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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS

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INTERNATIONAL PLANT NUTRITION INSTITUTE - BRASIL

Rua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center, sala 701 - Fone/Fax: (19) 3433-3254 / 3422-9812 - Website: www.ipni.org.br - E-mail: ipni@ipni.com.br 13416-901 Piracicaba-SP, Brasil

Desenvolver e promover informações científicas sobre o manejo responsável dos nutrientes de plantas para o benefício da família humana

MISSÃO

MISSÃO

MISSÃO

MISSÃO

MISSÃO

INFORMAÇÕES

AGRONÔMICAS

N

0

126 JUNHO/2009

Veja também neste número: Reservas mundiais de nutrientes dos

fertilizantes ... 8

Fundamentos para utilização correta do seu fertilizante ... 15

As plantas não se importam com as condições de mercado ... 18

IPNI em Destaque ... 19

Divulgando a Pesquisa ... 20

Painel Agronômico ... 23

Cursos, Simpósios e outros eventos ... 25

Publicações Recentes ... 27

Ponto de Vista ... 28

1Pesquisador da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF; e-mail: dmgsousa@cpac.embrapa.br; rein@cpac.embrapa.br

Djalma Martinhão Gomes de Sousa1

Thomaz A. Rein1

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO PARA

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO PARA

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO PARA

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO PARA

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO PARA

CULTURAS ANUAIS: EXPERIÊNCIAS NO CERRADO

CULTURAS ANUAIS: EXPERIÊNCIAS NO CERRADO

CULTURAS ANUAIS: EXPERIÊNCIAS NO CERRADO

CULTURAS ANUAIS: EXPERIÊNCIAS NO CERRADO

CULTURAS ANUAIS: EXPERIÊNCIAS NO CERRADO

1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO

O

preparo do solo com a utilização inadequada de implementos agrícolas, associado ao monocultivo de soja, tem provocado a redução no teor de maté-ria orgânica nos solos do Cerrado, especialmente nos mais arenosos. A perda de matéria orgânica contribui para o processo ero-sivo, resultando em redução na capacidade de troca de cátions (CTC) e no armazenamento de água do solo, diminuindo, assim, a eficiência de uso dos corretivos e fertilizantes nele aplicados.

Uma das formas de evitar a perda de matéria orgânica con-siste em reduzir o revolvimento do solo, como observado no con- siste-ma plantio direto (SPD). A adoção desse sistesiste-ma tem crescido rapi-damente na região do Cerrado, já alcançando cerca de 50% da área de lavouras. Com a implementação dessa técnica, espera-se, com o tempo, a redução dos efeitos negativos mencionados.

Neste trabalho será dada ênfase à correção da acidez e adu-bação com macronutrientes no SPD, no qual algumas particularida-des relativas ao manejo da fertilidade do solo devem ser observa-das antes do início e após o seu estabelecimento nos solos do Cerrado. 2. ACIDEZ DO SOLO 2. ACIDEZ DO SOLO 2. ACIDEZ DO SOLO 2. ACIDEZ DO SOLO 2. ACIDEZ DO SOLO

Antes de iniciar o SPD, a acidez do solo nas camadas superfi-cial (0 a 20 cm) e subsuperfisuperfi-cial (20 a 60 cm) deve ser corrigida. Com isso, possibilita-se maior desenvolvimento radicular, aumentando a absorção de nutrientes e de água pelas culturas (SOUSA, 1998).

A acidez superficial não é problema na região dos Cerrados quando a saturação por bases (V) do solo estiver em torno de 50% e o pH em água próximo a 6,0. Quando a análise do solo apresentar valores menores de pH ou V, deve-se corrigi-la pela adição de calcário. A rela-ção Ca e Mg no solo deve situar-se no intervalo de 1:1 até o máximo de 10:1, cuidando para se ter o teor mínimo de Mg de 0,5 cmolcdm-3.

O processo de acidificação do solo no SPD (sem preparo) é menos intenso que no sistema de plantio convencional (SPC) (Fi-gura 1) e ocorre de forma localizada, ou seja, nos primeiros 5 cm do solo, devido, principalmente, à mineralização e nitrificação do nitro-gênio dos restos culturais na superfície e ao uso de fertilizantes

SIMPÓSIO SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES (BPUF) SIMPÓSIO SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES (BPUF)SIMPÓSIO SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES (BPUF) SIMPÓSIO SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES (BPUF) SIMPÓSIO SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES (BPUF)

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Abreviações: Al = alumínio, Ca = cálcio, CTC = capacidade de troca de cátions, K = potássio, MOM = matéria orgânica associada aos minerais,

MOP = matéria orgânica particulada, Mg = magnésio, N = nitrogênio, P = fósforo, S = enxofre, SPC = sistema de plantio convencional, SPD = sistema plantio direto, V = saturação por bases do solo.

(2)

Figura 1. Valores de pH de um Latossolo Amarelo muito argiloso em

diferentes profundidades, após seis anos de aplicação de calcário, em dois sistemas de preparo do solo.

Fonte: SOUSA e LOBATO (2004).

nitrogenados. No SPC, o processo de acidificação do solo é mais intenso até 20 cm de profundidade, em consequência do trabalho de preparo do solo feito com arado de discos e grade.

No SPD, o calcário apresenta efeito residual no período de 5 a 10 anos. Recomenda-se, após a calagem, nova análise do solo na profundidade de 0 a 20 cm depois de três anos de cultivo e, caso a saturação por bases (V) seja menor que 40%, a reaplicação de calcário para elevar a V a 50%, distribuindo-o uniformemente na superfície do solo. Todavia, essa quantidade será menor em relação à primeira aplicação e sua ação será restrita mais à camada superfi-cial do solo (cerca de 5 cm). Tem-se observado redução de 50% na quantidade de calcário necessária para manter a saturação por ba-ses na camada de 0 a 20 cm no SPD, quando comparado ao SPC.

Experimento conduzido em Planaltina, DF, por Sousa e Lobato (2002) mostrou a resposta do milho à reaplicação de calcário em Latossolo Vermelho argiloso sob SPD, tendo como planta de co-bertura o estilosantes. O solo na camada de 0 a 20 cm apresentava saturação por bases de 19% e, para atingir 50%, foram aplicadas 2,9 toneladas de calcário por hectare, em outubro de 1994. O trata-mento sem reaplicação de calcário produziu 6,0 t ha-1 de grãos de

milho em três safras seguidas, enquanto na área em que se reapli-cou o calcário a produtividade foi de 6,2 t ha-1, 6,4 t ha-1 e 7,0 t ha-1

para os anos agrícolas 1994/1995, 1995/1996 e 1996/1997, respecti-vamente. Nesse experimento foram estudadas, ainda, a mobilidade e a reatividade do calcário quando aplicado a lanço na superfície do solo. A movimentação de bases no solo, avaliada por meio do pH em CaCl2 e do teor de Ca e Mg, após três anos da aplicação do calcário, ocorreu a 10 cm da superfície do solo, atingindo em torno de 20 cm no período de seis anos. A reatividade, avaliada pelo teor de Ca e Mg, foi de 60% do total aplicado após três anos de reação, chegando a 105% em 6 anos (base PRNT 100%).

Essas observações indicam que no SPD o calcário apresenta reatividade mais lenta e efeito residual mais prolongado, o que deve estar associado à não movimentação do solo e à menor mineralização da matéria orgânica nesse sistema, quando comparado ao SPC.

Outro problema, de ocorrência bastante comum nos solos do Cerrado, é a deficiência de Ca na subsuperfície do solo, asso-ciada ou não à toxidez de alumínio (Al). Para identificá-la, deve-se proceder à amostragem de solo nas profundidades de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm. Caso haja dificuldade em realizar essa amostragem, pode-se fazê-la apenas na camada de 30 a 50 cm. Ao encaminhar as amostras para análise química, recomenda-se solicitar também a determinação do teor de argila (SOUSA et al., 1995).

Se a saturação por Al, indicada na análise, for maior que 20%, ou o teor de Ca menor que 0,5 cmolc dm-3, há alta

probabili-dade de se obter benefícios com o uso do gesso (CaSO4.2H2O) como melhorador da subsuperfície. A quantidade de gesso agríco-la (15% de enxofre aproximadamente, quando úmido) a ser aplicada ao solo pode ser determinada em função do teor de argila das cama-das inferiores, pela fórmula:

Dose de gesso (kg ha-1) = 50 x teor de argila (%)

O gesso agrícola pode ser aplicado a lanço, antes, jun-tamente ou depois do calcário. A incorporação do gesso ao solo não é necessária, pois sua lixiviação da camada superficial (0 a 20 cm) é rápida, atingindo, no mínimo, 60 cm de profundidade (Figura 2).

A resposta ao gesso agrícola como melhorador do ambiente radicular em profundidade tem sido observada na maioria das cul-turas anuais, com destaque para milho, trigo, soja, feijão e algodão. Na Tabela 1 são apresentadas as respostas das culturas de soja e algodão ao gesso. Os acréscimos de rendimento em resposta ao uso de gesso são atribuídos não somente ao suprimento de enxofre (S) mas também à melhor distribuição das raízes das culturas em profundidade (Figura 3), a qual propicia o aproveitamento de maior volume de água pelas plantas quando ocorre veranico. Além da água, os nutrientes também são absorvidos com maior eficiência, tanto os de maior mobilidade, como o N, que é facilmente levado para o subsolo e pouco aproveitado pelas plantas quando o siste-ma radicular é superficial, quanto os de menor mobilidade, como o fósforo (P), cuja absorção á altamente dependente do volume radicular. Na Tabela 2 observa-se que, em média, houve aumento de 56% na absorção de nutrientes devido ao uso do gesso na cultura do algodão.

Tabela 1. Efeito da aplicação de gesso agrícola ao solo na produtividade

de culturas anuais, sob sistema plantio direto.

Dose de gesso Algodão Soja

- - - (t ha-1)

-0 1,8 b1 3,3 b

3 2,6 a 4,0 a

1 Médias seguidas de letras iguais em cada coluna não diferem pelo teste

t a 5% de probabilidade.

Fonte: SOUSA et al. (2008).

Figura 2. Distribuição de sulfato (SO42-) e cálcio + magnésio (Ca2+ + Mg2+) trocáveis em diferentes profundidades de um Latossolo Ver-melho argiloso, sem e com 2 t ha-1 de gesso (gesso argamassa com 22% de S), após 39 meses da aplicação.

(3)

Além de pesquisas que comprovam a eficiência do gesso agrí-cola como melhorador do ambiente radicular na subsuperfície, essa técnica já vem sendo avaliada pelos agricultores da região. Em áreas de SPD tem-se obtido respostas ao uso de gesso, com ganhos médios de 25 sacas ha-1 para a cultura do milho e 12 sacas ha-1 para a da soja.

O gesso, além de melhorar as condições químicas do subsolo é, também, fonte de S para as plantas. Esse aspecto é importante, uma vez que a deficiência desse nutriente é generalizada nos solos de Cerrado.

3. ADUBAÇÃO 3. ADUBAÇÃO3. ADUBAÇÃO 3. ADUBAÇÃO 3. ADUBAÇÃO

As recomendações de fertilizantes utilizadas no SPC prova-velmente podem ser utilizadas no SPD tendo como base a semelhan-ça das produtividades das culturas anuais obtidas nos dois siste-mas. Experimento conduzido em Planaltina, DF, por 10 anos, com 10 cultivos de soja no verão e 10 cultivos de trigo no inverno mostrou que as produtividades médias de soja no SPC e no SPD foram de 2,8 t ha-1 e 2,9 t ha-1, respectivamente, enquanto as de trigo

foram de 3,9 t ha-1 e 4,0 t ha-1, respectivamente (SILVA et al., 1994).

No SPD os fertilizantes são normalmente aplicados na linha de semeadura ou, em algumas situações, na superfície do solo. A ausência de revolvimento do solo resulta na sua estratificação, com formação de cobertura morta sobre a camada superficial enrique-cida em matéria orgânica e nutrientes, provenientes dos restos cul-turais, plantas de cobertura, fertilizantes e corretivos. O nível de fertilidade do solo e o comportamento das fontes de nutrientes que serão nele aplicadas é que determinam o melhor modo de usar os fertilizantes em áreas com o SPD já estabelecido.

NITROGÊNIO

Nos primeiros anos de estabelecimento do SPD pode ocor-rer menor disponibilidade de N para as plantas em razão da me-nor taxa de mineralização da matéria orgânica e da maior veloci-dade de lixiviação desse nutriente, devido à maior lâmina de água infiltrada, com menores perdas de água por escorrimento superficial e evaporação. A menor taxa de mineralização da maté-ria orgânica no SPD está associada ao não revolvimento do solo, tornando menos intensa a atividade microbiana, em relação ao SPC. Resck et al. (1996) constataram maior evolução de CO2 ao longo do ano em Latossolo de Cerrado sob SPC em relação ao SPD, ambos estabelecidos no mesmo experimento há vários anos. No SPC a incorporação dos resíduos vegetais acelera a sua mine-ralização, além de evitar possíveis perdas por volatilização do próprio N do resíduo, conforme verificado em solo de Cerrado por Costa et al. (1990).

Contudo, experimentos de avaliação da resposta de cultu-ras anuais à adubação nitrogenada, realizados na região do Cerra-do, mostraram que as produtividades obtidas no SPC e no SPD foram semelhantes no tratamento com ausência de N (Tabela 3). Isso pode estar associado à velocidade de decomposição dos restos culturais que ficam na superfície do solo no SPD, conforme resultados obtidos por Silva et al. (1994), os quais mostraram que, após 10 anos de plantio, praticamente não restou palha na superfície do solo nos dois sistemas de cultivo. Em avaliações feitas por Carva-lho et al. (1999) e Damaso et al. (1999), observou-se também uma rápida decomposição dos resíduos de espécies vegetais no SPD. Dados de Salton et al. (1997) indicam que, para as culturas de aveia preta e nabo forrageiro, os sistemas de manejo que promoveram maior mistura de restos culturais, como as grades pesadas e a niveladora, resultaram em decomposição mais intensa e rápida da matéria orgânica, comparados a outros sistemas mecânicos e quí-micos. Ao procederem o manejo com roçadeira, Salton et al. (1997) observaram que apenas 58% da matéria seca da aveia preta perma-neceu na superfície do solo 30 dias após, tendo como referência o tratamento sem manejo. Devido à elevada velocidade de decompo-sição dos restos culturais na superfície do solo, possivelmente no Cerrado não será necessário aumentar a adubação nitrogenada, em comparação ao que se recomenda para o SPC.

Quando os fertilizantes nitrogenados são convenientemen-te aplicados em solos bem drenados nota-se que a eficiência agro-nômica entre as principais fontes é semelhante, em qualquer siste-ma de cultivo adotado. Se a fonte de N utilizada for a uréia, é impor-tante que a mesma seja incorporada, pois, caso seja aplicada na superfície do solo ou de restos culturais, pode haver perda de até 54% de N por volatilização (LARA CABEZAS et al., 2000). Já o sulfato de amônio e o nitrato de amônio, quando aplicados na su-perfície, apresentam perdas de N por volatilização inferiores a 15% (LARA CABEZAS et al., 1997).

Tabela 2. Nutrientes contidos no caroço de algodão em resposta às doses de gesso aplicadas em um Latossolo Argiloso, no primeiro cultivo

realizado no ano agrícola 2005/2006, no sistema plantio direto.

Dose de gesso N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn

(t) - - - (kg ha-1) - - - - - - - (g ha-1)

-0 32 b1 7 b 12 c 1,0 b 3,0 b 1,8 b 15 b 7 b 48 b 11 b 37 b

3 50 a 11 a 18 a 1,5 a 4,8 a 3,0 a 23 a 10 a 69 a 18 a 55 a

1 Médias seguidas de letras iguais em cada coluna não diferem pelo teste t a 5% de probabilidade.

Fonte: SOUSA et al. (2008).

Figura 3. Desenvolvimento de raízes de algodão em profundidade na ausência

e na presença de gesso (cada quadrícula mede 15 cm x 15 cm), por ocasião da floração plena, em 22 de março de 2006, no sistema plantio direto.

Fonte: SOUSA et al. (2008).

(4)

Depois de aplicado ao solo, o N na forma amoniacal é con-vertido na forma nítrica em cerca de três semanas. Dependendo das características do solo e do clima podem ocorrer perdas pelo pro-cesso de lixiviação. Uma das práticas bastante utilizadas para minimizar esse problema é o parcelamento da adubação nitrogenada, sendo parte colocada no plantio (1/5 a 1/3 da dose total de N a aplicar) e o restante em cobertura. A época e o parcelamento da cobertura são função do tipo de solo, da dose de N e, caso a cultura seja irrigada, do sistema de irrigação. Para o milho cultivado em latossolo muito argiloso, com perfil corrigido, podem ser aplicadas doses de até 100 kg ha-1 de N no plantio, prescindindo-se do

parce-lamento da adubação nitrogenada (Tabela 3). Nesse caso, foram aplicados 40 kg ha-1 de N na linha de semeadura e 60 kg ha-1 de N ao

lado na superfície, na mesma data, para evitar danos por salinidade e toxidez de amônio às sementes e plântulas. Em solos de textura média e arenosa, com reduzida profundidade efetiva de exploração do perfil pelas raízes das plantas, localizados em áreas sujeitas a chuvas com intensidade elevada no início do ciclo, é prudente que se utilize não mais de um terço da adubação nitrogenada no sulco de semeadura, sendo o restante aplicado em cobertura.

Alguns critérios para definir a dose de N a ser aplicada estão descritos em Sousa e Lobato (2004). De maneira simplificada, em média, para produzir 1 tonelada por hectare de grãos de milho, trigo, arroz, cevada e sorgo, são necessários 20 kg, 30 kg, 20 kg, 25 kg e 30 kg de N, respectivamente.

Em áreas recém-incorporadas ao SPD na região do Cerrado, questiona-se sobre a necessidade de aplicar N no sulco de semea-dura da soja. Experimentos conduzidos na Embrapa Cerra-dos indicam não ser necessária a aplicação de N na cultura da soja, tanto no SPD quanto no SPC (MENDES et al., 2003; MENDES et al., 2008).

FÓSFORO

A disponibilidade de P em condições naturais é mui-to baixa nos solos de Cerrado. Portanmui-to, é importante a prá-tica da adubação fosfatada corretiva para se obter produti-vidades satisfatórias de diferentes culturas. Foi desenvol-vida uma nova forma para o cálculo da quantidade de ferti-lizante fosfatado a ser aplicado no solo, para adubação cor-retiva, com base na capacidade tampão de P (SOUSA et al., 2006). Assim, para determinar a quantidade de P para se atingir o nível crítico desse nutriente (disponibilidade de P adequada), utiliza-se a equação:

Dose de P2O5 (kg ha-1) =

(teor desejado de P – teor atual de P) x CT em que o valor capacidade tampão (CT) é obtido na Ta-bela 4 para o P extraído por Mehlich I ou resina.

À dose de P aplicada como adubação corretiva, quan-do a disponibilidade de P é adequada, acrescenta-se a adubação de manutenção, em função da expectativa de rendimento da cultura.

Se o teor de P do solo estiver adequado (nível crítico), de acordo com os valores indicados na Tabela 4, adubações de manu-tenção com 60 a 100 kg ha-1 P

2O5 serão suficientes para

produtivida-des de 3 t ha-1 a 5 t ha-1 de soja ou 6 t ha-1 a 10 t ha-1 de milho. Quando

o teor de P (Mehlich I) no solo for superior a 6 mg dm-3, 12 mg dm-3,

20 mg dm-3 e 25 mg dm-3 para os solos de textura muito argilosa,

argilosa, média e arenosa, respectivamente, as adubações de manu-tenção podem ser reduzidas pela metade (SOUSA e LOBATO, 2004).

Tabela 3. Rendimentos médios de cinco cultivos de milho durante

10 anos de rotação soja-milho em resposta a doses e parcela-mento do adubo nitrogenado na forma de uréia em Latossolo Vermelho muito argiloso de Cerrado, sob plantio direto e pre-paro convencional com arado de discos e grade niveladora, tendo-se o milheto como planta de cobertura semeada após a soja no final da estação chuvosa, antecedendo o milho.

Rendimento de grãos de milho2 Sem preparo Com preparo Média

(kg ha-1 ano-1 de N) - - - (t ha-1) -0 6,78 6,75 6,77 e 200 (40 + 80 + 80) 10,28 10,47 10,38 a 100 (100 + 0) 9,39 9,56 9,48 b 100 (40 + 60) 9,28 9,21 9,25 bc 100 (20 + 80) 9,04 9,14 9,09 cd 100 (0 + 100) 8,75 9,00 8,88 d Médias 8,92 A 9,02 A

1Valores entre parênteses referem-se às doses de N aplicadas no plantio

e no estádio de 8 folhas, exceto para o tratamento com 200 kg de N ha-1

ano-1 (plantio, 6 folhas, 12 folhas). Uréia em cobertura aplicada na

superfície ao lado da linha de plantio, seguida de irrigação por aspersão de aproximadamente 10 mm de água.

2 Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste t (p <

0,05). Coeficiente de variação igual a 3,1%.

Fonte: REIN, T. A.; SANZONOWICZ, C.; SOUSA, D. M. G. – Embrapa Cerrados (dados não publicados).

N aplicado1

No SPD o P aplicado permanece nas camadas superficiais em razão da sua baixa mobilidade e do não revolvimento do solo (Figura 4). Apesar disso, seu aproveitamento pelas plantas não fica comprometi-do, pois, com o tempo, a absorção de P aumenta em função do maior desenvolvimento radicular das plantas nessas camadas, do maior acúmulo de água proporcionado pela cobertura morta e da mineralização de formas orgânicas de P. Nas últimas duas safras que antecederam a obtenção dos dados da Figura 4, os rendimentos médios das parcelas analisadas sob SPC e SPD foram, respectivamente, de 11,6 t ha-1 e

12,3 t ha-1 para a cultura do milho na safra 2004/2005 e 4,1 t ha-1 e

3,9 t ha-1 de soja na safra 2005/2006 (NUNES et al., 2008a).

Teor de argila

Tabela 4. Níveis críticos de fósforo observados no sistema de sequeiro (80% do

rendimento potencial das culturas) e valores da capacidade tampão de fósforo (CT) do solo com a finalidade de determinar a dose do fertilizante fosfatado utilizado na adubação corretiva de culturas anuais, em função do teor de argila no solo, para os métodos Mehlich I e resina.

Nível crítico de fósforo para Capacidade tampão o sistema de sequeiro1 de fósforo (CT)2

Mehlich I Resina Mehlich I Resina

(%) - - - (mg dm-3) - - - - - (kg P 2O5 ha -1)/(mg dm-3 de P) 10-15 20 15 5 6 16-25 17 15 7 8 26-35 15 15 10 10 36-45 12 15 16 12 46-55 9 15 26 15 56-65 6 15 42 17 66-70 4 15 70 19

1Para obtenção do nível crítico de fósforo no sistema irrigado (90% do rendimento

potencial das culturas) multiplicar por 1,4 os valores do sistema de sequeiro.

2 Dose de P

2O5 solúvel para elevar o teor de P no solo em 1 mg dm

-3, com base em

amostra da camada de 0 a 20 cm.

(5)

Figura 4. Fósforo extraível por Mehlich I em seis camadas de um Latossolo

Vermelho distrófico argiloso cultivado sob sistema de preparo convencional (SPC) e sistema plantio direto (SPD) durante 10 anos com as culturas de soja e milho, adubadas anualmente com superfosfato triplo na linha de semeadura, na dose de 100 kg ha-1 de P

2O5.

Fonte: NUNES et al. (2008a).

Para as fontes de P solúveis em água, no SPD, recomenda-se que quando o solo apresentar teor de P abaixo do nível considerado médio, a aplicação do fertilizante seja, de preferência, no sulco de semea-dura; já quando o teor de P no solo for adequado ou alto, pode-se aplicar o fertilizante no sulco ou a lanço (SOUSA e LOBATO, 2004).

Na aplicação a lanço, que resulta em elevada concentração de P na camada superficial do solo, o terraceamento e outras práti-cas conservacionistas são particularmente importantes para mini-mizar o escorrimento superficial e o carreamento do solo, que po-dem contaminar os corpos d’água e levar à eutrofização.

Em áreas com SPD em que se aplicou calcário na superfície do solo recomenda-se evitar aplicações a lanço, principalmente de fontes fosfatadas de baixa solubilidade em água, como os fosfatos naturais reativos. Nos primeiros anos de estabelecimento do plan-tio direto deve-se dar preferência às fontes de P mais solúveis em água; posteriormente, é possível utilizar fontes de menor solubili-dade em água, mas sua eficiência agronômica deve ser semelhante, em médio prazo, à de fontes tradicionais, como superfosfato triplo ou superfosfato simples.

POTÁSSIO

Os solos de Cerrado geralmente são muito pobres em potás-sio e seu suprimento às plantas deve ser feito por meio da aduba-ção potássica. Considerando-se que as produtividades das cultu-ras são semelhantes no SPC e no SPD, pode-se, então, utilizar as mesmas recomendações de adubação.

A adubação corretiva de potássio é indicada quando o teor de potássio no solo (camada de 0 a 20 cm), extraído pelo método de Mehlich I, for inferior a 80 mg dm-3 e 40 mg dm-3, para solos com CTC

(pH 7,0) maior que 4 cmolc dm-3 e menor 4 cmol c dm

-3,

respectivamen-te (SOUSA e LOBATO, 2004). A quantidade de K a ser aplicada no solo pode ser determinada por intermédio da fórmula:

Dose de K2O (kg ha-1) = (teor de K desejado – teor de K atual) x 2,4

em que os teores de K desejado e atual são expressos em mg dm-3.

A adubação de manutenção deve ser feita com base na ex-pectativa de produção. Assim, para a produção de 3,0 t ha-1 de

soja ou 6,0 t ha-1 de milho deve-se adicionar 60 kg ha-1 de K 2O.

Devido ao fato de a maioria dos solos de Cerrado não apresen-tar adsorção específica de K, não se espera diferenças na eficiência da adubação potássica quando feita a lanço ou no sulco de semeadura.

A aplicação de adubos potássicos (KCl) em quantidades superiores a 60 kg ha-1 K

2O nos solos de Cerrado deve ser feita

preferencialmente a lanço, pois esses solos apresentam baixa capa-cidade de retenção de K. Altas concentrações do adubo, decorren-tes da aplicação de quantidades maiores, distribuídas em pequenos volumes de solo, no sulco de semeadura, favorecem a perda por lixiviação, além do risco de salinidade.

Para solos com capacidade de troca de cátions (CTC a pH 7,0) menor que 4 cmolc dm-3 recomenda-se a aplicação parcelada da

adu-bação potássica, aplicando-se 50% da dose no plantio e os outros 50% em cobertura. No caso do milho, a cobertura pode ser feita junto com o primeiro parcelamento de N e, para a soja, cerca de 30 dias após a emergência das plantas. Como alternativa ao parcela-mento da adubação potássica tem-se a opção da aplicação a lanço, antes ou após a semeadura da cultura.

Como consequência do aumento do teor de matéria orgânica nas camadas superficiais do solo com o SPD, há aumento da CTC e, com isso, redução da perda de K por lixiviação, havendo tendência de maior acúmulo do elemento na superfície do solo. Na Figura 5 observa-se que, do total de K acumulado até 30 cm de profundidade (332 kg ha-1 K

2O), 47% (157 kg ha -1 K

2O) estão contidos nos

primei-ros 5 cm superficiais do solo (SANTOS et al., 2008). Observou-se que a recuperação(1) do potássio aplicado foi de 89% (aplicação anual a

lanço de 80 kg ha-1 ano-1 de K

2O como KCl) no SPD, após um período

de 8 anos com cultivo de soja e milho, considerando-se apenas o K acumulado até 30 cm de profundidade. Se a avaliação do K no solo fosse até a profundidade de 60 cm, certamente a recuperação do fertilizante como K nos grãos e no solo seria próximo a 100%.

Figura 5. Potássio extraível por Mehlich I em diferentes profundidades,

com aplicação anual a lanço de 80 kg K2O ha-1 ano-1 como cloreto de potássio, após 8 anos de cultivo com soja e milho em sistema plantio direto, em um Latossolo Vermelho distrófico argiloso. Barras horizontais indicam o intervalo de confiança a 5%.

Fonte: SANTOS et al. (2008).

4. MATÉRIA ORGÂNICA 4. MATÉRIA ORGÂNICA 4. MATÉRIA ORGÂNICA 4. MATÉRIA ORGÂNICA 4. MATÉRIA ORGÂNICA

Entre os componentes do solo, a matéria orgânica é a que mais se relaciona com os parâmetros de qualidade – físicos, quími-cos ou biológiquími-cos –, potencializando características como resistên-cia do solo à erosão, taxa de infiltração e retenção de água no solo, capacidade de troca catiônica (responsável por cerca de 90% da CTC do solo de Cerrado), estoque de nutrientes, resistência a per-turbações e atividade biológica.

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De maneira geral, quando se utiliza o SPC ocorre uma redução no teor de matéria orgânica do solo, que poderá ser intensificada com o manejo inadequado de culturas, corretivos e fertilizantes. O SPD minimiza a perda de matéria orgânica desde que o manejo de correti-vos e de fertilizantes seja adequado. Experimentos que utilizam am-bos os sistemas geralmente mostram maior acúmulo de matéria orgâ-nica no SPD, quando comparado ao SPC (Figura 6).

Figura 6. Teor de matéria orgânica em seis camadas de um Latossolo

Vermelho distrófico argiloso cultivado sob sistema de preparo convencional (SPC) e sistema plantio direto (SPD), durante dez anos, com as culturas de soja e milho.

Fonte: NUNES et al. (2008a).

O grau de fracionamento físico da matéria orgânica do solo permite diferenciá-la quanto ao estado de decomposição, humifica-ção do material, estrutura e funhumifica-ção no sistema (Figura 7).

O teor de matéria orgânica particulada (MOP), que corres-ponde às partículas orgânicas maiores que 0,053 mm associadas à fração areia do solo, é bem menor que o teor da matéria orgânica associada aos minerais da fração argila + silte (MOM) nos dois sistemas, em todas as profundidades amostradas. No que se refere ao teor de MOP, a diferença entre o SPD e o SPC ocorreu nas camadas até 10 cm de profundidade, em favor do SPD. Isso se deve à profundidade de aporte do material vegetal nos dois sistemas. A MOP compreende resíduos de culturas de vários anos anteriores em diferentes estádios de decomposição, justificando o maior valor médio observado na camada de 0 a 2,5 cm no SPD, enquanto no

Figura 7. Matéria orgânica particulada (teor de matéria orgânica da fração areia) e teor de matéria orgânica associada aos minerais (teor de

matéria orgânica da fração argila + silte) de seis camadas de um Latossolo Vermelho distrófico argiloso cultivado sob sistema de preparo convencional (SPC) e sistema plantio direto (SPD), durante dez anos, com as culturas de soja e milho.

Fonte: NUNES et al. (2008b).

tratamento sob SPC, na mesma camada, a MOP provavelmente é constituída principalmente por resíduos da última cultura esta-belecida que ainda estavam no solo, já que, no momento da amostragem, o preparo do solo ainda não havia sido realizado. Quanto à camada de 10 a 20 cm, no SPD, a MOP compreende principalmente resíduos de raízes, enquanto no SPC é formada pelo material vegetal alocado nessa camada por efeito do revolvimento do solo promovido pelo arado de discos (NUNES et al., 2008b).

A distribuição vertical da MOM no perfil do solo é seme-lhante à da MOP nos dois sistemas de preparo do solo. A principal diferença está nos teores muito maiores da primeira, que represen-tam de 88% a 95% da matéria orgânica do solo. Isso se deve à proteção física e química da matéria orgânica proporcionada basi-camente pela fração argila, determinando o seu tempo de residên-cia no solo. Essa proteção está diretamente relacionada ao teor de argila do solo.

Nota-se que houve diferença nos teores de MOM no solo sob SPD e no solo sob SPC até a camada de 5–10 cm. Isso se deve ao fato de que no SPC há revolvimento anual do solo, que favorece, entre outros efeitos, a incorporação do material vegetal da superfí-cie e a ruptura dos agregados do solo – que promovem proteção física contra a decomposição microbiana –, tornando a matéria or-gânica mais exposta e com maior aeração e atividade microbiana. A maior proporção da matéria orgânica do solo encontra-se associa-da à fração mais fina do solo (argila + silte), fato mais proeminente nos solos sob cultivo.

Uma das opções para aumentar a reciclagem e a eficiência de uso de nutrientes pelas plantas é o acréscimo de matéria orgânica no solo. Sousa et al. (1997) mostraram que a matéria orgânica pode aumentar a eficiência de uso do P, pois para produzir 3,0 t ha-1 de

soja em um Latossolo muito argiloso foram necessários 3 mg dm-3 e

6 mg dm-3 de P extraível (Mehlich 1) quando os teores médios de

matéria orgânica eram de 37,3 g kg-1 e 28,4 g kg-1, respectivamente.

O maior teor de matéria orgânica no solo resultou do cultivo de pastagem por nove anos, após uma sequência de cultivos anuais e antes de se reiniciar o cultivo de culturas anuais.

Rocha et al. (2000) observaram que houve um aumento de 7% no teor de matéria orgânica do solo na profundidade de 0 a 20 cm em uma área com sete anos (30,4 g kg-1) de adoção do SPD em

relação a outra de dois anos (28,4 g kg-1) no SPD, em uma

proprieda-de agrícola em Planaltina, DF. Avaliações feitas em trincheiras, nes-sas mesmas condições, mostraram um aumento de 25% no teor de

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matéria orgânica da camada de 0 a 5 cm (34,4 g kg-1 na área com sete

anos e 27,4 g kg-1 na área com dois anos). As produtividades das

culturas nessa propriedade foram, em média, 2,94 t ha-1 de grãos de

soja e 9,06 t ha-1 de grãos de milho. Pode-se inferir que o aumento

do teor de matéria orgânica na camada de 0 a 20 cm, no SPD, é lento, mesmo com bom retorno da palhada ao solo. Entretanto, esses pe-quenos aumentos trazem grandes benefícios como: redução no pro-cesso erosivo, melhores condições para armazenamento de água, maior taxa de infiltração de água, temperaturas mais amenas nas camadas superficiais do solo e maior disponibilidade de nutrientes para as plantas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A história da agricultura no Brasil registra que até meados da década de 1960 o processo de produção era extensivo, pratica-mente sem utilização de corretivos e fertilizantes minerais. A agri-cultura desenvolveu-se em regiões onde os solos eram férteis. Es-ses eram cultivados até a exaustão e, então, abandonados, deslo-cando-se o cultivo para outras áreas ou regiões. Nesse contexto, quase toda a Floresta Atlântica foi derrubada.

A partir de meados da década de 1950, pesquisas conduzidas no país mostraram ser possível, com correção da acidez do solo e adubação adequada, recuperar a produtividade das terras “cansa-das” de mata, assim como tornar produtivos os solos do Cerrado. Iniciou-se nova fase na agricultura brasileira, com a inclusão des-ses insumos, que possibilitaram o prolongamento da exploração agrícola numa mesma área, reduzindo a necessidade de derrubar florestas e conferindo maior segurança aos processos agrícolas.

Há uma série de tecnologias disponíveis para aumentar a eficiência dos corretivos e fertilizantes nos solos de Cerrado e que foram apresentadas neste trabalho. Práticas como sistema de plantio direto, rotação de culturas, manutenção do pH em água do solo em torno de 6,0 ou saturação por bases de 50%, com aplica-ção de calcário e correaplica-ção da acidez de subsuperfície com gesso, são alternativas que auxiliam os produtores na busca pela maior eficiência de utilização dos fertilizantes. Sem o uso dessas técni-cas a eficiência dos fertilizantes é, em média, de 55%, enquanto com a adoção delas, a eficiência pode chegar a 85%. Isso signifi-ca, na prátisignifi-ca, maior produtividade de culturas como soja e milho, propiciando ao produtor maior retorno econômico do fertilizante aplicado ao solo.

6. REFERÊNCIAS 6. REFERÊNCIAS6. REFERÊNCIAS 6. REFERÊNCIAS 6. REFERÊNCIAS

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