Projeto de Acessibilidade Virtual RENAPI/NAPNE
Julho de 2010
Conceito
A legislação brasileira atual considera os
educandos com altas
habilidades/superdotação aqueles que apresentam grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (BRASIL, 2001, Art. 5º, apud VIGOLIM, 2007, p.28).
Em suma, indivíduos com altas habilidades apresentam uma média superior à apresentada pela população em alguma área do desenvolvimento, podendo se superar em duas ou mais áreas.
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Tipos de altas habilidades
(RODRIGUES, 2010)
• Capacidade Intelectual Geral: alta capacidade de desenvolver o pensamento abstrato, muita curiosidade intelectual e um excepcional poder de observação.
• Aptidão Acadêmica Específica: concentração e motivação por uma ou mais disciplinas, alta pontuação em testes e desempenho excepcional na escola.
• Pensamento Criativo: destacam-se pela originalidade de pensamento, imaginação, capacidade de resolver problemas ou perceber tópicos de forma diferente e inovadora.
Tipos de Altas Habilidades
(RODRIGUES, 2010)
• Capacidade de Liderança: capacidade de resolver situações sociais complexas, poder de persuasão e de influência no grupo.
• Talento Especial para Artes: alto desempenho em artes plásticas, musicais, dramáticas, literárias ou cênicas, facilidade para expressar idéias visualmente, sensibilidade ao ritmo musical.
Tipos de Altas Habilidades
(RODRIGUES, 2010)
• Capacidade Psicomotora: a marca desses estudantes é o desempenho superior em esportes e atividades físicas, velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora fina e grossa.
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Características de Comportamento
(PROJETO ESCOLA VIVA 2002)
• Muitos aprendem a ler mais cedo que as demais crianças de sua idade, apresentando uma melhor compreensão da linguagem e vocabulário mais amplo;
• Geralmente aprendem habilidades básicas melhor, mais rápido, e com menor número de exercícios práticos;
• Têm menor aceitação de "verdades prontas", buscando os
"como" e os "porquê";
• Podem manter períodos de concentração e de atenção mais longos.
Características de Comportamento
(PROJETO ESCOLA VIVA 2002)
• Frequentemente apresentam uma energia aparentemente interminável, que às vezes conduz a um diagnóstico errôneo de
"hiperatividade";
• Eles podem preferir a companhia de crianças mais velhas e de adultos, ao invés da companhia de colegas da mesma idade;
• Eficientes no que se refere a tarefas e à solução de problemas;
• Exibem uma grande motivação para aprender, para descobrir ou para explorar, sendo muito persistentes;
• “Prefiro eu mesmo fazer" é uma atitude comum de pessoas superdotadas.
Características de Aprendizagem
(PROJETO ESCOLA VIVA,2002)
• Podem ler com bastante
independência, mostrando preferência por livros e revistas escritos para crianças mais velhas;
• Demonstram grande prazer na atividade intelectual;
• Apresentam capacidades bem desenvolvidas de abstração, de conceituação e de síntese;
• Frequentemente são céticas, críticas e avaliadoras. São rápidas na identificação de inconsistências;
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Características de Aprendizagem
(PROJETO ESCOLA VIVA, 2002)
• Elas podem rapidamente perceber semelhanças, diferenças e anomalias;
• Frequentemente abordam um material complexo, dividindo-o em seus componentes e analisando-os sistematicamente.
• As pessoas com altas habilidades podem se sobressair em apenas algumas áreas do conhecimento. Alguns possuem mais facilidade em cálculos e operações matemáticas, outras podem ter preferências por músicas, artes, ciências, dentre outros.
Diagnóstico
(ASPESI, 2007, p.45)
Algumas sugestões de estratégias serão fornecidas com o objetivo de nortear a ação do psicólogo nos programas de atendimento ao aluno com altas habilidades / superdotação:
• Avaliação psicológica.
• Conduzir grupos de atendimento psicoeducacional direcionados aos pais de alunos com altas habilidades/superdotação.
• Visitas periódicas à escola regular do aluno, com o objetivo de esclarecer dúvidas da comunidade escolar sobre estratégias de adaptação curricular, avanço de série e sobre características específicas do aluno.
Altas habilidades e as terminologias utilizadas
(VIRGOLIM, 2007, p.23)
• Precoce – habilidade específica desenvolvida em
qualquer área do
conhecimento (na música, na matemática, nas artes, na linguagem, nos esportes ou na leitura).
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Altas habilidades e as terminologias utilizadas
(VIRGOLIM, 2007, p.24) Mozart
• Prodígio – criança com habilidades a nível
profissional de um adulto.
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Altas habilidades e as terminologias utilizadas
(VIRGOLIM, 2007, p.27)
• Gênio – habilidades inatas, que contribuíram, de uma certa forma, para o desenvolvimento da humanidade.
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Causas
(ASPESI, 2007, p.43)
• Causas ambientais: estimulação
• Causas individuais: genética; problemas psicológicos do aluno, que podem evidenciar depressão, ansiedade, perfeccionismo ou baixa autoestima; algum transtorno de aprendizagem, déficit de atenção ou desorganização.
Principais consequências
FLEITH, Denise de Souza (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: volume 3: o aluno e a família - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007, p.43.
Outros transtornos associados
• Dificuldade de aprendizagem
• Síndrome de Asperger
• Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade -TDAH
Pessoas famosas
Albert Einstein
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Pablo Picasso
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Tratamento
(GAMA, 2007, p.65)
• Oferecer atividades educacionais diferentes daquelas que são oferecidas a seus pares, na área da precocidade.
• Aumentar os desafios através de jogos de lógica, de leitura ou outros ligados à área da precocidade.
• Possibilitar o envolvimento e a interação dos pais com a escola, para diminuir o impacto das demandas que a criança com altas habilidades/
superdotação impõe aos profissionais da escola.
Como trabalhar – uso da matemática
(ASPESI, 2007, p.37)
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• Utilizar materiais concretos e fatos da vida cotidiana que contribuam para a abstração e utilização dos numerais.
• Utilização de jogos que envolvam o raciocínio lógico.
Como trabalhar – uso da linguagem
(ASPESI, 2007, p.37)
• Explicações claras com termos adequados.
• Estimulação da linguagem oral e escrita através da leitura de livros, revistas, dicionários, escrita de cartas, cartões entre outros.
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Como trabalhar – uso da linguagem
(ASPESI, 2007, p.37)
• Promover jogos que envolvam raciocínios sobre o uso da linguagem, como: criar rimas, memorizar poemas, soletrar palavras, lembrar o maior número de palavras iniciadas com a mesma letra e que pertençam à mesma categoria, inventar histórias que contenham determinadas palavras, etc.
Como trabalhar –
pensamento científico
(ASPESI, 2007, p.38)
• Montar e desmontar eletrodomésticos.
• Incentivar a observação dos fenômenos da natureza.
• Incentivar o uso dos sentidos (tato, audição, paladar, visão e olfato) para perceber as
características do que está a seu redor.
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Vídeos/filmes relacionados
•Gênio Indomável (Filme)
•Little man Tate – Mentes que Brilham (1991)
(Filme)
• Uma Mente Brilhante – A Beautiful Mind (Filme)
•Altas Habilidades (Vídeo)
<http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/d efault.asp?lnk=PROF-RAQUEL-TEIXEIRA- PSDB-GO-PROF-ANGELA-VIRGOLIM-UNB- E-RENATA-MAIA-PESQUISADORAALTAS- HABILIDADES-BL-1-1ª-
PARTE&selecao=MAT&materia=70276&progra ma=7&velocidade=100K >. Acesso em: 27 jul.2010.
http://2.bp.blogspot.com/_- t5KLSuC84o/S5UGEE0eueI/AA AAAAAAAFI/F92000lXYZE/s320
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http://blog.educacional.co m.br/altas_habileduc/
http://www.lendo.org/21-filmes- em-que-a-educacao-e-um-tema-
criativo/
Referência
ASPESI, Cristina de Campos. A Família do Aluno com Altas
Habilidades/Superdotação. In: FLEITH, Denise de Souza (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas
habilidades/superdotação: volume 3: o aluno e a família - Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.
GAMA, Maria Clara Sodré S. Parceria entre família e escola. In: FLEITH, Denise de Souza (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: volume 3: o aluno e a família - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.
PROJETO ESCOLA VIVA - Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais: Identificando e atendendo as necessidades educacionais
especiais dos alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2002.
Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000452.pdf>.
Acesso em: 20 jan. 2010.
Referência
RODRIGUES, Cinthia. Como atender alunos com altas habilidades. In:
Revista Nova Escola. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/altas- habilidades-489225.shtml>. Acesso em: 21 mar. 2010.
VIRGOLIM, Angela M. R. Altas habilidade/superdotação: encorajando potenciais- Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/altashab1.pdf>. Acesso em: 27 jul.2010.