CLAUDIA MARRA
“PARA ENTOAR A TUA CANÇÃO: UMA REFLEXÃO SOBRE A
NECESSIDADE DE UMA POSTURA SENSÍVEL DO PSICÓLOGO
QUANTO ÀS QUESTÕES DE DIVERSIDADE CULTURAL”.
MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
CLAUDIA MARRA
“PARA ENTOAR A TUA CANÇÃO: UMA REFLEXÃO SOBRE A
NECESSIDADE DE UMA POSTURA SENSÍVEL DO PSICÓLOGO
QUANTO ÀS QUESTÕES DE DIVERSIDADE CULTURAL”.
Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Psicologia Clínica (do Núcleo de Família e Comunidade), sob a orientação da Prof.ª Doutora Rosa Maria Stefanini Macedo.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Banca Examinadora
______________________________
______________________________
DEDICATÓRIAS
À LUZIA, MINHA MÃE, QUE SAUDADES! E LEONARDO... PASSAGENS
AGRADECIMENTOS
Ao David, meu marido e parceiro, pela força, paciência e privações. Companhia bem-humorada e carinhosa, seu amor é hoje meu maior tesouro!
Ao meu pai, pela ternura, prontidão e longa dedicação. Na minha jornada, seu lugar é cativo! Obrigada pela compreensão, aceitação e ajuda!
À Raquel, minha irmã, companheira, cúmplice e amiga, a real tradução da palavra irmã! Em qualquer lugar, em qualquer tempo, nossa união é única!
Aos meus irmãos Gera e Junior, modelos masculinos de afeto e força! Pela possibilidade de aprender a descontrair, superar com garra e amar com desprendimento!
Ao Mateus, Luz das nossas vidas! Divertimento, alegria e meiguice. Tão carinhoso e esperto! Com você a vida se tornou mais engraçada e intensa. Que a tua energia se converta em alegria e força no teu caminho.
Aos meus sogros, Don e Helen, pelo carinho com que me receberam como fazendo parte, modelos de companheirismo e amor !
Aos amigos, muito especiais, a maior riqueza de uma vida! Denise, Fernanda, Rose, Carla, Ester, Nanci, Salete, Ivo, Cassiano, Mari, Marina, Ana Horta, Ana Espósito, Liz Verônica, João Laurentino e Márcio Sant’anna.
Aos mestres, Rosa Macedo, Ceneide Cerveny, Mônica Galano, Marilene Grandesso, Matilde Neder e Ida Kublikowski, modelos que fizeram parte da minha construção profissional, do melhor significado de ser psicólogo.
À Marilise Mathias pela disponibilidade, carinho e incansável ajuda. Nos momentos mais difíceis e dolorosos, você me ajudou a continuar!
Aos meus clientes, fonte de aprendizado e descobertas. E às participantes desta pesquisa, que se disponibilizaram a dar entrevista e contar sobre suas experiências.
Ao CNPQ, pelo crédito que possibilitou a realização deste trabalho.
Nossa Própria Canção
“Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida,
segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que
aparece a “canção da criança”. Quando nasce a criança, a comunidade
se junta e lhe cantam a sua canção. Logo, quando a criança começa sua educação,
o povo se junta e lhe cantam sua canção. Quando se torna
adulto, a gente se junta novamente e canta. Quando chega o momento do seu
casamento a pessoa escuta a sua canção. Finalmente, quando
sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e,
igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá- lo na
"viagem". Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os nativos cantam
a canção. Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato
socialaberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um
círculo ao seu redor. Então lhe cantam a sua canção”. A tribo reconhece que
a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo; é o amor e a lembrança
de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção já
não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém. "Teus amigos conhecem a
"tua canção" e a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam
não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras
imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza
quando te sentes feio; tua totalidade quando estás quebrado; tua
inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso."
RESUMO
ABSTRACT
__________________________________________
The aim of this master's dissertation was to investigate how psychologists have worked with questions of Cultural Diversity in their clinical practice, if this diversity is considered during psychological consultation, to what extent the Theoretical Approach influences psychologists work with Cultural Diversity, and what were the difficulties and/or impacts felt by professionals. Utilizing qualitative research – with the theoretical foundation on the vision new paradigmatic of complexity, inter-subjectivity and unpredictability – six psychologists were interviewed using semi-structured interviews: two psychologists work in private practice, three work for public institutions, and one works for a private institution. All of them work for different institutions and have various theoretical approaches. The qualitative data analysis was based on numerous recurrent readings in which regularities and differences stood out and converged into meaningful categories. The outcomes concentrated mainly on aspects related to the theoretical approach used by the psychologist, the types of clients with whom he/she worked, and the context in which he/she worked, considering the relationship among those aspects.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ... 12
CAPÍTULO I - OBJETIVOS ... 19
1.1 Objetivo Geral ... 19
1.2 Objetivos Específicos ... 19
CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 20
2.1 Questões Epistemológicas e Reflexões sobre as Práticas... 20
CAPÍTULO III - O PSICÓLOGO E A PSICOLOGIA NO BRASIL ... 27
3.1 Quem é o Psicólogo Brasileiro: Perfil, Formação e Atuação ... 27
3.2 Sobre a Função do Psicólogo no Atendimento Clínico ... 30
CAPÍTULO IV - ENTENDENDO A CULTURA... 35
4.1 Definição, Dimensões e Categorias ... 35
4.2 Da Unidade à Diversidade e da Diversidade à Unidade ... 40
4.3 Diversidade Cultural e Diversidade Cultural no Brasil ... 42
CAPÍTULO V – MÉTODO ... 45
5.1 Estratégias Experimentais... 45
5.1.1 Procedimento para a Coleta de Dados ... 45
5.2 Local... 45
5.3 Participantes da Pesquisa ... 45
5.4 Instrumentos... 46
5.5 Análise dos Resultados... 46
CAPÍTULO 6 - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO MATERIAL
DE ESTUDO ... 50
6.1. Abordagem em Atendimento Clínico... 50
6.1.1. Características da População Atendida ... 52
6.1.2. Você considera alguns desses aspectos culturais na maneira de entender os problemas trazidos por seus clientes ... 56
6.1.3. Que lugar isso tem na sua forma de trabalhar? O que você faz? ... 58
6.1.4. De que maneira você imagina que a sua abordagem inclui os aspectos culturais como relevantes?... 60
6.1.5. Como você se sente ao ouvir um relato de alguém de uma realidade diferente da sua? Lembra-se de algo que a impactou? O que você faz? ... 62
6.2 Interpretação ... 64
CAPÍTULO 7 - UMA PROPOSTA DE ATENDIMENTO CLÍNICO SENSÍVEL ÀS QUESTÕES CULTURAIS... 69
CONCLUSÕES ... 72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 78