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Câmara dos Deputados Maio de 2007 Ano IV n o 4. Reforma Política

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Câmara dos Deputados | Maio de 2007 | Ano IV | no 4

Reforma Política

Alexandre Cardoso • Maurício Rands • Ronaldo Caiado • Sandra Starling Fernando Henrique Cardoso • Eduardo Graeff • Argelina Cheibub Figueiredo

Fernando Limongi • Fabiano Santos • Jairo Nicolau • Bruno P. W. Reis

Octavio Amorim Neto • José Antônio Giusti Tavares • Wilhelm Hofmeister

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Reforma Política

Câmara dos Deputados

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Revista PlenaRium Conselho Editorial Jorge Henrique Cartaxo Pedro Noleto

Antônio Octávio Cintra Ricardo Oriá

Paulo Roberto de Almeida Carlos Henrique Cardim Fabiano Santos Walter Costa Porto William França Diretor

Jorge Henrique Cartaxo

[(61) 3215.8033 | revistaplenarium@camara.gov.br]

Editores

Antônio Octávio Cintra Pedro Noleto

Roberto Seabra Redator Ademir Malavazi Revisão

Flora M. da Mota Cabral Ronaldo Santiago

Projeto Gráfico, Capa e Diagramação Suzana Curi

Foto de Capa Luis Humberto Ilustrações Cerino Marina Rocha Racsow Fale conosco

Câmara dos Deputados

Centro de Documentação e Informação - CEDI Coordenação de Publicações

Anexo II - Térreo - Praça dos Três Poderes Brasília - DF | CEP 70160-900

Telefone: (61) 3216-5802 | Fax: (61) 3216-5810 Email: publicacoes.cedi@camara.gov.br

Plenarium. - Ano IV, n. 4 (jun. 2007) - Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2007.

271 p. : il. color.

ISSN 1981 - 0865

1. Reforma política, Brasil. 2. Política e governo, Brasil. 3.

Biossegurança, Brasil. 4. Meio ambiente, Brasil.

CDU 32.001.7(81)

mesa DiRetoRa Da CâmaRaDos DePutaDos

53a legislatuRa – 1a sessão legislativa Presidente

Arlindo Chinaglia 1o Vice-Presidente Narcio Rodrigues 2o Vice-Presidente Inocêncio Oliveira 1o Secretário Osmar Serraglio 2o Secretário Ciro Nogueira 3o Secretário Waldemir Moka 4o Secretário José Carlos Machado 1o Suplente de Secretário Manato

2o Suplente de Secretário Arnon Bezerra

3o Suplente de Secretário Alexandre Silveira

4o Suplente de Secretário Deley

DIRETOR-GERAL

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida

SECRETÁRIO-GERALDA MESA

Mozart Vianna de Paiva

DIRETORIA LEGISLATIVA

Diretor

Afrísio Vieira Lima Filho

CENTRODE DOCUMENTAÇÃOE INFORMAÇÃO

Diretor

Luiz Antonio Souza da Eira Diretora de Publicações Maria Clara Bicudo Cesar

SECRETARIADE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Diretor William França

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Reforma Política

Alexandre Cardoso ... 10 Reforma política: prioridade da democracia

Maurício Rands ... 14 A inadiável reforma do sistema eleitoral

Ronaldo Caiado ... 24 Com o atual sistema, não há salvação

Sandra Starling ... 30 A reforma política desejável

Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Graeff ... 38 O próximo passo

Argelina Cheibub Figueiredo e Fernando Limongi ... 50 Reforma política: notas de cautela sobre

os efeitos de escolhas institucionais

Fabiano Santos ... 60 Agenda oculta da reforma política

Jairo Nicolau ... 70 Cinco opções, uma escolha: o debate sobre a reforma do sistema eleitoral no Brasil

Bruno P. W. Reis ... 80 O presidencialismo de coalizão sob pressão: da formação de maiorias democráticas à formação democrática de maiorias

Octavio Amorim Neto ...104 Valores e vetores da reforma política

José Antônio Giusti Tavares ...112 Quatro questões pontuais da reforma política Wilhelm Hofmeister ...128 Democracia, governabilidade, estabilidade:

os pilares do Direito Eleitoral alemão como referência para reflexões, visando a uma reforma do sistema eleitoral brasileiro

Olhar Externo

Brian Kerr ...142 O artigo 2º da Convenção Européia de Direitos Humanos e o dever de efetivamente investigar

Perfil do Artista

Luis Humberto ...264 Fotografia: a reinvenção do real

Leituras

Antônio Octávio Cintra ...250 A origem é o sistema eleitoral

Paulo Roberto de Almeida ...253 O seu, o meu, o nosso dinheiro…

Fronteiras da sociedade global

Palavras e História

Casimiro Neto ...226 Reforma eleitoral – Lei nº 842, de 1855

(Lei dos Círculos Eleitorais)

Meio Ambiente

Fábio Feldmann ...216 Mudanças climáticas: o grande desafio da Humanidade

Idéias e Leis

José Cordeiro de Araujo e Rodrigo H. C. Dolabella ...198 Transgênicos, biossegurança e o Congresso Nacional

Balanço da 52

a

Legislatura

Fátima Anastasia, Magna Inácio e Carlos Ranulfo Melo . 154 Para um balanço da 52a legislatura

Apresentação

... 4

Sumário

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Apresentação

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A reforma política, tema deste número de Plenarium, tem freqüentado o debate público brasileiro de longa data, com acentuada presença, em particular, nos anos recentes, após o começo da Nova República.

Seria idiossincrasia brasileira querer reformar os lineamentos da política do país tão pouco tempo após uma Assembléia Nacional Constituinte? Não nos pa- rece ser o caso. Em política, como em outras esferas de decisão, impõe-se uma perspectiva experimental. De tempos em tempos, é preciso reexaminar a moldura política do país e ver como está funcionando, se está ajudando ou não o país a enfrentar com competência os desafios do tempo presente e capacitando-o para um futuro melhor, num contexto global de muita competição entre as nações. A democracia não é um regime estático, senão arranjo cuja possibilidade de aper- feiçoamento deve estar sempre presente.

Se o tema “reforma política” é recorrente entre nós, as propostas concretas de reforma não têm, todavia, prosperado em sua tramitação legislativa. Em boa parte, tal se deve à incerteza quanto a seus efeitos sobre as carreiras dos próprios parlamentares. Novas regras trazem insegurança. Por essa razão, em várias das propostas contempladas ao longo dos anos, com prudência se estipula, quase sempre, uma data futura para as disposições entrarem em pleno vigor. Entretan- to, essa estipulação não tem bastado para facilitar as coisas.

Um outro fator importante milita contra as tentativas de reformar a política, ou seja, o problema que as propostas visam a enfrentar não é visto sob a mesma ótica por todos. Raramente, quando se louva ou se critica nosso sistema político, os valores contemplados são os mesmos. Em conseqüência, discrepam os diagnós- ticos e as propostas corretivas. Mais séria ainda, entre muitos dos que tratam do

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Revista Plenarium

tema, seja em defesa de reformas, seja em oposição a elas, é a falta de explicitação dos critérios usados. Quais merecem maior ponderação e por quê? Avaliar em fun- ção de apenas um critério, qualquer que ele seja – governabilidade, participação e incorporação políticas, clareza das opções em jogo nas eleições, liberdade de o eleitor escolher o candidato, e não apenas o partido, solidez das agremiações partidárias, lisura dos pleitos, inteligibilidade dos resultados para o eleitor, entre outros – é sem dúvida insuficiente, mas é o que quase sempre se faz.

Pode-se talvez alegar que muito do que se vê como “problema” em nossa política seja na verdade peculiar ao funcionamento democrático. Não se pode, na democracia, liminarmente excluir interesses da mesa de negociações, como fazem as ditaduras. As decisões democráticas tendem a ser mais demoradas, a governa- ção se torna bem mais árdua e é sempre vulnerável a críticas.

Entretanto, continua de pé a necessidade de avaliar o próprio funcionamento democrático, não para condenar o regime, mas para aperfeiçoá-lo. A qualidade da democracia não é um valor constante, senão uma variável. Há democracias que funcionam bem, outras nem tanto. E a democracia brasileira, pela escolha constitucional do presidencialismo, defronta-nos com desafios especiais. Para operar bem, sem perder a essência democrática, esse sistema requer uma delicada e complexa engenharia política. Já a teremos atingido? Ou é o chamado “presi- dencialismo de coalizão” um arranjo precário, demasiado dependente de extraor- dinárias virtudes de seus praticantes para funcionar, em vez de assegurado pela boa operação de suas instituições? Eis aí, sem dúvida, um dos cernes do debate que é preciso fazer nesta altura.

Em suma, a reforma política não tem receita pronta e consensual. Não se justifica, porém, pôr de lado a discussão do regime que temos e adiar o esforço de aprimorá-lo com medidas factíveis, mesmo quando falte certeza absoluta sobre todos os efeitos que elas possam ter. Se o status quo é ruim, não há por que lhe dar prioridade no confronto com propostas de mudança que, no cômputo geral, ofereçam perspectivas melhores, com o argumento de já conhecermos como as coisas operam nos arranjos presentes e desconhecermos o que nos reservam as reformas. A assim proceder, o conformismo levará sempre a melhor, quando há ainda muito a fazer para nosso regime lograr, de forma equilibrada, estabilidade, eficácia e legitimidade.

O leitor encontrará, no núcleo temático de Plenarium, uma ampla discussão da reforma política, vista tanto sob a ótica de líderes políticos quanto sob a de ex-

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Apresentação

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poentes da academia. Os prós e contras de algumas das propostas mais conhecidas são tratados com rigor de argumentação e empenho persuasivo, e certamente irão iluminar, sem simplificá-lo, o debate do assunto entre os cidadãos interessados e, em particular, entre os que sobre ele vão decidir no Congresso. É o que almejamos ao dedicar este número de Plenarium a matéria tão crucial e controversa.

Note-se que, ao lado dos textos atuais relativos à reforma política, Plenarium publica também um valioso documento histórico, comentado e transcrito pelo historiador Casimiro Neto. Trata-se da defesa do projeto de que resultou a Lei dos Círculos Eleitorais (Lei nº 842, de 1855), feita pelo deputado Eduardo Ferreira França, representante da Bahia, em sessão de 25 de agosto de 1855. A manifes- tação do parlamentar é um sólido arrazoado em prol do voto distrital e é subsídio para o debate de hoje.

Assim como nos números anteriores, Plenarium traz, em sua seção olhar externo, um texto relevante para o cotejo de nossa realidade com a de outras sociedades democráticas contemporâneas. Trata-se de palestra de Sir Brian Kerr, chefe do Judiciário na Irlanda do Norte, proferida na Conferência Inter-Regional sobre Sistemas de Justiça e Direitos Humanos, realizada em Brasília, em 2006, com patrocínio do Conselho Britânico. Kerr tratou do art. 2º da Convenção para a Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. Por ser a Convenção, essencialmente, um tratado entre Estados soberanos e não uma lei devidamente promulgada no âmbito do Reino Unido, a jurisprudência lhe proibia a aplicação no direito interno. Depois, no entanto, da entrada em vigor do Hu- man Rights Act, em 2 de outubro de 2000, a Convenção tornou-se diretamente aplicável nos tribunais britânicos. O artigo, além da importância substantiva do tópico, chama-nos a atenção para o crucial problema de integração das normas de convenções internacionais ao direito nacional.

A seção idéias e leis deste número trata de uma das proposições mais significativas produzidas pela 52ª Legislatura – a Lei nº 11.105/2005 (Lei de Biossegurança). O artigo dos consultores legislativos José Cordeiro de Araújo e Rodrigo H. C. Dolabella, que assessoraram os relatores da matéria ao longo de sua tramitação na Câmara mostra, com objetividade, como o Legislativo desincum- biu-se com elevado espírito democrático e proficiência da difícil missão de elabo- rar uma lei cujo objeto, crítico para o desenvolvimento nacional, é extremamente complexo e conflituoso. Nele, os aspectos técnicos e científicos são indissociáveis dos ideológicos e políticos, e a decisão exigiu muito debate, audiência da comu-

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Revista Plenarium

nidade científica, consulta aos setores interessados e demorada negociação, para que a deliberação, impossível de contentar a todos na inteireza de suas posições, fosse entretanto considerada legítima, porque democraticamente feita.

Plenarium considerou oportuno, também, trazer um balanço da 52ª Legisla- tura. Três cientistas políticos, Fátima Anastasia, Magna Inácio e Carlos Ranulfo Melo, examinam imensa gama de dados da atividade legislativa no quadriênio passado, provendo um retrato bastante completo e isento de como operou a Câ- mara dos Deputados no período.

Uma nova seção integra também a matéria deste número, a dedicada ao meio ambiente. O tema ganhou urgência neste começo de século. Uma revista do Poder Legislativo tem de acolhê-lo e contribuir para que se torne um dos fo- cos do debate público nos anos vindouros. Para inaugurar a seção, convidamos o ex-deputado Fábio Feldmann, um dos mais ativos e constantes propugnadores da causa ambiental entre nós.

Queremos expressar nosso agradecimento aos inúmeros colaboradores que nos honraram com seus artigos neste número de Plenarium. Além dos anterior- mente citados, agradecemos ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ex-ministro Eduardo Graeff, aos deputados federais Alexandre Cardoso, Maurício Rands e Ronaldo Caiado, à ex-deputada federal Sandra Starling e aos professo- res Argelina Cheibub Figueiredo, Bruno Reis, Fabiano Santos, Fernando Limongi, Jairo Nicolau, José Antônio Giusti Tavares, Octavio Amorim Neto, Paulo Roberto Almeida e ao Diretor do Centro de Estudos da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, o cientista político Wilhelm Hofmeister.

Nada mais apropriado para ilustrar uma revista que trata da reforma política do que as imagens feitas por um repórter fotográfico que conviveu durante anos com o poder. Plenarium traz neste número uma pequena mostra do trabalho de quarenta anos do fotógrafo Luis Humberto. Um dos maiores nomes do fotojorna- lismo brasileiro, além de professor universitário e pensador da Fotografia, Luis Humberto trabalhou nos anos 60 e 70 em revistas semanais, retornou à Uni- versidade nos anos 80 e nos últimos anos publicou diversos livros sobre o fazer fotográfico. É mais uma participação que nos honra.

Jorge Henrique Cartaxo

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Palácio do Planalto, 1979. Foto de Luis Humberto.

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Reforma Política

• Alexandre Cardoso

Reforma política: prioridade da democracia

• Maurício Rands

A inadiável reforma do sistema eleitoral

• Ronaldo Caiado

Com o atual sistema, não há salvação

• Sandra Starling

A reforma política desejável

• Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Graeff O próximo passo

• Argelina Cheibub Figueiredo e Fernando Limongi Reforma política: notas de cautela sobre os efeitos de escolhas institucionais

• Fabiano Santos

Agenda oculta da reforma política

• Jairo Nicolau

Cinco opções, uma escolha: o debate sobre a reforma do sistema eleitoral no Brasil

• Bruno P. W. Reis

O presidencialismo de coalizão sob pressão: da formação de maiorias democráticas à formação democrática de maiorias

• Octavio Amorim Neto

Valores e vetores da reforma política

• José Antônio Giusti Tavares

Quatro questões pontuais da reforma política

• Wilhelm Hofmeister

Democracia, governabilidade, estabilidade:

os pilares do Direito Eleitoral alemão como referência

para reflexões, visando a uma reforma do sistema eleitoral brasileiro

Referências

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