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Avaliação da qualidade de vida e funcionalidade de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

VITÓRIA SUYANE FERREIRA DA CRUZ

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONALIDADE DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Lagarto (SE) 2019

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Vitória Suyane Ferreira da Cruz

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONALIDADE DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia, da Universidade Federal de Sergipe – UFS, Campus Lagarto, como pré-requisito para obtenção do título de graduada em Fisioterapia.

Orientador: ​Prof. Dr. Carlos José Oliveira de Matos​.

Lagarto (SE) 2019

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Vitória Suyane Ferreira da Cruz

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONALIDADE DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia, da Universidade Federal de Sergipe – UFS, Campus Lagarto, como pré-requisito para obtenção do título de graduada em Fisioterapia.

Orientador: ​Prof. Dr. Carlos José Oliveira de Matos​.

BANCA EXAMINADORA Prof. Dra. Érika Ramos Silva

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Dedico este trabalho em simbolização aos meus cinco anos de graduação, e com ele toda minha gratidão.

A Deus, porque é tudo com Ele. Lâmpada para meus pés. Ao meu pai e a minha mãe por toda dedicação e incentivo. Por todo abraço e conforto. Por todo discernimento, alegria e leveza.

Eu amo ser com vocês. Sou por/para vocês. Ao meu irmão pelo companheirismo e admiração. A minha irmã pelo afeto, e pela minha sobrinha, a que tanto me reergueu,

a minha vibração e luz. Aos meus amigos casa, vocês são família - ininterruptamente.

Gabriel Pereira, por ser minha pessoa (em tudo); João Paulo, por todo suporte e companhia; A Marcela, Samanta e Montino, meu muito obrigada. A minha panelinha, por se fazerem sempre p-r-e-s-e-n-t-e. Por não me deixar -nunca- perecer. À minha pessoa guia, Prof. Ana Maria Braga, sempre colo. Agradeço a Deus por esse encontro em terra. Vocês são incríveis!

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AGRADECIMENTOS

Á Deus por toda gratidão de viver e pelo dom da vida. A Ele, por toda sabedoria, força e coragem. Por sempre me ouvir, sustentar e reerguer. E a Maria, sua mãe, pois não há um pedido que uma mãe faça que seu filho não realize.

Ao meu digníssimo orientador e amigo, Dr. Carlos Matos. Minha gratidão a sua prestatividade e a seu amor à docência. Inteiramente agradecida a sua vontade de me ver crescer intelectualmente, e de me preparar para o mundo. Meu muito obrigada pelas instruções e bons discernimentos. Peço que Deus esteja sempre te fortalecendo e suprindo suas necessidades.

Ao Dr. Lucas Aragão, por toda paciência e serenidade. Por todos ensinamentos e discussões sobre os dados estatísticos, que tanto me enriqueceu.

A minha amiga de curso, Glaucimária, pela sua disponibilidade na coleta da pesquisa, e por todo companheirismo durante toda graduação. Deus te faça feliz!

A minha banca avaliadora, Dra. Érika Ramos pela disponibilidade e por todo cuidado e amor para comigo, e a Dra. Ana Carla, pela atenciosidade e prestatividade. Deus abençoe sempre vocês.

Ao Hospital do Rim, simbolizado por Igor Laytynher, o qual viabilizou a coleta de dados para pesquisa. Agradeço inteiramente, também, a equipe que me acolheu da forma mais bonita possível, e aos indivíduos da amostra, sempre receptivos. Foram dias leves, gratidão!!

Ao DFTL inteiro. Verdadeiramente, cada um de vocês tem participação significativa em minha vida. Chuva de bençãos na vida de cada um e dentro desse departamento inteiro!!

A todas as minhas atividades extracurriculares, que me permitiram viver a Universidade da forma mais íntegra e imersa. Em especial a Liga Acadêmica de Fisioterapia em Terapia Intensiva, Respiratória e Cardiovascular (LAFIRC), Liga Acadêmica Interdisciplinar de Gênero e Sexualidade (LAIGS) e Ambulatório de Cuidado Integral à Saúde da Pessoa Trans de Sergipe, e ao CAFISIO-Lag, que sem sombra de dúvidas participaram da minha construção acadêmica e pessoal.

Àqueles que direta ou indiretamente contribuíram durante todo percurso desses cinco anos. Genuinamente, gratidão!

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SUMÁRIO página 1. INTRODUÇÃO ... 8 2. MATERIAIS E MÉTODOS ... 9 3. RESULTADOS …... 11 4. DISCUSSÃO …... 16 5. CONCLUSÃO …... 20 REFERÊNCIAS …... 21 APÊNDICE I …... 24 APÊNDICE II …... 26 ANEXO I …... 27 ANEXO II …... 29

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E FUNCIONALIDADE DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

EVALUATION OF QUALITY OF LIFE AND FUNCTIONALITY OF PATIENTS CHRONIC RENAL IN HEMODIALYSIS TREATMENT

RESUMO

INTRODUÇÃO: ​A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um dano renal insidioso, assintomático, progressivo e irreversível. Somada ao tratamento hemodialítico desencadeia efeitos negativos sobre o sistema cardiorrespiratório, músculo-esquelético e qualidade de vida (QV). Por isso, buscou-se avaliar funcionalidade, qualidade de vida e força muscular respiratória e o pico de fluxo expiratório em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise. ​MATERIAIS E MÉTODOS: Um estudo de caráter transversal e descritivo, com amostra por conveniência de 30 indivíduos. Utilizou-se uma ficha de identificação individual, o instrumento de avaliação da qualidade de vida ​Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form (KDQOL- SF) e o instrumento de ​Medida de Independência Funcional (MIF). Também, testes específicos para avaliação de força muscular respiratória (FMR) e do pico de fluxo expiratório (PFE). ​RESULTADOS​: Uma amostra homogênea caracterizada como adultos velhos, de baixa escolaridade, e na sua maioria hipertensos e diabéticos. Indivíduos com independência funcional completa (MIF: 118,13 ± 17,1) . Notou-se grande declínio na força muscular respiratória e no pico de fluxo expiratório, cerca de 40-50% dos valores preditos. Com impacto significativo sobre a situação do trabalho e função sexual, 25 ± 42,9 e 45,5 ± 44,3, respectivamente. Obteve-se valores positivamente significativos sobre interação social e estímulo por parte da equipe de diálise. CONCLUSÃO: Concluiu-se que não há impactos em sua funcionalidade. Todavia, há declínio significativo em parâmetros funcionais respiratórios, como na força muscular respiratória e no pico de fluxo expiratório, bem como também na qualidade de vida relacionada à saúde dos doentes renais crônicos em tratamento hemodialítico.

DESCRITORES: ​Insuficiência renal; diálise renal; doença crônica; pressões respiratórias máximas; qualidade de vida.

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ABSTRACT

INTRODUCTION: ​Chronic Renal Failure (CBR) is an insidious, asymptomatic, progressive and irreversible renal damage. Added to hemodialysis treatment triggers negative effects on the cardiorespiratory, musculoskeletal system and quality of life (QOL). Therefore, we sought to evaluate functionality, quality of life and respiratory muscle strength and peak expiratory flow in patients with chronic renal failure on hemodialysis. ​MATERIALS AND METHODS: ​A cross-sectional and descriptive study, with a convenience sample of 30 individuals. An individual identification form, the Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form (KDQOL- SF) quality of life assessment instrument and the Functional Independence Measure (FIM) instrument were used. Also, specific tests for evaluation of respiratory muscle strength (MRF) and peak expiratory flow (PFE). ​RESULTS: A homogeneous sample characterized as old adults with low schooling, and mostly hypertensive and diabetic. Individuals with complete functional independence (MIF: 118.13 ± 17.1). There was a great decline in respiratory muscle strength and peak expiratory flow, about 40-50% of predicted values. With significant impact on the situation of work and sexual function, 25 ± 42.9 and 45.5 ± 44.3, respectively. Positive values were obtained on social interaction and stimulation by the dialysis team. ​CONCLUSION: It was concluded that there are no impacts on its functionality. However, there is a significant decline in respiratory functional parameters, such as respiratory muscle strength and peak expiratory flow, as well as in the health-related quality of life of chronic renal patients undergoing hemodialysis treatment. KEYWORDS: Renal failure; renal dialysis; chronic disease; maximum respiratory pressures; quality of life.

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1. INTRODUÇÃO

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) têm aumentado em prevalência com o passar dos anos, ​gerando crescentes problemas econômicos, sociais, desenvolvimento de comorbidades e gastos na saúde pública. Além disso, seu negativo impacto sobre a funcionalidade e a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes (QVRS), tem chamado a atenção do governo, levando-o a criar políticas públicas que promovam saúde, previnam doenças e aumentem a qualidade de vida (MENEZES et al 2015; MALTA et al, 2017).

Doenças cardiovasculares e respiratórias são as mais frequentes dentre as DCNT, tendo uma estreita relação com a Insuficiência Renal Crônica (IRC) (SBN, 2013). De acordo com o Censo 2017 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a estimativa nacional da taxa de prevalência e de incidência de pacientes com IRC realizando diálise, foi de 610 pacientes por milhão da população (pmp) e 193 pmp, respectivamente. ​Alguns fatores de risco são propícios para aparecimento da IRC, sendo eles: hipertensão arterial, diabetes, envelhecimento e uso de medicações nefrotóxicas (THOMÉ et al., 2017).

A IRC é um dano renal insidioso, assintomático, progressivo e irreversível. Normalmente, identificado a partir da diminuição dos marcadores na taxa de filtração glomerular (TFG) e/ou lesão parenquimatosa renal, presentes por 3 ou mais meses. Associada, também, com a perda de funções regulatórias, excretórias e endócrinas do rim (​K/DOQI, 2003; KDGO, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

É estabelecido um estado de descondicionamento, fadiga muscular, astenia, dispneia, fraqueza muscular, descoloração da pele, emagrecimento e edema, decorrentes da doença renal crônica em associação com alterações pulmonares e degradação musculoesquelética. A soma destes fatores, que apresentam inter-relação e retroalimentação, interfere diretamente na QVRS, funcionalidade e condição da imagem corporal (utilização da fístula arteriovenosa (FAV). Há perda da autonomia para atividades habituais, modificação do estado econômico (financeiro). O tratamento dialítico regular, realizado normalmente três vezes/semana durante cerca de 3 a 4 h/dia, contribuem para a dessocialização. Novos hábitos alimentares devem ser estabelecidos e o déficit da capacidade física e da saúde mental, deve ser considerado. O círculo vicioso da redução na capacidade funcional, função muscular respiratória e força muscular global dos pacientes deve ser interrompido (MACHADO e PINHATTI, 2014;

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FASSBINDER et al, 2015; SANTOS et al, 2017).

Esta pesquisa, teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico, considerando nível de independência funcional, parâmetros funcionais respiratórios, comparando os valores obtidos aos valores preditos, bem como correlacionando-os ao tempo em que realizavam a hemodiálise e suas comorbidades. Ademais, averiguar ​a relação de tempo de hemodiálise e doenças associadas​ na qualidade de vida em pacientes renais crônicos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa de caráter transversal, com amostras obtidas no Hospital do Rim de Sergipe, localizado na ​Rua Arauá, 02 - 41 - Centro, Aracaju - SE, CEP: 49010-330. A amostra foi de 30 indivíduos adultos de ambos os sexos, com idade acima de 40 anos. Foram incluídos aqueles que tivessem diagnóstico clínico de IRC em tratamento hemodialítico por no mínimo, 6 meses e que concordassem em participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice I) (BARATA, 2015). Os critérios de exclusão estiveram relacionados à instabilidade hemodinâmica (doenças cardiovasculares e respiratórias graves), presença de ​deficiência física ou mental e de doenças osteomusculares como artrite, osteoporose, fraturas, lesões ou traumas.

Foram utilizados na coleta de dados uma ficha de identificação (Apêndice II), o instrumento de ​Medida de Independência Funcional (MIF) (Anexo I) (RIBERTO et al, 2004) e o questionário de Qualidade de Vida ​Kidney Disease and Quality-of-Life Short-Form (KDQOL- SF) (Anexo II) (DUARTE et al., 2005). ​Também os testes específicos como a avaliação de força muscular respiratória, através da manovacuometria (NEDER et al, 1999) e o teste de eficácia respiratória, através do pico de fluxo expiratório com o Peak Flow Meter ® (SOUZA, 2002) (Apêndice II).

A fim de evitar a fadiga muscular estabeleceu-se uma sequência de avaliação para todos os participantes, cuja sequência partiu da explicação dos objetivos da pesquisa → assinatura do TCLE → Ficha de identificação individual → Avaliação da Funcionalidade (MIF) → Medida das pressões respiratórias máximas (Pimáx e Pemáx) → Avaliação da Qualidade de vida ​→​ Medida do Pico de fluxo expiratório.

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informações gerais sobre o indivíduo (nome, idade, sexo, tempo de diagnóstico de IRC, tempo e frequência semanal do tratamento hemodialítico, altura, peso corporal, índice de massa corporal e doenças associadas).

A qualidade de vida desses indivíduos ​foi averiguada pelo questionário ​KDQOL-SF, sendo a junção do SF-36 mais 43 itens sobre doença renal crônica especificamente. No total são 19 dimensões (8 gerais e 11 específicos): funcionamento físico, limitações causadas por problemas da saúde física, limitações causadas por problemas da saúde emocional, funcionamento social, saúde mental, dor, vitalidade (energia/fadiga), percepções da saúde geral, estado de saúde atual comparado há um ano atrás, sintomas/problemas renais, efeitos da doença renal sobre a vida diária, sobrecarga imposta pela doença renal, condição de trabalho, função cognitiva, qualidade das interações sociais, função sexual e sono. Inclui também três escalas adicionais, que são: suporte social, estímulo da equipe da diálise e satisfação do paciente. O questionário foi convertido em escores de acordo com as recomendações e tabelas fornecidas pelo KDQOL ​Working Group​ (DUARTE et al., 2005).

Segundo Hays e colaboradores (1997), o ​Working Group do KDQOL-SF, o score de cada pergunta varia entre 0 e 100, sendo que quanto menor a pontuação maior o impacto negativo na vida do indivíduo e quanto maior a pontuação maior impacto positivo na vida do indivíduo. Entende-se que no score final de cada dimensão, quanto mais próximo do valor total (100), melhor sua qualidade de vida.

A funcionalidade avaliada pelo instrumento de Medida de Incapacidade e Funcionalidade (MIF) quantifica, especificamente, a realização de uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida diária. O instrumento contém perguntas relacionadas ao autocuidado, transferência, locomoção, controle esfincteriano, comunicação e cognição social, incluindo memória, interação social e resolução de problemas. São 18 questões, que variam a pontuação entre 1 a 7 pontos cada, dependência total a independência completa, respectivamente (RIBERTO et al., 2004).

Quanto aos parâmetros funcionais respiratórios, a força muscular respiratória mensurada pela manovacuometria baseia-se na técnica de ​Neder et al. (1999): ​o paciente realiza cinco manobras de Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e cinco manobras de Pressão Expiratória Máxima (PEmáx), sendo que cada uma delas é mantida por três segundos. Para realização efetiva do teste, o indivíduo permanece sentado, com as narinas ocluídas por um

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clipe nasal; o avaliador segura firmemente o bocal contra os lábios, a fim de evitar vazamento de ar, em ambas manobras (inspiração e expiração). A PImáx é medida durante esforço iniciado a partir do volume residual, já a PEmáx durante esforço iniciado a partir da capacidade pulmonar total. O valor a ser considerado para análise dos resultados será o maior valor obtido para PImáx e para PEmáx, contando que a variabilidade entre as medidas não excedesse a 10% com relação ao maior valor obtido. Caso contrário, o teste deverá ser refeito com um intervalo de descanso.

A fórmula utilizada para o cálculo dos valores de referência e os obtidos na coleta foi, também, do estudo de Neder et al. (1999):

Mulheres Homens

PImáx y= -0,49 (idade) + 110,4 y= -0,80 (idade) +155,3

PEmáx y= -0,61 (idade) + 115,6 y= -0,81 (idade) +165,3

Por fim, análise do pico de fluxo expiratório, com o voluntário em pé, cabeça posicionada na linha média e sem uso de clipe nasal, realiza uma inspiração máxima, seguida de uma expiração total rápida e forçada no instrumento peak flow meter, por 2 segundos, partindo do volume pulmonar máximo. Essa manobra é realizada 3 vezes, com intervalo de 30 segundos, e caso a diferença entre elas seja de 40 L/min serão realizadas 5 manobras, e a maior delas é estabelecida como registro (SOUZA, 2002).

A análise estatística descritiva está apresentada como média ± desvio padrão, frequência relativa e absoluta, mínimo e máximo, e porcentagem. Para variáveis quantitativas, realizou-se o teste de normalidade (Levene). Direcionando aos outros testes de comparação entre as médias, os dados paramétricos, realizou-se o Teste student (t), e o Teste Mann Whitney (U) para os dados não paramétricos. Para correlacionar as variáveis utilizou-se o teste de Spearman, considerando valores significativos: p ≤ 0,05. Houve, também, a verificação dos dados com a regressão linear simples e múltipla para relação de causa e efeito.

O presente trabalho foi aprovado pelo CEP da Universidade Federal de Sergipe sob protocolo CAAE n° 12241019.3.0000.5546, e número de parecer 3.423.094.

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3. RESULTADOS

Uma amostra homogênea apresentando a média de idade adultos maduros (62 ± 9,17 anos), tendo 46,6% da amost ra com mais de 8 anos de grau de escolaridade. A análise da média das variáveis peso e estatura levou ao IMC 25 ± 4,3 Kg/m², encaixando-se numa população acima do peso (obesidade). O estado civil da amostra indicou-se 50% casados (15), 30% solteiros (9) e 20% viúvos (6). O tempo de tratamento hemodialítico teve cerca de 49,1 ± 38,9 meses, com frequência atual de 12±0,52 horas por semana. Quanto à ocupação, apenas 2 (6,6%) indivíduos ainda trabalham e o restante encontram-se aposentados. As comorbidades associadas são, predominantemente, a diabética e hipertensiva (Tabela 1).

Tabela 1: Apresentação da média e desvio padrão das características gerais destes sujeitos:

VARIÁVEIS MÉDIA DP IDADE (ANOS) 62 9,17 PESO (Kg) 69,6 16,7 ESTATURA (m²) 1,65 0,08 IMC (Kg/m²) 25 4,3 THD (MESES) 49,1 38,9 FHD (HORAS/SEMANA) 12 0,52 DOENÇAS ASSOCIADAS n % HIPERTENSÃO 14 46,7 DIABETES 1 3,3 HAS + DM 8 26,7 SEM COMORBIDADES 7 23,3

Legenda: DP: Desvio padrão; F/M: Feminino/masculino; IMC: Índice de massa corpórea; THD: Tempo de Hemodiálise; FHD: Frequência de Hemodiálise; HAS: Hipertensão arterial sistêmica; DM: Diabetes melittus.

A média dos parâmetros respiratórios medidos estavam abaixo dos valores preditos. Devido a distribuição paramétrica, os dados de pressão inspiratória máxima (PImáx obtida) foram comparados a partir do teste de t, obtendo 44,71% (- 41,56 ± 13,14 cmH2O) do previsto na literatura (p<0,01). Já os dados de pressão expiratória (PEmáx obtida), não

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paramétricos, foram comparados pelo teste de Mann Whitney, e demonstrou uma diferença mais significativa entre as médias, cerca de apenas 49,45% (+ 47,63 cmH2O) do valor predito (p<0,01). Por fim, o pico de fluxo expiratório (PFE), sendo realizado o teste Mann Whitney (p<0,01) e atinge somente 47,53% (164 ± 74,83 L/min) do valor esperado pela literatura (tabela 2).

Tabela 2: Apresentação das médias e desvios padrões de força muscular respiratória e pico de fluxo expiratório dos indivíduos da amostra:

PImáx obtida PImáx predita PEmáx obtida PEmáx predita PFEmáx obtido PFEmáx predito Média ± DP -41,56 ± 13,14 -92,94 ± 14,5 47,73 ± 12,33 96,52 ± 20,13 164 ± 74,83 345,8 ± 19,64 p 0,01 0,01 0,01

Legenda: PImáx obtida: pressão inspiratória máxima obtida dentro da amostra; PImáx predita: pressão inspiratória máxima predita pela literatura; PEmáx obtida: pressão expiratória máxima obtida dentro da amostra; PEmáx predita: pressão expiratória máxima predita pela literatura; PFEmáx obtido: pico de fluxo expiratório máximo obtido dentro da amostra; PFEmáx predito: pico de fluxo expiratório máximo predito pela literatura; p<: valor significativo inferior a 0,05.

Os dados da escala de MIF alcançam, em sua média, a classificação de independência funcional, e totalizam 118,13 ± 17,1 (51-126) pontos, sem nenhum impacto nos domínios de forma individual. As médias variam entre 6,3 e 6,9 pontos, nas dimensões memória e interação social, respectivamente (tabela 3).

Tabela 3: Apresentação das médias e desvios padrões da Medida de Independência e Funcionalidade (MIF) da amostra:

VR AC TRANS LOC CE CM CG ME IS RP Tt

MÉDIA 6,50 6,73 6,45 6,63 6,7 6,43 6,33 6,93 6,3 118,13

DP ± 1,5 ± 1,12 ± 1,24 ± 1,4 ± 0,6 ± 1,3 ± 1,5 ± 0,3 ± 1,7 ± 17,1 Legenda: VR: Variáveis; DP: Desvio padrão; AC: Autocuidado; TRANS: Transferência; LOC: Locomoção; CE: Controle esfincteriano; CM: Comunicação; CG: Cognição; ME: Memória; IS: Interação social; RP: Resolução de problemas; Tt: Total.

Analisando a qualidade de vida (tabela 4), apresenta-se o questionário KDQOL - SF, nos seus primeiros 11 domínios (específicos para doentes renais crônicos). Nota-se 3 dimensões com valores inferiores a metade da sua pontuação (50 pontos), sendo eles: (D3)

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Sobrecarga da doença renal, (D4) Situação do trabalho e (D7) Função sexual. Já na tabela 5, mostra as 8 últimas dimensões (perguntas gerais), onde contém a parte genérica do SF-36. Nenhum domínio apresentou valores abaixo de 50 pontos, mas obteve 3 dimensões nessa faixa: (D12) Funcionamento Físico, (D13) Função Física e (D17) Função emocional. A média geral do questionário resultou pouco acima da metade da pontuação total (64,5 ± 16,5). No geral, apenas dois domínios obtiveram destaque com pontuações altas: (D6) Qualidade da interação social e (D10) Estímulo por parte da equipe de diálise, apresentando a média de 88 ± 24,3 e 87,9 ± 25,8, respectivamente.

Tabela 4: Apresentação das médias e desvios padrões dos domínios específicos (11) do questionário de qualidade de vida (KDQOL-SF) dos doentes:

VR D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10 D11

MÉDIA 73,7 70,8 37,7 25 81,1 88 45,5 74,2 80,6 87,9 65,5

DP 34,8 37,6 44,4 42,9 28,3 24,3 44,3 33,2 32,6 25,8 27,6 Legenda: VR: Variáveis; DP: Desvio padrão; D1: Lista de sintomas/Problemas; D2: Efeitos da doença renal; D3: Sobrecarga da doença renal; D4: Situação do trabalho; D5: Função cognitiva; D6: Qualidade da interação social; D7: Função sexual; D8: Sono; D9: Suporte social; D10: Estímulo por parte da equipe de diálise; D11: Satisfação do paciente.

Tabela 5: Apresentação das médias e desvios padrões dos domínios gerais (8) do questionário de qualidade de vida (KDQOL-SF) dos doentes:

VR D12 D13 D14 D15 D16 D17 D18 D19 TT

MÉDIA 55,5 52,5 71,2 61,5 70,3 55,7 65,8 62,3 64,5

DP 43,6 50,1 35,1 39,4 32,4 49,8 34,1 35,7 16,5 Legenda: VR: Variáveis; DP: Desvio padrão; D12: Funcionamento Físico; D13: Função Física; D14: Dor; D15: Saúde Geral; D16: Bem-Estar Emocional; D17: Função Emocional; D18: Função Social; D19: Energia/Fadiga; TT: Total do KDQOL-SF.

Correlacionando os dados utilizados como apresentado na tabela 6 ​, de acordo com a correlação de Spearman entre tempo de hemodiálise, doenças associadas, força muscular respiratória, pico de fluxo expiratório e funcionalidade, somente existem correlações fraca e moderada. Houve correlação moderada (r entre 0.4 e 0.69) de que quanto menor a PImáx obtida, maiores os valores de PEmáx obtida, MIF e PFEmáx obtida (r=-0.68; r=-0.49; r=-0.58; respectivamente). Outro achado foi referente a PEmáx obtida e MIF, tendo uma

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correlação fraca e positiva (r=0.39).

Tabela 6: Apresentação da correlação de Spearman (r)¹ entre tempo de hemodiálise, doenças associadas, força muscular respiratória, pico de fluxo expiratório e funcionalidade da amostra:

PFEmáx obtida MIF PEmáx

obtida PImáx obtida THD MIF .286¹ PEmáx obtida .300¹ .396¹ PImáx obtida -.589¹ -.494¹ -.682¹ THD -.380¹ .318¹ .135¹ .068¹ DA .186¹ -.264¹ .192¹ .062¹ -.327¹

Legenda: MIF: Medida de Independência Funcional; PEmáx obtida: pressão expiratória máxima obtida dentro da amostra; PImáx obtida: pressão inspiratória máxima obtida dentro da amostra; THD: Tempo de hemodiálise; DA: Doenças associadas; PFEmáx obtido: pico de fluxo expiratório máximo obtido dentro da amostra.

A regressão foi realizada para verificar a influência das variáveis estudadas com o tempo de hemodiálise, sendo que o modelo foi previsor apenas no ​KDQOL-SF de forma significativa nos domínios (D4) Situação do trabalho (p<0,05), (D5) Função cognitiva (p<0,05) e (D9) Suporte social (p<0,05).

Realizou-se a regressão múltipla e o modelo foi determinante na variável PImáx obtida como previsor da MIF ( ​p<0.05). A partir da análise linear múltipla, os domínios (D18) Função Social e (D16) Bem-Estar Emocional do KDQOL-SF expressou-se de forma significativa como previsores de MIF (p<0,05).

Considerando PImáx obtida como fator, a análise de regressão múltipla resultou em um modelo significativo que determinou como previsores as variáveis PEmáx obtida e MIF (p<0.05). A análise linear múltipla para KDQOL-SF foi significativo e indicou que os domínios (D1) Lista de sintomas/Problemas e (D12) Funcionamento Físico são previsores de PImáx obtida (p<0,05).

Tendo como fator o PFEmáx obtido, a análise linear múltipla indicou que a variável PImáx obtida é previsora de forma significativa (p<0,05). Já com o KDQOL-SF, o modelo significativo identificou como previsores (D10) Estímulo por parte da equipe de diálise (p<0,05), (D11) Satisfação do paciente ( ​p​<0,05), (D15) Saúde Geral (​p​<0,05) e (D18) Função

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Social (​p<​0,05).

A partir da análise de regressão multivariada, notou-se que não houve impacto significativo nas variáveis (força muscular respiratória, pico de fluxo expiratório e funcionalidade) considerando dois grupos de tempo de hemodiálise (1°: menor igual a 36 meses e 2°: maior que 36 meses) e doenças associadas. Já a análise de regressão multivariada do KDQOL-SF considerando esse tempo de hemodiálise e doenças associadas como fatores, houve impacto significativo nas dimensões (D8) Sono, (D14) Dor e (D15) Saúde geral (tabela 7).

Tabela 7: Análise de regressão multivariada considerando KDQOL-SF​ x ​doenças associadas e tempo de hemodiálise como fatores:

VARIÁVEL RC IC 95% p

(D8) SONO .986 .973 - .999 .034

(D14) DOR 1.063 1.001 - 1.128 .046

(D15) SAÚDE GERAL .970 .998 - .998 .037

Legenda: RC: Razão de chances; IC.: Intervalo de confiança 95%; p: valor de significância (p<0,05). 4. DISCUSSÃO

Dados das últimas décadas evidenciam alta prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) em pacientes que apresentam DRC (LEVIN, et al., 2013). Dessa forma, o presente estudo também corrobora com isso, todavia com maior ênfase para HAS, em seguida a associação da mesma com DM e uma menor taxa para DM exclusivamente, acompanhando a mesma linha dos estudos encontrados realizados na região do nordeste do país (JUNIOR, et al., 2014; ALMEIDA, et al., 2013).

Todavia no último Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica (2017) notou-se que o maior motivo de admissão na diálise foi a Diabetes Mellitus, embora não a mesma esteja em maior número nessa população. Evidencia-se que ambas etiologias supracitadas são acometimentos crônicos silenciosos, os quais são comumente descobertos devido alguma complicação, como por exemplo: infarto, hipoglicemia e insuficiência renal. Por isso a importância do diagnóstico precoce para tratamento de qualidade e acompanhamento contínuo, a fim de evitar agravos cardio-cerebrovasculares (MACHADO, et al., 2014; CREWS, et al. 2019).

Intimamente ligados as etiologias são dieta nutricional e o nível de atividade física desenvolvida, que com o passar dos anos acomodou-se a alimentos mais industrializados e ao

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sedentarismo, provocando alterações no peso e na distribuição de massa. A amostra em questão apresenta-se no nível de obesidade, todavia não foi coletado o nível de atividade física destes indivíduos, mas a literatura brasileira traz que cerca de 59 a 78% destes são sedentários, devido a alterações físicas e psicológicas derivadas da uremia. Esses fatores predispõem a maiores índices de síndromes metabólicas (ARAÚJO, et al., 2016; RIBEIRO, et al., 2018).

Esses achados mostram a importância de enfatizar a capacitação, conscientização e vigilância ofertada por uma equipe de profissionais, como forma de cuidado interdisciplinar demonstrando a importância de mudanças de hábitos de vida (alimentares e físicos), para melhorar o cuidado com essa população ( KOVESDY, et al. 2017; SARMENTO, et al., 2018). Uma barreira nesse público é a oferta de tempo (normalmente, 12 horas semanais) para seu tratamento hemodialítico, o que pode ser uma limitação a flexibilidade da dieta alimentar e a prática de exercícios físicos regulares (AOIKE, et al., 2015; KOJI, et al., 2017)

O presente estudo evidencia que os indivíduos passam boa parte de seu tempo (cerca de 12 horas semanais) com outros doentes renais e com a equipe multiprofissional de suporte. Santos et al. (2018) a partir de um olhar etnográfico abordam o bom impacto dessa frequência assídua no local onde realiza-se o tratamento hemodialítico, que gera uma relação de afeto e companheirismo. Notando que apesar de ser um tempo longo gasto no tratamento, o ambiente ser cercado com pessoas que entendem seus problemas os dá maior propensão de novas possibilidades. Justificando o impacto positivo entre tempo de hemodiálise e o suporte social apresentado no QV.

É fato que o tratamento hemodialítico ocasiona um ciclo vicioso de declínio funcional (SANTOS et al, 2017). Então, diversos estudos apontam que esses pacientes sob tratamento apresentam redução da capacidade funcional, com impacto no desenvolvimento de atividades básicas do dia-a-dia. Todavia esse impacto funcional não foi encontrado neste estudo, visto que o valor da MIF resultou independência completa ( 118,13), corroborando com o estudo de OLLER et al. (2012), que aplicou esse questionário em 214 pacientes com características semelhantes e obteve o resultado similar de 118,33 pontos. Isso justifica-se, possivelmente, pela intervenção medicamentosa para manter da melhor forma possível sua funcionalidade, bem como o impacto de renda familiar e grau de escolaridade, que quando visto na literatura, ambos maiores há melhor estado de funcionalidade (TAVARES, et al., 2017).

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Somado a redução da capacidade funcional, é verídico que existe redução na função pulmonar. Encontra-se na literatura cerca de 40-50% dos valores esperados para a população saudável, sendo exatamente esse o achado no presente estudo, onde resultou um déficit bastante significativo da força da musculatura respiratória e no pico de fluxo expiratório (FASSBINDER et al., 2014; POSSER et al., 2016; CAMPOS et al., 2018). Vale ressaltar que quanto menor o valor da PImáx, melhor o desempenho muscular. A correlação negativa, evidenciada nesse estudo, entre PImáx, MIF e PEmáx, fortalece ainda mais a ideia de que quanto maior o equilíbrio da musculatura inspiratória e expiratória, melhor a sua funcionalidade (BAE, et al. 2015).

A qualidade de vida do paciente renal crônico é afetada diretamente pela forma de enfrentamento da doença e de suas consequências, no tempo de tratamento e suas doenças associadas, variáveis essas as quais foram vistas significativa correlação estatística entre os dados, reforçando o estudo de Oliveira et al. (2016). A peculiaridade da escolha do questionário específico para a população renal crônica, ​nos deu maior direcionamento as características dos doentes renais crônicos, de forma eficaz e direta, tendo baixo custo e fácil entendimento.

Em nossos resultados observamos que existe congruência com os estudos de Oliveira et al. (2016) e Lopes et al. (2014), posto que em nossa pesquisa, o domínio mais afetado negativamente é a dimensão ​(D4) Situação do trabalho. Esse domínio inside em relatar o que o status de trabalho diz respeito à interferência da doença para o status de trabalho atual. Visto que apenas 2 indivíduos da nossa amostra ainda trabalham, isso possivelmente acarreta na declínio em aspectos físicos e mentais. Corroborando de forma evidente nos achados do estudo com forte diminuição dos valores das dimensões (D12) Funcionamento Físico, (D13) Função Física e (D17) Função emocional.

A segunda dimensão com maior impacto negativo foi a (D3) Sobrecarga da doença renal, a qual segundo Gonçalves et al. (2015) que também obteve esse resultado, relata que a própria dimensão com a média inferior a 50 pontos não é capaz de expressar a aparência cansada, deprimida e as queixas dos sintomas destes indivíduos. A terceira dimensão mais acometida é a (D11) Função sexual, que na literatura normalmente não traz nenhum impacto significativo na vida do indivíduo, mas que no presente estudo ficou entre as três dimensões de menor média, e maior impacto negativo na QV.

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No estudo de Santos et al. (2014) em concordância com esse achado, justifica haver possíveis desentendimentos nas respostas do questionário, devido a omissão da correta informação pelo paciente, na medida que possa haver um sentimento de constrangimento sobre sua sexualidade. Todavia, na amostra em discussão, por informações colhidas durante preenchimento do KDQOL-SF, os indivíduos sentem-se sua sexualidade diretamente afetada com sua doença.

Como anteriormente abordado, sobre o grande impacto na situação de trabalho, existe outro fator diretamente ligado, o tempo de hemodiálise, sendo justificado a partir do princípio de tratamento (HD), o qual inviabiliza o comprometimento com a carga horária trabalhista. Estudos ainda associam a ausência de trabalho com o déficit cognitivo devido a baixa de atividades no dia-a-dia. Todavia, apesar dos impactos depreciativos do maior tempo no tratamento hemodialítico, o indivíduo acaba encontrando seu suporte social com seus cuidadores dentro e fora das suas clinicas de hemodialise (BARBOSA, et al., 2017; EVERLING, et al., 2016).

O impacto que o domínio (D8) Sono recebeu do tempo de hemodiálise e das doenças associadas, segundo Parvan e colaboradores (2013) se diz respeito à fadiga intensa, que pode ocasionar insônia, associada também, às preocupações com o prognóstico, baixa escolaridade e idade avançada. Outra dimensão foi afetada por esses dois fatores, que foi (D14) Dor, controverso na literatura, a qual assegura que os individuos estão sob efeitos de diversos medicamentos analgesicos. Porém, deve-se levar em consideração que a amostra conta com indivíduos adultos maduros, os quais podem apresentar um nível maior de deterioração física (GONZALÉZ, et al., 2019; GONÇALVEZ, et al., 2015).

O questionário QV nos traz um dado importante quando elucida que o THD e suas doenças associadas geram impacto em como estes indivíduos encaram seu estado de saúde geral (dimensão 18). São pacientes que se veem doentes na maior parte do tempo, com pouca confiança no prognóstico e pouco ânimo de vida. Chama atenção a importância do cuidado integral de forma a ser abordado pela equipe multidisciplinar, com ênfase nos cuidados nutricionais e psicológicos, sendo um dos quesitos mais queixosos durante as entrevistas, devido às restrições alimentares (CAVALCANTE, et al., 2013).

O estudo apresentou limitações referentes a investigação sobre a funcionalidade e as dimensões do KDQOL-SF afetadas dos indivíduos, onde a literatura traz como influenciador

(21)

a renda familiar e a qualidade de vida prévia ao diagnóstico, informações essas não coletadas. Um fator diferente retrato no presente estudo é sobre o modelo de serviço da coleta de dados (hospital particular/conveniado), já que os estudos normalmente trazem instituições públicas, o que pode ter interferido nos resultados das variáveis do estudo, foi o local da coleta

5. CONCLUSÃO

Concluiu-se que houve declínio em parâmetros funcionais respiratórios, tanto na força muscular respiratória quanto no pico de fluxo expiratório. Apesar de não haver declínio na funcionalidade, de forma geral. A qualidade de vida mostrou dificuldade na manutenção do trabalho remunerado concomitante a terapêutica, seguido do baixo desempenho sexual que está muito ligado ao depreciamento psicológico. Sendo as dimensões Dor, Saúde Geral e Sono quando relacionadas com hipertensão arterial e diabetes mellitus, as mais afetadas negativamente. Por fim, quanto maior o tempo de tratamento hemodialítico, maior a comodidade social e aceitação do prognóstico.

O estudo abre diversas outras linhas de pesquisa como a correlação entre cada dimensão do questionário de qualidade de vida.. Entender outros fatores que podem influenciar o declínio na função sexual dos mesmos. Bem como o custo-efetividade de um programa de exercício físico, durante ou não a hemodiálise, para população em questão.

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REFERÊNCIAS

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4. CAMPOS, et al. Efeito do treinamento muscular respiratório em pacientes submetidos à hemodiálise: uma revisão sistemática. Motricidade. 2018, vol. 14, n. 1, pp. 232-239 5. CARRILLO-ALGARA, Ana Julia et al. Escalas para avaliar a qualidade de vida em

pessoas com doença renal crônica avançada: revisão integrativa. ​Enferm Nefrol , Madri, v. 21, n. 4, p. 334-347, dez. 2018.

6. CREWS, Deidra C., et al. 2019 World Kidney Day Editorial - burden, access, and disparities in kidney disease. J. Bras. Nefrol., São Paulo , v. 41, n. 1, p. 1-9, Mar. 2019.

7. DUARTE, et al. Cultural adaptation and validation of the "Kidney Disease and Quality of Life Short Form (KDQOL-SF 1.3)" in Brazil. ​Braz J Med Biol Res​. 2005;38:261-70.

8. EVERLING, Jarbas et al. Eventos associados à hemodiálise e percepções de incômodo com a doença renal.​ av.enferm.​, Bogotá , v. 34, n. 1, p. 48-57, Jan. 2016. 9. JUNIOR, et al. Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes em programa crônico de

hemodiálise em João Pessoa - PB. J Bras Nefrol 2014;36(3):367-374.

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11. KDIGO 2012 Clinical practice guideline for the evaluation and management of chronic kidney disease. Kidney Int Suppl 2013;3:1-150.

12. KOVESDY, et al., em nome do Comitê Gestor do Dia Mundial do Rim. Obesidade e Doença Renal: Consequências Ocultas da Epidemia, ​American Journal of Hypertension​ , Volume 30, Edição 30, Edição 3, 1 de março de 2017.

13.LOPES, Jéssica Maria et al . Qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes renais crônicos em diálise. Acta paul. enferm.​, São Paulo , v. 27, n. 3, p. 230-236, jun. 2014.

14. MACHADO, Gabriela Rocha Garcia; PINHATI, Fernanda Romanholi. Tratamento de diálise em pacientes com insuficiência renal crônica. Cadernos UniFOA, Volta Redonda, n. 26, p. 137-148, dez. 2014

(23)

15. MALTA, DC et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. ​Rev Saúde Pública​. 2017 16. MENEZES, Fabiana Gatti et al. Panorama do tratamento hemodialítico financiado

pelo Sistema Único de Saúde - Uma perspectiva econômica. ​J Bras Nefrol 2015;37(3):367-378.

17. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica – DRC no Sistema Único de Saúde/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.: 37 p.: il.

18. NEDER, et al. Reference values for lung function tests. I. Static volumes. Braz J Med Biol Res. 1999;32(6):703-17.

19. OLLER, Graziella Allana Serra Alves de Oliveira et al . Independência funcional em pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev. Latino-Am. Enfermagem​, Ribeirão Preto , v. 20, n. 6, p. 1033-1040, Dec. 2012.

20. PARVAN, et al. Quality of sleep and its relationship to quality of life in hemodialysis patients. ​J Caring Sci​. 2013;2(4):295–304. Published 2013 Nov 30. doi:10.5681/jcs.2013.035.

21. POSSER, Simone Regina et al. Capacidade funcional, força muscular pulmonar e respiratória em indivíduos submetidos à hemodiálise. ​Fisioter. mov. ​, Curitiba, v. 29, n. 2, p. 343-350, junho de 2016.

22. RIBEIRO, et al. Perfil Epidemiológico dos portadores de insuficiência renal crônica submetidos à terapia hemodialítica. ​Enfermagem em Foco​, [S.l.], v. 5, n. 3/4, p. 65-69, dez. 2014.

23. RIBEIRO, et al. Perfil dos pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico de um município do norte de Minas Gerais. Revista Norte Mineira de Enfermagem. 2018;7(1):61-72

24. RIBERTO, et al. Validação da Versão Brasileira da Medida de Independência Funcional. ​Acta Fisiátrica,​ v. 11, n. 2, p. 72-76, 9 ago. 2004.

25. SANCHEZ-GONZALEZ, Juan Carlos e col. Análise da qualidade de vida em pacientes com terapia renal substitutiva: influência dos parâmetros analíticos e socioclinios. ​Enferm Nefrol​ , Madri, v. 22, n. 2, p. 159-167, junho 2019.

26. SANTOS, VFC et al. Perceptions, meanings and adaptations to hemodialysis as a liminal space: the patient perspective. Interface (Botucatu). 2018; 22(66):853-63. 27. SANTOS, et al. Qualidade de vida de pacientes em hemodiálise na cidade de Mogi

das Cruzes. Diagn Tratamento 2014;19:3-9.

28. SARMENTO, Luana Rodrigues et al. Prevalência das causas primárias de doença renal crônica terminal (DRCT) validadas clinicamente em uma capital do Nordeste brasileiro.​ J. Bras. Nefrol.​, São Paulo , v. 40, n. 2, p. 130-135, June 2018.

(24)

29. SHIMAKURA, S.E. Coeficiente de determinação. 2006. Disponível em: http://leg.ufpr.br/~silvia/.

30. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Doença Renal Crônica no Brasil. Censo 2017.

31. SOUZA, RB. Pressões respiratórias estáticas máximas. In: Pereira CAC, Neder JA, editores. Diretrizes para testes de função pulmonar. 1ª Ed. São Paulo: Unifesp, 2002; pp.155-58.

(25)

Apêndice I

Termo de Consentimento Livre Esclarecido

O(a) senhor(a) está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa intitulada: ​ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE, DE PARÂMETROS FUNCIONAIS PULMONARES E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA.​ Orientada pelo professor Doutor Carlos José Oliveira de Matos.

Este estudo tem por objetivo avaliar os participantes do projeto em relação aos dados da sua funcionalidade, qualidade de vida e força muscular respiratória. Está garantida a liberdade de se recusar a participar e a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, bem como tirar dúvidas e pedir esclarecimentos pertinentes a pesquisa.

Seu nome não aparecerá quando as informações relacionadas ao estudo forem divulgadas em publicações científicas ou eventos acadêmicos, respeitando ao princípio da moral e ética, pois será garantida a privacidade e a confidencialidade. Somente os pesquisadores e o orientador terão conhecimento dos dados. Quanto ao aparecimento de algum desconforto, como: dispnéia (falta de ar), queda da saturação parcial de oxigênio, taquicardia (aumento da frequência cardíaca) ou bradicardia (queda da frequência cardíaca), hipotensão (queda da pressão arterial) ou hipertensão (aumento da pressão arterial), a pesquisa será imediatamente interrompida com monitorização completa dos seus sinais vitais até o completo restabelecimento de suas funções e, caso necessário, terá assistência com encaminhamento para o serviços específicos de urgência, com nosso acompanhamento e de pessoal qualificado do local de realização do serviço de hemodiálise, com notificação do profissional responsável pelo seu acompanhamento clínico.

Não terá nenhuma despesa ao participar da pesquisa e poderá deixar de participar ou retirar o consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e não sofrerá qualquer prejuízo. Ao escolher participar, estará fomentando a pesquisa científica e assim proporcionando dados a melhoria na assistência do tratamento, gerando melhor qualidade de vida. Ao final da pesquisa, o indivíduo saberá o resultado, e assim o pesquisador indicará

(26)

formas de melhorar ou manter os indicativos, de acordo com o desfecho de forma individual. Para desenvolvimento da pesquisa será aplicado os instrumentos: Kidney Disease Quality of Life-Short Form (KDQOL-SF), Teste de Sentar e Levantar (TSL), Medida de Independência Funcional (MIF) e avaliação da força dos músculos respiratórios. Após estes esclarecimentos, pedimos seu consentimento de forma livre. Portanto, preencha, por favor, os itens que se seguem:

Eu, ____________________________________________________ portador (a) do documento de identidade _______________, fui informado (a) dos objetivos, métodos, riscos e benefícios da pesquisa: ​ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE, DE PARÂMETROS

FUNCIONAIS PULMONARES E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM

DOENÇA RENAL CRÔNICA​, de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão de participar se assim o desejar. Declaro que concordo em participar desta pesquisa. Recebi uma via original deste termo de consentimento livre e esclarecido assinado por mim e pelo pesquisador, que me deu a oportunidade de ler e esclarecer todas as minhas dúvidas.

Rubrica do participante da pesquisa:______________________________________________ Rubrica do pesquisador: _______________________________________________________

Prof. Dr. Carlos José Oliveira de Matos (DFTL/UFS - campus Lagarto) Contato do pesquisador em caso de dúvidas:

(27)

APÊNDICE II

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS CAMPUS PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Ficha de Avaliação Nome:____________________________________________Data da Avaliação:___/___/___ Endereço:__________________________________________________________________ Telefone:_________________ Idade: ______ Bairro:________________ Naturalidade:________________________ Escolaridade:____________________

Estado Civil: _______________________ Ocupação: _______________________ Tempo e frequência semanal do tratamento dialítico:

______________________________________________________________________

Doenças associadas:__________________________________________________________ Períodos de exacerbação (IRC):_________________________________________________

Barreiras da IRC:_____________________________________________________________ Medicamentos em uso: _______________________________________________________ MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Peso:______(kg) Altura:_______(m) IMC:_______ (kg/m2) MANOVACUOMETRIA E PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO:

PEmáx obtida: ____________ ___________________ __________________ PImáx obtida: _____________ ___________________ __________________ PFEmáx obtida:____________ ___________________ __________________

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ANEXO I: MANUAL DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF)     N Í V E I S Independente

7 – Independência completa (Com segurança e tempo normal) 6 – Independência modificada (Ajuda técnica)

Dependência Modificada 5 – Supervisão

4 – Assistência Mínima (Sujeito ≥ 75%) 3 – Assistência Moderada (Sujeito ≥ 50%) Dependência Completa

2 – Assistência Máxima (Sujeito ≥ 25%) 1 – Assistência Total (Sujeito ≥ 10%)

Avaliação Atividades

Autocuidado

A. Alimentação

B. Higiene pessoal: apresentação e aparência.

C. Banho: lavar o corpo

D. Vestir: metade superior do corpo

E. Vestir: metade inferior do corpo

F. Utilização do vaso sanitário

Controle dos esfíncteres

G. Controle da urina: frequência de incontinência

H. Controle das fezes

Mobilidade

I. Transferências: leito, cadeira, cadeira de rodas

(29)

K. Transferências: banheira ou chuveiro Locomoção L. Marcha/Cadeira de rodas M CR M. Escadas Comunicação N. Compreensão A VI O. Expressão V NV Conhecimento Social P. Interação Social Q. Resolução de Problemas R. Memória Total

OBS: Não deixe nenhum item em branco, se não for possível testar marque 1.

Abreviações: M=marcha, CR= cadeira de rodas, A= Auditiva, VI= Visual, V= Verbal e NV= Não Verbal (RIBERTO et al, 2004).

 

(30)

ANEXO II: Doença Renal e Qualidade de Vida (KDQOL-SF™ 1.3) Versão Conciliada por Priscila Silveira Duarte e colaboradores.

SUA SAÚDE 1. Em geral, você diria que sua saúde é:

Excelente (1) Muito Boa (2) Boa ( 3) Regular (4) Ruim (5) 2. ​Comparada há um ano atrás​, como você avaliaria sua saúde em geral ​agora​?

Muito melhor agora do que há um ano atrás (1) Um pouco melhor agora do que há um ano atrás (2) Aproximadam ente igual há um ano atrás (3) Um pouco pior agora do que há um ano atrás (4) Muito pior agora do que há um ano atrás (5)

3. Os itens seguintes são sobre atividades que você pode realizar durante um dia normal. Seu estado de saúde atual o dificulta​ a realizar estas atividades? Se sim, quanto?

[Marque um em em cada linha.]

Sim, dificulta muito Sim, dificulta um pouco Não, não dificulta nada

( a )​Atividades que requerem muito esforço​, como corrida, levantar objetos pesados, participar de

esportes que requerem muito esforço. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( b )​ Atividades moderadas​, tais como mover uma mesa, varrer o chão, jogar boliche, ou caminhar mais de uma hora. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( c )Levantar ou carregar compras de supermercado. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( d ) Subir ​vários​ lances de escada. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( e ) Subir ​um​ lance de escada. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

(31)

( g ) Caminhar ​mais do que um quilômetro​. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( h ) Caminhar ​vários quarteirões​. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( i ) Caminhar ​um quarteirão​. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

( j ) Tomar banho ou vestir-se. ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

4. Durante as ​4 últimas semanas​, você tem tido algum dos problemas seguintes com seu trabalho ou outras atividades habituais, ​devido a sua saúde física​? Sim Não a Você reduziu a ​quantidade de tempo​ que passa trabalhando ou em outras atividade. ( 1 ) ( 2 )

b Fez menos​ coisas do que gostaria. ( 1 ) ( 2 )

c Sentiu dificuldade no tipo de trabalho que realiza ou outras atividades . ( 1 ) ( 2 )

d Teve ​dificuldade ​para trabalhar ou para realizar outras atividades (p.ex, precisou fazer mais esforço). ( 1 ) ( 2 ) 5. Durante as ​4 últimas semanas​, você tem tido algum dos problemas abaixo com seu trabalho ou outras atividades de vida diária ​devido a alguns​ ​problemas emocionais (tais como sentir-se deprimido ou ansioso)? Sim Não a Reduziu a ​quantidade de tempo​ que passa trabalhando ou em outras atividades. ( 1 ) ( 2 )

(32)

c Trabalhou ou realizou outras atividades com menos​ atenção do que de costume​.

( 1 ) ( 2 )

6. Durante as ​4 últimas semanas​, até que ponto os problemas com sua saúde física ou emocional interferiram com atividades sociais normais com família, amigos, vizinhos, ou grupos?

NADA UM POUCO MODERADAMENTE BASTANTE EXTREMAMENTE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

7. Quanta dor no ​corpo​ você sentiu durante as ​4 últimas semanas?

Nenhuma Muito leve Leve Moderada Intensa Muito intensa ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

8. Durante as ​4 últimas semanas​, quanto a ​dor​ interferiu com seu trabalho habitual (incluindo o trabalho fora de casa e o trabalho em casa)?

NADA UM POUCO MODERADAMENTE BASTANTE EXTREMAMENTE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

9. Estas questões são sobre como você se sente e como as coisas tem acontecido com você ​durante as 4 últimas semanas.​ Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime da forma como você tem se sentido . Durante as ​4 últimas semanas, quanto tempo... Todo tempo A maior parte Uma boa parte Algum a parte Uma pequena parte Nenhum momento

a Você se sentiu cheio de vida? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

b Você se sentiu uma pessoa muito nervosa?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

c Você se sentiu tão "para baixo" que nada conseguia animá-lo?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

d Você se sentiu calmo e tranqüilo?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

(33)

f Você se sentiu desanimado e deprimido?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

g Você se sentiu esgotado (muito cansado)?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

h Você se sentiu uma pessoa feliz?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

i Você se sentiu cansado? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) (6)

10. Durante as ​4 últimas semanas​, por quanto tempo os ​problemas de sua saúde física ou emocional​ interferiram com suas atividades sociais (como visitar seus amigos, parentes, etc.)?

Todo o tempo A maior parte do tempo Alguma parte do tempo Uma pequena parte do tempo Nenhum momento ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) 11. Por favor, escolha a resposta que melhor descreve até que ponto cada uma das seguintes declarações é​ verdadeira​ ou ​falsa ​para você.

Sem dúvida verdadeiro Geralmente verdade Não sei Geralmente Falso Sem dúvida, falso a Parece que eu

fico doente com mais facilidade do que outras pessoas.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

b Eu me sinto tão saudável quanto qualquer pessoa que conheço.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

c Acredito que minha saúde vai piorar.

(34)

d Minha saúde está excelente.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

SUA DOENÇA RENAL

12. Até que ponto cada uma das seguintes declarações é verdadeira ou falsa para você?

Sem dúvida Verdadeiro Geralmente Verdade Não sei Geralmente falso Sem dúvida Falso a Minha doença

renal interfere demais com a minha vida.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

b Muito do meu tempo é gasto com minha doença renal.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

c Eu me sinto decepcionado ao lidar com minha doença renal.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

d Eu me sinto um peso para minha família.

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

13. Estas questões são sobre como você se sente e como tem sido sua vida nas​ 4 últimas semanas​. Para cada questão, por favor assinale a resposta que mais se aproxima de como você tem se sentido. Quanto tempo durante as ​4 últimas semanas​.

Nenhum momento Uma pequena parte do tempo Alguma parte do tempo Uma boa parte do tempo A maior parte do tempo Todo o tempo

a Você se isolou (se afastou) das pessoas ao seu redor?

(35)

b Você demorou para reagir às coisas que foram ditas ou aconteceram?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

c Você se irritou com as pessoas próximas? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

d Você teve dificuldade para concentrar-se ou pensar? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

e Você se relacionou bem com as outras pessoas? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

f Você se sentiu confuso? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

14. Durante as ​4 últimas semanas​, quanto você se incomodou com cada um dos seguintes problemas? Não me incomodei de forma alguma Fiquei um pouco incomoda do Incomodei -me de forma moderada Muito incomoda do Extremame nte incomodad o a Dores musculares? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) b Dor no peito? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) c Cãibras? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) d Coceira na pele? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

(36)

e Pele seca? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) f Falta de ar? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) g Fraqueza ou tontura? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) h Falta de apetite? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) i Esgotamento (muito cansaço)? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) j Dormência nas mãos ou pés (formigamento)? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) k Vontade de vomitar ou indisposição estomacal? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

l (Somente paciente em hemodiálise) Problemas com sua

via de acesso

(fístula ou cateter)?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

m (Somente paciente em diálise peritoneal) Problemas com seu

catéter?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

EFEITOS DA DOENÇA RENAL EM SUA VIDA DIÁRIA

15. Algumas pessoas ficam incomodadas com os efeitos da doença renal em suas vidas diárias, enquanto outras não. Até que ponto a doença renal lhe incomoda em cada uma das seguintes áreas?

(37)

Não incomoda nada Incomoda um pouco Incomoda de forma moderada Incomoda muito Incomoda Extremamente a Diminuição de líqüido? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) b Diminuição alimentar? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) c Sua capacidade de trabalhar em casa? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) d Sua capacidade de viajar? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) e Depender dos médicos e outros profissionais da saúde? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) f Estresse ou preocupações causadas pela doença renal? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

g Sua vida sexual? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

h Sua aparência

pessoal? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

As próximas três questões são pessoais e estão relacionadas à sua atividade sexual, mas suas respostas são importantes para o entendimento do impacto da doença renal na vida das pessoas.

16.Você teve alguma atividade sexual nas ​4 últimas semanas​? Se respondeu não, por favor pule para a Questão 17.

(38)

( SIM ) (NÃO)

Nas ​últimas 4 semanas​ você teve problema em:

Nenhum problema Pouco problema Um problema Muito problema Problema enorme a Ter satisfação sexual? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

b Ficar sexualmente

excitado (a)? ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 )

17.Para a questão seguinte, por favor avalie seu sono, usando uma escala variando de 0 (representando “muito ruim”) a 10 (representando “muito bom”). Se você acha que seu sono está meio termo entre “muito ruim” e “muito bom,” por favor marque um X abaixo do número 5. Se você acha que seu sono está em um nível melhor do que 5, marque um X abaixo do 6. Se você acha que seu sono está pior do que 5, marque um X abaixo do 4 (e assim por diante).

Em uma escala de 0 a 10, como você avaliaria seu sono em geral?

MUITO RUIM MUITO BOM

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

18. Com que freqüência, durante as ​4 últimas semanas​ você...

Nenhum momento Uma pequena parte do tempo Alguma parte do tempo Uma boa parte do tempo A maior parte do tempo Todo o tempo a Acordou durante a noite e teve dificuldade para voltar a dormir?

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 )

b Dormiu pelo tempo necessário?.

Referências

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