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Academic year: 2021

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CE062 - Tópicos em Biometria

Silva, J.P; Taconeli, C.A.

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Nas Ciências Médicas e Veterinárias, a avaliação clínica de pacientes se baseia em uma série de indicadores coletados, por exemplo, através do sangue ou urina;

Exemplos de indicadores:

Contagem de células brancas e vermelhas; Colesterol total e frações;

Glicose plasmática;

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Introdução

Para fins de avaliação do estado clínico de pacientes, precisa-se contrastar o valor aferido para um particular indicador com os valores de referência para uma população de indivíduos saudáveis;

Chamamos faixa de referência o conjunto de valores de referência para um indicador na população de indivíduos saudáveis;

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Introdução

A avaliação do estado clínico dos pacientes baseia-se na verificação de seus indicadores e se eles pertencem ou não às respectivas faixas de referência.

Faixas de referência são usadas em várias outras áreas, como Agronomia, Biologia, Química,. . .

A determinação de faixas de referência é atualmente normatizada pelo guia C28-A3, publicado pelo International Federation of Clinical Chemistry (IFCC) e Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).

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A obtenção de faixas de referência requer que se dispnha de dados, para os indicadores de interesse, numa amostra de indivíduos saudáveis;

Ainda, para a adequada avaliação de um paciente, precisamos dispor de faixas de referências obtidas a partir de indivíduos compatíveis a esse paciente;

A definição de compatível pode envolver, por exemplo, indivíduos de mesmo sexo, ou mesma raça, ou mesma faixa etária, ou de alguma combinação de características como essas.

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Introdução

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É comum, para alguns indicadores, as faixas de referência mudarem conforme a idade;

Um exemplo típico refere-se a indicadores antropométricos e relativos ao estado nutricional, como peso, índice de massa corporal, percentual de gordura. . .

Nessas situações, deve-se estabelecer uma faixa de referência para cada idade;

Os limites que definem as faixas de referência para diferentes idades podem ser representados num gráfico, dando origem às chamadas

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Estabelecendo faixas de referência

Faixas de referência podem ser estabelecidas usando modelos paramétricos ou de forma não paramétrica;

Vamos admitir que a distribuição de um particular indicador entre indivíduos saudáveis de uma população de interesse (x ) tenha a seguinte distribuição:

x ∼ N(µ, σ2)

Seja x1, x2, ..., xn uma amostra aleatória dessa população, e ¯x e s a

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Uma faixa de referência de 95% pode ser estabelecida da seguinte forma:

¯

x ± 1.96s = (¯x − 1.96s; ¯x + 1.96s)

De maneira análoga, podemos estabelecer faixas de referência com outras coberturas trocando 1.96 pelo quantil apropriado da distribuição normal padrão;

Na prática, é comum substituir 1.96 por 2 na obtenção de faixas de referência de 95%.

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Faixas de referência para indicadores com

distribuição normal

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Se os valores produzidos por algum indicador na população de indivíduos saudáveis ocorrer de maneira completamente aleatória, então a distribuição normal é uma escolha natural;

Na prática, no entanto, temos fatores (genéticos, comportamentais,. . . ) que em alguma medida estão associados a esses valores;

Dessa maneira, é comum que não se tenha distribuição normal, e bastante frequente que a distribuição apresente assimetria à direita;

Caso a distribuição na população de saudáveis seja assimétrica, uma tentativa é o ajuste do modelo lognormal.

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Faixas de referência para indicadores com

distribuição não normal

Se a v.a. x tem distribuição normal, então y = ex tem distribuição lognormal; e se y tem distribuição lognormal, então x = ln(y ) tem distribuição normal.

Considere x1= ln(x1), x2∗ = ln(x2), ..., xn= ln(xn), e ¯xe s∗ a média e

o desvio padrão da variável transformada;

Neste caso, a faixa de referência é inicialmente calculada para a variável transformada, e os limites obtidos devem então ser exponenciados:

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Uma estratégia mais geral consiste em recorrer a alguma família de transformações, e identificar aquela que melhor induz normalidade.

O caso mais usual é a transformação do tipo Box-Cox, em que se considera uma transformação do tipo potência (x= xp, para p 6= 0;

x= ln(x ), para p = 0).

Da mesma forma, obtidos os limites na escala transformada, deve-se aplicar a transformação inversa para se ter a faixa de referência na escala original.

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Faixas de referência para indicadores com

distribuição não normal

Como alternativa ao uso de transformações, pode-se recorrer a outro modelo paramétrico, ao invés da distribuição normal;

Seja x uma variável aleatória com função densidade de probabilidade

f (x ; θ) e função distribuição acumulada F (x ; θ), em que θ representa

o vetor de parâmetros do modelo.

Uma faixa de referência 95% fica determinada por limites l1 e l2 tais

que:

Z l2

l1

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É usual considerar limites que delimitem 2.5% dos extremos, de maneira que a faixa de referência fica determinada pelos quantis 2.5 e 97.5%:

(l1; l2) = 

F−1(0.025; θ); F−1(0.975; θ).

Na prática, θ é desconhecido, e deve ser estimado (por exemplo, via máxima verossimilhança);

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Faixas de referência para indicadores com

distribuição não normal

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É comum não se conhecer a priori um modelo probabilístico adequado aos dados;

Em geral, diversos modelos são ajustados e os respectivos ajustes comparados, por exemplo, com base nos valores de AIC;

Escolhido um particular modelo, pode-se conduzir algum teste de qualidade de ajuste, ou construir um gráfico do tipo quantil-quantil para validar a análise.

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Faixas de referência para indicadores - método não

paramétrico

Outra possibilidade é a determinação de faixas de referência

diretamente a partir dos quantis amostrais (método não paramétrico).

Assim, uma faixa de referência 95% pode ser especificada a partir dos quantis amostrais de ordem 2.5% e 97.5%:

(l1; l2) = (q0.025; q0.975).

Métodos não paramétricos são flexíveis, e robustos à especificação incorreta de um modelo paramétrico.

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Faixas de referência para indicadores - método não

paramétrico

O uso do método não paramétrico para estabelecer faixas de referência não é indicado caso se disponha de poucos dados (ao menos 100 ou 150 valores são requeridos);

Para tamanhos amostrais reduzidos, a determinação dos limites de referência através dos quantis amostrais apresenta baixa precisão.

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A detecção e exclusão de outliers é uma etapa importante na obtenção de faixas de referência;

Há diferentes métodos para detecção de outliers, sendo que dois deles (método de Dixon e método de Horn) são descritos na sequência;

Seja D a diferença absoluta entre um valor que suspeitamos que seja um outlier e o valor mais próximo na amostra (antecessor ou sucessor);

Seja R a amplitude amostral, ou seja, a diferença entre o máximo e o mínimo da amostra;

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Tratamento de outliers

O método de Dixon baseia-se na estatística R/D, de maneira que se o valor dessa razão for superior a 3 a observação sob investigação deve ser descartada;

No método de Horn, primeiramente os dados devem ser transformados (se necessário) para se ter normalidade;

Satisfeita a suposição de normalidade, deve-se descartar observações cujos valores transformados tiverem fora do intervalo:

(Q1− 1.5IQR; Q3+ 1.5IQR),

em que Q1 e Q3 são os quartis amostrais e IQR = Q3− Q1 é a amplitude

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O uso de faixas de referência para fins de diagnóstico exige cautela.

Para um indivíduo saudável, é esperado para 1 a cada 20 indicadores ele produza valor fora da faixa de referência (lembre-se do nível de confiança de 95%);

Assim, o diagnóstico do paciente em geral se baseia em algum conjunto de indicadores;

Referências

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