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Análise exploratória do número de casos de febre amarela no Estado de Minas Gerais nos anos de 2015 a 2017

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An´

alise Explorat´

oria do n´

umero de casos de

Febre Amarela no Estado de Minas Gerais nos

anos de 2015 a 2017.

Niter´oi - RJ, Brasil 9 de julho de 2018

(2)

Universidade Federal Fluminense

Thays de Mattos Molina Napole˜

ao Ferreira

An´

alise Explorat´

oria do n´

umero de

casos de Febre Amarela no Estado de

Minas Gerais nos anos de 2015 a 2017.

Trabalho de Conclus˜ao de Curso

Monografia apresentada para obten¸c˜ao do grau de Bacharel em Estat´ıstica pela Universidade Federal Fluminense.

Orientador: Prof. Dra. Ana Beatriz Monteiro Fonseca

Niter´oi - RJ, Brasil 9 de julho de 2018

(3)

Thays de Mattos Molina Napole˜

ao Ferreira

An´

alise Explorat´

oria do n´

umero de casos de

Febre Amarela no Estado de Minas Gerais nos

anos de 2015 a 2017.

Monografia de Projeto Final de Gradua¸c˜ao sob o t´ıtulo “An´alise Explorat´oria do n´umero de casos de Febre Amarela no Estado de Minas Gerais nos anos de 2015 a 2017.”, defendida por Thays de Mattos Molina Napole˜ao Ferreira e aprovada em 9 de julho de 2018, na cidade de Niter´oi, no Estado do Rio de Janeiro, pela banca examinadora constitu´ıda pelos professores:

Profa. Dra. Ana Beatriz Monteiro Fonseca Departamento de Estat´ıstica – UFF

Prof. Dra. Ludmilla da Silva Viana Jacobson Instituicao do 1o membro da banca

Prof. Dr. Luis Guillermo Coca Velarde Instituicao do 2o membro da banca

(4)

Bibliotecário responsável pela unidade: Carlos R. S. de Lima – CRB7 5531

F383 Ferreira, Thays de Mattos Molina Napoleão

Análise exploratória do número de casos de febre amarela no Estado de Minas Gerais nos anos de 2015 a 2017 / Thays de Mattos Molina Napolião Ferreira. – Niterói, RJ: [s.n.], 2018.

77f.

Orientador: Profª. Drª. Ana Beatriz Monteiro Fonseca

TCC ( Graduação de Bacharelado em Estatística) – Universidade Federal Fluminense, 2018.

1. Febre amarela. 2. Barragem Fundão. 3. Taxa de incidência. I. Título.

(5)

A febre amarela, surgiu na ´Africa Central, ´e uma infec¸c˜ao viral grave, semelhante `a gripe, transmitida normalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Existem dois ciclos epidemiol´ogicos de transmiss˜ao distintos, silvestre(FAS) e urbano(FAU). A febre amarela silvestre e a urbana diferenciam-se atrav´es do mosquito transmissor, forma e local de sua ocorrˆencia. Com o decorrer dos anos a febre amarela esteve presente na hist´oria do Brasil, assim como em 2017 no estado de Minas Gerais. Em novembro de 2015, dia 5, o munic´ıpio de Mariana, em Minas Gerais foi atingido com res´ıduos de lama ap´os a queda da Barragem do Fund˜ao, da mineradora Samarco contaminando o Rio Doce, um dos principais rios do estado. Bi´ologos estudam a rela¸c˜ao do surto de febre amarela com a queda da Barragem do Fund˜ao, pois detectaram casos de indiv´ıduos com sintomas da febre amarela na regi˜ao pr´oxima ao Rio Doce, local onde a barragem foi rompida. O objetivo desse trabalho foi investigar a distribui¸c˜ao geogr´afica dos casos de Febre Amarela nos munic´ıpios atingidos pela lama da Barragem do Fund˜ao nos Estado de Minas Gerais durante os anos de 2015 a 2017, utilizando m´etodos de Estat´ıstica Espacial. Foram usados quatro modelos e atrav´es da compara¸c˜ao de seu ajuste pelo crit´erio AIC, n˜ao foi poss´ıvel escolher o modelo, visto que o MLG Poisson n˜ao estava na mesma escala. Ap´os colocar todos os modelos em uma mesma escala, foi usado o EQM para para a escolha do modelo. O modelo que apresentou menor EQM, foi o MLG Poisson. Na an´alise dos res´ıduos, o teste de significˆancia aceita a hip´otese de independˆencia espacial. As vari´aveis explicativas n˜ao foram o suficiente para analisar se existe rela¸c˜oes da trag´edia com o aumento dos casos de Febre Amarela.

Palavras-chaves: Febre Amarela, Barragem do Fund˜ao, Taxa de Incidˆencia , Semanas Epide-miol´ogicas, modelagem espacial.

(6)

Dedicat´

oria

(7)

Primeiramente agrade¸co a Deus e Nossa Senhora, que me ajudaram na f´e. A minha fam´ıia, meus pais, Maria Angela e Manoel Claudio, meu irm˜ao, Filipe e minha madrinha, Maria Claudia que tiveram comigo me dando total apoio e incentivo nos estudos. Agrade¸co em especial a minha m˜ae, minha melhor amiga, que secou cada l´agrima de ang´ustia e me abra¸cou em cada conquista alcan¸cada.

A minha segunda fam´ılia, meus sogros, Marisol e Sylvio que me acolheram como filha e sempre acreditaram em mim, mas do que eu mesma. Agrade¸co todo carinho e serei grata sempre. Ao meu cunhado, Juan que sempre disse para levantar a cabe¸ca.

Agrade¸co ao meu noivo, Sylvio que acompanhou toda a minha hist´oria na universidade e presenciou todas as minhas afli¸c˜oes. Obrigada por cada frase motivacional, cada gesto para me deixar bem. Mesmo distante nessa ´ultima etapa se manteve presente dando for¸ca. Te amo muito. Agrade¸co a Carol, meu dengo que se fez presente na ausˆencia do meu noivo para me dar for¸cas e companhia para estudar.

Agrade¸co ao Renato Cerceu por toda a sua valoriza¸c˜ao, dedica¸c˜ao e preocupa¸c˜ao aos es-tagi´arios, foi uma honra fazer parte da sua equipe. As meninas : Camila e Evellyn que fizeram parte dessa etapa e mostraram que trabalhar em equipe ´e muito melhor.

Agrade¸co aos amigos que fiz na universidade e quero levar para vida: Gabrielle, Raphael, Ana por me aturarem em ´epoca de prova, por tirarem minhas d´uvidas e estarem comigo at´e o ´

ultimo suor dessa fase. Vocˆes fazem a diferen¸ca. A Yasmin pela dedica¸c˜ao e dom para ensinar, vocˆe mere¸ce o melhor desse mundo. As minhas meninas: Patr´ıcia, Ranah, Gabriela que s˜ao amigas al´em da universidade. Agrade¸co por estudarem comigo, por ouvirem minhas neuras, por compartilhar os momentos bons e ruins.

Aos professores que tive na universidade, Ludmilla e J´essica que sinto o maior carinho e respeito pelo trabalho e Guilhermo Velarde por aceitar ser da banca e ter a oportunidade de ter aulas.

A minha orientadora, Ana Beatriz que serei eternamente grata pelos pux˜oes de orelhas, ajuda e compreens˜ao. Obrigada por me aceitar como orientanda, obrigada por me compreender e me deixar mais ciente que o conhecimento n˜ao acaba aqui. Obrigada por me deixar `a vontade para perguntar qualquer bobagem e me responder com ou sem broncas. Nunca me esquecerei

(8)

do seu trabalho, pois ´e uma referˆencia para mim. Gratid˜ao por todos.

(9)

Lista de Figuras Lista de Tabelas 1 Introdu¸c˜ao p. 16 1.1 Desastre Ambiental . . . p. 20 2 Objetivos p. 26 2.1 Objetivo Geral . . . p. 26 2.2 Objetivos Espec´ıficos . . . p. 26 3 Materiais e M´etodos p. 27 3.1 Area de Estudo . . . p. 27´ 3.2 Banco de Dados . . . p. 27 3.3 Estudo Epidemiol´ogico - Ecol´ogico . . . p. 28 3.4 An´alise Explorat´oria . . . p. 28 3.5 An´alise Espacial . . . p. 28 3.5.1 Estimador Cl´assico . . . p. 29 3.5.2 Matriz de Proximidade Espacial . . . p. 29 3.5.3 Testes de correla¸c˜ao espacial . . . p. 30 3.6 Modelo Linear . . . p. 31 3.7 Modelo Linear Generalizado Poisson . . . p. 32 3.8 Modelos Espaciais . . . p. 33 3.8.1 Modelo espacial autoregressivo (SAR) . . . p. 33 3.8.2 Autoregressivo Condicional (CAR) . . . p. 34

(10)

3.9 Crit´erio de Informa¸c˜ao de Akaike (AIC) . . . p. 35

4 Resultados p. 36

5 Conclus˜oes p. 48

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas

(11)

1 Ciclos epidemiol´ogicos da febre amarela no Brasil. . . p. 16 2 Trag´edia de Mariana – Lama da Samarco . . . p. 20 3 Percurso da lama e seus munic´ıpios atingidos . . . p. 21 4 S´erie Hist´orica do n´umero casos de febre amarela por semana epidemiol´ogica

em Minas Gerais (2015 a 2017) . . . p. 36 5 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 10, 39, 50 e 91 . . . p. 37 6 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 106, 107, 108 e 109 . . . p. 38 7 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 121, 131 137 e 138 . . . p. 39 8 Munic´ıpios atingidos pela Lama da Samarco e percurso do Rio Doce . . . p. 40 9 S´erie Hist´orica da precipita¸c˜ao (mm) e casos notificados por semana

epide-miol´ogica em Caaratinga. . . p. 41 10 Mapa dos valores observados . . . p. 43 11 Mapa dos valores estimados pelos modelos propostos . . . p. 44 12 Mapa dos res´ıduos dos modelos propostos. . . p. 46 13 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 1, 2, 3, 4, 5, 6 . . . p. 51 14 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 7, 8, 9, 10, 11, 12 . . . p. 52 15 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 13, 14, 15, 16, 17, 18 . . . p. 53 16 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

(12)

17 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 25, 26, 27, 28, 29, 30 . . . p. 55 18 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 31, 32, 33, 34, 35, 36 . . . p. 56 19 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 37, 38, 39, 40, 41, 42 . . . p. 57 20 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 43, 44, 45, 46, 47, 48 . . . p. 58 21 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 49, 50, 51, 52, 53, 54 . . . p. 59 22 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 55, 56, 57, 58, 59, 60 . . . p. 60 23 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 61, 62, 63, 64, 65, 66 . . . p. 61 24 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 67, 68, 69, 70, 71, 72 . . . p. 62 25 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 73, 74, 75, 76, 77, 78 . . . p. 63 26 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 79, 80, 81, 82, 83, 84 . . . p. 64 27 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 85, 86, 87, 88, 89, 90 . . . p. 65 28 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 91, 92, 93, 94, 95, 96 . . . p. 66 29 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 97, 98 , 99, 100, 101, 102 . . . p. 67 30 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 103, 104, 105, 106, 107, 108 . . . p. 68 31 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 109, 110, 111, 112, 113, 114 . . . p. 69 32 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

(13)

34 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 127, 128, 129, 130, 131, 132 . . . p. 72 35 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 133, 134, 135, 136, 137, 138 . . . p. 73 36 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 139, 140, 141, 142, 143, 144 . . . p. 74 37 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

epi-demiol´ogicas 145, 146, 147, 148, 149, 150 . . . p. 75 38 Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas

(14)

Lista de Tabelas

1 Munic´ıpios atingidos pela Lama . . . p. 22 2 Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2015 . . . p. 23 3 Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2016 . . . p. 23 4 Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2017 . . . p. 24 5 Modelo de Regress˜ao Linear . . . p. 42 6 Modelo Generalizado Poisson . . . p. 42 7 Modelo SAR . . . p. 42 8 Modelo CAR . . . p. 43 9 Crit´erio de Informa¸c˜ao de Akaike e Erro Quadr´atico M´edio dos Modelos . . . p. 43 10 ´Indice de autocorrela¸c˜ao espacial para os res´ıduos dos Modelos . . . p. 47

(15)

1

Introdu¸

ao

A Febre Amarela ´e uma doen¸ca n˜ao contagiosa, transmitida por meio de picada de inse-tos hemat´ofagos. O v´ırus da febre amarela pertence ao gˆenero Flavivirus (Flavus = amarelo) da fam´ılia Flaviviridae(??), apresentando dois ciclos epidemiol´ogicos de transmiss˜ao distintos, silvestre(FAS) e urbano(FAU). A transmiss˜ao da febre amarela por categoria silvestre, ocorre atrav´es da picada dos mosquitos do gˆenero Haemagogus e S. Cleropterius. J´a na ´area urbana, a plorifera¸c˜ao ´e por interm´edio do mosquito Aedes aegypti, o mesmo da Dengue, Zika e Chikun-gunya(??) , conforme a explica¸c˜ao da Figura 1. A origem do cont´agio de infec¸c˜ao s˜ao primatas n˜ao humanos (PNH), principais hospedeiros e reprodutores do v´ırus, em especial macacos dos gˆeneros Allouata (macaco guariba), Cebus (macaco prego), Atelles e Callithrix.

Fonte: Guia de Vigilˆancia em Sa´ude – Minist´erio da Sa´ude - 2016

Figura 1: Ciclos epidemiol´ogicos da febre amarela no Brasil.

A febre amarela ´e uma doen¸ca causada por um v´ırus e dura no m´aximo 12 dias. A doen¸ca ´

e capaz de sofrer altera¸c˜oes em seu est´agio de gravidade, podendo levar a morte. A evolu¸c˜ao da doen¸ca ocorre por meio de infec¸c˜ao com o surgimento de febre alta, pulso lento, calafrios, cefal´eia intensa, mialgias, prostra¸c˜ao, n´auseas e vˆomitos, com dura¸c˜ao de 3 dias. Os sintomas podem sumir ou agravar para uma intoxica¸c˜ao com aumento da febre, diarr´eia e resurgimento de vˆomitos com aspecto de borra de caf´e, instala¸c˜ao de insuficiˆencia hep´atica e renal(??).

(16)

1 Introdu¸c˜ao 17

anos, que tem mau funcionamento do sistema imunol´ogico grave ou problemas do timo s˜ao consideradas popula¸c˜ao de risco e por isso a vacina¸c˜ao se torna indispens´avel. Atualmente a vacina da febre amarela ´e feita em dose ´unica protegendo o indiv´ıduo para a vida toda. Com o intuito de preservar a popula¸c˜ao contra os surtos, foram planejadas vacina¸c˜oes infantis de rotina; campanhas de vacina¸c˜ao em grandes quantidades designadas a ampliar a cobertura nos pa´ıses com risco; e vacina¸c˜ao das pessoas que viajam para zonas de febre amarela end´emica (??). A primeira epidemia da Febre Amarela no Brasil apareceu em 1685, no Recife, Pernambuco, tendo sido transportada por uma embarca¸c˜ao vinda de S˜ao Tom´e, na ´Africa. Em um per´ıodo curto de (25/12/1685) a (10/01/1686) foram mais de 600 ´obitos(??). Nessa ´epoca, a doen¸ca nos pa´ıses da Am´erica Central e ilhas do Caribe j´a estavam sendo atingidos . Ap´os esse momento, h´a registros regulares de surtos e epidemias que ocorreram em outras cidades litorˆaneas, com longos per´ıodos de ausˆencia do v´ırus.

No s´eculo XIX, a doen¸ca surgiu em Salvador, Bahia, e se espalhou para outras capitais, in-clusive a capital do Brasil Imp´erio. Em 1850, o governo imperial realizou uma grande campanha de vacina¸c˜ao, onde controlou a epidemia. Nessa mesma situa¸c˜ao o governo incentivou a cria¸c˜ao de um grupo de engenheiros e uma junta de Higiene P´ublica que originou uma lei de defesa sanit´aria do pa´ıs. O ciclo da febre amarela nesse per´ıodo era prevalentemente urbano(??).

Sob lideran¸ca de Oswaldo Cruz, houve uma evolu¸c˜ao do conhecimento da doen¸ca, como: isolamento viral, a defini¸c˜ao do agente causador e medidas de controle foram empregadas. Ainda nessa ´epoca, descobriu-se o ciclo silvestre e urbano da doen¸ca. Em 1937, a vacina foi inserida nas principais campanhas, moderando e eliminando a doen¸ca em ´areas urbanas, sendo os ´ultimos casos registrados, naquela ´epoca, na cidade de Sena Madureira, Acre, em 1942(??). Nas Am´ericas, os ´ultimos casos da febre amarela ocorreram somente 12 anos mais tarde, em Trinidad, em 1954. Ap´os esse per´ıodo, o mosquido Aedes aegypti, foi declarado eliminado do Brasil em 1958 pela Organiza¸c˜ao Mundial da Sa´ude(OMS), com mais de 20 anos de campanha. Em 1967, houve uma re-infesta¸c˜ao em Bel´em, Par´a, e S˜ao Luiz, Maranh˜ao,e s´o em 1973 foi a doen¸ca foi eliminada. No porto de Salvador, Bahia, em 1976, houve uma re-infesta¸c˜ao que se estendeu para todo o Pa´ıs(??). Desde ent˜ao, a vigilˆancia de febre amarela faz a observa¸c˜ao de primatas n˜ao humanos (PNH). Na d´ecada de 1980, surgiram novas t´ecnicas com o objetivo de ajudar a detectar a doen¸ca e o desempenho da vigilˆancia. J´a na d´ecada de 1990 o sistema de observa¸c˜ao da febre amarela foi mudado (??).

O fluxo do v´ırus em popula¸c˜oes de primatas n˜ao humanos (PNH) seguido de morte de animais (epizootia) ´e definida como ocorrˆencia inesperada, tornando essencial a vacina¸c˜ao nos moradores das regi˜oes afetadas. Nos anos de 1984 e 1993, no per´ıodo entre 1999-2003 e nos anos de 2008 e 2009 teve um aumento da incidˆencia da febre amarela. Nessa mesma ´epoca, foram notificados casos no Paraguai e na Argentina , considerando o risco do retorno da doen¸ca. A

(17)

doen¸ca voltou desde essa ´epoca, por´em de forma endˆemica em ´areas principalmente amazˆonicas. Em julho de 2014 e dezembro de 2016, teve ind´ıcios do regresso da doen¸ca em ´areas extra-amazˆonicas com 15 casos humanos nos seguintes locais : Goi´as (9), Par´a (2) e Mato Grosso do Sul (1). Na mesma ´epoca, foram registradas 49 epizootias em primatas n˜ao humanos nos estados: S˜ao Paulo (16), Goi´as (12), Distrito Federal (8), Tocantins (7) e Par´a (1)(??).

Entre dezembro de 2016 e mar¸co de 2017, o Minist´erio da Sa´ude notificou 1.561 casos sus-peitos de febre amarela silvestre, desses, 448 casos foram confirmados e 263 foram descartados. Atualmente, no Brasil, houve um surto de febre amarela, sendo considerado o maior observado em muitos anos. Os estados envolvidos no surto foram Minas Gerais e Esp´ırito Santo. Os casos notificados da doen¸ca, eram de pessoas que moravam em zonas rurais ou que tiveram contato com ´areas de mata (??).

Em Minas Gerais, a doen¸ca foi contra´ıda dentro do estado em 2009, no munic´ıpio de Ub´a, e progrediu para cura. No come¸co de 2017, a Secretaria de Estado de Sa´ude de Minas Gerais (SES-MG) foi avisada sobre casos suspeitos de febre amarela hemorr´agica, nos munic´ıpios das regi˜oes de Te´ofilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares, seguidos com a morte de macacos (??).

Com o aumento dos casos da doen¸ca a Secretaria de Estado de Sa´ude de Minas Gerais (SES-MG) passou a divulgar o boletim de atualiza¸c˜ao sobre as ocorrˆencias da Febre Amarela todos os dias. Com o tempo, os casos notificados reduziram consideravelmente, e o boletim de atualiza¸c˜ao passou a ser divulgado 1 vez por semana.

A maioria dos casos suspeitos tiveram in´ıcio dos sintomas nas semanas epidemiol´ogicas 1

02/2017 e 03/2017 que corresponde ao per´ıodo entre os dias 08 a 21 de janeiro de 2017. A partir da semana epidemiol´ogica 06/2017 (05/02/2017 a 11/02/2017) houve uma diminui¸c˜ao no n´umero de casos notificados. Na semana epidemiol´ogica 34/2017, 21 de agosto, a situa¸c˜ao da febre amarela silvestre em Minas Gerais era de 1.696 casos suspeitos da doen¸ca, sendo que desses casos, 1.111 casos foram descartados, 475 foram confirmados e outros 110 casos seguem em investiga¸c˜ao. Em rela¸c˜ao aos ´obitos, foram confirmados 162 casos associadas a Febre Amarela, outros 15 seguem em investiga¸c˜ao (??).

Em 6 setembro de 2017 o Minist´erio da Sa´ude declara fim do surto de febre amarela, pois o Brasil n˜ao registrava casos da doen¸ca desde junho, o ´ultimo caso da doen¸ca no Esp´ırito Santo. Durante a divulga¸c˜ao do novo boletim epidemiol´ogico da situa¸c˜ao da doen¸ca no pa´ıs, no dia 6 de setembro de 2017, o ministro da Sa´ude Ricardo Barros, afirmou que a situa¸c˜ao estava sob controle, mas seria fundamental que os estados e munic´ıpios continuassem e refor¸cassem o 1Por conven¸ao internacional as semanas epidemiol´ogicas s˜ao contadas de domingo a s´abado. A primeira semana do ano ´e aquela que cont´em o maior n´umero de dias de janeiro e a ´ultima a que cont´em o maior n´umero de dias de dezembro.

(18)

1 Introdu¸c˜ao 19

aumento das coberturas vacinais nas ´areas, seja com a busca de pessoas ainda n˜ao vacinadas ou por meio de campanhas espec´ıficas, principalmente em escolas (??).

(19)

1.1

Desastre Ambiental

Na tarde de 5 de novembro de 2015 ocorreu o rompimento inesperado da estrutura de conten¸c˜ao de rejeitos na Barragem de Fund˜ao, na unidade de Germano, em Mariana (MG), liberando em m´edia 34 milh˜oes de metros c´ubicos (m3) de lama. O material passou por cima da barragem de Santar´em, que guardou a maioria dos rejeitos. Ap´os passar por Bento Rodrigues (localizado a 8 quilˆometros de distˆancia de Fund˜ao) – distrito do munic´ıpio de Mariana (MG), os rejeitos atingiram os rios Gualaxo do Norte – quando chegou na cidade de Barra Longa – e do Carmo. Depois, atingiram o rio Doce. A trag´edia destruiu dois distrito inteiros, alcan¸cando o litoral. Vidas foram perdidas, natureza contaminada, mais de 500 km do territ´orio brasileiro devastado. Considerado o maior desastre ambiental do Brasil desde os anos 1960, o desastre em Mariana resultou em danos humanos e ambientais. Em m´edia mais de 10 mil pessoas foram afetadas de diferentes modos, principalmente os impactos sobre a sa´ude(??).

Dezesseis dias depois do rompimento da Barragem do Fund˜ao, a lama chegou ao Espirto Santo usando o leito do rio como caminho. Os res´ıduos foram se espalhando ao longo do Rio Doce, cerca de 10,5 milh˜oes de (m3). Os 80 primeiros quilˆometros da bacia foram os mais

prejudicados. No total, 39 munic´ıpios foram afetados nos estados de Minas Gerais e do Esp´ırito Santo. Fam´ılias perderam casas, propriedades rurais ficaram inundadas e impossibilitadas de produzir, constatado na Figura 2. Munic´ıpios como Governador Valadares (MG) e Colatina (ES), tiveram a capta¸c˜ao de ´agua do rio afetada. Com o intuito de reduzir os efeitos da trag´edia, a Samarco instalou barreiras nas duas margens do rio mas n˜ao evitou a lama de se espalhar (??).

Fonte: Ambientelegal - legisla¸c˜ao, meio ambiente e sustentabilidade

(20)

1.1 Desastre Ambiental 21

Existe in´umeras suspeitas que poderiam estar relacionadas ao surto da febre amarela, e uma delas foi o desaste ambiental ocorrido pela queda da barragem do Fund˜ao, da mineradora Samarco foi rompida(??), veja a Figura 3.

Fonte: BBC- Brasil 22 dezembro 2015

(21)

Na Tabela 1 s˜ao apresentados munic´ıpios atingidos pela lama. Tabela 1: Munic´ıpios atingidos pela Lama Mariana Governador Valadares Santana do Para´ıso

Barra Longa Bugre

Sem Peixe Iapu

Rio Doce Coronel Fabriciano

Santa Cruz do Escalvado Ipaba

Rio Casca Ipatinga

S˜ao Domingos da Prata Belo Oriente

S˜ao Jos´e do Goiabal Naque

S˜ao Pedro dos Ferros Periquito

Dion´ısio Sobr´alia

Raul Soares Fernandes Tourinho

C´orrego Novo Alpercata

Pingo D ´Agua Tumiritinga

Marileia Galileia

Bom Jesus do Galho Conselheiro Pena

Caratinga Resplendor

Tim´oteo Itueta

(22)

-1.1 Desastre Ambiental 23

As Tabelas 2, 3 e 4 apresentam os munic´ıpios atingidos pela febre amarela nos anos de 2015 `

a 2017.

Tabela 2: Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2015 Belo Horizonte

Bom Despacho Coronel Fabriciano

Diamantina Mutum Ponto dos Volantes

Pouso Alegre Uberlˆandia

Tabela 3: Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2016 Belo Horizonte Cachoeira da Prata Ipatinga Itambacuri Montes Claros Pouso Alegre Santa Rita do Sapuca´ı

(23)

Tabela 4: Munic´ıpios atingidos pela Febre Amarela em 2017 ´

Agua Boa Frei Gaspar Novo Cruzeiro Varginha

Aimor´es Governador Valadares Ouro Verde de Minas Vermelho Novo

Al´em Para´ıba Guanh˜aes Padre Para´ıso Virgem da Lapa

Almenara Heliodora Paracatu

Alpercata Ibirit´e Passos

Alvarenga Iguatama Patos de Minas

Andradas Inconfidentes Pe¸canha

Ara¸cua´ı Indaiabira Pescador

Araguari Inhapim Piedade de Caratinga

Arax´a Ipanema Piranguinho

Bar˜ao de Cocais Ipatinga Po¸cos de Caldas

Barbacena Itabira Pocrane

Belo Horizonte Itaip´e Pomp´eu

Betim Itamarandiba Ponte Nova

Bocai´uva Itambacuri Pot´e

Bom Jesus do Galho Itamonte Recreio

Borda da Mata Itanhomi Reduto

Bra´unas Itaobim Resplendor

Caet´e Itapeva Ribeir˜ao das Neves

Campos Gerais Ita´una Rio Vermelho

Cana˜a Jana´uba Sabar´a

Caputira Janu´aria Sabin´opolis

Cara´ı Jequitinhonha Sacramento

Caranda´ı Joa´ıma Santa B´arbara

Carangola Jos´e Raydan Santa Luzia

Caratinga Juiz de Fora Santa Maria do Sa¸cu´ı

Cataguases Ladainha Santa Rita do Itueto

Chal´e Lagoa da Prata Santa Rita do Sapuca´ı

Cl´audio Lajinha Santa Rosa da Serra

Concei¸c˜ao de Ipanema Leopoldina Santana do Manha¸cu

Concei¸c˜ao dos Ouros Luisburgo Santo Hip´olito

Congonhal Malacacheta S˜ao Gon¸calo do Rio Preto

Conselheiro Lafaiete Manhua¸cu S˜ao Jo˜ao Del Rei

Conselheiro Pena Manhumirim S˜ao Jo˜ao Evangelista

Contagem Mar de Espanha S˜ao Pedro da Uni˜ao

Coronel Fabriciano Mariana S˜ao Sebasti˜ao do Anta

Curvelo Mario Campos S˜ao Sebasti˜ao do Maranh˜ao Vi¸cosa

Delfin´opolis Marmel´opolis S˜ao Sebasti˜ao do Para´ıso

Diamantina Matip´o Serro

Dom Cavati Medina Sete Lagoas

Entre Folhas Mesquita Setubinha

Entre Rios de Minas Minas Novas Simon´esia

Esmeraldas Montes Claros Taiobeiras

Espera Feliz Mutum Te´ofilo Otoni

Fel´ıcio dos Santos Naque Tim´oteo

Fervedouro Nova Era Ubaporanga

Fortuna de Minas Nova Lima Uberada

Francisco Badar´o Nova M´odica Uberlˆandia

(24)

1.1 Desastre Ambiental 25

Bi´ologa, coordenadora da Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sa´ude Silvestre na Fiocruz, M´arcia Chame, afirmou que mudan¸cas r´apidas no ambiente causam efeitos negativos na sa´ude dos animais, incluindo os macacos. Com a ocorrˆencia dos desastres ambientais os animais ficam sem alimentos, tornando mais propensos a doen¸cas. A bi´ologa declara que um conjunto de motivos se acumulam podendo contribuir para os casos de doen¸cas (??).

Al´em dos casos em Minas, foram noticiadas tamb´em mortes de macacos em uma regi˜ao pr´oxima a Colatina, tamb´em atingida pelo do acidente de Mariana.

(25)

2

Objetivos

2.1

Objetivo Geral

Investigar a distribui¸c˜ao geogr´afica dos casos de Febre Amarela nos munic´ıpios atingidos pelo rejeito de minera¸c˜ao da Barragem do Fund˜ao nos Estado de Minas Gerais durante os anos de 2015 a 2017, utilizando ferramentas de an´alise explorat´oria e estat´ıstica espacial.

2.2

Objetivos Espec´ıficos

• Investigar poss´ıveis rela¸c˜oes da trag´edia com o aumento dos casos de Febre Amarela; • Utilizar modelos com estrutura espacial e inclus˜ao do fator Mata Atlˆantica e Proje¸c˜ao

da Popula¸c˜ao de 2015 para representar os dados de febre amarela no Estado de Minas Gerais;

(26)

27

3

Materiais e M´

etodos

3.1

Area de Estudo

´

Minas Gerais ´e um estado com 853 munic´ıpios sendo considerado a maior ´area territorial, localizada na Regi˜ao Sudeste do pa´ıs. O Clima do estado ´e tropical, conforme a sua altitude, apresenta altera¸c˜oes entre: tropical de altitude, tropical ´umido. Minas Gerais ´e referˆencia na importˆancia de suas bacias hidrogr´aficas, sendo elas as principais as dos rios Doce, Grande, Jequitinhonha, Mucuri, Para´ıba do Sul, Parana´ıba, Pardo e S˜ao Francisco (??).

3.2

Banco de Dados

Para fins de aplica¸c˜ao e avalia¸c˜ao, ser˜ao utilizados os dados relacionados aos casos de febre amarela notificados e confirmados no Estado de Minas Gerais por semana epidemiol´ogica , isto ´

e, entre a primeira e a cent´esima trig´esima oitava, referentes aos anos de 2015 a 2017.

Os dados de casos notificados e confirmados de febre amarela em Minas Gerais, foram aces-sados em 2018 e obtidos na base digital da Secretaria de Sa´ude de Minas Gerais por meio do Portal da Vigilˆancia e Prote¸c˜ao `a Sa´ude (??). O banco de dados forneceu somente os munic´ıpios atingidos e semanas epidemiol´ogicas notificados pela epidemia, deduzindo que n˜ao houveram casos nos munic´ıpios e semanas epidemiol´ogicas faltantes. Por esse motivo, foi necess´ario criar as semanas epidemiol´ogicas e munic´ıpios faltantes e unir todos os anos para a an´alise. A po-pula¸c˜ao utilizada para Minas Gerais, ao todo 853 munic´ıpios, foi obtida a partir da Proje¸c˜ao Populacional de 2015 obtido pelo IBGE (??). J´a os dados sobre a existˆencia de ´areas remanes-centes de Mata Atlˆantica no Estado de Minas Gerais foram com base no Projeto ”Aqui Tem Mata?”da Funda¸c˜ao SOS Mata Atlˆantica(??). Para os dados de precipita¸c˜ao dos munic´ıpios foi acessado o Banco de Dados Meteorol´ogicos para Ensino e Pesquisa (??).

(27)

3.3

Estudo Epidemiol´

ogico - Ecol´

ogico

Os estudos ecol´ogicos examinam uma popula¸c˜ao ou grupo de indiv´ıduos de um determinado lugar (pa´ıs, regi˜oes, munic´ıpios,etc), com o intuito de avaliar como situa¸c˜oes ambientais e sociais interferem na sa´ude dos mesmos. O objetivo desse tipo de estudo ´e gerar hip´oteses da causa e origem de uma certa doen¸ca ou/e analisar a efic´acia de uma determinada interven¸c˜ao no grupo estudado(??).

Nos estudos ecol´ogicos, an´alises explorat´orias dos dados s˜ao realizadas atrav´es das taxas de doen¸cas, identificando padr˜oes espaciais, tornando poss´ıvel a gera¸c˜ao de hip´oteses. Al´em disso, ´e poss´ıvel observar a evolu¸c˜ao das taxas da doen¸ca ao longo do tempo, podendo prever o comportamento da doen¸ca no futuro ou fazer uma interven¸c˜ao. Para avaliar associa¸c˜oes da exposi¸c˜ao da popula¸c˜ao com a taxa da doen¸ca ´e realizada uma an´alise anal´ıtica. (??).

As vantagens dos estudos ecol´ogicos s˜ao a rapidez e facilidade da executa¸c˜ao, importantes para gerar hip´oteses. J´a a desvantagem est´a associada `a conclus˜ao do estudo n˜ao estar direcio-nado ao indiv´ıduo, sujeito ao vi´es ecol´ogico1. Desse modo, com o objetivo de reduzir o vi´es s˜ao

usados dados agrupados que introduz perda de informa¸c˜ao (??).

3.4

An´

alise Explorat´

oria

Estudar o comportamento de uma doen¸ca ao longo dos anos, com a ajuda de t´ecnicas estat´ısticas, pode contribuir para preven¸c˜ao de uma epidemia e predizer sua ocorrˆencia. Na s´erie hist´orica de uma doen¸ca ´e poss´ıvel investigar tendˆencias ao longo do tempo, varia¸c˜oes peri´odicas e at´e mesmo eleva¸c˜oes inesperadas ao longo do tempo (??).

3.5

An´

alise Espacial

A an´alise espacial se torna relevante para a epidemiologia por na maioria das vezes, indicar a origem e a causa de uma doen¸ca, al´em de ser um recurso na gest˜ao em sa´ude (??). Os problemas de an´alises de dados espaciais s˜ao divididos em trˆes classes. A primeira ´e chamada de padr˜ao de pontos, como base na localiza¸c˜ao de eventos na ´area estudada a partir de suas coordenadas, por exemplo, localiza¸c˜ao de ocorrˆencias policiais. Outra classe ´e a de dados cont´ınuos, da precipita¸c˜ao pluviom´etrica, por exemplo. E a ´ultima classe ´e a de dados de ´area, que tem como exemplo o n´umero de casos semanais de febre amarela no Estado de Minas Gerais, ou seja, o que est´a presente neste estudo, e que tem-se relevˆancia para este estudo.

1Resulta na realiza¸ao de uma inferˆencia casual inadequada sobre fenˆomenos individuais na base de ob-serva¸c˜oes de grupos, j´a que determinada associa¸c˜ao verificada entre vari´aveis no n´ıvel agregado n˜ao necessaria-mente significa que exista essa associa¸c˜ao no n´ıvel individual

(28)

3.5 An´alise Espacial 29

3.5.1

Estimador Cl´

assico

O estimador cl´assico utilizado ´e a Taxa de Incidˆencia, que mede a velocidade m´edia com que ocorre os novos casos da doen¸ca. A taxa de incidˆencia (TI) ´e calculada como a raz˜ao entre o n´umero de novos casos de uma determinada doen¸ca, e o total de pessoa-tempo2 gerado a

partir da popula¸c˜ao de estudo (??). A taxa de incidˆencia ser´a dada por :

T I(t0,t) =

I

P T (3.1)

onde: (t0,t) refere-se ao intervalo entre a origem t0 e o instante t; I representa o n´umero

de casos que surgiram entre t0 e t; e PT representa a quantidade de pessoa-tempo acumulada

pela popula¸c˜ao, durante o estudo.

3.5.2

Matriz de Proximidade Espacial

A matriz de proximidade, W(n x n), ´e uma forma que de inserir dependˆencia espacial entre as regi˜oes, onde os elementos wij indicam quais s˜ao os vizinhos de cada pol´ıgono i, medindo a

proximidade das ´areas Ai e Aj. Os pol´ıgonos n˜ao podem ser vizinhos deles mesmos e por isso

a diagonal da matriz ser´a sempre 0, assim, quando a ´area i for vizinha a ´area j, sendo i 6=j, cada elemento wij receber´a o valor 1. Esse tipo de matriz ´e a mais utilizada e conhecida como

bin´aria, ou seja, formadas por 0’s e 1’s. A matriz com elementos 0 ou 1, ´e conhecida como matriz de proximidade n˜ao normalizada. Uma op¸c˜ao ´e normalizar a matriz para que soma dos elementos da linha seja igual a 1. Uma matriz de proximidade pode ser de primeira ou segunda ordem, supondo que os vizinhos s˜ao s´o os vizinhos dos pol´ıgonos i, considerando que vizinhos s˜ao tamb´em vizinhos dos vizinhos (??). Ou seja, wij = 1 se Aj tem fronteira comum com Ai e

wij= 0, caso contr´ario;

Pode-se usar medidas compostas, medidas alternativas de separa¸c˜ao espacial como distˆancia entre centroides, e de forma alternativa, usar tecelagem aplicada aos centr´oides. Ent˜ao, para l´atices: wij = 1 se Aj compartilha um lado com Ai wij= 0, caso contr´ario.

De forma geral, n˜ao existe motivo para W ser sim´etrica.(??).

Logo ap´os construir a matriz de proximidade espacial, ´e indispens´avel saber se a matriz de proximidade ir´a identificar a presen¸ca de correla¸c˜ao espacial.

Para medir a rela¸c˜ao m´edia entre cada ´area e seus vizinhos pr´oximos, ser´a calculado o coeficiente de autocorrela¸c˜ao de Moran. O coeficiente de Moran, admiti que duas unidades de 2Per´ıodo durante o qual o indiv´ıduo esteve exposto ao risco de adoecimento e, caso viesse a adoecer, seria considerado um caso novo ou incidente.

(29)

´

areas que se encontram pr´oximas em apenas um ponto, exercem a mesma influˆencia entre si, quanto vizinhos que compartilham uma grande extens˜ao de fronteira comum.

I = n Pn i=1 Pn j=1wij(yi− ¯y)(yj − ¯y) (Pn i=1(yi− ¯y)2)( P i6=jwij) (3.2)

wij ´e o elemento na matriz de vizinhan¸ca para o par i e j ;

wij=1 se observa¸c˜oes i e j s˜ao vizinhas;

yi e ¯y representam o valor da vari´avel na localiza¸c˜ao i e a m´edia da vari´avel,respectivamente;

n ´e o n´umero total de observa¸c˜oes .

O coeficiente I Moran ´e similar na sua estrutura ao coeficiente de correla¸c˜ao de Pearson. A rigor, a varia¸c˜ao n˜ao est´a restrita ao intervalo (-1;+1). Quando n˜ao existe autocorrela¸c˜ao espacial seu valor ´e igual a 0. Agrega¸c˜ao espacial ´e expressa por valores positivos de I, enquanto valores negativos expressam autocorrela¸c˜ao negativa.

3.5.3

Testes de correla¸

ao espacial

Costuma-se utilizar a autocorrela¸c˜ao para explorar dependˆencia espacial nos dados de ´area para saber se os res´ıduos de um modelo de regress˜ao s˜ao espacialmente dependentes e precisa incorporar efeitos de segunda ordem 3. Este aspecto ser´a avaliado considerando I de Moran,

onde a hip´otese nula ´e de n˜ao correla¸c˜ao e a hip´otese alternativa de correla¸c˜ao. Existem duas abordagens para testar valores observados de I para evidenciar afastamento signi

cativo de H0 de n˜ao correla¸c˜ao espacial.

• Teste das permuta¸c˜oes aleat´orias: Considerando a existˆencia de n valores yireferentes

a ´areas Ai, ent˜ao existem n! permuta¸c˜oes poss´ıveis deste mapa, que correspondem aos

poss´ıveis arranjos de n valores yi, um dos quais corresponde ao que foi observado. Para

cada um destes n! arranjos, o valor de I pode ser calculado e assim pode obter uma distribui¸c˜ao emp´ırica do I considerando as permuta¸c˜oes aleat´orias dos n valores. Se o valor do I observado para os dados corresponde a um extremo na distribui¸c˜ao emp´ırica ent˜ao entende-se que existe alguma regra diferente de aloca¸c˜ao aleat´oria dos valores das ´

areas, em outras palavras, h´a evidˆencia de correla¸c˜ao espacial signicativa.

• Distribui¸c˜ao amostral aproximada de I.: Caso exista um n´umero moderado de ´areas, ent˜ao pode ´e realizado um teste baseado em resultados aproximados para a distribui¸c˜ao 3Lida com os desvios estoc´asticos e, torno da m´edia. Em vez de assumir independˆencia usa-se uma estrutura de covariˆancia que dar´a conta dos efeitos locais.

(30)

3.6 Modelo Linear 31

amostral do I sob certas suposi¸c˜oes. Considere os yiobserva¸c˜oes de Yique tˆem distribui¸c˜ao

normal, ent˜ao, se Yi e Yj s˜ao espacialmente independentes (i 6=j ), I tem distribui¸c˜ao

amostral que ´e aproximadamente normal com m´edia:

E[I] = − 1 n − 1 (3.3) e variˆancia V ar[I] = n 2(n − 1)S 1− n(n − 1)S2 − 2S02 (n + 1)(n − 1)2S2 0 (3.4) onde, S0 = P P i6=jwi,j

S1 = 12P Pi6=j(wi,j + wj,i)2

S2 =Pk(Pjwk,j+Piwi,k)2

Valores extremos do valor I indicam correla¸c˜ao espacial signicativa. O teste de aleatoriza¸c˜ao ´

e um teste de padr˜ao com rela¸c˜ao a todos os poss´ıveis padr˜oes. O teste da distribui¸c˜ao amostral aproximada ´e considerado um teste de dependˆencia espacial, supondo que os valores observados yis˜ao uma realiza¸c˜ao de um processo e que outras realiza¸c˜oes podem acontecer. Alguns cuidados

precisam ser tomados ao aplicar estes testes quando o I for calculado para res´ıduos provenientes de uma regress˜ao (??).

3.6

Modelo Linear

A an´alise de regress˜ao consite em uma an´alise estat´ıstica interessada em verificar a rela¸c˜ao de uma vari´avel dependente com uma ou mais vari´aveis independentes. No modelo de re-gress˜ao simples se estabelece uma rela¸c˜ao linear entre a vari´avel dependente e uma vari´avel independente. Cada vez que adiciona mais vari´aveis independentes, o modelo passa a se cha-mar modelo de regress˜ao linear m´ultipla. ´E adequado expressar o modelo para todas as ´areas simultaneamente usando nota¸c˜ao matricial:

~

(31)

~

Y = vetor aleat´orio (n x 1) de vari´aveis dependente (vari´avel resposta) formado pelos Yi=

Y (Ai).

X = matriz (n x p) com p - 1 covari´aveis (vari´aveis explicativas) ~

β= vetor (p x 1) com os coeficientes de regress˜ao, estimados por m´ınimos quadrados or-din´arios.

~= vetor de erros aleat´orios (res´ıduos) que representam flutua¸c˜oes na tendˆencia.  ∼ N (0, σ2) com m´edia zero e variˆancia desconhecida.

No modelo de regress˜ao linear pode-se assumir que s´o existe varia¸c˜ao de primeira ordem4,

isto ´e, varia¸c˜ao no valor m´edio dos vizinhos. Esta suposi¸c˜ao sempre ´e violada e os res´ıduos da regress˜ao estar˜ao correlacionados espacialmente. A variˆancia n˜ao ´e constante para todas as regi˜oes Ai, podendo ser corrigida usando tranforma¸c˜ao dos yi. (??).

3.7

Modelo Linear Generalizado Poisson

O modelo linear generalizado (MLGs) tem sido uma ferramenta essencial na an´alise de dados, em diferentes ´areas, inserindo a modelagem de dados normais e n˜ao normais, implicando na regress˜ao linear m´ultipla, ANOVA (an´alise de variˆancia), regress˜ao log´ıstica, regress˜ao de Poisson e modelos log-lineares para tabelas de contigˆencia (??).

O MLGs pode ser visto como uma extens˜ao dos modelos lineares cl´assicos, e uma expans˜ao da distribui¸c˜ao da vari´avel resposta, contado que a mesma seja da fam´ılia exponencial de distribui¸c˜oes, isto ´e: Normal, Gamma, Normal Inversa, Poisson e Binomial.

f (y; θ, φ) = exp yθ − b(θ)

a(φ) + c(y, φ) 

onde y ´e a vari´avel resposta e a(φ), b(θ) e c(y; φ) s˜ao fun¸c˜oes espec´ıficas. O parˆametro θ ´e o parˆametro de localiza¸c˜ao e φ ´e o parˆametro de dispers˜ao, associado `a variˆancia. Para obter a m´edia e a variˆancia da vari´avel resposta, derivada-se a fun¸c˜ao b(θ) considerando a primeira e segunda ordem.

Para a escolha do MLGs ´e fundamental definir a distribui¸c˜ao de probabilidade da vari´avel resposta, chamado de componente aleat´orio, a matriz que cont´em as covari´aveis (componente sistem´atico) e a fun¸c˜ao de liga¸c˜ao5. Para estimar os β’s, ´e usado o m´etodo da m´axima

verossimi-lhan¸ca e ap´os definir as covari´aveis do modelo, ´e verificado a qualidade do ajuste. Como medidas de discrepˆancia no MGLs, existem a fun¸c˜ao de desvio(deviance) que se basea na diferen¸ca dos

4Representa a varia¸c˜ao espacial em larga escala no seu valor m´edio.

(32)

3.8 Modelos Espaciais 33

m´aximos das log-verossimilhan¸cas avaliadas sob cada modelo e a estat´ıstica generalizada X2 de Pearson(??).

No caso do estudo, por se tratar de dados de contagem a vari´avel resposta segue uma distribui¸c˜ao Poisson, um modelo da fam´ılia exponencial que tem a particularidade de o valor m´edio ser igual `a variˆancia. Sendo uma vari´avel Y ∼ P oisson(µ), sua fun¸c˜ao de densidade ser´a:

f (y; µ) = µ

ye−µ

y! (3.6)

No MLGs de Poisson, quando µ −→ ∞ a fun¸c˜ao de desvio (deviance) segue uma distribui¸c˜ao Qui-quadrado com n-p graus de liberdade, logo o valor esperado da vari´avel ´e igual ao n´umero de graus de liberdade para um modelo bem ajustado. Quando o modelo ´e inadequado e a fun¸c˜ao de desvio for maior que os graus de liberdade, pode-se considerar a existˆencia de superdispers˜ao. A presen¸ca de outliers nos dados, infla¸c˜ao de zeros, insuficiˆencia de dados, escolha impr´opria da fun¸c˜ao de liga¸c˜ao s˜ao poss´ıveis causas de surgir uma superdispers˜ao. Uma forma de analisar a superdispers˜ao ´e realizando a an´alise de res´ıduos.

Quando a sobredispers˜ao dos dados ocorre, os erros padr˜oes obtidos no modelo s˜ao con-siderados impr´oprios e, consequentemente, `a interpreta¸c˜ao do modelo ser´a equivocada. Uma maneira de solucionar a sobredispers˜ao ´e utilizar o modelo de quasi-Poisson que se ajusta a um parˆametro de dispers˜ao extra para considerar essa varia¸c˜ao amplificada. No modelo quasi-Poisson o m´etodo quase-verossimilhan¸ca atribui a fun¸c˜ao da variˆancia em rela¸c˜ao `a m´edia (??).

3.8

Modelos Espaciais

3.8.1

Modelo espacial autoregressivo (SAR)

O conceito do modelo SAR ´e o mesmo ao utilizar o modelo AR (autoregressivos) em s´eries temporais, no qual adiciona um termo de lag entre os regressores da equa¸c˜ao. No modelo SAR, a vari´avel dependente (vari´avel resposta) ´e explicada por seus vizinhos e por outras covari´aveis, ou seja, a informa¸c˜ao dos vizinhos ´e introduzida,tamb´em, como vari´avel explicativa(??).

Y = Xβ + ρW Y +  (3.7)

~

Y – vetor aleat´orio (n x 1) de vari´aveis dependente (vari´avel resposta) formado pelos Yi=

(33)

W - ´e a matriz de proximidade espacial;

X - matriz (n x p) com p - 1 covari´aveis (vari´aveis explicativas); ~

β= vetor (p x 1) com os coeficientes de regress˜ao, estimados por m´ınimos quadrados or-din´arios.;

ρ - ´e o coeficiente espacial autoregressivo;

 - erros aleat´orios.  ∼ N (0, σ2) com m´edia zero e variˆancia desconhecida.

3.8.2

Autoregressivo Condicional (CAR)

O modelo autoregresivo capta a dependˆencia espacial das vari´aveis. No modelo autorre-gressivo condicional, os efeitos espaciais s˜ao considerados ru´ıdos, ou seja, termos que precisam ser removidos. Os efeitos da autocorrela¸c˜ao espacial s˜ao associados ao termo de erro  (??). A hip´otese nula para a n˜ao-existˆencia de autocorrela¸c˜ao ´e que λ=0, ou seja, o termo de erro n˜ao ´

e espacialmente correlacionado. A qualidade do ajuste do modelo de regress˜ao espacial (CAR) semelhante a do modelo de regress˜ao m´ultipla ´e verificada por meio da an´alise de res´ıduos com base no ´Indice de Moran. Nos modelos de regress˜ao espacial n˜ao ´e poss´ıvel estimar o coeficiente de determina¸c˜ao.

Y = Xβ +  (3.8)

 = ρW  + u (3.9)

~

Y – vetor aleat´orio (n x 1) de vari´aveis dependente (vari´avel resposta) formado pelos Yi=

Y (Ai);

W - ´e a matriz de proximidade espacial;

X - matriz (n x p) com p - 1 covari´aveis (vari´aveis explicativas); ~

β= vetor (p x 1) com os coeficientes de regress˜ao, estimados por m´ınimos quadrados or-din´arios.;

ρ - ´e o coeficiente espacial autoregressivo;

u - ´e a componente do erro n˜ao correlacionada que se sup˜oe seguir uma distribui¸c˜ao normal com m´edia zero e variˆancia constante, isto ´e, u ∼ N(0,σ2).

(34)

3.9 Crit´erio de Informa¸c˜ao de Akaike (AIC) 35

3.9

Crit´

erio de Informa¸

ao de Akaike (AIC)

A escolha de um modelo ´e muito importante para uma an´alise de dados. A ideia b´asica impl´ıcita ao uso do AIC, para a sele¸c˜ao de modelos ´e a maximiza¸c˜ao da probabilidade log esperada de um modelo determinado usando o m´etodo da m´axima verossimilhan¸ca. O AIC sugere a necessidade da an´alisar o conceito de verossimilhan¸ca em v´arios n´ıveis de modelagem , procurando o modelo que cont´em poucos parˆametros a serem estimados e que explique bem o comportamento da vari´avel resposta (??).

O Crit´erio de Informa¸c˜ao de Akaike (AIC) ´e expresso por:

−2(LIK) + 2K (3.10)

onde, LIK ´e o log de verossimilhan¸ca maximizado e K ´e o n´umero de coeficientes de regress˜ao. O melhor modelo ´e aquele que possui o menor valor de AIC.

(35)

4

Resultados

Como o trabalho tem um conceito investigativo, dados da existˆencia de ´areas remanescentes de Mata Atlˆantica , precipita¸c˜ao e proje¸c˜ao populacional de 2015 com o intuito de gerar uma hip´otese sobre casos de febre amarela, foram coletados.

Com base no banco de dados montado, foram realizados estudos sobre o comportamento da epidemia de Febre Amarela nos 853 munic´ıpios do estado Minas Gerais de 2015 a 2017. Inici-almente ´e apresentada uma an´alise explorat´oria dos dados por meio de uma s´erie hist´orica com o total de casos por semana epidemiol´ogica. Com o intuito de visualizar o tempo transcorrido entre o instante final e o instante inicial, a s´erie hist´orica a seguir, est´a sinalizado o ”pico de casos da doen¸ca”, um ano ap´os a trag´edia em Minas Gerais e queda da barragem.

Figura 4: S´erie Hist´orica do n´umero casos de febre amarela por semana epidemiol´ogica em Minas Gerais (2015 a 2017)

Quanto ao n´umero de casos, a s´erie hist´orica apresenta maiores casos da doen¸ca entre as 106a a 117a semana epidemiol´ogica. Na 107a semana epidemiol´ogica, onde ocorreu o ”pico”da

doen¸ca, foram notificados 386 casos de febre amarela.

(36)

4 Resultados 37

dos anos, das taxas brutas por semanas epidemiol´ogicas, com o prop´osito de retratar a trajet´oria dos casos de febre amarela nos munic´ıpios de Minas Gerais. O crit´erio para escolha das semanas epidemiol´ogicas mapeadas, foi visualizar o comportamento das taxas de incidˆencia da doen¸ca por 100 mil habitantes, ou seja, antes da queda da barragem, na semana que a barragem caiu, um ano ap´os a trag´edia, o ”pico”dos casos da doen¸ca e ap´os o ”pico”.

(a) 10aSE (b) 39aSE

(c) 50aSE (d) 91aSE

Figura 5: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 10, 39, 50 e 91

Nos mapas da Figura 5, os munic´ıpios de Minas Gerais apresentam baixas taxas de in-cidˆencia nos casos de febre amarela.

O auge da epidemia ocorreu nas semanas epidemiol´ogicas apresentadas na Figura 6, evidˆenciando elevadas taxas de incidˆencia da doen¸ca em munic´ıpios pr´oximos. O per´ıodo da epidemia acon-tece no in´ıcio do ano de 2017.

(37)

(a) 106aSE (b) 107aSE

(c) 108aSE (d) 109aSE

Figura 6: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 106, 107, 108 e 109

(38)

4 Resultados 39

(a) 121aSE (b) 131aSE

(c) 137aSE (d) 138aSE

Figura 7: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 121, 131 137 e 138

A Figura 7 aponta uma redu¸c˜ao expressiva a partir da 120a semana epidemiol´ogica das

taxas de incidˆencia dos casos da doen¸ca no estado de Minas Gerais.

Ap´os ter gerado mapas de semanas epidemiol´ogicas dos 853 munic´ıpios de Minas Gerais ser´a dado um foco para a regi˜ao onde aconteceu a trag´edia. Tendo como referˆencia a Figura 4 e percurso do Rio Doce, foram 37 munic´ıpios, representados na Figura 8.

(39)

Figura 8: Munic´ıpios atingidos pela Lama da Samarco e percurso do Rio Doce

Por falta de esta¸c˜oes metereol´ogicas ou dados nas mesmas, n˜ao foi poss´ıvel obter informa¸c˜oes de precipita¸c˜ao dos 37 munic´ıpios. O ´unico munic´ıpio que tinha dados na sua esta¸c˜ao mete-reol´ogica era Caaratinga. A s´erie hist´orica representada na Figura 9 descreve o comportamento da precipita¸c˜ao (mm) e dos casos de febre amarela por semana epidemiol´ogica em Caaratinga.

(40)

4 Resultados 41

Figura 9: S´erie Hist´orica da precipita¸c˜ao (mm) e casos notificados por semana epidemiol´ogica em Caaratinga.

Caaratinga teve o maior n´umero de casos de febre amarela em 2017, totalizando 271 casos, sendo considerado um valor discrepante. Em Caaratinga o ”pico”dos casos da doen¸ca aconteceu na 106asemana epidemiol´ogica, com 94 casos, e a maior quantidade de precipita¸c˜ao (mm) antes

do ”pico”ocorreu na 55a semana epidemiol´ogica, ou seja, 51 semanas depois. Ao visualizar a

Figura 9, sinalizando a queda da barragem, foi poss´ıvel verficar que as chuvas tamb´em podem ter influenciado no aumento dos casos. Por´em n˜ao s´o a precipita¸c˜ao poderia ser respons´avel pela epidemia. A s´erie hist´orica apresentada na Figura 9, mostra uma varia¸c˜ao sazonal1 da

precipita¸c˜ao (mm) no munic´ıpio de Caaratinga nos anos de 2015 a 2017 tendo as maiores ocorrˆencias nas primeiras semanas epidemiol´ogicas de cada ano.

Com o intuito de buscar explica¸c˜ao do n´umero de casos da doen¸ca outra vari´avel importante para a investiga¸c˜ao seria a quantidade de rejeitos despejados em cada munic´ıpio, mas ainda n˜ao existe ou n˜ao se tem acesso a esse tipo de informa¸c˜ao. Por isso, as vari´aveis percentual de mata Atlˆantica, medido por hectares, e tamanho projetado pelo IBGE para 2015, medidas em cada munic´ıpio, ter˜ao como objetivo explicar se quanto mais mata e popula¸c˜ao um munic´ıpio tiver, mais casos de febre amarela ocorrer´a.

Na an´alise explorat´oria realizada nos 37 munic´ıpios, verificou que em 2015 e 2016 n˜ao foram registrados casos da doen¸ca. J´a em 2017, 10 munic´ıpios tiveram casos de febre amarela. A partir disso, o estudo ser´a direcionado como primeiro foco o ano de 2017.

1Varia¸ao na incidˆencia de uma doen¸ca, cujos ciclos coincidem com as esta¸oes do ano. Essa varia¸ao ocorre dentro do per´ıodo de um ano.

(41)

Com a finalidade de estimar o n´ıvel de autocorrela¸c˜ao espacial entre as ´areas foi usado o ´ındice de Moran global para os casos de febre amarela em 2017. O teste de pseudo-significˆancia

para a vari´avel foi I =(0, 245) com p-valor =(< 0, 0001) indicando a depˆendencia espacial. A primeira etapa da modelagem, consistiu em fazer uma transforma¸c˜ao dos dados na vari´avel resposta (casos de febre amarela em 2017). Como esta vari´avel consiste em uma contagem, principalmente com poucos dados, foi realizada uma transforma¸c˜ao nos dados para aproximar a vari´avel resposta a uma distribui¸c˜ao Normal. Para realizar a transforma¸c˜ao lo-gar´ıtmica nos dados, foi necess´ario somar 1 na vari´avel resposta (casos de febre amarela em 2017), pois havia presen¸ca de zeros. Vale ressaltar que para os modelos apresentados, a preci-pita¸c˜ao n˜ao foi utilizada pois os dados obtidos s´o pertenciam a um s´o munic´ıpio. ´E necess´ario destacar que o intercepto foi retirado do modelo de regress˜ao linear e modelo espaciail pois o p-valor n˜ao era significativo. No modelo de regress˜ao linear n˜ao foi retirado a vari´avel mata, visto que se retirasse n˜ao alteraria significativamente o valor do crit´erio de compara¸c˜ao, al´em de que, s´o um parˆametro a mais n˜ao alteraria muito em termos de parcimˆonia. No modelo Generalizado de Poisson foi observado uma sobredispers˜ao nos dados, isto ´e VAR(X)>E(X), por isso o ideal seria ajustar a variˆancia.

• No modelo de regress˜ao linear, que desconsidera a dependˆencia espacial, obteve-se: Tabela 5: Modelo de Regress˜ao Linear

Coeficiente Estimativa P-valor

Mata Atlˆantica 0, 00004 0, 0618

Proje¸c˜ao Populacional 2015 0, 00001 < 0, 00001

• J´a para o modelo linear generalizado, foram encontradas as seguintes estimativas para os coeficientes :

Tabela 6: Modelo Generalizado Poisson

Coeficiente Estimativa P-valor

Intercepto 1, 15600 < 0, 00001 Mata Atlˆantica 0, 00008 < 0, 00001 Proje¸c˜ao Populacional 2015 0, 00008 < 0, 00001

Nos Modelos Espaciais SAR e CAR, temos : • SAR

Tabela 7: Modelo SAR

Coeficiente Estimativa P-valor

Mata Atlˆantica 0, 00004 0, 01341 Proje¸c˜ao Populacional 2015 0, 00001 < 0, 00001

(42)

4 Resultados 43

• CAR

Tabela 8: Modelo CAR

Coeficiente Estimativa P-valor

Mata Atlˆantica 0, 00005 0, 0115

Proje¸c˜ao Populacional 2015 0, 00001 < 0, 00001

Todos modelos exceto o Modelo Generalizado de Poisson usaram dados transformados. As-sim, o AIC desse modelo baseado na quantidade de casos (n˜ao transformados) n˜ao ´e compar´avel aos demais, por estar em escala diferente. Para m´etodo comparativo, foi necess´ario inserir uma mesma escala em todos os modelos apresentados. Para escolha do melhor modelo, foi utilizado o EQM (erro quadr´atico m´edio), que soma as diferen¸cas entre o valor estimado e o valor real dos dados, ponderados pelo n´umero de termos, ou seja, compara os valores observados com os valores previstos. Abaixo segue a Tabela 9 com o AIC e EQM de cada modelo.

Tabela 9: Crit´erio de Informa¸c˜ao de Akaike e Erro Quadr´atico M´edio dos Modelos

Modelos AIC EQM

Regress˜ao Linear 104.69 168.31 Generalizado Poisson 1487 71.64

SAR 105.03 191.68

CAR 104.9 231.65

Para uma vizualiza¸c˜ao dos dados dos casos de febre amarela, segue os mapas coropl´eticos dos valores observados na Figura10 e estimados pelos modelos propostos na Figura11.

(43)

Figura 11: Mapa dos valores estimados pelos modelos propostos

(a) Regress˜ao Linear (b) CAR

(44)

4 Resultados 45

Nos mapas produzidos a partir dos valores estimados pelos modelos da Figura 11 ´e poss´ıvel observar que apenas o mapa produzido pelo modelo linar generalizado Poisson se afasta dos demais, evidenciando o problema de sobredispers˜ao dos dados.

Nos mapas dos res´ıduos, a an´alise considera que, quanto mais alta a concentra¸c˜ao de res´ıduos positivos ou negativos, existe presen¸ca de autocorrela¸c˜ao espacial.

(45)

Figura 12: Mapa dos res´ıduos dos modelos propostos.

(a) Regress˜ao Linear (b) CAR

(46)

4 Resultados 47

Uma an´alise da autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos foi realizada para confrontar os mapas e saber se realmente h´a ind´ıcios de presen¸ca de autocorrela¸c˜ao espacial entre as observa¸c˜oes. A n˜ao verifica¸c˜ao da hip´otese de independˆencia do erro, indica a necessidade de incluir um componente espacial no modelo de regress˜ao linear.

Tabela 10: ´Indice de autocorrela¸c˜ao espacial para os res´ıduos dos Modelos Modelos Estat´ıstica I Moran Global P-valor

Regress˜ao Linear −0.2148 0.9699

Generalizado Poisson −0.086 0.845

SAR −0.066 0.6501

CAR 0.136 0.0556

Na Tabela 10, sendo a hip´otese nula para o teste de significˆancia do ´ındice I de Moran associada `a independˆencia espacial, percebe-se que tal hip´otese foi aceita para os res´ıduos de cada modelo testado.

(47)

5

Conclus˜

oes

Como j´a visto na literatura, a an´alise dos mapas coropl´eticos baseados em taxas de in-cidˆencia podem induzir `a identifica¸c˜ao de ´areas mais afetadas quando os tamanhos das corres-pondentes popula¸c˜oes forem relativamente pequenos.

Por esse motivo, a proposta do trabalho atual foi apresentar e comparar a adequa¸c˜ao de modelos de regress˜ao - incluindo ou n˜ao efeitos aleat´orios. Foi analisado a distribui¸c˜ao Poisson para a quantidade de casos e transforma¸c˜ao dos dados originais para uma adequa¸c˜ao `a suposi¸c˜ao de normalidade para sua distribui¸c˜ao - de forma a identificar uma maneira de estimar melhor a quantidade de casos, levando em considera¸c˜ao caracter´ısticas das ´areas que poderiam minimizar o efeito do tamanho populacional ou que estariam diretamente associadas `a presen¸ca dos mosquitos que transmitem a febre amarela (representado pelo percentual de mata atlˆantica remanescente, por munic´ıpio).

Entre os quatro modelos propostos, atrav´es do AIC, n˜ao foi poss´ıvel comparar a qualidade dos modelos, visto que, o modelo linear generalizado n˜ao possuia a mesma escala dos outros modelos. Foi necess´ario inserir uma mesma escala para todos os modelos e usar o EQM. No EQM, o modelo com menor valor ´e o MLG de Poisson. Finalmente, o modelo Poisson aparentou sobrestimar as quantidades de casos dos munic´ıpios, indicando a necessidade de corre¸c˜ao de sobredispers˜ao sobre o pr´oprio modelo.

Na an´alise dos res´ıduos, os testes de significˆancia aceita a hip´otese de independˆencia espacial. Apenas no modelo CAR o p-valor fica pr´oximo do limite de 5% de significˆancia adotada no presente trabalho.

Assim, tem-se que o modelo CAR e o modelo de regress˜ao m´ultipla representam a melhor proposta para estimar e suavizar a quantidade de casos de febre amarela por munic´ıpio do estado de Minas Gerais.

Os munic´ıpios que apresentam o mesmo comportamento em seus tons de cores, precisam de mais aten¸c˜ao do governo, s˜ao eles: Governador Valadares, Caaratinga, Maraiana, Aimor´es, Alpercata, Marli´eria. Os munic´ıpios que exibem varia¸c˜oes de cores entre um modelo e outro, podem ser considerados munic´ıpios de fronteira. Assim, como j´a dito no trabalho, as vari´aveis explicativas n˜ao foram o suficiente para ver se existe rela¸c˜oes da trag´edia com o aumento dos

(48)

5 Conclus˜oes 49

casos de Febre Amarela.

A partir das percep¸c˜oes obtidas das an´alises realizadas, sugere-se, como desenvolvimentos do presente trabalho, a avalia¸c˜ao das seguintes propostas: an´alise dos dados relacionados aos munic´ıpios do estado do Esp´ırito Santo, por onde ainda corre o Rio Doce; uso de estimadores pontuais bayesianos emp´ıricos, eventualmente com uso de fatores de encolhimento; corre¸c˜ao do problema de sobredispers˜ao do modelo de regress˜ao Poisson; uso de modelos de Poisson inflacionados de zeros; uso de modelos hier´arquicos espa¸co-temporais para descrever a evolu¸c˜ao do fenˆomeno.

(49)

ANEXO A -- Mapas coropl´

eticos das taxas de

incidˆ

encia de febre amarela nas

(50)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 51

(e) 1aSE (f) 2aSE

(g) 3aSE (h) 4aSE

(i) 5aSE (j) 6aSE

Figura 13: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 1, 2, 3, 4, 5, 6

(51)

(a) 7aSE (b) 8aSE

(c) 9aSE (d) 10aSE

(e) 11aSE (f) 12aSE

Figura 14: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 7, 8, 9, 10, 11, 12

(52)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 53

(a) 13aSE (b) 14aSE

(c) 15aSE (d) 16aSE

(e) 17aSE (f) 18aSE

Figura 15: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 13, 14, 15, 16, 17, 18

(53)

(a) 19aSE (b) 20aSE

(c) 21aSE (d) 22aSE

(e) 23aSE (f) 24aSE

Figura 16: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 19, 20, 21, 22, 23, 24

(54)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 55

(a) 25aSE (b) 26aSE

(c) 27aSE (d) 28aSE

(e) 29aSE (f) 30aSE

Figura 17: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 25, 26, 27, 28, 29, 30

(55)

(a) 31aSE (b) 32aSE

(c) 33aSE (d) 34aSE

(e) 35aSE (f) 36aSE

Figura 18: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 31, 32, 33, 34, 35, 36

(56)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 57

(a) 37aSE (b) 38aSE

(c) 39aSE (d) 40aSE

(e) 41aSE (f) 42aSE

Figura 19: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 37, 38, 39, 40, 41, 42

(57)

(a) 43aSE (b) 44aSE

(c) 45aSE (d) 46aSE

(e) 47aSE (f) 48aSE

Figura 20: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 43, 44, 45, 46, 47, 48

(58)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 59

(a) 49aSE (b) 50aSE

(c) 51aSE (d) 52aSE

(e) 53aSE (f) 54aSE

Figura 21: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 49, 50, 51, 52, 53, 54

(59)

(a) 55aSE (b) 56aSE

(c) 57aSE (d) 58aSE

(e) 59aSE (f) 60aSE

Figura 22: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 55, 56, 57, 58, 59, 60

(60)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 61

(a) 61aSE (b) 62aSE

(c) 63aSE (d) 64aSE

(e) 65aSE (f) 66aSE

Figura 23: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 61, 62, 63, 64, 65, 66

(61)

(a) 67aSE (b) 68aSE

(c) 69aSE (d) 70aSE

(e) 71aSE (f) 72aSE

Figura 24: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 67, 68, 69, 70, 71, 72

(62)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 63

(a) 73aSE (b) 74aSE

(c) 75aSE (d) 76aSE

(e) 77aSE (f) 78aSE

Figura 25: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 73, 74, 75, 76, 77, 78

(63)

(a) 79aSE (b) 80aSE

(c) 81aSE (d) 82aSE

(e) 83aSE (f) 84aSE

Figura 26: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 79, 80, 81, 82, 83, 84

(64)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 65

(a) 85aSE (b) 86aSE

(c) 87aSE (d) 88aSE

(e) 89aSE (f) 90aSE

Figura 27: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 85, 86, 87, 88, 89, 90

(65)

(a) 91aSE (b) 92aSE

(c) 93aSE (d) 94aSE

(e) 95aSE (f) 96aSE

Figura 28: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 91, 92, 93, 94, 95, 96

(66)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 67

(a) 97aSE (b) 98aSE

(c) 99aSE (d) 100aSE

(e) 101aSE (f) 102aSE

Figura 29: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 97, 98 , 99, 100, 101, 102

(67)

(a) 103aSE (b) 104aSE

(c) 105aSE (d) 106aSE

(e) 107aSE (f) 108aSE

Figura 30: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 103, 104, 105, 106, 107, 108

(68)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 69

(a) 109aSE (b) 110aSE

(c) 111aSE (d) 112aSE

(e) 113aSE (f) 114aSE

Figura 31: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 109, 110, 111, 112, 113, 114

(69)

(a) 115aSE (b) 116aSE

(c) 117aSE (d) 118aSE

(e) 119aSE (f) 120aSE

Figura 32: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 115, 116, 117, 118, 119, 120

(70)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 71

(a) 121aSE (b) 122aSE

(c) 123aSE (d) 124aSE

(e) 125aSE (f) 126aSE

Figura 33: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 121, 122, 123, 124, 125, 126

(71)

(a) 127aSE (b) 128aSE

(c) 129aSE (d) 130aSE

(e) 131aSE (f) 132aSE

Figura 34: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 127, 128, 129, 130, 131, 132

(72)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 73

(a) 133aSE (b) 134aSE

(c) 135aSE (d) 136aSE

(e) 137aSE (f) 138aSE

Figura 35: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 133, 134, 135, 136, 137, 138

(73)

(a) 139aSE (b) 140aSE

(c) 141aSE (d) 142aSE

(e) 143aSE (f) 144aSE

Figura 36: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 139, 140, 141, 142, 143, 144

(74)

Anexo A -- Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epidemiol´ogicas 75

(a) 145aSE (b) 146aSE

(c) 147aSE (d) 148aSE

(e) 149aSE (f) 150aSE

Figura 37: Mapas coropl´eticos das taxas de incidˆencia de febre amarela nas semanas epide-miol´ogicas 145, 146, 147, 148, 149, 150

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