Gestão de Complexos Desportivos
Módulo 5 – Aula 1, 2 e 3
Sumário – Objetivos e metas a atingir no módulo 5;
Definições; Tipologias; Licenciamento de utilização desportiva; Responsabilidade técnica.
Objetivos do módulo 5
• Identificar as implicações legais, sociais, económicas, ambientais, territoriais e políticas do processo de planeamento e gestão de complexos desportivos;
• Identificar as principais áreas funcionais e de apoio, tendo por referência as estruturas humanas, recursos associados e as atividades de apoio à gestão;
• Definir e aplicar técnicas de apoio à gestão de complexos desportivos privilegiando abordagens centradas em técnicas de controlo, preparação, organização e manutenção de materiais e equipamentos em instalações;
• Aplicar a legislação relativa aos complexos desportivos;
• Caraterizar as principais atividades e serviços de desporto promovidos em complexos desportivos.
Definição
(segundo o Atlas Desportivo Nacional)
Recinto desportivo - é toda a área de prática desportiva.
Instalação desportiva - é todo o recinto ou conjunto de recintos do
mesmo tipo com anexos funcionais (balneários e arrecadações).
Complexo desportivo - conjunto de instalações ou recintos
desportivos de diversos tipos.
Complexo integrado - complexo desportivo complementado por outro
tipo de estruturas como zonas comerciais e serviços médicos.
Estes equipamentos estão concebidos para abranger as áreas da
formação desportiva, desporto de competição e alto rendimento,
assim como a prática de actividades de recreação e lazer.
Tipologias
Classificação das instalações desportivas (Tipologia)
• Grandes jogos - Instalações de ar livre que se destinam à prática de modalidades como
o Futebol, Hóquei e Rugby. Possuem dimensões sempre superiores a 90x45m e os pisos podem ser relvados naturais e artificiais (de areia ou de água) ou pelados;
• Pequenos jogos - Instalações de ar livre que se destina à prática do Andebol,
Basquetebol, Patinagem, Ténis e Futebol de Salão ou Futsal, áreas de piso muito diversificado com dimensões aproximadas de 40x20 metros;
• Salas ou naves de desporto - Instalações cobertas para a prática das mais diversas
modalidades com dimensões superiores aos 40x20 metros;
• Pistas de atletismo – de tipo ovalóide circunscritas por pistas que se destinam à prática
do atletismo;
• Piscinas - Existem piscinas cobertas e descobertas para competição, ensino e recreação.
As primeiras poderão ter medidas entre os 50X25 e os 25X12,5 metros com profundidades variáveis;
• Especiais - todas as instalações que não pertencem aos tipos anteriores (ex.: pistas
Tipologias
Exemplo:
No Decreto-lei n.º 141/2009, de 16 de junho os pavilhões
desportivos e salas de desporto aparecem em três tipologias
diferentes:
como instalações formativas;
como instalações especializadas e
Tipologias
Os pavilhões desportivos de tipologia formativa são concebidos e destinados para a educação desportiva de base e atividades propedêuticas de acesso a disciplinas desportivas especializadas, para aperfeiçoamento e treino desportivo, cujas características funcionais, construtivas e de polivalência são ajustadas aos requisitos decorrentes das regras desportivas que enquadram as modalidades desportivas a que se destinam.
Tipologias
Os pavilhões desportivos especializados são instalações permanentes concebidas e organizadas para a prática de atividades desportivas monodisciplinares, em resultado da sua específica adaptação para a correspondente modalidade e vocacionadas para a formação e o treino da respetiva disciplina.
Tipologias
Os pavilhões desportivos especiais para o espetáculo
desportivo são instalações permanentes, concebidas e
vocacionadas para acolher a realização de competições
desportivas, e onde se conjugam os seguintes fatores:
a) Expressiva capacidade para receber público e a existência de
condições para albergar os meios de comunicação social;
b) Utilização prevalente em competições e eventos com altos
níveis de prestação;
c) A incorporação de significativos e específicos recursos
materiais e tecnológicos destinados a apoiar a realização e
difusão pública de eventos desportivos.
Tipologias
O facto de serem considerados multiusos tem a ver com a sua
utilização ser desportiva e também para outros fins que não os
desportivos (feiras, conferências, concertos, etc). Exemplo da
praça de touros de Elvas transformado em pavilhão multiusos.
Tipologias
O que individualiza uma estrutura deste tipo é um conjunto de
indicadores técnicos que assim os classifica ou não para este ou
aquele tipo de evento:
-Áreas disponíveis | Tipos de piso
-Pé direito | Iluminação
-Climatização | Condições acústicas
-Capacidade e perfis das bancadas | Número e tipo de salas de
apoio
-Controlo de entradas | Segurança
-Balneários | Acessos à nave central
Licenciamento de utilização desportiva
A Legislação
O decreto-lei nº 141/2009, de 16 de junho estabelece o regime
jurídico das instalações desportivas de uso público.
A instalação e a modificação de instalações desportivas obedece:
1) ao regime jurídico da urbanização e da edificação (RJUE)
(aprovado
pelo Decreto-lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,
e alterado pela Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro);
2) ao regime jurídico da acessibilidade (Decreto -Lei n.º
163/2006, de 8 de agosto)
3) às especificidades estabelecidas no decreto–lei nº 141/2009,
de 16 de junho.
Licenciamento de utilização desportiva
Alvará de utilização
A abertura e funcionamento das instalações desportivas
só pode ocorrer após emissão pela câmara municipal
territorialmente competente do alvará de autorização de
utilização do prédio ou fração onde pretendem
instalar-se as instalações desportivas e depende de prévia
Licenciamento de utilização desportiva
As competências do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ)
Compete ao IPDJ exercer as competências especialmente previstas no decreto-lei nº 141/2009, de 16 de junho relativamente às instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo.
Compete ainda ao IPDJ emitir parecer sobre:
a) Projetos de instalações desportivas especializadas e especiais para o espetáculo desportivo;
b) Conformidade dos projetos de instalações de tiro destinadas a acolher competições e eventos desportivos com as normas legais e regulamentares aplicáveis.
c) Fixar a capacidade máxima de utilização e da lotação de espectadores, tendo em conta as exigências da respetiva tipologia.
Licenciamento de utilização desportiva
Âmbito do parecer do IPDJ
O parecer do IPDJ incide sobre a conformidade das
soluções funcionais e características construtivas
propostas face à tipologia das instalações e às
especificidades das atividades previstas, bem como sobre
a observância das normas relativas a condições técnicas e
de segurança aplicáveis (podem ser indicadas pelas
federações desportivas, sem caráter vinculativo).
Tem caráter vinculativo quando desfavorável ou sujeito a
condição.
Licenciamento de utilização desportiva
As Competências dos órgãos municipais
São competências dos órgãos municipais:
1. Fixar a capacidade máxima de utilização e de acolhimento de
eventual público nas instalações desportivas de base, em função
da respetiva tipologia e em conformidade com as normas
técnicas e de segurança.
2. Efetuar e manter atualizado o registo das instalações
desportivas disponíveis no concelho em sistema de informação
disponibilizado pelo IPDJ.
3. Enviar ao IPDJ, até ao final do 1.º trimestre de cada ano, a
lista dos alvarás de autorização de utilização de instalações
desportivas emitidos.
Licenciamento de utilização desportiva
Autorização de utilização
Concluída a obra, o interessado requer a concessão
da autorização de utilização para atividades desportivas.
Licenciamento de utilização desportiva
TAREFA – Dar um exemplo da emissão de um alvaráO alvará da autorização de utilização para instalações desportivas deve conter:
•Identificação do titular da autorização;
•Identificação do edifício ou fracção autónoma;
•O uso a que se destina o edifício ou fracção autónoma;
•Identificação tipológica da instalação ou instalações desportivas que a compõem, sua denominação e localização;
•Nome do proprietário ou concessionário da exploração da instalação, bem como do diretor ou responsável pela instalação;
•Indicação das atividades previstas e da capacidade máxima de utilização, descriminada para cada instalação ou espaço desportivo que integre no caso de complexos desportivos, centros de alto rendimento ou estabelecimentos de serviços de manutenção da condição física; •Lotação, em número máximo de espectadores admissíveis, para as atividades aí previstas.
Gestão de Complexos Desportivos
Módulo 5 – Aula 4 e 5
Licenciamento de utilização desportiva
Abertura e funcionamento
Decorridos os prazos para emissão da autorização de utilização ou para realização da vistoria (artigo 65.º do RJUE), o interessado na abertura ao público e início de funcionamento das instalações desportivas deve apresentar uma declaração à câmara municipal, através da submissão eletrónica de formulário, instruída com os seguintes elementos:
a) Identificação da atividade ou atividades a que se vai dar início;
b) Declaração de responsabilidade de que as instalações cumprem todos os requisitos adequados ao exercício da atividade ou atividades pretendidas;
c) Cópia do regulamento de funcionamento das instalações desportivas que deve incluir instruções de segurança e planos de evacuação, nos termos da legislação em vigor.
Licenciamento de utilização desportiva
Abertura e funcionamento (cont.)A abertura ao público de complexos desportivos, centros de alto rendimento, centros de estágio e dos estabelecimentos que prestem serviços desportivos na área da manutenção da condição física (fitness), designadamente ginásios, academias ou clubes de saúde (healthclubs), é objeto de uma única comunicação para atividades desportivas sempre que a totalidade das atividades se inicie em conjunto.
Fora do caso previsto no número anterior, o início de nova atividade desportiva em complexo desportivo, centro de alto rendimento ou estabelecimento de serviços de manutenção da condição física depende de prévia declaração individualizada.
O comprovativo da declaração prévia a que se refere o n.º 1 constitui título válido de abertura e funcionamento das instalações.
Responsabilidade Técnica
A Legislação
O decreto-Lei n.º 271/2009 de 1 de Outubro define o
regime jurídico da responsabilidade técnica pela direção
das atividades físicas e desportivas desenvolvidas nas
instalações desportivas que prestam serviços desportivos
na área da manutenção da condição física (fitness),
designadamente os ginásios, academias ou clubes de
saúde (healthclubs), independentemente da designação
adotada e forma de exploração, bem como determinadas
regras sobre o seu funcionamento.
Responsabilidade Técnica
A Legislação
No decreto-Lei n.º 271/2009 de 1 de Outubro é referido que as exigências (a
existências de um diretor técnico, por exemplo) não se aplica às atividades físicas e desportivas que:
a) Sejam promovidas, regulamentadas e dirigidas por federações desportivas dotadas do estatuto de utilidade pública desportiva, desde que compreendidas no seu objecto social; b) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema educativo, curricular e de complemento curricular;
c) Se destinem exclusivamente aos membros das forças armadas e das forças de segurança;
d) Sejam desenvolvidas em instalações desportivas de base recreativas e sem enquadramento técnico;
e) Sejam desenvolvidas no âmbito do sistema prisional;
f) Sejam desenvolvidas em estabelecimentos termais e unidades de saúde e de reabilitação, utilizados sob supervisão médico-sanitária;
g) Por vontade expressa dos praticantes desportivos federados, sejam realizadas sem enquadramento técnico.
Responsabilidade Técnica
A alínea a) do slide anterior significa que, por exemplo, se num
pavilhão desportivo só se realizarem treinos de equipas federadas não será necessária a existência de um diretor técnico.
No entanto esta situação é provavelmente muito pouco frequente porque, por exemplo, se for realizada uma atividade de desporto para todos nessa instalação, então já será necessária a existência de um diretor técnico.
Aconselhamos a considerar sempre necessária a existência de diretor técnico uma vez que nunca sabemos a tipologia/âmbito das atividades que vão ser no futuro realizadas nestas instalações desportivas.
O legislador excetuou as situações apenas em que existem atividades dependentes de federações desportivas.
Responsabilidade Técnica
Diretor técnico (DT)
O diretor técnico (DT) é a pessoa singular que assume a
direção e a responsabilidade pela atividade ou
atividades físicas e desportivas que decorrem nas
instalações desportivas.
Responsabilidade Técnica
Funções do diretor técnico
O DT deve atuar diligentemente, assegurando o
desenvolvimento da atividade física e desportiva
num ambiente de qualidade e segurança.
Responsabilidade Técnica
Formação do diretor técnico
O DT deve :
- ser titular do grau de licenciado na área do Desporto ou
da Educação Física.
- frequentar ações de formação contínua durante o período
de validade da sua inscrição.
Responsabilidade Técnica
Divulgação
Em cada instalação desportiva devem ser afixados, em
local bem visível para os utentes, a identificação do ou
do(s) diretor(es) técnico(s) e o horário de permanência
daquele ou daqueles na mesma.
Responsabilidade Técnica
Entidade fiscalizadora
Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras
autoridades administrativas e policiais, compete à
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)
fiscalizar o cumprimento do disposto no decreto-lei
39/2012, de 28 de Agosto. (
Lei 39-2012 de 28Ago.pdf
)
Gestão de Complexos Desportivos
Módulo 5 – Aula 6 e 7
Sumário – Gestão do pavilhão da escola em contexto de competição, no torneio de futsal do secundário da escola (responsabilidade técnica).
Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 8
1. Tipos de ocorrências e sua inventariação;
2. Controlo e verificação de materiais;
3. Técnicas e tipos de manutenção;
4. Registo e controlo de consumos;
5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão;
6. Contato e receção de clientes e fornecedores;
7. Lista de controlo de consumos;
8. Procedimentos de adaptação das instalações a
eventos.
1. Tipos de ocorrências e sua inventariação
Tipos: o que pode acontecer numa instalação
desportiva?
Inventariação: produzir fichas para registo e
monitorização.
–Mostrar documento de exemplo com algumas das ocorrências que podem acontecer numa instalação desportiva e respetiva ficha de registo (documento: Fichas_ocorrências)
–Mostrar exemplos de registos, formulários e impressos (pasta denominada: conjunto_exemplos)
1. Tipos de ocorrências e sua inventariação
Lista de documentos de um processo: o atendimento
–Procedimentos: “Identificação das necessidades do utente,
inscrições e contratos”
–Instruções: “Atendimento” e “Organização de fichas de
inscrição”
1. Tipos de ocorrências e sua inventariação
Exemplos de impressos relativos ao processo de atendimento de uma instalação desportiva
2. Controlo e verificação de materiais
Os materiais e equipamentos presentes numa instalação
desportiva têm de ser regularmente controlados e verificados.
Estes procedimentos têm como objetivo saber em cada
momento se os materiais e equipamentos se encontram na
instalação (roubo, mau uso, empréstimo sem autorização) e
permite também monitorizar o seu estado de manutenção.
Assim, dependendo do número de materiais e equipamentos e o
seu estado atual, pode ser necessário proceder à aquisição de
novos.
3. Técnicas e tipos de manutenção
Manutenção:
“conjunto de ações que permitem manter ou restabelecer
um bem num determinado estado específico ou com a
finalidade de assegurar um determinado serviço”
Prof. Paulo Santos
3. Técnicas e tipos de manutenção
Manutenção corretiva:
“operações realizadas num equipamento avariado de modo a reparar a avaria e tornar o equipamento novamente utilizável”
A manutenção corretiva é a forma mais óbvia e mais primária de manutenção. Significa que os equipamentos e instalações só são reparados quando avariam ou deixam de funcionar ou colocam em perigo a sua utilização.
Constitui a forma mais cara de manutenção. Conduz a:
• Diminuição da vida útil dos equipamentos, máquinas e instalações;
• Paragens para manutenção em momentos aleatórios e muitas vezes, inoportunos por corresponderem a épocas de utilização das instalações desportivas.
É claro que se torna impossível eliminar completamente este tipo de manutenção, pois não se pode prever em muitos casos o momento exato em que se verificará um defeito que obrigará a uma manutenção corretiva de emergência, no entanto a sua ocorrência
deve ser evitada através de métodos de prevenção que podem passar pela verificação do estado de funcionamento regularmente.
3. Técnicas e tipos de manutenção
Manutenção preventiva:
“operações realizadas num dado equipamento, mantendo-o em correto estado de funcionamento, evitando ocorrência de avarias”
A manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, consiste num trabalho de prevenção de defeitos que possam originar a parada ou um baixo rendimento dos equipamentos em operação. Esta prevenção é feita baseada em estudos estatísticos, estado do equipamento, local de instalação, condições elétricas que o suprem, dados fornecidos pelo fabricante (condições ótimas de funcionamento, pontos e periodicidade de lubrificação, etc.), entre outros.
Algumas vantagens:
• Diminuição do número total de intervenções corretivas, aligeirando o custo da manutenção;
• Grande diminuição do número de intervenções corretivas ocorrendo em momentos inoportunos como por exemplos em períodos de utilização da instalação desportiva.
3. Técnicas e tipos de manutenção
Manutenção preditiva:
Atuação realizada com base, na modificação dos parâmetro da CONDIÇÃO ou DESEMPENHO, cujo acompanhamento obedece a um sistema.
Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 9 e 10
Sumário – Áreas multidisciplinares e técnicas de apoio à gestão desportiva; Aspetos físicos e funcionais
Prof. Paulo Santos
4. Registo e controlo de consumos
Existem procedimentos de registo e controlo de consumos para
monitorizar a existência de um determinado produto, a
necessidade de aquisição, o gasto ou despesas efetuadas.
Estes procedimentos são realizados em simples fichas de
registo, para cada material ou tipo de consumo.
Estes procedimentos permitem-nos fazer o que se denomina por
contabilidade analítica por centro de custos e por tipo de
despesas. Ou seja, sabemos o que se gasta em cada
instalação desportiva, em cada evento, para cada tipo de
produto analisado.
4. Registo e controlo de consumos
Exemplos:
–Consumo de eletricidade
–Consumo de gás
–Consumo de biomassa
–Consumo de cloro granulado
–Consumo de pH+
–Consumo de floculante
–Consumo de antialga
–Consumo de água
5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão
Em cada tipo de instalação desportiva, evento ou atividade o
gestor de desporto deve elaborar um formulário próprio onde
são registadas as ocorrências mais importantes, o que
decorreu bem, o que decorreu mal, as oportunidades de
melhoria, um conjunto de dados (indicadores de gestão).
Não são mais do que documentos que auxiliam o gestor de uma
instalação desportiva ou evento a registar o que acontece num
determinado período no sentido de refletir sobre esses dados
5. Relatórios e técnicas de apoio à gestão
A periodicidade destes relatórios deve ser decidida pelo gestor
da instalação desportiva com base na necessidade que sente e
na tipologia da instalação desportiva, sendo que não deve ser
superior a um mês, podendo mesmo ser semanal.
TAREFA:
Identifica alguns aspetos que devem constar num relatório de
gestão de uma instalação desportiva.
6. Contato e receção de clientes e fornecedores
Formas de interação entre o gestor de desporto e os clientes e fornecedores: -Presencial; -Telefónica; -Pré-marcada; -Reunião; -Entrevista individual; -Entrevista de grupo.
Todas as formas de interação identificadas anteriormente pressupõem uma preparação e o cumprimento de requisitos mínimos para que o contato cumpra os seus objetivos e decorra da melhor forma.
7. Lista de contatos da instalação
Deve ser elaborada uma listagem de contatos dos clientes e dos
fornecedores de uma instalação desportiva ou evento desportivo,
sendo que os elementos constantes dessa listagem devem ser
atualizados e organizados de acordo com o que nos interessa
para ficarem mais facilmente acessíveis.
Contatos de fornecedores:
–Por tipo de empresa;
–Por produto habitualmente adquirido;
–Por tipo de equipamentos;
7. Lista de contatos da instalação
Organização por tipo de pessoa a contatar:
Numa mesma empresa podemos ter necessidade de contatar pessoas diferentes, consoante o caso e essa informação deve estar na lista de contatos:
- Se precisamos de saber as caraterísticas de um produto ou equipamento novo – comercial;
- Se precisamos de adquirir mais produtos ou materiais – vendedor; - Se precisamos de resolver uma avaria – piquete de manutenção; - Se precisamos de apresentar uma reclamação – superior
hierárquico;
- Se precisamos de fazer um convite formal – direção ou
administração.
7. Lista de contatos da instalação
Organização dos contatos dos clientes:
Que informação precisamos: morada, telefone, mail, data do aniversário, serviços que usufrue, tipo de produtos que adquire habitualmente, presença em redes sociais...
Tipos:
- Listagem de moradas para envio de cartas;
- Listagem de mails para envio de newsltters ou mails;
- Listagem por tipo de cliente (idade, género, serviços ou produtos que adquire, data de aniversário, atividade pontual em que se inscreveu); - Estas informações são importantíssimas para o sucesso do plano de comunicação das instalações desportivas.
8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos
As instalações desportivas por vezes são utilizadas para eventos
desportivos e não desportivos em determinados momentos ou
períodos de tempo.
Esses eventos têm um conjunto de necessidades,
dependendo das suas caraterísticas que são necessárias de ter
em consideração.
8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos
Para além das adaptações que têm que ser feitas na própria
instalação (por exemplo colocar um palco), tem que ser
considerado o aumento das exigências (capacidade de
eletricidade) e o aumento dos utilizadores e frequentadores das
instalações (caixotes do lixo, reposição de consumíveis,
reposição de stocks de produtos no bar, procedimentos de
limpeza, etc)
8. Procedimentos de adaptação das instalações a eventos
Importa começar por estabelecer as caraterísticas do evento, os
seus requisitos e exigências para promover as alterações
necessárias para serem criadas as condições para o seu sucesso.
Tarefa:
Efetua um esquema (ficha de monitorização) de tarefas para a
atividade de...
Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 11 e 12
Sumário –
Gestão do pavilhão da escola em contexto de competição, noGestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 13
Aspetos físicos e funcionais
1.Área desportiva útil
2. Áreas de apoio
3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável;
4. Fichas técnicas de complexos desportivos;
5. Aspetos críticos da organização física e funcional;
6. Acessibilidade e barreiras arquitetónicas;
Aspetos físicos e funcionais
1. Área desportiva útil:
A área desportiva útil é entendida como sendo a área de facto
utilizada para a prática desportiva, acrescida das áreas de
segurança.
No caso das salas e dos pavilhões, poderemos considerar a
área ocupada pelos campos de jogo mais um metro de largura e
comprimento no retângulo formado por essa área ou pelas áreas
de prática habitualmente utilizadas (no caso das salas).
Nos casos em que os regulamentos das modalidades exigem
determinadas medidas de segurança, são essas que devem ser
consideradas.
Aspetos físicos e funcionais
1. Área desportiva útil:
No caso dos grandes campos de jogos, com ou sem pista de
atletismo, poderemos considerar a área ocupada pelos locais de
prática mais um metro de largura e comprimento no retângulo
formado por essa área.
Como referência existe o valor recomendável na união europeia
de 4m2 de área útil desportiva (contabilizando todas as
tipologias de instalações desportivas) por cada habitante de um
determinado território.
Aspetos físicos e funcionais
1
. Área desportiva útil:
No caso das piscinas parece-nos mais adequado considerar
apenas a área do plano de água, embora não seja incorreto
incluir as áreas de segurança da nave da piscina.
Aspetos físicos e funcionais
2. Áreas de apoio:Locais e instalações necessários para o apoio à realização das atividades principais a que se destinam as instalações desportivas.
As áreas de apoio de um pavilhão e/ou sala de desporto podem (dependendo da dimensão e tipologia consideradas) referir-se aos seguintes casos:
- Vestiários, balneários e sanitários para os praticantes desportivos; - Instalações sanitárias para os espetadores;
- Vestiários e balneários para árbitros e juízes; - Instalações para controlo de antidopagem; - Instalações de aquecimento e musculação; - Instalações para treinadores;
Aspetos físicos e funcionais
2. Áreas de apoio (cont.):
- Instalações para órgãos de comunicação social;
- Instalações para administração e serviços auxiliares; - Instalações técnicas (iluminação, difusão sonora);
-Instalações para pessoal encarregado da manutenção e administração;
- Secretaria;
- Locais de guarda-roupa (quando não existem armários nos balneários);
- Arrecadação de material das instalações e de treino Locais para espetadores:
Camarotes; tribunas com lugares sentados numerados e individualizados (bancadas); tribunas com lugares sentados em bancadas corridas; galerias; terraços; zonas de peão.
Aspetos físicos e funcionais
3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável
Informações das instalações desportivas (contidas no complexo
desportivo) relativas às caraterísticas gerais e específicas que
permitam conhecer a sua localização, estado de conservação,
caraterísticas técnicas e funcionais.
Aspetos físicos e funcionais
3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável
Exemplo:–Denominação: PAVILHÃO MUNICIPAL DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA –Localização: Rua Sousa Lopes, freguesia de N.ª Sr.ª de Fátima –Caracterização:
–Inserção no PDM: “Área de Equipamentos e Serviços Públicos”- Subseção I, Seção VII do Capítulo II – “Do Espaço Urbano”.
–Área Bruta de Construção: 1 412 m2 –Ano de construção: 2005
–Estado de conservação: Bom –Pavilhão Desportivo: 44mx22m –Bancadas: 90 espetadores
–Estacionamento: não tem –Proprietário – CML
Aspetos físicos e funcionais
3. Descrições técnicas – legislação específica aplicável
Exemplo:O Pavilhão Municipal de N.ª Sr.ª de Fátima localiza-se no Bairro de Santos. Inserido numa zona residencial de habitação colectiva, entre a Av. das Forças Armadas e a Av. dos Combatentes, dispõe de acessos relativamente facilitados podendo-se utilizar o Autocarro como transporte público ou metropolitano sendo a estação mais próxima a de Entrecampos, a 690m.
O acesso da rede escolar ao Pavilhão Municipal de N.ª Sr. ª de Fátima localiza-se à seguinte distância: Escola Secundária Dom Pedro V a 760m, Escola EB 1 Mestre Arnaldo Louro Almeida a 110m e a Escola Primária n.º 134 a 785m.
Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 14 e 15
Aspetos físicos e funcionais
4. Ficha técnica de complexos desportivos
Exemplo:Ver exemplo da carta desportiva da CMFV.
(Carta_Desportiva_Figueiro_dos_Vinhos.pdf)
Ver exemplo da página web do município de Figueiró dos Vinhos – ficha de caracterização dos equipamentos desportivos (Fichas de
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos
5.2. Elementos do conforto desportivo
5.3. Conforto acústico
5.4. Conforto visual e luminoso
5.5. Conforto térmico
5.6. Humidade relativa
5.7. Conforto pneumático
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos
Para Cunha (2007) “o conforto é uma medida equilibrada que revela o ajustamentos das condições de realização às necessidades da prática e do praticante desportivo cujo efeitos resultam a vários níveis, quer através de melhores prestações desportivas, de melhor mobilização e adesão às práticas correspondentes, quer inclusivamente à origem de sensações desportivas, reforçadas em imagens mentais construídas pelos praticantes ou utilizadores dos espaços da instalação desportiva, que os impelem ao retorno e correspondente reutilização futura”.
Segundo o mesmo autor o conforto desportivo deve ser considerado como uma medida e avaliada segundo critérios qualitativos.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos
Para este o conforto carateriza-se pelo cumprimento das
seguintes características:
1)Adequação do espaço e do respectivo apetrechamento à
prática desportiva.
2) Não ser um fator de agressão física aos praticantes ou a outro
nível, nomeadamente fator de risco para a sua integridade física,
a saúde e a sua segurança.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.1. Conforto desportivo nos pavilhões desportivos
3) Ser capaz de provocar sensações positivas (de prazer e de autoconfiança) e de reforço volitivo, de forma a desencadear no utilizador a vontade de voltar a usufruir da instalação e de nela realizar essa ou outra prática desportiva.
4) Permitir o desenrolar das acções relativas à prática desportiva e a todas as outras práticas complementares, nomeadamente o espectáculo desportivo, a festa do desporto e todas as outras atividades que as suportam.
5) Permitir a realização das ações necessárias com o correspondente desafogo.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
Para Cunha (2007) os elementos do conforto desportivo são componentes, constituintes ou critérios de organização ou de codificação dos materiais, dos espaços e dos tempos, e prendem-se
com a respetiva aplicação à funcionalidade requerida para as ações.
Além de serem vários e estarem organizados sob o ponto de vista de utilização ou valoração que estamos a realizar, eles permitem uma focalização dos gestos nas atividades a realizar garantindo um reforço dos estímulos de retorno e a criação de imagens positivas e sensações positivas.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
1. Estéticos – incidem sobre a forma, a cor, o significado simbólico, os valores que estão associados quer à instalação quer às diferentes partes que a compõem. Incluem-se a textura dos materiais e o apetrechamento desportivo.
2. Funcionais – incidem sobre os recursos (espaços, tempos e recursos) submetidos à lógica das exigências na realização das atividades:
- a previsão dos espaços, a adaptação das suas características e respetiva codificação;
- os materiais e apetrechos previstos e a correspondente disposição para as ações a desencadear;
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo 2. Funcionais (cont.):
- os recursos humanos recrutados e formados especificamente para as funções a desempenhar;
- as rotinas constituídas, os tempos reservados;
- os processo de regulação que discriminam os comportamentos adequados aos espaços e à utilização dos apetrechos estabelecidos.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
3. Higiene – permitem uma garantia por parte dos utilizadores a dois níveis:
- Apetência imediata para a utilização dos espaços e dos apetrechos em estado de disponibilidade;
- Garantia de ausência de doenças ou contaminações adquiridas no contacto com os espaços e os apetrechos existentes nas instalações desportivas;
- Garantias ao nível de segurança, dado que a falta de higiene leva ao desconforto ou desadequação dos materiais e das superfícies de utilização às solicitações que se lhes exigem.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
4. Segurança – incidem sobre os espaços próprios, os sistemas elaborados e os processos ou rotinas constituídos que salvaguardam a integridade das pessoas, a estabilidades dos espaços, e a continuidade dos bens materiais e apetrechos. Materializam-se através de normas, regulamentos, protocolos, manuais de procedimentos e comportamento.
5. Desafogo – possibilita a adequação diferenciada do espaço.
Permite a identificação das vocações principais e complementares ou de outro tipo para os espaços e instalações desportivas.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
6. Reserva – espaços cuja função não está ainda definida e que permitem funções complementares múltiplas ocasionais, permitem um certo desafogo, bem como a possibilidade de virem a ser utilizados no futuro.
Relativamente ao caso de instalações desportivas o conforto geral manifesta-se com a existência de uma harmonia, onde decorrem várias ações e processos com o maior equilíbrio possível.
Este indicia uma predisposição do espaço para uma utilização proveitosa e agradável.
Gestão de Salas e Pavilhões Desportivos
Módulo 5 – Aula 16
Sumário – Aspetos físicos e funcionais – Elementos do conforto desportivo, indicadores dos aspetos críticos da organização física e funcional
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
Podemos definir um conjunto de indicadores que serão nos revelarão um conjunto de informações sobre o nível de oferta de apetrechamento disponíveis para as atividades e também sobre a
qualidade de serviço que pode ser esperada para a respetiva
realização.
Permitem-nos recolher dados sobre informações que traduzam boas condições ambientais a vários níveis (Cunha, 2007).
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo Indicadores para o conforto desportivo:
1. Higiene – nº de intervenções por dia/semana – o utilizador é informado da pressão de utilização da rotina de limpeza. Esta informação é disponibilizada através de quadros de ocorrência de tarefas de limpeza.
2. Segurança – diz respeito à informação sobre o meio envolvente, como acidentes ocorridos na instalação; facilidade de acesso a mecanismos de guarda de valores individuais; número de funcionários destinados à segurança; sobre os pontos de socorro, saídas de emergência, etc.
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
3. Arrumação – informação sobre localização correta dos apetrechos, números de referência, etc. é efectivado através do regulamento.
4. Desafogo espacial – informação relativa aos espaços de atividade principal, respetivas vizinhanças: estes dados apresentam-se em m² por pessoa disponíveis para cada modalidade desportiva.
5. Desafogo tecnológico ou de equipamento – informação sobre o nº de equipamentos disponíveis por utilizador.
6. Consumo ou Produtividade – informação sobre o consumo de recursos espaço, tempo, recursos humanos, financeiros).
Aspetos físicos e funcionais
5. Aspetos críticos da organização física e funcional
5.2. Elementos do conforto desportivo
Podemos referirmo-nos a este tipo de conforto desportivo, como aquele que o praticante desportivo toma contacto, quando existe proximidade com espaço desportivo a utilizar, e o mesmo se apercebe que este está preparado e nas melhores condições para o receber.