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Rev. Bras. Enferm. vol.66 número3

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Rev Bras Enferm, Brasília 2013 mai-jun; 66(3): 449-50.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM

17º SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM

Natal-RN, 03 a 05 de junho do ano de 2013

Os participantes do 17º Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem promovido pela ABEn Nacional e realizado pela ABEn Seção Rio Grande do Norte, aprovaram, em sessão plenária realizada em 05 de junho de 2013, a “Carta de Natal--RN para a Pesquisa em Enfermagem”. A ABEn Nacional vem a público divulgá-la, ao mesmo tempo em que solicita apoio e providências aos encaminhamentos nela postulados.

CARTA DE NATAL-RN PARA A PESQUISA EM ENFERMAGEM

O 17º Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem, realizado no período de 03 a 05 de junho de 2013, em Natal, estado do Rio Grande do Norte, teve como tema central “O clássico e o emergente: desafios da pesquisa em Enferma-gem”. O evento reuniu enfermeiras(os), técnicas de Enferma-gem, professores, estudantes, gestores acadêmicos de Cursos/ Faculdades e Escolas de Enfermagem, além de convidados do Ministério da Educação (CAPES), Ministério de Ciência e Tec-nologia (CNPq), Secretarias de Saúde de diferentes Estados e Municípios do país, Conselhos Regionais de Enfermagem, Fe-deração Nacional dos Enfermeiros (FNE), Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem, Universidades, professores e outros estudiosos sobre a temática.

Nesse cenário e com esses atores, refletiu-se criticamente sobre a Pesquisa em Enfermagem, a partir de três eixos temá-ticos: 1. Os desafios da ética e da bioética na produção do conhecimento em Enfermagem; 2. Questões antigas e novas da pesquisa em Enfermagem; 3. O que e para que pesquisar: limites e possibilidades das linhas e grupos de pesquisa em En-fermagem. Foram objetivos do evento: a) discutir a responsabi-lidade social e o impacto da pesquisa em Enfermagem na pro-dução, disseminação e utilização do conhecimento; b) discutir as implicações do conhecimento produzido pela Enfermagem na formulação de políticas públicas de cuidado, de formação de pesquisadores e de redes de pesquisa; c) promover inter-câmbio interinstitucional e socialização do conhecimento de Enfermagem produzido pelas instituições de pesquisa, ensino e assistência à saúde, nos âmbitos nacional e internacional; d) refletir sobre limites e potencialidades das linhas e dos grupos de pesquisa em Enfermagem e sua contribuição para a transfor-mação das práticas em saúde e em Enfermagem.

ABEn – DOCUMENTO OFICIAL

Durante as reflexões, considerou-se que a conjuntura na-cional da pesquisa, ao mesmo tempo em que tem propiciado o avanço científico, vem contribuindo para a fragmentação do conhecimento, o aprofundamento da competição entre pares, assim como entre pesquisadores e aprendizes, susci-tando um fenômeno de acentuação de desconfortos, quebra das redes de solidariedade e adoecimento dos pesquisadores. A reflexão acerca desse processo articulou necessidades de pesquisa em saúde e Enfermagem, condições estruturais e no-vas estratégias e perspectino-vas de avaliação e desenvolvimento de pesquisas. Reconhece-se estreita relação entre formação dos profissionais, exercício profissional e qualidade da pes-quisa. Quando comprometida com a responsabilidade social, a pesquisa contribui para a qualidade das ações de saúde e Enfermagem. Portanto, investir em avaliação e humanização do processo de pesquisar produz reflexo direto e imediato na qualidade do cuidado à saúde.

Assim, as questões pautadas no evento demonstraram a rele-vância social e estratégica de se atualizar a agenda política para a Pesquisa em Enfermagem no Brasil, em termos éticos, políticos, organizativos e técnicos. A discussão mobilizou o pensamento crítico e a proposição de medidas que contribuam para o desen-volvimento e a qualificação da pesquisa em Enfermagem, a saber:

1. Situar a discussão sobre a pesquisa em Enfermagem, no Brasil, a partir da compreensão crítica da colonização e da fragmentação do conhecimento, resgatando saberes e práticas contra-hegemônicos;

2. Superar o processo de mercantilização da pesquisa, que se fortalece no produtivismo acadêmico como reflexo do estágio do capitalismo mundial que limita o Estado e as instituições sociais à sobrevalorização do quantitativo em detrimento da qualidade, sustentabilidade e do impacto das pesquisas na transformação da realidade;

3. Apoiar os agentes sociais produtores de pesquisa em Enfermagem nas suas necessidades de qualificação e de fomento, para ampliar a qualidade dos processos e dos produtos das investigações;

4. Aprofundar a discussão ética e bioética no processo de pesquisar em Enfermagem, em todas as suas fases, com-preendendo a produção, veiculação, consumo e aplica-ção do conhecimento produzido;

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controle da pós-graduação e da pesquisa, em parceria com as representações da área, tendo em vista torná-los mais próximos dos pesquisadores;

6. Propor aos órgãos de fomento e controle a revisão dos critérios de avaliação de projetos, cursos e destinação de recursos; e a formulação de editais que fortaleçam a in-vestigação de Enfermagem nas áreas prioritárias, nas emer-gentes, nas consolidadas e naquelas em consolidação;

7. Dar continuidade ao processo de discussão e revisão das áreas e linhas de pesquisa, visando à articulação com as necessidades e demandas da produção do conhecimento em Enfermagem, baseadas na realidade social brasileira.

Natal, 05 de junho de 2013.

Os participantes do 17o Seminário Nacional de Pesquisa

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