Instituto de Matemáti a, Estatísti a e Computação Cientí a
Departamento de Matemáti a Apli ada
Polinmios e Funções Inteiras om Zeros Reais
Fábio Rodrigues Lu as
∗
Doutorado em Matemáti a Apli ada -Campinas - SP
Orientador: Prof. Dr. DimitarKolev Dimitrov
∗
Esteexemplar orrespondeàredaçãonaldatese
de doutorado devidamente orrigidae defendida
por Fábio Rodrigues Lu as e aprovada pela
o-missão julgadora.
Campinas, 15de junho de 2010.
Ban a Examinadora:
1. Prof. Dr. DimitarKolevDimitrov
2. Profa. Dra. Eliana XavierLinhares de Andrade
3. Prof. Dr. SérgioAntonio Tozoni
4. Prof. Dr. CláudioAguinaldo Buzzi
5. Prof. Dr. Alaga oneSriRanga
TeseapresentadaaoInstitutodeMatemáti a,
Es-tatísti a e Computação Cientí a, UNICAMP,
omo requisito par ial para obtenção do Título
BIBLIOTECA DO IMECC DA UNICAMP
Bibliote ária: MariaFabianaBezzera Müller - CRB8 /6162
Lu as,FábioRodrigues
L962p Polinmiosefunçõesinteiras omzerosreais/FábioRodriguesLu as-Campinas,
[S.P.: s.n.℄,2010.
Orientador: DimitarKolevDimitrov;RobertoAndreani.
Tese(doutorado)-UniversidadeEstadualdeCampinas,Institutode
Mate-máti a,Estatísti aeComputaçãoCientí a.
1. Polinmios. 2. FunçõesInteiras. 3. HipótesedeRiemann I.Dimitrov,
DimitarKolev II.Andreani,Roberto. III.UniversidadeEstadualdeCampinas.
InstitutodeMatemáti a,Estatísti aeComputaçãoCientí a. IV.Título.
Títuloem inglês: Polynomialsand entire fun tionswith real zeros
Palavras- have em inglês (Keywords): 1.Polynomials. 2. Entire fun tions. 3. Riemann`s
hypothesis.
Áreade on entração: Análise Apli ada
Titulação: Doutor em Matemáti a Apli ada
Ban aExaminadora: Prof. Dr. DimitarKolevDimitrov (IBILCE-UNESP)
Profa. Dra. Eliana Xavier Linharesde Andrade(IBILCE-UNESP)
Prof. Dr. Sérgio Antonio Tozoni (IMECC-UNICAMP)
Prof. Dr. Cláudio AguinaldoBuzzi(IBILCE-UNESP)
Prof. Dr. Alaga oneSri Ranga (IBILCE-UNESP)
Datada defesa: 15/06/2010
Bem, hegouahorade agrade eratodosaqueles quemeajudarame ontribuírampara
minhaformação nesses últimos anos.
Para omeçar,édifí iltrans reverempalavrasoquantosougratoaoProf. Dr. Dimitar
K.Dimitrov. Desde oprimeiro diaemque o onhe item meensinado muito e,
prin ipal-mente, aprendi om ele o gosto pela pesquisa. Grande parte de minha formação devo a
ele. Muito obrigadoProf. Dimitar.
Como não lembrar dos demais professores do Grupo de Polinmios Ortogonais da
UNESPdeSãoJosédoRioPreto,SP.Agradeçoemespe ialaProfa. Dra. ElianaXavierL.
de Andrade,portodoo arinho,amizade,porter sido a professorade meu primeiro urso
de PolinmiosOrtogonais e,também, agradeçofortementeaProfa. Dra. Cleoni e Fátima
Bra ialipor por ter lido e orrigido a primeira versão de minha tese. Sou muito grato
ao Prof. Dr. Alaga one Sri Ranga por todo o apoio, pelos ensinamentos, pela amizadee
in entivo.
Agradeço ao Instituto de Matemáti a, Estatísti a e Computação Cientí a da
UNI-CAMP. Em espe ial ao meu o-orientador Prof. Dr. Roberto Andreani, por uidar de
todaa parte buro ráti a epeladis iplinaministrada, aqual foi muito importanteem
mi-nha formação. Ao oordenador doPrograma de Pós-Graduação emMatemáti a Apli ada
Prof. Dr. Aurélio Ribeiro L. de Oliveira pelo seu apoio. Também ao pessoal da
se reta-ria de Pós-Graduação, em espe ial a Tânia por toda ajuda e atenção. Agradeço a todos
os meus olegas da UNICAMP, em espe ial à Ce ília P. de Andrade, Denise de Siqueira,
DouglasS.Gonçalves, FernandaT. Nunes,JoséE.A.Neto, LeandrodaFonse aPrudente,
Robsonda Silva,RodrigoS. LimaeValtemir M.Cabral.
AoDepartamentode Ciên iasdaComputaçãoeEstatísti adaUNESP de São José do
Proença de Almeida e Walla e C. O. Casa a,tambémagradeço.
Ao olega de longa data, Fernando Rodrigo Rafaeli,portodos estes anos de
onvivên- ia. Aos demais olegas do Grupo de Polinmios Ortogonais, Eliel José C. dos Santos,
Guilherme L. F. da Silva, Heron Martins Félix, José Augusto Coelho, Manuella A. F.
de Lima, Regina da Silva Lamblém, Vanessa G. P. Pas hoa, Yen Chi Lu e, em espe ial,
à Mirela V. de Mello pela olaboração em alguns dos resultados deste trabalho.
Agra-deço também à Gabriela P. Mosquera por todo o apoio nos meus primeiros dois anos de
doutorado.
Agradeço também aos membros da Ban a Examinadora por a eitarem o onvite de
parti ipar dadefesa desta tese de doutorado eportodas assugestões.
Sou eternamentegrato àminha família ujoapoio in ondi ionaltornoupossívela
rea-lizaçãodeste projeto.
Nesta teseabordamosalgunsproblemasrela ionados omzerosde polinmiosede
fun-çõesinteiras. Estabele emosfórmulasexplí itasparaospolinmiosdasequên iade Sturm,
geradaporum polinmioepelasua derivada. Como onsequên ia, obtemos ondições
ne- essárias e su ientes para que um polinmio sem zeros múltiplos tenha somente zeros
reais. Provamos também a vera idade de algumas ondições ne essárias para a hipótese
de Riemann, estendendo desta forma um resultado anterior de Csordas, Norfolk e Varga
queestabele em uma onje tura de Pólya.
Palavras- have: Polinmios, zeros, Funções Inteiras, Desigualdades de Turán, Hipótese
In this thesis we approa h problems on erning zeros of polynomials and entire
fun -tions. We establishexpli it formulafor the polynomialin the Sturm sequen e, generated
by a polynomial and its derivative. As a onsequen e, we obtain ne essary and su ient
onditions for a polynomial without multiple zeros to possess only real zeros. We prove
alsothe truthof ertainne essary onditions forthe RiemannHypothesis,thus extending
aprevions result of Csordas, Norfolk and Varga who established a onje ture of Pólya.
Keywords: Polynomials,Zeros, Entire Fun tions,Turánof Inequality, Riemann
1 Introdução 1
2 Denições e Resultados Preliminares 5
2.1 Alguns Resultados sobre Formas Quadráti as . . . 5
2.2 Denições eResultados de Análise . . . 8
3 Sequên ia de Sturm e Polinmios Hiperbóli os 11 3.1 Teoremade Sturm. . . 11
3.2 Relação entre os determinantes das matrizesde Hankel . . . 17
3.3 Relação entre os determinantes das matrizesde Hankel ede Hurwitz. . . . 29
3.4 Polinmiosde Sturm e Determinantes de Hurwitz. . . 34
3.5 Cara terização dos PolinmiosHiperbóli os . . . 41
4 Funções Inteiras da Classe de Laguerre-Pólya 50 4.1 A Classede Laguerre-Pólya . . . 50
4.2 Polinmiosde Jensen. . . 66
4.3 A Hipótese de Riemann. . . 70
4.4 Desigualdades de Turán para a função
ξ
de Riemann. . . 72Introdução
Um dos resultados fundamentais da matemáti a é o hamado Teorema Fundamental da
Álgebra. Ele arma que,se
p(z) = a
0
+ a
1
z + . . . a
n
z
n
,
a
n
6= 0,
éum polinmiode grau
n
,ele possui exatamenten
zerosz
1
, z
2
, . . . , z
n
, sendopossívelque alguns deles serepitame, neste aso, oszeros são hamadosmúltiplos.Alémdisso,
p(z)
pode ser representado daformap(z) = a
n
(z − z
1
) . . . (z − z
n
).
Representação similar existe para as funções inteiras e ela é onhe ida por fórmula de
Weierstrass.
Uma questão fundamental é a seguinte: dada uma região
Ω
doplano omplexo, obter ondições ne essárias e/ou su ientes sobre os oe ientes do polinmio, ou da funçãointeira, para que todos osseus zeros pertençam a
Ω
.Por exemplo, quando
Ω
é um semi-plano ou um dis o, esta questão é simplesmente o problema daestabilidade de soluçõesde equações diferen iais.Os temas prin ipais desta tese são rela ionados à questão a ima no aso em que
Ω
é a reta real. Portanto, este trabalho ontém resultados sobre polinmiose funções inteirashamados de Polinmios Hiperbóli os. A lasse das funções inteiras ujos zeros estão
todos lo alizados na reta real é denominada de Classe de Laguerre-Pólya. É onhe ido
que toda talfunção éde ordem no máximo dois e é limite de polinmios hiperbóli os, no
sentido da onvergên ia uniforme nos ompa tos doplano omplexo.
Valemen ionarqueaquestãode ara terizarasfunçõesda lassedeLaguerre-Pólyafoi
motivadapelomaiorproblemadamatemáti anaatualidadequeéaHipótesede Riemann.
Esta hipótese arma que todos os zeros não-triviais da função
ζ
de Riemann perten em à retaRe(z) =
1
2
. A simples transformação linear que leva esta reta ao eixo real reduz a Hipótese de Riemannaoproblema de estabele erque afunção obtidaatravésdatransfor-mação,que é onhe ida omo afunção
ξ
de Riemann,possui somentezeros reais. Sabe-se queξ
é uma função inteira de ordem um. Laguerre, provavelmente tentado poresta sim-ples observação, nos anos 80 do sé uloXIX
obteve alguns resultados sobre as funções inteiras om zeros reais. Na primeira dé ada do sé uloXX
, Jensen espalhou rumores de quehavia obtido ara terizações fundamentaissobre estas funçõese ondiçõesne essáriase su ientes importantes para ahipótese de Riemann.
Comoelenão publi ouseus resultados, apósseufale imentofoidadoaGeorgePólyao
direitodeestudarosmanus ritosde Jensen. Apesardas ondiçõesne essárias esu ientes
que Pólya en ontrou não pare erem e nem provarem ser promissoras para estabele er a
hipótese,um resultado bonito eimportantetinhasido obtidoporJensen. Asso iados om
qualquer função inteira
ψ(z) = γ
0
+
γ
1
z
1!
+
γ
2
z
2
2!
+ . . . +
γ
k
z
k
k!
. . . .
Jensen introduziu ospolinmios
g
n
(ψ, z) = γ
0
+
n
1
γ
1
z +
n
2
γ
k
z
2
+ . . .
n
n
γ
n
z
n
,
eprovouque
ψ
éda lassedeLaguerre-Pólyase,esomentese, todosospolinmiosg
n
(ψ; z)
, que hoje são hamados polinmios de Jensen, são hiperbóli os. Além disso, a sequên iaÉ relativamente fá il on luir que se
ψ(z)
possui apenas zeros reais, não somenteg
n,k
(ψ; z)
,mas tambémos hamados polinmiosde Jensen generalizadosg
n,k
(z) = γ
k
+
n
1
γ
k+1
z + . . . +
n
j
γ
k+j
z
j
+ . . . +
n
n
γ
n+k
z
n
,
são hiperbóli os.Motivado pela leitura dos manus ritos de Jensen, George Pólya, em parte em
oauto-ria om S hur, obteve a ara terização (denotada aqui por
LP
) ompleta da lasse que hamamosde Laguerre-Pólya eestabele eu vários resultados importantes sobre oassunto.Levandoem onsideraçãoopapeldos polinmiosde Jensen,umproblema fundamental
é obter ara terizações ompletas para polinmios hiperbóli os. Existem ondições
ne- essárias e su ientes para que um polinmio seja hiperbóli o e as mais a essíveis são as
forne idaspeloTeoremadeHermite emtermosde formasquadráti as queenvolvemos
o-e ientes dos polinmios. Por outro lado, o resultado lássi o de Sturm forne e o número
de zeros reais de um polinmio
p(z)
om oe ientes reais no intervalo(a, b)
através das mudanças de sinal da hamada sequên ia de Sturm, geradaporp(z)
ep
′
(z)
. Esta última
sequên iaéobtidapeloalgoritmodeEu lidese,portanto,exige ál ulosbastantes
omple-xos. Algunsdosprin ipaisresultadosdestatesesãofórmulasexplí itassobreospolinmios
da sequên ia de Sturm em termos de determinante uja matriz é a onhe ida matriz de
Hurwitz asso iada a
p(z)
e que envolve somentep(z)
ep
′
(z)
. Estes resultados revelam a
relação estreita entre o Teorema de Hermite e o Teorema de Sturm. Outra onsequên ia
imediatadestesresultadossão as ondiçõesne essáriasesu ientesparaqueumpolinmio
seja hiperbóli o no aso emque elenão possui zeros múltiplos.
Lembramos que a Hipótese de Riemann é equivalente aofato de que a função
ξ(z)
de Riemannperten e à lasse de Laguerre-Pólya equeξ(z)
é uma função par, istoé,ξ(z) =
∞
X
k=0
bγ
k
k!
z
2k
,
ombγ
k
> 0.
Portanto,a hipótese é verdadeira se, e somentese, afunção
ξ
1
(z) = ξ(
√
z)
,ξ
1
(z) =
∞
X
k=0
bγ
k
k!
z
k
,
anteriormente, uma ondição ne essária para a vera idade daHipótese de Riemann éque
ospolinmiosgeneralizados
g
2,k−1
(ξ
1
; z) = bγ
k−1
+ 2bγ
k
z + bγ
k+1
z
2
sejamhiperbóli os, o que porseu lado é equivalenteao fatode seu dis riminante ser
não-negativo, istoé,
bγ
k
2
− bγ
k−1
bγ
k+1
≥ 0, k = 1, 2, . . . .
Estas desigualdadessão onhe idas naliteratura omoasdesigualdades de Turán. Em
1927Pólyapropós omoproblemaemabertoprovarestasdesigualdadesparaos oe ientes
de
ξ
1
(z)
. Surpreendentemente, o problema de Pólya foi resolvido depois de quase seis dé adas, em1986 porCsordas, Norfolk eVarga [2℄. Naturalmentesurge aquestão sobreahiperboli idadedos polinmiosgeneralizados de Jensende grau três asso iados om
ξ
1
(z)
, quesão dados porg
3,k−1
(ξ
1
; z) = bγ
k−1
+ 3bγ
k
z + 3bγ
k+1
z
2
+ bγ
k+2
z
3
.
(1.1)Provamos que um polinmio da forma (1.1) om oe ientes positivos é hiperbóli o se, e
somente se,
bγ
2
k+1
− bγ
k
bγ
k+2
≥ 0
e4(bγ
k
2
− bγ
k−1
bγ
k+1
)(bγ
2
k+1
− bγ
k
bγ
k+2
) − (bγ
k
bγ
k+1
− bγ
k−1
bγ
k+2
)
2
≥ 0
(1.2)simultaneamente. As desigualdades (1.2) são hamadas de desigualdades de Turán de
ordemsuperior. NoCapítulo4 destatese provamosas desigualdades(1.2),estabele endo,
assim,ahiperboli idadedos polinmiosde Jensengeneralizadosde grautrês eestendendo
Denições e Resultados Preliminares
Neste apítulo forne emos denições e resultados preliminares que serão utilizados nos
apítulos seguintes. Como as demonstrações de taisresultados são um tanto trabalhosas
e,em muitos asos, ne essitam de muitos resultados auxiliares,e para que o trabalhonão
fuja dos seus objetivosnão vamos forne ertais demonstrações.
As denições edemonstrações daseção 2.1 podem ser en ontradas em[6℄.
2.1 Alguns Resultados sobre Formas Quadráti as
Denição 2.1 Uma formaquadráti aé umpolinmiohomogêneode grau doisem
n
vari-áveisx
1
, x
2
, . . . x
n
. Uma forma quadráti a sempre tem a representaçãon
X
i,k=1
a
ik
x
i
x
k
(a
ik
= a
ki
; i, k = 1, 2, . . . n),
onde
A = (a
ik
)
é uma matriz simétri a.Se denotarmoso vetor
(x
1
, x
2
, . . . x
n
)
porx
ea formaquadráti aporA(x, x) =
n
X
i,k=1
a
ik
x
i
x
k
,
(2.1)então podemoses rever (2.1) omo
A(x, x) = x
T
Ax.
Uma formaquadráti atambémpode ser representada naforma
A(x, x) =
r
X
i=1
a
i
X
i
2
,
(2.3) ondea
i
6= 0 (i = 1, 2, . . . , r)
eX
i
=
n
X
k=1
α
ki
x
k
(i = 1, 2, . . . r)
são formas lineares linearmenteindependentes nas variáveis
(x
1
, x
2
, . . . , x
n
)
.Épossívelprovar,utilizandoarepresentação
(
2.3)
,queonúmerodea
i
positivoséigual ao posto da matrizA = (a
ik
)
, além disso o número total dea
i
positivos e negativos são invariantes independentemente da representação deA(x, x)
. Este resultado é onhe ido omo aLei daInér ia de uma FormaQuadráti a e édado da seguinte forma.Teorema 2.1 Narepresentaçãodeumaformaquadráti a
A(x, x)
omosomadequadrados independentesA(x, x) =
r
X
i=1
a
i
X
i
2
,
o número de
a
i
positivos e negativos é independenteda es olha de sua representação. Sabendoqueonúmerodequadrados positivosenegativoséinvariante,podemosdeniroque é signatura de uma forma quadráti a
Denição 2.2 A diferença
σ
entre o númeroπ
de quadrados positivos e o númerov
de quadradosnegativosnarepresentaçãodeA(x, x)
é hamadodesignaturadaformaA(x, x)
. O postor
e asignaturaσ
determinam os númerosπ
ev
uni amente, poisr = π + v
eσ = π − v
.Vamos, agora,enun iar o Teoremade Ja obi. Para este propósito, denimos
• D
k
= A
1 2 . . . k
1 2 . . . k
parak = 1, 2, . . . , n
omosendoodeterminantedeordemk
formado pelas primeirask
linhas e primeirask
olunas damatrizA = (a
ik
)
.• P (1, D
1
, D
2
, . . . , D
r
)
eV (1, D
1
, D
2
, . . . , D
r
)
omo sendoo número de permanên iae númerode mudanças de sinal,respe tivamente, dasequên ia1, D
1
, D
2
, . . . , D
r
,ondeTeorema 2.2 (Ja obi) Se para a forma quadráti a
A(x, x) =
n
X
i,k
a
ik
x
i
x
k
,
onde
A
tem postor
, as desigualdadesD
k
= A
1 2 . . . k
1 2 . . . k
6= 0
(k = 1, 2, . . . r)
(2.4)são satisfeitas, entãoo número
π
de quadrados positivos e o númerov
de quadrados nega-tivos deA(x, x)
oin idem, respe tivamente, om o númeroP
de permanên ias de sinal e o númeroV
de variações de sinal na sequên ia1, D
1
, D
2
, . . . , D
r
e a signatura é dada porσ = r − 2V (1, D
1
, D
2
, . . . , D
r
).
Denição 2.3 Uma forma quadráti a
A(x, x) =
n
X
i,k
a
ik
x
i
x
k
é hamada denida positiva se,A(x, x) ≥ 0,
para todox 6= 0.
É possível,atravésdométodode Ja obi, representar uma formaquadráti a
A(x, x)
da formaA(x, x) =
r
X
k=1
D
k−1
D
k
X
2
k
.
(2.5)Utilizandoa igualdade (2.5) obtemoso seguinte teorema.
Teorema 2.3 Uma forma quadráti a é denida positiva se, e somente se,
D
1
≥ 0, D
2
≥ 0, . . . D
n
≥ 0.
Teorema 2.4 Seja
A(x, x)
uma forma quadráti a denida positiva. Se, para um erto vetorv
, valehAv, vi = 0
, entãoAv = 0
.2.2 Denições e Resultados de Análise
Para umamelhor ompreensãodoCapítulo4,forne emos,nestaseção,asprin ipais
deni-çõeseresultadosde análisequeserãoaliutilizados. Paraademonstraçãodestesresultados
veja [7℄.
Denição 2.4 (Função Inteira) A função
f
é hamada analíti a em algum pontoz
0
do seu domínioD
se existir umρ > 0
e umasérie de potên iaF (z) = a
0
+ a
1
z + . . .
, om raio de onvergên ia maior ou igual aρ
, tal que•
a vizinhançaN(z
0
, ρ)
perten e aD
, ondeN(z
0
, ρ)
é o dis o entrado emz
0
e raioρ
;•
para todoz
perten ente aN(z
0
, ρ)
, seh = z − z
0
, entãof (z) = f (z
0
+ h) = F (h)
.Se
f (z)
éanalíti aemz
0
dizemosquef (z)
érepresentadaporF (z)
emN(z
0
, ρ)
. Quando o domínio def
é todo o plano omplexo, dizemos quef
é uma Função Inteira sef
for analíti aemtodo pontoz
do plano omplexo.Teorema 2.5 Assumaqueasfunções
f
1
(z), f
2
(z), . . . f
n
(z), . . .
são inteirasequeelas on-vergem uniformemente para uma funçãof (z)
em qualquer onjunto ompa to do plano omplexo. Então, a função limitef (z)
é inteira.Valemen ionar queos polinmios são funções inteiras, desta forma segue doTeorema
anterior que se tivermos uma sequên ia de polinmios onvergindo uniformemente para
uma função
f (z)
em qualquer onjunto ompa to do plano omplexo, entãof (z)
é uma função inteira.Como no Capítulo 4 vamos estudar os zeros de ertas funções inteiras que são limites
uniformes de sequên ias de polinmios, abe men ionar alguns resultados sobre zeros de
polinmios. Oprimeiro resultado é o onhe ido Teorema Fundamental daÁlgebra.
Teorema 2.6 Todo polinmio
p(z)
não onstante de graun
om oe ientes omplexos, admite exatamenten
zeros. Além disso,p(z)
pode ser fatorado na formap(z) = a
n
(z − z
1
) . . . (z − z
n
),
Como onsequên ia doTeoremaFundamentaldaÁlgebra temosas hamadasRelações
de Vieta, que rela ionam os zeros
z
1
, . . . z
n
do polinmiop(z) =
P
n
k=0
a
n−k
z
n−k
om seus oe ientesa
k
. Talrelação éa seguinte: Se denirmosσ
k
omosendo assomas simétri as dos zerosz
1
, . . . z
n
, ou seja,σ
1
=
n
X
j=1
z
j
, σ
2
=
n
X
l,j=1
z
j
z
l
, σ
3
=
n
X
l,j,p=1
z
l
z
j
z
p
, . . . σ
n
= z
1
, z
2
. . . z
n
,
entãoσ
k
= (−1)
k
a
n−k
a
n
k = 1, . . . n.
(2.6)O próximo teorema, onhe ido omo Teorema de Hurwitz, arma que se todas as
funçõesde uma sequên ia
{f
n
(z)}
∞
0
possuem somentezeros reais,então sua função limitef (z)
tambémtem somentezeros reais.Teorema 2.7 Seos termos da sequên ia
{f
n
(z)}
∞
0
são funções analíti as emumdomínioG
que tendem uniformemente emG
para a funçãof (z)
não identi amente nula, então qualquer vizinhança su ientemente pequena dem
zeros def (z)
perten entes aG
ontém exatamentem
zeros dosf
n
para um índi en
su ientemente grande.O teorema seguinte garante que se um polinmio tem somente zeros reais, então dois
oe ientes onse utivos do polinmionão podem ser nulos.
Teorema 2.8 Se a equação
h(z) = c
0
+ c
1
z + . . . c
n
z
n
= 0
tem somente raízes reais ese
c
0
6= 0
, entãodois oe ientesvizinhos não podemse anular. Mais pre isamente, sec
r
= 0
,0 < r < n
, entãoc
r−1
c
r+1
< 0
.O próximo teoremagarantea onvergên ia de produto innitode funções.
Teorema 2.9 Uma ondiçãone essáriaesu ienteparaa onvergên iadoproduto
Q
∞
n=1
(1+
a
n
(z))
é a onvergên iaabsoluta da sérieP
∞
n=1
a
n
(z)
.Con luímos esta seção om dois resultados sobre polinmios om somente zeros reais,
Teorema 2.10 Se os zeros do polinmio
p
1
(z) = α
0
+
α
1
1!
z + . . .
α
m
m!
z
m
são reais e os zeros do polinmio
p
2
(z) = β
0
+
β
1
1!
z + . . . +
β
n
n!
z
n
são reais e de mesmo sinal, então os zeros do polinmio
p
3
(z) = α
0
β
0
+
α
1
β
1
1!
z + . . . +
α
k
β
k
k!
z
k
onde
k = min(m, n)
, são reais.Teorema 2.11 Uma ondição ne essária e su iente para que o polinmio
p
1
(z) = α
0
+
α
1
1!
z + . . .
α
n
n!
z
n
tenha somente zeros reais é que o polinmio
p
1
(D)z
m
= α
0
z
m
+
m
1
α
1
z
m−1
+ . . .
m
n
α
n
z
n
Sequên ia de Sturm e Polinmios
Hiperbóli os
Neste apítulosãoobtidas ondiçõesne essáriasesu ientesparaquetodasasraízesde
um polinmio om oe ientes reais sejam reais. Além disso, dois outros novos resultados
sãoestabele idos,oprimeiropropõeumanovarelaçãoentreosdeterminantesdas hamadas
matrizesdeHankeleosegundoresultadoforne eumaformaexplí itaparase al ulartodos
os polinmios gerados pelo algoritmo de Sturm. Ambos os resultados estão fortemente
ligadose serão de grande importân iapara on luiro resultado prin ipal.
Ini iamos oCapítulo 3falando sobre a sequên iae o Teoremade Sturm.
3.1 Teorema de Sturm.
O Teorema de Sturm trata de um método para se al ular o número de raízes reais que
um polinmio om oe ientes reaispossui emum dadointervaloqualquer
(a, b)
,ondea
eb
são reais ou±∞
.Para enun iarmos o Teoremade Sturm, primeiramentevamos introduzir alguns
resul-tados enotações.
Considere a sequên iade polinmiosreais
que possui as duas seguintes propriedades om respeito aointervalo
(a, b)
:1. Para todovalorde
z (a < z < b)
, sealgumQ
m
(z)
seanula, então osdois polinmios adja entesQ
m−1
(z)
eQ
m+1
(z)
têm valores diferentes de zero esinais opostos, istoé, paraa < z < b
segue que seQ
m
(z) = 0
, entãoQ
m−1
(z)Q
m+1
(z) < 0.
2. A últimafunção
Q
0
(z)
em(3.1) não se anulanointervalo(a, b)
.A sequên ia de polinmios(3.1)é hamadade sequên ia de Sturm nointervalo
(a, b)
. Vamos veri ar, agora, que sef (z)
é um polinmio de graun
ef
′
(z)
é a derivada de
f (z)
,entãosemprepodemos onstruir umasequên iadeSturmini iando omf (z)
ef
′
(z)
.
Para gerar uma sequên ia de Sturm vamos apli ar o algoritmo de divisão de Eu lides
para os polinmios
f (z)
ef
′
(z)
am de en ontrar o máximo divisor omum entre
f (z)
ef
′
(z)
, e veri ar queo pro esso de divisão de Eu lides gera uma sequên iade Sturm.
Teorema 3.1 Os polinmios obtidos pelo algoritmo de Eu lides a partir dos polinmios
f (z)
ef
′
(z)
,f (z) = f
′
(z)A
0
(z) − Q
n−2
(z)
f
′
(z) = Q
n−2
(z)A
1
(z) − Q
n−3
(z)
Q
n−2
(z) = Q
n−3
(z)A
2
(z) − Q
n−4
(z)
. . . . . . . . ..
Q
n−r−1
(z) = Q
n−r
(z)A
r+1
(z) − Q
n−r+1
(z)
. . . . . . . . .Q
2
(z) = Q
1
(z)A
n−2
(z) − Q
0
(z),
se, quando
f (z)
não possui zeros múltiplos, formam uma sequên ia de Sturm. Pre isamos veri arque a sequên iageradapeloalgoritmodeEu lides,satisfazasduas ondições itadasnadeniçãode
sequên- iade Sturm.
Observeque,nopro essodeEu lides,tomamososrestosdadivisão omsinalnegativo.
Podemos notar também que os graus dos polinmios
Q
n−r−1
(z), r = 1, 2, . . . , n − 1
, de res emestritamente. Adivisão érepetidaatéobtermos orestoQ
0
(z)
de grauzero, isto é,uma onstante. Se esta onstanteénula,entãoQ
1
(z)
éofator omumentref (z)
ef
′
(z)
.
Se esta onstante é não nula então
f (z)
ef
′
(z)
não têm fator omum diferente de
onstante. Por exemplo, se
f (z)
não tem zeros múltiplos, entãof (z)
ef
′
(z)
não têm
fator omum diferentede onstante e, onsequentemente, o algoritmode Eu lides produz
asequên ia
f (z), f
′
(z), Q
n−2
(z), . . . , Q
0
(z)
omQ
0
(z) = const 6= 0
. Para demonstrarmos o Teorema3.1pre isamos do seguinte resultado.Lema 3.2 Seja
f
uma função que tem derivadas ontínuas até ordemk
em uma vizi-nhançaU
do pontoc
. Sejamf (c) = f
′
(c) = . . . = f
(k−1)
(c) = 0
ef
(k)
(c) 6= 0.
Então, para todo
ε > 0
su ientemente pequeno, temosf (c + ε)f
′
(c + ε) > 0,
f (c − ε)f
′
(c − ε) < 0.
Demonstração:O lema arma que para qualquer raiz
c
da equaçãof (t) = 0
, a funçãof
e suaderivadatêmsinaisopostosantesdaraizemesmosinaldepoisdaraiz. Ademonstraçãoé baseada na fórmula de Taylor. Para todo
h
su ientemente pequeno, pre isamente tal quec + h, c − h ∈ U
, temosf (c + h) = f (c) +
f
′
(c)
1!
h +
f
′′
(c)
2!
h
2
+ . . . +
f
(k−1)
(c)
(k − 1)!
h
k−1
+
f
(k)
(c + θh)
k!
h
k
,
onde
θ
é algum númerodo intervalo(0, 1)
. Analogamente,f
′
(c + h) = f
′
(c) +
f
′′
(c)
1!
h + . . . +
f
(k−1)
(c)
(k − 2)!
h
k−2
+
f
(k)
(c + θ
1
h)
(k − 1)!
h
k−1
,
onde
θ
1
∈ (0, 1)
. Comof
(j)
(c) = 0
paraj = 0, . . . , k − 1
, entãof (c + h)
f
′
(c + h)
=
f
(k)
(c + θh)
f
(k)
(c + θ
1
h)
h
k
.
Mas,f
(k)
(t) 6= 0
. De fato desde que
f
(k)
(t)
é uma função ontínua, existe uma vizinhança
U
1
dec
talquef
(k)
(t) 6= 0
para todot ∈ U
1
. Além disso,sign f
(k)
(t) = sign f
(k)
(c)
para
todo
t ∈ U
1
. Emparti ular, parah
su ientemente pequeno, temossign f
(k)
(c + θh) = sign f
(k)
(c + θ
1
h).
Consequentemente,
sign
f (c + h)
f
′
(c + h)
= sign h.
Assim, para
h = ε
eh = −ε
obtemos aarmação do lema. Vamos agora demonstraro Teorema 3.1.Demonstração. Seja
(a, b)
um intervalo dado. Vamos, ini ialmente, supor quef (z)
não tem raízes múltiplas no intervalo(a, b)
. Mostremos queQ
0
(z) 6= 0
em(a, b)
se, e somente se,f (z)
não tem zeros múltiplos em(a, b)
. De fato, sef (z)
tivesse um zeroξ
om multipli idadep
em(a, b)
, entãoξ
seria um zero om multipli idade(p − 1)
def
′
(z)
e, onsequentemente,
f (z)
ef
′
(z)
teriam um fator omum,
(x − ξ)
p−1
, om
ξ ∈ (a, b)
. Re ipro amente, sef (z)
não tem raízes múltiplas em(a, b)
, então o fator omum entref (z)
ef
′
(z)
não tem raízes em
(a, b)
, poisQ
0
(z)
é uma onstantenão nula. Sejaf (c) = 0
. Então, peloLema 3.2,f (c − ε)
ef
′
(c − ε)
têm sinais opostos para todo
ε > 0
su ientementepequeno.Agora, onsidere
Q
n−r
(c) = 0
paraalgumr = 2, . . . , n−1
. Então,Q
n−r−1
(c)
eQ
n−r+1
(c)
são diferentes de zero e,além disso,Q
n−r−1
(c)
eQ
n−r+1
(c)
têm sinais opostos.Estas armaçõessão onsequên ias imediatada relação
Q
n−r−1
(z) = Q
n−r
(z)A
r+1
(z) − Q
n−r+1
(z),
pois para
z = c
, omoQ
n−r
(c) = 0
, segue queQ
n−r−1
(c) = −Q
n−r+1
(c)
.Se supomos que um destes dois números é zero, então, pela relação de re orrên ia,
geradapeloalgoritmode Eu lides, obtemos
Assim,
c
seria raiz múltipladef (z)
, oque leva auma ontradição.O fato de
Q
0
(z) 6= 0
em(a, b)
é uma onsequên ia da observação feita de que sef (z)
não tem raízes múltiplas em(a, b)
e,então,Q
0
(z)
é uma onstantediferente de zero.Isto mostra quea sequên ia
f (z), f
′
(z), Q
n−2
(z), . . . Q
1
(z), Q
0
(z),
geradapeloalgoritmode Eu lides, éuma sequên ia de Sturm.
Agora, se
Q
0
(z)
é uma onstante nula, isto é,f (z)
tem zeros múltiplos no intervalo(a, b)
, entãoQ
m
(z)
é o fator omum não somente def (z)
ef
′
(z)
mas também de todaa
sequên ia
f (z), f
′
(z), Q
n−2
(z), . . . , Q
m
(z)
geradapeloalgoritmode Eu lides. Destaforma, asequên iageradapeloalgoritmodeEu lidesnãogeraumasequên iadeStum. Pararesol-vereste problema bastadividirtodaasequên iapeloseu fator omum
Q
m
(z)
e onsiderar anovasequên iaf (z)
Q
m
(z)
,
f
′
(z)
Q
m
(z)
,
Q
n−2
(z)
Q
m
(z)
, . . . ,
Q
m−1
(z)
Q
m
(z)
, 1,
queé uma sequên ia de Sturm.
Portanto, o algoritmo de Eu lides sempre, gera uma sequên ia de Sturm
independen-temente dopolinmio
f (z)
possuir ounão raízes múltiplas.A seguir, vamos denir o que é número de mudança forte de sinal de uma sequên ia,
para que, emseguida, possamos demonstrar o Teorema de Sturm que rela ionao número
deraízesdeum polinmio omonúmerode mudançafortedesinalnasequên iade Sturm.
Denição 3.1 Por
S
−
(α
0
, . . . , α
n
)
denotaremosonúmerodasmudançasfortesdesinalna sequên iaα
0
, α
1
, . . . , α
n
. Em outras palavras, este é o número de pares da forma(+, −)
ou(−, +)
na sequên ia obtida porα
0
, α
1
, . . . , α
n
des artando-se os zeros da sequên ia e substituindo-se todo número positivoα
i
por” + ”
e todo número negativo por−”
.Por exemplo,
S
−
(−5, 6, 4, 0, −1, 2) = 3.
Vamos denotar por
S
−
(z)
o número das mudanças fortes de sinal nasequên ia de Sturm,
istoé,
Por
S
−
(a)
e
S
−
(b)
vamos entender omo sendo, respe tivamente,
S
−
(a + ǫ)
e
S
−
(b − ǫ)
onde
ǫ
étal quenenhum elemento dasequên iaf (z), f
′
(z), Q
n−2
(z), . . . , Q
0
(z)
seanula nointervalo
(a, a + ǫ]
e[b − ǫ, b)
.Agora, podemosenun iar o Teoremade Sturm.
Teorema 3.3 (Sturm). Seja
f (z)
um polinmio algébri o arbitrário de graun
, que não tem raízes múltiplas em(a, b)
. Então, o número de zeros def (z)
em(a, b)
é igual aS
−
(a) − S
−
(b)
.
Demonstração. Vamosa ompanharavariaçãodonúmero
S
−
(z)
demudançasfortes de
sinalnasequên iadeSturmquando
z
semovedea
atéb
. Desdequetodasasfunçõesdesta sequên ia são polinmios algébri os e, portanto, são funções ontínuas, então a mudançadonúmero
S
−
(z)
pode o orrer somente quando
z
passa por umaraiz de uma das funçõesf (z)
,f
′
(z)
,
Q
n−2
(z)
,. . .
,Q
1
(z)
. Vamos supor quec ∈ (a, b)
eQ
n
(c) = 0
. Então, paraε > 0
su ientemente pequeno, pelo Lema 3.2,f (c − ε)
ef
′
(c − ε)
têm sinais opostos, e
f (c + ε)
ef
′
(c + ε)
têm o mesmosinal. Consequentemente, entre
f (z)
ef
′
(z)
existe uma
mudança de sinal antes de
c
e esta mudança desapare e depoisdec
. Em outras palavras, onúmeroS
−
(z)
diminuide um quando
z
passa pelaraiz def (z)
.Vamos observar o que a onte e quando
z
passa por uma raiz deQ
n−r
(z)
para algumr = 2, . . . , n − 1
. Seja, então,Q
n−r
(c) = 0
. Neste aso, pela Propriedade 1 da sequên ia de Sturm,Q
n−r+1
(c) 6= 0
,Q
n−r−1
(c) 6= 0
eQ
n−r+1
(c)Q
n−r+1
(c) < 0
. Isto signi a queQ
n−r+1
(c)Q
n−r+1
(c) < 0
para todoz
emuma vizinhançasu ientemente pequena dec
e, portanto,S
−
(Q
n−r+1
(z), Q
n−r
(z), Q
n−r−1
(z)) = 1
para todo
z
desta vizinhança. Isto mostra que quandoz
passa por um zero de uma função intermediária da sequên ia de Sturm o número de mudançasS
−
(z)
não muda.
Assim, mostramos que
S
−
(z)
diminui de um somente quando
z
passa por um zero deo intervalo
(a, b)
é exatamente igual aonúmero de raízes def (z)
em(a, b)
. Suponha queS
−
(a) = m
eque
f (z)
possuak
zerosnointervalo(a, b)
. Pelas on lusõesanterioresquandoz
estiveremb
asequên iaS
−
(z)
perde
k
mudançasdesinal,ouseja,S
−
(b) = m−k
. Assim,
S
−
(a) − S
−
(b) = k
, oque ompleta a demonstração.
Valeobservarque ademonstração doTeoremade Sturm foibaseada somentenas duas
ondições para que uma sequên ia seja sequên ia de Sturm. Desta forma, o Teorema de
Sturm sempre é válido toda vez que dois polinmios gerarem uma sequên ia de Sturm.
Também é importantenotar que para polinmios om raízes múltiplas no intervalo
(a, b)
uma modi ação natural do Teorema de Sturm é válida. De fato, sef (z)
tem raízes múltiplasem(a, b)
,entãof (z)
ef
′
(z)
tem um fator omum
Q
m
(z)
, quenão é onstantee tambémé fator omum deQ
n−2
(z), . . . , Q
1
(z)
. Como foi visto anteriormente, asequên iaf (z)
Q
m
(z)
,
f
′
(z)
Q
m
(z)
,
Q
n−2
(z)
Q
m
(z)
, . . . ,
Q
2
(z)
Q
m
(z)
, 1
é umasequên ia de Sturm.
Assim, peloTeorema de Sturm,
S := S
−
f (a)
Q
m
(a)
,
f
′
(a)
Q
m
(a)
, . . . ,
Q
2
(a)
Q
m
(a)
, 1
− S
−
Q
n
(b)
Q
m
(b)
,
Q
n−1
(b)
Q
m
(b)
, . . . ,
Q
2
(b)
Q
m
(b)
, 1
é onúmero de raízesdef (z)
Q
m
(z)
em
(a, b)
, istoé, o número de raízes def (z)
em(a, b)
sem ontarsuas multipli idades.3.2 Relação entre os determinantes das matrizes de
Han-kel
Nesta seção, primeiramente estabele emos uma nova relação entre os determinantes das
matrizes de Hankel, ujos elementos são exatamente os oe ientes de uma série de
po-tên ias dada. Como onsequên ia, ara terizamos todos os oe ientes de maior grau dos
polinmiosgerados peloalgoritmode Sturmem termosdestes determinantes de Hankel.
Para este propósito, vamos denir o que é o determinante de uma matriz de Hankel
e fazer algumas observações rela ionadas ao algoritmo de Eu lides, que serão úteis para
Denição 3.2 (DeterminantedeHankel.) Seja
F (z) =
s
0
z
+
s
1
z
2
+
s
2
z
3
+ . . .
, umasérie de potên ias negativas om oe ientes reais. Para inteiros arbitráriosn
ek
maiores ou iguais que zero, denimos os determinantesH
(n)
k
porH
k
(n)
=
s
n
s
n+1
. . .
s
n+k−1
s
n+1
s
n+2
. . .
s
n+k
. . .
. . .
. . .
. . .
s
n+k−1
s
n+k
. . . s
n+2k−2
, k = 1, 2, . . .
eH
(n)
0
= 1
.Estes determinantes são hamados de determinantes de Hankel asso iados om os
oe- ientes dasérie de potên ias
F (z)
. Seja{Q
n+1−r
}
n+1
r=1
uma sequên ia de polinmios,ondeQ
n+1−r
éum polinmio de grau exatamenten + 1 − r
,e a sequên iaé obtidaa partir doalgoritmode Eu lides,istoé,Q
n+1−r
(z)
Q
n−r
(z)
= α
r
z + β
r
−
Q
n−1−r
(z)
Q
n−r
(z)
,
r = 1, 2, . . . , n − 1,
(3.2) omQ
n
(z) = f (z)
,Q
n−1
(z) = f
′
(z)
eQ
n+1−r
(z) =
n+1−r
X
j=0
q
j
(r)
z
n+1−r−j
,
r = 1, 2, . . . , n + 1.
(3.3) Observe que,de (3.2),Q
n+1−r
(z) + Q
n−1−r
(z) = (α
r
z + β
r
)Q
n−r
(z).
Logo, em ambos os lados da igualdade a ima, temos um polinmio de grau
n + 1 − r
. Assim, igualandoos oe ientes de maiorgraude ambososlados, obtemosq
(r)
0
= α
r
q
(r+1)
0
, ouseja,α
r
= q
(r)
0
/q
(r+1)
0
, r = 1, 2, . . . , n.
(3.4)Podemos es rever (3.2) daforma
Q
n+1−r
(z)
Q
n−r
(z)
= α
r
z + β
r
−
1
Q
n−r
(z)
Q
n−1−r
(z)
= α
r
z + β
r
−
1
α
r+1
z + β
r+1
−
Qn−1−r(z)
1
Qn−2−r(z)
...
.
(3.5)Continuandoeste pro esso,obtemosaseguinteexpressão para
Q
n−r
(z)
Q
n−r+1
(z)
emformade fração ontínuaQ
n−r
(z)
Q
n+1−r
(z)
=
1
1
1
α
r
z + β
r
− α
r+1
z + β
r+1
− · · · − α
n
z + β
n
,
(3.6) parar = 1, 2, . . . , n
.Agora, enun iamosoprimeiroresultadodestaseção, onderela ionamostodosos
deter-minantes de Hankel asso iados auma dada série de potên ias.
Teorema 3.4 Com
r
xo, suponhamos que as sériesF
r
(z) =
P
∞
k=0
c
(r)
k
/z
k+1
eF
r+1
(z) =
P
∞
k=0
c
(r+1)
k
/z
k+1
são tais que1
F
r
(z)
= c
(r+1)
−2
z + c
(r+1)
−1
− F
r+1
(z).
(3.7)Se os determinantes de Hankel
H
(r)
n
são denidos porH
0
(r)
= 1,
H
n
(r)
=
c
(r)
0
c
(r)
1
· · · c
(r)
n−1
c
(r)
1
c
(r)
2
· · · c
(r)
n
. . . . . . . . .c
(r)
n−1
c
(r)
n
· · · c
(r)
2n−2
, n ≥ 1,
(3.8) entãoH
j
(r+1)
=
1
[H
1
(r)
]
2j+1
H
(r)
j+1
,
j = 1, 2, . . . , n − r + 1.
(3.9)Demonstração:Multipli andoa igualdade (3.7) por
F
r
(z)
obtemos1 =
c
(r)
0
z
+
c
(r)
1
z
2
+
c
(r)
2
z
3
+ . . .
!
c
(r+1)
−2
z + c
(r+1)
−1
−
c
(r+1)
0
z
−
c
(r+1)
1
z
2
− . . .
!
.
Igualandoos oe ientes emambos oslados, de
1
,z
−1
e
z
−2
obtemoso seguinte sistema
1 = c
(r)
0
c
(r+1)
−2
0 = c
(r)
1
c
(r+1)
−2
+ c
(r)
0
c
(r+1)
−1
0 = c
(r)
2
c
(r+1)
−2
+ c
(r)
1
c
(r+1)
−1
− c
(r)
0
c
(r+1)
0
.
É fá il ver que, do sistemaa ima,
c
(r+1)
−2
=
1
H
1
(r)
,
c
(r+1)
−1
= −
c
(r)
1
[H
1
(r)
]
2
, c
(r+1)
0
=
H
2
(r)
[H
1
(r)
]
3
.
(3.10) Comoc
(r+1)
0
= H
(r+1)
1
, omparandoaúltima expressão sobrec
(r+1)
0
em(3.10), obtemosH
1
(r+1)
=
H
(r)
2
[H
1
(r)
]
3
.
(3.11)Assim, em (3.7), é importanteque
c
(r)
0
= H
(r)
1
6= 0
. Além disso, de (3.11), on luímos quec
(r+1)
0
= H
1
(r+1)
6= 0
seH
(r)
2
6= 0
. Sejam os polinmiosB
j
(r)
(z) =
j
X
l=0
b
(r,j)
l
z
j−l
eA
(r)
j
(z) =
j−1
X
l=0
a
(r,j)
l
z
j−1−l
,
j = 1, 2, . . . n − r + 1
,denidos através das fórmulas de re orrên iaA
(r)
j
(z) = (α
r−1+j
z + β
r−1+j
)A
(r)
j−1
(z) − A
(r)
j−2
(z),
B
(r)
j
(z) = (α
r−1+j
z + β
r−1+j
)B
(r)
j−1
(z) − B
(r)
j−2
(z),
j = 2, 3, . . . n − r + 1,
(3.12) omA
(r)
0
(z) = 0, A
(r)
1
(z) = 1, B
(r)
0
(z) = 1
eB
(r)
1
(z) = α
r
z + β
r
.
Podemos al ularexpli itamenteo oe ientede maiorgrau,
b
(r,j)
0
,vistoque,apli ando su essivamente a relaçãopara osB
j
,obtemos aseguinteexpressãoB
j
(r)
(z) = (α
r−1+j
z + β
r−1+j
)(α
r−2+j
z + β
r−2+j
) . . . (α
r+1
z + β
r+1
)(B
1
(r)
(z) + B
(r)
0
(z)) + H(z),
onde
H(z)
é um polinmio de grau menor quej
, o que não inuen ia no oe iente de maior grau. Logo, da igualdade a ima,utilizandoo fatoqueB
(r)
1
(z) = α
r
z + β
r
,obtemosb
(r,j)
0
=
j
Y
l=1
α
r−1+l
.
Como a relação de re orrên ia para os
A
(r)
j
(z)
é a mesma, podemos en ontrar o oe- iente de maior grau dosA
(r)
j
(z)
utilizandoo mesmo ra io ínio. A úni a diferença é queA
(r)
1
(z) = 1
. Logo,Para afunção ra ional
A
(r)
j
/B
(r)
j
,valeA
(r)
j
(z)
B
j
(r)
(z)
=
1
1
α
r
z + β
r
− · · · − α
r−1+j
z + β
r−1+j
(3.14) paraj = 1, 2, . . . , n − r + 1
.Fazendo
j = n − r + 1
em (3.14) e omparando (3.14) om (3.6), obtemosA
(r)
n−r+1
(z)
B
n−r+1
(r)
(z)
=
Q
n−r
(z)
Q
n−r+1
(z)
.
Utilizandoa igualdade a ima e(3.2), on luímos que
B
j+1
(r)
(z)
A
(r)
j+1
(z)
= α
r
z + β
r
−
A
(r+1)
j
(z)
B
j
(r+1)
(z)
,
j = 1, 2, . . . , n − r.
(3.15)
Das relaçõesde re orrên ias(3.12) para
A
(r)
j
(z)
eB
(r)
j
(z)
, temos aseguinteidentidadeA
(r)
j+1
(z)B
(r)
j
(z) − A
(r)
j
(z)B
(r)
j+1
(z) = 1.
Aprovadestaarmaçãoseguediretamenteporinduçãosobre
j
. Utilizandoaarmação a ima,temos queA
(r)
j+1
(z)
B
(r)
j+1
(z)
−
A
(r)
j
(z)
B
j
(r)
(z)
=
1
B
j+1
(r)
(z)B
j
(r)
(z)
= ˜
γ
(r)
j
1
z
2j+1
+ O (1/z)
2j+2
,
paraj = 0, 1, . . . , n − r
, onde˜
γ
0
(r)
=
1
b
(r,1)
0
6= 0,
γ
˜
(r)
j
=
1
b
(r,j)
0
b
(r,j+1)
0
6= 0, j = 1, . . . , n − r.
(3.16)Portanto,ostermosdas expansõesemsériedas funçõesra ionais
A
(r)
j
/B
(r)
j
su essivamente oin idem om mais e mais termosde uma série de Laurent. Seja esta sérieF
r
(z)
. Logo,F
r
(z) −
A
(r)
j
(z)
B
j
(r)
(z)
= ˜
γ
j
(r)
1
z
2j+1
+ O (1/z)
2j+2
,
j = 1, . . . , n − r + 1,
(3.17) onde osvalores deγ
˜
(r)
j
,paraj = 1, . . . , n − r
,são omo em(3.16) e,porenquanto,o valor deγ
˜
(r)
Temos, então, de (3.17),que
B
j
(r)
(z)F
r
(z) − A
(r)
j
(z) = γ
(r)
j
1
z
j+1
+ O (1/z)
j+2
,
j = 1, . . . , n − r + 1,
(3.18) ondeγ
(r)
j
= b
(r,j)
0
γ
˜
(r)
j
,j = 1, . . . , n − r + 1
. Comparando aspotên ias dez
j−1
, z
j−2
, . . . , z, 1
em (3.18),obtemosc
(r)
0
b
(r,j)
0
= a
(r,j)
0
c
(r)
0
b
(r,j)
1
+ c
(r)
1
b
(r,j)
0
= a
(r,j)
1
. . . . . . . . .c
(r)
0
b
(r,j)
j−1
+ · · · + c
(r)
j−2
b
(r,j)
1
+ c
(r)
j−1
b
(r,j)
0
= a
(r,j)
j−1
.
(3.19)Similarmente, igualandoos oe ientes de
1
z
,
1
z
2
, . . . ,
1
z
j−1
em(3.18), segue quec
(r)
0
b
(r,j)
j
+ c
(r)
1
b
(r,j)
j−1
+ · · · + c
(r)
j−1
b
(r,j)
1
+ c
(r)
j
b
(r,j)
0
= 0
c
(r)
1
b
(r,j)
j
+ c
(r)
2
b
(r,j)
j−1
+ · · · + c
(r)
j
b
(r,j)
1
+ c
(r)
j+1
b
(r,j)
0
= 0
. . . . . . . . . . . . . . .c
(r)
j−1
b
(r,j)
j
+ c
(r)
j
b
(r,j)
j−1
+ · · · + c
(r)
2j−2
b
(r,j)
1
+ c
(r)
2j−1
b
(r,j)
0
= 0
c
(r)
j
b
(r,j)
j
+ c
(r)
j+1
b
(r,j)
j−1
+ · · · + c
(r)
2j−1
b
(r,j)
1
+ c
(r)
2j
b
(r,j)
0
= γ
j
(r)
(3.20) paraj = 1, 2, . . . , n − r + 1
.Observe que,da primeiraequação dos sistemas(3.19) e (3.20)fazendo
j = 1
, obtemosα
r
= b
(r,1)
0
=
1
H
1
(r)
e β
r
= b
(r,1)
1
=
−c
(r)
1
(H
1
(r)
)
2
.
(3.21) De (3.10) e (3.21), on luímos quec
(r+1)
−2
= α
r
ec
(r+1)
−1
= β
r
.
(3.22)Apli andoa regra de Cramer para
b
(r,j)
0
ao sistema (3.20), obtemosb
(r,j)
0
H
(r)
j+1
= γ
(r)
j
H
(r)
j
,
j = 1, 2, . . . , n − r + 1.
(3.23)Alémdisso, substituindo aúltima equação dosistema (3.20)por
b
(r,j)
j
+ zb
(r,j)
j−1
+ · · · + z
j−1
b
(r,j)
1
+ z
j
b
(r,j)
0
= B
j
(r)
(z)
e apli ando aregra de Cramer para
b
(r,j)
0
ao novo sistema linear,obtemosb
(r,j)
0
c
(r)
0
c
(r)
1
· · · c
(r)
j−1
c
(r)
j
c
(r)
1
c
(r)
2
· · · c
(r)
j
c
(r)
j+1
. . . . . .c
(r)
j−1
c
(r)
j
· · · c
(r)
2j−2
c
(r)
2j−1
1
z
· · · z
j−1
z
j
= H
j
(r)
B
j
(r)
(z).
Então, para que
F
r
(z)
sejaa série que satisfaz (3.17),devemos terH
j
(r)
6= 0,
paraj = 1, 2, . . . , n − r + 1.
Da expressão (3.13)e daprimeira equaçãodo sistema(3.19), segue tambemque
1
α
r
=
a
(r,j)
0
b
(r,j)
0
=
H
1
(r)
H
0
(r)
j = 1, 2, . . . , n − r + 1.
(3.24)Utilizandoo fato de que
γ
(r)
j
= b
(r,j)
0
γ
˜
(r)
j
ea igualdade (3.23),obtemos˜
γ
j
(r)
=
H
(r)
j+1
H
j
(r)
,
j = 1, 2, . . . , n − r + 1.
(3.25) Multipli ando (3.17) porB
j
(r)
(z)
A
(r)
j
(z)F
r
(z)
, obtemosB
(r)
j
(z)
A
(r)
j
(z)
−
1
F
r
(z)
=
B
(r)
j
(z)
A
(r)
j
(z)
1
F
r
(z)
˜
γ
j
(r)
1
z
2j+1
+ O (1/z)
2j+2
,
(3.26)j = 1, . . . , n − r + 1
. Portanto, supondoH
(r)
1
6= 0
, o produto que está fora dos ol hetes dolado direito daúltima expressãoéB
j
(r)
(z)
A
(r)
j
(z)
1
F
r
(z)
=
b
(r,j)
0
z
j
+ · · · + b
(r,j)
j
(a
(r,j)
0
z
j−1
+ · · · + a
(r,j)
j−1
)(
c
(r)
0
z
+ · · · )
,
istoé,
B
j
(r)
(z)
A
(r)
j
(z)
1
F
r
(z)
=
b
(r,j)
0
z
2
a
(r,j)
0
c
(r)
0
+ · · · =
z
2
(c
(r)
0
)
2
+ · · · .
Da últimaexpressão e de (3.26), obtemos
B
(r)
j
(z)
A
(r)
j
(z)
−
F
1
r
(z)
=
γ
˜
(r)
j
(c
(r)
0
)
2
1
z
2j−1
+ O (1/z)
2j
.
Subtraindo (3.7) de (3.15)e usando aúltima relação, on luímos que
F
r+1
(z) −
A
(r+1)
j−1
(z)
B
j−1
(r+1)
(z)
= c
(r)
−2
z + c
(r)
−1
− α
r
z − β
r
+
˜
γ
j
(r)
(c
(r)
0
)
2
1
z
2j−1
+ O (1/z)
2j
,
para
j = 2, . . . , n − r + 1
. Portanto, de (3.22), temosF
r+1
(z) −
A
(r+1)
j
(z)
B
j
(r+1)
(z)
=
˜
γ
j+1
(r)
(c
(r)
0
)
2
1
z
2j+1
+ O (1/z)
2j+2
,
(3.27)para
j = 1, . . . , n − r
. Como em(3.17), se es revermosF
r+1
(z) −
A
(r+1)
j
(z)
B
j
(r+1)
(z)
= ˜
γ
(r+1)
j
1
z
2j+1
+ O (1/z)
2j+2
, j = 1, . . . , n − r,
onde, de (3.27),˜
γ
j
(r+1)
=
γ
˜
(r)
j+1
(c
(r)
0
)
2
,
(3.28)então segue, das igualdades em(3.24), (3.25) ede (3.28),que
1
α
r+1
=
H
(r+1)
1
H
0
(r+1)
,
H
j+1
(r+1)
H
j
(r+1)
= ˜
γ
j
(r+1)
=
˜
γ
j+1
(r)
(c
(r)
0
)
2
=
1
(H
1
(r)
)
2
H
j+2
(r)
H
j+1
(r)
,
para