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Com alta audiência, ginástica vira prioridade na TV aberta

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Modalidade que até agora mais me-dalhas deu ao Brasil ao lado do judô, a ginástica se transformou em prioridade na TV aberta na programação olímpica. Na última quarta-feira, a Globo deci-diu exibir ao vivo a exibição de gala da ginástica artística, que não tem qual-quer validade como competição, mas é uma espécie de fechamento do pro-grama olímpico da modalidade.

Hoje, novamente, a ginástica deve estar no horário de início da tarde na programação da principal emissora do país. Uma reprise com os melhores mo-mentos das competições será exibida entre 14h e 15h, com entrada ao vivo de outras competições que tenham a participação de atletas brasileiros.

A decisão de dar mais espaço para a ginástica se deu por conta dos

óti-Com alta audiência, ginástica

vira prioridade na TV aberta

POR ADALBERTO LEISTER FILHO E ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO

| B O L E T I M E S P E C I A L | J O G O S O L Í M P I C O S • R I O 2 0 1 6 |

EDIÇÃO • 572 QUINTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2016

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Flávia Saraiva, na apresentação de ginástica no Rio; a modalidade tem conquistado índices de audiência altos, o que tem feito com que a Globo

abra espaço na programação para

exibir o esporte, com direito até a mostrar a reprise do

Brasil nos Jogos

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mos índices de transmissão dos eventos. Em alguns momentos, a Globo chegou a ter 35 pontos na medição do Ibope em São Paulo com a disputa da modalidade.

O sucesso da ginástica não é apenas na TV aberta. Com 16 ca-nais de cobertura completa dos Jogos, o Sportv tem na ginástica o segundo esporte de maior au-diência, com uma média de 0,88 ponto. A modalidade de Diego Hypólito, Arthur Zanetti e cia.

perde apenas para o futebol no Ibope. Até o vôlei, teoricamente o segundo esporte do país, é ul-trapassado pela ginástica.

O esporte também marca uma mudança na história da TV bra-sileira. A apresentadora Glenda Koslowski é quem está narrando as apresentações dos atletas. Ela é a primeira mulher com a fun-ção de narrafun-ção na emissora.

O protagonismo que a moda-lidade assume na TV lembra o

fenômeno do curling e da pati-nação no gelo, em 2010, nos Jo-gos Olímpicos de Inverno trans-mitidos pela Record. A emissora passou a exibir, mesmo em repri-se, as disputas das duas moda-lidades, obtendo quase sempre um bom aumento de audiência.

Como as disputas em que o Brasil está entre os favoritos ao pódeio estão rareando, a aposta da TV aberta centrou-se na gi-nástica. Nem que seja reprise.

P A T R O C Í N I O

GRANDES

NÚMEROS

30%

150mi

14

3,2mil

2mi

dos voluntários que

estão inscritos no

Rio já desistiram de

trabalhar durante os

Jogos; o comitê diz

que, mesmo assim,

não há risco de

comprometer os Jogos

segundos Neymar levou

para fazer o 1º gol contra

Honduras; é o gol mais

rápido de todos os Jogos

DE VIAGENS FORAM FEITAS COM O CARTÃO RIOCARD, FEITO PARA O TORCEDOR SE DESLOCAR DURANTE OS JOGOS NA CIDADE

DE DÓLARES DEVERÃO SER INVESTIDOS PELA PREFEITURA DO RIO NAS PARALIMPÍADAS

reais é, em média,

o salário do atleta

brasileiro inscrito no

programa militar

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WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Por mais que algumas arenas sejam

desmontáveis e outras instalações es-portivas passem a ter uso diverso após o Rio 2016, é assustador pensar o que será do Parque Olímpico da Barra e do Complexo Esportivo de Deodoro depois de 18 de setembro, quando se-rão encerrados os Jogos Paralímpicos.

O legado de arenas ultramodernas poderá beneficiar os atletas brasileiros e recolocar o país na rota de grandes eventos. Mas é preocupante pensar que uso será feito desses espaços nos demais dias do ano em que não

hou-ver eventos. Há exemplos claros disso, de infraestrutura pouco aproveitada, após Atenas 2004 e Pequim 2008.

Nem é preciso cruzar o oceano. O Pan 2007 gerou instalações espor-tivas mais modernas que, nos anos se-guintes foram subaproveitadas, como o antigo Velódromo (já derrubado) e a pista de atletismo do Engenhão, pou-quíssimo usada por atletas em treinos. Tentando conter o tamanho dos Jo-gos Olímpicos, uma tarefa hercúlea, diante da sofisticação cada vez mais exigida pela mídia e pelos

patrocina-dores, o COI lançou a Agenda 2020, uma tentativa de baratear os custos.

Menos de um ano depois, na con-tramão, anuncia a inclusão de mais cinco esportes para Tóquio 2020. Ou seja, os organizadores terão que pensar em mais instalações esportivas e mais vagas na Vila Olímpica para atletas.

A questão do legado das instalações esportivas é premente ao COI. E pare-ce que não tem sido levada a sério por ele. Nem pelos comitês organizadores.

Pensar o que será do Parque

Olímpico é assustador

O McDonald’s, patrocinador do Comitê Olím-pico Internacional, escalou um ex-atleta para promover a campanha social do McDia Feliz. E a opção foi por Ronaldo, nome altamente po-pular e que, mesmo após a aposentadoria, tem ficado em destaque na mídia graças ao papel de comentarista de futebol na TV Globo. .

Para a campanha, Ronaldo raspou o cabelo para apoiar crianças em tratamento contra o câncer. No vídeo divulgado, o ex-jogador fala que seu corte de cabelo já inspirou muitos tor-cedores, mas agora era ele quem estava home-nageando alguém. Uma criança foi escolhida para raspar a cabeça do brasileiro.

A campanha entrou no ar na última terça-feira e será propagada em 14 países da América

La-tina. O McDia Feliz acontecerá no próximo dia 27 e, assim como acontece em outros anos, o dinheiro arrecadado no Big Mac será revertido para instituições espalhadas pelo Brasil.

“O McDia Feliz é uma ação muito especial que conta com a mobilização de toda a com-panhia e de milhares de voluntários espalha-dos pelo país. Contar com um nome como o do Ronaldo se juntando a esse time traz ainda mais visibilidade para uma causa tão importan-te”, comentou em nota o vice-presidente de marketing do McDonald’s, Roberto Gnypek.

A ação chega à sua 28ª edição. Ao longo dos últimos anos, foram arrecadados R$ 300 mi-lhões. Cerca de 3 milhões de crianças já foram beneficiadas no projeto, segundo a marca.

Ronaldo fecha acordo e estrela

campanha para o McDia Feliz

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POR REDAÇÃO, DO RIO DE JANEIRO O P I N I Ã O

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

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Nenhum outro evento do mun-do coloca tão diferentes naciona-lidades em um mesmo aspecto cultural como os Jogos Olímpi-cos. A Máquina do Esporte este-ve, no último fim de semana, em um encontro de jornalistas para acompanhar a Supercopa da Ale-manha, na cidade de Dortmund. E aproveitou para ver como o Rio 2016 tem sido visto longe do país.

A conclusão mescla algum con-forto com certa frustação: o modo de acompanhar os Jogos Olímpi-cos é muito parecido. O assunto é obrigatório, e todos se tornam fanáticos quando há um compa-triota em disputa por medalha.

Em Düsseldorf, uma das capi-tais da moda na Europa, milha-res aproveitam o sol de agosto à margem do Rio Reno. E nos bares

regados à cerveja, os Jogos ocu-pam os telões. Se há um alemão, a empolgação é dobrada. Na se-gunda-feira, a torcida era pelo tê-nis de mesa. A modalidade é tão querida que o mesatenista Timo Boll foi o porta-bandeira alemão.

O futebol, por sinal, merece um destaque. No Brasil, há um senso comum de que a mídia não dá muita atenção a outros esportes. Uma passada rápida pelos jor-nais europeus e há uma conclu-são latente: no Velho Continente, a situação é ainda pior. Tanto na Alemanha quanto na França, a modalidade chega a ter mais des-taque do que os Jogos, mesmo sem a temporada ter começado.

Entre os jornalistas presentes, o sentimento de patriotismo era o mesmo que ronda os brasileiros.

Um profissional da Cingapura não escondia a felicidade. Joseph Schooling bateu Michael Phelps na natação e se tornou o primeiro atleta do pequeno país a conquis-tar uma medalha de ouro. “Herói nacional?”, perguntei. “Esse aí já pode se aposentar”, brincou.

Por outro lado, um colombiano não escondia a chateação.

O boxeador Yuberjén Martí-nez era a esperança de mais um ouro para o país. Perdeu a prata na categoria de 49kg, e se tornou o maior atleta da modalidade da história do país colombiano. Mas, assim como no Brasil, aparente-mente há uma exorbitante dife-rença entre a primeira e a segun-da colocação nos corações dos torcedores colombianos.

* Viagem a convite da Fox Sports

POR DUDA LOPES, DE DORTMUND (ALEMANHA)*

Jogos Olímpicos unificam modo

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Uma hegemonia de 12 anos foi con-firmada no Rio 2016. A japonesa Kaori Icho faturou o tetracampeonato olím-pico na categoria até 58 kg da luta li-vre. É a primeira mulher, de qualquer modalidade, a atingir essa façanha.

“Luto há tantos anos que tenho que agradecer a todos que me apoiaram: minha família, meus amigos e todos que me cercam”, disse após a final.

Kaori descobriu a luta livre através da irmã mais velha, Chiharu. Elas competiram juntas em Atenas 2004, na estreia da luta para mulheres. Kao-ri ficou com o ouro, enquanto a irmã foi prata na categoria até 48 kg.

Quatro anos depois, em Pequim, elas repetiram a campanha. Foi quan-do Chiharu encerrou a carreira, aos 26 anos. Sem motivação para continuar,

Kaori também decidiu parar. E disse: “Não tenho objetivos se Chiharu pa-rar. Pequim foi meu último torneio”.

A virada aconteceu nos meses se-guintes, quando ambas foram fazer intercâmbio no Canadá. Kaori passou a dar aulas de luta livre para estudan-tes. Oito meses depois, já no Japão, retornou aos treinos. Sábia decisão.

Por 13 anos, Kaori também manteve uma raríssima invencibilidade. Foram 189 triunfos seguidos. A escrita só foi quebrada no início do ano, quando perdeu da mongol Orkhon Purevdor a final do GP de Krasnoyarsk (Rússia).

Antes, Kaori passou por uma perda ainda mais amarga em 2015: a mor-te da mãe. “Sei que ela está no céu olhando para mim. Nos últimos dois pontos da final, ela que me orientou”.

Kaori Icho

• L U TA L I V R E • P E R S O N A G E N S D O D I A • J A PÃ O A M A I O R D A H I S T Ó R I A • Nasceu em 13 de junho de 1984 • Igualou-se a cinco homens que já foram tetra olímpico, entre eles Michael Phelps • Primeira japonesa a ter quatro ouros • Em lutas, o alemão Wilfried Dietrich tem cinco medalhas de 56 a 68, mas só um ouro

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7 • Q U A D R O D E M E D A L H A S • 1. ESTADOS UNIDOS 30 32 31 2. GRÃ-BRETANHA 19 19 12 3. CHINA 19 15 20 4. RÚSSIA 12 14 15 5. ALEMANHA 12 8 9 6. JAPÃO 10 5 18 7. FRANÇA 8 11 12 8. ITÁLIA 8 9 6 9. HOLANDA 8 4 3 17. BRASIL 3 5 4 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

I M A G E M D O D I A

Elaine Thompson, da Jamaica, cruza em primeiro lugar na final dos 200m; ela se tornou a mulher mais rápida dos Jogos do Rio, pois também foi ouro nos 100m; Usain Bolt tenta hoje, nos 200m, igualá-la

A LUTA LIVRE RENDEU TRÊS OUROS PARA O JAPÃO ONTEM, RECOLOCANDO O PAÍS NO TOP 10 DO QUADRO DE MEDALHAS; NO BRASIL, A PRATA NO VÔLEI DE PRAIA NÃO AJUDOU O PAÍS A SUBIR DE COLOCAÇÃO, E AGORA SOMOS O 17º

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