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Evaluation of acoustic comfort in long stay institutions for elderly in Maceio-AL

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Academic year: 2021

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Environmental Acoustics & Community Noise: FIA2016-30

Evaluation of acoustic comfort in long stay

institutions for elderly in Maceio-AL

Rafaella Bezerra(a), Lorena Firmin(b), Maria Oiticica(c)

(a) Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e urbanismo – Universidade Federal de Alagoas, Brazil,

faellabarbosa@hotmail.com

(b) Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e urbanismo – Universidade Federal de Alagoas, Brazil,

lorenafirmino-@hotmail.com

(c) Departamento de Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal de Alagoas, Brazil,

mloiticica@hotmail.com

Abstract

Current knowledge of Science added to advances in political and technical systems in health have passed to the intense process of population aging in the country. The elderly person, over 60 years, suffers from the progressive degeneration of the body, becoming a victim of discrimination, neglect and maltreatment, many are sent to Long institutions Permanence Elderly (LTCF). The issue that goes unnoticed are the noise levels in these institutions. This Article is justified by the need for acoustic comfort for providing the quality of life of the elderly. The objective of this study is to evaluate the acoustics of permanence environments of a nursing home for elderly punctuating environments into three categories: healthy, tolerable and / or unhealthy. The methodology used consisted of a literature review through these types of environments where they were made technical evaluations of selected shelters through the ambient noise level, noise ratio and signal intelligibility test application with the elderly with better understanding. Data analysis was guided by the NBR 10151: 2000 and NBR 10152: 1997. The conclusion of the study established that in ILPIs need special care because their users have different mental states, lucid and not lucid (sclerotic), where each has different needs. It was observed that the "lucid" elderly require more careful acoustic environments. In the assessments should highlight the care with dormitories and environments that require a better acoustic comfort. In conclusion, it can be seen that these environments for the elderly (LTCF) deserve greater care when the occupational assessment in the pursuit of sound quality.

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Avaliação do conforto acústico em instituições de

longa permanência para idosos em Maceió-AL

1 Introdução

Os conhecimentos atuais da Ciência somados aos avanços nos sistemas político e técnico no âmbito da saúde têm repercutido para o intenso e contínuo processo de envelhecimento populacional no Brasil. A pessoa idosa, acima de 60 anos, começa a sofrer com a degeneração progressiva do corpo, passando a ser vítima de discriminação, abandono e maus tratos, muitas são encaminhadas a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária [1] define ILPI como “instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas idosas, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade e dignidade e cidadania”. Acrescenta, também, que a ILPI “deve oferecer instalações físicas em condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e garantir a acessibilidade a todas as pessoas com dificuldade de locomoção (...)”.

Porém é notório que a condição de tratamento acústico para essas instituições, por muitas vezes, é negligenciada pelos próprios profissionais da arquitetura. As ILPI’s proporcionam atenção à saúde dos usuários, deste modo, precisa ser ainda mais prevenida. A poluição sonora é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais preocupações mundiais [7], ao abordar de malefícios a saúde humana através das poluições. Visto isso, este trabalho se justifica pela necessidade de conforto acústico para fornecimento da qualidade de vida dos idosos.

Um dos aspectos primordiais na arquitetura é a busca pelo conforto. Características físicas, forma, elementos arquitetônicos são pensados para prover a habitabilidade da edificação. Perturbações no conforto podem ocasionar alterações funcionais no organismo dos usuários. Partindo desse ponto de vista desses fenômenos, o som é definido como qualquer variação de pressão que o ouvido é capaz de detectar [6].

É sabido que o nível de ruído de fundo adequado às atividades exercidas no local deve ser considerado de acordo com cada uso do espaço, assim como explicita a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) 10152 vigente desde 1987. Este ruído pode ser proveniente de vários fatores: ruído externo ao ambiente de trabalho e ruídos oriundos de equipamentos ou usuários no interior destes espaços.

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2 Objetivo

Este trabalho teve como objetivo avaliar as condições de conforto acústico em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) em Maceió-AL, Brasil visando conhecer melhor o nível de ruído presente nesses ambientes para serem evitados efeitos psicoacústicos negativos em seus usuários.

3 Materiais e Métodos

Os procedimentos adotados seguiram as seguintes etapas: a) Definição do objeto de estudo

b) Levantamento de dados do objeto de estudo c) Medições do nível de ruído

d) Analise e Diagnostico e) Conclusões

3.1 Definição do objeto de estudo

Para analise do nível de ruído em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) foram selecionados dois ambientes de permanência em duas casas de repouso para idosos na cidade de Maceió-AL, Brasil. Essas Instituições foram: Abrigo Luiza de Marilac e Casa do Pobre. O critério para escolha seria: facilidade no acesso e Instituições com credibilidade. As mesmas também são conhecidas por serem ambientes filantrópicos com estrutura física considerada organizada.

3.2 Levantamento de dados

3.2.1 Abrigo Luiza de Marilac

O Abrigo Luiza de Marilac está situado na cidade de Maceió-AL, Brasil, no bairro do Bebedouro (Figura 1) e foi fundado em 1958. Possui uma estrutura formada por setor administrativo, setor de serviço, capela, 14 quartos, 1 espaço de convivência e varandas, além de um pátio para atividades diversas. Possuem internos apenas do sexo feminino, totalizando 32 idosas.

Fonte: (Google, 2013)

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4 Na (Figura 2) encontra-se a planta baixa geral do espaço físico do Abrigo Luiza de Marilac demarcados com os ambientes selecionados para as medições. Esses ambientes: área de convívio (local de maior permanência), quarto 7(um quarto estimado com o mais incômodo referente à poluição sonora que se encontrava mais próximo da cozinha) e quarto 11(mais distante das áreas de maior curso de pessoas). Esses ambientes selecionados para poderem ser feitas avaliações entre areas mais ruidosas e menos ruidosas

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 2: Planta baixa geral do Abrigo Luiza de Marilac 3.2.2 Casa do Pobre

A Casa do Pobre localiza-se no Bairro Ponta Grossa em Maceió - AL, Brasil e foi fundada em 1932. Possui uma estrutura formada por setor administrativo, setor de serviço, capela, 21 quartos, 1 espaço de convivência e varandas, além de áreas para atividades diversas. Possui internos 25 homens e 35 mulheres, totalizando 60 idosos. Durante a visita aos abrigos foram realizados registros fotográficos para auxiliarem na avaliação.

Fonte: (Google, 2013)

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5 Na figura 4 encontra-se a planta baixa geral do espaço físico da Casa do Pobre como também os ambientes selecionados cores diferentes. Esses ambientes foram os selecionados para serem analisados: área de convívio (local de maior permanência de todos), quarto feminino e quarto masculino.

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 4: Planta baixa geral da Casa do Pobre

3.3 Medições dos níveis de sinal-ruído

Para as medições do nível equivalente (LAeq) de ruído de fundo, foi utilizado um medidor de pressão sonora, modelo Solo da 01Db, onde foram obedecidos os parâmetros estabelecidos pela NBR10151(2000). As medições foram realizadas dentro dos ambientes onde os idosos mais permanecem, os quartos e as áreas de convívio. Nessas medições procurou-se verificar a possibilidade da existência de algum ambiente supostamente silencioso que recebe interferência de áreas ruidosas.

Os valores obtidos dos níveis de ruído foram comparados com os valores estabelecidos pela norma ABNT NBR-10152(1987) [4] para verificar a eficiência do conforto acústico de cada instituição de acordo com os valores pré-estabelecidos pela norma. Nas duas instituições, foram medidos os ruídos de fundo nos ambientes e em seguida medições com as atividades diárias sendo executadas, para que a intensidade desse ruído fosse levantada. Portanto, em cada ambiente foram realizadas duas medições, totalizando 12 medições nos dois abrigos. As medições, em ambos, foram realizadas no período matinal.

4 Análise e diagnóstico

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6 em ambientes diversos. As ILP’s se enquadram nos padrões de ambientes para saúde ao se assemelharem aos hospitais. Portanto, foi necessário seguir a tabela disposta na norma para os diagnósticos.

Tabela 1: Valores Db(A) E NC referentes à NBR 10152:1987

4.1 Caracterização dos ambientes

4.1.1. Abrigo Luiza de Marilac

O espaço para convívio (Figura 5 e 6), com aproximadamente 54 m² (540 ft²), está voltado para um jardim de área externa e possui aparelhos de som, mesa de jogos e ventiladores. Na primeira medição, com a paralisação de circulação dos profissionais e pessoas idosas, foi encontrado um médio (LAeq) de 49.0 dB(A). Ao realizar a segunda medição com as aparelhagens eletroeletrônicas ligadas e a circulação de pessoas permitida, o sonômetro mostrou um (LAeq) no valor de 59 dB(A). Diante das referências da norma, ambientes para uso público deverão atingir níveis de até 50 dB(A), no caso desse abrigo, quando a área de convívio está sem ocupação, os níveis de ruído encontram-se dentro dos padrões apropriados.

Os quartos têm aparelho televisor, rádio e ventiladores, os que passaram por avaliação nesse abrigo obtiveram situações diferentes, que são justificadas pela localização deles na planta

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 5: Planta Baixa da área de convívio

Fonte: (BARBOSA, acervo pessoal, 2016)

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7 (Figura 2). O Quarto 7 (Figura 7 e 8) ao ser avaliado desocupado atingiu 52 dB(A) e com os funcionamentos dos equipamentos ativados o nível se elevou para o valor de 60 dB(A).

Uma das justificativas para o alto índice de ruído do Quarto 7 dá-se por sua localização. Este quarto fica em frente a cozinha do abrigo que é um ambiente onde trabalham um grande número de funcionários por grande parte do dia. Entretanto, segundo AKKERMAN [5], níveis acima de 60 dB(A) começam a se tornar incômodos e produz um nível crítico para a comunicação. Em relação ao Quarto 11 (Figura 9) que fica mais afastado das áreas comuns, foi avaliado que com o ambiente livre o sonômetro apresentou 42 dB(A) e 47.0 dB(A), portanto, se adéqua as normas de conforto acústico.

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 7: Planta Baixa Quarto 7

Fonte: (BARBOSA, acervo pessoal, 2016)

Figura 8: Foto do Quarto 7

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

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4.2.1. Casa do Pobre

A área de convívio selecionada neste abrigo, foi a sala de TV que possui aproximadamente 21 m² (210 ft²) com materiais refletores, como a cerâmica e o granito, e porta com acesso à varanda (Figura 11 e 12). No momento em que o ambiente estava sem uso, o sonômetro apontou 55 dB(A), a partir do momento que ele começou a ser utilizado, esse valor aumentou para 66 dB(A). Deste modo, assim como no caso do Abrigo Luisa de Marilac, a área de convívio se adapta às normas da ABNT NBR 10152 apenas quando o ambiente está sem uso.

Os quartos (Figura 13 e 14) da Casa do Pobre são todos compartilhados entre dois usuários e possuem televisão, ventiladores e rádio, como eletroeletrônicos, que são capazes de acrescentar números significantes em decibel na relação do sinal-ruído. Foi analisado, inicialmente o quarto masculino, quando vago, foi encontrado o valor de 51 dB(A), após a ocupação e o uso dos eletroeletrônicos, o quarto mostrou valores superiores 58 dB(A).

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 11: Planta Baixa Sala de TV

Fonte: (BARBOSA, acervo pessoal, 2016)

Figura 12: Foto Sala de TV

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 13: Planta Baixa Suíte Masculina

Fonte: (BARBOSA, acervo pessoal, 2016)

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9 A suíte feminina do abrigo da Casa do Pobre tem o mesmo padrão das suítes masculinas, as duas possuem por volta de 24 m² (240 ft²). No diagnóstico do quarto feminino, os números apresentados pelo sonômetro foram de 53 dB(A) e 61 dB(A) do quarto sem uso e com uso, respectivamente. Nota-se que o quarto feminino obteve maiores índices de ruído ao quarto masculino, isso pode ser esclarecido pelo fato da proximidade das suítes femininas com a área de convívio, a sala de TV. Por fim, assim como a suíte masculina, essa também não alcança o padrão pedido pelas normas.

Apesar da Sala de TV apresentar altos índices de ruído que transmitem níveis de inteligibilidade baixos, a instituição da Casa do Pobre possui inúmeras áreas de lazer ao ar livre para os idosos usufruírem, entretanto não é descartada a ideia de qualificar a sala de tv para ser aproveitada adequadamente sem trazer danos à saúde deles.

Conforme apresentado na tabela 2, que se refere ao resumo dos níveis de ruído nos ambientes avaliados pode-se observar que os abrigos ainda se enquadram em áreas silenciosas consideradas “Toleráveis” diante da analise de supostas reações fisiológicas acarretadas pelo ruído no ambiente. São consideradas “salubres” ambientes com ate 45 dB(A), “toleráveis”, níveis ate 65 dB(A) e “insalubres” ambientes com níveis acima de 70dB(A).Observa-se que os mesmos encontram-se dentro dos padrões recomendados pela NBR 10152:1987. Apesar do uso esses valores não extrapolam os padrões considerados TOLERAVEIS porem deve-se ter cuidados para que os níveis de ruído não apresentem valores acima de 70dBA).

Fonte: (FIRMINO, acervo pessoal, 2016)

Figura 16: Planta Baixa Suíte Feminina

Fonte: (BARBOSA, acervo pessoal, 2016)

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Tabela 2: Resumo dos níveis sonoros em dB(A) encontrados nos abrigos

INSTITUIÇÃO

Nível de ruído (dB(A) Ambiente de convívio dB(A) Quarto 7/ Feminino dB(A) Quarto 11/ Masculino dB(A) Sem uso Com uso Rel. S/R Sem uso Com uso Rel. S/R Sem uso Com uso Rel. S/R

Abrigo Luiza de Marilac 49 59 10 52 60 8 42 47 5

Casa do Pobre 55 66 11 51 58 7 53 61 8

Avaliação T T T T T T

Legenda: (S) saudável, (T) tolerável e (I) insalubre.

5 Conclusões

Diante dos levantamentos do nível de ruído realizados, conclui-se que os ambientes de Instituições de Longa Permanência para idosos necessitam de atenção no quesito do conforto ambiental em suas edificações pois trata-se de um espaço que se é exigido cuidados especiais para com os idosos, portanto a preocupação com a poluição sonora para estes lugares não se deve passar desapercebida. Para as duas instituições, recomenda-se: uso de materiais mais absorvedores em seus ambientes internos; maior controle do nível sonoro em areas de convívio, maior isolamento entre ambiente ruidosos e não ruidosos.

Referências

[1] ANVISA, Resolução RDC nº 50: Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais a saúde, Brasil, 2002.

[2] IBGE, Censo Demográfico 2010, Brasil, 2013.

[3] ABNT, Norma Brasileira NBR 10151: Acústica- Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento, Brasil, 1987.

[4] ABNT, Norma Brasileira NBR 10152: Níveis de ruído para conforto acústico, Brasil, 1987.

[5] AKKERMAN, D. Expansão urbana cria demanda por edificações com conforto acústico, Brasil, 2012. [6] BISTAFA, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle de ruído. São Paulo: Editora Edgard Bugher, 2006. [7] OMS – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for community noise, 1999. Disponível

Referências

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