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Previsão de energia natural afluente do subsistema sudeste sob a abordagem singular spectrum analysis

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(1)

Lorena Tereza Bezerra Gamboni

Previs˜

ao de Energia Natural Afluente do

Subsistema Sudeste sob a Abordagem

Singular Spectrum Analysis

Niter´oi - RJ, Brasil 30 de Junho de 2017

(2)

Universidade Federal Fluminense

Lorena Tereza Bezerra Gamboni

Previs˜

ao de Energia Natural

Afluente do Subsistema Sudeste sob

a Abordagem Singular Spectrum

Analysis

Trabalho de Conclus˜ao de Curso

Monografia apresentada para obten¸c˜ao do grau de Bacharel em Estat´ıstica pela Universidade Federal Fluminense.

Orientador: Prof. Mois´es Lima de Menezes

Niter´oi - RJ, Brasil 30 de Junho de 2017

(3)

Universidade Federal Fluminense

Lorena Tereza Bezerra Gamboni

Previs˜

ao de Energia Natural Afluente do

Subsistema Sudeste sob a Abordagem

Singular Spectrum Analysis

Monografia de Projeto Final de Gradua¸c˜ao sob o t´ıtulo “Pre-vis˜ao de Energia Natural Afluente do Subsistema Sudeste sob a Abordagem Singular Spectrum Analysis”, defendida por Lo-rena Tereza Bezerra Gamboni e aprovada em 30 de Junho de 2017, na cidade de Niter´oi, no Estado do Rio de Janeiro, pela banca examinadora constitu´ıda pelos professores:

Prof. Dr. Mois´es Lima de Menezes Departamento de Estat´ıstica – UFF

Profa. Dra. M´arcia Marques de Carvalho Departamento de Estat´ıstica – UFF

Profa. Dra. Keila Mara Cassiano Departamento de Estat´ıstica – UFF

(4)

M 149 Gamboni,Lorena Tereza Bezerra

Previsão de Energia Natural Afluente do Subsistema Sudeste sob a Abordagem Singular Spectrum

Analysis/Lorena Tereza Bezerra Gamboni. - Niterói: [s. n.], 2017. 57f.

Trabalho de Conclusão de Curso - (Bacharelado em Es- tatística) – Universidade Federal Fluminense, 2017.

1. Singular Spectrum Analysis. 2. Previsão. 3. Energia Natural Afluente.

I. Título.

(5)

Resumo

A energia natural afluente (ENA) ´e uma das mais utilizadas no Brasil, tendo seu fornecimento sendo feito para cerca de 90% do territ´orio nacional. Por´em, devido as condi¸c˜oes clim´aticas e a falta de chuva nos tempos atuais a necessidade do uso de uma ferramenta de previs˜ao torna-se imprescind´ıvel. A melhor ferramenta para fazer a previs˜ao de ENA ´e a an´alise de s´eries temporais, podendo ser utilizado tamb´em a filtragem Singular Spectrum Analysis (SSA) que ´e um m´etodo em estat´ıstica que pode, dentre outras coisas, filtrar uma s´erie temporal removendo o seu ru´ıdo para uma modelagem com previs˜ao mais acurada. Este projeto teve como objetivo fazer a modelagem da s´erie temporal de ENA do subsistema Sudeste usando os modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins. Al´em disso, fazer uma filtragem SSA nessa mesma s´erie retirando os ru´ıdos e utilizar os modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins para fazer a modelagem dessa s´erie filtrada. Ap´os as modelagens, foram usadas as estat´ısticas de aderˆencia Desvio M´edio Absoluto (M AD), Erro Percentual M´edio Absoluto (M AP E), Raiz Quadrada do Erro Quadr´atico M´edio (RM SE), Crit´erio de Informa¸c˜ao Bayesiana (BIC) e Coeficiente de Determina¸c˜ao (R2) para verificar a capacidade preditiva de cada modelo. Com as an´alises realizadas foi verificado que o modelo de Box & Jenkins obteve os melhores resultados quanto as estat´ısticas de aderˆencia tanto na s´erie original quanto na s´erie filtrada e que a filtragem SSA de fato apresenta uma melhora quanto a capacidade preditiva.

Palavras-chaves: Energia Natural Afluente, Singular Spectrum Analysis, S´eries Tempo-rais, Filtragem, Holt-Winters, Box & Jenkins, Modelagem.

(6)

Agradecimentos

Agrade¸co a meus pais Carmem e Claudio, meus irm˜aos Larissa, Claudio e Adriana e minha av´o Eugenia pelo apoio durante essa fase t˜ao importante da minha vida. Agrade¸co tamb´em meu namorado Vitor Magalh˜aes e meus amigos por tornarem essa jornada menos dif´ıcil de ser cumprida. E finalmente agrade¸co ao professor Mois´es Lima de Menezes por n˜ao s´o me auxiliar e orientar, mas tamb´em por me mostrar que sou capaz de fazer um bom trabalho.

(7)

Sum´

ario

Lista de Figuras

Lista de Tabelas

1 Introdu¸c˜ao p. 11

1.1 Contextualiza¸c˜ao . . . p. 11 1.2 Revis˜ao Bibliogr´afica . . . p. 12 1.3 Proposta da Pesquisa . . . p. 13 1.4 Estrutura . . . p. 14 2 Objetivos p. 15 3 Materiais e M´etodos p. 16 3.1 Banco de dados . . . p. 16 3.2 S´eries Temporais . . . p. 17 3.2.1 Decomposi¸c˜ao de S´eries Temporais . . . p. 18 3.3 Modelos de Holt-Winters . . . p. 19 3.4 Modelos de Box-Jenkins . . . p. 20 3.4.1 Testes de Normalidade e Estacionariedade . . . p. 20 3.4.2 O Modelo ARIM A(p, d, q) . . . p. 22 3.4.3 Fun¸c˜ao de Autocorrela¸c˜ao (FAC) . . . p. 23 3.4.4 Fun¸c˜ao de Autocorrela¸c˜ao Parcial (FACP) . . . p. 23 3.4.5 An´alise da FAC e da FACP . . . p. 23

(8)

3.5 Diagn´ostico do modelo . . . p. 24 3.5.1 Estat´ısticas de Aderˆencia . . . p. 24 3.5.2 Res´ıduos . . . p. 25 3.6 Filtragem SSA . . . p. 25 3.6.1 Decomposi¸c˜ao . . . p. 26 3.6.2 Reconstru¸c˜ao . . . p. 27 3.6.3 An´alise Gr´afica dos Autovetores . . . p. 28 3.7 Resumo da Metodologia . . . p. 29

4 An´alise dos Resultados p. 30

4.1 S´erie Original . . . p. 30 4.1.1 Holt-Winters . . . p. 30 4.1.2 Box & Jenkins . . . p. 33 4.2 S´erie com filtragem SSA . . . p. 39 4.2.1 Holt-Winters . . . p. 42 4.2.2 Box & Jenkins . . . p. 45 4.2.3 Compara¸c˜ao entre a s´erie filtrada e a s´erie original . . . p. 50

5 Conclus˜ao p. 52

(9)

Lista de Figuras

1 S´erie temporal da energia natural afluente em MWmed do subsistema

sudeste 2000-2016 . . . p. 16 2 Fluxograma da Metodologia . . . p. 29 3 S´erie original (preto) e s´erie ajustada via Holt-Winters (vermelho) . . . p. 31 4 Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o

modelo de Holt-Winters. . . p. 32 5 FAC dos res´ıduos para o modelo de Holt-Winters . . . p. 32 6 S´erie temporal da energia natural afluente em MWmed do subsistema

sudeste com transforma¸c˜ao logar´ıtmica 2000-2016 . . . p. 33 7 FAC da s´erie original . . . p. 34 8 FAC e FACP da s´erie original com uma diferen¸ca sazonal . . . p. 35 9 Sa´ıda do software FPW. . . p. 36 10 S´erie original (preto) e s´erie ajustada via Box & Jenkins (vermelho) . . p. 37 11 Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o

modelo de Box & Jenkins. . . p. 38 12 FAC dos res´ıduos para o modelo de Box & Jenkins . . . p. 38 13 An´alise gr´afica dos 9 primeiros vetores singulares. . . p. 39 14 Gr´afico de dispers˜ao de alguns dos pares seguidos de vetores singulares. p. 40 15 Componentes da filtragem SSA . . . p. 41 16 S´erie original (preto) e s´erie filtrada (vermelho). . . p. 42 17 S´erie filtrada (preto) e s´erie ajustada via Holt-Winters (vermelho). . . . p. 43 18 Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o

(10)

19 FAC dos res´ıduos para o modelo de Holt-Winters para a s´erie filtrada. . p. 44 20 S´erie temporal filtrada da energia natural afluente em MWmed do

sub-sistema sudeste com transforma¸c˜ao logar´ıtmica 2000-2016 . . . p. 45 21 FAC da s´erie filtrada . . . p. 46 22 FAC e FACP da s´erie filtrada com uma diferen¸ca sazonal . . . p. 47 23 Sa´ıda do software FPW. . . p. 48 24 S´erie filtrada (preto) e s´erie ajustada via Box & Jenkins (vermelho) . . p. 49 25 Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o

modelo de Box & Jenkins para a s´erie filtrada. . . p. 49 26 FAC dos res´ıduos para o modelo de Box & Jenkins para a s´erie filtrada p. 50

(11)

Lista de Tabelas

1 Estat´ısticas descritivas da s´erie temporal de ENA em MWmed - Sudeste.

2000 - 2016. . . p. 17 2 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Holt-Winters . . . p. 30 3 Parˆametros estimados na modelagem de Holt-Winters . . . p. 31 4 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins . . . p. 36 5 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes p. 39 6 Divis˜ao dos vetores singulares dentre as componentes . . . p. 40 7 Correla¸c˜ao entre as componentes . . . p. 41 8 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Holt-Winters para a s´erie filtrada p. 42 9 Parametros estimados na modelagem de Holt-Winters para a s´erie filtrada p. 43 10 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins para a s´erie

filtrada. . . p. 48 11 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes

para a s´erie filtrada . . . p. 50 12 Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes

(12)

11

1

Introdu¸

ao

1.1

Contextualiza¸

ao

A energia el´etrica pode ser gerada atrav´es de fontes naturais ou de fontes produzidas pelo homem. Algumas fontes naturais podem ser consideradas renov´aveis, uma vez que, com o passar dos tempos, elas podem ser reutilizadas. As energias e´olica, solar, h´ıdrica e biomassa s˜ao alguns exemplos de energia gerada por fontes naturais (PENA, 2016).

A energia de origem h´ıdrica, produzida pelas usinas hidrel´etricas, ´e a principal fonte de energia natural no Brasil. Essa energia ´e produzida atrav´es do potencial hidr´aulico da corrente de um rio, por´em para que isso ocorra ´e preciso que esse rio tenha grande volume de ´agua e desn´ıveis em seu fluxo. Tamb´em ´e preciso que a corrente gerada pelo rio tenha uma grande for¸ca e velocidade ao passar pelas turbinas da usina para que a energia obtida v´a at´e o gerador, se transforme em energia el´etrica e depois seja conduzida pelos fios at´e os centros residenciais e comerciais (CERQUEIRA, 2016).

A vaz˜ao afluente de um rio ´e dita como uma vaz˜ao que chega at´e certa localiza¸c˜ao, tendo como principal objetivo a produ¸c˜ao de energia el´etrica. Essa energia el´etrica obtida pode ser chamada de energia natural afluente (ENA) e est´a proporcionalmente ligada a vaz˜ao do rio, ou seja, a quantidade de ´agua que passa pelas turbinas da hidrel´etrica (”O que ´e energia natural afluente?”, 2016).

Cerca de 18% da energia consumida pela popula¸c˜ao no mundo todo ´e gerada pe-las usinas hidrel´etricas (PENA, 2016). J´a no Brasil, temos o fornecimento da energia hidr´aulica aproximada em 90% de todo territ´orio (CERQUEIRA, 2016). Devido a este alto percentual, faz-se necess´ario ter um planejamento adequado do uso deste bem para a gera¸c˜ao de energia. Para isso, boas previs˜oes de energia natural afluente podem ajudar de forma mais eficaz este planejamento e a ferramenta mais adequada para a realiza¸c˜ao destas previs˜oes ´e a an´alise de s´eries temporais. Este tipo de an´alise permite, a partir de uma s´olida base estat´ıstica, descrever o comportamento de uma s´erie temporal e prever

(13)

1.2 Revis˜ao Bibliogr´afica 12

valores futuros fazendo uso dos dados observados no passado.

Singular Spectrum Analysis (SSA) ´e uma ferramenta em estat´ıstica que pode, dentre outras coisas, decompor uma s´erie temporal em componentes de tendˆencia, harmˆonicas e ru´ıdo e, ao remover esta componente ruidosa, obter uma s´erie aproximada filtrada. Al´em disso tamb´em pode ser usada para encontrar tendˆencias de diferentes resolu¸c˜oes, suavizar s´eries temporais, extrair componentes sazonais, extrair ciclos com pequenos e grandes per´ıodos, extrair periodicidades com amplitudes vari´aveis, extrair tendˆencias complexas e periodicidades, encontrar estrutura em s´eries temporais curtas, detectar pontos de mu-dan¸ca na s´erie e fazer previs˜ao de s´eries temporais (MENEZES et al., 2014).

1.2

Revis˜

ao Bibliogr´

afica

Silva (2017) fez uma pesquisa com o objetivo de obter uma previs˜ao de vaz˜ao de afluentes utilizando a filtragem Singular Spectrum Analysis (SSA) para verificar se a uti-liza¸c˜ao da filtragem melhora ou n˜ao o ganho preditivo dessa s´erie temporal. Foi utilizada a s´erie temporal de vaz˜ao m´edia mensal de afluentes do Rio Paran´a para o horizonte de 1931 at´e 2014. Tanto para a s´erie original quanto para a filtrada foram utilizados os modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins para ser feita a previs˜ao. Foi visto que o uso da filtragem SSA de fato melhora a precis˜ao dos resultados.

Gon¸calves e Calili (2015) fizeram uma pesquisa com o objetivo de analisar as s´eries sint´eticas de energia natural afluente bruta da regi˜ao nordeste do Brasil. Foram utilizadas 2000 s´eries sint´eticas de energia natural afluente bruta gerada artificialmente pela mode-lagem Newave contendo dados de janeiro de 2013 at´e abril de 2014. A an´alise foi realizada atrav´es do Box-Plot e do gr´afico de barras dos dados apresentados. Foi verificada que o uso da modelagem Newave tem prejudicado o uso dos reservat´orios e que a s´erie sint´etica de ENA tem valores significantemente maiores que os valores reais.

Rodrigues (2009) fez uma pesquisa com o objetivo de elaborar um software que realize uma previs˜ao de pre¸co spot de energia el´etrica utilizando redes neurais. Para a realiza¸c˜ao desse estudo foram utilizados dados de carga, gera¸c˜ao, pre¸cos anteriores, n´ıvel de arma-zenamento e energia natural afluente. A elabora¸c˜ao foi realizada atrav´es de m´etodos de heur´ıstica computacional.

Lopes (2007) fez uma pesquisa com o objetivo de desenvolver um modelo de planeja-mento da opera¸c˜ao de sistemas hidrot´ermicos de produ¸c˜ao de energia el´etrica. Para o de-senvolvimento desse modelo foram utilizados dados de gera¸c˜ao hidr´aulica, gera¸c˜ao t´ermica,

(14)

1.3 Proposta da Pesquisa 13

gera¸c˜ao nuclear, energia natural afluente, energia armazenada, carga e intercˆambios de dezembro de 1995 at´e dezembro de 2006. Atrav´es de testes realizados foi observado que o modelo proposto ´e uma op¸c˜ao valida para a tomada de decis˜ao operacional do sistema hidrot´ermico.

Menezes et al. (2014) fizeram uma pesquisa com o objetivo de verificar se a remo¸c˜ao dos res´ıduos das s´eries de energia natural afluente atrav´es do Multi-channel Singular Spectrum Analysis, interfere ou n˜ao na precis˜ao dos resultados obtidos com a modelagem progressiva peri´odica da fam´ılia Box-Jenkins. Para a realiza¸c˜ao dessa an´alise foram uti-lizados dados de ENA dos quatro subsistemas de janeiro de 1931 at´e dezembro de 2012. O resultado obtido dessa analise foi que o uso da filtragem dos dados antes de ser feita a modelagem melhora a precis˜ao dos resultados.

Guarnier et al. (2012) fizeram uma pesquisa com objetivo de obter um aprimoramento na proje¸c˜ao de pre¸cos no mercado de curto prazo realizando uma analise de clusteriza¸c˜ao de ENA e incorpora¸c˜ao de fenˆomenos climatol´ogicos. Para a realiza¸c˜ao do estudo foram usados dados de s´eries temporais mensais de energia natural afluente de 1931 at´e 2008, tanto as originais quanto as sint´eticas geradas pelo programa Newave. Foi utilizado o m´etodo de analise de cluster nos dados para fazer uma busca das s´eries que melhor se acercavam do resultado pretendido. O m´etodo de clusteriza¸c˜ao apresentou um resultado positivo quanto a proje¸c˜ao de pre¸cos dentro de um ano.

Ferreira et al. (2015) fizeram uma pesquisa com o objetivo de apresentar o m´etodo de Box & Jenkins com fun¸c˜ao de transferˆencia, usando o software R, mostrando que o uso desse m´etodo pode acurar a modelagem e previs˜ao de s´eries temporais. Para a realiza¸c˜ao do estudo foram utilizadas s´eries temporais mensais de ENA do subsistema Sul do Brasil, tendo como inicio janeiro de 1932 e final dezembro de 2008, totalizando 924 observa¸c˜oes. O uso da fun¸c˜ao de transferˆencia em Box & Jenkins apresentou melhorias para o modelo, por´em ainda foram verificados erros de previs˜oes bastante altos nos resultados obtidos.

1.3

Proposta da Pesquisa

Esta pesquisa prop˜oe a utiliza¸c˜ao de uma t´ecnica de filtragem de s´eries temporais ba-seada em Singular Spectrum Analysis (SSA) aplicada `a s´erie temporal de Energia Natural Afluente (ENA) m´edia mensal do subsistema Sudeste no periodo de janeiro de 2000 a de-zembro de 2016 antes de sua modelagem. Esses dados s˜ao disponibilizados pelo Operador Nacional do Sistema El´etrico (ONS) na p´agina http://www.ons.org.br/historico/energia na

(15)

1.4 Estrutura 14

tural afluente.aspx.

O subsistema Sudeste ´e abastecido por energia hidrel´etrica vinda de quatro bacias hidrogr´aficas: Bacia do Paran´a, que se subdivide nos rios Grande, Igua¸cu, Parana´ıba, Paranapanema, Paran´a e Tietˆe; Bacia do S˜ao Francisco, que nasce na serra da canas-tra em Minas Gerais, segue at´e Pernambuco e des´agua no Oceano Atlˆantico; Bacia do Atlˆantico Leste, onde entre seus principais rios est˜ao Paragua¸cu, Contas, Salinas, Pardo, Jequitinhonha e Mucuri e Bacia do Atlˆantico Sudeste, que tem como principais rios o Para´ıba do Sul e Doce (“Rios e bacias do Brasil formam uma das maiores redes fluviais do mundo”, 2017).

Prop˜oe testar os modelos de Box & Jenkins e de Holt-Winters `a s´erie de ENA original e `a s´erie filtrada via SSA. A ideia ´e verificar qual o modelo mais adequado para este tipo de s´erie. Para isso, estat´ısticas de aderˆencia ser˜ao utilizadas para testar o poder preditivo nos quatro casos. S˜ao elas: Desvio M´edio Absoluto (M AD - Mean Absolute Deviation); Erro M´edio Percentual Absoluto (M AP E - Mean Absolute Percentage Error ); Raiz Qua-drada do Erro Quadr´atico M´edio (RM SE - Root Mean Square Error ); Coeficiente de Determina¸c˜ao (R2) e o Crit´erio de Informa¸c˜ao Bayesiana (BIC - Bayesian Information Criterion).

Para a filtragem SSA ser´a utilizado o programa CaterpillarSSA. Para as modelagens e an´alises dos res´ıduos, os programa Forecast Pro for Windows (FPW) e o Gretl. Para a diagrama¸c˜ao gr´afica, o Microsoft Excel e o Eviews para testar a independecia dos dados via teste BDS. Para calcular as estatisticas de aderˆencia ser´a usado o FPW.

1.4

Estrutura

Al´em dessa se¸c˜ao, na se¸c˜ao 2 s˜ao apresentados os principais objetivo de ser feito esse estudo. Na se¸c˜ao 3 s˜ao apresentados os materiais e m´etodos dando enfoque ao m´etodo de filtragem SSA, aos modelos de amortecimento exponencial de Holt-Winters e os modelos de Box & Jenkins bem como as estat´ısticas de aderˆencia a serem utilizadas. As an´alises e discuss˜oes est˜ao na se¸c˜ao 4, e na se¸c˜ao 5 est˜ao as conclus˜oes.

(16)

15

2

Objetivos

O objetivo desta pesquisa ´e o de avaliar o ganho preditivo da filtragem SSA nas modelagens Holt-Winters e Box & Jenkins de s´eries de energia natural afluente utilizando os dados da s´erie temporal de m´edia mensal da regi˜ao sudeste de janeiro de 2000 at´e dezembro de 2016. Esta pesquisa tamb´em objetiva verificar dentre os modelos testados qual o mais adequado para gerar previs˜oes de ENA a partir das estat´ısticas de aderˆencia.

(17)

16

3

Materiais e M´

etodos

3.1

Banco de dados

Para a realiza¸c˜ao do estudo do comportamento da varia¸c˜ao de energia natural afluente do subsistema Sudeste ser´a utilizado um banco de dados contendo a s´erie temporal mensal de ENA medida em MWmed. Os dados observados variam de janeiro de 2000 at´e dezem-bro de 2016, totalizando 204 observa¸c˜oes e s˜ao disponibilizados pelo Operador Nacional do Sistema El´etrico (ONS) na p´agina http://www.ons.org.br/historico/energia natural afluen-te.aspx. A Figura 1 mostra o comportamento da s´erie. Pode-se perceber que a quantidade de energia natural afluentes oscila entre os meses de cada ano.

Figura 1: S´erie temporal da energia natural afluente em MWmed do subsistema sudeste 2000-2016

(18)

3.2 S´eries Temporais 17

Tabela 1: Estat´ısticas descritivas da s´erie temporal de ENA em MWmed - Sudeste. 2000 - 2016.

M´edia Desvio Padr˜ao M´ınimo 1o Quartil Mediana 3o Quartil aximo

Jan 52954,82 19449,89 21466,00 42286,77 48649,77 68114,00 91574,52 Fev 52693,51 14218,57 22519,00 48286,68 54105,00 58039,00 87075,96 Mar 48611,35 13582,89 28612,69 42273,42 48811,29 52573,00 85018,03 Abr 38315,30 8882,78 22218,00 32427,00 36796,00 44197,00 54555,00 Mai 27719,44 5210,81 17858,00 23932,81 28561,00 30293,00 34970,84 Jun 25544,82 7201,06 15987,00 21476,33 24698,27 27945,93 38526,00 Jul 21579,54 5039,75 13692,00 18769,00 20342,00 25728,06 31001,00 Ago 17432,71 3568,92 11405,00 15562,77 16777,00 19340,90 23994,42 Set 17337,88 4814,98 12440,00 14342,00 15701,53 18273,43 30724,00 Out 20002,85 5968,28 12900,06 14803,00 19826,00 22905,16 36397,94 Nov 25211,51 4533,32 18609,00 22480,13 24489,00 27338,00 35882,37 Dez 39416,77 9424,06 26868,39 33608,00 36885,00 43703,00 62197,90 Total 32235,04 16075,93 11405,00 20045,64 27998,43 42349,70 91574,52 Fonte: ONS.

A Tabela 1 apresenta a m´edia, o desvio padr˜ao, o m´aximo, m´ınimo e os quartis da s´erie total e mensalmente . Pode-se perceber uma diferen¸ca bem dr´astica entre o menor e o maior valor de ENA apresentada nessa s´erie, al´em de uma grande diferen¸ca entre os meses.

3.2

eries Temporais

Uma s´erie temporal ´e um conjunto de observa¸c˜oes ordenadas no tempo. As s´eries temporais podem ser divididas em dois grupos: cont´ınuas e discretas. As s´eries do segundo grupo podem ser obtidas atrav´es de amostras retiradas em per´ıodos de tempo semelhantes. Os objetivos das an´alises de s´eries temporais s˜ao de levantar modelos param´etricos, onde o n´umero de parˆametros ´e finito, ou n˜ao-param´etricos, onde o n´umero de parˆametros ´e infinito, fazendo proje¸c˜oes de valores futuros ou apenas relatando o comportamento da s´erie, construindo modelos probabil´ısticos ou estoc´asticos, ou seja, controlados por leis probabil´ısticas (MORETTIN E TOLOI, 2006). Uma s´erie temporal de comprimento T ser´a representada por 3.1

(19)

3.2 S´eries Temporais 18

3.2.1

Decomposi¸

ao de S´

eries Temporais

Segundo o modelo cl´assico, todas as s´eries temporais s˜ao compostas de quatro padr˜oes:

• Tendˆencia (Tt), que ´e o comportamento de longo prazo da s´erie, que pode ser

cau-sada pelo crescimento demogr´afico, ou mudan¸ca gradual de h´abitos de consumo, ou qualquer outro aspecto que afete a vari´avel de interesse no longo prazo;

• Varia¸c˜oes c´ıclicas ou ciclos (Ct), que resultam em flutua¸c˜oes nos valores da vari´avel

com dura¸c˜ao superior a um ano, e que se repetem com certa periodicidade, que podem ser resultado de varia¸c˜oes da economia como per´ıodos de crescimento ou recess˜ao, ou fenˆomenos clim´aticos como o El Ni˜no (que se repete com periodicidade superior a um ano);

• Varia¸c˜oes sazonais ou sazonalidade (St), que resultam em flutua¸c˜oes nos valores da

vari´avel com dura¸c˜ao inferior a um ano, e que se repetem todos os anos, geralmente em fun¸c˜ao das esta¸c˜oes do ano ou em fun¸c˜ao de feriados ou festas populares, ou por exigˆencias legais, como o per´ıodo para entrega da declara¸c˜ao de Imposto de Renda. Se os dados forem registrados anualmente n˜ao haver´a influˆencia da sazonalidade na s´erie;

• Varia¸c˜oes irregulares (It), que s˜ao as flutua¸c˜oes inexplic´aveis, resultado de fatos

fortuitos e inesperados como cat´astrofes naturais, atentados terroristas como o de 11 de setembro de 2001, decis˜oes intempestivas de governos, etc.

A decomposi¸c˜ao da s´erie permitir´a identificar quais componentes est˜ao atuando na-quele conjunto em particular, al´em de possibilitar obter ´ındices e/ou equa¸c˜oes para realizar previs˜oes para per´ıodos futuros da s´erie. Dessa forma, ´e poss´ıvel decompor a s´erie em 3.1 como se segue em 3.2:

Zt= Tt+ St+ Rt, (3.2)

onde Tt e St representam a tendˆencia e a sazonalidade, respectivamente, e Rt ´e uma

componente ruidosa (aleat´oria que pode incluir os elementos irregulares e alguns elementos identificados nas varia¸c˜oes c´ıclicas).

Para se estimar a tendˆencia, deve ser usada algum tipo de suaviza¸c˜ao. As mais utilizados s˜ao as m´edias moveis e as medianas moveis. Tamb´em existem procedimentos

(20)

3.3 Modelos de Holt-Winters 19

para se estimar a sazonalidade, onde os mais utilizados s˜ao m´etodo de regress˜ao e m´etodo de m´edias m´oveis, onde o m´etodo de regress˜ao ´e melhor para sazonalidade determin´ıstica, enquanto o de m´edias m´oveis ´e melhor para sazonalidade estoc´astica. Podemos verificar a existˆencia de tendˆencia e sazonalidade atrav´es de gr´aficos e testes de hip´otese que podem ser feitos antes ou depois da estima¸c˜ao (MORETTIN E TOLOI, 2006).

3.3

Modelos de Holt-Winters

O m´etodo de Holt-Winters foi sugerido por Holt (1957) e Winters (1960), que traba-lharam na School of Industrial Administration em Carnegie Institute of Technology. O m´etodo usa m´edias m´oveis ponderadas exponencialmente para atualizar as estimativas da m´edia ajustada sazonalmente (chamada de n´ıvel), inclina¸c˜ao e sazonalidade. Este modelo possui duas equa¸c˜oes de previs˜ao: aditiva e multiplicativa. L´ucio et al. (2010) sugerem que o melhor crit´erio de escolha entre os fatores multiplicativos ou aditivos est´a em cal-cular medidas de precis˜ao, assim a op¸c˜ao recai naquela que apresentar o(s) menor(es) erro(s). Outra poss´ıvel forma de indicar o modelo aditivo, reside na possibilidade de as s´eries apresentarem oscila¸c˜oes aproximadamente constantes. Entretanto, se as oscila¸c˜oes sazonais forem proporcionais ao n´ıvel da s´erie, o modelo multiplicativo ´e mais indicado (VASCONCELOS E COSTA, 2008).

Existem dois tipos de suaviza¸c˜ao exponencial de Holt-Winters: com sazonalidade multiplicativa e a com sazonalidade aditiva. A equa¸c˜ao 3.3 apresenta o modelo de Holt-Winters com sazonalidade multiplicativa.

Zt= (a1+ a2t) × ρt+ εt, (3.3)

onde a1 e a2 s˜ao os parˆametros, n´ıvel e tendˆencia do modelo a serem estimados a cada

instante de tempo, ρt s˜ao os fatores sazonais (onde s˜ao estimados uma quantidade que

depende do ciclo sazonal e da periodicidade dos dados) e εt ´e uma componente de erro

(uma vari´avel aleat´oria iid com m´edia zero e variˆancia constante). A equa¸c˜ao de previs˜ao deste modelo ´e dada por 3.4.

ˆ

Zt(h) = (ˆa1(t) + ˆa2(t)h) × ˆρm(t+h)(h), (3.4)

(21)

3.4 Modelos de Box-Jenkins 20

As estimativas acima s˜ao obtidas a partir das equa¸c˜oes de atualiza¸c˜oes dos parˆametros: ˆ a1(t) = α h Zt ˆ ρm(t)(t−1) i + (1 − α)[ˆa1(t − 1) + ˆa2(t − 1)]; ˆ a2(t) = β h ˆa 1(t) ˆ a1(t−1) i + (1 − β)[ˆa2(t − 1)]; ˆ ρm(t)(t) = γ h ˆ Zt ˆ a1(t) i + (1 − γ)[ ˆρm(t)(t − 1)].

Onde α, β e γ s˜ao constantes de amortecimento do n´ıvel, da tendˆencia e dos fatores sazonais, respectivamente.

J´a o modelo aditivo ´e representado por 3.5.

Zt= a1+ a2t + ρt+ εt. (3.5)

Com equa¸c˜ao de previs˜ao 3.6.

ˆ

Zt(h) = ˆa1(t) + ˆa2(t)h + × ˆρm(t+h)(h), (3.6)

E com atualiza¸c˜ao dos parˆametros dada pelas equa¸c˜oes: ˆ a1(t) = α[Zt− ˆρm(t)(t − 1)] + (1 − α)[ˆa1(t − 1) + ˆa2(t − 1)]; ˆ a2(t) = β[ˆa1(t) − ˆa1(t − 1)] + (1 − β)[ˆa2(t − 1)]; ˆ ρm(t)(t) = γ[ ˆZt− ˆa1(t)] + (1 − γ)[ ˆρm(t)(t − 1)].

3.4

Modelos de Box-Jenkins

A classe de modelos desenvolvida por Box & Jenkins (1960) associa a ideia de que o modelo pode ser visto como um filtro linear onde um ru´ıdo branco εt(vari´avel aleat´oria iid

com m´edia zero e variˆancia constante) entra no filtro para a sa´ıda de um modelo Zt. Os

modelos de Box & Jenkins s˜ao conhecidos como modelos ARIM A por serem compostos de uma parte autorregressiva (AR), uma parte integrada (I) e uma parte de m´edias m´oveis (M A).

3.4.1

Testes de Normalidade e Estacionariedade

De acordo com os autores, para se modelar ARIM A ´e necess´ario que as s´eries atendam alguns condi¸c˜oes como normalidade, ou seja, se a s´erie pode ser bem modelada por uma

(22)

3.4 Modelos de Box-Jenkins 21

distribui¸c˜ao normal, e estacionariedade, se a m´edia, a variˆancia e a autocorrela¸c˜ao da s´erie n˜ao se modificam ao longo do tempo. Para se detectar tais condi¸c˜oes, alguns testes podem ser feitos, como por exemplo, para normalidade:

• Teste de Kolmogorov-Smirnov; • Teste de Shapiro-Wilk;

• Teste de Doornik-Hansen; • Teste de Jarque-Bera.

Nos exemplos citados acima, a hip´otese nula ´e de normalidade e nos casos particulares dos testes de Doornik-Hansen e Jarque-Bera, os testes s˜ao feitos `a partir das medidas de assimetria e curtose enquanto os outros dois s˜ao baseados na fun¸c˜ao de densidade. Em todos os casos, os programas retornam o valor-p, que para n˜ao rejeitar a hip´otese nula, precisa ser maior que o n´ıvel de significˆancia do teste. Caso n˜ao haja normalidade uma transforma¸c˜ao logar´ıtmica deve ser aplicada na s´erie.

Para testar a estacionariedade dos dados, o teste mais comum a ser utilizado s˜ao os testes de Dickey-Fuller e de Phillips Perron, cujas hip´oteses nulas s˜ao de existˆencia de raiz unit´aria, ou seja, 1 ´e raiz da equa¸c˜ao caracter´ıstica do processo, que leva a n˜ao estacionariedade. Neste caso, deseja-se rejeitar a hip´otese nula para que se verifique a estacionaridade. Assim como nos testes de normalidade, os programas retornam o valor-p, que agora tem que ser menor que o n´ıvel de significˆancia do teste para se confirmar a estacionariedade.

Tanto para a normalidade, quanto para a estacionariedade, se os testes n˜ao confirmam as hip´oteses necess´arias para a modelagem ARIM A, ent˜ao alguns procedimentos podem ser seguidos, como por exemplo, para normalidade pode-se proceder com transforma¸c˜oes logar´ıtmicas e para estacionariedade, realizar sucessivas diferen¸cas. O processo de se fazer diferen¸cas sucessivas ´e uma das transforma¸c˜oes mais utilizadas para se atingir uma s´erie estacion´aria. Em geral, s˜ao suficientes duas diferen¸cas. O operador de diferen¸cas ∆ ´e definido em 3.7.

(23)

3.4 Modelos de Box-Jenkins 22

3.4.2

O Modelo ARIM A(p, d, q)

A equa¸c˜ao geral dos modelos ARIM A(p, d, q) ´e dada em 3.8:

φ(B)(1 − B)dZt= θ(B)εt, (3.8)

onde φ(B) e θ(B) polinˆomios autorregressivos e de m´edias m´oveis respectivamente, p e q s˜ao os graus destes polinˆomios e as ra´ızes de φ(B) e θ(B) definem os coeficientes do modelo, B ´e um operador de defasagem de modo que BkZ

t = Zt−k, (1–B) = ∆, d ´e a

quantidade de diferen¸cas necess´arias para que o modelo se torne estacion´ario e εt´e o ru´ıdo

dessa s´erie. Para que a previs˜ao seja considerada boa ´e necess´ario que as vari´aveis desse ru´ıdo n˜ao possuam autocorrela¸c˜ao, tenham m´edia zero e variˆancia constante. O ru´ıdo com essas caracteristicas ´e chamado de ru´ıdo branco.

Dentro do modelo ARIM A temos casos particulares. Quando φ(B) = 1 e d = 0, o modelo ´e chamado modelo de m´edia m´ovel (M A). Quando θ(B) = 1 e d = 0, o modelo ´e chamado modelo autorregressivo (AR) e quando apenas d = 0, ou seja, a s´erie possui estacionariedade e n˜ao ´e preciso fazer diferen¸ca na s´erie original, o modelo ´e chamado modelo autorregressivo de m´edia m´ovel (ARM A). A equa¸c˜ao de previs˜ao do modelo ARIM A ´e descrita por 3.9.

ˆ

Zt(h) = E(Zt+h|Zt) = ˆZt+h. (3.9)

Quando a s´erie possui sazonalidade, deve-se utilizar a vers˜ao do modelo ARIM A com sazonalidade: o modelo SARIM A (ou ARIM A sazonal, ou ainda ARIM A multiplica-tivo). A equa¸c˜ao do modelo SARIM A(p, d, q) × (P, D, Q)s ´e dado por 3.10.

φ(B)Φ(Bs)(1 − B)d(1 − Bs)DZt= θ(B)Θ(Bs)εt, (3.10)

onde as ordens P e Q s˜ao as ordens sazonais autorregressivas e de m´edias m´oveis e P s e Qs s˜ao os graus dos polinˆomios Φ(Bs) e Θ(Bs) respectivamente, s ´e o n´umero dos fatores sazonais e D ´e o n´umero de diferen¸cas sazonais necess´arias para que a s´erie se torne sazonalmente estacion´aria.

(24)

3.4 Modelos de Box-Jenkins 23

3.4.3

Fun¸

ao de Autocorrela¸

ao (FAC)

A fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao (FAC) de uma s´erie temporal mede a autocorrela¸c˜ao dos dados dessa s´erie, permitindo que seja feita a an´alise do grau de irregularidade de um sinal. A equa¸c˜ao dessa autocorrela¸c˜ao ´e dada por 3.11

F AC = (ρk) =

γk

γ0

, (3.11)

onde γ0 e γk s˜ao a variˆancia e a autocovariˆancia da s´erie, respectivamente (SILVA,

2017).

3.4.4

Fun¸

ao de Autocorrela¸

ao Parcial (FACP)

A fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao parcial (FACP) ´e a correla¸c˜ao entre as componentes Zt

e Zt−k, sendo removido os efeitos das demais componentes entre elas. A equa¸c˜ao dessa

correla¸c˜ao ´e dada por 3.12 (SILVA,2017)

F ACP = φkk = Corr(Zt, Zt−k/Zt−1, Zt−2. . . Zt−k+1). (3.12)

3.4.5

An´

alise da FAC e da FACP

A FAC e a FACP de uma s´erie temporal s˜ao utilizadas para a identifica¸c˜ao das ordens p e q de um modelo ARIM A, onde o n´umero de significancias p na FACP representa a ordem que a parte autorregressiva ter´a e o n´umero de significˆancias q na FAC representa a ordem que a parte de m´edias moveis ter´a. Caso haja um decrescimento exponencial na FAC, isso quer dizer que a ordem q = 0 e se houver um decrescimento exponencial na FACP, isso quer dizer que a ordem p = 0.

Al´em disso, para verificar as ordens sazonais P e Q do modelo SARIMA, o mesmo acima deve ser feito, por´em de acordo com a sazonalidade da s´erie.

(25)

3.5 Diagn´ostico do modelo 24

3.5

Diagn´

ostico do modelo

3.5.1

Estat´ısticas de Aderˆ

encia

As estat´ısticas de aderˆencia medem a capacidade de predi¸c˜ao de um modelo, sendo o melhor modelo aquele que as minimizam.

Esta se¸c˜ao apresenta as estat´ısticas de aderˆencia mais utilizadas na literatura. Todas elas s˜ao feitas com base no erro de previs˜ao, por isso s˜ao dados cr´editos aos modelos que apresentam valores baixos. Dentre as estat´ısticas de aderˆencia, destacam-se:

• Desvio M´edio Absoluto (M AD – Mean Absolute Deviation), dado por 3.13.

M AD = n X i=1 |Zi− ˆZi| n , (3.13)

onde Zi ´e o valor observado no instantei e ˆZi ´e o valor ajustado no mesmo instante.

• Raiz Quadrada do Erro Quadr´atico M´edio (RM SE – Root Mean Squared Error ), dada por 3.14. RM SE = s Pn i=1(Zi− ˆZi)2 n , (3.14)

onde Zi ´e o valor observado no instante i e ˆZi ´e o valorajustado no mesmo instante.

• Erro Percentual M´edio Absoluto (M AP E – Mean Absolute Percentage Error ), dado por 3.15. M AP E = n X i=1 Zi − ˆZi Zi × 100 n , (3.15)

onde Zi´e o valor observado no instante i e ˆZi ´e o valor ajustado no mesmo instante.

Al´em das medidas de erro, o Crit´erio de Informa¸c˜ao Bayesiana (BIC – Bayesian Information Criterion) dado por 3.16.

BIC = T ln(ˆσε2 t) − (T − m)ln  1 −m T  + mln(T ) + mln    σ2 Zt ˆ σat  − 1 m   , (3.16)

(26)

3.6 Filtragem SSA 25

leva em considera¸c˜ao o n´umero de parˆametros da modelagem. O BIC penaliza modelos que tenha um n´umero elevado de parˆametros. Dessa forma, o modelo ser´a considerado adequado se minimizar o BIC.

Outra medida de adequa¸c˜ao do modelo ´e o coeficiente de determina¸c˜ao de Pearson, R2, definida em 3.17. Esta medida verifica o quanto o modelo explica os dados de

modo que quanto maior for o seu valor, melhor.

R2 = 1 − Pn i=m+1(Zi− ˆZi) 2 Pn i=m+1(Zi− ¯Z)2 . (3.17)

3.5.2

Res´ıduos

Os res´ıduos de uma previs˜ao de s´erie temporal s˜ao os erros um passo a frente dessa previs˜ao. Para que um modelo de previs˜ao seja considerado bom ´e preciso que esses res´ıduos sejam uma sequˆencia de ru´ıdo branco, ou seja, que n˜ao possuam autocorrela¸c˜ao, m´edia zero e variˆancia constante.

Para a verifica¸c˜ao dos erros de um modelo de previs˜ao ´e feita uma an´alise do corre-lograma dos residuos para saber se existe autocorrela¸c˜ao ou n˜ao. Quando n˜ao h´a auto-correla¸c˜ao entre os res´ıduos ´e considerado, ent˜ao, que o modelo de previs˜ao ´e um bom modelo.

3.6

Filtragem SSA

Singular Spectrum Analysis (SSA) ´e uma t´ecnica n˜ao param´etrica que permite de-compor uma s´erie temporal em sinal e ru´ıdo. E uma t´´ ecnica ´util para filtrar dados de s´eries temporais. Menezes et al. (2014) utilizaram trˆes metodologias na abordagem SSA: An´alise de componentes principais (ACP), ACP associado com An´alise de Cluster e An´alise Gr´afica dos Vetores Singulares. Em seu artigo ´e mostrado que o melhor m´etodo em SSA ´e a An´alise Gr´afica dos vetores singulares, que ser´a usado nesta pesquisa. SSA ´e um m´etodo recente e poderoso em s´eries temporais que incorpora elementos de an´alise cl´assica de s´eries temporais, estat´ıstica multivariada, geometria multivariada, sistemas dinˆamicos e processamentos de sinais (ELSNER, 1996). SSA tem sido aplicada com su-cesso em diversas ´areas: na matem´atica e f´ısica a economia e matem´atica financeira, na meteorologia e oceanografia a ciˆencias sociais (GOLYANDINA et al., 2001).

(27)

3.6 Filtragem SSA 26

na remo¸c˜ao de ru´ıdo e de s´eries temporais (GOLYANDINA et al., 2001; HASSANIi et al., 2012). A vers˜ao b´asica do m´etodo SSA pode ser dividida em duas etapas: decomposi¸c˜ao e reconstru¸c˜ao.

3.6.1

Decomposi¸

ao

Segundo Menezes et al. (2014), a etapa de decomposi¸c˜ao pode ser subdividida em duas partes: Incorpora¸c˜ao e decomposi¸c˜ao em valores singulares (SVD – Singular Value Decomposition).

Seja Yt = [y1, . . . yT]1×T uma s´erie temporal e considere L tal que 2 ≤ L ≤ T de

modo que L ´e um parˆametro a ser estimado e ´e chamado de comprimento da janela (GOLYANDINA et al., 2001). Entende-se por Incorpora¸c˜ao o procedimento no qual uma s´erie temporal YT ´e levada a uma matriz X chamada “Matriz Trajet´oria” dada por (3.18).

X =        y1 y2 y3 . . . yk y2 y3 y4 . . . yk+1 .. . ... ... . .. ... yL yL+1 yL+2 . . . yT        (3.18)

A matriz X ´e uma matriz Hankel, ou seja, os elementos de xi,j tal que i+j = constante

s˜ao iguais.

Considere S = XX0. Os autovalores de S dispostos em ordem de significˆancia λ1 ≥ · · · ≥ λL ≥ 0 s˜ao obtidos e os respectivos autovalores U1, . . . , UL s˜ao encontrados.

Considere V0 = (X0UL)/

λ, como S ´e positivo semi-definido, ent˜ao a matriz trajet´oria X pode ser expressa pela decomposi¸c˜ao em valores singulares (SVD) apresentada em (3.19):

X = E1+ E2+ · · · + EL, (3.19)

onde El =

λUlVl0, para todo l = 1, . . . , L. A cole¸c˜ao (

λl, Ul, Vl) ´e conhecida como

auto-tripla da expans˜ao SVD de X. Os elementos da autotripla s˜ao definidos respectivamente por: valor singular, vetor singular `a esquerda e vetor singular `a direita de X (MENEZES et al., 2014). A contribui¸c˜ao de cada componente em (3.19) pode ser mensurada pela raz˜ao de autovalores λl/

PL

(28)

3.6 Filtragem SSA 27

3.6.2

Reconstru¸

ao

Segundo Menezes et al. (2014), a etapa de reconstru¸c˜ao est´a subdividida em duas partes: agrupamento e m´edia diagonal. A etapa de agrupamento consiste no procedimento de agrupar algumas sequˆencias de matrizes elementares resultantes da decomposi¸c˜ao SVD em grupos disjuntos e, ap´os isso, som´a-las, gerando novas matrizes elementares.

Considere a sequencia PL

l=1El de matrizes elementares da expans˜ao de SVD. Agrupe

as mesmas em m grupos disjuntos utilizando algum m´etodo, por exemplo, por meio de an´alise de componentes principais, an´alise gr´afica de vetores singulares ou agrupamento hier´arquico e assumir que o conjunto de ´ındices gerado ´e dado por {I1, . . . , Im}, de modo

que a expans˜ao (3.19) pode ser reescrita como em (3.20), sendo XIiarbitr´aria tal queXIi =

Ppi j=1XIij (MENEZES et al., 2014). X = L X l=1 El = m X i=1 XIi (3.20)

O objetivo do agrupamento ´e diminuir o n´umero de componentes na expans˜ao da matriz trajet´oria X. A contribui¸c˜ao de cada componente ´e mensurada pela raz˜ao (3.21) (MENEZES et al., 2014). Ppi j=1λIij PL l=1λl . (3.21)

Considere a matriz trajet´oria X e assuma que L∗ = min(L, K) e K∗ = max(L, K). Considere x(i)l,k um elemento na linha l e coluna k na matriz XIi. O elemento y

(i) t da

componente hyt(i)i

1×T da s´erie temporal [yt]1×T ´e calculado por meio da m´edia diagonal

da matriz elementar XIi definida em (3.22), a partir da matriz elementar XIi.

yt(i)=                  t P l=1 x(i)l,t−l+1 t , se 1 ≤ t < L ∗ L∗ P l=1 x(i)l,t−l+1 L∗ , se L∗ ≤ t < K∗ T −K∗+1 P l=t−K∗+1 x(i)l,t−l+1 T −K∗+1 , se K∗ ≤ t ≤ T (3.22)

Cada componente hyt(i)i

1×T concentra parte da energia da s´erie temporal original

[yt]1×T que pode ser mensurada pela raz˜ao de autovalores pi P j=1 λIij/ d P l=1 λl. De acordo com

(29)

3.6 Filtragem SSA 28

Hassani et al. (2012), podemos classificar as componentes SSA hyt(i)i

1×T

de uma s´erie temporal arbitr´aria [yt]1×T em trˆes categorais: tendˆencia, componentes harmˆonicas (ciclo

e sazonalidade) e ru´ıdo (GOLYANDINA et al., 2001).

Um dos principais conceitos estudados em SSA ´e a propriedade de separabilidade (HASSANI et al., 2012). Tal propriedade caracteriza qu˜ao bem separados est˜ao as dife-rentes, componentes, umas das outras. Uma boa medida de separabilidade ´e a Correla¸c˜ao Ponderada. Por correla¸c˜ao ponderada weighted correlation ou w-correla¸c˜ao, podemos en-tender como uma fun¸c˜ao que quantifica a dependˆencia linear entre duas componentes SSA YT(1) e YT(2) definida em (3.23) (MENEZES et al., 2014).

ρ(w)ij = 

YT(i), YT(j)

w

||YT(i)||w||Y (j) T ||w

. (3.23)

onde ||YT(i)||w =

r  YT(i), YT(i) w ; ||YT(j)||w = r  YT(j), YT(j) w ;YT(i), YT(j) w = T P k=1 wky (i) k y (j) k e wk= min{k, L, T − k}.

Atrav´es da separabilidade, pode-se verificar estatisticamente se duas componentes SSA est˜ao bem separadas, em termos de dependˆencia linear. Segundo Hassani et al. (2012), o valor absoluto da w-correla¸c˜ao ´e pequeno, ent˜ao as componentes SSA corres-pondentes s˜ao classificadas como w-ortogonais (ou quase w-ortogonais); caso contr´ario, s˜ao ditas mal separadas. Salienta-se que comumente utiliza-se a correla¸c˜ao ponderada na fase de agrupamento SSA (GOLYANDINA et al., 2001).

3.6.3

An´

alise Gr´

afica dos Autovetores

A an´alise das coordenadas da s´erie temporal na base definida pelos vetores singulares resultantes da SVD permite identificar as componentes de tendˆencia e da sazonalidade da s´erie. O problema geral aqui consiste em identificar e separar as componentes oscilat´orias das componentes que fazem parte da tendˆencia. De acordo com Golyandina et al. (2001) a an´alise gr´afica de tais coordenadas aos pares permite identificar por meio visual as componentes harmˆonicas da s´erie.

As coordenadas da s´erie temporal em duas componentes ortogonais podem ser dispos-tas em um diagrama de dispers˜ao. Considere um harmˆonico puro com frequˆencia igual a ω, fase igual a δ, amplitude igual a ξ e per´ıodo ρ = ω1 definido como um divisor do tama-nho da janela L e K. Se o parˆametro ρ assume um valor inteiro, ent˜ao ρ ´e classificado

(30)

3.7 Resumo da Metodologia 29

como per´ıodo do harmˆonico. Por exemplo, as fun¸c˜oes seno e o cosseno com frequˆencias, amplitudes e fases iguais resultam em um diagrama de dispers˜ao que exibe um padr˜ao circular. Por sua vez, se ρ = ω1 ´e um inteiro, ent˜ao o diagrama de dispers˜ao exibe um pol´ıgono regular comρ v´ertices. Para uma frequˆencia ω = mn < 0, 5 com m e n inteiros e primos, os pontos s˜ao v´ertices de um pol´ıgono regular de n v´ertices (GOLYANDINA et al., 2001). Dessa forma, a identifica¸c˜ao dos componentes que s˜ao gerados por um harmˆonico ´e reduzida `a an´alise pict´orica do padr˜ao determinado nos diferentes pares de componentes.

3.7

Resumo da Metodologia

A partir da s´erie original de energia natural afluente foi feita uma filtragem SSA atrav´es do programa caterpillarSSA. Os modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins fo-ram aplicados tanto na serie filtrada quanto na original atrav´es do programa FPW, e as condi¸c˜oes para a utiliza¸c˜ao do modelo Box & Jenkins foram verificadas atrav´es do pro-grama Gretl. Ap´os as modelagens, as estat´ısticas de aderˆencia foram feitas com o uso do programa FPW e verificado o modelo mais adequado com base nestas estat´ısticas. A Figura 2 apresenta o fluxograma resumido da proposta.

(31)

30

4

An´

alise dos Resultados

4.1

erie Original

4.1.1

Holt-Winters

Com o objetivo de obter o modelo adequado da classe de amortecimento exponen-cial de Hol-Winters, foram testados quatro modelos: sem tendˆencia linear e sazonalidade multiplicativa, sem tendˆencia linear e sazonalidade aditiva, com tendˆencia linear e sazona-lidade multiplicativa e com tendˆencia linear e sazonalidade aditiva. A Tabela 2 apresenta as estat´ısticas de aderˆencia dos modelos para uma compara¸c˜ao e verifica¸c˜ao do melhor modelo a ser utilizado.

Tabela 2: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Holt-Winters

Holt-Winters M AD M AP E RM SE BIC R2

Multiplicativa - sem tendˆencia linear 6122 0, 1846 8931 9167 0, 6883 Aditiva - sem tendˆencia linear 6399 0, 205 9057 9296 0, 6795 Multiplicativa - com tendˆencia linear 6096 0, 1839 8933 9289 0, 6866 Aditiva - com tendˆencia linear 6403 0, 2053 9057 9419 0, 6778

Analisando a Tabela 2 pode-se observar que os modelos de Holt-Winters com sazo-nalidade multiplicativa obtiveram as melhores estat´ısticas de aderˆencia. O modelo sem tendˆencia apresentou minimiza¸c˜ao da RM SE e BIC, enquanto o com tendˆencia apre-sentou minimiza¸c˜ao da M AD e M AP E. Por´em, o modelo que obteve o maior R2 foi o modelo sem tendˆencia linear que, apesar de obter maior MAPE e MAD que o modelo com tendˆencia linear, os valores s˜ao muito pr´oximos. Logo, pode-se afirmar que o melhor modelo de Holt-Winters para essa s´erie temporal ´e o com sazonalidade multiplicativa e sem tendˆencia. Os parametros do modelo escolhido est˜ao na Tabela 3.

(32)

4.1 S´erie Original 31

Tabela 3: Parˆametros estimados na modelagem de Holt-Winters

N´ıvel Sazonalidade Fatores sazonais

0, 3069 0, 15713 Jan Fev Mar Abr Mai Jun

1, 66592 1, 65915 1, 68047 1, 33925 0, 98116 0, 92169

Jul Ago Set Out Nov Dez

0, 75110 0, 58963 0, 57383 0, 65107 0, 84234 1, 27546

A s´erie modelada e os dados previstos foram obtidos a partir do modelo de amorte-cimento exponencial de Holt-Winters com os parametros da Tabela 3. ´E poss´ıvel ver a compara¸c˜ao gr´afica da s´erie original com a s´erie modelada na Figura 3.

Figura 3: S´erie original (preto) e s´erie ajustada via Holt-Winters (vermelho) Observando a Figura 3 podemos perceber que os valores ajustados se aproximam bastante dos valores originais, mostrando que esse modelo parece adequado.

A Figura 4 mostra uma aproxima¸c˜ao dos dois ultimos anos, juntamente com um ano de previs˜ao para que se tenha uma melhor visualiza¸c˜ao dessa regi˜ao com rela¸c˜ao aos dados modelados.

(33)

4.1 S´erie Original 32

Figura 4: Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o modelo de Holt-Winters.

Para que o modelo seja considerado um modelo significativo tamb´em ´e necess´ario que os residuos sejam n˜ao correlacionados, ent˜ao foi feita a an´alise dos residuos atrav´es da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao (FAC). A Figura 5 mostra o gr´afico dessa fun¸c˜ao para o modelo de Holt-Winters.

Figura 5: FAC dos res´ıduos para o modelo de Holt-Winters

Podemos observar na Figura 5 que os valores da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos est˜ao em sua maioria dentro do limite esperado que ´e de ±1,96√

192 = ±0, 14, confirmando que,

(34)

4.1 S´erie Original 33

4.1.2

Box & Jenkins

Antes da modelagem de Box & Jenkins ´e necess´ario fazer as verifica¸c˜oes de normali-dade e estacionarienormali-dade da s´erie. Utilizando o teste de Shapiro Wilk na s´erie original foi visto que o p-valor ´e menor que 0, 05 mostrando que a s´erie n˜ao possui normalidade. Para obter essa normalidade uma transforma¸c˜ao logar´ıtmica foi aplicada aos dados originais que pode ser visto na Figura 6.

Figura 6: S´erie temporal da energia natural afluente em MWmed do subsistema sudeste com transforma¸c˜ao logar´ıtmica 2000-2016

Para testar a estacionarieade foi usado o teste de Phillips-Perron j´a na s´erie transfor-mada. Foi visto que o p-valor ´e igual a 0, 01 sendo menor que o n´ıvel de significˆancia de 0, 05, mostrando, ent˜ao que n˜ao existe raiz unit´aria na s´erie, logo a s´erie ´e estacion´aria e n˜ao h´a a necessidade de se fazer diferen¸cas.

(35)

4.1 S´erie Original 34

Figura 7: FAC da s´erie original

A Figura 7 apresenta a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao da s´erie original. Pode-se perceber que de 12 em 12 meses existe um decrescimento lento, mostrando que n˜ao h´a estacionari-edade sazonal, tem-se, assim, a necessidade de se fazer uma diferen¸ca sazonal. A Figura 8 apresenta a FAC e FACP da s´erie ap´os a diferen¸ca sazonal.

(36)

4.1 S´erie Original 35

Figura 8: FAC e FACP da s´erie original com uma diferen¸ca sazonal

Analisando a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao (FAC) e a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao parcial (FACP) com a diferen¸ca sazonal na Figura 8 verifica-se uma melhora na estacionariedade sazonal da s´erie, n˜ao sendo preciso fazer mais diferen¸cas. Al´em disso pode-se perceber uma significancia na FAC e uma na FACP e, analisando de 12 em 12 meses, para ver a sazonalidade, observa-se decaimento exponencial na FACP e uma significancia no lag 12 na FAC o que ´e um comportamento t´ıpico de SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12. A equa¸c˜ao

desse modelo ´e dada por 4.2

(37)

4.1 S´erie Original 36

A Figura 9 mostra a sa´ıda no software FPW para o modelo SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12.

Figura 9: Sa´ıda do software FPW.

Depois de todas as verifica¸c˜oes e transforma¸c˜oes necess´arias foram testados quatro mo-delos ARIM A na s´erie transformada: SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12, SARIM A(1, 0, 0) ×

(0, 1, 1)12, SARIM A(0, 0, 1) × (0, 1, 1)12, SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 0)12. A Tabela 4

apre-senta as estat´ısticas de aderˆencia dos modelos para uma compara¸c˜ao e verifica¸c˜ao do melhor modelo a ser utilizado.

Tabela 4: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins

Modelo de Box & Jenkins M AD M AP E RM SE BIC R2

SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12 5164 0, 1511 7956 5905 0, 8218

SARIM A(1, 0, 0) × (0, 1, 1)12 5180 0, 1526 8078 5941 0, 8157

SARIM A(0, 0, 1) × (0, 1, 1)12 5503 0, 1636 8621 6476 0, 7811

SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 0)12 6829 0, 2036 10990 8071 0, 6599

Analisando a Tabela 4 pode-se observar que o modelo SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12

possui todas as estat´ısticas de aderˆencia sendo minimizadas, al´em de ter o maior R2. Logo, pode-se afirmar que esse modelo ´e o mais adequado para a estima¸c˜ao dessa s´erie temporal. A compara¸c˜ao da s´erie original com a s´erie ajustada via modelos de Box & Jenkins pode ser vista na Figura 10.

(38)

4.1 S´erie Original 37

Figura 10: S´erie original (preto) e s´erie ajustada via Box & Jenkins (vermelho) Observando a Figura 10 ´e poss´ıvel perceber que, como na modelagem via Holt-Winters, os valores ajustados se aproximam bastante dos valores originais, mostrando que esse modelo parece ser adequado.

A Figura 11 mostra uma aproxima¸c˜ao dos dois ultimos anos, juntamente com um ano de previs˜ao para que se tenha uma melhor visualiza¸c˜ao dessa regi˜ao com rela¸c˜ao aos dados modelados.

(39)

4.1 S´erie Original 38

Figura 11: Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o modelo de Box & Jenkins.

Da mesma maneira como no modelo Holt-Winters, foi verificada a FAC dos res´ıduos pelo correlograma mostrado na Figura 12.

Figura 12: FAC dos res´ıduos para o modelo de Box & Jenkins

Pode-se observar na Figura 12 que os valores da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos est˜ao em sua maioria dentro do limite esperado que ´e de ±1,96√

192 = ±0, 14. O modelo de

Box & Jenkins parece mais adequado que o modelo de Holt-Winters pelo n´umero bem menor de valores significativos.

A Tabela 5 apresenta uma compara¸c˜ao do melhor modelo de Holt-Winters e de Box & Jenkins para determinar qual dos dois ´e o mais adequado para essa s´erie temporal.

(40)

4.2 S´erie com filtragem SSA 39

Tabela 5: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes

Modelo M AD M AP E RM SE BIC R2

Holt-Winters 6122 0, 1846 8931 9167 0, 6883

Box & Jenkins 5164 0, 1511 7956 5905 0, 8218

Pela Tabela 5 temos a confirma¸c˜ao do que foi visto com a an´alise da autocorrela¸c˜ao dos residuos de que o modelo de Box & Jenkins ´e mais adequado para essa s´erie.

4.2

erie com filtragem SSA

Como a s´erie temporal original utilizada cont´em 204 observa¸c˜oes, o comprimento da janela (L) utilizado para a realiza¸c˜ao da filtragem SSA foi de 102 . A Figura 13 apresenta a an´alise gr´afica dos 9 primeiros vetores singulares.

Figura 13: An´alise gr´afica dos 9 primeiros vetores singulares.

Analisando a Figura 13 pode-se perceber que os vetores 1 e 9 pertencem a componente de tendˆencia e que os vetores 2 e 3 pertencem a componente harmˆonica. J´a para a divis˜ao dos demais vetores foi necess´ario fazer a an´alise dos dos diagramas de dispers˜ao dos pares seguidos para ter uma maior certeza de para qual componente o vetor melhor se adequa. A Figura 14 apresenta alguns desses pares seguidos utilizados para fazer essa an´alise.

(41)

4.2 S´erie com filtragem SSA 40

Figura 14: Gr´afico de dispers˜ao de alguns dos pares seguidos de vetores singulares. Ao observar a Figura 14 verifica-se que o par de vetores (2 - 3) tem comportamento t´ıpico de componente harmˆonica, pois apresenta a Figura de um pol´ıgono regular, o par de vetores (9 - 10) pertence a componente de tendˆencia por conter linhas mais suaves e o par (33 - 34) pentence a componente de ru´ıdo, uma vez que apresenta um comportamento ca´otico. J´a os pares (1 - 2), (3 - 4) e (5 - 6) possuem um dos vetores sendo harmˆonico e o outro sendo de tendˆencia, por isso n˜ao possuem uma forma muito espec´ıfica.

Com a an´alise dos gr´aficos dos vetores singulares feita pode-se, ent˜ao, dividi-los entre as componentes de tendˆencia, harmˆonica e ruidosa. A Tabela 6 mostra como os vetores singulares foram divididos.

Tabela 6: Divis˜ao dos vetores singulares dentre as componentes

Tendˆencia Harmˆonica Ru´ıdo

1, 4, 6, 9 - 12, 14, 2, 3, 5, 7, 8, 13, 15, 16, 20, 21, 28, 22 - 26, 30, 33, 34, 38 - 40, 17 - 19, 27, 32, 41 29, 31, 35 - 37, 47, 48, 58, 59, 75 42 - 46, 49 - 57, 60 - 74, 76 - 102

Tendo a separa¸c˜ao j´a definida de acordo com a an´alise de gr´aficos, a verifica¸c˜ao da correla¸c˜ao das componentes, que pode ser vista na Tabela 7, ´e feita para certificar que a divis˜ao foi bem executada.

(42)

4.2 S´erie com filtragem SSA 41

Tabela 7: Correla¸c˜ao entre as componentes Componentes Tendˆencia Harmˆonica Ru´ıdo

Tendˆencia 1 0, 018 0, 01

Harmˆonica 0, 018 1 0, 055

Ru´ıdo 0, 01 0, 055 1

A Tabela 7 mostra que a correla¸c˜ao entre as componentes ´e bem pequena, concluindo-se, ent˜ao que os vetores singulares est˜ao bem separados dentre as componentes.

A Figura 15 apresenta os gr´aficos das trˆes componentes separadamente.

Figura 15: Componentes da filtragem SSA

A s´erie filtrada ´e, ent˜ao, obtida atrav´es das componentes de tendˆencia e harmˆonica, e a compoente de ru´ıdos ´e descartada. A Figura 16 apresenta a s´erie filtrada (vermelho) juntamente com a s´erie original (preto).

(43)

4.2 S´erie com filtragem SSA 42

Figura 16: S´erie original (preto) e s´erie filtrada (vermelho).

A partir da Figura 16 podemos perceber que a s´erie filtrada possui um comportamento mais suave que a s´erie original, tendo em conta que a componente de ru´ıdos foi retirada. Com a filtragem SSA realizada, podem ser aplicados, ent˜ao, os modelos de previs˜ao na s´erie filtrada para verificar se haver´a uma melhora de previs˜ao com a filtragem ou n˜ao.

4.2.1

Holt-Winters

Assim como foi feito com a s´erie original, com a s´erie filtrada tamb´em foram testados quatro modelos de Holt-Winters: sem tendˆencia linear e sazonalidade multiplicativa, sem tendˆencia linear e sazonalidade aditiva, com tendˆencia linear e sazonalidade multiplica-tiva e com tendˆencia linear e sazonalidade aditiva. A Tabela 8 apresenta as estat´ısticas de aderˆencia dos modelos para uma compara¸c˜ao e verifica¸c˜ao do melhor modelo a ser utilizado.

Tabela 8: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Holt-Winters para a s´erie filtrada

Holt-Winters M AD M AP E RM SE BIC R2

Multiplicativa - sem tendˆencia linear 4368 0, 1302 6737 6915 0, 8073 Aditiva - sem tendˆencia linear 4859 0, 1633 6688 6865 0, 8101 Multiplicativa - com tendˆencia linear 4418 0, 1329 6752 7021 0, 8055 Aditiva - com tendˆencia linear 4840 0, 1635 6698 6965 0, 8086

(44)

4.2 S´erie com filtragem SSA 43

linear obtiveram as melhores estat´ısticas de aderˆencia. O modelo multiplicativo apresen-tou minimiza¸c˜ao da M AD e M AP E, enquanto o aditivo apresentou minimiza¸c˜ao da RM SE e BIC e maximiza¸c˜ao do R2. Por´em, apesar do modelo multiplicativo ter obtido

maior RM SE e BIC e menos R2 que o modelo aditivo, os valores s˜ao muito pr´oximos.

Logo, pode-se afirmar que o melhor modelo de Holt-Winters para essa s´erie temporal ´e o com sazonalidade multiplicativa e sem tendˆencia. Os parametros do modelo est˜ao na Tabela 9.

Tabela 9: Parametros estimados na modelagem de Holt-Winters para a s´erie filtrada

N´ıvel Sazonalidade Fatores sazonais

0, 66381 0, 79456 Jan Fev Mar Abr Mai Jun

1, 52275 1, 64512 1, 58814 1, 37013 1, 10863 0, 93199

Jul Ago Set Out Nov Dez

0, 80040 0, 65451 0, 54382 0, 58674 0, 86554 1, 22716

A s´erie modelada e os dados previstos foram obtidos a partir do modelo de amor-tecimento exponencial de Holt-Winters com os parametros da Tabela 9. A compara¸c˜ao gr´afica da s´erie filtradal com a s´erie modelada pode ser vista na Figura 17.

Figura 17: S´erie filtrada (preto) e s´erie ajustada via Holt-Winters (vermelho). Observando a Figura 17 percebe-se que os valores ajustados se aproximam bastante dos valores filtrados, mostrando que esse modelo parece adequado.

A Figura 18 mostra uma aproxima¸c˜ao dos dois ultimos anos, juntamente com um ano de previs˜ao para que se tenha uma melhor visualiza¸c˜ao dessa regi˜ao com rela¸c˜ao aos dados modelados.

(45)

4.2 S´erie com filtragem SSA 44

Figura 18: Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o modelo de Holt-Winters para a s´erie filtrada.

Para que o modelo seja considerado um modelo significativo tamb´em ´e necess´ario que os residuos sejam n˜ao correlacionados, ent˜ao foi feita a an´alise dos residuos atrav´es da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao (FAC). A Figura 19 mostra o gr´afico dessa fun¸c˜ao para o modelo de Holt-Winters.

Figura 19: FAC dos res´ıduos para o modelo de Holt-Winters para a s´erie filtrada.

Podemos observar na Figura 19 que os valores da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos est˜ao em sua maioria dentro do limite esperado que ´e de ±1,96√

192 = ±0, 14, por´em h´a diversos

(46)

4.2 S´erie com filtragem SSA 45

4.2.2

Box & Jenkins

Assim como na s´erie original, antes de fazer a modelagem de Box & Jenkins, foram feitas as verifica¸c˜oes de normalidade e estacionariedade da s´erie filtrada. Utilizando o teste de Shapiro Wilk na s´erie filtrada foi visto que o p-valor ´e menor que 0, 05 mostrando que a s´erie n˜ao possui normalidade. Para obter essa normalidade uma transforma¸c˜ao logar´ıtmica foi aplicada aos dados filtrados que pode ser visto na Figura 20.

Figura 20: S´erie temporal filtrada da energia natural afluente em MWmed do subsistema sudeste com transforma¸c˜ao logar´ıtmica 2000-2016

Para testar a estacionarieade foi usado o teste de Phillips-Perron j´a na s´erie trans-formada. Foi visto que o p-valor tamb´em ´e menor que o n´ıvel de significˆancia de 0, 05, mostrando, ent˜ao que n˜ao existe raiz unit´aria na s´erie, logo a s´erie ´e estacion´aria e n˜ao h´a a necessidade de se fazer diferen¸cas. O passo seguinte foi a an´alise do correlograma. A Figura 21 apresenta a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao da s´erie filtrada.

(47)

4.2 S´erie com filtragem SSA 46

Figura 21: FAC da s´erie filtrada

Pode-se perceber na Figura 21 que de 12 em 12 meses existe um decrescimento lento, mostrando que n˜ao h´a estacionariedade sazonal, tem-se, assim, a necessidade de se fazer uma diferen¸ca sazonal.

(48)

4.2 S´erie com filtragem SSA 47

Figura 22: FAC e FACP da s´erie filtrada com uma diferen¸ca sazonal

Analisando a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao e a fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao parcial com a di-feren¸ca sazonal na Figura 22 verifica-se uma melhora na estacionariedade sazonal da s´erie, n˜ao sendo preciso fazer mais diferen¸cas. Al´em disso pode-se perceber uma significancia na FAC e duas na FACP e, an´alisando de 12 em 12 meses, para ver a sazonalidade, observa-se decaimento exponencial na FACP e uma significancia na FAC o que ´e um comportamento t´ıpico de SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 1)12. A equa¸c˜ao desse modelo ´e dada por 4.2

Zt = 0, 9315Zt−1− 0, 2212Zt−2+ εt− 0, 7331εt−1+ 0, 9247εt−12. (4.2)

(49)

4.2 S´erie com filtragem SSA 48

Figura 23: Sa´ıda do software FPW.

Depois de todas as verifica¸c˜oes e transforma¸c˜oes necess´arias foram testados quatro mo-delos ARIM A na s´erie transformada: SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 1)12, SARIM A(1, 0, 1) ×

(0, 1, 1)12, SARIM A(2, 0, 0) × (0, 1, 1)12, SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 0)12. A Tabela 10

apresenta as estat´ısticas de aderˆencia dos modelos para uma compara¸c˜ao e verifica¸c˜ao do melhor modelo a ser utilizado.

Tabela 10: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins para a s´erie filtrada.

Modelo de Box & Jenkins M AD M AP E RM SE BIC R2

SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 1)12 2120 0, 06829 3037 2677 0, 964

SARIM A(1, 0, 1) × (0, 1, 1)12 2223 0, 06958 3215 2695 0, 9627

SARIM A(2, 0, 0) × (0, 1, 1)12 2506 0, 07954 3614 3106 0, 9504

SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 0)12 3165 0, 1007 4485 3882 0, 9226

Analisando a Tabela 10 pode-se observar que o modelo SARIM A(2, 0, 1) × (0, 1, 1)12

possui todas as estat´ısticas de aderˆencia sendo minimizadas, al´em de ter o maior R2.

Logo, pode-se afirmar que esse modelo ´e o mais adequado para a estima¸c˜ao dessa s´erie temporal. A compara¸c˜ao da s´erie filtrada com a s´erie ajustada via modelos de Box & Jenkins pode ser vista na Figura 24.

(50)

4.2 S´erie com filtragem SSA 49

Figura 24: S´erie filtrada (preto) e s´erie ajustada via Box & Jenkins (vermelho)

Observando a Figura 24 ´e poss´ıvel perceber que, como na modelagem via Holt-Winters, os valores ajustados se aproximam bastante dos valores filtrados, mostrando que esse modelo parece ser adequado.

A Figura 25 mostra uma aproxima¸c˜ao dos dois ultimos anos, juntamente com um ano de previs˜ao para que se tenha uma melhor visualiza¸c˜ao dessa regi˜ao com rela¸c˜ao aos dados modelados.

Figura 25: Detalhe dos dois ´ultimos anos de ajuste e um ano de previs˜ao com o modelo de Box & Jenkins para a s´erie filtrada.

Da mesma maneira como no modelo Holt-Winters, foi verificada a FAC dos res´ıduos pelo correlograma mostrado na Figura 26.

(51)

4.2 S´erie com filtragem SSA 50

Figura 26: FAC dos res´ıduos para o modelo de Box & Jenkins para a s´erie filtrada Pode-se observar na Figura 26 que os valores da fun¸c˜ao de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos est˜ao em sua maioria dentro do limite esperado que ´e de ±1,96√

192 = ±0, 14. O modelo de

Box & Jenkins parece mais adequado que o modelo de Holt-Winters pelo n´umero bem menor de valore significativos.

A Tabela 11 apresenta uma compara¸c˜ao dos melhores modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins para determinar qual dos dois ´e o mais adequado para essa s´erie temporal.

Tabela 11: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes para a s´erie filtrada

Modelo M AD M AP E RM SE BIC R2

Holt-Winters 4368 0, 13020 6737 6915 0, 8073 Box & Jenkins 2120 0, 06829 3037 2677 0, 9640

Pela Tabela 11 temos a confirma¸c˜ao do que foi visto com a an´alise da autocorrela¸c˜ao dos residuos de que o modelo de Box & Jenkins ´e mais adequado para essa s´erie.

4.2.3

Compara¸

ao entre a s´

erie filtrada e a s´

erie original

A Tabela 12 mostra os melhores modelos de Holt-Winters e de Box & Jenkins da s´erie filtrada e da s´erie original para ser feita uma compara¸c˜ao das duas s´eries e verificar se a filtragem SSA ´e um m´etodo eficaz para a melhora da previs˜ao de s´erie temporal.

(52)

4.2 S´erie com filtragem SSA 51

Tabela 12: Estat´ısticas de aderˆencia dos modelos de Box & Jenkins e Holt-Wintes para as s´eries original e filtrada

S´erie Modelo M AD M AP E RM SE BIC R2

Original Holt-Winters 6122 0, 1846 8931 9167 0, 6883

Box & Jenkins 5164 0, 1511 7956 5905 0, 8218

Filtrada Holt-Winters 4368 0, 1302 6737 6915 0, 8073

Box & Jenkins 2120 0, 06829 3037 2677 0, 964

Pela Tabela 12, de fato, os modelos aplicados a s´erie com filtragem SSA apresentam melhores resultados quanto a previs˜ao, sendo o melhor modelo o de Box & Jenkins.

(53)

52

5

Conclus˜

ao

Como foi visto na introdu¸c˜ao, a energia natural afluente ´e a fonte de energia mais utilizada no Brasil. Por´em, devido a sua dependencia com as condi¸c˜oes clim´aticas, ela passa por altos e baixos de acordo com cada esta¸c˜ao do ano. Por isso, ´e necess´ario ser feito um planejamento do uso dessa energia e uma boa ferramenta para esse planejamento ´e o uso da an´alise de s´eries temporais utilizando os dados j´a existentes do comportamento da produ¸c˜ao de energia natural afluente para fazer previs˜oes de como esse comportamento poder´a ser no futuro.

Com o objetivo de verificar se o uso da filtragem SSA ´e eficaz na melhora da capacidade preditiva das s´eries temporais, foi feita a compara¸c˜ao dos modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins aplicados na s´erie mensal do subsistema sudeste de janeiro de 2000 at´e dezembro de 2016 e na s´erie filtrada dos dados referentes a s´erie mensal da energia natural afluente do subsistema sudeste.

Primeiramente foram aplicados alguns modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins na s´erie mensal da energia natural afluente do subsistema sudeste e dentre eles foram escolhidos os com melhor capacidade preditiva para a s´erie com a an´alise das estat´ısticas de aderˆencia e das fun¸c˜oes de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos de cada modelo. Logo ap´os isso foi feita a filtragem da s´erie para retirar os ru´ıdos utilizando a ferramenta Singular Spectrum Analysis (SSA), e com essa s´erie filtrada tamb´em foram testados modelos de Holt-Winters e Box & Jenkins, sendo escolhidos os com melhor capacidade preditiva ao analisar as estat´ısticas de aderˆencia de cada modelo e as fun¸c˜oes de autocorrela¸c˜ao dos res´ıduos.

Ao fazer as modelagens de Holt -Winters e Box & Jenkins nas s´eries original e filtrada foi visto que tanto nas previs˜oes com a s´erie original quanto com a filtrada o modelo de Box & Jenkins apresentou um melhpor resultado que o modelo de Holt-Winters, al´em disso, tamb´em foi visto que a previs˜ao com a s´erie filtrada foi mais eficaz que com a s´erie original, j´a que as estat´ısticas de aderˆencia dos modelos aplicados na s´erie com filtragem

(54)

5 Conclus˜ao 53

apresentaram melhor resultado. Com isso, pode-se afirmar que, de fato, o uso da filtragem SSA melhorou a capacidade preditiva de s´eries temporais de Energia Natural Afluente do subsistema Sudeste do Sistema Interconectado Nacional do Operador Nacional do Sistema El´etrico.

Foi verificado tamb´em que em todas as previs˜oes dos modelos apresentados nessa pesquisa, os meses de agosto a outubro apresentaram baixa produ¸c˜ao m´edia de energia natural afluente. O que indica que nesses meses o uso dessa energia no subsistema sudeste deve ser melhor planejada para que n˜ao haja a falta da mesma.

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