• Nenhum resultado encontrado

Saúde debate vol.41 número especial

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Saúde debate vol.41 número especial"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 41, N. ESPECIAL, P. 10-13, MAR 2017

10 APRESENTAÇÃO | PRESENTATION

DOI: 10.1590/0103-11042017S01

Apresentação

O AUMENTO EXPRESSIVO NA INCORPORAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS e modelos de inter-venção na área da saúde coletiva faz com que os processos avaliativos sejam extremamente importantes para orientar os ajustes e a organização dos sistemas de saúde. A intervenção em saúde, como todo fenômeno social, é complexa, dinâmica e contextualmente diversa, exigindo a produção de respostas em contexto e em tempo oportunos. Os constantes desafios políti-cos, organizacionais e interpessoais envolvidos em ações de promoção da saúde, prevenção e controle de agravos impõem para a avaliação a utilização de múltiplas técnicas do repertório metodológico do avaliador.

O número temático especial da revista ‘Saúde em Debate’ Monitoramento e Avaliação em Saúde para a Ação constitui uma publicação com foco na prática avaliativa, no estudo da in-fluência de avaliações e dos sistemas de monitoramento para subsidiar projetos, programas e políticas de saúde.

Os artigos que o compõe organizam-se em torno de cinco eixos problematizadores: a) contextos e potencialidades do monitoramento e da avaliação para a ação; b) modelização de intervenções complexas e de processos de monitoramento e avaliação para a gestão; c) elabo-ração e implementação de processos avaliativos para o aprimoramento de ações, programas e políticas de saúde; d) translação de achados de processos avaliativos em práticas de saúde coletiva e e) qualidade da avaliação, capacitação e formação em avaliação.

O primeiro eixo problematizador agrega artigos originais que envolvem os conteúdos de análise estratégica aplicados à avaliação e um conjunto de processos avaliativos tematizan-do a construção de indicatematizan-dores aplicatematizan-dos a diferentes problemáticas encontradas dentro tematizan-do Sistema Único de Saúde (SUS). Os segundo e terceiro núcleos, de substancial aplicabilidade, compreendem a experiência acumulada em dois aspectos fundamentais dos processos avalia-tivos, sejam eles: a modelização de intervenções complexas e as avaliações de implementação. A modelização, componente essencial do planejamento e da escolha de modelos de avaliação pertinentes, é exemplificada nas diversas experiências apresentadas. Os artigos referentes a estudos de implementação ressaltam a importância da diversidade presente nas diferentes situações de interação entre intervenções e contextos.

Os desafios para a institucionalização da avaliação no sistema de serviços de saúde têm sido cada vez mais analisados sob a ótica da translação, seja considerando a utilização de metodolo-gias integradas para a identificação e análise de interesses dos atores participantes nos proces-sos avaliativos, para o estudo de procesproces-sos de negociação e mediação envolvidos na apreciação de mérito e valor, ‘transvaloração’, seja no estabelecimento de qualidade e eticidade para os processos avaliativos. Essas questões são abordadas nos dois últimos eixos problematizadores em artigos originais e de relatos de experiência em contexto institucional. Espera-se que este número possa contribuir para potencializar a cultura avaliativa no sistema de saúde brasileiro, viabilizando a capacidade de, além de realizar, utilizar as avaliações, e favorecer processos de capacitação em serviço que estimulem uma gestão pública reflexiva.

(2)

SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 41, N. ESPECIAL, P. 10-13, MAR 2017

11

APRESENTAÇÃO | PRESENTATION

DOI: 10.1590/0103-11042017S01

Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (Demas), da Secretaria Executiva, e a seus diretores, Paulo de Tarso de Oliveira, Paulo Eduardo Sellera e Joaquim José Fernandes da Costa Junior, pelo estímulo, colaboração e apoio na produção do número temático.

Elizabeth Moreira dos Santos

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria Executiva (SE), Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (Demas) – Brasília (DF), Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Gisela Cordeiro Pereira Cardoso

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

Egléubia Andrade de Oliveira

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Maria Lucia Frizon Rizzotto

Referências

Documentos relacionados

Os indicadores de Qualidade de Serviços (questões 26 a 28), para avaliar a infraes- trutura para apoio ao usuário na capacita- ção e suporte para resolução de problemas,

A partir da implantação do Pacto pela Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e seus sucedâneos, sistematizam-se os indica- dores empregados para avaliação e acompanhamento

Foram realizadas 20 (vinte) entrevistas com informantes-chave da equipe executo- ra (n=4), técnicos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) (n=3), 1 coordena- dor

Assim, este estudo teve como objetivo a formulação de um modelo lógico da atenção à pessoa com fissura labiopalatina, que poderá subsidiar posteriormente a avaliação

O programa se apresenta com a perspectiva da atenção integral (prevenção, promoção e atenção) à saúde de estudantes da educa- ção básica pública brasileira, no espaço das

Na quinta edição do DDT do PPSUS (BRASIL, 2014B, P. 17) , ficou estabelecido que caberá às SES, a partir dos resultados apresentados nos seminários finais de A&A, a

Em relação à dimensão processo, foram avaliadas as seguintes subdimensões: diag- nóstico dos serviços farmacêuticos; pla- nejamento e cadastro das ações e metas no Sistema

Estudos sobre a implantação das ações de controle da hanseníase e o desempenho da atenção básica, muitas vezes, privilegiam as Unidades de Saúde da Família (USF) como foco