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Ciênc. saúde coletiva vol.10 suppl.

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Academic year: 2018

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Os autores re s pon dem The aut h ors rep ly

Pri m ei ra m en te , a gradecemos aos ed i tores da revistaCi ê ncia & Saúde Col etivapela prom o-ção do deb a te com as profe s s oras do utoras Ma-ria Hel ena Mach ado e Jadete Ba rbosa Lampert s obre nosso arti go, que aborda a questão do processo de reg u l a m entação do ch a m ado “a to m é d i co” no Bra s i l . É para nós um privi l é gio rceber os com en t á rios de ac ad ê m i cos tão rel e-va n tes em suas re s pectie-vas áreas de atu a ç ã o.

De uma manei ra gera l , as deb a tedoras am-p l i a ram e aam-prof u n d a ram am-pon tos de análise so-bre o tem a : Ma ria Hel ena Mach ado ao en foc a r a s pectos sobre o processo de regulação das pro-fissões com base na fundamentação te ó rica da sociologia das profissões, e Jadete Barbosa L a m-pert ao pri orizar a con tex tualização do deb a te no processo edu c a tivo de formação prof i s s i on a l . Ma ria Hel ena Mach ado apre s enta uma bre-ve con tex tualização te ó rica sobre os model o s reg u l a t ó rios das profissões para con cluir que o deb a te deve estar foc ado na reg u l a m en t a ç ã o prof i s s i onal e não no “a to médico”, como equ i-voc ad a m en te apontam as peças publ i c i t á ri a s das diferen tes corpora ç õ e s . Con cordamos com ela qu a n do assinala o ri s co assoc i ado ao ac i rra-m en to da disput a , qu e , erra-m nossa ava l i a ç ã o, po-derá “con t a m i n a r ” de forma mu i to lesiva até o trabalho em equ i pe e mesmo as relações po l í ti-cas das diferen tes corpora ç õ e s . Sua con clusão é a de que a polêmica é de natu reza po l í tica e i deo-l ó gica e que corre s pon de mais a anti gas dispu-tas ju ri s d i c i onais do que à “l ega l i d ade que apli-ca a lei de regulamentação da profissão médiapli-ca”. Por outro lado, Ja n ete Ba rbosa Lampert se con cen tra na formação prof i s s i onal do médico e no papel das escolas form adoras qu a n to à con s trução da iden ti d ade prof i s s i on a l , ten do em vista os processos de produção de capac i-d ai-de i-de trabalho e o i-de proi-dução i-de servi ç o s de saúde . Aborda aspectos su bm ersos nos de-b a tes sode-bre as mudanças no mu n do do tra de-b a-lho e na reg u l a m entação da prof i s s ã o, po s to que estão implicados na com p l ex i d ade das dis-p utas de dis-poder que se travam no dis-processo de prof i s s i onalização de diferen tes categorias e mesmo no interi or da corporação médica, exem-p l i f i c ada na delimitação da ação exem-prof i s s i on a l decorren te das múltiplas espec i a l i z a ç õ e s .

Com vista à integra l i d ade , a deb a tedora in-cen tiva a busca de um en ten d i m en to críti co so-bre as implicações da intensa divisão de tra b a-d iversas profissões e espec i a l i a-d aa-de s . A con

tem-pora n ei d ade histórica com vista à integra l i d a-de ex i ge ati tu a-des distintas das ob s ervadas no h i st ó ri co Con gresso Nac i onal de Pr á ti co s , em 1922 (Perei ra Neto, 2 0 0 1 ) .

Os espaços cri ados para as aprox i m a ç õ e s en tre prof i s s i onais das várias espec i a l i d ade s m é d i c a s , en tre os vários prof i s s i onais da saúde , en tre prof i s s i onais docen tes das várias discipli-nas e dep a rt a m en tos da esco l a , en tre prof i s s i o-nais docen te s , prof i s s i oo-nais pre s t adores de ser-viços e comu n i d ade / cl i en tela devem propor-c i onar a propor-con s trução de novos propor-con h epropor-c i m en tos e auxiliar o processo de “rep actu a ç ã o”.

O poder dos vários atores sociais está po s-to, o desafio é de como bem usá-lo.

Cumprimento os autores, e agradeço o con-vi te e a oportu n i d ade de s te exerc í c i o.

Referências bibl i ogr á f i c a s

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Hu c i tec , São Pa u l o.

Perei ra Neto AF 2001.S er médico no Brasil: o pre sen te no pa s s a d o. F i oc ru z , Rio de Ja n ei ro.

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lho de modo a con tri buir para uma “rep actu a-ç ã o”, a pon t ada no arti go, que leve em con s i de-ração a análise sobre a formação dos prof i s s i o-nais da saúde e sobre a forma de prestação de assistência à cl i en tel a , def i n i n do a del i m i t a ç ã o de áreas específicas e com p a rti l h adas en tres as d i feren tes profissões e espec i a l i d ade s .

Nesse sen ti do, as deb a tedoras tra zem con-tri buições que subsidiam teori c a m en teo deb a-te , a m p l i a n do as discussões e den o t a n do aspec-tos implicados na arena (po l í ti c a , i deo l ó gica e jurídica) que se estabel eceu soc i a l m en te no c a m po das profissões de saúde no Bra s i l , exem-p l i f i c ada na exem-polêmica em torno da tra m i t a ç ã o do Proj eto PLS 025/02. O que perm i te ter em vista a con s trução de uma ep i s tem o l ogia qu e apóie o pensar críti co e o agir tra n s form ador.

E n f a tizamos que o deb a te em questão ref l e-te a com petição en tre distintas iden ti d ade s prof i s s i on a i s , de s vel a n do o con f l i to de intere s-ses que as caracteri z a m . Con f i g u ra-se neste

con tex to um cen á rio propício aos estu dos so-bre o processo social qu a n to ao de s envo lvi-m en to das profissões de saúde e suas inter- re-lações no processo dinâmico de prof i s s i on a l i-z a ç ã o, no qu a l , den tre outros aspecto s , os pro-f i s s i onais lutam pela con quista e ga ra n tia de privi l é gios para sua prof i s s ã o.

O movi m en to em preen d i do pelas diferen-tes corporações traz à tona a probl em á tica so-bre a definição dos obj etos de trabalho das pro-fissões de saúde , s obre a delimitação da ação prof i s s i on a l , s obre a disputa pelo mon op ó l i o de com pet ê n c i a s , bem como traz à tona qu e s-tões sobre auton omia e sobre re s pon s a bi l i d ade prof i s s i on a i s . Além disso, é um import a n te exemplo que compõe a história do processo de prof i s s i onalização das profissões de saúde no Bra s i l .

Referências

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