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Palavras-Chave: Física para deficientes auditivos, Ensino de Física, Currículo Mínimo Estadual.

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Academic year: 2021

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RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE FÍSICA PARA

DEFICIENTES AUDITIVOS COM CONTEÚDOS DO CURRÍCULO

MÍNIMO ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO DO 2

O

ANO DO

ENSINO MÉDIO

Adriana Oliveira Bernardes1, Adriana Ferreira de Souza2

1UENF (Universidade do Norte Fluminense), 2CEFET-UNED NOVA FRIBURGO

Resumo:

A própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases) ratifica a importância em se manter o aluno com deficiência “preferencialmente” em sala de aula regular, vivenciamos um período conturbado em que o próprio Ensino de Ciências no Brasil passa por uma crise na qual os próprios alunos “ditos normais” enfrentam sérias dificuldades de aprendizado e encaram muitas das vezes as disciplinas da área de exatas de forma “negativa”. Este trabalho além de promover a discussão escolar da questão da deficiência, incentivando a aproximação entre alunos com e sem deficiência e articula também um envolvimento maior entre professor, intérprete e aluno.

Foram então elaborados recursos visuais para deficientes auditivos, para o 2o ano do Ensino

Médio, de acordo com o Currículo Mínimo Estadual de Física, onde não só criamos recursos didáticos que poderiam ser utilizados pelos mesmos, como também por alunos ditos “normais” em turmas regulares de ensino.

Palavras-Chave: Física para deficientes auditivos, Ensino de Física, Currículo Mínimo

Estadual.

Introdução

Lenta e gradualmente os indivíduos que nascem com necessidades especiais vêm galgando espaços na sociedade, mas observando a história dos mesmos na sociedade:

Notamos, ao pesquisar a História da Educação Especial, que esta passou por várias fases desde a Antiguidade aos dias atuais: da negação ao paradigma da inclusão. Podemos dizer que demos um grande passo de lá para cá, mas há que se pensar que a ideia de inclusão, por si só, não nos basta; há que se cumprir esse novo paradigma, no sentido de oferecer ao aluno dentro da escola um ensino que colabore verdadeiramente para seu desenvolvimento, seja ele “normal” ou deficiente. (BERNARDES, 2012)

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Em meio as dificuldades verificadas no Ensino de Ciências no Brasil, em particular no Ensino de Física, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) ratifica a presença do aluno com deficiência na escola, frequentando preferencialmente, turmas de ensino regulares. Segundo BERNARDES (2012): “Na escola inclusiva, não podemos deixar de fora nenhum indivíduo que faça parte da diversidade de pessoas que compõem hoje a humanidade, pois todos podem e devem fazer parte dela”.

Surge então a necessidade de um trabalho no sentido de oferecer a esse aluno, recursos que colaborem para uma aprendizagem significativa da Física.

Alunos com deficiência auditiva , segundo senso do IBGE representam 16,7% da população.

Segundo os PCNs é importante o desenvolvimento de materiais, entre outros: “softwares educativos específicos, textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão, linguagem gestual e de sinais.

Em relação aos materiais didáticos:

“Pesquisas em Educação Especial mostram a falta de material didático apropriado, acessível ao professor que recebe em sua turma alunos que apresentam algum tipo de necessidade especial...” (BERNARDES, 2010)

Objetivos do Trabalho:

 Discutir a questão da deficiência na escola; Compreender as dificuldades para o aprendizado de Física para alunos com deficiência auditiva; Elaborar recursos visuais para o ensino de Física para deficientes auditivos.

Metodologia:

A primeira etapa do trabalho envolveu o contato com alunos e professores da sala de recursos do Colégio Estadual Canadá. No qual foi quantificado o número de alunos, idade, sexo, série, além da sondagem dos recursos didáticos existentes para deficientes auditivos.

O contato foi realizado pelo grupo do PIBID, graduandos em Física, presentes na escola com o objetivo de acompanhar o trabalho do professor.

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Na segunda etapa do trabalho foi realizada um trabalho de sensibilização dos alunos em relação a questão da deficiência auditiva com o objetivo de uma melhor convivência com as diferenças na escola.

Foi apresentado então, uma palestra sobre o tema inclusão da qual participaram todos os alunos do Ensino Médio. A ideia era levar a discussão do assunto para toda comunidade escolar: alunos, professores e funcionários.

Foi então iniciado um trabalho na escola, a partir dos depoimentos de intérpretes e alunos com deficiência auditiva, foram sondadas as principais dificuldades encontradas na escola de modo geral e as que concernem ao ensino de Física.

Após foram aplicados questionários aos alunos da escola sobre questões relacionadas a deficiência, verificando as questões envolvidas ao relacionamento entre o aluno DA e os alunos ditos normais.

A pesquisa quantitativa também foi realizada com professores e intérpretes.

Habilidades e competências do Currículo Mínimo Estadual de Física, 2º ano do Ensino Médio

Compreender fenômenos naturais ou sistemas tecnológicos, identificando e relacionando as grandezasenvolvidas. - Conhecer a natureza das interações e a dimensão da energia envolvida nas transformações nucleares para explicar seu uso em, por exemplo, usinas nucleares, indústria, agricultura ou medicina.

- Compreender que a energia nuclear pode ser obtida por processos de fissão e fusão nuclear. - Compreender as transformações nucleares que dão origem à radioatividade para reconhecer sua presença na natureza e em sistemas tecnológicos.

- Compreender que o Sol é a fonte primária da maioria das formas de energia de que dispomos. - Identificar que a energia solar é de origem nuclear.

- Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de ciência, tecnologia e sociedade. - Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas.

- Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e/ou destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou

Elaboração de Materiais no Powerpoint e Prezi

O trabalho constituiu-se na produção de recursos: textos e vídeos com experiências legendados. Em relação ao trabalho no Powerpoint sabemos que grande número de publicações hoje, avaliam o impacto de sua utilização na escola.

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O motivo da escolha do uso do Powerpoint o fato do grupo saber lidar com o mesmo e ser de fácil utilização.

Na figura 1 abaixo, material elaborado no Powerpoint:

Figura 1 – Exemplo de material criado no Powerpoint.

Em relação ao Prezi em (2013) temos que: “Como ferramenta de educação, o Prezi pode ser uma excelente forma de criar novas formas de aprender e ensinar de forma

colaborativa. O PREZI é um software utilizado para a criação de apresentações não lineares, que pode substituir o Power Point. O mesmo somente pode ser utilizado online (utilizando internet).

O programa apresenta algumas vantagens como: Não se limita ao espaço retangular dos slides Liberdade de organizar o conteúdoFoge do padrão já fixado dos slides do Power Point Crie apresentações mais dinâmicas e interativas

Como o currículo mínimo é centrado no aprendizado embasado pela história da ciência, o material produzido conta marcadamente com a ajuda da história da física para reforçar o entendimento da matéria.

A aplicação do material vem ocorrendo na escola, tratando-se o mesmo de material inclusivo, passível de ser utilizado tanto em turmas de Educação Especial e regulares.

Pesquisa Qualitativa

Através de pesquisa qualitativa foram obtidos depoimentos dos intérpretes e deficientes auditivos sobre as dificuldades gerais.

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O material se encontra no momento sendo avaliado por alunos com deficiência auditiva, professores de Física e intérpretes.

Resultados:

A intervenção na escola foi realizada através de palestras apresentadas aos alunos que os levaram a refletir sobre a questão da deficiência e a convivência dos colegas com deficiência auditiva.

O material didático elaborado com ênfase em aspectos visuais foi elaborado no Microsoft Powerpoint, Prezi e no Windows Movie Maker. E conta com: Textos; Imagens; Animações;Vídeos.

A pesquisa qualitativa preliminar realizada com os intérpretes e alunos com DA apresentou os seguintes depoimentos:

“O aluno com DA necessita de recursos visuais e normalmente o que ocorre, são informações transcritas na louça, o que dificulta em termos de imagens por exemplo”. “No caso da Física, nem sempre o intérprete consegue passar exatamente o que o professor está ensinando, pois ele também tem dificuldades de entender o que o professor quer passar.”

“Para nós é importante o diálogo com o professor, mas nem sempre ele está disposto a discutir o que poderia melhorar o aprendizado do aluno com DA”.

Alunos com DA:

“Nem sempre conseguimos entender o que a intérprete está passando no caso da Física, pois ela diz também ter dificuldade de entender. As vezes discutimos a matéria, mas não conseguimos entender”.

“Seria muito importante que fosse criado um material que pudesse ajudar a entender a Física”.

“Entre as disciplinas que tenho mais dificuldades está a Física, a Química e a Matemática”.

Conclusões:

A elaboração dos materiais foram benéficas para os alunos e aproximou a questão da deficiência da sala de aula e a discussão sobre o direito ao aprendizado de todo aluno. Em relação aos depoimentos dos intérpretes que atuam junto aos alunos Das e professores em sala de aula, notamos que os mesmos admitem ter dificuldade em passar para os alunos a explicação da disciplina Física. O mesmo também aborda a questão da

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dificuldade com a matéria apenas transcrita na lousa, além da dificuldades de diálogo entre este e o professor.

Em relação aos depoimentos dos alunos verificamos que este apresenta dificuldades na disciplina, que vem também da dificuldade do intérprete com a disciplina. É também colocada a dificuldade em disciplinas da área de exatas.

Estes depoimentos mostram a importância em se oferecer ao aluno um material com o qual possa ser auxiliado em seu processo de aprendizado.

Os materiais produzidos já foi disponibilizado e estão em processo de avaliação por: deficientes auditivos, professores de Física e intérpretes.

Referências

BERNARDES, A.O. Discutindo a questão da deficiência.

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/suavoz/0150.html

.BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Brasília, MEC, 1996.

BRASIL. Inep. Censo Escolar, 2006. Disponível em:

http://www.inep.gov.br/basica/censo/default.asp. Acesso em: 20 jan. 2007.

BRASIL. MEC. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais, Adaptações Curriculares. Disponível em: http://www.educacaoonline.pro.br/adaptacocurriculares.asp. Acesso em: 27 set. 2008.

Declaração de Salamanca. In: Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidade educativas especiais. Salamanca: Unesco/Ministério da Educação e

Ciência, 07-10/06/1994. Conferência mundial sobre necessidades educativas especiais: acesso e qualidadeDELORS. Jacques (coord.). Educação: um tesouro a

descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o

século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC/Unesco, 1980. cap. 4, p. 89-102. MANTOAN, M. T. E. Ensinando à turma toda as diferenças na escola. Pátio revista

pedagógica, ano V, n. 20, fev./abr. 2002, p. 18-23.

MANTOAN, M. T. E. Caminhos pedagógicos da inclusão. 2002. Disponível em http://www.educacaoonline.pro.br. Acesso em: 20 nov. 2008.

MARTINS, L. A. R. et al. (orgs). Inclusão: compartilhando saberes. Petrópolis: Vozes, 2006.

PERRENOUD, P. 10 novas competências para ensinar. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2000

Referências

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