1. A GEOGRAFIA DA GRÉCIA A Grécia é um país da Europa lo - calizado ao sul da Penín su la Bal câ ni - ca. O território grego é cortado ao meio pelo Estreito de Corinto, que se - pa ra a Grécia Continental, ao norte, da Pe nín su la do Peloponeso, ao sul.
As duas regiões são bas tante mon ta - nho sas, sendo a vida na Grécia de - ter minada por duas regiões dis tintas:
a montanha e a orla ma rí ti ma.
As montanhas dificultavam as co mu ni ca ções entre as planícies e os pequenos vales fér teis, frag men tan - do o ter ritório em numerosas co mu ni - dades, comple ta mente inde pen - dentes en tre si. Além disso, a exis - tência de um litoral bas tante re cor - tado e as numerosas ilhas do Mar Egeu, bastante próximas entre si, orien ta ram a vocação marítima dos gregos, facilitando o contato com os povos do mundo exterior.
O clima da Grécia é muito seco, com chu vas raras, tendo poucas áreas férteis. Desta for ma, a pecuária
te ve um papel importante na eco nomia. A agricultura era pra - ticada nos vales e nas encostas das mon ta nhas, representada pelo cultivo do tri go, cevada e, prin cipal men te, de vi nhas e oliveiras.
2. A CIDADE-ESTADO GREGA
A história da Grécia Antiga ca rac teriza-se pela presença da ci da de- Estado (pólis). Havia ao todo cer ca de 160 cidades- Estado na Grécia, to das elas soberanas, com destaque para Atenas e Esparta. A in de pen - dên cia dessas cidades re sul tou de vários fatores: o relevo mon - tanhoso, que dificultava as co m - u nicações ter res tres; o litoral re - cor tado e as nu me ro sas ilhas exis - ten tes no Mar E geu, que es ti mu la - vam a nave ga ção; a ausência de uma base econô mi ca interna só li da, que poderia aglutinar os gregos em um Estado- nação. Con tu do, os gregos pas saram por um pro cesso de dis per - são que os le vou a fundar nu me rosas colô - nias no li toral do Me di - ter râneo e do Mar Ne - gro. Essas co lô nias vieram a tor nar-se outras tantas ci da des- Esta do, de for ma que não se esta be le ceu uma unida de po lítica entre elas. En tre tan to, como havia uni da de cultural (identi dade de língua, etnia, religião e costu - mes), podemos falar em um Mun do Grego, mas não em um Im pé rio Grego.
3. O PERÍODO HOMÉRICO (SÉCS. XII a.C. A VIII a.C.) Trata-se de um período co nhe ci - do principal men te por causa de dois poe mas atribuídos a Homero: a llía - da, que trata da guerra e destruição de Troia, e a Odisseia, sobre as via - gens de Ulisses.
Nessa época, os gregos viviam em pequenas comunidades agrí co - las autos suficientes — os genos —, cu jos membros eram aparentados en tre si e obedeciam à autoridade de um pater familias. A propriedade da terra era co letiva. O sis tema gen tí li co desin te grou-se quan do o cres ci men - to demo grá fico tornou in su fi cien te a pro dução dos genos. Os pa ren tes mais próximos do pater fa mi lias (os eupátridas) apro pria ram-se das ter - ras, trans for man do-as em pro prie da - de privada; quan to aos pa ren tes mais afastados, es tes se trans for ma - ram em cam poneses sem terra ou en tão emi graram. Se pa ran do-se dos cam po ne ses, os eu pá tri das pas sa - A chegada dos dó rios à Península
Bal cânica (A) provocou a pri mei ra diáspora (B) grega.
MACEDÔNIA
ÉPIRO
TESSÁLIA
HÉLADE
PELOPONESO
ÁTICA Córcira
Esparta Corinto
Leuctras
Atenas
0 200 Km