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GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA E TESOURARIA AULA 3

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Academic year: 2022

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DISCIPLINA:

GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA E TESOURARIA

AULA 3

Prof.ª Kessyane Novaes Horbucz

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CONVERSA INICIAL

Até o momento, foi apresentada, de uma maneira holística, a estrutura da gestão financeira, sendo possível entender a importância da tomada de decisão. Para isso, analisaram-se os riscos e retornos de tais opções de forma a compreender como a contabilidade e os mercados auxiliam nesse processo.

Assim, a partir desta aula, adentraremos na disciplina: a Gestão de Tesouraria.

Estudaremos a dinâmica da tesouraria, suas áreas de conexão, seu sistema, os controles necessários para manter a veracidade das informações, as vantagens e dificuldades em centralizar o caixa e como manter um

relacionamento equilibrado com os bancos.

Tem-se por objetivo expor as funções e atividades executadas pela tesouraria, enfatizando a importância de seguir processos com o aporte de sistemas alimentados pelas áreas de apoio.

Bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

A gestão de tesouraria passou a ser estudada há pouco tempo, pois, até então, não se dava grande importância ao tema. Com a evolução da gestão empresarial, observou-se que a capacidade de uma empresa gerar caixa era um dos mais importantes indicadores financeiros a serem analisados,

obrigando a realização de uma gestão eficiente da tesouraria, uma vez que isso implica redução de custos em todas áreas da empresa, imprescindível à eficácia dos processos e produtos bancários.

O termo “tesouraria” significa o local onde se guarda o tesouro, ou seja, é a área que exerce a guarda, a manutenção e a proteção de toda a riqueza de uma empresa.

As principais atividades desempenhadas pela tesouraria são: contas a receber, contas a pagar, administração de fluxo de caixa, captação e aplicação

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de recursos financeiros, não obstante, para que tudo isso funcione, faz-se necessária a interação de todas as áreas de uma empresa.

Essa interação vai demandar um sistema bem elaborado e, para uma comunicação instantânea, exigirá um rigoroso controle interno, acompanhado de manuais de procedimentos e de planilhas agregadas de informações

financeiras, as quais são primordiais nas tomadas de decisões, além de aliar as instituições financeiras com o intuito de manter as melhores negociações.

PESQUISE

Qual é a importância da gestão de tesouraria para as empresas? Por que se torna essencial criar mecanismos de controles internos na tesouraria? E os sistemas, em que contribuem? Por que se propõe ao tesoureiro manter vínculos com várias instituições financeiras? Quais vantagens são obtidas com a centralização de caixa?

TEMA 1 – A GESTÃO DE TESOURARIA

Dentro de uma empresa, todas as áreas são importantes e contribuem, com suas especificidades, para a sobrevivência das organizações. Na

tesouraria, não é diferente, porém todas as outras áreas de uma empresa necessitam reportar à tesouraria quando se trata de recursos financeiros, ou seja, todo o disponível que gira por uma empresa obrigatoriamente passa pela tesouraria.

No decorrer de nossas aulas, será possível compreender que a

administração financeira é a disciplina responsável por avaliar as condições de investimento e financiamento das organizações, no entanto, existe um

departamento dentro da administração financeira chamado de tesouraria, cuja função é controlar as receitas e as despesas das organizações, sendo

responsável por alimentar o banco de dados, juntamente com o departamento de contabilidade.

A tesouraria e a contabilidade são setores separados dentro da empresa, pois, enquanto a contabilidade é responsável por controlar o patrimônio total da empresa, registrando toda a movimentação dela, a

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tesouraria trabalha com as finanças em espécie, administração do caixa, planejamento financeiro, conciliação bancária, captação de recursos, financiamento de curto prazo, ou seja, todo o fluxo monetário da empresa.

Ambas as áreas são subordinadas à diretoria financeira, mas trabalham com regimes distintos, sendo o contador focado no regime de competência, enquanto o tesoureiro se foca no regime de caixa.

Fonte: Sá. 2012.

O regime de competência contempla registros e análises das

movimentações financeiras de uma determinada empresa de acordo com o período em que elas deveriam ter sido concretizadas, independentemente do momento em que de fato ocorreram, ou seja, serão registradas na data e no mês exato da transação efetuada.

Registro de receitas: O registro das receitas ocorre no período em que as transações com terceiros foram realizadas, independentemente de o pagamento ter sido efetivado no dia ou em data anterior/posterior, sendo assim, o reconhecimento da receita ocorre no dia em que foi firmado um contrato ou forte comprometimento em relação à compra ou à contratação do serviço. (Sá, 1998)

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Por exemplo: Se foi acordado com o cliente o pagamento parcelado, o registro deverá ser realizado de acordo com as datas de vencimento, mesmo que o cliente não honre as datas acordadas.

Registro de despesas: As despesas são registradas quando os valores que constam como ativos deixam de existir, podendo ser transferidos para terceiros ou pelo surgimento de um determinado passivo, que não corresponda a qualquer ativo antes registrado. (Sá, 1998)

Por exemplo: uma despesa como um seguro deve ser reconhecida de acordo com seus períodos contábeis. Se tiver vigência de um ano, por exemplo, seu valor deverá ser reconhecido a cada mês durante esse período, independentemente de pagamento à vista ou a prazo.

Já o regime de caixa, como o próprio nome diz, considera as

negociações no momento em que há transação financeira. Aproveitando o exemplo utilizado, os pagamentos do cliente seriam registrados no ato do pagamento independentemente da data acordada, ou seja, caso ele atrasasse o pagamento, o registro da entrada de caixa seria realizado quando este honrasse efetivamente com o compromisso.

Conforme Gitman (2010), o regime de caixa costuma ser o mais usado pelos gestores com a finalidade de avaliar a situação financeira de uma empresa, haja vista que ele está diretamente ligado ao fluxo de caixa.

Quando se observa somente a movimentação financeira, é o regime de caixa que está sendo adotado, pois permite uma visualização exata do que se tem naquele momento, assemelhando-se a um extrato bancário.

Fonte: Adaptado de Hoji, 2004.

DRE 31/dez

Vendas: R$... 100.000,00 Custo: R$... 70.000,00 Lucro líquido: R$... 30.000,00 Fluxo de Caixa 31/dez

Entrada de caixa: R$...0 Saída de caixa: R$... 70.000,00 Fluxo de caixa líquido: (R$70.000,00)

Visão do Tesoureiro Regime de Caixa

Visão do Contador Regime de Competência

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O contador detém como principal ferramenta de trabalho a

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); enquanto a do tesoureiro é o Fluxo de Caixa, que tem grande importância na realização de suas análises e controle financeiro.

Dessa maneira, cabe ao tesoureiro administrar a gestão da tesouraria, alinhando as informações fornecidas nas operações contas a pagar e contas a receber, com o objetivo de elaborar um fluxo de caixa eficiente.

Fonte: Elaborado pela autora, 2016.

O contas a receber repassa à tesouraria todas as informações sobre as receitas realizadas e previstas, ao passo que o contas a pagar transmite as informações sobre os pagamentos aos fornecedores, dados financeiros que alimentam o fluxo de caixa, o qual é controlado pela tesouraria.

De acordo com Shan Anwar (2015), algumas barreiras limitam o trabalho da tesouraria, tais como:

Falta de recursos – as tesourarias já têm funções enxutas em suas empresas. De acordo com uma pesquisa da AFP de 2014, 54% das tesourarias contam com menos de cinco funcionários em tempo integral. Dadas as atuais restrições de recursos, cobrar dos tesoureiros mais produtividade, exigirá o realinhamento dos recursos existentes para a tesouraria.

Falta de estrutura – uma abordagem holística da gestão de tesouraria requer uma estrutura para identificar as várias funções que precisam ser centralizadas, além de identificar funções e responsabilidades para a forma como elas devem ser gerenciadas.

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Falta de dados – relacionados às limitações de sistema mencionadas acima. Para gerenciar essas funções de forma eficaz, as tesourarias precisam de dados consolidados.

A empresa que consegue derrubar essas barreiras e implantar uma gestão de tesouraria eficiente garante a “saúde” financeira de seus

negócios, estabelecendo-se com possibilidades de folga de capital de giro, saldos positivos de fluxo de caixa e ciclos alinhados.

Saiba Mais:

Inteire-se sobre o primeiro tema com a leitura do artigo a seguir, que aborda a importância da gestão da tesouraria, disponível em:

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/19151/000734280.pdf

TEMA 2 – FUNÇÕES E ATIVIDADES DE TESOURARIA

As funções e atividades da tesouraria não se limitam apenas à salvaguarda de valores, para Hoji (2004, p. 144), a “finalidade básica da tesouraria é assegurar os recursos e os instrumentos financeiros necessários para a manutenção e viabilização dos negócios da empresa”.

Dessa maneira, Hoji (2004) elenca as seguintes funções e atividades da tesouraria:

Planejamento financeiro: Elaborar projeção do fluxo de caixa; analisar a estrutura de capital e propor alternativas de financiamento; estabelecer políticas de financiamento do capital de giro e de aplicação financeira.

Administração do fluxo de caixa: Controlar os recursos disponíveis no caixa e em bancos; elaborar e analisar o fluxo de caixa realizado; fazer conciliação bancária; planejar e executar ações para suprir insuficiências de caixa; planejar e executar ações para maximizar

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as sobras de caixa; analisar alternativas de financiamento de capital de giro; analisar antecipações de recebimentos e pagamentos.

Negociação e controle de aplicações financeiras:

Analisar os aspectos legais e financeiros das aplicações; negociar e controlar as aplicações financeiras; conceder limite de crédito para instituições financeiras; controlar e analisar a rentabilidade das aplicações financeiras.

Negociação e controle de empréstimos e financiamentos: Analisar os aspectos legais e financeiros das modalidades de empréstimos e dos financiamentos; negociar linhas de crédito com instituições financeiras; negociar e controlar empréstimos e financiamentos bancários; negociar e controlar operações de leasing;

controlar e analisar os custos de empréstimos e financiamentos.

Negociação e controle de garantias e seguros: Negociar linhas de crédito para fianças bancárias e seguros-garantia; controlar os instrumentos de garantia entregues a terceiros; negociar comissões de fianças bancárias e previsões; controlar e manter a guarda dos instrumentos de garantia recebidos de fornecedores.

Administração de riscos de flutuação de preços e taxas:

Avaliar a necessidade de fazer operações de hedge contra a flutuação de preços e taxas de juros e câmbio; analisar alternativas e custos de hedge;

propor ao órgão competente à realização, ou não, de operações de hedge custos; negociar e controlar as operações de hedge.

Hedge: são operações com a finalidade de proteção. A palavra hedge vem do inglês que significa cerca, ou seja, proteção.

Operações de câmbio: Controlar operações financeiras em moeda estrangeira; registrar operações financeiras em moeda estrangeira no Banco Central; fazer fechamento de câmbio das operações de exportação e importação; negociar taxas de fechamento de câmbio;

providenciar remessas de numerários ao exterior.

Crédito e cobrança: Analisar os cadastros dos clientes para concessão de crédito; cobrar e receber as duplicatas nos respectivos vencimentos; cobrar e receber saques de exportação; controlar as

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duplicatas em carteira e em cobrança bancária; controlar eventos financeiros contratuais; negociar novação de crédito.

Contas a pagar: Estabelecer políticas de pagamentos;

controlar adiantamentos a fornecedores; controlar abatimentos e devoluções de mercadorias; controlar cobranças bancárias e cobranças em carteira; liberar duplicatas para pagamento.

Todas essas atividades contemplam a tesouraria, porém não significa que seja responsabilidade única e exclusivamente dela, pois tais funções podem ser compartilhadas com outras áreas de uma empresa.

TEMA 3 – SISTEMA DE TESOURARIA

Atualmente, a tecnologia possibilita uma otimização nas trocas de informações entre os setores de uma organização, proporcionando facilidade nas previsões, nos ajustes e nas análises dos dados registrados no sistema.

Para Hoji (2004), o sistema de tesouraria compreende o registro dos fluxos financeiros da organização. Permite gerir contas-correntes, efetuar pagamentos e recebimentos, executar operações relacionadas com caixa e bancos. Todo sistema de tesouraria se centraliza no controle do fluxo de caixa, o qual é alimentado com as informações advindas do contas a pagar, contas a receber, previsão de fluxo de caixa, controle de financiamentos e controle de investimentos financeiros.

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Fonte: Hoji, 2004.

Com isso, todas as áreas da empresa passam a se comunicar com a tesouraria, fornecendo dados importantes para construção de instrumentos financeiros capazes de prever cenários futuros.

A integração com a contabilidade eleva a eficiência da organização, sendo, assim, possível eliminar duplicidade de informações, tornando-as mais confiáveis, contribuindo para a melhoria da análise das decisões estratégicas, sem deixar de observar o processo de entradas e saídas de caixa efetuadas por cobranças e pagamentos. Por tudo isso, é fundamental ter na tesouraria um sistema que defina um alto padrão de trabalho, com os registros

simultâneos das informações.

A integração e a automatização de um sistema propiciam que esse mesmo sistema no qual se inserem as transações realize a contabilização e a analise referentes ao gerenciamento de riscos.

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TEMA 4 – CONTROLES INTERNOS DA TESOURARIA

Sabemos que cabe ao contador contabilizar, e ao tesoureiro, pagar, mas as dinâmicas dos negócios modernos exigem que os relatórios gerenciais, provenientes dos registros contábeis, sejam emitidos a tempo de possibilitar aos administradores utilizar esses instrumentos na tomada de decisão. Nesse caso, a empresa precisaria criar mecanismos de controles internos que

possibilitem a verificação da exatidão dos registros.

Segundo Sá (1998, p. 106):

O controle interno é formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da direção.

Por isso, é sugerido que as empresas elaborem manuais de controles internos, com intento de orientar a simetria de informações entre áreas; mesmo possuindo um sistema de tesouraria devidamente informatizado, é válido

realçar a responsabilidade de todos os envolvidos no processo, caso seja necessário implantar auditorias internas e compliance.

Compliance: estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos.

Nesses manuais, devem constar as políticas de controle interno e seus comitês, as informações pertinentes ao monitoramento, as formas de

comunicação e postura ética seguida pela organização, englobando os principais controles internos realizados.

Os principais controles internos de tesouraria são:

 fluxo de caixa;

 disponibilidades;

 aplicações financeiras;

 empréstimos e financiamentos;

 contas a receber e a pagar;

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 controle de talões de cheque;

 guarda e cobrança de cheques devolvidos dos clientes;

 tarifas bancárias;

 fundos fixos de caixa;

 títulos enviados para empresas de cobrança.

Para Anwar (2015), os tesoureiros devem procurar eliminar, ou pelo menos padronizar, operações manuais, usando planilhas e consolidando vários processos que, historicamente, foram desempenhados no nível de negócio. Da mesma forma, a consolidação e a padronização de dados são peça central na equação da centralização. Uma solução integral de gestão de tesouraria é fundamental para possibilitar a transformação da centralização.

Saiba Mais

Segue um manual de tesouraria, como exemplo, para conhecimento do aluno. Disponível em:

http://www.arsnorte.min-saude.pt/wp-content/uploads/sites/3/2019/04/

MCI_Tesouraria.pdf

TEMA 5 – RELACIONAMENTO BANCÁRIO E CENTRALIZAÇÃO DE CAIXA

Dificilmente uma instituição financeira realizará operações para um cliente sem que obtenha um spread significativo, ou seja, uma instituição financeira não está disposta a se descapitalizar para oferecer benefícios

financeiros a seus clientes, pois existe uma relação de reciprocidade bancária e mercantil, o que difere de concessões e favorecimentos por parte das

instituições financeiras.

Spread: é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo.

Quando uma empresa concentra suas operações em uma instituição financeira, não terá opções de barganha, correndo o risco de mercado e financeiro, dessa maneira, o tesoureiro deverá analisar com cautela todas as

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operações oferecidas pelos bancos e pesquisar taxas, limites e linhas de créditos para evitar custos desnecessários.

Segundo Hoji (2004, p. 157):

A empresa deve concentrar suas transações em menor número possível de instituições financeiras, o que não significa que deva manter distância de outras instituições desse tipo. A possibilidade de consultar maior número de instituições financeiras para determinadas operações traz vantagens significativas à empresa, pois nem todas são competitivas em todos os tipos de operações financeiras.

Para Anwar (2015), a gestão de caixa centralizada também oferece algumas vantagens, pois a relação com os bancos pode ser otimizada em regiões e parceiros com os quais a empresa negocia. A administração

centralizada dos pagamentos interbancários aumenta o controle sobre essas transações, principalmente com a redução de juros.

Conforme exposto por Shan Anwar (2015), na plataforma de indicadores financeiros bloomberg,

o modelo de tesouraria centralizado permite que os tesoureiros agreguem cada vez mais valor aos seus negócios e, por sua vez, tornem-se parceiros dos negócios subjacentes aos quais atendem. Em alguns casos, esse modelo pode até somar no resultado final. Por exemplo, a centralização de todos os aspectos da gestão de caixa na tesouraria permite que os tesoureiros otimizem seu perfil de financiamento.

A centralização é um processo iterativo – uma jornada contínua. Onde quer que a organização esteja nessa jornada, ela pode aproveitar a oportunidade para refletir se suas operações foram otimizadas e estão em vigor, transformando-as de operações de negócios a parceiras de negócios.

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Fonte: Bloomberg. Disponível em:

<https://www.bloomberg.com.br/2015/08/06/tesouraria-centralizada-uma-justificativa-para-dar- a-tesouraria-ainda-mais-responsabilidades/>.

A gestão de caixa centralizada pode oferecer eficiências semelhantes. A relação com os bancos precisa ser otimizada em regiões e parceiros com os quais a empresa negocia.

A administração centralizada dos pagamentos interbancários aumenta o controle sobre essas transações, reduzindo juros e outras reivindicações contra a empresa. O financiamento interno é sempre mais barato do que o externo, de forma que a centralização do caixa na tesouraria permite à organização

aproveitar fundos ocultos que podem estar disponíveis nas operações internas.

(Anwar, 2015)

Os obstáculos mais comuns à centralização do caixa são os custos tecnológicos que acabam limitando as operações de uma empresa. Segundo Anwar (2015), embora as atividades da tesouraria estejam vinculadas umas às outras, poucos sistemas oferecem a capacidade integral de conectar gestão de caixa e gestão de hedge, exigindo pontos ou interfaces de contato manual e manipulação de dados.

Com isso, na maioria das vezes, os tesoureiros gerenciam suas tesourarias por meio de planilhas extensas e complexas, o que torna o

processo demorado e frágil – suscetível a erros – pelo fato de a implantação de um novo sistema ser demorado e caro para a empresa.

Saiba mais

Assista ao vídeo a seguir que expõe resumidamente a vantagem da centralização de caixa. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=f3gMuhpLUPo

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Leitura obrigatória

Leia mais sobre a gestão de tesouraria no livro Finanças sem complicação, capítulo 1, páginas 21 a 33, disponível em:

http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582127681/pages /21

TROCANDO IDEIAS

Nova lei anticorrupção no Brasil

No fim de 2013, o Brasil aprovou uma nova lei anticorrupção, unindo-se a uma tendência internacional entre os países que buscam reprimir a

corrupção.

As novas regras, que preveem, por exemplo, multa de até 20% da receita anual, estão aumentando a demanda por especialistas em compliance mesmo em empresas de pequeno e médio porte, disse Leonardo Theon de Moraes, chefe de legislação corporativa e de falências da Theon de Moraes Britto Sociedade de Advogados.

“Oito anos atrás ninguém falava em compliance”, disse Jae Kim, 47, sócio da TozziniFreire Advogados, que tem uma equipe de cerca de 30 advogados trabalhando em processos antitruste para clientes que incluem algumas das empresas citadas no escândalo. Agora, as investigações “geraram um grande movimento nos escritórios de advocacia”.

Fonte: UOL. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2015/01/20/apos- escandalos-compliance-e-a-nova-palavra-de-ordem-no-brasil.htm>.

Caro aluno, reflita sobre o texto acima e compartilhe com os colegas por que houve um aumento na demanda por especialistas em compliance?

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NA PRÁTICA

Caso de centralização (Magazine Luiza)

Disponível em <https://www.amcham.com.br/noticias/gestao/gestao- centralizada-de-recursos-no-magazine-luiza-gera-eficiencia-e-reduz- custos-3270.html>.

Analisando o caso acima (Magazine Luiza), como você avalia esse novo modelo de negócio em que a empresa – Magazine Luiza – atua como

fornecedor de recursos financeiros a seus fornecedores?

FINALIZANDO

Além de zelar pela riqueza da empresa, a tesouraria propicia a redução dos riscos financeira da empresa; utilizando métodos de organização e controle adequado, a tesouraria ganha cada vez mais espaço, tornando-se a

protagonista na administração financeira ao traçar diretrizes de rentabilização de capital e redução de custos.

REFERÊNCIAS

AMCHAM BRASIL. Gestão centralizada de recursos no Magazine Luiza gera eficiência e reduz custos. Disponível em:

<http://www.amcham.com.br/gestao-empresarial/noticias/gestao-centralizada- de-recursos-no-magazine-luiza-gera-eficiencia-e-reduz-custos-3270.html>.

Acesso em: 17 ago. 2016.

ANWAR, S. Tesouraria centralizada. Disponível em:

<http://www.bloombe rg.com.br/2015/08/06/tesouraria-centralizada-uma- justificativa-para-dar-a-tesouraria-ainda-mais-responsabilidades/>.

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BLOOMBERG. Disponível em:

<http://www.bloomberg.com.br/2015/08/06/tesouraria-centralizada-uma-

justificativa-para-dar-a-tesouraria-ainda-mais-responsabilidades/>. Acesso em:

16 ago. 2016.

HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática:

matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

SÁ, A. L. de. Curso de auditoria. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

______. Fluxo de caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 4. ed.

São Paulo: Atlas, 2012.

SELEME, L. D. B. Finanças sem complicações. Curitiba: Intersaberes, 2012.

Referências

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