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TÍTULO: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM PRODUTOS VETERINÁRIOS: DESENVOLVIMENTO DE STRIP ORAL PARA FELINOS A BASE DE IVERMECTINA

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Academic year: 2022

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM PRODUTOS VETERINÁRIOS: DESENVOLVIMENTO DE STRIP

ORAL PARA FELINOS A BASE DE IVERMECTINA

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Farmácia

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO - USF AUTOR(ES): WELLINGTON CAETANO GOZZO

ORIENTADOR(ES): IARA LUCIA TESCAROLLO

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1 – RESUMO

Este trabalho propõe a criação de um strip, também denominado filme orodispersível, com ivermectina em sua composição para a vermifugação de gatos domésticos. A crescente adoção de animais nos últimos anos tem impulsionado a criação de produtos inovadores na área pet. O alvo do estudo são os felinos, classe de animais que não demanda muito cuidado de seu dono, tem um potencial zoonótico alto e principalmente pelo fato da dificuldade de administração de medicamentos por via oral. Assim como os humanos, os felinos possuem diferenças de raça, idade, peso, anatomia e fisiologia, com isso é necessário que sejam manipuladas novas fórmulas. Farmacêuticos podem contribuir no desenvolvimento e manipulação de medicamentos veterinários em diferentes doses de acordo com as características e necessidades do paciente, que no foco deste trabalho são os felinos.

2 – INTRODUÇÃO

A atuação dos profissionais da saúde em farmácias de manipulação veterinária é definida legalmente, os profissionais que possuem as principais atribuições neste estabelecimento cada um com sua importância e conhecimento são o Farmacêutico e o Médico Veterinário. Em 2005 o MAPA permitiu a manipulação de medicamentos para os animais. O Conselho Federal de Farmácia em 2009, através da RDC nº 504 regulamentou as atividades do farmacêutico na indústria de produtos veterinários e em 2013 atualizou a legislação para definir as especialidades farmacêuticas por área de atuação (FENAFAR, 2016). Dados da Associação Brasileira de Indústria de Produtos Animais de Estimação (ABINPET, 2016), estimam que atualmente o Brasil possua mais de 100 milhões de pets, entre cães, gatos, peixes, aves e outros. Em pesquisa realizada em 2012 pelo órgão mostrou que no país existem cerca de 35,7 milhões de cães e 19,8 milhões de gatos (FENAFAR, 2016). A via oral de medicamentos é a mais aceitável, versátil e conveniente via de administração de medicamentos para animais de pequeno porte quando comparada com outras vias. Filmes orodispersível, também denominados strips surgem como uma tendência evolutiva de formas farmacêuticas para uso veterinário com dissolução rápida (TESCAROLLO, et al. 2019). Além de proporcionar também várias vantagens sobre outras formas farmacêuticas, como aumento da biodisponibilidade. Trata-se de uma forma farmacêutica que vem sendo amplamente difundida para uso humano, entretanto, pouco estudada para uso veterinário.

3 – OBJETIVOS

Desenvolver filmes orodispersíveis ou strip de ivermectina para uso veterinário contra endoparasitas de felinos domésticos e avaliar as propriedades físico-químicas e microbiológicas. Promover a inovação por meio do planejamento de um medicamento veterinário com alta palatabilidade facilitando a administração oral do produto no público alvo.

4 – METODOLOGIA

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Trata-se de um estudo em andamento. A pesquisa está sendo realizada em etapas. Na primeira etapa foi realizado um estudo de revisão de literatura, onde foram selecionados alguns artigos sobre strip oral desenvolvidos pela King Saud University (IRFAN et al., 2016). Como embasamento para a legislação a principal fonte utilizada será o site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2005), Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG, 2016), Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET, 2016) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2005).

5 – DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento das formulações serão empregadas as diferentes matérias-primas de grau farmacêutico: Goma xantana; Goma carragena, Sorbato de potássio; Benzoato de sódio; Acesulfame k; Sucralose; Lecitina de soja; Manitol; Polissorbato 80; Propilenoglicol; Simeticone 30 %; Pullulan;

Polietilenoglicol 400, água purificada e insumo farmacêutico ativo – Ivermectina. Estão sendo desenvolvidas duas formulações F1 e F2 que variam em termos qualitativos e quantitativos (Tabela 1).

Tabela 1. Descrição qualitativa e quantitativa das formulas a serem testadas.

Componentes F1 F2 Função

Goma xantana 0,06 0,06 Estabilizante, emulsificante

Goma carragena 0,37 0,37 Gelificante, estabilizante, emulsificante

Sorbato de potássio 0,20 0,20 Conservante

Benzoato de sódio 0,10 0,10 Agente antimicrobiano

Corretivo de sabor e aroma 0,50 0,50 Flavorizante

Lecitina de soja 0,50 0,50 Emulsificante

Tween 80 1,00 1,00 Tensoativo

Propilenoglicol 1,75 1,75 Umectante

Pullulan 16,00 16,00 Emulsificante, gelificante

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Carbowax 400 (PEG 400) 2,00 2,00 Emulsificante

Água destilada q.s.p. 100,00 100,00 Veículo

Fonte: (RAYMOND C R, PAUL J S, 2009)

Será utilizada a técnica de casting para desenvolvimento deste strip oral, essa técnica consiste em solubilizar todos excipientes sólidos nos excipientes líquidos, após isso a solução homogênea é depositada em uma placa de petri e levada para uma estufa com circulação para que possam evaporar os solventes e se formar o strip oral. Para que seja selecionada a melhor formulação, serão manipulados lotes de bancada com tamanho de 100g. Após o preparo dos filmes os mesmos serão avaliados em relação aos testes de qualidade a fim de se estabelecer as especificações como aspecto, cor, odor, pH, dimensões, tempo de desintegração e peso médio. As amostras também serão encaminhadas para o estudo preliminar de estabilidade. Os ensaios serão adaptados a partir dos estudos adaptados da literatura especializada (SANFELICE et al. 2010; TESCAROLLO et al., 2019).

6 – RESULTADOS PRELIMINARES

Até o presente momento foram realizados estudos sobre o desenvolvimento de filme orodispersível, com ivermectina para felinos, triagem dos materiais, definição quantitativa e quantitativa da fórmula e técnica de preparo. A próxima etapa envolverá o preparo propriamente dito das amostras, avaliação físico-química e estudo de estabilidade. Espera-se que a abordagem adotada nesta pesquisa permita a construção de uma base científica no desenvolvimento de preparações veterinárias, assim como, na seleção dos componentes no decorrer de seu processo produtivo.

7 – FONTES CONSULTADAS

ANFARMAG. Associação Nacional De Farmácias Magistrais - Manual do consumidor. 2012. Disponível em: <http:// www.anfarmag.com.br >. Acesso em: 18/09/2019

BRASIL. Decreto-Lei nº 467, 13 de fevereiro de 1969. Dispõe sobre a fiscalização de produtos de uso veterinário, dos estabelecimentos que os fabriquem e dá outras providências. Diário Oficial da União, 14 fev. 1969. Seção 1, p. 1465.

BRASIL. Decreto n° 85.878, de 7 de abril de 1981. Brasília,DF, abr,1981. Disponível em:

<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980-1987/decreto-85878-7-abril-1981-435600- publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 18/09/2019

BRASIL. Decreto 5.053, 22 de abril de 2004. Aprova o Regulamento de Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário e dos Estabelecimentos que os Fabriquem ou Comerciem, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 24 abr. 2004. Seção 1, p. 1.

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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação relacionada aos produtos de uso veterinário. Brasília: MAPA/ACS, 2012. 401 p.

FENAFAR, Federação Nacional dos Farmacêuticos. O Guia definitivo da Farmácia Veterinária.

Disponível em: <http://www.fenafar.org.> Acesso em: 18 de setembro de 2019.

MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 11, de 8 de

Junho de 2005. Disponível em:

http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&

chave=989875967. Acesso em: 18/09/2019

RAYMOND C R, PAUL J S, M. E. Q. Handbook od pharmaceutical excipients. Handbook of pharmaceutical excipients, Sixth edition, p. 129–553, 2009.

IRFAN, Muhammad et al. Orally disintegrating films: a modern expansion in drug delivery system. Saudi Pharmaceutical Journal, [S.L.], v. 24, n. 5, p. 537-546, set. 2016. Elsevier BV.

http://dx.doi.org/10.1016/j.jsps.2015.02.024. Disponível em:

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1319016415000626#ab005. Acesso em: 21 jun.

2019.

TESCAROLLO, Iara Lúcia, et al. Caracterização de filmes orodispersíveis formulados com flavorizantes naturais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. v. 06, p. 05-17, out-2019.

Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis. DOI:

10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis.

SANFELICE, A.M.; TRUITI, M.C. Torrado. Produtos em filme-Inovação na tecnologia de cosméticos.

Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 32, n. 1, p. 61-66, 2010.

Referências

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