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Clínica multidisciplinar de reabilitação neuromotora

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA MARCOS SANTOS NUNES. CLINICA MULTIDISCIPLINAR DE REABILITAÇÃO NEUROMOTORA. Florianópolis 2017.

(2) MARCOS SANTOS NUNES. CLINICA MULTIDISCIPLINAR DE REABILITAÇÃO NEUROMOTORA. Trabalho final de graduação I, apresentado ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.. Orientador: Prof. Roberto Bez, Ms.. Florianópolis 2017.

(3) MARCOS SANTOS NUNES. CLINICA MULTIDISCIPLINAR DE REABILITAÇÃO NEUROMOTORA. Este Trabalho Final de Graduação I foi julgado adequado à obtenção do título parcial de Arquiteto e Urbanista e aprovado em sua forma parcial pelo Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina. Florianópolis, 13 de julho de 2017. ______________________________________________________ Professor e orientador Roberto Bez, Ms. Universidade do Sul de Santa Catarina ______________________________________________________ Professor Luciano Dutra - Unisul ______________________________________________________ Professora Bianca Milani - Unisul.

(4) AGRADECIMENTOS. Aos meus pais que sempre me deram apoio e suporte quando mais precisei. Minha esposa e filho pela paciência e compreensão em todos os momentos da elaboração desse trabalho, e de todos os outros. Aos meu colegas e amigos, em especial à Bruna Stefani e ao Italo Masiero, que ao longo desses anos de faculdade sempre estiveram ao meu lado em trabalhos e projetos, e com ideias e críticas para que fosse melhor elaborado esse TCC. Ao meu orientado Roberto Bez, pelas orientações..

(5) RESUMO. O trabalho que segue trata da Arquitetura e a relação com a Saúde. Os destaques que serão expostos trazem à tona o pensamento acerca do convívio do paciente quando tem que realizar um tratamento para recuperação de movimentos perdidos ou limitados. Com a proposta de tornar essa relação mais agradável e permitir que haja tranquilidade e conforto, é possível que isso aconteça, basta haver comprometimento por parte dos profissionais da saúde e que o projeto de um ambiente saudável aconteça por parte do arquiteto.. A questão estrutural é tratada de forma que apresente uma solução aos aspectos bioclimáticos, para que haja iluminação e ventilação natural, ao mesmo tempo que não ocorra um aquecimento demasiado do ambiente. A partir das soluções em relação ao clima é definido o programa de necessidades, para que as disciplinas sejam alocadas em locais estratégicos conforme o tratamento previsto. Achar soluções e propor mudanças, é o objetivo desse trabalho, para que no final seja demonstrado a real intenção na elaboração do projeto de Arquitetura Hospitalar.. Por meio da fundamentação teórica é possível compreender essa relação existente chamada de arquitetura hospitalar, onde questões como conforto térmico e acústico, uso de materiais sustentáveis é particularmente indispensável na elaboração do projeto para execução. A ideia do trabalho é trazer o tratamento para uma equipe multidisciplinar, onde envolva diversas áreas da saúde como: Medicina, Psicologia, Nutrição, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia. É levantado neste trabalho a questão do tratamento para pessoas com problemas no sistema neuromotor, onde os movimentos foram perdidos ou reduzidos. Um centro de reabilitação motora se dedica ao tratamento e a recuperação de pacientes com esse problema, seja por meio de exercícios ou por novas tecnologias descobertas na área. PALAVRAS CHAVE: arquitetura, saúde, sustentabilidade, fisioterapia e reabilitação..

(6) LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Infravermelho e Turbilhão. ................................................ 5 Figura 2 - Cinesioterapia. ................................................................... 5 Figura 3 - FES(Functional Electrical Stimulation) e Corrente Russsa . 5 Figura 4 - Aparelhos de mecanoterapia. ........................................... 6 Figura 5 - Hidroterapia....................................................................... 6 Figura 6 - Sala de ressonância magnética.......................................... 7 Figura 7 - Microclima ......................................................................... 9 Figura 8 - Fachada Centro de Reabilitação ...................................... 10 Figura 9 - Rampas e janelas ............................................................. 10 Figura 10 - Área de convívio ............................................................ 11 Figura 11 - Abertura na fachada ...................................................... 11 Figura 12 - Janelas de ambientes .................................................... 12 Figura 13 - Pátio aberto ................................................................... 12 Figura 14 - Consultório .................................................................... 12 Figura 15 - Espaço de fisioterapia.................................................... 13 Figura 16 - Fachada.......................................................................... 13 Figura 17 - Pé direito da entrada ..................................................... 14 Figura 18 - Luz natural espelho d'água ............................................ 14 Figura 19 - Luz natural jardim de terra ............................................ 14 Figura 20 - Fachada com pé direito duplo ....................................... 15 Figura 21 - Pilares da fachada .......................................................... 15 Figura 22 - Fachada edificação ........................................................ 15 Figura 23 - Superfície ajardinada ..................................................... 16 Figura 24 - Área de tratamento cinesioterápico/ Espaço de convivência ...................................................................................... 16 Figura 25 - Acesso jardim próximo área de tratamento ................. 16 Figura 26 - Sala de apoio com vista para o mar .............................. 17 Figura 27 - Área da hidroterapia ..................................................... 17. Figura 28 - Vista aérea Hospital Sarah Kubitschek .......................... 17 Figura 29 - Sheds para ventilação natural........................................ 18 Figura 30 - Corte da edificação ........................................................ 18 Figura 31 - Jardim interno ................................................................ 18 Figura 32 - Hidroterapia ................................................................... 19 Figura 33 - Uso de cores ................................................................... 19 Figura 34 - Corredor com ventilação natural ................................... 19 Figura 35 - Bairros vizinhos .............................................................. 20 Figura 36 - Localização terreno ........................................................ 20 Figura 37 - Vistas do terreno em estudo ......................................... 21 Figura 38 - Mapa gabaritos .............................................................. 22 Figura 39 - Mapa de uso dos solos e Equipamentos Urbanos ......... 23 Figura 40 - Vias de acesso ................................................................ 24 Figura 41 - Zoneamento ................................................................... 26 Figura 42 - Afastamento................................................................... 26 Figura 43 - Velocidade dos ventos predominantes. ....................... 27 Figura 44 - Frequência de ocorrência dos ventos ............................ 28 Figura 45 - Incidência do vento Nordeste ........................................ 28 Figura 46 - Incidência do vento Norte ............................................. 29 Figura 47 - Aspectos Climáticos de Florianópolis ............................ 29 Figura 48 - Sombreamento no terreno, mês de janeiro .................. 30 Figura 49 - Sombreamento no terreno, mês de junho .................... 30 Figura 50 - Partido geral ................................................................... 32 Figura 51 - Direção do Sol no mês de janeiro .................................. 33 Figura 52 - Direção do Sol no mês de junho .................................... 33 Figura 53 - Nível -0,80 e Nível 0,00 .................................................. 34 Figura 54 - Nível +3,20 ..................................................................... 35 Figura 55 - Nível +6,40 ..................................................................... 36 Figura 56 - Implantação ................................................................... 39 Figura 57 - Fachada Leste-Nordeste ................................................ 40.

(7) Figura 58 - Fachada Oeste-Sudoeste ............................................... 40 Figura 59 - Fachada Norte-Noroeste ............................................... 41 Figura 60 - Fachada Sul-Sudeste ...................................................... 41 Figura 61 - Torre de vento ............................................................... 42 Figura 62 - Telha tipo sandwich ....................................................... 43 Figura 63 - Viga vagão com montante ............................................. 43 Figura 64 - Laje nervurada e enchimento com bloco EPS ............... 43 Figura 65 - Cortes no volume .......................................................... 44 Figura 66 - Corte CC' ........................................................................ 44 Figura 67 - Corte BB’ ........................................................................ 44 Figura 68 - Corte AA' ........................................................................ 45 Figura 69 - Corte DD' ....................................................................... 45 Figura 70 - Perspectiva da fachada Leste-Nordeste ........................ 46 Figura 71 - Perspectiva da fachada Oeste-Sudoeste ....................... 46 Figura 72 - Perspectiva da fachada Norte-Noroeste ....................... 47 Figura 73 - Perspectiva da fachada Sul-Sudeste .............................. 47 Figura 74 -Perspectiva volume vista fachada Norte-Noroeste ....... 47 Figura 75 - Perspectiva do bairro com a volumetria inserida ......... 47. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Tabela de cores ................................................................. 8 Tabela 2 - Plano Diretor ................................................................... 25 Tabela 3 - Tipo de escada, corpo de bombeiros .............................. 27 Tabela 4 - Prédio Recepção .............................................................. 38 Tabela 5 - Prédio Piscina/ Administração ........................................ 38 Tabela 6 - Prédio Serviços/ Funcionários ......................................... 38 Tabela 7 - Barrilete e Caixa d'água ................................................... 39 Tabela 8 - Área Total ........................................................................ 39.

(8) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 1 1.1. Tema ......................................................................................1 1.2. Justificativa ............................................................................1 1.3. Objetivos................................................................................2 1.3.1. Objetivo Geral .............................................................2 1.3.2. Objetivos Específicos ..................................................2 1.4. Metodologia ..........................................................................2 2. EMBASAMENTO TEÓRICO ....................................................... 3 2.1. Conceito de deficiência Neuromotora ..................................3 2.2. Equipe Multidisciplinar ..........................................................3 2.3. Fisioterapia e a Neurologia ...................................................4 2.4. Arquitetura como auxiliar na cura ........................................6 2.5. Espaço Humanizado ..............................................................7 2.6. Aspectos Bioclimáticos ..........................................................8 3. REFERENCIAIS PROJETUAIS .................................................... 10 3.1. Centro Reabilitação Motora – Argentina ...........................10 3.2. Centro Clínico Manquehue – Chile .....................................13 3.3. Spaulding Hospital – EUA ...................................................15 3.4. Hospital Sarah Kubitschek – Brasil .....................................17 4. DIAGNÓSTICO ........................................................................ 20 4.1. Análise da área ....................................................................20 4.2. Gabarito ...............................................................................22 4.3. Uso dos Solos e Equipamentos urbanos .............................23 4.3.1. Análise do uso Comercial ..........................................23 4.3.2. Análise do uso Institucional ......................................23 4.3.3. Análise do uso Residencial ........................................23 4.3.4. Análise do uso Misto .................................................23 4.4. Transporte Público .............................................................24. 4.5. Aspectos Legais ................................................................... 25 4.6. Aspectos Climáticos ............................................................ 27 5. PROPOSTA ................................................................................. 31 5.1. Partido Geral ....................................................................... 31 5.2. Diretrizes ............................................................................. 31 5.3. Estratégias Bioclimáticas .................................................... 33 5.4. Plantas Esquemáticas ......................................................... 34 6. PROGRAMA DE NECESSIDADES ..............................................37 7. IMPLANTAÇÃO .......................................................................39 8. FACHADAS .............................................................................40 9. ESTRUTURA PROPOSTA..........................................................42 10. CORTES ..................................................................................44 11. VOLUMETRIA .........................................................................46 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 49.

(9) 1. INTRODUÇAO. entre os dois é de extrema importância para o crescimento desde o nascimento até a idade mais avançada.. 1.1. Tema. A proposta deste trabalho é a criação de salas de convívio para o tratamento das enfermidades acontecidas por acidentes ou durante a vida do indivíduo. Os espaços livres para tratamento de patologias têm se mostrado eficazes para a recuperação dos pacientes.. O presente trabalho integra a área de exatas e a área da saúde, Arquitetura e Fisioterapia, além de mostrar a concepção de lugares de acordo com a Norma Brasileira 9050 (ABNT, 2015) e a Norma Técnica, Resolução da Diretoria Colegiada 50 (RDC, 2002). A ideia é criar um local que contribua para o bem-estar dos usuários com foco na saúde, conforto e tratamento de patologias relacionadas ao corpo. Discussões acerca da arquitetura hospitalar são frequentes tanto nas rodas da arquitetura, quanto da saúde. O sistema de atendimento público no Brasil encontra-se degradado, em toda sua estrutura tanto física e operacional. A área da saúde traz uma infinidade de setores para tratamento de patologias relacionadas, o intuito deste trabalho é elaborar e sugerir um anteprojeto direcionado à reabilitação em Fisioterapia no contexto do tratamento de patologias ortopédicas e neurológicas. A proposta é abordar, de forma construtiva, a relação da saúde pública e a disponibilidade do serviço ao público em geral. A concentração do tratamento fisioterápico em um local único transforma e integra os serviços, de forma a proporcionar maior eficiência dos tratamentos durante os estágios da reabilitação. Para o desenvolvimento completo do indivíduo é necessário não somente o aprendizado cognitivo, mas também o motor, a relação. A região do bairro Estreito possui uma concentração de grande parte da população de Florianópolis, sendo uma área completa com rede bancária, supermercados, postos de gasolina e hospital, sendo este último o motivo da intervenção no local para a conexão entre a clínica pública de fisioterapia e o mesmo. A região possui grande população, que aumenta a cada ano em razão dos valores de imóveis na ilha de Florianópolis crescerem cada vez mais. A descentralização de serviços direcionados à ilha é uma realidade a ser mudada, cada vez mais veículos se direcionam ao centro de Florianópolis para procurar tratamentos de saúde, isso deve mudar, então a proposta deste trabalho é trazer a clínica de reabilitação em Fisioterapia para o Estreito e integrá-la com o Hospital Florianópolis, já que ali há conexão através do transporte público, onde as linhas de ônibus passam em frente ao local escolhido para intervenção, e ligam diretamente ao hospital.. 1.2. Justificativa A escolha do tema deve-se ao fato do aluno ter a formação em Fisioterapia e já ter trabalhado na área por muitos anos e. 1.

(10) conhecimento Neurológica.. e. formação. complementar. em. Fisioterapia. A percepção da falta de um ambiente público direcionado à Fisioterapia tornou o tema interessante para apresentação de um projeto na área. O Trabalho de atendimento à comunidade carente já é realizado através das universidades Unisul em Palhoça e Udesc em Florianópolis, mas durante o período de férias dos alunos do curso de Fisioterapia, esses atendimentos são interrompidos. O projeto deve sempre levar em conta as necessidades regionais.. 1.3. OBJETIVOS. 1.3.1. Objetivo Geral Elaborar o Partido Geral de uma Clínica de Reabilitação Neuromotora, localizada no bairro Estreito, região continental de Florianópolis, visando o tratamento diferenciado de pessoas com patologias ligadas ao sistema neuromotor.. 1.3.2. Objetivo Específico • Compreender a estrutura da saúde pública e o seu ambiente físico; • Entender como o ambiente de fácil acesso pode tornar um tratamento mais prazeroso;. •. • •. Perceber como a arquitetura do projeto consegue atrair o público de forma a propiciar um ambiente agradável; Apresentar os referenciais que servirão de apoio para o desenvolvimento do projeto em questão; Estudar o local de modo a criar conexões estratégicas que facilite a vida do usuário.. 1.4. METODOLOGIA Revisão de literatura abordando a contextualização do atendimento a pacientes portadores de necessidades especiais bem como o corpo clinico de apoio aos familiares e ao próprio paciente. A coleta de informações referentes ao tema em questão é o que torna o trabalho mais concreto. A procura por referenciais que expliquem a melhor forma de elaborar um projeto na área. Levantamento de fontes bibliográficas acerca do tema, como livros, páginas da internet, publicações, periódicos, trabalhos de PósGraduação e relatórios de seminários são pesquisados para abordar por completo o tema. Exemplos de outras arquiteturas são de extrema importância para elaborar a melhor solução para a edificação na área da saúde. A mostra do conhecimento na área, por parte do autor, torna o trabalho de pesquisa de extrema importância, mostrando os diversos tipos de patologias ligadas ao anteprojeto em questão, e com essas informações apresentar de forma dissertativa como atendimento é realizado dentro de um centro clinico multidisciplinar.. 2.

(11) 2. EMBASAMENTO TEÓRICO. 2.1. Conceito De Deficiência Neuromotora Segundo o site Portal Brasil (2013), o termo acessibilidade significa incluir pessoas com deficiência na participação de atividades como o uso de produtos, serviços e informações. Alguns exemplos são os prédios com rampas de acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), a deficiência motora é uma disfunção física ou motora, que poderá ser de caráter congénito ou adquirido, ou seja, traumática (por acidente), bacteriana, neonatal, viral ou genética, que afeta a motricidade do indivíduo (mobilidade, coordenação e fala). Conforme o Manual de Legislação em Saúde da Pessoa com Deficiência, em seu caderno de dimensão das incapacidades e da saúde, concebe a deficiência como sendo a perda ou anomalia de uma parte do corpo (estrutura) ou função corporal (fisiológica), incluindo as funções mental. Por ter o modo definitivo, estável ou evolutivo com possível mudança com o tempo, as lesões que levam ao quadro de deficiência motora são: • • • •. Neurológicas (anomalias do Sistema Nervoso Central); Neuromusculares (alterações nos grupos musculares); Ortopédicas (alterações nas estruturas ósseas ou ósseoarticulares); De má formação (congénito).. No Brasil, conforme o Censo de 2010, pelo menos 13 milhões de pessoas possuem alguma deficiência motora, isso corresponde a 7% da população. Desse percentual 55% é representado pela população masculina enquanto a feminina é de 44%. A Constituição Federal no Artigo 23, Capitulo II, determina que “é de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências”. De acordo com o Manual de Legislação em Saúde da Pessoa com Deficiência (2006), em muitos casos a pessoa com problemas na locomoção conseguem movimentar-se com auxílio de próteses, cadeira de rodas ou outros aparelhos auxiliares. Agindo dessa maneira, com essas habilidades adquiridas em razão de suas condições, essas pessoas passam a exercer atividades, manipular objetos e serem autônomas e independentes. Em estudo realizado pela rede Sarah Kubitschek em 1997, foi registrado que do total de 293 pacientes com traumatismo da coluna vertebral, registrados naquele ano, 42% foram vítimas de acidente de transito, 24% de disparo de arma de fogo, 12% de mergulho em águas rasas, 11,6% de quedas e 9,5% de outros tipos de acidentes e violências. (Ministério da Saúde, 2006). 2.2. Equipe Multidisciplinar Segundo o Ministério de Saúde, para ser bem-sucedida, a reabilitação deve envolver uma equipe multidisciplinar, composta por:. 3.

(12) •. Fisiatras – médico especializado em saúde física e reabilitação; • Enfermeiros; • Fisioterapeutas; • Terapeutas Ocupacionais; • Fonoaudiólogos; • Secretárias clínicas; • Auxiliares de ação médica; • Assistentes sociais; • Psicólogos; • Nutricionistas. Para que cada área relacionada tenha sucesso em sua atividade é necessário definir o tamanho de cada ambiente, para que assim exista a relação entre o atendimento e a eficiência no trabalho. De acordo com o Ministério da Saúde, o processo de Reabilitação se dá da seguinte forma: • Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e incapacidades existentes; • Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação; • Planejamento e prescrição do tratamento; • Prevenção e recondicionamento físico e psicológico, bem como todas as sequelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados; • Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração natural; • Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais.. A avaliação completa pela equipe multidisciplinar é o primeiro passo no sucesso do tratamento neurológico.. 2.3. Fisioterapia e a Neurologia Fisioterapia Neurológica, atualmente chamada de Fisioterapia Neurofuncional, tem a função de reabilitar pacientes com problemas neurológicos. Diversas são as patologias ligadas ao cérebro dentre elas pode-se citar: • •. • •. Hemiplegia causada por Acidente Vascular Cerebral (AVC), onde um lado do corpo fica paralisado Paralisia Cerebral, geralmente é pediátrico e apresenta redução do tônus muscular (tensão elástica do músculo reduzida), problemas da coordenação dos movimentos normais; Mal de Parkinson, o paciente apresenta tremores, lentidão dos movimentos normais e controlados, quedas frequentes; Traumatismo raquimedular, normalmente ocorre por acidentes que atingem diretamente o cérebro e leva o paciente à incapacidade física.. Além das patologias citadas, existe uma infinidade de enfermidades que acometem as pessoas, levando à um quadro de deficiência motora. Existem alguns tratamentos ligados à neurologia que auxiliam na recuperação do paciente, dentre eles:. 4.

(13) •. Termoterapia: utiliza o calor como forma de recuperação da dor crônica, redução de espasmos musculares, redução de cicatrizes. Infravermelho e ultrassom são dois aparelhos que executam essas funções. Alguns equipamentos que usam o calor são: turbilhão, parafina, lâmpada infravermelha, ondas curtas.. Figura 1 - Infravermelho e Turbilhão.. Figura 2 - Cinesioterapia.. Fonte: PASSOFIRME, 2014. •. Eletroterapia: é o uso de eletricidade como parte de um programa de tratamento de fisioterapia ativa. O uso de eletroterapia como complemento vital à fisioterapia oferece um programa de tratamento mais benéfico e eficaz para o paciente (WILLIANS, 2016);. Figura 3 - FES(Functional Electrical Stimulation) e Corrente Russsa. Fonte: SHOPFISIO, 2017. •. Cinesioterapia: é a ciência que abrange o tratamento dos sistemas neuromusculoesqueléticos e circulatório por meio do movimento ou do exercício (MOBILITAFISIOTERAPIA, 2017);. Fonte: SOGAB, 2017. •. Mecanoterapia: área da fisioterapia que utiliza aparelhos mecânicos (halteres, molas, elásticos, polias, bolas, cama. 5.

(14) elástica, etc.) no tratamento e na prevenção de diferentes patologias (NASCIMENTO, 2010);. Figura 4 - Aparelhos de mecanoterapia.. Fonte: Mecanoterapia em Fisioterapia. •. Hidroterapia: é uma atividade terapêutica que consiste em utilizar os recursos de uma piscina preparada especificamente para este fim com medidas, profundidade, temperatura. Hidrocinesioterapia é o termo mais conhecido atualmente, para os exercícios terapêuticos realizados em piscina termo aquecida (ROCHA,2016).. Figura 5 - Hidroterapia.. 2.4. Arquitetura como auxiliar na cura Conforme Elali (apud DALCIN, 2015), tratar da relação entre a pessoa e o ambiente é algo pouco discutido e aproveitado na hora da concepção de um projeto. Em decorrência do tratamento individual das disciplinas/ questões envolvidas, quando na verdade há uma multidisciplinaridade. Ainda sobre essa relação, pode-se reiterar que o tema é trabalhado de forma conjunta envolvendo componentes físicos como: arquitetura, acústica, iluminação, mobiliário; componentes não físicos: expectativas, motivações, crenças, entre outros fatores; aspectos sociais: papéis, atividades e valores dos participantes, além dos fatores econômicos, culturais e políticos. Falando sobre saúde, a OMS define-a como sendo o completo bemestar físico, mental e cultural, não se limitando apenas a ausência da doença. Conceituando habitat, este está vinculado com o local onde vivemos, fazemos nossas atividades de trabalho e lazer; podendo se natural ou modificado por meio de intervenções sofridas pelo homem, informa Alvarino (apud DALCIN, 2015). Diante disso ao se executar um projeto de arquitetura, Alvarino (apud DALCIN, 2105) afirma que é preciso levar em consideração o uso de fontes de energia, a economia de recursos naturais, aproveitamento de iluminação e ventilação natural, os materiais utilizados na execução do projeto, entre outros aspectos que somados garantem qualidade de vida para os usuários finais.. Fonte: Fisioaquatica. 6.

(15) Dessa forma, Dalcin (2015) traz a informação onde explorar o potencial da análise do comportamento dos indivíduos em cada tipo de ambiente e aplicar isso, seja no desenvolvimento de um novo projeto ou na melhoria de algo já existente, pode fazer diferença em como cada espaço é interpretado por cada pessoa.. 2.5. Espaço Humanizado. agradável o atendimento e provoca a recuperação antecipada e sadia. Um centro de reabilitação motora tem como principal característica a recuperação física e psicológica de pessoas com deficiência, visando independência do paciente e sua reintegração social.. Figura 6 - Sala de ressonância magnética.. Assim como um estabelecimento comercial, uma clínica também vende seu trabalho, e assim precisa atrair seus clientes e mantê-los em total conforto no ambiente que os receberá. Dessa maneira o arquiteto tem fundamental importância e responsabilidade na elaboração do projeto que conceberá a estrutura a ser criada, com o objetivo de torná-la confortável e ao mesmo tempo funcional. As sensações sentidas por quem visita ou é atendido, seja em hospital ou clínica, são diferentes, muitas vezes de angústia e incapacidade, por isso é preciso respeitas as doenças que atingem diretamente o usuário que está naquele espaço e assim proporcionar um ambiente que o entusiasme em sua recuperação. Vasconcelos (2004) relata que em 1984, Roger Ulrich observou que pacientes pós-cirúrgicos cujos quartos de internação ofereciam vista para o exterior, se recuperavam mais rapidamente. Tendo em vista o exposto, vale lembrar que não apenas a mudança de local onde o paciente está irá influenciar em sua recuperação, mas também o ambiente onde ele receberá os atendimentos. A mudança seja nos móveis, ou na cor da parede, a lembrança de um ambiente familiar com características específicas de casa, torna muito mais. Fonte: Obra24horas. Um ponto de grande influência, que faze a diferença no planejamento de ambientes hospitalares é a cor. Segundo Farina (et al, 2006), a cor, além de produzir uma sensação de movimento, de expansão e de reflexão, pode também nos oferecer uma impressão estática – em uma composição cromática, as cores podem ter seus valores alterados em função da presença de outras no mesmo espaço físico.. 7.

(16) Deve-se usar cores claras para ambientes que recebem pouca luz, assim como combinar cores para melhorar o ambiente e torna-lo mais agradável, para isso deve-se combinar cores frias e quentes.. ocupantes. Mesmo em trabalhos monótonos, onde a concentração muitas vezes é exigida, deve-se usar um elemento da sala colorido.. Algumas cores têm efeitos psicológicos, e com intensidades diferentes, mas normalmente do mesmo tipo. As que merecem destaque se diferenciam pelas ilusões de distância, de temperatura e o efeito psíquico (GRANDJEAN, 1998).. Segundo Farina (2004), ”tentativas terapêuticas à base de cores vêm sendo desenvolvidas em algumas clínicas de diferentes países. O doutor William A. Bryan/ no Worcester State Hospital/ por exemplo/ costumava dar banhos de cores para cura de certos pacientes com doenças mentais. Outras tentativas semelhantes são feitas pelo doutor Francis J. Kolar, em Los Angeles - EUA/ desde os anos 70”.. Tabela 1 - Tabela de cores Cor Efeito de distância Distância Azul. Efeito de temperatura Frio. Disposição psíquica. De acordo com Lamberts (et al, 2014), cores claras refletem melhor a luz para dentro dos edifícios. Os telhados claros aumentam a luz que as claraboias transmitem. As paredes exteriores e fachadas claras irão refletir melhor a luz para o interior.. Verde. Distância. Frio/ Neutro. Vermelho. Próximo. Quente. Laranja. Muito próximo Próximo. Muito quente. Muito tranquilizante Muito irritante/ intranquilizante Estimulante. Muito quente. Estimulante. Muito próximo/ Contenção Muito próximo. Neutro. Estimulante. Muito quente. Agressivo, intranquilizante, desestimulante. Amarelo Marrom. Violeta. Tranquilizante. Fonte: Grandjean (2008), adaptado pelo autor. Antes de elaborar um projeto de cores deve-se primeiramente saber qual a função do local, e analisar cuidadosamente quem serão os. 2.6. Aspectos Bioclimáticos Góes (2004) em seu livro informa que o planejamento arquitetônico está diretamente ligado à questão energética. Com isso deve-se tomar precauções no momento de direcionar um programa para execução do projeto. Deve-se pensar em coberturas com grandes beirais, fachadas protegidas, equilíbrio nas aberturas (entrada e saída de ar), redução do uso de fachadas envidraçadas, iluminação e ventilação naturais, além de se preocupar no entendimento da arquitetura com seu entorno. Tudo isso deve ser pensado pelo arquiteto, pois esses parâmetros farão toda diferença no consumo energético, limitando o uso do ar-condicionado somente em locais onde realmente haja a necessidade (GÓES, 2004).. 8.

(17) Ajustar a arquitetura ao clima de um determinado local é adaptar os espaços para que o homem se adeque às condições de conforto (FROTA, 2001).. A topografia é outro fator que altera as temperaturas do lugar, e deve-se levar em consideração como elemento modificante dos ventos e temperatura do ar.. De acordo com Frota (2011), o controle da insolação pode ser feito por meio de proteção solar, que seria o brise-soleil, ou quebra-sol, que é utilizado para proteção de paredes transparentes ou translúcidas para o caso de paredes opacas leves.. Figura 7 - Microclima. Frota (2011) ainda afirma que ao se adequar a arquitetura ao clima de um local é preciso construir espaços que permitam ao homem condições de conforto. À arquitetura compete, amenizar as sensações de desconforto atribuídas pelo clima mais rigoroso, como o excessivo calor, frio ou ventos. Um melhor aproveitamento do clima, segundo Lamberts (et al, 2014), pode ser obtido com planejamento apropriado de detalhes da edificação. O paisagismo, a orientação e a escolha da tipologia arquitetônica são fundamentais ao se adequar o edifício ao clima. O vento é um fator importante em uma região climática e pode haver significativas variações na direção e de velocidade do movimento do ar. As condições e a velocidade do vento local podem ser alteradas com a presença de vegetação, edificações além de outros elementos naturais ou artificiais. Ao se chegar mais próximo do nível da edificação tem-se a escala microclimática. Nesse momento, variáveis como vegetação, o tipo de solo e a presença de obstáculos naturais ou artificiais irão influenciar, de forma positiva ou negativa, nas condições locais do clima (LAMBERTS, et al, 2014).. Fonte: Lamberts, et al, 2014.. Corbella (2009) afirma que é importante considerar que a luz natural favorece ao aumento na qualidade de vida, coloca as pessoas em contato com a variação temporal ao longo do dia e informe sobre o decorrer e as variações do clima externo. Nesse caso, se o projeto for bem concebido, irá economizar grande quantidade de energia, tanto em iluminação artificial, quanto em ar condicionado.. 9.

(18) 3. REFERENCIAL PROJETUAL. Figura 9 - Rampas e janelas. 3.1. Centro de Reabilitação Motora – Argentina • Arquitetos: Claudio Vekstein e Marta Tello • Projeto: 2001 • Ano Conclusão: 2004 • Área terreno: 1355 m² • Área Construída: 4000 m² • Projeto realizado em Buenos Aires O projeto executado na província de Vicente Lopez, na grande Buenos Aires com a finalidade de trazer uma nova solução para o local. A adequação das rampas com leve inclinação para que facilitasse o transito dos pacientes onde os mesmos pudessem acessar cada pavimento sem que houvesse grande dificuldade. Figura 8 - Fachada Centro de Reabilitação. Fonte: Segre, 2017.. A edificação possui três pavimentos mais um subsolo de um esquema realizado verticalmente, cada andar foi escolhido de acordo com a idade dos pacientes para que facilitasse o acesso de acordo com a dificuldade de cada cliente.. Fonte: Segre, 2017.. 10.

(19) Figura 10 - Área de convívio. Figura 11 - Abertura na fachada. Fonte: Segre, 2017.. Fonte: Segre, 2017.. As circulações verticais que conectam os ambientes de atendimento são organizadas de modo que as atividades exercidas possam ser acessadas sem dificuldade através das rampas.. A abertura na fachada permite a iluminação no acesso dos pacientes ao prédio, promovendo a entrada do Sol em grande escala. A abertura é protegida por um painel furado que funciona como brise.. 11.

(20) Figura 12 - Janelas de ambientes. As curvas contínuas de rampas onde o pátio está inserido, configuram-se conforme as dimensões dos volumes dos consultórios e das áreas de fisioterapia.. Figura 14 - Consultório. Fonte: Segre, 2017.. As janelas com livres formatos são para que os espaços sejam adaptados para cada função executada, a explicação é que para as faixas etárias que são atendidas, a composição é adequada para cada ambiente, ou seja, casa local pode precisar de mais ou menos entrada de luz, dependendo do tratamento feito.. Figura 13 - Pátio aberto. Fonte: Segre, 2017.. Os consultórios recebem luz direta do exterior, mas são protegidas pelo brise de concreto armado vazado o que permite acesso visual aos ambientes.. Fonte: Segre, 2017.. 12.

(21) Figura 15 - Espaço de fisioterapia. 3.2. Centro Clínico Manquehue da Clínica Alemana • • • •. Arquitetos – Marcela Quilodrán B, Gustavo Greene W Localização – Manquehue Norte 1499, Vitacura, Santiago, Chile Área – 35458.0 m2 Ano do projeto – 2012. O edifício com tecnologia de ponta, executado com forma contemporânea, possui linhas simples e materiais finos e uma arquitetura sustentável. A fachada do prédio tem grande ligação com o meio exterior, com seus brises horizontais que ampliam ou reduzem dependendo da exposição ao sol.. Figura 16 - Fachada. Fonte: Segre, 2017.. O grande espaço aberto para atendimento cinesioterápico permite o convívio direto entre os pacientes e permite um convívio direto e saudável, proporcionando o bem-estar e auxiliando em sua alta.. Fonte: Márquez, 2013.. 13.

(22) O prédio possui uma grande caixa de vidro de 4 andares sobre uma outra caixa também em vidro de 2 pavimentos formada por um sistema estrutural moderno, promovendo um grande pé direito duplo, permitindo a entrada de luz e a ventilação no ambiente.. Figura 18 - Luz natural espelho d'água. Figura 17 - Pé direito da entrada. Fonte: Márquez, 2013.. Figura 19 - Luz natural jardim de terra. Fonte: Márquez, 2013.. A caixa de vidro tem dois vão na cobertura que formam dois jardins interiores, que são usados pelos pacientes em espera ao atendimento. Em um lado o jardim de terra e do outro um jardim d’água, através desses jardins a luz acesse o interior do edifício promovendo a entrada da luz natural para dentro da edificação, permitindo a economia de energia e o conforto de quem ali se encontra.. Fonte: Márquez, 2013.. 14.

(23) Figura 20 - Fachada com pé direito duplo. 3.3. Spaulding Hospital / Perkins + Will • • • • •. Arquitetos - Perkins + Will Localização - Charlestown, Boston, Massachusetts, Estados Unidos Gerente de construção - Walsh Brothers Incorporated Área - 35151 m² Ano do projeto – 2013. Figura 22 - Fachada edificação. Fonte: Márquez, 2013.. Figura 21 - Pilares da fachada Fonte: Perkins, 2013.. Fonte: Márquez, 2013.. A edificação dedica 75% de seu primeiro andar à interação e uso público. O local possui vista para o mar de Boston, e interação direta com a paisagem. O ambiente possui equipamentos terapêuticos e proporciona aos pacientes a oportunidade de realizar o tratamento com interação direta com a natureza através de suas superfícies ajardinadas.. 15.

(24) Figura 23 - Superfície ajardinada. Figura 24 - Área de tratamento cinesioterápico/ Espaço de convivência. Fonte: Perkins, 2013.. Figura 25 - Acesso jardim próximo área de tratamento. Fonte: Perkins, 2013.. Um local amplo e agradável para o tratamento cinesioterápico, com um pé direito duplo indicando muita liberdade e conexão com outras pessoas durante cada atendimento. A entrada de luz natural, através da iluminação zenital, proporciona ligação com o lado externo do hospital, além da economia de energia.. Fonte: Perkins, 2013.. A ampla fachada de vidro permite aos seus usuários uma vista privilegiada do mar e a estrada de luz permanente durante o dia, deixando o local iluminado e economizando no uso da luz artificial.. 16.

(25) Figura 26 - Sala de apoio com vista para o mar. 3.4. Hospital Sarah Kubitschek • • • • •. Arquitetos - João Filgueiras Lima – Lelé Localização – Salvador – Bahia – Brasil Área – 27.000 m² Ano do projeto – 1991 Ano de conclusão – 1994. Arquitetura de renome que utiliza dos meios da natureza para beneficiar e reduzir o custo energético de operação da edificação. Fonte: Perkins, 2013.. A área da hidroterapia tem uma visão da região externa, proporcionando um tratamento mais agradável, já que sua amplitude se estende ao meio, permitindo um tratamento mais agradável e o bem-estar do paciente.. Figura 28 - Vista aérea Hospital Sarah Kubitschek. Figura 27 - Área da hidroterapia. Fonte: Francalossi, 2012.. Fonte: Perkins, 2013.. A utilização de sheds permite a ventilação natural proporcionando o conforto térmico dos usuários e reduzindo a utilização do ar. 17.

(26) condicionado. As entradas das galerias de ventilação de ar estão voltadas para o vento dominante, que no caso é o nordeste, no caso da não existência de ventos, ventiladores localizados na entrada das galerias são utilizados para a captação do ar e direcioná-las para o interior dos ambientes.. Figura 30 - Corte da edificação. Figura 29 - Sheds para ventilação natural. Fonte: Lukiantchuki, 2017. Adaptado pelo autor.. Fonte: Francalossi, 2012.. A Figura 30 mostra um corte da volumetria do Hospital, mostrando a influência que o vento tem sobre a edificação e resfria o ambiente interno impedindo o aquecimento vindo pela luz do Sol sobre o telhado. O ar quente que é produzido pelo aquecimento do telhado, sobe e sai pelas aberturas inseridas no telhado, permitindo o resfriamento do ambiente.. As conexões entre os ambientes são feitas por grandes corredores que se abrem para o exterior por grandes janelas de vidro onde é possível visualizar os jardins que recortam a volumetria. Figura 31 - Jardim interno. Fonte: Francalossi, 2012.. 18.

(27) Figura 32 - Hidroterapia. Figura 34 - Corredor com ventilação natural. Fonte: Francalossi, 2012.. Figura 33 - Uso de cores. Fonte: Francalossi, 2012.. Na figura 33, pode-se observar que o uso de cores é um item de extrema importância e influência no tratamento dos pacientes que transitam pelo espaço. Fonte: Francalossi, 2012.. 19.

(28) 4. DIAGNÓSTICO Figura 35 - Bairros vizinhos. Figura 36 - Localização terreno. Fonte: Guiafloripa. Adaptado pelo autor.. Fonte: Autor, 2017. 4.1. ANÁLISE DA ÁREA A área estudada localiza-se no continente, bairro Estreito – Florianópolis, próximo à Beira Mar Continental. O bairro, na região continental, é o mais próximo à ilha de Santa Catarina. O acesso se dá pelas ruas Souza Dutra e dos Navegantes. Com área de 3453,68m², o terreno está inserido na malha urbana da cidade, próximo a ruas importantes da região. É uma região bastante ativa, pois nela se encontram grandes edificações residenciais, e muitas opções de comércio e lazer. A infraestrutura atende quase por completo a comunidade da região. A implantação do projeto no continente torna mais viável o acesso ao complexo proposto, de forma a facilitar o atendimento e a chegada de pacientes vindos de outros locais para região.. 1. Balneário. 2. Bom Abrigo. 3. Capoeiras. 4. Coqueiros. 5. Estreito. 6. Itaguaçu. 7. JardimAtlântico. Terreno. A principal avenida que corta a região chama-se Coronel Pedro Demoro, onde se concentra a maior parte do comércio e da região, assim como supermercados, bancos, biblioteca pública, órgãos públicos, unidades militares, hospital, policlínica, colégios, dentre outros.. 20.

(29) A região do Estreito cresce constantemente, assim como em outros bairros de Florianópolis, a falta de recursos relacionados a saúde aproximou o terreno para necessidade da sugestão de uma clínica de Reabilitação Interdisciplinar.. Figura 37 -Vistas terreno em estudo. 2. O aumento na quantidade de carros em Florianópolis trouxe muito transtorno para acesso ao centro da capital catarinense, tornando-se complicado implantar alguns serviços públicos na ilha.. 4. 3 1 1. 2. Fonte: Autor, 2017. 3. 4. 21.

(30) 4.2. Gabarito. Figura 38 - Mapa gabaritos. A região analisada possui alguns aspectos que diferenciam as edificações ali construídas. O plano diretor implantado anteriormente, permitia gabaritos maiores no local, pode-se encontrar prédios com até 12 pavimentos. No plano atual as edificações, na área do terreno, são de apenas 4 pavimentos. O mapa ao lado mostra a predominância de edificações de até 4 pavimentos. A clínica a ser implantada segue a normativa da legislação que permite o gabarito máximo, para o terreno de 4 pavimentos.. Legenda: De 1 à 4 pavimentos De 5 à 10 pavimentos Mais de 11 pavimentos Terreno Fonte: Google Earth. Adaptado pelo autor.. 22.

(31) 4.3. Uso Dos Solos e Equipamentos Urbanos. predominante, existem muitas casas na região tornando o local ainda pouco populoso, se comparado com outros bairros próximos. 4.3.4. Análise uso Misto. 4.3.1. Análise do uso Comercial Na área de estudo em um raio de 200 metros observa-se a qualificação do bairro como uso comercial, trazendo ao local um apoio ao cidadão, promovendo a facilidade para acesso as mais diversas áreas. O bairro oferece atendimento ao público desde bancos, lojas, restaurantes, hospital, farmácias, supermercados, ou seja, o morador não precisa se deslocar do bairro para o centro de Florianópolis ou para outra localização, os mais diversos comércios já se encontram na região. Alguns novos edifícios, caracterizam-se exclusivamente para uso comercial.. Os prédios residenciais já construídos misturam-se em grande maioria ao comércio, formando as edificações mistas, a grande maioria conforme apresentado na figura 39.. Figura 39 - Mapa de uso dos solos e Equipamentos Urbanos Legenda: Residencial Comercial Misto Institucional. Terreno Banco Farmácia. 4.3.2. Análise do uso Institucional. Praça. O bairro proporciona ao morador escolas públicas e creche, permitindo aos cidadãos locais, acesso ao estudo próximo de suas residências. 4.3.3. Análise do uso Residencial Por ser um bairro em constante crescimento o uso residencial é muito. Fonte: Google Earth. Adaptado pelo autor.. 23.

(32) O local é provido de grande quantidade de equipamentos urbanos. De acordo com a classificação de zoneamento, a área é uma Área Mista Central (AMC), ela possui, em seu entorno, diferentes tipos de equipamentos que tornam a região privilegiada pela abundância. A importância do terreno está no encontro com os equipamentos próximos, a facilidade do acesso ao Hospital Florianópolis, aos Bancos da região, com isso a população tem a vantagem de encontrar o que precisa no comércio local sem se deslocar para outro bairro. Levando em conta a localidade do terreno, e a proximidade com os equipamentos urbanos (Figura 39) e outros próximos, é o a principal para escolha do espaço.. O bairro Estreito possui vias arteriais, coletoras e subcoletoras. A Beira Mar continental, executada posteriormente, é caracterizada como via rápida. As vias que conectam a ilha ao continente são de fácil acesso e com movimento de transporte, intenso. O fluxo é bem fluido nas pistas que levam aos bairros da região. Mesmo em horário de pico, as ruas não trazem tantos problemas para região, mas esse caso ocorre apenas para o sentido ilha – bairro, o mesmo não ocorre no movimento inverso, a rua Coronel Pedro Demoro, que faz a conexão bairro – ilha, fica totalmente congestionada. Esse afunilamento que leve até a ilha ocorre na entrada da ponte, onde são desembocadas outras vias principais de acesso, como por exemplo: • • •. Via expressa (BR 282), que liga a BR-101 à ilha; Avenida Governador Ivo Silveira, traz os bairros próximos ao Estreito, como Capoeiras, para a ponte Pedro Ivo Campos; Avenida Engenheiro Max de Souza, anexa os bairros Coqueiros, Abraão e Bom Abrigo.. Figura 40 - Vias de acesso Legenda:. Legenda: Via rápida. 4.4. Transporte Público. Via arterial. A área a ser estudada está localizada em local fora da ilha de Florianópolis, região continental. O espaço é de fácil acesso, permitindo-se chegar por qualquer meio de transporte terrestre.. Via coletora Via subcoletora Terreno Fonte: Google Earth. Adaptado pelo autor.. 24.

(33) Todas as vias descritas funcionam também como atalho da BR-101 para conectar e atravessar a ponte, ou seja, quando todas se encontram em apenas 4 pistas para acessar a ilha forma-se uma grande fila. O terreno em estudos possui conexões vindas de ruas principais muito próximas como a Avenida Fulvio Aducci, por ela passam várias linhas de ônibus vindas do Terminal Integrado do Centro (TICEN), ilha. Dentre as linhas que atendem somente aos bairros, praticamente todas as linhas da cidade de Biguaçu passam pela região, o que traz facilidade no acesso à região. Nove linhas dos ônibus do Consórcio Fênix, empresa responsável pela mobilidade de Florianópolis, tem ligação direta com o local, objeto de estudo. O transporte descrito tem horários bem flexíveis, que variam entre si em intervalos entre 5 e 10 minutos, ou seja, não há problemas em chegar ao local. Os pontos de ônibus são muito próximos ao espaço referente ao projeto em questão. Um grande problema que deve ser sanado é o estado de conservação das calçadas, alguns trechos estão bons, mas a grande maioria necessita de reformas e adaptações para Portadores de Necessidade Especiais (PNE). A intervenção deve ser feita o quanto antes, pois o bairro cresce constantemente e a presença de idosos, cadeirantes, gestantes e todos os transeuntes, necessitam de calçadas e rampas para acessar aos diversos comércios da região.. 4.5. Aspectos Legais A análise do terreno foi feita baseando-se nos aspectos legais de zoneamento indicados no Plano Diretor de Florianópolis instituído pela Lei 482, de 17 de janeiro de 2014, para que os tramites legais de implantação sejam seguidos conforme previsto em lei. Com 3453,68 m², conforme mapa de zoneamento (figura 41), a configuração do terreno caracteriza-se como Área Mista Central (AMC), que deve seguir o que está disposto no plano diretor (Tabela 2). Tabela 2 - Plano Diretor Taxa de Ocupação Máxima (TO). 50%. Taxa de Impermeabilização Máxima 70% Altura Máxima da fachada / até cumeeira (em 15/20 metros) Índice de Mínimo 1 Aproveitamento Básico 1 (IA) Máximo com outorga onerosa 3 Acréscimo por transferência do 0 diretor de construir Adicional para subsolo 1 Máximo Total de pavimentos 4 Potencial Relação IA máximo 10361,04m² construtivo Relação TO máxima 1726,84m² Fonte: Plano Diretor Florianópolis, 2014. Adaptado pelo autor.. 25.

(34) Limite de Ocupação deve seguir o exposto abaixo:. Figura 42 - Afastamento. Taxa de Ocupação Máxima de 80% (100% no Polígono Central) para subsolos, 1º e 2º pavimentos nas AMC, de acordo com Artigo 71 desta Lei Complementar, que segue o Plano Diretor de Florianópolis. Com relação ao enquadramento das vias próximas é sugerido, pelo autor, a alteração nas vias que passam na lateral, Rua Souza Dutra e em frente, Rua do Imigrante, conforme segue na figura 42.. Figura 41 - Zoneamento. TERRENO. Fonte: Autor, 2017. Em acordo com o Plano Diretor de Florianópolis, as edificações deverão respeitar o afastamento frontal de 4 metros mínimo para pavimento térreo e subsolo. De acordo com o Anexo L.4 do plano em vigor o padrão para vaga de estacionamento para uso de clínica deve obedecer ao que segue: • • •. Automotores: 1 vaga/50 m2 de área construída com o mínimo de 3 vagas; Bicicletas: 1 vaga/ 40m² de área construída; Motocicletas: 1 vaga/ 40m² de área construída.. Fonte: Geoprocessamento Florianópolis. Adaptado pelo autor.. 26.

(35) O código de obras e edificações de Florianópolis, em conformidade com o Art. 129, dispõe sobre as instalações sanitárias devem englobar 1 vaso sanitário e 1 lavatório para cada 20 pessoas. Conforme a Norma de Segurança Contra Incêndio (NSCI, 2014, pg. 40), Instrução Normativa (IN 009), de Santa Catarina, o tipo de escada utilizada, de acordo com a classificação das edificações, as clínicas a exigência informada na tabela que segue: Tabela 3 - Tipo de escada, corpo de bombeiros Classificação das Edificações. Hospitalar sem internação e sem restrição de mobilidade (hospital, laboratório, unidades de pronto atendimento, clínica médica e Consultórios em geral). Altura (m) H <= 12. Quantidade mínima e tipo de escada Quantidade. Tipo. 1. Comum. Fonte: NSCI, 2014. Adaptado pelo autor.. O estudo leva em conta o que determina a NBR 9050 (ABNT, 2015), que estabelece critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados em relação ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, e a Norma Técnica RDC 50, ANVISA (2002).. Tendo em vista um projeto de clínica de reabilitação em Fisioterapia, deve-se levar em conta a questão de conforto, sustentabilidade e claro a economia. Nesse sentido busca-se utilizar da melhor forma possível adotar os elementos naturais, o sol e o vento a favor dos ambientes. No entanto, para usufruir de tais estratégias, o estudo do fenômeno deve ser feito visando compreender qual a melhor posição das fachadas em relação aos ventos, e consequentemente à insolação, priorizando sempre o estado de conforto dos usuários. Os ventos predominantes em Florianópolis, segundo a figura 43, assim como a frequência de ocorrência, conforme figura 44, são o Norte e Nordeste. Por se tratar de uma fonte renovável, gratuito e natural, contribui para manter a qualidade do ar interno das edificações, através da troca constante, contribuindo para ambientes confortáveis e com redução de gastos energéticos (principalmente por ar condicionado). Figura 43 - Velocidade dos ventos predominantes.. 4.6. Aspectos Climáticos A cidade de Florianópolis apresenta clima comum e igual nas cidades do litoral da região sul do país. O clima aqui é definido como sendo Clima Temperado.. Fonte: Software Sol-AR 6.2. 27.

(36) Figura 44 - Frequência de ocorrência dos ventos. Figura 45 - Incidência do vento Nordeste. Fonte: Software Sol-AR 6.2. Considerando a área projetual, a abrangência do vento Nordeste é intensa e deve ser aproveitada como matéria-prima para estratégia bioclimática, e quanto ao vento Norte, este encontra um grande obstáculo, as edificações altas, que acabam por bloquear parcialmente sua incidência. Os outros ventos, de menor predominância encontram edificações que os bloqueiam, impedindo de fluir pela área de estudo com potencial para atuação em alguma estratégia bioclimática.. Fonte: Software Flux Design. Na figura 45 é possível observar o vento Nordeste atingindo o terreno em razão do gabarito baixo, de um a dois pavimentos, hoje existente nesta posição do vento, o que favorece sua entrada. Na figura 46, o vento também adentra no terreno, mas de forma não tão intensa, em razão dos prédios que ali se encontram, com mais de dez pavimentos, por causa do Plano Diretor antigo que permitia tal gabarito.. 28.

(37) Figura 46 - Incidência do vento Norte. Figura 47 - Aspectos Climáticos de Florianópolis. Fonte: Climate-data.org. Adaptado pelo autor. Em se tratando de insolação, a área de estudo recebe a incidência do Sol em grande parte ao longo do ano. Diferenciando o mês mais quente e o mais frio nas figuras 48 e 49 é possível observar o sombreamento que ocorre durante um dos dias dos meses analisados entre as 9hs e 17hs. Fonte: Software Flux Design. O clima em Florianópolis é caracterizado como quente e temperado. A pluviosidade é significativa ao longo do ano e mesmo no mês mais seco existe grande pluviosidade. A temperatura média anual na região é de 20,1°, enquanto a pluviosidade é 1462 mm. Conforme exemplificado na figura 47, o mês de junho é o mais seco, com 71 mm, comparando com o mês de janeiro, que possui a maior precipitação, a diferença é de 124 mm. O mês mais quente seria o de janeiro, com temperatura média de 24,7°, já junho é o mês mais frio, com temperatura média de 16,6°. Analisando e comparando os meses ao longo do ano a diferença de temperatura varia em torno de 8,1°C.. Estratégias devem ser estudadas para assim usar como proteção ou até mesmo se beneficiar em relação à posição solar ou os ventos que atingem a região. Observando o ambiente onde se localiza o terreno, uma das estratégias que deve ser adotada são os brises. Conforme as figuras 48 e 49, é possível verificar na análise que o Sol tem grande influência sobre o local, dessa forma deve-se adotar medidas que protejam a edificação ali inserida. Os ventos também têm alcance perto das edificações, principalmente o Nordeste, pois as edificações são de pequeno porte, e o plano diretor de Florianópolis prevê apenas 4 pavimentos, impedindo menos esse vento.. 29.

(38) Figura 48 - Sombreamento no terreno, mês de janeiro. Fonte: Software Ecotect. Analisando a área no mês de janeiro, verão (Figura 48), observa-se que o Sol faz a passagem logo acima do terreno. Levando em consideração o Plano Diretor de Florianópolis que prevê um gabarito máximo de 4 pavimentos, a evolução das edificações próximas ao terreno pouco influenciaria no sombreamento sobre o mesmo, necessitando de um bloqueio artificial para a entrada de luz sobre ele.. Figura 49 - Sombreamento no terreno, mês de junho. Fonte: Software Ecotect. Observando a figura 49, nota-se que o Sol durante o inverno, mês de julho, a passagem ocorre no terreno, mas de forma menos intensa, mas mesmo essa pouca influência tende a atingir o local e promover seu aquecimento, sendo importante o uso de algum bloqueio sobre as edificações que por ali forem locadas.. 30.

(39) 5. PROPOSTA. 5.1. Partido Arquitetônico. No edifício da recepção, rampas suaves que ligam os blocos permitem que os transeuntes circulem por entre as áreas de tratamento sem perder o visual do entorno, já que a vista a partir de sua circulação é aberta para todos os ambientes.. O partido arquitetônico norteador desse projeto terá como conceito a concepção do espaço como viabilizador do bem-estar dos pacientes, pois a utilização de qualquer procedimento ligado à saúde torna os tratamentos muitas vezes desconfortante.. Em se tratando de conforto e relaxamento o volume da administração traz também a piscina aquecida juntamente com os turbilhões e um mezanino, com acesso pelas rampas, para vislumbrar o atendimento fisioterápico durante a hidroterapia.. A proposta foi utilizar e tornar o acesso ao edifício fácil e prático, transformando o terreno em um local não apenas de tratamento, mas também de encontro entre as pessoas em seu meio que permite a permeabilidade pelo prédio para um espaço de convivência. A disponibilidade de um estacionamento no subsolo proporciona ao usuário da clínica a praticidade em seu atendimento, pois será mais fácil o acesso ao Centro de Reabilitação através de elevador.. A natureza participa diretamente da proposta da edificação, onde é preciso diminuir a intensidade solar sobre a edificação, sendo necessário para isso não somente os brises, mas também árvores que possam fazer esse papel de bloqueador.. A relação com o entorno propõe a volumetria no meio urbano da região, conversando diretamente com os prédios vizinhos, respeitando o limite de construção com gabarito baixo. Apesar do plano diretor atual regular apenas quatro pavimentos, enquanto alguns prédios residenciais e comerciais terem sido construídos com ate quinze pavimentos (plano diretor anterior), as edificações têm ligação direta e atendem as propostas definidas. Entende-se que a inserção da clínica no bairro, poderá contribuir para sua valorização. O prédio serviços tem seu programa direcionado às áreas de tratamento em fisioterapia, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, médico, promovendo o bem-estar.. Com relação ao bem-estar, dentro do prédio é preciso torná-lo agradável e receptivo, para isso cores serão inseridas em seu interior trazendo características adequadas para cada tipo de tratamento.. 5.2. Diretrizes Muitas soluções arquitetônicas priorizam a ventilação e iluminação natural. Nas soluções que envolvem uma clínica de saúde, a intenção é criar ambientes confortáveis para os pacientes, os quais são indispensáveis no sentido de favorecer sua reabilitação através dos trabalhos da equipe multidisciplinar. A localização do terreno é cercada por ruas de simples acesso, além da disponibilidade de pontos de ônibus próximos, o que caracteriza positivamente a escolha do local.. 31.

(40) Norteando o partido arquitetônico, na sequencia são apresentadas as Diretrizes de Projeto.. Figura 50 - Partido geral. Uso dos setores: Alcançar o bem-estar e o conforto dos visitantes e pacientes, aproveitando a entrada da iluminação natural economizando energia. A ideia foi buscar a setorização em 3 blocos interligados, sendo esses subdivididos em serviço e atividades. Dois dos três edifícios são dedicados a atividades de atendimento ao cliente, enquanto o prédio central é dividido em área de recepção e acesso ao público em geral, acontecendo no hall principal de entrada do bloco. Acessos: Permitir a entrada da ventilação natural e organizar o fluxo de pedestre dentro dos edifícios e ao longo do terreno. A proposta para isso foi criar eixos de conexão por entre os blocos. A entrada que chega na recepção, que é o hall principal, direciona os pacientes para os locais de atendimento. A circulação vertical acontece por rampas, escadas ou elevador. O prédio central agrega uma praça para que a população possa usufruir do local, o acesso é feito pela Rua dos Imigrante, esta que é a principal de acesso ao terreno, enquanto na Rua Souza Cruz localiza-se a entrada para o pavimento subsolo que leva às vagas de garagem.. Fonte: Autor, 2017. Legenda Acesso pedestres Acesso carros ao subsolo Área de serviços/ atividades Área da recepção Área piscina/ administração. Público Público Privado Semi-público Privado. 32.

(41) 5.3. Estratégias Bioclimáticas. Figura 52 - Direção do Sol no mês de junho. Os blocos recebem diretamente a luz do sol em praticamente todos os períodos do dia no verão e em grande parte no inverno. Essas informações obtidas com o estudo climático direcionaram, em parte, a necessidade da criação de painéis para bloquear a entrada de luz mas permitir aos usuários a integração com o meio exterior. Para isso placas de madeira com entradas de luz foram inseridas nas fachadas frontal e fundos, que são viradas para leste e oeste, respectivamente. Esta intervenção proporciona um lugar agradável para os pacientes e seus acompanhantes, e ainda assim permitindo a entrada de luz.. Figura 51 - Direção do Sol no mês de janeiro. Fonte: Ecotect. Adaptado pelo autor, 2017. Mesmo em razão do sombreamento nos meses de janeiro, o mais quente, e julho, o mais frio, o Sol continua atingindo diretamente a edificação. O uso de brises seria a melhor solução para a intensidade de Sol que o edifício receberá. Em razão desse calor pode-se adotar a elevação da laje para permitir a saída do ar que aquecerá o ambiente.. Fonte: Ecotect. Adaptado pelo autor, 2017.. 33.

(42) 5.4. Plantas Esquemáticas No prédio de serviços/ funcionários, os andares são divididos objetivando atingir as diretrizes que seguem: •. Térreo – nível -0,80m – local onde os funcionários chegarão para se dirigirem às salas e iniciar o atendimento da população. Esse acesso é dado pelo nível 0,00 e desce 0,80 m por meio de rampas de leve inclinação e de fácil deslocamento para os usuários, permitindo que pessoas com necessidades especiais trabalhem em conjunto com a população. Por este pavimento os funcionários poderão acessar o nível 0,00 que se encontra no bloco da recepção, e a partir de então circularem pela clínica para acessarem as respectivas salas de atendimento.. iluminação natural, permitindo a claridade local sem a utilização de meios artificiais. O prédio referenciado como piscina: •. Nível 0,00m, é onde se localiza a parte administrativa da clínica. Ainda neste pavimento o acesso à manutenção da piscina, assim como o maquinário de aquecimento da mesma.. Figura 53 - Nível -0,80 e Nível 0,00 Legenda Prédio serviços/ funcionários Prédio recepção. 10 8 11. 9. Prédio piscina/ administração. O bloco da recepção onde os pacientes serão direcionados para cada área de atendimento. •. Este espaço, acessado pelo nível 0,00m, foi elaborado com a finalidade de distribuir o fluxo de pessoas e direcioná-las aos setores responsáveis para atendimento. Com a função de conectar a população à saúde, ainda neste prédio existe uma ligação da entrada com os fundos do bloco da piscina, onde as pessoas podem circular por dentro do edifício sem cruzar com os pacientes em atendimento, isso acontece para atrair as pessoas ao local e descaracterizar a qualidade de ambiente destinado somente ao tratamento, mas sim torná-lo agradável e familiar aos olhos de todos. O pé direito alto permite a ventilação natural com uma grande entrada, além da. 6. 1. Banheiro. 2. Vestiário. 3. Copa. 4. Circulação funcionários Acesso subsolo. 5. 7. 6. 4 3. 1. 7 2. 8. 5. Hall entrada clínica Rampas. 9. Pavimento técnico piscina Administração. 10. Banheiro. 11. Área de convivência. Fonte: Autor, 2017. 34.

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