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Programa AVES Relatório sobre o Clima Organizacional Escola Secundária de Lousada

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Programa AVES

Relatório sobre o Clima Organizacional – 2008-2009

Escola Secundária de Lousada

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INDICE

CLIMA DE ESCOLA

1) Nota introdutória ... 3

2) Metodologia ... 4

3) Apresentação e análise dos resultados ... 5

4) Utilização dos resultados ... 5

5) Conclusão ... 6

6) ANEXO I. Matriz ... 7

7) ANEXO II. Gráficos de Resultados ... 9

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Programa de Avaliação Externa de Escolas | 2008-09 3

1) Nota introdutória

Este relatório apresenta o tratamento estatístico e a apresentação gráfica das respostas dos professores desta Escola ao Questionário sobre o Clima de Escola do Programa AVES (aplicado no final do ano lectivo de 2008/9), explicando também a estrutura do instrumento utilizado.

Breve justificação teórica

Na procura da qualidade educativa, as investigações sobre a eficácia e melhoria da escola atribuem uma grande importância ao clima organizacional, definido como o modo como a cultura organizacional é percepcionada pelos membros de uma organização. Seguindo essa orientação, considerou-se que um questionário sobre o clima de escola seria um instrumento adequado ao Programa AVES por fornecer às escolas informação pertinente para o desenvolvimento dos seus processos de auto-avaliação.

Clima organizacional e qualidade da escola. Existe um amplo consenso segundo o qual a educação de qualidade deve ser uma educação integral da pessoa, isto é, que tenha em conta as dimensões intelectual, afectiva e social entre outras.

Na opinião de muitos investigadores, a visão tradicional da problemática da qualidade educativa é muito reducionista quando mede a qualidade educativa apenas mediante indicadores de eficácia, reduzindo estes à prossecução de objectivos de aprendizagem académica. Sugerem, em alternativa, que se deve medir a eficácia sem limitar esta ao âmbito restrito do rendimento académico dos alunos. É nessa perspectiva que se inscreve o Questionário do Clima de Escola do Programa AVES.

Para avaliar a qualidade na educação, utilizando um conceito mais amplo de eficácia, um investigador espanhol (Gonzalez Galan, 2004) considerou pertinente estudar uma dimensão de ordem afectiva: a satisfação dos professores, considerada uma variável de processo, mas também de produto. Para o efeito, utilizou os seguintes critérios para seleccionar as variáveis de estudo:

• Em primeiro lugar, seleccionar as variáveis em função da sua provada relação com a eficácia (segundo a perspectiva de investigação do movimento das escolas eficazes).

• Segundo, seleccioná-las em relação com outra perspectiva da eficácia, esta dentro da Teoria das Organizações: na linha da corrente das

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relações humanas, a eficácia entendida como satisfação e bom clima no trabalho.

• Terceiro, usar variáveis que se possam medir com adequada fiabilidade. Daí decorreu o modelo que figura no Quadro I do Anexo I (Gonzalez Galan, 2004: 277; cf. 216). Os construtos1 deste modelo e os respectivos indicadores foram a base da matriz do nosso Questionário sobre o Clima de Escola. Todavia, os itens originais foram adaptados tendo em conta as diferenças de linguagem e o diferente contexto institucional das escolas portuguesas relativamente às espanholas. A matriz final é a que consta do Quadro II do Anexo I.

2) Metodologia

Descrição do instrumento

O instrumento utilizado, designado Questionário sobre o Clima de Escola, era constituído por 40 itens tipo Likert e destinava-se a ser respondido exclusivamente por professores.

Condições de aplicação

A aplicação dos questionários em cada escola ficou a cabo da respectiva Equipa de Avaliação tendo sido solicitada particular atenção relativamente à garantia do anonimato no modo de recolha das respostas. Para reforçar essa garantia, o questionário não continha muitas das perguntas relativas a dados pessoais que são habituais neste tipo de questionários.

Análise de resultados

Os questionários foram objecto de leitura óptica, sendo depois os resultados agrupados e analisados em ficheiros SPSS e EXCEL.

Utilizou-se a média como medida adequada para caracterizar a perspectiva dos professores quanto ao clima organizacional da escola em que trabalham. A média das respostas dos professores de cada escola em cada item foi comparada com a média no mesmo item obtida pelo conjunto de cerca de 2500 professores das escolas da amostra global considerada na presente aplicação. Saliente-se que cada uma destas

1 Os construtos podem ser definidos como as categorias (ou dimensões) de análise do clima. Agrupam conjuntos de

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duas médias dos resultados das escolas de cada uma das duas amostras consideradas como termo de comparação não é fornecida a título de padrão normativo, mas apenas como uma informação complementar que ajude a dar significado aos números da escola.

Outras análises estatísticas poderiam ter sido feitas. Todavia, considerou-se que a respectiva apresentação poderia tornar fastidiosa a leitura de um relatório como o presente, que visa sobretudo ser um estímulo à auto-avaliação da organização de educação e formação.

3) Apresentação e análise dos resultados

Os resultados são apresentados sob a forma de gráficos que decorrem das respostas dos professores da Escola: cada um contém a comparação dos resultados de cada escola (ESC k) com os da totalidade das escolas das duas amostras consideradas:

a) TOTAL Escolas Profissionais: refere-se ao conjunto das escolas profissionais aderentes ao Programa AVES;

b) TOTAL EP+ ER: refere-se ao conjunto das escolas profissionais e das escolas de ensino secundário aderentes ao Programa AVES;

Os gráficos apresentados neste relatório referem-se a cada um dos construtos da matriz do Quadro II do Anexo I.

Vários itens foram recodificados porque no questionário apresentavam (por razões metodológicas) uma formulação negativa. Por isso, para facilitar a leitura, nas legendas dos gráficos, esses itens aparecem já numa formulação positiva.

4) Utilização dos resultados

Este relatório origina uma questão prática: que fazer com estes resultados e análises?

A resposta aponta no sentido de os utilizar quer como ponto de partida de um diálogo específico entre a Direcção da Escola e o corpo docente (por exemplo, no início de um ano lectivo), quer como um conjunto de dados comprovativos (“evidências”) de afirmações a incluir em relatórios de avaliação da escola, quer como fonte para a formulação de indicadores de melhoria.

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- no caso de estar prevista uma próxima avaliação externa da escola, conduzida pela Inspecção-Geral da Educação do ME, os resultados obtidos e as análises podem servir para integrar o relatório preparatório da escola. O Quadro de Referência para a Avaliação de Escolas e Agrupamentos, actualmente em uso pela IGE, contempla referências ao clima de escola nomeadamente nos seguintes pontos:

a) No §1.Resultados, o §1.3. sobre Comportamento e disciplina, uma pergunta refere-se explicitamente à questão do clima [de escola]: “Existe um código de conduta que, explícita ou implicitamente, contribui para um clima tranquilo e propício à aprendizagem?”

b) No §5.Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola, o §5.2. relativo à Sustentabilidade do progresso coloca uma questão que relaciona explicitamente a “qualidade do clima interno” com a garantia de que “a escola realiza um progresso sustentado”.

Note-se que em vários dos relatórios de avaliação externa de escolas publicitados pela IGE, há um número significativamente elevado de referências ao “clima de escola”, sob esta designação ou sob outras sinónimas. Isso mostra que essa dimensão mereceu uma atenção especial por parte dos avaliadores externos.

5) Conclusão

A terminar sublinhamos que o Questionário sobre o Clima de Escola e o presente relatório pretendem contribuir para o aprofundamento de um processo de auto-avaliação da Escola sustentado numa reflexão minuciosa, que parta de dados rigorosos e fiáveis. Os indicadores acima apresentados são apenas sólidos pontos de partida para indispensáveis diálogos no interior da comunidade educativa.

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6) ANEXO I. Matriz Quadro 1.

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Quadro 2. Matriz do Questionário AVES

Classif. dasVariáveis Construtos /

Variáveis Indicadores Variáveis Independentes 1. Recursos 1.1. Edificio 1.2. Recursos humanos 1.3. Recursos materiais 1.4. Tempo 2. Direcção 2.1. Clareza na orientação 2.2. Gestão corrente 2.3. Controle 2.4. Aceitação 2.5. Planeamento 3. Disciplina interna 3.1. Disciplina 3.2. Cumprimento de regras internas 3.3. Orientações externas Variáveis dependentes intermédias 4. Relacioname

nto pessoal 4.1. Motivação interna

5. Sistema social 5.1. Comunicação 5.2. Relação profissional 5.3. Participação 5.4. Confiança 5.5. Autonomia 5.6. Trabalho de equipa Variáveis dependentes finais 6. Nível de satisfação 6.1.Colaboradores 6.2. Direcção 7. Clima de

trabalho 7.1. Clima global de trabalho 8. Eficácia 8.1. Eficácia percebida

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Programa de Avaliação Externa de Escolas | 2008-09 GLOBAIS 1 - Recursos 2 - Direcção 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0

Recursos Direcção Disciplina_interna Relac_pessoal Sistema_social Nivel_satisfação Clima_trabalho Eficácia

Escola 55 3,6 3,9 3,8 3,4 3,6 3,5 3,8 3,3

TOTAL Escolas Regulares 3,5 3,7 3,6 3,3 3,5 3,5 3,6 3,3

TOTAL EP+ER 3,6 3,7 3,7 3,4 3,6 3,5 3,6 3,3 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p01 p14 p24 p29 p35 p36 p38 Escola 55 3,7 3,9 3,3 3,2 3,8 3,8 3,4

TOTAL Escolas Regulares 3,9 3,7 3,5 3,2 3,5 3,6 3,3

TOTAL EP+ER 3,9 3,8 3,5 3,2 3,6 3,7 3,4 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p02 p15 p25 p30 p33 Escola 55 4,1 4,1 4,0 3,7 3,5

TOTAL Escolas Regulares 4,0 3,7 3,9 3,6 3,4

TOTAL EP+ER 4,0 3,8 3,9 3,6 3,4 E sc al a 0-5

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Programa de Avaliação Externa de Escolas | 2008-09 3 - Disciplina Interna 4 - Relacionamento Pessoal 5 - Sistema Social 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p03 p16 p26 Escola 55 3,7 3,4 4,4

TOTAL Escolas Regulares 3,7 3,1 4,2

TOTAL EP+ER 3,7 3,2 4,2 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p04 p17 p27 p31 p32 p37 Escola 55 3,7 3,2 3,3 3,6 3,8 2,9

TOTAL Escolas Regulares 3,6 3,3 3,4 3,5 3,5 2,8

TOTAL EP+ER 3,7 3,4 3,4 3,5 3,6 2,9 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p18 p28 p05 p34 p06 p19 p07 p20 p08 p21 p09 p22 p39 Escola 55 3,5 3,7 3,3 3,7 4,2 3,3 4,0 3,8 3,8 2,8 3,6 3,8 3,2

TOTAL Escolas Regulares 3,5 3,5 3,3 3,4 4,1 3,1 3,9 3,6 3,8 3,3 3,5 3,6 3,1

TOTAL EP+ER 3,5 3,6 3,3 3,5 4,1 3,2 4,0 3,7 3,8 3,3 3,5 3,6 3,1 E sc al a 0-5

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Programa de Avaliação Externa de Escolas | 2008-09 6 - Satisfação 7 - Clima de Trabalho 8 - Eficácia Percebida 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p10 p11 Escola 55 3,2 3,7

TOTAL Escolas Regulares 3,4 3,6

TOTAL EP+ER 3,5 3,6 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p12 p23 p40 Escola 55 3,9 4,0 3,6

TOTAL Escolas Regulares 3,7 3,7 3,4

TOTAL EP+ER 3,8 3,7 3,4 E sc al a 0-5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 p13 Escola 55 3,3

TOTAL Escolas Regulares 3,3

TOTAL EP+ER 3,3 E sc al a 0-5

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Referências bibliográficas

Alaiz, V. & Valente, G. (2006). Relatório sobre a Validação de Questionário sobre Clima de Escola. Porto: FML/Programa AVES.

González Galán, A. (2004). Evaluación del Clima Escolar como Factor de Calidad. Madrid: Editorial La Muralla.

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Programa de Avaliação Externa de Escolas | 2008-09 14 Ficha Técnica

Produção Fundação Manuel Leão Autores Equipa Científica e Técnica do Programa AVES Edição Fundação Manuel Leão - R. Pinto de Aguiar, 345 - 4400-252 Vila Nova de Gaia - tel. 223708681 | fax. 223709331 - www.fmleao.pt, fmleao@mail.telepac.pt, programa.aves@mail.telepac.pt Local e data Vila Nova de Gaia, Outubro 2009

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