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CandleStick: Noções Básicas

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CandleStick: Noções Básicas

MAR 10, 2002

A primeira coisa que você deve saber é o que é um candle é como ele é formado. Acompanhe na figura 1: A parte

grossa, central do candle é o que chamamos de corpo. Representa a margem entre a abertura e o fechamento da seção pré-determinada por quem está utilizando o gráfico.

(!) Pode-se usar candles de 5min, 15, 30, diário, semanal, mensal, etc.

Quando a parte central, ou corpo é preenchida (como no exemplo da figura) o fechamento foi abaixo da abertura e este é um candle de baixa. Quando a parte central, ou corpo é clara o fechamento foi acima da abertura e este é um candle de alta.

Obs1: Este padrão muda de local para local. Alguns utilizam candles verdes e vermelhos ou brancos e pretos. Mas normalmente o candle de queda tem o corpo todo preenchido e o de alta não.

Obs2: O fato do candle ser de alta não quer dizer que ocorreu alta do ativo em relação ao candle anterior ou vice-versa, mas somente que o

fechamento foi acima da abertura.

Ex: TNLP4 fecha a 35,00 no dia 05.08.01. No dia 06.08.01 TNLP4 abre a 33,00 e fecha a 34,00. O candle será de alta, pois o fechamento é acima da abertura, mas ocorreu queda em relação ao período anterior.

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As linhas finas acima e abaixo do corpo são as sombras. Estas sombras representam os extremos de preços da seção. O topo da sombra superior representa a máxima do dia e o fundo da sombra inferior a mínima do dia.

Periodicidade dos Gráficos

Os gráficos podem ter diferentes periodicidades, ou seja, não precisam, necessariamente, representar 1 dia de pregão. Os gráficos em nível de dias mais comuns são:

Diário: Representa 1 pregão.

Semanal: Um candle representa todos os pregões da semana.

Mensal: Um candle representa todos os pregões do mês.

Anual: Um candle por ano.

Intraday: Uma outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a sessão, são os gráficos intraday (também chamados intradia). Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde, normalmente, a alguns minutos. Os mais comuns:

1, 5, 15, 30 e 60 minutos.

A maneira como o símbolo é desenhado é exatamente a mesma que no caso de uma barra ou candle de 1 pregão. Vamos pegar como exemplo um gráfico semanal, cada semana será representada por um único símbolo, assim, o valor de mínimo será o menor entre todos os preços praticados na semana, enquanto que o valor máximo será o maior preço negociado no mesmo período.

A abertura, nesse caso, será a abertura do primeiro dia de pregão da semana (segunda-feira em nosso exemplo) e o fechamento o valor de encerramento da sexta-feira.

O mesmo ocorre para os gráficos intraday. Em um gráfico de 15 minutos o primeiro e último minuto do intervalo (digamos entre 15:01 e 15:15) são a abertura e o fechamento, enquanto que o máximo/mínimo entre os minutos desse intervalo será o máximo/mínimo do símbolo.

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Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em qualquer tempo gráfico. As teorias são sempre válidas quando a formação do preço é livre (oferta x demanda), o que acontece algumas vezes é que certas

técnicas se adaptam melhor a determinados períodos que outras.

Martelos e Enforcados

MAR 10, 2002

As duas figuras são semelhantes. O corpo tem de estar na parte superior do candle. A cor do corpo (se de alta ou de baixa) não tem importância. Uma sombra inferior longa deve ser no

mínimo o dobro do tamanho do corpo. Não deve ter sombra superior. Admite-se quando muito pequena.

O que é fascinante nesta figura é que ela pode indicar reversão de alta ou de baixa, dependendo aonde se encontra no trade:

Se ocorre após um trade de baixa, em um fundo denomina-se martelo assim como se o mercado estivesse martelando uma base. A palavra japonesa para esta figura é takuri. Significa o efeito de "algo que está tentando atingir a profundidade da água sentindo seu fundo."

Se ocorre após um rally de alta, indica que o movimento anterior pode estar acabando, e será denominado enforcado. Tem este nome pois parece mesmo um homem pendurado com as pernas balançando.

É o termo é perfeito para uma figura que indica que um trade de alta está por acabar.

Critérios que aumentam a intensidade do padrão

Tamanho da sombra inferior.

Quanto maior, mais expressiva é a figura.

A cor do corpo não tem importância fundamental, mas é preferível um martelo com corpo de alta e um enforcado com corpo de baixa.

O martelo (reversão de fundo) é uma figura mais importante que o

enforcado (reversão no topo). O martelo pode ser considerado uma figura

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de reversão per si. Já com o enforcado deve se aguardar confirmação no dia seguinte com um pregrão de queda.

É fácil entender porque o enforcado necessita de confirmação. O mercado está confiante, em alta. Aí aparece o enforcado. No dia do enforcado, o mercado abre próximo à máxima, e ai começa a vender (cair) fortemente.

Depois de atingir um fundo, o mercado reage e fecha próximo à abertura.

Este não é o tipo de comportamento que lhe faz pensar que o enforcado sugere reversão. Mas o fato é que, por um momento o mercado caiu expressivamente, ocorreram vendas fortes.

Logo o mercado que estava confiante em alta, agora está frágil e pode parar de subir.

Se o mercado abrir no dia seguinte em queda, aqueles que compraram na abertura ou fechamento do dia do enforcado estão agora pendurados com uma posição perdedora.

Logo, o princípio geral para o enforcado é que quanto maior o Gap de baixa entre o enforcado e a abertura do dia seguinte, maior será a chance que o enforcado será mesmo um topo.

Outra confirmação do enforcado como um topo seria um bozu de queda no dia seguinte.

Exemplo 1 - Martelos na TNLP4

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Observem como por duas vezes a figura do martelo serviu como um

indicador de fundo, de reversão, interrompendo a queda anterior. E que os dois martelos têm pequena sombra superior o que não os invalida.

Exemplo 2: Enforcado no Banco do Brasil

Notem que este enforcado a exemplo dos martelos acima, possui também pequena sombra superior o que não invalida o sinal. Vejam que o bozu negativo no dia seguinte confirma o padrão como de reversão.

Neste gráfico ocorre uma característica importante dos padrões de reversão citado no Capítulo II deste série: Os Padrões de Reversão:

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Observem que o enforcado sinalizou o fim do trade de alta anterior mas não produziu uma reversão propriamente dita, já que após o enforcado

entramos em acumulação. Os padrões de reversão, apesar do nome sinalizam que o trade anterior está em esgotamento mas não

necessariamente que irá ocorrer uma reversão.

Exemplo 3 - Os Martelos ímãs na Aracruz

Observem neste gráfico, uma característica muito comum dos martelos descrita pelo Nathal que é o fato de usualmente funcionarem como ímã.

Isto é, o primeiro martelo chama o trade de volta para seus preços, onde acontecerá um segundo martelo. Daí os preços estarão livres finalmente para subir.

No gráfico da Aracruz acima, o primeiro martelo com mínima em 2,44 sinalizou o fim do trade de queda anterior e parecia que íamos subir. Mas ele chamou os preços de volta até ele, com seu poder de ima, e ocorreu um segundo martelo com mínima quase idêntica ao primeiro (2,45).

Observem que o primeiro martelo é uma figura de corpo negativo, isto é de queda - o que como é explicado no texto acima, é indiferente. O segundo martelo tem corpo de alta, bem como pequena sombra superior.

O segundo martelo, faz com a figura anterior um Harami de fundo, o que o torna uma figura mais expressiva, bem como a sua sombra inferior que é

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bastante longa. Estudaremos os Haramis em um capítulo posterior. Ele foi citado aqui apenas a título de ilustração.

Dark Cloud Covers

MAR 10, 2002

Ou também chamado de Padrão Nuvens Negras. É um padrão de dois candles que consiste em um sinalizador de reversão após um trade de alta ou, algumas vezes, após um longo tempo de acumulação. Vai sinalizar que a alta está por acabar ou que a

congestão pode tomar um rumo de queda.

O primeiro dia deste padrão produz um corpo de alta forte. No segundo dia, os preços abrem acima da máxima do dia anterior (Gap). Tudo está uma maravilha, os Bulls estão no comando. Entretanto, no fim do segundo dia, o mercado fecha próximo à mínima e penetra bem no corpo do candle do primeiro dia.

Quanto maior a penetração no corpo de alta do primeiro dia, maior a chance de um topo estar ocorrendo. Alguns analistas japoneses requerem mais de 50% de penetração.

Se o corpo negro do segundo dia não fechar abaixo da metade do corpo branco do primeiro dia é melhor aguardar por mais confirmação bearish após o Dark Cloud Cover.

É fácil de compreender o significado deste padrão: O mercado está em um trade de alta. Um candle branco forte de alta é seguido por um gap de abertura no dia seguinte. Até aqui os Bulls tem controle total da situação.

Mas o rali não continua! Na verdade o mercado fecha próximo ou na mínima penetrando bem no corpo do dia anterior.

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Em tal cenário, os comprados começarão a ficar apreensivos quanto a sua posição. Aqueles que estavam esperando para vender (shortar), tem agora uma cabeça de praia para colocar um stop - na máxima do segundo dia do Dark Cloud Cover.

Fatores que intensificam a importância do Dark Cloud Cover

Quanto maior a penetração do fechamento corpo negro do segundo dia no corpo branco do primeiro dia, maior será a chance de que um topo esteja ocorrendo. Se o corpo do segundo dia encobrir totalmente o corpo do primeiro dia, aí teremos um Padrão de Engolfo.

Pense no Dark Cloud Cover como um eclipse solar parcial e o Padrão de Engolfo como um eclipse solar total. Logo, um Padrão de Engolfo é um indicativo de topo mais forte que o Dark Cloud Cover.

Se um corpo branco de alta ocorre após o Dark Cloud Cover e fecha acima da máxima do segundo dia do Dark Cloud Cover, pode significar que o padrão deve ser desprezado, pois novo rali poderá acontecer.

Durante um trade de alta prolongado, se ocorre um dia de alta bem forte com um grande candle branco que abre na sua mínima e fecha na máxima (Marobozu de Alta) e no dia seguinte ocorre um longo Marobozu de queda fazendo um Dark Cloud Cover, este padrão é bem intenso e tem muita chance de significar realmente uma reversão.

Se o corpo do segundo dia do Dark Cloud Cover abre acima de uma forte resistência e falha em vencê-la, isto estará provando que os Bull estão perdendo o controle e intensifica a importância do padrão.

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Se, na abertura do segundo dia ocorre um aumento expressivo de volume, uma compra desordenada pode estar ocorrendo. Por exemplo, alto volume em um gap de alta pode significar que muitos novos compradores

decidiram embarcar. Mas depois o mercado começa a se tornar vendedor.

Provavelmente não vai demorar muito para que esta multidão de novos comprados (e também comprados mais antigos que já estão no lucro) perceba que o navio que eles embarcaram é o Titanic.

Obs: como este padrão é relativamente comum, deve-se ater as suas características e grau de intensidade para não ser surpreendido por situações em que o padrão ocorre mas é desprezado pelo mercado.

Exemplo 1 - Dark Cloud Cover na Telesp Participações

Obs: O Dark Cloud Cover é composto pelos dois candles imediatamente abaixo de onde está escrito "Dark Cloud Cover" no gráfico.

Considerações Gráficas

Notem como o padrão produziu realmente um topo e interrupção do trade de alta anterior.

Notem o aumento expressivo de volume no segundo dia, intensificando mais ainda o padrão.

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O candle de queda do segundo dia penetra até mais do que a metade do corpo do candle do primeiro dia

Este foi um padrão bastante intenso, segundo os critérios e realmente funcionou como um topo.

Exemplo 2 - Klabin nas Nuvens Negras

Reparem neste exemplo, que o padrão interrompeu o trade de alta anterior, produzindo um topo, mas o próximo movimento não foi expressivamente de queda, sendo o mesmo topo testado alguns dias depois.

Notem o Engolfo de Baixa que é mostrado também no gráfico.

Mais uma vez, utilizamos este exemplo para reafirmar que todos os padrões de reversão dos candles, apesar do nome, referem-se a interrupção do trade anterior e não necessariamente ao começo de um novo trade em outra direção. Veja Os Padrões de Reversão para rever detalhadamente este conceito.

Exemplo 3 - Dark Cloud Cover na Cesp

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Observem como este Dark Cloud Cover interrompe o movimento de alta mas não produz uma reversão propriamente dita do trade. O mercado passa a acumular por alguns dias, para depois começar a subir novemante.

De qualquer forma o padrão valeu, pois produziu um topo daquele movimento de alta que o precedeu.

Introdução às Estrelas

MAR 10, 2002

As estrelas são um grupo de padrão de reversão fascinante. Uma estrela é um candle com corpo bem pequeno que usualmente tem um gap em relação ao candle que a precede. É importante, para ser considerado uma estrelas, que não haja interseção entre o corpo da estrela e do candle anterior. A cor do corpo da estrela não tem importância.

As estrelas podem ocorrer em topos ou fundos. Nos fundos elas são chamadas de estrelas da manhã e nos topos de estrelas da tarde.

Usualmente, mas nem sempre, as estrelas são um sinal de reversão mais forte nos topos do que nos fundos.

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Como a estrela representa indecisão do mercado, a indecisão é especialmente danosa nos topos, mas nem sempre nos fundos.

Se a estrela não tiver nenhum corpo (abertura = fechamento) então denominamos doji-star (estrela doji). O doji é um padrão mais intenso do que a estrela.

A estrela, especialmente o doji, é um aviso que a tendência anterior pode estar acabando. O pequeno corpo (ou ausência de corpo) da estrela

representa um empate na guerra entre os comprados e os vendidos. Em um ralí, os bulls (comprados) estão no comando.

Com a ocorrência de uma estrela após um longo candle branco, está sinalizado que o controle, que era total dos Bulls, agora está sendo disputado entre as duas forças.

Esta disputa pode ter ocorrido ou por causa de uma diminuição na força compradora ou por um aumento na força vendedora. De qualquer forma, as estrelas nos dizem que a força de alta anterior se dissipou e o mercado está vulnerável.

O mesmo é verdade, mas ao contrário, para uma estrela em uma tendência de queda. Isto é, se uma estrela vem após um grande candle negro de queda, reflete uma mudança no mercado. Os Ursos estavam no comando, mas agora há um empate técnico. A energia de queda se enfraqueceu. Este não é uma cenário favorável a continuação do Bear market.

Existem basicamente quatro tipos de estrelas que veremos em detalhes nos próximos capítulos (Estrela da Manhã ou Morning Star, Estrela da Tarde ou Evening Star, Doji Star, Shooting Star)

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Exemplo 1 - Estrelas no Índice Futuro:

Observem que cada uma das quatro estrelas produziu um topo.

O tamanho dos corpos são diferentes e somente uma tem corpo de queda.

Veja, que como foi dito antes, a cor do corpo não importa e sim o tamanho do mesmo.

Exemplo 2 - Estrelas na CEMIG:

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Observem que a estrela da manhã determinou o fim da queda mas não produziu uma alta e sim uma acumulação que foi posteriormente revertida para alta. Os padrões de reversão, como eu venho repetindo aqui,

determinam o fim da tendência anterior. Mas nada podemos dizer do movimento seguinte.

Observem também a seqüência de estrelas da tarde no topo com 4 candles, sendo 3 perfeitas estrelas. A briga durou mais alguns dias, mas no fim as estrelas foram topos e determinaram o fim do ralí.

Exemplo 3 - Estrelas testando a resistência na Eletrobrás:

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Observem como por três vezes em momentos distinto a ELET6 produz uma estrela que testa a resistência. A terceira acaba sendo definitiva e a partir dai o ralí acabou.

Evening Star

MAR 10, 2002

A Estrela da Tarde ou Evening Star é como se fosse ao contrário da Estrela da manhã, pois aquela é bulish e esta é bearish, ou seja a Estrela da tarde sugere quedas por vir. Seu nome vem do Planeta Vênus, que é conhecido como a estrela da tarde, que

aparece logo antes da escuridão da noite retornar. É um padrão de reversão de topo, e deve-se estar atento se ela ocorre após um trade de alta.

Vejam na figura mais abaixo que o padrão é composto de três candles: O primeiro é um candle de alta longo. O segundo é um candle pequeno, normalmente com gap em relação ao primeiro, que é a estrela.

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A estrela é o primeiro sinal que um topo pode estar ocorrendo, mas

necessita de confirmação com um candle de queda no dia seguinte que não ultrapasse o topo da estrela e que penetre bastante no corpo do primeiro candle.

Por princípio a Estrela da tarde tem um gap entre o primeiro candle e a estrela. Pode ocorrer um gap entre a estrela e o terceiro candle, mas este não é necessário e é até raro.

O mais importante é que este último candle penetre no corpo do primeiro, até bem mais que a metade. Outra característica é que a cor do candle da estrela não importa, podendo ser de alta ou de baixa.

A Estrela da tarde é mais importante quando ocorre após um ralí, mas ela também pode sinalizar o fim de uma acumulação quando ocorre no topo da mesma.

Fatores que aumentam a probabilidade que uma estrela da Tarde seja realmente um topo:

Se houver um gap entre o primeiro candle e a estrela e também entre a estrela e o terceiro candle.

Se o terceiro candle penetra bastante no corpo do primeiro candle.

Se houver volume baixo no dia do primeiro candle e volume alto no dia do terceiro candle. Isto mostra uma redução da força compradora e um

aumento da força vendedora.

Se ela ocorrer em cima de uma forte resistência.

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Exemplo 1 - Estrelas na TCSP4

Observem como este sinal é confiável representando um topo cada vez que apareceu. A primeira estrela da tarde é um padrão perfeito. Na segunda falta o Gap entre o primeiro candle e a estrela, mas ainda assim é um sinal bem construído e um topo.

A terceira, é uma situação bastante comum. Quando o gap entre o primeiro candle e a estrela é muito grande, usualmente o terceiro candle não

consegue penetrar no primeiro. Foi um novo topo.

Estes exemplos mostram que não devemos ser extremamente rígidos com os detalhes técnicos dos candles. Com o tempo, vamos aprendendo a ver a situação como um todo e o que as figuras estão querendo nos dizer, o que é mais importante do que uma análise puramente objetiva.

Exemplo 2 - Shooting Stars na Cemig:

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Estas duas estrelas são muito interessantes por alguns aspectos:

As duas ocorrem em cima de uma importante resistência como pode ser demonstrado no gráfico. Isto obviamente aumenta a chance delas

representarem um topo.

O mercado que deseja ultrapassar uma forte resistência não deve mostrar indecisão e é exatamente isto que as estrelas, com seus pequenos corpos demonstram.

A indecisão do mercado em superar a resistência leva aos que estão no lucro a realizar os mesmos e afasta novos compradores, logo o mercado não consegue ultrapassar a resistência e a estrela acaba sendo um topo.

Todas duas são um tipo especial de estrela, que será vista a seguir e que é a shooting star, cuja características são longas sombras superiores como se estivesse tentando atingir o céu. Daí o seu nome.

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Todas duas provocaram verdadeiros violinos no mercado (quando uma resistência parece que foi rompida e depois o mercado recua) mostrando como é importante esperar a confirmação da quebra de uma resistência com um teste na outra direção. Ao mesmo tempo mostra como a prática de comprar na quebra de resistência é perigosa.

Para uma resistência em 28,00 a primeira estrela ultrapassou os 29 e a segunda, chegou até 30! Mas, sendo shooting stars o trader mais esperto realizou lucros, pois elas são sinais de perigo.

A segunda estrela não tem gap nenhum, mas o padrão não está invalidado, pois é composto por longos candles, assim como a primeira, o que o torna mais intenso.

Exemplo 3 - Grupo de Estrelas na Telemar:

Este gráfico demonstra uma situação que as vezes acontece e que deve nos deixar atentos. Começam a ocorrer diversas estrelas em cima de uma

resistência importante.

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Nenhum preenche todos os critérios, mas elas vão ocorrendo uma após a outra e sempre testando a resistência sem sucesso. Esta situação dá tempo a todos de realizarem lucros e pularem fora enquanto é tempo.

Notem quantas estrelas ocorrem próximo aos 39,00. O mercado mostrou indecisão, enfraqueceu e foi parar nos 20,00.

Padrão Harami

MAR 10, 2002

O Padrão Harami (Harami Pattern) consiste de um candle de corpo pequeno que está totalmente contido dentro de um candle anterior de corpo grande. Harami é uma palavra antiga em japonês que significa gravidez. Observem nos padrões acima que o padrão sugere exatamente isso, sendo o candle longo a mãe e o pequeno seu bebê na sua barriga.

O Harami é ao contrário do Padrão de Engolfo. No padrão de engolfo, um candle de corpo grande envolve completamente o candle anterior,

usualmente um de corpo pequeno.

No Harami é ao contrário, pois um candle de corpo pequeno é totalmente contido dentro de um candle longo anterior. Outra diferença é que no padrão de engolfo os dois candles têm cor diferente, sendo um de queda e outro de alta.

No Harami isto não é necessário, sendo a cor do segundo candle, o de corpo pequeno, indiferente, apesar que na maioria das vezes será também contrária ao candle de corpo grande (o primeiro).

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O Padrão Harami não é usualmente um padrão de reversão tão significativo como, por exemplo, o martelo, o enforcado ou o padrão de engolfo. Pense no Harami como se um freio tivesse sido aplicado pelo mercado na

tendência (representado pelo pequeno candle contido dentro do anterior, que era de forte intensidade a favor da tendência).

O Harami é um padrão de reversão mais importante nos topos do que nos fundos.

Existe uma forma especial de Harami, que possui intensidade maior, que é o Harami Cross. Nesta forma, o segundo candle do padrão é um Doji.

Analisando os aspectos do Harami no mercado diríamos que ele representa uma disparidade na saúde do mercado:

Depois de uma tendência de alta, um candle longo de alta é seguido por um pequeno candle de indecisão. Isto mostra que a força dos Bulls diminuiu ao menos naquele instante. Logo uma reversão de tendência é possível.

Durante uma tendência de queda, a forte pressão vendedora representada pelo longo candle de queda é seguida por um dia de indecisão, com um candle de corpo pequeno. Está aí o alerta que a força dos Bears pode estar diminuindo e uma reversão é possível.

Critérios de intensificação dos Doji Stars

Importante incremento de volume nos dias do Harami, especialmente no dia do pequeno candle.

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O fato do padrão acontecer próximo ou em cima de um forte suporte ou forte resistência.

Quanto menor for o segundo candle, mais forte é a intensidade do padrão, sendo que a maior intensidade é conferida ao Harami Cross.

Exemplo 1 - Haramis no Bradesco ON:

Observem o primeiro Harami de Fundo, e vejam que o sinal indicou a reversão. Observem incremento de volume em volta do padrão,

intensificando o mesmo. Vejam que o segundo candle é bem pequeno.

Veja, que o Harami de Topo, apesar de não ser um perfeito Harami pois o primeiro candle é muito pequeno, sinalizou um topo e foi significativo pois estava exatamente na extensão de 50% do pivot de alta que se formou lá atrás e está demonstrado no gráfico.

Exemplo 2 - Telemig e seus Haramis:

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O primeiro é um Harami de Fundo. O segundo é um significativo Harami Cross de Topo, padrão bastante intenso. O terceiro é um novo Harami Cross que acabou de ser formado nesta sexta-feira. Vai funcionar como fundo? Acompanhem o papel e observem, mas o padrão indica compra.

Exemplo 3 - harami no Intra-day do Ind. Futuro

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Observem como o Harami sinalizou o fim de um trade de alta. Vejam que o segundo candle do Harami tem a mesma cor do primeiro o que não invalida o padrão. Após o padrão, o mercado titubeou, com alguns dojis, mas

acabou caindo após algum tempo.

A queda foi acabar em um martelo que já foi estudado anteriormente, um forte padrão de reversão de fundo.

Marobozus

MAR 10, 2002

O Marobozu é um candle individual que pode ser tanto Bulish quanto Bearish. De acordo com sua posição no gráfico e na tendência a mesma figura poderá ter implicações altistas ou

baixistas. O Marobozu é um candle de corpo longo, quanto mais longo mais expressivo, e nenhuma sombra ou apenas uma sombra muito pequena. Ele pode ter o corpo branco de alta ou negro de queda.

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Quando um marobozu de corpo branco de alta aparece em um fundo, ou no meio de uma acumulação ele tem implicações altistas. Se a mesma figura ocorre após um trade de alta, ele será uma figura de reversão de topo.

Quando um marobozu de corpo negro de queda aparece em um topo ou no meio de uma acumulação ele tem implicações baixistas. Se a mesma figura ocorre após um trade de queda, ele será uma figura de reversão de alta.

Sendo assim esta figura pode ocorrer em diferentes locais do trade e tem duas formas. Cabe a cada um interpretar suas implicações segundo sua ocorrência.

O mais comum é um longo marobozu na direção de uma tendência que já vem ocorrendo a algum tempo, ser mal interpretado como um sinal de força e continuação da tendência, quando o seu significado é exatamente ao contrário.

Tenham especial atenção a um marobozu com gap em relação ao candle anterior, e grande volume no seu dia. Este será um clássico sinal de

reversão e exaustão da tendência, quando a maioria estará enxergando o oposto.

Critérios de intensificação dos Marobozus:

Quanto maior o corpo do marobozu, mais significativo ele será.

O fato do padrão acontecer próximo ou em cima de um forte suporte ou forte resistência.

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A ocorrência de um padrão de reversão junto ao Marobozu, por exemplo, se ele formar com o candle anterior ou seguinte um Engolfo ou um Harami.

Incremento de volume no dia do Marobozu.

O fato de não ocorrerem Marobozus no gráfico por muito tempo. Quanto mais raros eles forem, mais significativos eles serão.

Exemplo 1 - Marobozu de Alta na TLCP4:

Observem como o Marobozu após uma acumulação, rompendo inclusive o topo da mesma, sinalizou que a alta estava por vir.

Releiam os critérios de intensificação acima e vejam que este marobozu preenche quase todos.

Vejam que uma interessante sequência marcada no gráfico sinalizou o fim da alta. Vemos um Shooting Star que forma com o candle seguinte um Engolfo de Queda, sendo assim um forte padrão de reversão e sinal de que um topo estava se formando.

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Perceba que durante a subida, algumas shooting stars sinalizaram queda mas nunca foram confirmadas no dia seguinte com um longo candle de queda como acontece no topo marcado. lembrem-se que a shooting star é um padrão composto de três candles e necessita de confirmação no dia seguinte como só ocorreu realmente no topo.

Isso mostra que para analisar candles é necessário ter tranquilidade e aguardar os sinais (...)

Exemplo 2 - Marobozu de Topo na Eletrobrás

Observem que a figura é idéntica a anterior, mas aqui, por estar colocada após um trade de alta, tem implicações baixistas.

Vejam como a figura bate em um resistência importante que será testada por mais seis vezes sem sucesso.

É muito comum interpretar este sinal como mais força para o trade, quando na verdade ele está sianlizando o inverso. Este sinal é especiamente forte quando ocorrer grande incremento de volume e gap de alta anterior ao marobozu.

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Exemplo 3 - Liquidação na Telemar

Este é um sinal bem característico que uma queda pode estar por acabar.

Observem que o mercado vinha de uma longa queda que foi interrompida por um martelo sinalizado com o número 1 (primeira tentativa de romper o suporte). Depois ocorre um segunda tentativa marcada com o número 2.

E a terceira tentativa ocorre próxima ao nosso Marobozu - Liquidação.

Observem que ocorre um longo Gap e expressivo incremento de volume. O significado claro disso é que o mercado não vai romper o suporte e os grandes investidores jogaram o mercado para baixo de forma exagerada, com gap e tudo para cubrir suas vendas antes da alta que estar por vir.

Este candle foi bastante significativo e quem acompanha a minha Análise da Telemar e tem boa memória lembra que na época eu falei em Liquidação e o significado está bem demonstrado no gráfico.

O martelo do dia seguinte só vem confirmar que um fundo está criado e que agora vamos para cima.

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Os três exemplos acima demonstram porque o Marobozu é um dos padrões mais interessantes dos candles, podendo ter diferentes significados e

interpretações.

Linhas de Contra-Ataque

MAR 10, 2002

Para entender as Linhas de Contra-Ataque podemos utilizar uma analogia do Futebol, onde se utiliza o mesmo nome. O que ocorre é semelhante. O que ocasiona a oportunidade de um contra-ataque, no futebol, é o fato de um time ir com muito ímpeto ao ataque, desguarnecendo sua defesa.

Se o time que está sendo atacado, consegue obter o domínio da bola e sai rapidamente ao ataque, chamamos de contra-ataque.

Se este for bem feito e rápido, encontrará a defesa adversária desguarnecida, o que poderá abrir a porta para um gol.

Nos candles é semelhante. Observem no primeiro diagrama acima que os Bears estão confiantes e a tendência é de queda. O primeiro candle do contra-ataque é um candle de queda que mantém os Bears no comando.

No segundo dia do contra-ataque, quando ele ocorre, os Bears conseguem abrir o mercado bem mais baixo, com gap de queda, mas este foi um movimento exagerado e eles não vão conseguir se manter por lá.

Com a defesa desguarnecida, eles abrem espaço para uma reação dos Bulls, que trazem o mercado de volta para o ponto onde ele fechou no dia anterior, fazendo um fundo. Se os Bears falharam em levar o mercado mais para baixo e houve um contra-ataque dos Bulls, demonstra-se uma

fraqueza da tendência de queda. Os Bears podem se cobrir e novos Bulls podem aparecer, o que vai reverter a tendência atual.

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O Contra-Ataque de Alta é semelhante ao Piercing Pattern, já estudado.

Mas no Piercing o segundo candle penetra bastante no primeiro e a

característica do Contra-Ataque são dois candles de cores diferentes mas com o mesmo fechamento.

No caso do Contra-Ataque de Baixa, o raciocínio é o mesmo, só que ao contrário. É tudo semelhante, apenas que a tendência inicial é de alta e depois reverterá.

A analogia agora é feita com o Dark Cloud Cover, sendo que neste o

segundo candle penetra no primeiro e no Contra-Ataque de Baixa, os dois candles tem o mesmo fechamento.

Critérios de intensificação do Contra-Ataque:

Quanto mais longe for a abertura do segundo candle em relação ao

fechamento do primeiro candle, mais intenso é o padrão. (Ou seja, quanto maior o segundo candle).

O fato do padrão acontecer próximo ou em cima de um forte suporte (contra-ataque de alta) ou de uma resistência (contra-ataque de baixa).

Incremento de volume nos dias do contra-ataque, ou em volta deles.

Um padrão raro que é o contra-atque ser formado por dois marobozus, também o tornará mais intenso.

Exemplo 1 - Contra Ataque na TLCP4

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Observem que o padrão sinaliza o fim de um longo trade de alta. Ocorre incremento de volume nas proximidades do padrão, intensificando o mesmo.

Exemplo 2 - Contra-Ataque na TNCP4

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Observem como o padrão determinou um fundo. Observem incremento de volume.

Obs: A linha de contra-ataque é um padrão bastante raro, mas que deve ser notado e procurado com atenção já que quando ocorre, normalmente determina topos ou fundos como pode ser visto nos dois exemplos acima.

Agulhada do Didi

MAR 29, 2002

A agulhada do Didi foi criada pelo famoso grafista brasileiro conhecido como Didi (Odir Aguiar). Ele estudou o

comportamento das diversas médias móveis e observando as de 3, 8 e 20 dias determinou a famosa agulhada.

Para se visualizar a agulhada do Didi deve-se colocar no seu programa de gráficos as médias móveis de 3, 8 e 20 dias, cada uma com uma cor a sua escolha. Utilize sempre as mesmas cores.

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Dias aqui seriam o padrão. Se o gráfico for semanal por exemplo, seriam 3, 8 e 20 semanas. Se o gráfico for de 5 minutos seriam 3, 8 e 20 intervalos (candles) de 5 minutos.

Na verdade o padrão aqui é 5 minutos e não dias. Como será dito abaixo, a média segue o intervalo colocado no gráfico. Utilizaremos estas cores paras as médias em todos os gráficos.

A observação da agulhada do Didi é bastante simples:

Normas Gerais

Escolha um ativo com grande volume e número de negócios elevados. A agulhada perde valor em mercados de pouca liquidez.

A agulhada é melhor observada em gráficos de candlestick.

Preparação da Agulhada

Fique atento sempre que as três médias começarem a correr juntas, ou ao menos próximas.

A agulhada irá acontecer quando, após estarem juntas, elas se separarem.

Figura 1 – A Agulhada do Didi

Linha azul: média de 3 dias | Linha verde: média de 8 dias | Linha roxa:

média de 20 dias.

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Figura 2 – Preparação da Agulhada

A Agulhada do Didi de Alta

Observe quando as três médias se juntarem

O ideal é que as três médias, antes de se separarem, passem por dentro de um candle (Como a linha passando pela agulha)

Ao se separarem, a média de 3 dias sai por cima, a de 8 fica no meio e a de 20 dias sai por baixo.

Figura 3 – A Agulhada do Didi de Alta

A Agulhada do Didi de Baixa

Observe quando as três médias se juntarem

O ideal é que as três médias antes de se separarem, passem por dentro de

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um candle (Como a linha passando pela agulha)

Ao se separarem, a média de 20 dias sai por cima, a de 8 fica no meio e a de 3 dias sai por baixo.

Figura 4 – A Agulhada do Didi de Baixa.

Critérios para conformação e intensificação da agulhada:

Um candle que confirma o movimento na direção da agulhada, o ideal e que se inicie acima do anterior (no caso de agulhada de alta) ou abaixo do anterior (no caso de agulhada de baixa), não necessariamente com Gap.

Aumento concomitante do volume ou número de negócios no momento ou logo após a agulhada.

O fato dela acontecer no rompimento de um suporte ou de uma resistência.

Observe na figura abaixo os três critérios de intensificação que vão comprovar a agulhada:

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Figura 5 – Critérios de Intensificação da agulhada

O Fim da agulhada

Alguns consideram que a agulhada terminou e realizam lucro quando ocorre fechamento de um candle abaixo da média de 8 dias (Atenção, fechamento e não somente a perfuração por uma perna (sombra) de um candle. Esta é a forma mais segura mas que pode diminuir os lucros.

A agulhada termina com certeza quando a fechamento de um candle abaixo da média contrária ao movimento. (A de 20 dias no caso de agulhada de alta e a de 3 dias no caso de agulhada de baixa). Esta forma e mais arriscada mas poderá trazer lucros maiores.

Pode-se considerar terminada a agulhada tambem quando um objetivo de Fibonacci é totalmente realizado (50% ou 62%)

Observe na figura abaixo o fim da agulhada nas três situações:

F1 – Quando ocorreu fechamento abaixo da média de 8 dias

F2 – Quando ocorreu fechamento abaixo da média de 20 dias (para o caso de uma agulhada de alta) Fibo – Indica realização após extensão de Fibonacci de 50%.

Figura 6 – O Fim da agulhada

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A Agulhada Falsa ou O Violino

Quando após uma aparente agulhada ocorre movimento na direção contrario a que indica a agulhada ou então ocorre uma acumulação.

Figuras de reversão como dojis, martelos após a agulhada devem levantar suspeitas quanto a uma falsa agulhada.

O STOP deve ser dado quando o ponto da agulhada for ultrapassado em direção contraria. Deve-se ficar atento para possível nova agulhada em qualquer das duas direções.

Figura 7 – A falsa agulhada

Quando Realizar o Lucro?

Pode-se utilizar as extensoes de fibonacci e realizar o lucro em qual delas o mercado parar – encontrar uma resistência forte – 38%, 50% ou 62%. A extensão de 50% e sempre a mais provável após uma agulhada.

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Quando umas das situações que mostram que a agulhada acabou, descritas no item 6, a e b.

Deve-se ficar atento que as vezes o fim da agulhada e falso e ela abre de novo em seguida.

Observe na figura abaixo que temos o objetivo de 62% de Fibonacci

cumprido e temos o ponto F1 – Fechamento abaixo da média de 8 dias. São estes dois critérios para realização de lucros.

Apesar disso não temos ainda o ponto F2 – Fechamento abaixo da média de 20 dias e no ponto A assinalado no gráfico a agulhada abre de novo.

Pode-se realizar o lucro pois dois critérios já foram preenchidos ou esperar o ponto F2 (fechamento abaixo da média de 20 dias).

Uma boa estratégia e realizar metade do lucro no ponto F1 e aguardar o ponto F2 para realizar a outra metade.

Figura 8 – A realização de lucros

A Agulhada do Didi e outros tipos de Gráficos da Análise Técnica

Pode-se utilizar a agulhada do Didi em conjunto com outros gráficos como o MACD o estocástico, etc. Estes gráficos servirão de confirmação da

agulhada, sendo que para mim o que mais serve para este fim e o MACD.

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A agulhada do Didi em conjunto com o volume, o estudo dos suportes e das resistências e as extensões de Fibonacci já são mais do que suficientes.

O uso de outros gráficos fica a critério de cada um.

Observe na figura abaixo o cruzamento da linha de 26 dias do MACD pelo sinal, confirmando a Agulhada do Didi.

Observe tambem o candle de alta que se inicia acima do anterior após a agulhada confirmando a mesma.

Observe o incremento de volume. Observe a preparação da agulhada com as três linhas juntas.

Figura 9 – Agulhada do Didi e MACD

O indicador Agulhada do Didi em algumas plataformas gráficas é preciso configurar manualmente, para isso contacte o suporte técnico da empresa que você contrata a plataforma.

Bollinger Bands

MAR 29, 2002

As Bollinger Bands devem o nome ao seu autor, John Bollinger e é um indicador caracterizado por uma média móvel com duas bandas, uma superior e outra inferior que se situam

respectivamente em N desvios padrões da média móvel.

Análise

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Enquanto que uma média móvel varia de uma percentagem fixa à volta de uma média móvel, as bandas de Bollinger são desenhadas com desvios padrões a volta da média móvel.

Uma vez que, o desvio padrão mede a volatilidade, a banda ajusta-se numa forma mais rigorosa: as bandas afastam-se durante os períodos de

volatilidade e aproximam-se durante os períodos mais calmos.

Ou seja, são 3 linhas ou envolventes. A banda central é uma média móvel das cotações do título nos últimos N dias.

Posteriormente existem a banda superior e a banda inferior que são calculadas em função do desvio padrão relativamente à média móvel, ou banda central.

Carasterísticas do indicador Bollinger:

As cotações têm tendência a variar rapidamente depois das bandas diminuírem.

Se as cotações saem de uma banda, supõe-se que a tendência irá permanecer.

Se as cotações atingem valores máximos ou mínimos fora das bandas, em seguida atingem novos máximos e mínimos no interior das bandas, isto poderá significar uma mudança na tendência.

Um movimento (tendência) que começa sobre uma banda têm sempre tendência a prolongar-se até chegar à banda oposta, ou seja: as maiores variações da cotação de um título tendem a surgir quando as bandas

superiores e inferiores se encontram mais próximas. Esse período de tempo é geralmente um período de consolidação das cotações que deverá ser seguido por um período de tempo de maior volatilidade em que as bandas tenderão a afastar-se. Este panorama permite formular preços sobre um determinado título.

Calculo

As bandas de Bollinger são calculadas a partir das médias móveis.

Banda Superior = Banda Central + D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N)

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Banda Superior = Banda Central - D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N)

N = número de dias de cálculo da média móvel Sqrt = raíz quadrada

Sum = somatório

D = número de desvios padrões

Na imagem acima as Bollinger Band's são representadas pelas linhas em verde que estao em volta dos candles do gráfico.

Aprenda mais sobre Bollinger Bands no livro Bollinger on Bollinger Bands escrito pelo próprio criador das Bollingers, e também no livro Understanding Bollinger Bands, escrito por Edward D. Dobson e que opera no mercado financeiro americano desde 1950.

Índice de Força Relativa (IFR)

MAR 29, 2002

De uma forma bastante simplista, com foco na didática, por assim dizer, e sem entrarmos em estudos de

divergências, LTA's e LTB's, estudos combinados com sua própria média ou dele com outros indicadores, etc. podemos tentar

entender um pouco mais sobre o vovô dos indicadores.

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Cabe também dizer que o IFR é um indicador líder ou coincidente, nunca um retardatário.

Porém, isoladamente, não serve como gatilho de operações.

Vamos imaginar que existem no mercado apenas 100 investidores e 1 único ativo. Eles atuam ora na ponta de compra, ora na ponta de venda.

Vamos imaginar também que depois de vários estudos e testes de

performance, tenhamos escolhido o ajuste de 14 dias para trabalhar num gráfico diário.

Se o IFR14 daquele ativo está em 20% significa, em linguagem bem simples que apenas 20 daqueles 100 investidores imaginários já se posicionaram na ponta de compra, montando sua carteiras.

Imaginem agora os outros 80 investidores ainda não posicionados, vendo um suporte, que pode ser tanto um suporte histórico como simplesmente um determinado nível de preços sendo respeitado, abaixo do qual minguam as ofertas de venda, e o ativo começando a subir com o indicador

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flexionando para cima. Então temos 80 investidores ávidos por entrar na ponta de compra de 20 investidores posicionados!

O impulso que normalmente advém deste movimento das profundezas do indicador tende a ser mais vigoroso e consistente. Historicamente isto pode ser comprovado.

Imaginem por outro lado 80 investidores posicionados, portanto com o IFR a 80%, vendo a demanda de compras a mercado diminuindo, uma

resistência, que também pode ser tanto uma resistência histórica como um determinado nível de preços sendo respeitado, acima do qual minguam tremendamente as ofertas de compra, com o indicador flexionando para baixo e tentando salvar-se primeiro. Neste caso temos 80 investidores entrando na ponta de venda ... para os 20 investidores que ainda não compraram!

O impulso que normalmente advém deste movimento das alturas do indicador, obviamente, tende também a ser mais vigoroso e consistente.

Ou seja, qualquer susto nos extremos do indicador pode detonar um movimento brusco e mais seguro de se posicionar. Mas o IFR só é realmente útil e altamente confiável em seus extremos.

E por falar em extremos torna-se importante notar que cada ativo tem sua personalidade própria, ou seja, temos ativos que atingem diferentes níveis de sobrecompra e sobrevenda.

Para não termos que ajustar diferentes períodos de IFR para cada ativo a fim de encontrarmos sempre os limites de 20% e 80% podemos trabalhar, por exemplo, com o IFR de 14 barras para todos os ativos mas tendo o cuidado de analisar historicamente onde estão os topos e fundos do indicador nos ativos que queremos operar auxiliados pelo indicador.

O "vovô" dos indicadores é altamente confiável em seus extremos, na avassaladora maioria das vezes.

Finalmente, como sua utilização não tem a mesma confiabilidade "no meio do caminho", ou seja, acima da região de sobrevenda e abaixo da região de sobrecompra, aliás onde oscila a maior parte do tempo, torna-se necessário sua utilização de forma combinada com um outro indicador.

Uma última observação é quanto ao ajuste intraday do IFR.

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Exemplificando, se trabalhamos com gráficos intraday de 5 minutos e

mantemos o IFR ajustado para 14 barras (agora são barras de 5 minutos ao invés de dias) estamos estudando o comportamento do mercado num ciclo de 70 minutos ou pouco mais de 1 hora. Muito rápido portanto.

Então seu ajuste pessoal do IFR está em função do timing do gráfico que vai utilizar e do timing das operações que pretende fazer.

O artigo acima foi desenvolvido pelo forense Smarca, que demonstra uma forma simples e exemplificada como entender melhor este indicador muito conhecido e acompanhado por todos.

Abaixo temos um texto mais técnico desenvolvido pelo forense Quasar:

O IFR (RSI em inglês) é dado pela fórmula:

1

IFR = 100 x ( 1 - --- ) U

1 + --- D Onde:

n é igual a amplitude do período (normalmente, em dias) considerado (mais comumente, n = 14).

U é igual a soma das variações diárias altistas do período considerado dividida por n;

D é igual a soma das variações diárias baixistas do período considerado dividida por n;

É fácil verificar que ele se torna "oversold" (IFR < 20) porque a razão U/D cai abaixo de 1/4 (0,2).

Ou seja, quando a soma das variações diárias baixistas B excede 4 vezes a soma das variações diárias altistas A (B > 4A).

Ademais, toda vez que o IFR invade fortemente a região 0-20 (oversold), ele o faz porque, progressivamente, B tornou-se bem maior que A.

(45)

E isso só ocorre devido a uma prevalência de baixas durante o período de cálculo n.

Como, o IFR de um novo dia, digamos d, despreza a variação do 14º

período mais antigo (d-14) para incluir a variação do novo período (d), em qualquer situação, para que o IFR cresça é suficiente que A cresça e/ou B decresça. E isso pode acontecer de diversas maneiras, inclusive pela mera substituição de uma baixa em d-14 por uma baixa menos pronunciada em d.

Por extensão, a simples substituição de um subperíodo antigo com forte predominância de baixas (condição necessária para o IFR tornar-se

oversold) por um outro subperíodo recente com um certo equilíbrio entre altas e baixas (congestionamento) acarretará em um crescimento do IFR.

Se esse fenômeno se prolongar, o IFR acabará atingindo a vizinhança de 50 sem sair do congestionamento, já que nesse caso a razão U/D alcançará a vizinhança de 1/2 (0,5).

Aprenda mais sobre o Indice de Força Relativa no livro RSI - Relative Strength Index: Forecasting and Trading Strategies, considerado a bíblia sobre os estudos nesta arte milenar. Este livro tráz uma explanação

profunda sobre a técnica numa linguagem simples. Você pode ler algumas páginas deste livro na Amazon.com.

Outra opção de leitura é o livro Beyond Candlestick, escrito por Steve Nison, considerado o Pai dos Candlesticks. Este livro tráz técnicas mais aprofundadas e nunca antes publicadas. Com gráficos detalhados Nison desvenda passo-a-passo o mundo dos candlesticks.

Oscilador Direcional

MAR 29, 2002

As oscilações diárias dos diversos papéis e do

mercado, publicadas diariamente pelos meios de comunicação, são quantificadas levando em conta apenas as cotações de fechamento, cotejando sempre o fechamento de hoje (t) com o de ontem (t-1).

Este método utiliza apenas um único negócio do dia (o último) para retratar o movimento diário do papel. Todavia um pregão não pode ser retratado

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unicamente por sua última cotação, devendo, na verdade, ser descrito através de todos os negócios fechados no dia.

O método oscilação direcional se propõe a fazer exatamente isto, ou seja, pretende quantificar as oscilações diárias tendo como base todos os

negócios do dia.

Por que apresentar um método alternativo à sistemática atual?

Simplesmente porque a sistemática atual nem sempre acompanha a análise gráfica. Numa grande parte das vezes o analista gráfico está vendo uma nova alta (baixa) e há a divulgação de queda (alta). Como pode-se constatar na figura abaixo.

Fig. 1: Divergência na quantificação da oscilação diária

O grafista analisando o andamento do papel acima imediatamente

constataria um movimento de alta, no entanto o dado divulgado seria de queda (pois o fechamento de t é menor do que o fechamento de t-1).

O método oscilação direcional, para o caso como o da figura 1, quantificaria uma subida para o papel.

Este método tem como base o conceito movimento direcional proposto por Wilder², que esta exposto a seguir.

Movimento Direcional

Movimento direcional de alta, de baixa ou nulo compara diretamente a máxima e a mínima de hoje (t) com a máxima e a mínima de ontem (t-1), respectivamente, ou seja, esse conceito utiliza unicamente a direção da barra para quantificar a tendência diária de um papel, esquecendo totalmente o fechamento.

Basicamente tem-se as seguintes hipóteses:

(47)

Movimento Direcional de Alta (MD+): quando Max(t) – Max(t-1) for maior do que zero e maior do que Min(t-1) – Min(t).

Movimento Direcional de Baixa (MD-): quando Min(t-1) – Min(t) for maior do que zero e maior do que Max(t) – Max(t-1).

Movimento Direcional Nulo (MDo): quando MD+ e MD- forem,

simultaneamente, menores do que zero, ou iguais a zero, ou maiores do que zero mas iguais entre si.

Cabe destacar que um papel apresentará, por dia, apenas um dos movimentos direcionais, MD+, ou MD-, ou Mdo.

Após a identificação do movimento direcional fica bastante simples calcular a oscilação direcional do papel.

Oscilação Direcional

Quando houver um movimento direcional de alta (MD+), a oscilação direcional será calculada pela seguinte fórmula:

(MAX(t)/MAX(t-1) – 1)*100

Caso ocorra um movimento direcional de baixa (MD-), tem-se:

(MIN(t)/MIN(t-1) – 1)*100

Por último, para um movimento direcional nulo (MDo), tem-se uma oscilação direcional igual a zero.

O exemplo a seguir, para o Ibovespa, torna mais fácil a entendimento do método, cabe destacar que a última coluna da tabela apresenta a oscilação calculada via fechamento, visando apenas cria a oportunidade de

comparação.

Teoria Dow (Dow Theory)

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MAR 10, 2002

A teoria de Dow é uma das principais bases da análise gráfica. A teoria é composta por alguns princípios básicos que

estudaremos a seguir.

Princípio 1: Os Índices Descontam Tudo

Os índices representam a ação conjunta de inúmeros investidores, desde os mais bem informados (que contam com as melhores informações e

previsões) até os muito inexperientes.

As variações diárias dos preços de um índice, portanto, já têm incluídas (descontadas) no seu valor os eventos que irão acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores.

Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está refletida no preço do mercado. Entretanto, existem os eventos que são imprevisíveis e que as pessoas não têm como saber, como calamidades naturais, catástrofes como os atentados nas torres americanas, etc.

Esses são os chamados "atos divinos" , quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais, mas acabam sendo absorvidos pelo mercado.

Resumo do Princípio:

Todo o fator que afeta a oferta x demanda está refletido no índice.

O Índice já possui em seu valor (já descontou) eventos futuros que a imensa maioria não conhece.

Acontecimentos completamente inesperados são rapidamente avaliados e seus possíveis efeitos absorvidos.

Princípio 2: As Três Tendências do Mercado

O segundo princípio de Dow afirma que o mercado possui três tendências de movimento: primária, secundária e terciária.

A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um movimento longo que pode ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande valorização ou desvalorização dos ativos.

(49)

Não existem regras matemáticas exatas para definir o tempo de duração das tendências, entretanto, as tendências primárias duram

aproximadamente de 1 a 2 anos.

Na figura abaixo, as linhas verticais estão fazendo uma separação entre três tendências primárias no índice Bovespa.

Uma tendência primária não se movimenta em linha reta. Ao observarmos o mercado (como no gráfico acima) percebermos que o movimento

acontece como um zigue-zague.

Em um mercado de alta, após um impulso para cima que forma um novo topo (mais alto que o anterior), temos uma correção que forma um novo fundo (também mais alto que o fundo anterior).

Em uma tendência de baixa o oposto acontece, após uma queda que forma um fundo mais baixo, acontece uma reação que cria um topo mais baixo. O conjunto desses impulsos e correções dentro de uma tendência primária são as chamadas tendências secundárias.

Uma tendência secundária dura de 3 semanas a alguns meses e pode corrigir até dois terços da tendência primária que ela faz parte.

As tendências terciárias fazem parte das secundárias. São movimentos menores de, em média, até 3 semanas. Elas se comportam em relação às tendências secundárias da mesma maneira que as secundárias em relação às primárias.

Quando estamos analisando o mercado é interessante classificar as

tendências do movimento atual, assim, podemos avaliar melhor as ações a serem tomadas dentro de nossa estratégia operacional.

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Princípio 3: As Três Fases dos Movimentos

Dow fez uma série de observações sobre os movimentos de preços, tanto de alta como de baixa, caracterizando aspectos psicológicos marcantes de cada fase:

Fases do Mercado de Alta

Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por

investidores mais qualificados, que percebem logo que novos ventos estão soprando. Enquanto isso, a maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir, o que permite aos investidores de elite comprarem papéis muito

baratos. As notícias apresentadas pela mídia refletem as expectativas negativas da maioria.

Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento.

A pressão compradora aumenta bastante.

Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do mercado, de maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os investidores mais bem preparados começam a vender suas posições. A grande massa de investidores está em clima de euforia que se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade para a fase 1 do mercado de baixa.

Fases do Mercado de Baixa

Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos, iniciando a retração.

Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosísmo, os investidores percebem o equívoco e tentam se desfazer de suas posições.

Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito desvalorizados a pressão vendedora se dissipa, oportunidades para uma nova alta começam a surgir.

Princípio 4: O Princípio da Confirmação

O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência ou rompimento de nível de suporte/resistência (suportes e resistências serão

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melhor explicados nos capítulos seguintes) ser válido, o fato deve ocorrer em dois índices de composições distintas.

Assim, um índice confirma o outro, demonstrando que não se trata de uma oscilação temporária do movimento.

Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de composições diferentes, mas que se comportam de maneira semelhante. O índice A, durante uma alta, vence a zona de pressão vendedora (a linha de resistência) e parece seguir com força em sua tendência.

O índice B, entretanto, ao chegar pela primeira vez na linha de resistência não consegue o rompimento da mesma forma que A. Um investidor que analisa o mercado apenas a partir do ponto de vista do índice A pode concluir que existem boas oportunidade de compra logo após o

rompimento.

Contudo, o que acontece é uma retração, pois o mercado não estava tão forte como demonstrou a falha de rompimento por parte de B.

Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o IBRX.

Princípio 5: Volume Deve Confirmar a Tendência

Este princípio é bastante simples, na teoria de Dow o volume está relacionado com as tendências da seguinte maneira:

Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização.

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Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização.

Princípio 6: A Tendência Continua Até Surgir um Sinal Definitivo de que Houve Reversão

Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai cair apenas porque atingiu um nível "alto demais" ou subir porque "já caiu demais". Uma das técnicas mais simples utilizadas é a identificação de falhas ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo mais baixo (em uma tendência de baixa).

O investidor deve possuir uma metodologia de identificação de pontos de entrada e saída, existem uma série de ferramentas de análise técnica que ajudam nessas decisões. Neste e em outros tutoriais e artigos você

aprenderá sobre padrões clássicos, candles, indicadores e muitas outras armas da escola gráfica.

Padrões de Reversão

MAR 10, 2002

Todos analistas procuram sinais nos preços que os alertem para uma mudança na psicologia e na direção do mercado.

Os Padrões de Reversão são estes sinais. Os padrões de reversão do ocidente incluem topos e fundos duplos, dias de reversão, cabeça e ombro, e topos e fundos em ilha.

O termo Padrão de Reversão é de certa forma errado. Quando você ouve ou lê este termo. você pensa em um trade antigo terminando abruptamente e depois revertendo para um novo trade rapidamente, em direção oposta.

Isto raramente ocorre.

As reversões de tendência usualmente ocorrem vagarosamente, em etapas, conforme a roda psicológica vai girando. A exceção são ativos ou mercados de alta volatilidade onde os reversões abruptas ocorrem com mais

facilidade.

Um padrão de reversão implica que o trade anterior deve acabar, mudar,

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mas não necessariamente mudar de direção. É muito importante que se entenda isso. Compare um trade de alta com um carro andando para frente a 45 km/h. A luz de freio do carro acende e o carro para.

A luz de freio era o indicador de reversão mostrando que a tendência anterior (isto é, o carro movendo-se para frente) estava para terminar.

Mas agora que o carro está parado o motorista vai decidir engatar a ré e andar para trás? Ele vai ficar parado? Ou ele vai decidir andar para frente de novo? Sem mais sinais não temos como saber. Pois é exatamente isso que é o Padrão de Reversão.

Ele indica que o trade anterior está prestes a acabar, mas não diz qual vai ser o próximo movimento, que poderá ser na direção contrária ao anterior, na mesma direção ou em nenhuma direção. É muito importante entender este conceito para que se possa ter uma compreensão correta dos padrões de reversão.

Reconhecer os padrões de reversão, pode ser uma grande habilidade.

O trading de sucesso requer que tanto a tendência quanto as probabilidades estejam do seu lado.

Os indicadores de reversão são a forma do mercado lhe oferecer um sinal, como os sinais das estradas: "Cuidado - Tendência em Vias de Mudança."

Em outras palavras, a psicologia do mercado está em transformação.

Você deve ajustar o seu estilo de negociação para refletir o novo meio ambiente do mercado.

Martelo Invertido

MAR 10, 2002

Ainda que não seja propriamente uma estrela, o Martelo Invertido (ou inverted hammer, no termo em inglês) é discutido aqui, devido a sua semelhança com a Shooting Star. Um martelo invertido é semelhante a uma shooting star pois também possui corpo pequeno e uma longa sombra superior.

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A diferença é que a shooting star é um padrão de reversão de topo e o martelo invertido é um padrão de reversão de fundo, ou seja, esta mesma figura receberá o nome de shooting star se aparecer em um topo e de martelo invertido se aparecer em um fundo.

Assim como o martelo regular, o martelo invertido é um sinal bulish após uma queda, ainda que de menor intensidade. Na figura mais abaixo é o candlestick mais abaixo dos outros e em preto.

A cor do corpo do martelo invertido não faz diferença, ainda que alguns prefiram um com corpo de alta. É importante esperar por uma confirmação da reversão com um candle de alta no dia seguinte. Se ocorrer um gap de alta em relação ao martelo invertido e o próximo candle, esta será uma forte confirmação da possível reversão de tendência.

Vamos verificar porque o martelo invertido, ao contrário do martelo regular precisa de uma confirmação no dia seguinte. A variação de preços que forma o martelo invertido parece ser bearish na sua essência. O mercado abre próximo ou na mínima e depois sobe em um ralí. Mas os Bulls não tem forças para sustentar o mercado lá em cima e os preços desabam e fecham próximos a mínima do dia.

Porque um comportamento assim, que parece demonstrar fraqueza, pode sinalizar uma reversão de um trade de queda e um fundo. Para diferenciar se este sinal é de força ou de fraqueza, o que precisamos é do próximo candle. Se o candle seguinte abre acima do corpo do martelo invertido, significa que aqueles que venderam na abertura ou fechamento do martelo invertido estão perdendo dinheiro.

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Quanto mais tempo o mercado se sustentar acima do corpo do martelo invertido no dia seguinte, maior a chance que estes vendidos cubram suas operações impulsionando mais o mercado para cima. este pode ser um processo de retro-alimentação que termine em um ralí.

O martelo invertido é mais raro que o martelo regular e tem menos intensidade como padrão de reversão. Apesar disso é uma figura

importante pelo que representa, podendo determinar fundos como é visto nos exemplos abaixo.

Critérios de intensificação do martelo invertido como sinalização de um fundo:

Importante incremento de volume no dia do martelo invertido ou ao menos nos dias anterior e posterior a shooting star.

O fato dele acontecer próxima ou em cima de um forte suporte.

O fato de acontecer um gap de alta entre o martelo invertido e o próximo candle. Quanto maior este gap melhor.

Quanto menor o corpo, e maior a sombra superior, maior a intensidade do padrão. Um martelo invertido sem corpo é um doji.

Exemplo 1 - Martelo Invertido no Banco do Brasil

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Apesar do corpo um pouco grande, este martelo invertido funcionou como fundo. A abertura no dia seguinte em um grande gap de alta acabou por levar os vendidos a se cobrir após uma tentativa de reação, o que

impulsionou o papel mais acima.

Exemplo 2 - Martelo Invertido no IBOV:

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Observem que o martelo invertido determinou o fim de um longo trade de queda, apesar de não ter causado um forte ralí a posteriori.

Observem enorme volume no dia que se segue ao martelo invertido e um candle de alta confirmando o padrão e lhe dando intensidade.

Exemplo 3 - Martelo Invertido e Elétrico

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Observem que belo padrão de reversão após um forte trade de queda, que determinou o fim do mesmo. Vejam, que apesar do corpo vermelho, o martelo invertido funciona como um fundo mostrando que a cor do corpo não importa. A longa sombra em relação ao corpo, confere intensidade ao padrão.

Devemos olhar os candles no meio do desenho todo que está a nossa frente e não de maneira rígida como se fosse matemática. Quem estuda candles deve aprender a interpretá-los e não simplesmente decorar as formas.

Padrão Piercing

MAR 10, 2002

É, ao contrário do Dark-Cloud Cover. Assim como o Dark-Cloud Cover é um padrão de reversão de topo, o Padrão

Piercing é um padrão de reversão de fundo com a mesma formação, só que ao contrário.

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É composto de dois candles após uma queda do mercado. O primeiro candle um dia de queda, com corpo negro. O segundo candle é um longo dia de alta. Este segundo candle abre abaixo da mínima do dia anterior, depois os preços sobem criando um candle de alta que fecha acima do meio do corpo do candle do dia anterior.

O Padrão de Piercing que é Bulish, é análogo ao Padrão de Engolfo Bulish.

No Engolfo de Alta, o corpo branco do segundo dia envolve completamente o corpo negro do primeiro dia.

No Piercing Pattern, quanto maior a penetração no corpo negro do primeiro dia, maior a chance de que ocorrerá uma reversão. Um Padrão de Piercing ideal terá um candle de alta no segundo dia que ultrapassa a metade do corpo do candle de queda do primeiro dia.

Se no dia seguinte ao Piercing pattern, o mercado fechar abaixo da mínima do padrão, presume-se que uma nova perna de queda ocorrerá.

A psicologia por trás do Padrão de Piercing é a seguinte: O mercado está em queda. O candle negro, bearish só reforça esta visão. No dia seguinte o mercado abre mais abaixo inclusive com Gap. Os Bear estão vendo o

mercado confiantes.

Mas então o mercado se recupera, começa a subir e fecha bem mais alto do que no dia anterior. Os Bears passam a ficar inseguros em relação a sua posição. Aqueles que estavam esperando para comprar veem uma

oportunidade e assim o mercado pode reverter de uma queda para alta.

Fatores que Intensificam a Importância do Piercing Pattern

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