• Nenhum resultado encontrado

TRANSFERÊNCIA E CLÍNICA NA FALA PSICÓTICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TRANSFERÊNCIA E CLÍNICA NA FALA PSICÓTICA"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

NA

FALA PSICÓTICA

Gustavo E. Etkin

“O analista (....) como todos sabem o pivô da transfe- rência não passa forçosamente por sua pessoa. Há alguém que já está ai. Isso lhe daria outra maneira de abordar a diversidade dos casos, e a partir desse mo- mento talvez se chegue a encontrar uma nova classi- ficação clínica diferente à da psiquiatria clássica....”

(Jacques Lacan, Seminário “O Ato Analítico”, 23/III/1968- inédito)

Há alguns anos, em Buenos Aires, quando eu era psicólogo e auxiliar de ensino da cátedra de Psicopatologia de David Liberman, e visitava freqüentemente o Hospital Psiquiátrico Borda, encontrei alguém atado a uma cama que, aos gritos, transmitia uma interminável corrida de bicicletas. Ele não escutava nada nem olhava para ninguém. Só transmitia e, quando cansava, tampouco escutava. Ficava em silêncio, sem responder.

Eram ciclistas com diferentes números e cores que competiam entre si. Não lembro se habitualmente havia o mesmo triunfador ou se alternavam. Na época, eu era kleiniano e seguia o manual de Psicologia de la Conducta, de Bleger, mas – não sei porque – intervi nessa transmissão ou dizendo outro número, ou questionando a cor da bicicleta, ou modificando a ordem da corrida, ou acrescentando uma negação como, por exemplo, a alusão a um pneu furado. E então – só então - ele, por um momento, parava e me olhava.

Fiz isto em duas ou três ocasiões. Mais tarde, não lembro se um médico ou um enfermeiro, me comentou que aquele interminável locutor perguntava pelo doutor de óculos, ou seja por mim. Tempos depois voltei a encontrá-lo: tinha o ar de tristeza e derrota daqueles que passaram pelo eletrochoque.

Porém, algo tinha–lhe acontecido com alguém que demonstrava escutar seu discurso, que não só o fazia parar – cortar sua continuidade – como também perguntar por essa forma de ouvir.

Poderíamos dizer que essa demanda implicava transferência.

Acredito que não é necessário estender-se sobre a contradição de Freud em relação à transferência na psicose: por um lado, esta era impossível porque não havia investimento

(2)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

2 libidinal do mundo externo – não era possível a transferência libidinal às percepções atuais que o representavam – porque o Id avançava com suas representações anteriores, com o Eu a seu serviço, sobre a presença das representações externas e atuais.

Impossibilidade que, por sua vez, impediria o tratamento analítico cujo instrumento e condição é, precisamente, a transferência sobre representações externas, no caso, o analista.

Por outro lado, a descrição da transferência de Schreber sobre Fleshig, os dois casos de paranóia tratados por ele em 19221 ou a referência que faz em 1931 e 1932 ao trabalho de Ruth Mac Brunswick Análise de um caso de Paranóia, onde a transferência é varias vezes tratada.

Talvez Jones dê a explicação ao referir-se às precauções que Freud tomava – 15 dias sob observação sem fazer interpretações – para evitar “o descrédito que implicaria ser o responsável de um surto psicótico”2.

Poderíamos, contudo, encontrar naquele trabalho de 1922, uma aproximação ao que caraterizaria, para Freud, a transferência psicótica, especificamente na paranóia. Lá, ele diz que

“os paranóicos (não) admitem nada indiferente em outro e, em seu delírio de conexão (....) esperam de todo estranho algo como amor”.

Embora neste caso não seja um amor dado senão esperado, de todas maneiras se trata de amor, como na transferência neurótica. Amor que nela atualiza – repetindo na idealização, na erotização e no ódio – antigos investimentos libidinais, condição por sua vez, da credibilidade na palavra do analista. Se acredita porque se ama. E se ama porque o analista é libidinalmente investido.

Condição energética para Freud então, cuja qualidade estará determinada, em última instância, pela quantidade. A intensidade energética das fixações traçando, nas séries complementares, a história da sexualidade do sujeito. Coerente, assim, com a concepção da psicose como continuidade da neurose, diferenciando-se, nesse aspecto, por um maior grau de regressão aos pontos de fixação marcados pela quantidade.

A concepção da transferência em Lacan - vocês lembram – é diferente. Como não é a energia a que vincula e articula os significantes, mas as formações da Língua em sua Retórica, Gramática, Sintaxe e Lógica, em suas oposições e diferenças, em suas homofonias - ao contrário de Freud - se ama porque se acredita. E se acredita porque se supõe que há um sujeito - no caso, o analista – que encarna um saber sobre a causa de um sofrimento. Sujeito suposto ao Saber.

1 FREUD. Sigmund. Sobre algunos mecanismos neuróticos en los celos, la paranoia y la homosexualidad. Buenos Aires: Amorrortu Editores. Vol XIX.

2 JONES, Ernest. Vida y Obra de Sigmund Freud. Buenos Aires: Editorial Nova. Vol. II. Cap. IX. Pag.

253.

(3)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

3 Suposição que - segundo a retórica de cada sujeito – se diz. E que é demanda. O amor, então, é sua conseqüência e efeito ou, mais precisamente, o amor - como transferência – é discurso, onde o desejo se desloca e a demanda se enuncia no pedido de análise e nas não tão livres associações.

A transferência, então, em Lacan é um efeito de fala. E não é tampouco a alguém, uma pessoa, um objeto, um Eu. É a um significante que um sujeito qualquer - no caso o analista – carrega.

Isso nas nossas neuroses. Mas, então, como seria - dessa perspectiva - a transferência na psicose ?

Em primeiro lugar, se dizemos que há transferência dizemos que há um saber em jogo.

Mas, à diferença da neurose, não é suposto. É certo: Sujeito certeza do Saber. Sujeito que – nas diferentes variantes que vão desde os chamados “fenômenos elementares”, o automatismo mental, a parafrenia e a paranóia – encarna a certeza de um saber. Certeza que pode situar-se tanto no que “volta do Real”3 como alucinação, no sentido que se descobre no in-significante, ou as convicções que - como metáforas substitutivas do Nome do Pai foracluído – chamam para fundamentá-las às metonímias daquele sistema explicativo que é o delirio. Porque o saber, aí, não é demandado ao Outro. O saber, há convicção de tê-lo.

Mas porque, então, muitas vezes a fala psicótica tem lugares preferenciais onde se expõe? Uma praça, uma esquina, determinados cantos ou áreas nos manicômios? E porque os que têm experiência com psicóticos se encontram, muitas vezes, com o fato de que o entrevistado quer voltar a falar, e, às vezes, chama por seu doutor de óculos? Se ele tem a certeza do saber, porque, embora assim, precisa falar com alguém?

Proponho uma hipótese: trata-se de convocar um Outro real - impossível e indiferente – que, constituído como efeito do ato de seu dizer (na verdade, um chamado, qualquer que seja o significado) responda como lugar de inscrição de uma letra que o represente. Ou, de outra maneira, convocar um Outro (como lugar do sujeito) que funciones como papel ou parede onde se possa fazer uma marca que – como origem – lhe permita reconhecer-se numa historia e situar-se no sintagma, como sentido em uma cadeia significante4.

3 Seria necessário voltar a trabalhar essa “volta do Real” a partir do último Lacan.

4 LACAN, Jacques. El Saber del Psicoanalista. Conferências de J. Lacan em St. Anne, 1971-1972.

ENAPSI. Entidad de Accion Psicoanalitica. Publicación para circulación interna. “(....)Todo lo que se escribe refuerza el muro (....) si no se hubiese escrito nunca nada (....) no habríamos dado un paso en el sentido de lo que quizá debe mirarse más allá del muro (....) Real (es) lo imposible de alcanzar más allá del muro”.

(4)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

4 É o papel onde Schreber escreve suas Memórias5, ou seu corpo morto, que oferece também como superfície de leitura para que os médicos – cortando nele como se fosse um texto – leiam a sua certeza de possuir “nervos de voluptuosidade feminina” ligados a Deus ou, de outro jeito, letras que o representem articulado a um pai finalmente não foracluído.

Papel, corpo ou parede, mas sempre lugar de inscrição fálica que, por isso, pode aliviar a angústia resultante de ser sugado pelo gozo do Outro, possibilidade transferencial que deve contornar-se, diferente da localizada e neurótica angústia de castração que pode evitar-se ou controlar num sintoma. Ou seja, embora, da mesma maneira que na clínica com neuróticos deve-se evitar a relação especular, o Eu ou Você, com a diferença dos efeitos catastróficos na psicose quando o Outro é pólo de uma alternativa excludente e dual que pode virar ou morte, megalomania às vezes agressiva, efeito da fusão – através da identificação desesperada a um Ideal impossível – com o grande Outro, como defesa frente a um gozo ilimitado, infinito, também impossível – real – que nadifique o sujeito como lixo inexistente – objeto (a) – onde a foraclusão de um significante que o represente poderia ser imã da passagem ao ato.

Da perspectiva dos 4 Discursos, penso também que não se deve ancorar no Discurso do Analista, onde - nesse caso – se oscilaria entre a identificação a um objeto (a), mas não como semblante, ou a um Mestre puramente imaginário, mas não significante. Proponho, então, que haveria que situar-se no Discurso Histérico, para ocupar o lugar do agente da pergunta pela diferença e favorecer a produção – e inscrição – de um saber sobre ela:

Assim, acredito que as possibilidades da técnica analítica com psicóticos derivam dessas duas alternativas transferenciais – lugar de letra ou aniquilador gozo do Øutro – tentando sempre o analista os modos discursivos – o estilo – que lhe permitam se oferecer como lugar não especular, mas, como papel onde se possam marcar diferenças, situando uma letra, e procurar também, sem questionar o sentido, como diz Michel Croufer, “remontar a corrente do delirio” 6.

É sabido, por outra parte, que Lacan mostra no Nó Borromeu a especificidade da psicose e a possibilidade de operar nela, por exemplo, quando define a paranóia como continuidade do Real, Simbólico e Imaginário, continuidade que unifica e apaga as diferenças

5 LACAN, Jacques. De una cuestion preliminar a todo tratamiento posible de la psicosis. México: Siglo Veintiuno Editores. Escritos. Vol. II. Pag. 258. “No podemos extendernos aqui sobre la cuestión sin embargo de primer plano desaber lo que somos para el sujeto, nosotros, a quienes se dirije encuanto lectores....”

6 CROUFER, Michel. Les déroutes du Rêve. Trabalho apresentado na Reunião Lacanoamericana de Porto Alegre. 1993.

(5)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

5 entre eles, o que chamou Nó de Trevo7 . Lá o Real não está situado como resultado, efeito e limite que ex-siste - surge - do Simbólico em ato, como no Nó Borromeu, onde as três ordens se entrelaçam de certo jeito mas são diferentes. Por isso, “alcançar o Real” – ética e objetivo da cura tanto nas neuroses como nas psicoses – nesta última só será possível fazendo-o ex-sistir (quando se possa) a partir da marca que inaugure uma diferença que permita, embora seja fugazmente, a substituição do Nó de Trevo pelo Nó Borromeu. E no possível, procurando uma consistência, ou seja, um entrelaçamento e diferenciação permanentes (possibilidade que, embora Lacan exemplifique com Joyce no Quarto Nó que substitui a foraclusão paterna, não se restringe à psicose, mas é outra concepção do Nó Borromeu, extensível a qualquer sujeito, e que acredito implica uma modificação na sua concepção do Simbólico em relação ao Real).

Poderíamos dizer, também, que na psicose o Borromeu vira Trevo porque aí o sem - sentido é insuportável por estar foracluído o significante que o representa e que permite, por sua vez, cortar limitando uma diferença entre sentido e sem – sentido: o Nome do Pai. Fort-Da constitutivo onde a presença de um (S¹) simboliza - representa – a ausência do Outro.

Por isso, o psicótico não suporta o Real, que se apresenta como significante des - encadeado, puro sem – sentido do impossível gozo do Outro com o qual nós, os neuróticos, rimos, nos surpreendemos e, até, nos angustiamos sem por isso acreditá-lo signo de um sentido que às vezes, depois, o delírio explicará.

Daí, que a intervenção analítica na fala psicótica não pode ser a mesma que na neurose.

Nesta, o que se chama “interpretar” é cortar sentido, na forma dos três equívocos que Lacan define em L’Étourdit: lógico, homofônico, gramatical, ou seja, mediante um ato Simbólico, produzir Real por meio da dissolução da consistência do sentido. Real que, como sem – sentido, possa depois - ser nomeado como sentido novo. Porém, na psicose, a técnica não é quebrar o sentido, mas marcar diferença. Diferença, certamente, não especular, mas significante, no discurso dirigido a quem – na transferência – se procura como papel para escrevê-la como letra.

Por isso, a diferença procurada não será entre sentido e sem – sentido, mas, entre Simbólico e Real por um lado, e Imaginário por outro, ou seja, cortar não o que seria a enunciação sintomática ou o gozo fálico, mas o lugar do gozo do Outro para propiciar, se possível, a enunciação significante do gozo fálico (isso, claro, na incerteza que implica a continuidade do Nó de Trevo) . Diferenciar entre Ter ou Ser ou – freudianamente – entre Juízo de Atribuição e Juízo de Existência.

.

7 LACAN, Jacques. Le Sinthome. 16/XII/1975.

(6)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

6 Em função disso proponho quatro modalidades de intervenção na psicose:

1) A Alternativa Lógica, como disjunção inclusiva ou excludente que, entre outros efeitos, provaria a possibilidade de suportar um corte, embora não seja no sentido.

2) A Pergunta, ou proposta de um relato que, entre outros efeitos, ao facilitar a construção de uma história, contribuiria para localizar o delírio.

3) A Pontuação, como mostra de uma letra já escrita e situada.

4) A Nomeação, para, no possível, substituir o significante da Metáfora Delirante com um Quarto Nó que permita, talvez, de alguma maneira, a diferenciação e articulação dos três registros. Embora, já que o Quarto Nó é nomear, e nomear é dar sentido, seria necessário diferenciar nomear de explicar. Por exemplo, a explicação que Melanie Klein dá ao pequeno Dick8 como injeções de sentido que podem virar mandatos superegóicos do sentido que pode ser construído a partir – depois – de uma nomeação.

Apenas um nomear que, como Traço Unário, logo depois possa permitir ao próprio sujeito situar-se numa série. O que de uma perspectiva lingüística seria constituir um shifter a partir de uma deixis, ou seja uma indicação.

Tudo isso procurando a cura, que no caso específico do delírio, seria sua localização, termo que prefiro ao ansiolítico e homeostático de “estabilização”.

Certamente, não são receitas técnicas. Porque na psicose, como na neurose, a psicanálise não opera no geral mas no particular. Mais especificamente, na partícula, no detalhe.

Assim é que - de uma perspectiva psicanalítica - não se escuta nem se intervém na Parafrenia, na Paranóia, no Automatismo Mental. Como na neurose, cada um é diferente. E acredito que essa diferença em relação ao geral constitui o Real da clínica – tanto da neurose como da psicose – que Lacan chamou de “impossível de suportar”, e que faz de cada intervenção um salto no vácuo do qual saberemos – somente depois – se a letra caiu no lugar certo.

E é essa, também, uma das diferenças entra a prática psiquiátrica e a prática analítica, opostamente ao que se diz na 2ª Internacional pós-lacaniana, a respeito de que a clínica analítica

“não possui outra clinica senão a psiquiátrica”9 . Ao contrário, podemos afirmar que a clínica

8 KLEIN, Melanie. La Importancia de la Formación de Símbolos en el Desarrollo del Yo.

Contribuciones al Psicoanálisis. Buenos Aires: Ed. Paidos. 1930.

9 MILLER, Jacques Alain. A Psicanalise e a Psiquiatria. Salvador: Editora Fator. Revista FALO. Nº 1.

Onde também se pode ler: “...a clínica fundamental é uma clínica psiquiátrica, inclusive para a psicanálise, que é uma herança dela...”

(7)

Escola Lacaniana da Bahia - E.L.B.A

7 analítica começa onde termina a psiquiátrica, que visa a classificação diagnóstica para incluir o particular no geral a partir do lugar do saber do psiquiatra.

Por isso, fazer ato dessas alternativas técnicas que proponho é, também, – de um jeito mais nítido que na neurose porque é mais evidente que uma letra está em jogo – uma prática de escritura. Escrita onde, na singularidade de cada um se marca a retórica, o estilo de cada analista inserido na superfície dos espaços que lhe oferece, por sua vez, o texto do Sujeito da Certeza.

Mas os enigmas persistem: na neurose o fim de análise implica o repetido atravessamento do fantasma, o des-ser do analista como des-encarnação do saber a ele atribuído, o que supõe passar pelo luto da inexistência do grande Outro como substância, por encontrar que apenas era semblante de uma ausência, objeto (a), ou seja sua dissolução. Mas no fim da análise com um psicótico, haveria dissolução do papel onde conseguiu escrever um traço reconhecido como próprio? E o fantasma, na psicose, poderia ser construído se o analista não pode ocupar o lugar de semblante de objeto (a), e a barra do sujeito tenta em vão reproduzir seu lugar num Outro não barrado? Na psicose, a queda do Outro seria coincidente com a possibilidade de construir um Quarto Nó?

Interrogações que – talvez como Exu – abrem caminhos.

Salvador, Bahia, I993 – 2.000

Referências

Documentos relacionados

Grupos SOP e Controle em relação à resposta à estimulação ovariana com gonadotrofinas (número de dias de estimu- lação, número de folículos entre 14 e 18 mm no dia de

A utilização do AMH como marcador de reserva ovariana apresenta uma série de vantagens em relação a outros marcadores, pois, sofre pouca influência de hormônios exógenos 28, 29

O CSI Brasil 2018 mostrou que 73% dos clientes de marcas de luxo tiveram o retorno do automóvel mais limpo enquanto apenas 55% dos consumidores de modelos de volume receberam,

As duas edições da Segunda Aritmética propõem a construção do sistema decimal pelo método de ensino intuitivo e a sistematização proposta, pelos autores, poderia ser

Diante das marcantes diferenças entre o desempenho econômico e competitivo desses dois territórios produtivos, cabe realizar aqui uma discussão um pouco mais detida acerca

Enquanto o portfolio de produtos da ,Ovo conta exclusiva- mente com peças criadas por Luciana e Gerson, o selo ,Ovo Public abre espaço também para uma nova e importante co-

Pensar intervenções para quem apresenta algum autismo é sempre delicado, uma vez que o psiquismo dessa criança pode mostrar algumas falhas em sua constituição, especial- mente no

Pommier (1990) afirma que existem dois mecanismos através dos quais um sujeito pode lidar com o desejo do Outro que o antece- de e que possibilita sua existência: o sintoma e