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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA GADO DE CORTE

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EMBRAPA GADO DE CORTE

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS

IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS

GERADAS PELA EMBRAPA GADO DE

CORTE

Nome da tecnologia:

Estilosantes Campo Grande (Stylosanthes capitata e Stylosantes

macrocephala)

Ano base da avaliação: 2012

Equipe de Avaliação:

Edson Espíndola Cardoso Fernando Paim Costa Mariana de Aragão Pereira

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TECNOLOGIA

1.- IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título:

Estilosantes Campo Grande (Stylosanthes capitata e Stylosantes macrocephala)

1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU:

Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio

1.3. Descrição Sucinta:

O Estilosantes Campo Grande é uma mistura física de sementes de duas espécies do gênero Stylosanthes e se destaca por ser uma alternativa para uso em banco de proteínas, em consorciação com gramíneas e, principalmente, pela sua capacidade de fixar nitrogênio no solo (até 180 kg/ha/ano), reduzindo gastos com adubação. Produz boa quantidade de sementes (de 200 a 400 kg) e tem alta capacidade de ressemeadura natural, o que garante sua persistência. A colheita da semente pode ser mecanizada, usando a colheitadeira de soja adaptada. Do ponto de vista produtivo, produz até 14 t/ha/ano de matéria seca, com alto teor protéico (18 a 22% superior à gramínea), boa digestibilidade e palatabilidade. Possui alta resistência à antracnose, doença que causa grandes prejuízos à pastagem.

1.4. Ano de Lançamento: 2000 1.5. Ano de Início de adoção: 2001 1.6. Abrangência: Nordeste: BA Norte: TO Centro-Oeste: GO, MS, MT Sudeste: MG, SP 1.7. Beneficiários:

Os principais beneficiários são os pecuaristas, que além de propiciarem aos seus animais uma dieta de melhor qualidade (maior teor protéico), conseguem reduzir custos com adubação nitrogenada, já que a leguminosa tem capacidade de fixar o nitrogênio ao solo. Além disso, os produtores e comerciantes de sementes são beneficiados pela diversificação do seu portfolio de produtos.

2.- IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA:

Os beneficiários diretos do uso do Estilosantes Campo Grande são os pecuaristas, que ao introduzirem essa leguminosa no sistema de produção observam melhor desempenho animal e conseguem reduzir a demanda por fertilizantes nitrogenados. Esse último tem impacto negativo em empresas que comercializam fertilizantes nitrogenados, visto que há redução na demanda por esse nutriente.

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O setor sementeiro também se beneficiou pois tem buscado novas alternativas para ofertar ao produtor rural, seja ampliando seu leque de produtos seja embutindo atributos de qualidade nas sementes disponíveis no mercado (tratamentos de sementes) para a atuar em nichos específicos. As empresas do setor sementeiro que incluiram o Estilosantes Campo Grande em seu portfólio vinham auferindo bons resultados econômicos até 2008 quando houve morte de bovinos devido ao mal uso dessa leguminosa. A demanda caiu bruscamente e o reflexo no preço da semente foi imediato: de 23 reais por quilo passou para 9,00 Reais/kg em 2012. O mercado vem se recuperando lentamente, à medida que os produtores eliminam os riscos do uso indevido do Estilosantes Campo Grande e cresce a confiança nos resultados oriundos de sua utlização.

3.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS 3.1- Avaliação dos Impactos Econômicos

3.1.1.- Impacto sobre a Produtividade (Incremento de Produtividade) Tabela Aa - Ganhos Líquidos Unitários

Rendim. Rendim. Preço Custo

Unidade de anterior atual unit. adicional Ganho unit. medida kg vivo/UM kg vivo/UM R$/UM R$/UM R$/UM Ano UM (A) (B) (C) (D) E=(B-A) x C-D 2001 ha 185 235 1,31 54,00 11,50 2002 ha 185 235 1,47 45,00 28,26 2003 ha 185 235 1,77 36,00 52,60 2004 ha 185 235 1,88 45,00 49,05 2005 ha 185 235 1,66 45,00 37,95 2006 ha 185 235 1,75 69,00 18,39 2007 ha 185 235 1,81 69,00 21,35 2008 ha 185 235 2,66 69,00 64,10 2009 ha 185 235 2,42 69,00 52,00 2010 ha 185 235 2,58 69,00 60,07 2011 ha 185 235 2,58 69,00 60,07 2012 ha 185 235 2,84 27,00 114,98

Tabela Ba - Benefícios Econômicos na Região

Ganho líquido Benefício Participação Embrapa Unidade de Área de econômico Embrapa (%) R$/UM medida adoção (UM)* R$ Ano (F) G=(E x F) UM (H) I=(G x H) 2001 70% 8,05 ha 9.000 72.471,62 2002 70% 19,78 ha 19.480 385.385,35 2003 70% 36,82 ha 73.680 2.712.986,63 2004 70% 34,33 ha 130.280 4.472.881,15 2005 70% 26,57 ha 165.280 4.391.227,65 2006 70% 12,87 ha 200.280 2.578.441,02 2007 70% 14,94 ha 600.000 8.966.815,20 2008 70% 44,87 ha 1.001.861 44.956.496,86

(4)

2009 70% 36,40 ha 1.001.861 36.470.461,59 2010 70% 42,05 ha 1.001.861 42.127.818,44 2011 70% 42,05 ha 1.001.861 42.127.818,44 2012 70% 80,48 ha 1.700.000 136.823.677,20

3.1.2.- Impacto sobre os Custos (Redução de Custos) Tabela Ab- Ganhos Unitários de Redução de Custos

Unidade de Custo anterior -

R$/UM Custo atual - R$/UM Economia obtida - R$/UM medida Ano UM A B C = (A - B) 2001 ha 69,33 0,00 69,33 2002 ha 69,33 0,00 69,33 2003 ha 69,33 0,00 69,33 2004 ha 69,33 0,00 69,33 2005 ha 112,00 0,00 112,00 2006 ha 98,00 0,00 98,00 2007 ha 140,00 0,00 140,00 2008 ha 146,67 0,00 146,67 2009 ha 100,00 0,00 100,00 2010 ha 102,40 0,00 102,40 2011 ha 102,40 0,00 102,40 2012 ha 146,67 0,00 146,67

Tabela Bb- Benefícios Econômicos na Região

Participação

Embrapa - % Embrapa - R$/UMGanho líquido Unidade de medida Área de adoção - UM Benefício econômico - R$ Ano (D) E = (C x D) UM (F) G = (E x F) 2001 70% 48,53 ha 9.000 436.800,00 2002 70% 48,53 ha 19.480 945.429,33 2003 70% 48,53 ha 73.680 3.575.936,00 2004 70% 48,53 ha 130.280 6.322.922,67 2005 70% 78,40 ha 165.280 12.957.952,00 2006 70% 68,60 ha 200.280 13.739.208,00 2007 70% 98,00 ha 600.000 58.800.000,00 2008 70% 102,67 ha 1.001.861 102.857.739,60 2009 70% 70,00 ha 1.001.861 70.130.277,00 2010 70% 71,68 ha 1.001.861 71.813.403,65 2011 70% 71,68 ha 1.001.861 71.813.403,65 2012 70% 102,67 ha 1.700.000 174.533.333,33

3.2.- Análise dos impactos econômicos:

A introdução da leguminosa Estilosantes Campo Grande em pastagens de B.

decumbens tem benefícios econômicos que se manifestam de duas formas: no

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vivo por ha, contra 185 de um pasto em monocultivo, gerando um acréscimo de 50 kg no produto; na redução dos custos, em que o impacto é maior, visto que, por fixar nitrogênio ao solo (cerca de 60 kg de N/ha/ano), reduz a demanda por esse nutriente via fertilizante. Ao aumento da produtividade correspondeu, em 2012 um benefício líquido de aproximadamente R$ 137 milhões; já a fixação de nitrogênio representou, nesse mesmo ano, um benefício líquido em torno de R$ 175 milhões, oriundos de uma área em torno de 1,7 milhão de hectares plantados atualmente com esta forrageira. O benefício agregado foi portanto de cerca de 311 milhões de reais.

O expressivo aumento no impacto econômico da forrageira deveu-se a diversos fatores: acréscimo de 10% no preço do boi; aumento no preço da uréia em mais de 50%, o que causou forte efeito no benefício advindo da substituição do adubo pela leguminosa; e, redução no preço da semente da leguminosa, o que reduziu o custo de implantação do consórcio leguminosa-gramínea. O aumento na área plantada, em relação ao ano anterior, deveu-se ao fator de correção usado para atualizar as áreas de adoção, visto que, desde 2008 o registro vem sendo repetido por falta de dados confiáveis. Muitas áreas plantadas com o Estilosantes Campo Grande foram descontinuadas dadas as mortes de bovinos por mal uso da tecnologia e outras simplesmente não persistiram devido ao manejo inadequado. Assim sendo, na estimativa de área plantada considerou-se apenas a produção de sementes de 2009 a 2012, descontadas a exportação (10%) e a quebra na produção/plantio (10%), o que possibilitaria o plantio de 1,7 milhão de hectares de Estilosantes nesse período. Estima-se que apenas 81,2 mil hectares tenham sido efetivamente plantados em em 2012 .

3.3. – Fonte de dados:

Anos anteriores a 2009:

Estado de Mato Grosso: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA - Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFA/MT - Serviço de Fiscalização Agropecuária - SEFAG/DT/SFA/MT

Estado de Minas Gerais: Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFA/MG

Estado de São Paulo: Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFA/SP

Estado de Mato Grosso do Sul: Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFA/MS

2010:

Embrapa Gado de Corte. Uso correto do estilosantes-campo-grande em pastagens consorciadas (Nota Técnica) Disponível em:

<http://www.cnpgc.embrapa.br/NotaTecnicaEstilosantes.pdf> Acesso em : 04 jan. 2010.

Unipasto – Marcos Roveri José – Diretor executivo (informação pessoal).

4.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos:

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4.1.1.Tabela - Impactos sociais – aspecto emprego

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Capacitação Sim 4,8

Oportunidade de emprego local qualificado Sim 2,6 Oferta de emprego e condição do trabalhador Sim 1,5 Qualidade do emprego Não 0

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ).

No setor de produção de sementes, o impacto quantitativo na geração de empregos foi pequeno, uma vez que parte dos campos de produção ocupada com outras espécies forrageiras foi destinada à produção do Estilosantes Campo Grande, alterando pouco a demanda por novas contratações para esse tipo de serviço. Entretanto, em virtude da maior tecnificação do sistema de produção de sementes, abriu-se espaço para contratação de profissionais especializados e técnicos de nível superior. Na fazenda pecuária, foram abertas novas oportunidades para mão-de-obra qualificada (tratoristas, por exemplo), normalmente supridas por pessoal da própria região.

4.1.2. Tabela - Impactos sociais – aspecto renda

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Geração de Renda do estabelecimento Sim 5 Diversidade de fonte de renda Sim 0 Valor da propriedade Sim 2,5

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal (médio e grande comercial)

O uso de estilosantes Campo Grande permite a redução de custos de produção com reflexo importante na rentabilidade do sistema produtivo. Os riscos associados à produção são reduzidos, pois a pastagem consorciada é mais sustentável. Além da redução de custos, favorece o crescimento das gramíneas a ele associadas. Por melhorar consideravelmente as condições físico-químicas e biológicas dos solos, com efeito em sua fertilidade, resulta em incremento do valor da propriedade rural.

4.1.3. Tabela - Impactos sociais – aspecto saúde

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Saúde ambiental e pessoal Não 2,2 Segurança e saúde ocupacional Não 0 Segurança alimentar Sim 0,6

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Os impactos de novas forrageiras no aspecto saúde, no âmbito do setor de produção de sementes, são irrisórios, e portanto não afetam o índice aqui calculado. Por outro lado, o estilosantes contribui para aumentar a segurança alimentar, na medida em que uma maior oferta de carne reduz os riscos de desabastecimento.

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4.1.4. Tabela - Impactos sociais – aspecto gestão e administração

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Dedicação e perfil do responsável Sim 1,0 Condição de comercialização Não 1,5 Reciclagem de resíduos Não 0 Relacionamento institucional Sim 4,5

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

A introdução desta leguminosa tem efeitos significativos sobre a gestão da propriedade rural, visto que requer um pacote mais aprimorado de controle e acompanhamento de resultados. O nível técnico mais elevado induz a maior capacitação de pessoal, tanto em nível operacional quanto gerencial. Como consequência disso, maior intercâmbio institucional se faz necessário. O advento do estilosantes aumentou ações de propaganda, bem como o encadeamento entre os elos da cadeia produtiva, como exigência e resultado das ações de marketing realizadas.

4.2.- Análise dos Resultados

Do ponto de vista social, o lançamento da leguminosa Estilosantes Campo Grande representou um marco para a pecuária visto que o refinamento técnico exigido em seu manejo (consórcio com gramíneas) induziu o incremento na capacitação desde o funcionário de campo, passando pelo gerente/técnico responsável, incluindo o pecuarista. Somado a essa exigência maior, o processo de tomada de decisão mais frequente na condução da pastagem consorciada resultou em maior dedicação do pecuarista à atividade, o que, indiretamente, contribuiu para a melhoria do desempenho gerencial. Acredita-se que a utilização desta leguminosa, seguindo os preceitos do "ecologicamente correto", permitirá num futuro próximo a valorização da empresa rural perante o setor pecuário, desde que corrigidos os problemas de mal manejo. A maior demanda por conhecimento técnico-científico sobre o estilosantes favoreceu o relacionamento entre pecuaristas e prestadores de serviços, tais como vendedores da iniciativa privada, profissionais autônomos/consultores, extensionistas e pesquisadores.

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral

1,8

4.3.- Impactos sobre o Emprego

Não há dados disponíveis para quantificar o emprego gerado.

Número de empregos gerados ao longo da cadeia:

-4.4. – Fonte de dados:

As informações inseridas na planilha Ambitec-social foram obtidas em painel realizado em 18/12/2009 na Embrapa Gado de Corte, do qual participaram 19 informantes qualificados (técnicos - assistência técnica e pesquisa, produtores rurais

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e empresários do setor de sementes de forrageiras). A visão desses informantes abrange uma extensa área geográfica, sem especificação de municípios. Acredita-se não ter havido mudança significativa nessas análises, que, portanto, permaneceram inalteradas.

5.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1.- Avaliação dos impactos ambientais

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( x ) sim ( ) não. 5.1.1.- Alcance da Tecnologia

A bovinocultura é desenvolvida em todas as regiões do Brasil, sendo a mais representativa, quando se fala em ocupação das áreas de pastagens. Estima-se que existam cerca de 200 milhões de hectares de pastagem, dos quais 115 milhões são pastagens cultivadas. No entanto, considerando as características da planta e suas exigências quanto à textura de solo (recomenda-se os de textura arenosa a média), potencialmente, o Estilosantes Campo Grande poderia ser cultivado na região dos Cerrados (Brasil Central), que possui cerca de 50 milhões de hectares. Atualmente, a área de adoção desta leguminosa está em torno de 1,7 milhão de hectares.

5.1.2.- Eficiência Tecnológica

Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou

materiais Sim 1,0

Uso de energia Sim -0,5 Uso de recursos naturais Sim -0,1

Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

A grande contribuição do Estilosantes Campo Grande ao sistema de produção é a sua capacidade de fixar nitrogênio ao solo, reduzindo a demanda por fertilizantes nitrogenados, além de influenciar positivamente a qualidade da gramínea com a qual se associa. O estilosantes então contribui para reduzir o uso de insumos químicos (adubo). Ao mesmo tempo, há certo aumento no consumo de óleo diesel, usado na operação agrícola de semeadura, quando essa ocorre em área já estabelecida com gramíneas. Quanto ao uso de recursos naturais: o estilosantes pode potencialmente reduzir a área ocupada com pastagens, uma vez que aumenta a capacidade de suporte das mesmas, ao mesmo tempo em que leva a um maior consumo de água pelos animais.

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5.1.3.- Conservação Ambiental

Tabela 5.1.3.1 – Conservação Ambiental para AMBITEC Agro

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Atmosfera Não Capacidade produtiva do solo Não

Água Não

Biodiversidade Não

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Tabela 5.1.3.2 – Conservação Ambiental para AMBITEC Agroindústria

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Atmosfera Não Geração de resíduos sólidos Não

Água Não

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Tabela 5.1.3.3 – Conservação Ambiental para AMBITEC Produção Animal

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Atmosfera Sim 2,0

Capacidade produtiva do solo Sim 9,0

Água Sim 2,0

Biodiversidade Sim 0,3

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

O Estilosantes Campo Grande contribui para reduzir a produção de gases de efeito estufa porque torna a digestão do bovino mais eficiente, dado o maior valor nutritivo da dieta com leguminosa. Além disso, favorece a redução da poluição do ar pois diminuem as queimadas (pasto mais verde na seca) e aumenta a cobertura do solo, que reduz a ação dos fortes ventos da estação seca. Tendo em vista que essa leguminosa tem sido usada tanto na reforma de pastagens degradadas (introdução da semente sobre a gramínea) quanto na formação de novas pastagens (em consorciação com gramíneas), sua contribuição tem sido significativa seja por propiciar cobertura vegetal em solos degradados ou por favorecer a sustentabilidade do pasto, respectivamente. Em ambos os casos, esta forrageira é capaz de reduzir a erosão laminar, a perda de matéria orgânica e nutrientes, e consequentemente o assoreamento dos rios. Além disso, há indícios que seu sistema radicular profundo permita uma maior permeabilidade dos solos. O estilosantes contribui também, mesmo que de forma moderada, com a redução da perda de espécies/variedades caboclas, visto que é, ela mesmo, uma espécie nativa adaptada às condições naturais.

(10)

5.1.4.- Recuperação Ambiental

Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Recuperação Ambiental Sim 0,8

*’Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

Como mencionado anteriormente, sua capacidade de melhorar a qualidade física, química e biológica do solo, por meio da fixação do nitrogênio e da redução da erosão, contribui tanto para a recuperação de solos degradados quanto de ecossistemas em degradação, neste caso por ser uma espécie nativa do ecossistema natural.

5.1.5.- Qualidade do Produto

Tabela 5.1.5.1. – Qualidade do Produto

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (*) Média Geral

Qualidade do produto Não

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

5.1.6.- Capital Social

Tabela 5.1.6.1. – Capital Social

Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Capital Social Não

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

5.1.7. – Bem-estar e saúde do animal

Tabela 5.1.7.1. – Bem-estar e saúde do animal

Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Tipo 1 (*)Média Tipo 2 (**)Média MédiaGeral

Bem-estar e saúde do animal Não

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

5.2.- Índice de Impacto Ambiental

Diante dos resultados positivos (coeficiente final de 1,33), fica evidente que a maior contribuição da tecnologia se dá no âmbito da capacidade produtiva do solo, o que talvez seja o aspecto mais importante desta análise. Este indicador tem relação

(11)

Há melhoria no solo, na qualidade da água (menor assoreamento) e do ar, na composição bromatológica das gramíneas e, ao mesmo tempo, no ganho de peso animal.

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral

1,33

5.3. – Fonte de dados

As informações inseridas na planilha Ambitec-social foram obtidas em painel realizado em 18/12/2009 na Embrapa Gado de Corte, do qual participaram 19 informantes qualificados (técnicos - assistência técnica e pesquisa, produtores rurais e empresários do setor de sementes de forrageiras). A visão desses informantes abrange uma extensa área geográfica, sem especificação de municípios. Acredita-se não ter havido mudança significativa nessas análises, que, portanto, permaneceram inalteradas.

6.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL

7.- AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS

A adoção do Estilosantes Campo Grande vinha se dando com altas taxas de crescimento anuais até o ano de 2009, quando ocorreram problemas na usa utilização, pois a ingestão de ECG em proporções superiores à recomendada, pode predispor a formação de fitobezoares (estruturas arredondadas de resíduos de fibras vegetais compactadas) nos compartimentos digestivos dos bovinos que, em caso de obstrução, pode levar o animal ao óbito. O fato impactou negativamente o mercado dessa forrageira e a sua demanda caiu vertiginosamente. Este problema, no entanto, é contornável pelo uso correto do estilosantes-campo-grande em pastagens consorciadas, e orientação nesse sentido vem sendo divulgada pela Embrapa Gado de Corte (Embrapa Gado de Corte, [s.d.]). O mercado tem se recuperado lentamente e os benefícios devem aumentar nos próximos anos. Outro reflexo notável da expansão do uso desta leguminosa é o incremento no nível de capacitação, desde os funcionários de campo até os gerentes e técnicos.

8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1 - Estimativa dos Custos

Tabela 8.1.1. – Estimativa dos custos

Ano Custos de

Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital AdministraçãoCustos de Transferência Custos de Tecnológica

Total

1991 119.039 15.712 3.663 48.088 0 186.502 1992 119.039 15.712 3.663 48.088 0 186.502

(12)

1993 119.039 15.712 3.663 48.088 0 186.502 1994 119.039 15.712 4.262 49.188 0 188.202 1995 119.039 15.712 4.262 49.188 0 188.202 1996 119.039 15.712 4.262 49.188 0 188.202 1997 119.039 15.712 4.262 49.188 0 188.202 1998 119.039 15.712 5.037 49.188 0 188.977 1999 109.516 15.712 5.037 49.188 0 179.454 2000 0 0 0 0 7.856 7.856 2001 0 0 0 0 7.856 7.856 2002 0 0 0 0 7.856 7.856 2003 0 0 0 0 7.856 7.856 2004 0 0 0 0 7.856 7.856 2005 0 0 0 0 7.856 7.856

8.2 - Análise dos Custos

A metodologia utilizada no cálculo dos custos é a mesma que foi adotada para as demais cultivares. Seu custo estimado, aproximadamente de R$1,7 milhão, já foi compensado logo nos primeiros anos pós-lançamento. As perspectivas de utilização desta leguminosa são potencialmente enormes, assim como o impacto econômico que ela deve vir a gerar.

9 – AÇÕES SOCIAIS

Por proporcionar incrementos na produtividade, contribui para a segurança alimentar.

10 - BIBLIOGRAFIA

FERNANDES, C.D. et al. Regional evaluation of Stylosanthes germplasm in Brazil. Estilosante com sinônimo de lucro. Revista da ABCZ, julho/agosto, 2003. p.64 - 70.

Embrapa Gado de Corte, 2000. Estilosantes Campo Grande - estabelecimento, manejo e produção animal. Campo Grande, Embrapa Gado de Corte. Comunicado técnico. 18 p.

Embrapa Gado de Corte. [s.d.] Uso correto do estilosantes-campo-grande em pastagens consorciadas (Nota Técnica) Disponível em: <http://www.cnpgc.embrapa.br/NotaTecnica Estilosantes.pdf> Acesso em : 04 jan. 2010.

UNIPASTO – Marcos Roveri José – Diretor executivo (informação pessoal).

11.- EQUIPE RESPONSÁVEL

Equipe responsável: Edson Espíndola Cardoso, Fernando Paim Costa, Mariana de Aragão Pereira, Guilherme Cunha Malafaia, Paulo Henrique Nogueira Biscola e Carolilna Castilho Dias.

Origem dos participantes das reuniões de avaliação social e ambiental: Sementes Boi Gordo Ltda., Germipasto Sementes de Pastagens, Sementes Safrasul, Genética Aditiva Hélio Coelho & Filhos, Agropecuária Omel, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer), produtores rurais autônomos e Embrapa Gado de Corte.

Referências

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