrapassa o PIB de Ilhéus, como começou a manter certo distanciamento.

Gráfico 11 Receita tributária de Itabuna, ISS e ITBI, 2015. (R$1,00)

Fonte: Relatórios resumidos da execução orçamentária, Secretaria da Fazenda de Itabuna.

Nota: valores atualizados pelo IGP-DI/FGV, preços constantes de julho de 2015.

Gráfico 12 Arrecadação ICMS e IPVA Itabuna (Jan 2014 – Julho 2015) Valores

no-minais (R$1,00)

Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

O PIB per capita dos dois municípios acompanha a evolução do PIB absoluto. Mas, praticamente para todo o período de análise entre 2000 e 2012, o PIB per capita de Itabuna manteve-se à frente do de Ilhéus, mantendo nos dois últimos anos (2011-2012) uma relativa dis-tância. Para uma análise mais detalhada é necessário investigar como se deu a evolução da população nos dois municípios, assim como a PEA (População Economicamente Ativa) dos mesmos.

Como não se dispõe de dados atualizados do PIB para municípios, a análise dos setores da indústria, do comércio (incluindo serviços) e da agropecuária foi feita com base no consumo de energia, de modo que, a depender do comportamento deste consumo, pudemos infe-rir, aproximadamente, observações sobre os mesmos para os dois tri-mestres e o semestre de 2015, comparando com o mesmo período de 2014, expostos nos gráficos abaixo.

Observa-se no Gráfico 15, para Ilhéus, uma estabilização do con-sumo de energia para o conjunto das atividades econômicas, enquan-to para Itabuna houve no 2º trimestre de 2015. Possivelmente, esta queda deva ser atribuída à crise econômica. Mas, mesmo assim, o consumo de energia em Itabuna manteve-se à frente do de Ilhéus.

Quando se analisa agora o primeiro semestre - janeiro-junho – (Gráfico 16), o comportamento se repete para os dois municípios, mantendo Itabuna

queda em 2015. É de se supor que o PIB de Itabuna venha se mantendo acima do de Ilhéus.

Com relação aos setores da economia (ver Gráfico 17), para o se-gundo trimestre de 2015, o consumo de energia do setor industrial em Itabuna e Ilhéus está acima do consumo nos demais setores, sen-do acompanhasen-do de perto pelos setores de comércio e serviços, de modo que os três setores (indústria, comércio e serviços) respondem por 98,21% do total do consumo de energia no semestre, excluindo o consumo doméstico. O setor dinâmico da economia na indústria – em termos de consumo de energia - ficou por conta da indústria de confec-ções (Itabuna) e da indústria de transformação de alimentos (Ilhéus).

Em relação a 2014, ainda para Itabuna, a indústria, no primeiro tri-mestre deste ano apresentou leve queda no consumo de energia, de 2,17 %; no segundo trimestre, queda maior de 10,2% e, para o semes-tre, queda de 6,25%. Para o comércio e serviços, juntos, comparando com 2014, houve saldo positivo nos dois trimestres e, também, para o semestre. O setor rural também apresentou consumo positivo, embora muito abaixo do comércio e serviços.

Gráfico 14 Evolução do PIB de Ilhéus e de Itabuna a preços constantes, 1999-2012 Fonte: IBGE, 2015.

Gráfico 15 Comportamento do consumo de energia (KW∕h) no conjunto dos

seto-res em Ilhéus e em Itabuna, 2º Trimestre - 2014-2015.

Fonte: COELBA, 2015.

Gráfico 17 Comportamento do consumo de energia (KW∕h) no segundo trimestre

por setores de atividade em Ilhéus e em Itabuna, 2014-2015.

Fonte: COELBA, 2015.

Gráfico 16 Comportamento do consumo de energia (KW∕h) em Ilhéus e em

Itabu-na, janeiro a julho - 2014-2015.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

Como o setor industrial é mais sensível ao comportamento do consumo de energia – de maneira que o comércio, devido à sua peculiaridade, mesmo sem vendas, mantém o consumo de energia -, observa-se que, possivelmen-te, houve retração da atividade industrial em 2015 comparado a 2014.

Em relação à Ilhéus, para os dois trimestres e para o semestre de 2015, o consumo de energia da indústria esteve acima em relação ao consumo total, acompanhado do comércio e dos serviços e a agricul-tura, mantendo-se estável no crescimento em 2015 para 2014 (Gráfico 17). O setor dinâmico da indústria em termos de consumo de energia foi o de transformação de alimentos, respondendo com 83,15%. Já para o setor de serviços, o dinamismo ficou por conta do turismo e alimentos (lanchonetes e restaurantes), acompanhado pelo comércio atacadista. Na agropecuária, foi dominante o consumo de energia para a produção de cereais em geral.

No acumulado do ano (janeiro a julho), no Gráfico 18, o consumo de energia manteve-se estável para Ilhéus em 2014 e 2015, enquanto em Itabuna houve uma leve queda. Já para comércio e serviços há cresci-mento significativo para os dois municípios, enquanto na agropecuária manteve-se estável.

Do ponto de vista geral e da indústria, observa-se que o consumo de energia apresentou queda em 2015 (comparado a 2014) em Itabuna, mantendo-se estável em Ilhéus, enquanto no comércio e serviços apre-sentou crescimento leve para o mesmo período nos dois municípios. Isso pode significar um arrefecimento da economia de Itabuna, mas que não tenha comprometido o PIB, pois, embora com queda, em termos absolu-tos o consumo manteve-se mais alto que o de Ilhéus (Gráfico 18).

Comércio Exterior em Ilhéus e Itabuna

A seguir são apresentados dados sobre movimentação de comércio exterior de Ilhéus e Itabuna, municípios de maior destaque econômico da região Sul baiana.

A Tabela 2 reúne informações pertinentes aos totais exportados por Ilhéus e Itabuna, sendo os dados apresentados por meio da variação percentual das exportações e importações de produtos do primeiro se-mestre de 2015 em relação ao de 2014.

Para ambos os municípios percebe-se uma elevação da quantidade expor-tada, com destaque para Itabuna, que apresentou incremento de aproximada-mente 55% nos produtos exportados no primeiro semestre deste ano em rela-ção ao mesmo período de 2014. Observa-se ainda que o volume monetário das exportações ilheenses é mais vultoso, atingindo US$ 93,67 mi. Isso se deve à existência de outros modais de transporte e distribuição de mercadorias que não se verificam na cidade vizinha de Itabuna: porto e aeroporto.

Os principais mercados de destino das exportações da região são Argenti-na, Estados Unidos e Chile.

As importações, por seu turno, apresentam redução significativa, com destaque para a cidade de Ilhéus: redução de, praticamente, 53% dos valores importados. O município teve suas importações reduzidas em US$ 100 mi. Esses dados mostram que a economia da região está seguindo proximamente a nacional: com a situação econômica do país, a partir de indicadores macro-econômicos, deteriorando-se (aumento do desemprego, queda na demanda, disparada inflacionária, desvalorização cambial forte, redução da credibilidade do setor público frente à política econômica e dificuldade de acesso ao crédito), as importações apresentam queda devido ao recrudescimento do consumo (de-manda) dos agentes econômicos por bens transacionáveis oriundos do exterior. Em se tratando de balança comercial, a situação do saldo dos municípios encontra-se no patamar demonstrado a seguir: comparando-se o primeiro se-mestre de 2015 com o mesmo período de 2014, Ilhéus apresenta superávit comercial, ante déficit da ordem de US$ 100 mi no primeiro semestre do ano anterior, e Itabuna reduz seu déficit comercial para o saldo negativo em torno de US$ 4,05 mi (Tabela 3). Novamente, a economia municipal acompanha o movimento da economia nacional.

Os principais mercados fornecedores de produtos para a região são China, Gana e Taiwan (Formosa).

Gráfico 18 Comportamento do consumo de energia (KW∕h) por setores de

ativida-de em Ilhéus e em Itabuna, 2014-2015.

Fonte: COELBA, 2015.

Tabela 3 Saldo da balança comercial para Ilhéus e Itabuna para os primeiros

semestres de 2015 e 2014

Fonte: Elaboração própria a partir de dados de Aliceweb 2.0, 2015.

Tabela 2 Evolução do comércio exterior entre Ilhéus e Itabuna para o primeiro

semestre - 2014∕2015

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

A análise das exportações ilheenses auxilia na definição da espe-cialização do comércio exterior do município: voltada à tradicional cultura e produção cacaueira e a alguns artigos utilizados em máqui-nas e dispositivos de informática, em telefonia e outras tecnologias integrantes das tecnologias da informação e comunicação (TIC’s).

Do total de exportações, a maioria se relaciona com a cacauicul-tura: 99,16% das exportações concentram-se em três classes, todas relacionadas ao beneficiamento do cacau para obtenção de derivados. Os demais produtos, manufaturados com maior valor agregado, res-pondem pelos outros 0,84% restantes. Mas, deve-se ressaltar que em termos de participação no PIB de Ilhéus, o setor industrial está muito à frente, com maior contribuição das indústrias de estética e eletro--eletrônicos.

Para o comércio exterior itabunense, a situação praticamente não se altera: 96,61% das exportações estão concentradas nas mesmas classes do município vizinho.

Programas Sociais de Transferência de

Renda para Ilhéus e Itabuna

O Benefício de Prestação Continuada

(BPC)

Em relação ao BPC (Gráfico 21), no período entre 2004 e 2015 (acumulado até o mês de julho), observou-se que os maiores vo-lumes monetários nominais transferidos estavam atrelados ao pú-blico idoso, bem como esta população representa a maior parcela de beneficiários do Programa, segundo análise pelo município pagador do benefício. Os gráficos evidenciam essa evolução no número de benefício de Ilhéus (a) e Itabuna (b), além da evolução dos valores monetários nominais transferidos (repassados) para Ilhéus (c) e Itabuna (d).

Gráfico 19 Exportação, importação e saldo comercial para o município de Ilhéus,

primeiro semestre de 2015.

Fonte: Elaboração própria a partir de dados de Aliceweb 2.0, 2015.

Gráfico 20 Exportação, importação e saldo comercial para o município de

Itabu-na, primeiro semestre de 2015.

Tabela 4 Exportação FOB em US$, por classe de produto, de acordo com a

Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), para Ilhéus e Itabuna no primeiro semestre de 2015

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

Em atenção a RMV (Renda Mensal Vitalícia), segundo o município pa-gador, embora o mesmo esteja em processo de extinção, ao longo do tempo, apresenta um comportamento diferente do BPC (que é o benefício substitutivo

Gráfico 21 Evolução quantitativa e monetária (nominal) dos benefícios do BPC

entre 2004 e julho de 2015

Fonte: MIV, 2015.

Gráfico 22 Evolução quantitativa e monetária (nominal) dos benefícios da RMV

entre 2009 e julho de 2015.

Fonte: MIV, 2015.

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

O Programa Bolsa Família

Em relação aos municípios de Ilhéus e Itabuna para o Programa Bolsa Família, o que se observa na tabela abaixo é um aumento nomi-nal dos valores transferidos entre 2004 e o primeiro semestre de 2015, conforme tabela 5:

Quando comparado com o número de beneficiários do mesmo (Tabela 6), para o período de 2004 a 2014, observa-se a mesma tendência de cresci-mento apresentada pelos valores transferidos, o que sugere que não apenas os valores vêm aumentando, dados os reajustes das bolsas, mas a quantidade de beneficiários, também (com exceção de 2014 e levando em consideração as projeções para o primeiro semestre de 2015). Conforme a tabela 6.

É valido salientar, nessa análise, que o aumento no número de benefícios, bem como dos valores nominais transferidos não representa um aumento no número famílias pobres ou em extrema pobreza, mas, sim, no aumento de

Tabela 5: Evolução das transferências de renda via PBF, 2004-2015 (valores nominais) Fonte: Portal da Transparência (setembro/2015); MIV (2015).

* acumulado até o mês de julho.

Tabela 6 Evolução do número benefícios do PBF, 2004-2014

Fonte: Portal da Transparência (setembro/2015); MIVetor/MDS, 2015

famílias assistidas pelo Programa e ao aumento nas dotações orçamentárias destinadas ao programa (que compõe seu financiamento).

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Boletim de Conjuntura Econômica e Social

ANEXOS

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EquIPE dE TRABAlhO

Prof. Msc. Carlos Eduardo Ribeiro Santos Prof. Msc. Marcelo dos Santos da Silva Prof. Dr. Ricardo Candea Sá Barreto

Prof. Dr. Sérgio Ricardo Ribeiro Lima (Coordenador) Prof. Dr. Sócrates Moquete Jacobo Guzmán

COlABORAdORES EXTERNOS COElBA

Sr. Marcelo Vasconcelos Machado – Itabuna

Sra. Rejane Azevedo Deiró da Silva – Salvador Sr. Rafael Cezar Sardeiro - Salvador

FIEB

Sr. Antônio Ricardo Alvarez Alban - Presidente Sra. Giselda Federico

JuCEB

Sr. Antônio Carlos Marcial Tramm - Presidente Sra. Juliana da Silva Heeger

SudIC - IlhÉuS

Sr. João Fortunato Sra. Railda

SECRETARIA dA RECEITA ESTAduAl – IlhÉuS

Sr. José Antônio Sr. Rui Alves de Amorim

SECRETARIA dA INdÚSTRIA E COMÉRCIO dA PREFEITuRA MuNICIPAl dE IlhÉuS

Sr. Roberto Garcia - Secretário

Referências

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