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SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

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SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

11.6

TRABALHADOR

PROTEÇÃO DO

(2)

SUMÁRIO

ASSUNTO

PÁGINA

11.6. PROTEÇÃO DO TRABALHADOR ... 4 11.6.1. INTRODUÇÃO ... 4 11.6.2. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR ... 4 11.6.3. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO ... 5 11.6.3.1. PENALIDADE... 5 11.6.4. NORMAS REGULAMENTADORAS... 5 11.6.4.1. INSPEÇÃO PRÉVIA ... 5

11.6.4.2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ... 7

11.6.4.2.1. Conceito ... 7

11.6.4.2.2. Fornecimento pelo Empregador ... 7

11.6.4.2.3. EPI Adequado ... 7

11.6.4.2.4. Obrigação do Empregador Quanto ao EPI... 7

11.6.4.2.5. Obrigações do Empregado... 7

11.6.4.2.6. Características do EPI... 8

11.6.4.2.7. Cabe ao órgão regional do MTE... 11

11.6.4.3. ASSENTOS AJUSTÁVEIS... 11

11.6.4.3.1. Requisitos Exigidos para os Móveis ... 11

11.6.4.3.2. Trabalho com os Pés ... 11

11.6.4.3.3. Requisitos Exigidos para os Assentos ... 11

11.6.4.3.4. Trabalho Sentado ... 11

11.6.4.3.5. Trabalho de Pé... 11

11.6.4.4. CAPACIDADE DE FORÇA ... 12

11.6.4.4.1. Análise Ergonômica do Trabalho ... 12

11.6.4.4.1.1. Transporte Manual de Cargas ... 12

11.6.4.4.1.2. Transporte Manual Regular de Cargas ... 12

11.6.4.4.2. Comprometimento da Saúde e da Segurança ... 12

11.6.4.4.3. Transporte com Aparelho Mecânico ... 12

11.6.4.4.4. Transporte Feito por Mulheres e Menores ... 12

11.6.4.4.5. Procedimentos a Serem Observados ... 12

11.6.4.4.6. Estado do Rio de Janeiro ... 13

11.6.4.5. RISCOS AMBIENTAIS ... 13

11.6.4.5.1. Conceito ... 13

11.6.4.5.1.1. Agentes Físicos ... 13

11.6.4.5.1.2. Agentes Químicos ... 13

11.6.4.5.1.3. Agentes Biológicos ... 13

11.6.4.5.2. Responsabilidade Sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA ... 13

11.6.4.5.3. Estrutura do PPRA ... 13

11.6.4.5.3.1. Avaliação... 14

11.6.4.5.4. Etapas do PPRA ... 14

11.6.4.5.5. Reconhecimento dos Riscos Ambientais ... 14

(3)

ASSUNTO

PÁGINA

11.6.4.5.7. Histórico Técnico ... 14

11.6.4.5.8. Informações aos Empregados ... 14

11.6.4.5.9. Treinamento dos Trabalhadores ... 15

11.6.4.5.10. Implementação do PPRA ... 15

11.6.4.6. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ... 15

11.6.4.6.1. Utilização das Cores ... 15

11.6.4.6.1.1. Vermelho ... 15 11.6.4.6.1.2. Amarelo ... 15 11.6.4.6.1.3. Branco ... 16 11.6.4.6.1.4. Preto ... 16 11.6.4.6.1.5. Azul ... 16 11.6.4.6.1.6. Verde ... 16 11.6.4.6.1.7. Laranja... 16 11.6.4.6.1.8. Púrpura... 16 11.6.4.6.1.9. Lilás ... 16 11.6.4.6.1.10. Cinza ... 17 11.6.4.6.1.11. Alumínio ... 17 11.6.4.6.1.12. Marrom ... 17

11.6.4.7. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ... 17

11.6.4.7.1. Canteiros de Obra ... 17

11.6.4.7.1.1. Organização e Limpeza ... 17

11.6.4.7.2. Comunicação ... 17

11.6.4.7.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho ... 18

11.6.4.7.4. Pessoas Estranhas ao Serviço ... 18

11.6.4.7.5. Acidente de Trabalho ... 18

11.6.4.7.5.1. Estatística ... 18

11.6.4.7.5.2. Resumo Estatístico ... 18

11.6.4.7.5.3. Cartazes ... 18

11.6.4.7.6. Fiscalização dos Documentos ... 18

11.6.4.8. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ... 19

11.6.4.8.1. Área dos Sanitários... 19

11.6.4.8.1.1. Estrutura dos Sanitários... 19

11.6.4.8.2. Composição das Instalações ... 20

11.6.4.8.3. Utilização de Chuveiros ... 20

11.6.4.8.3.1. Número de Chuveiros nas Atividades Insalubres ... 20 11.6.4.8.4. Vasos Sanitários... 20 11.6.4.8.4.1. Isolamento ... 21 11.6.4.8.4.2. Ausência de Esgoto ... 21 11.6.4.8.5. Mictórios... 21 11.6.4.8.6. Lavatórios ... 21 11.6.4.8.6.1. Atividades Insalubres ... 21

(4)

11.6. PROTEÇÃO DO TRABALHADOR

11.6.1. INTRODUÇÃO

Todas as empresas privadas e públicas e os órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, estão obrigadas a zelar pelas normas de segurança e medicina do trabalho. Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, coordenar, normatizar, orientar e fiscalizar a adoção das referidas normas.

O MTE já aprovou 33 Normas Regulamentadoras sobre as mais variadas situações e condições de trabalho. Estas normas devem ser conhecidas pelas empresas, pois nem todas são aplicáveis para a mesma empresa. A aplicação depende do tipo de atividade desenvolvida por ela e pelas condições de trabalho impostas aos empregados.

As Normas Regulamentadoras aprovadas são as seguintes: NR-01 – Disposições Gerais;

NR-02 – Inspeção Prévia; NR-03 – Embargos e Interdição;

NR-04 – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT); NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA);

NR-06 – Equipamento de Proteção Individual (EPI);

NR-07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); NR-08 – Edificações;

NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); NR-10 – Instalações e Serviços de Eletricidade;

NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; NR-12 – Máquinas e Equipamentos;

NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão; NR-14 – Fornos;

NR-15 – Atividades e Operações Insalubres; NR-16 – Atividades e Operações Perigosas; NR-17 – Ergonomia;

NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil; NR-19 – Explosivos;

NR-20 – Combustíveis Líquidos e Inflamáveis; NR-21 – Trabalho a Céu Aberto;

NR-22 – Trabalhos Subterrâneos; NR-23 – Proteção contra Incêndios;

NR-24 – Condições Sanitárias e Conforto nos Locais de Trabalho; NR-25 – Resíduos Industriais;

NR-26 – Sinalização de Segurança;

NR-27 – Registro Profissional de Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho; NR-28 – Fiscalização e Penalidades;

NR-29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário; NR-30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;

NR-31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura; NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde;

NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados.

11.6.2. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

O empregador está obrigado a cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, devendo para tanto:

a) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

I – prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;

II – divulgar as obrigações e proibições que os empregados devem conhecer e cumprir;

III – dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;

IV – determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;

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V – adotar medidas determinadas pelo MTE;

VI – adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. b) informar aos trabalhadores:

I – os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II – os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

III – os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnósticos aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV – os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

c) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre a segurança e medicina do trabalho.

11.6.3. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

Os empregados, apesar de serem a parte mais exposta às condições adversas de trabalho, também têm obrigações a cumprir em relação às normas de segurança e medicina, quais sejam:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) usar o Equipamento de Proteção Individual fornecido pelo empregador; c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras; d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras.

11.6.3.1. PENALIDADE

Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, podendo vir a ser demitido por justa causa.

11.6.4. NORMAS REGULAMENTADORAS

Neste Módulo, já analisamos algumas Normas Regulamentadoras, como as NR-4 (Fascículo 11.1 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), NR-5 (Fascículo 11.5 – CIPA), NR-7 (Fascículo 1.2 – Exame Médico – PCMSO), NR-15 (Fascículo 11.3 – Atividades Insalubres), NR-16 (Fascículo 11.2 – Atividades Perigosas), NR-23 (Fascículo 11.4 – Proteção contra Incêndio), e NR-24 (Fascículo 11.4 – Vestiários e Refeitórios). A seguir, vamos comentar os dispositivos das Normas Regulamentadoras que se aplicam à maioria das empresas.

11.6.4.1. INSPEÇÃO PRÉVIA

Dentre as várias obrigações que as empresas têm de cumprir está a de submeter suas instalações à inspeção prévia por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.

Assim, todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deve solicitar, ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a aprovação de suas instalações.

Quando não for possível a realização da inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar suas atividades, a empresa pode encaminhar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego uma declaração das instalações do estabelecimento novo, que poderá ser aceita pelo mencionado órgão, para fins de fiscalização.

A declaração de instalação deve ser entregue à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego contra recibo.

A empresa deve manter, em seus arquivos, cópia da mencionada declaração juntamente com os croquis das suas instalações, de modo a tê-los disponíveis para demonstração ao fiscal do trabalho, quando este os exigir. Após realizar a inspeção prévia, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego emitirá o Certificado de Aprovação de Instalações (CAI).

Sempre que ocorrerem modificações substanciais nas instalações e/ou equipamentos dos estabelecimentos, as empresas devem comunicar e solicitar nova aprovação à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

É facultado às empresas submeter à apreciação prévia do MTE os projetos de construção e respectivas instalações. A inspeção prévia e a declaração de instalações são elementos capazes de assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livres de riscos de acidentes ou de doenças do trabalho.

A empresa que não solicitar a aprovação de suas instalações ou que não encaminhar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego a declaração das instalações fica impedida de funcionar até que cumpra a referida obrigação.

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Das Normas Regulamentadoras (NR) que constam do modelo de Declaração de Instalação, as empresas devem observar somente as que dizem respeito a sua atividade, pois algumas tratam de assuntos específicos.

As NR relacionadas tratam dos seguintes assuntos:

8. Edificações – estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto dos que nelas trabalham;

10. Instalações e Serviços em Eletricidade – fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de usuários e terceiros;

11. Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais – normas de segurança para operações de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e Máquinas Transportadoras; 12. Máquinas e Equipamentos – normas sobre a instalação e áreas de trabalho;

13. Vasos sob Pressão e Caldeiras – normas sobre a instalação, operação e manutenção de equipamentos e recipientes que operam sob pressão;

14. Fornos – dispõe sobre a construção e instalação de fornos;

15. Atividades e Operações Insalubres – dispõe sobre as atividades desenvolvidas em contato com agentes insalubres;

17. Ergonomia – estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente;

DECLARAÇÃO DE INSTALAÇÕES (NR-2)

1. Razão Social: CNPJ:

Endereço: CEP: Fone: Atividade Principal:

Nº de empregados (previstos) – Masculino: Maiores: Menores: – Feminino: Maiores:

Menores:

2. Descrição das Instalações e dos Equipamentos (deverá ser feita obedecendo ao disposto nas NR 8, 10, 11, 12, 13, 14, 15 (anexos), 17, 19, 20, 23, 24, 25 e 26 (use o verso e anexe outras folhas, se necessário).

3. Data:

_____/______________/ _____

(Nome legível e assinatura do empregador ou preposto) __________________________________________________

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19. Explosivos – estabelece procedimentos para depósito, manuseio e armazenagem de explosivos; 20. Líquidos Combustíveis e Inflamáveis – normas sobre a construção de tanques e armazenamento de combustíveis;

23. Proteção contra Incêndio – estabelece normas sobre a sinalização, os equipamentos e estrutura dos imóveis na prevenção de incêndios;

24. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho – dispõe sobre as instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e condições de higiene e conforto por ocasião das refeições;

25. Resíduos Industriais – normas sobre a eliminação de resíduos industriais;

26. Sinalização de Segurança – fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos.

11.6.4.2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Pelas condições do local de trabalho e pelas características em que o serviço é desenvolvido, os empregados podem estar temporariamente ou até permanentemente sujeitos a riscos de acidentes ou danos à saúde, em função da exposição a agentes insalubres ou perigosos.

Toda empresa está obrigada a fornecer, gratuitamente, aos seus empregados Equipamento de Proteção Individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde.

11.6.4.2.1. Conceito

Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

11.6.4.2.2. Fornecimento pelo Empregador

O EPI deve ser fornecido pelo empregador nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender às situações de emergência.

11.6.4.2.3. EPI Adequado

A competência para recomendar o EPI mais adequado ao risco existente em determinada atividade é:

a) do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT);

b) da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nas empresas desobrigadas de manter o SESMT. No caso de empresas desobrigadas a constituir a CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.

11.6.4.2.4. Obrigação do Empregador Quanto ao EPI

Com relação ao EPI, o empregador está obrigado a: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

11.6.4.2.5. Obrigações do Empregado

A recusa injustificada ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual fornecidos pela empresa se constitui na prática de ato faltoso do empregado. Assim, o empregado que se recusar a utilizar o equipamento poderá ser advertido, suspenso e até mesmo demitido por justa causa, caso persista na negativa em usar o equipamento.

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Em relação ao EPI, o empregado está obrigado:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

11.6.4.2.6. Características do EPI

As empresas devem observar as peculiaridades da atividade profissional, para poder definir qual o EPI mais indicado para o empregado. A seguir, relacionamos os EPI mais utilizados em função da parte do corpo a ser protegida:

I – PROTEÇÃO DA CABEÇA Capacete

a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

Capuz

a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;

b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos químicos;

c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.

II – PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha; e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.

Protetor facial

a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;

c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infravermelha; d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

Máscara de Solda

a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultravioleta;

c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infravermelha;

d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.

III – PROTEÇÃO AUDITIVA Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na legislação sobre agentes insalubres; b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na legislação sobre agentes insalubres; c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de

pressão sonora superiores ao estabelecido na legislação sobre agentes insalubres;

IV – PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Respirador purificador de ar

a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

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c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);

e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos químicos;

f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados de produtos químicos;

g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

Respirador de adução de ar

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração imediatamente perigosa à vida e à saúde e em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração imediatamente perigosa à vida e à saúde e em ambientes confinados;

Respirador de fuga

a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de escape de atmosferas imediatamente perigosa à vida e à saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.

V – PROTEÇÃO DO TRONCO

a) Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água;

b) Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

A Portaria 191 SIT-DSST/2006 determinou que as obrigações de adquirir, fornecer e usar colete à prova de balas, nos postos de trabalho, serão exigidas na proporção de 10% a cada semestre, tendo 6-12-2011 como prazo máximo para seu cumprimento integral.

VI – PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES Luva

a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos; e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos; f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos; g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

Manga

a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos; b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos

e escoriantes;

c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes.

d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;

e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.

Braçadeira

a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

Dedeira

a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

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VII – PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES Calçado

a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos; c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes; e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de

operações com uso de água;

f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.

Meia

a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

Perneira

a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;

d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;

e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.

Calça

a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes; b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos; c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

VIII – PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO Macacão

a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;

b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;

c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;

d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

Conjunto

a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos; b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para

proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;

c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;

d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;

b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.

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IX – PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL Dispositivo trava-queda

a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

Cinturão

a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.

11.6.4.2.7. Cabe ao órgão regional do MTE

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; b) recolher amostras de EPI;

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento das normas quanto ao uso de Equipamento de Proteção Individual.

11.6.4.3. ASSENTOS AJUSTÁVEIS

A legislação estabelece parâmetros para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos empregados, de modo a proporcionar-lhes conforto e segurança no desempenho de suas tarefas.

Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.

11.6.4.3.1. Requisitos Exigidos para os Móveis

Para o trabalho manual sentado, ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painés devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação, devendo atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;

b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.

11.6.4.3.2. Trabalho com os Pés

Para o trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no 11.6.4.3.1, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.

11.6.4.3.3. Requisitos Exigidos para os Assentos

Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto:

a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda frontal arredondada;

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

11.6.4.3.4. Trabalho Sentado

Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

11.6.4.3.5. Trabalho de Pé

Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

(12)

11.6.4.4. CAPACIDADE DE FORÇA

Para que o trabalho de levantamento, transporte e descarga individual de materiais seja executado com eficiência e segurança, a legislação estabelece parâmetros que devem ser observados pelos empregadores.

11.6.4.4.1. Análise Ergonômica do Trabalho

O empregador deve realizar uma análise ergonômica do local onde o serviço é prestado, que aborde, no mínimo, as condições de trabalho.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Esse levantamento é essencial para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos empregados.

11.6.4.4.1.1. Transporte Manual de Cargas

Considera-se transporte manual de cargas todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.

11.6.4.4.1.2. Transporte Manual Regular de Cargas

Transporte manual regular de cargas é toda atividade realizada de maneira contínua, ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.

11.6.4.4.2. Comprometimento da Saúde e da Segurança

Não se pode exigir do empregado o transporte manual de carga, cujo peso possa comprometer a sua saúde e segurança.

Todo empregado que executa trabalho de transporte manual regular de cargas, que não as leves, ou seja, de pouco peso, deve ser treinado ou devidamente instruído quanto aos métodos de trabalho que deve utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

11.6.4.4.3. Transporte com Aparelho Mecânico

Para limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, devem ser usados meios técnicos apropriados.

O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.

11.6.4.4.4. Transporte Feito por Mulheres e Menores

Quando o transporte manual de carga for realizado por mulheres ou menores com idade entre 16 e 18 anos, o peso máximo da carga deve ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança.

A CLT fixou em 60 kg o peso máximo que um empregado pode remover. Em se tratando de mulheres e menores, não é permitida a realização de serviço que exija força muscular superior a 20 kg, para o trabalho contínuo, ou 25 kg, para o trabalho ocasional. Esse limite não se aplica quando o trabalho for realizado com o auxílio de quaisquer aparelhos mecânicos.

11.6.4.4.5. Procedimentos a Serem Observados

Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho, para efeito de remuneração e

vantagens de qualquer espécie, deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;

b) devem ser incluídas pausas para descanso;

c) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.

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11.6.4.4.6. Estado do Rio de Janeiro

O Estado do Rio, através de legislação própria, estabeleceu normas de prevenção de doenças e critérios de defesa da saúde dos trabalhadores, com a finalidade de protegê-los das lesões por esforços repetitivos.

Os casos de lesões por esforços repetitivos, mesmo os suspeitos, devem ser notificados aos órgãos competentes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O descumprimento das regras estabelecidas acarretará as seguintes penalidades: a) advertência;

b) multa diária de 1 a 1.000 UFERJ;

c) suspensão temporária das atividades em caso de reincidência ou risco grave à saúde.

11.6.4.5. RISCOS AMBIENTAIS

Todos os empregadores e instituições, com exceção dos domésticos, que admitam trabalhadores como empregados estão obrigados a elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

O referido Programa tem como objetivo a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.

Os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA poderão ser ampliados mediante negociação coletiva.

O PPRA deve ser articulado com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

11.6.4.5.1. Conceito

Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

11.6.4.5.1.1. Agentes Físicos

Como agentes físicos devem ser consideradas as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.

11.6.4.5.1.2. Agentes Químicos

Os agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

11.6.4.5.1.3. Agentes Biológicos

Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

11.6.4.5.2. Responsabilidade Sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a participação dos trabalhadores. O empregador tem como responsabilidade estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.

Ao trabalhador caberá:

a) colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;

b) seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; c) informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento,

possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

11.6.4.5.3. Estrutura do PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratégia e metodologia de ação;

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

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O PPRA deve ser descrito em documento-base, com todos os seus aspectos estruturais. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada ao livro de Atas da Comissão.

O documento-base e suas alterações devem ficar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso à fiscalização.

O PPRA constitui, entre outros, documento de identificação de riscos ambientais, para fins de aposentadoria especial.

11.6.4.5.3.1. Avaliação

Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, deve ser realizada análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e criação de novas metas e prioridades.

11.6.4.5.4. Etapas do PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve conter as seguintes etapas: a) antecipação e reconhecimento dos riscos;

b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos;

f) registro e divulgação dos dados.

11.6.4.5.5. Reconhecimento dos Riscos Ambientais

No reconhecimento dos riscos ambientais devem ser considerados, quando for o caso, os seguintes itens:

a) a sua identificação;

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;

d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;

f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

11.6.4.5.6. Vários Empregadores no Mesmo Local

Quando no mesmo local de trabalho existirem, simultaneamente, várias atividades empresariais, como por exemplo em edifício comercial, os empregadores deverão executar ações integradas para aplicação das medidas do PPRA aos trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.

11.6.4.5.7. Histórico Técnico

O empregador ou instituição deverá manter um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.

Os dados devem ser mantidos por um período mínimo de 20 anos.

O registro de dados deve ficar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes, bem como às autoridades competentes.

11.6.4.5.8. Informações aos Empregados

Os trabalhadores devem ser informados, de maneira apropriada e suficiente, do riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

Ocorrendo riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, será assegurado a eles interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências.

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11.6.4.5.9. Treinamento dos Trabalhadores

A implantação de medidas de caráter coletivo deve ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.

11.6.4.5.10. Implementação do PPRA

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o programa.

11.6.4.6. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

As empresas devem conhecer as cores utilizadas nos locais de trabalho, para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos ambientais.

11.6.4.6.1. Utilização das Cores

Para a sinalização de segurança, devem ser utilizadas as seguintes cores: Vermelho, Amarelo, Branco, Preto, Azul, Verde, Laranja, Púrpura, Lilás, Cinza, Alumínio e Marrom. O corpo das máquinas deve ser pintado em branco, preto ou verde.

A utilização de cores, todavia, não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, deve ser acompanhada dos sinais convencionais ou de identificação por palavras.

11.6.4.6.1.1. Vermelho

O Vermelho é usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio, não devendo ser utilizado na indústria para assinalar perigo, por ser esta cor de pouca visibilidade em comparação com o Amarelo (de alta visibilidade) e o Alaranjado, que significa “Alerta”. O Vermelho deve ser empregado para identificar: caixa de alarme de incêndio; hidrante; bombas de incêndio; sirenas de alarme de incêndio; caixas com cobertores para abafar chamas; extintores e sua localização; indicações de extintores; localização de mangueiras de incêndio; baldes de areia ou água, para extinção de incêndio; tubulações, válvulas e haste de sistema de aspersão de água; transporte com equipamentos de combate a incêndio; portas de saídas de emergência; rede de água para incêndio (sprinklers); e mangueira de acetileno (solda oxi-acetilênica)

A cor Vermelha pode ser usada, excepcionalmente, com sentido de advertência de perigo nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias e em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

11.6.4.6.1.2. Amarelo

Emprega-se o Amarelo para indicar “Cuidado” assinalando partes baixas de escadas portáteis; corrimãos, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; espelhos de degraus de escadas; bordos desguarnecidos de aberturas no solo e de plataformas que não possam ter corrimãos; bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento; meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; paredes de fundo de corredores sem saída; vigas colocadas à baixa altura; cabinas, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes e escavadeiras; equipamentos de transporte e manipulação de materiais, tais como: empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes e reboques; fundos de letreiros e avisos de advertência; pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar; cavalete, porteiras e lanças e cancelas; bandeiras como sinal de advertência (combinado ao Preto); comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; pára-choques para veículos de transporte pesados, com listas pretas.

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As listas (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos devem ser usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.

O Amarelo é, também, utilizado em canalizações para identificar gases não liquefeitos.

11.6.4.6.1.3. Branco

O Branco deve ser empregado em passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); direção e circulação, por meio de sinais; localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas a armazenagem; e zonas de segurança.

11.6.4.6.1.4. Preto

O Preto é empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade, podendo, ainda, ser usado em substituição ao branco ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.

11.6.4.6.1.5. Azul

O Azul deve ser utilizado para indicar “Cuidado”, ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de serviço.

O Azul é também empregado em canalizações de ar comprimido; prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção; avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

11.6.4.6.1.6. Verde

O Verde é a cor que caracteriza “Segurança”, devendo ser empregada para identificar canalizações de água; caixas de equipamentos de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; fontes lavadoras de olhos; quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança; porta de entrada de salas e curativos de urgência; localização de Equipamento de Proteção Individual (EPI); caixas contendo EPI; emblemas de segurança; dispositivos de segurança; e mangueiras de oxigênio (solda oxi-acetilênica).

11.6.4.6.1.7. Laranja

O Laranja deve ser empregado para identificar canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, bordas de serras e prensas.

11.6.4.6.1.8. Púrpura

A Púrpura é usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares, sendo, ainda, empregada em portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; recipientes de materiais radiativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados; sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.

11.6.4.6.1.9. Lilás

O Lilás deve ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis, podendo as refinarias de petróleo utilizá-lo para a identificação de lubrificantes.

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11.6.4.6.1.10. Cinza

O Cinza-claro é utilizado para identificar canalizações em vácuo, sendo o Cinza-escuro usado para identificar eletrodutos.

11.6.4.6.1.11. Alumínio

O Alumínio deve ser utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade.

11.6.4.6.1.12. Marrom

O Marrom pode ser adotado a critério da empresa para identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores.

11.6.4.7. CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Considerando a evolução dos métodos tecnológicos e o avanço nas relações de trabalho, o MTE reformulou as normas sobre condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, estabelecendo diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança.

11.6.4.7.1. Canteiros de Obra

Nos canteiros de obra não deve ser permitido o ingresso ou a permanência de trabalhadores, sem que estejam protegidos por medidas de segurança compatíveis com a fase da obra.

Os canteiros de obra devem dispor de: a) instalações sanitárias;

b) vestiário; c) alojamento; d) local de refeições;

e) cozinha, quando houver preparo de refeições; f) lavanderia;

g) área de lazer;

h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais empregados. O cumprimento das letras “c”, “f” e “g” será obrigatório quando houver empregados alojados no canteiro.

11.6.4.7.1.1. Organização e Limpeza

A empresa deve manter o canteiro de obras devidamente organizado, limpo e desimpedido, principalmente nas vias de circulação, passagens e escadarias.

As sobras de materiais, inclusive entulho, devem ser regularmente coletadas e removidas. No ato da remoção, deve-se evitar poeira e eventuais riscos, adotando-se procedimentos especiais.

A remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas nos locais em que houver diferença de nível.

O lixo ou entulho acumulado ou exposto deve ser mantido em locais adequados no canteiro de obra.

No interior do canteiro de obras não pode haver queima de lixo ou de qualquer material.

11.6.4.7.2. Comunicação

Antes do início das atividades na área de construção, deve ser informado à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego o seguinte:

a) endereço correto da obra;

b) endereço correto e qualificação (CEI, CNPJ ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;

c) tipo de obra;

d) datas previstas do início e fim da obra;

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11.6.4.7.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho

Nos estabelecimentos com 20 ou mais empregados, deve ser implementado o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do MTE. A elaboração e a execução do PCMAT devem ser realizadas por profissional habilitado na área de segurança do trabalho.

O empregador ou condomínio é responsável pela implementação do PCMAT nos respectivos estabelecimentos.

O PCMAT é composto dos seguintes documentos:

a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas da execução da obra;

c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; e) layout inicial do canteiro de obra, contemplando, inclusive, previsão do dimensionamento

das áreas de vivência;

f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.

11.6.4.7.4. Pessoas Estranhas ao Serviço

Sempre que forem executadas as atividades da indústria da construção, o acesso de pessoas estranhas aos serviços deve ser impedido mediante colocação, obrigatória, de tapumes ou barreiras.

11.6.4.7.5. Acidente de Trabalho

Ocorrendo acidente de trabalho fatal, a empresa está obrigada à adoção das seguintes medidas:

a) comunicar o acidente fatal, de imediato, à autoridade policial competente e ao órgão regional do MTE, que repassará imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra;

b) isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até sua liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão regional do MTE.

11.6.4.7.5.1. Estatística

O empregador deve encaminhar à FUNDACENTRO, através da ECT, o formulário Ficha de Acidente do Trabalho, até 10 dias após o dia do acidente. A cópia e protocolo de encaminhamento do formulário devem ser arquivados pelo período de 3 anos, para fins de comprovação junto à fiscalização do órgão do MTE.

A Ficha de Acidente do Trabalho deve ser utilizada no acidente fatal, bem como naqueles sem afastamento, e no caso de doença do trabalho. A Ficha deve ser preenchida pelo empregador no estabelecimento da empresa em que ocorrer o acidente ou doença do trabalho.

11.6.4.7.5.2. Resumo Estatístico

Até o último dia útil de fevereiro do ano subseqüente, o empregador deve encaminhar à FUNDACENTRO, através da ECT, o formulário Resumo Estatístico Anual, mantendo cópia e protocolo de encaminhamento por um período de 3 anos, para fins de comprovação junto à fiscalização do MTE.

11.6.4.7.5.3. Cartazes

A prevenção de acidentes e de doenças de trabalho devem ser destacadas através de cartazes alusivos afixados em local de fácil visualização pelos empregados.

11.6.4.7.6. Fiscalização dos Documentos

Nos locais de trabalho devem ser mantidas as soluções alternativas aprovadas, bem como as respectivas memórias de cálculo e especificações que se constituem em documentação fiscalizável pelo MTE.

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11.6.4.8. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Os locais de trabalho devem ser providos de instalações sanitárias em condições satisfatórias. Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas.

Durante a jornada de trabalho, as instalações sanitárias devem ser submetidas a processo permanente de higienização, de modo que estejam sempre limpas e desprovidas de quaisquer odores.

As instalações sanitárias devem ser separadas por sexo.

É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins que não os de asseio e satisfação das necessidades fisiológicas.

11.6.4.8.1. Área dos Sanitários

Os locais destinados aos sanitários devem atender às dimensões mínimas essenciais de conforto.

O MTE considera como satisfatória a metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 empregados em atividade.

O órgão regional do MTE, competente em Segurança e Medicina do Trabalho, pode, mediante realização de perícia no local, exigir alteração de metragem para atender ao mínimo de conforto exigível.

11.6.4.8.1.1. Estrutura dos Sanitários

A cobertura das instalações sanitárias deve ter estrutura de madeira ou metálica, com telhas de barro ou de fibrocimento. A cobertura deve ter, ainda, telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural, e telhas de ventilação de 4 em 4 metros. Essa forma de cobertura se aplica às instalações sanitárias situadas fora do corpo do estabelecimento da empresa.

As paredes dos sanitários devem ser construídas em alvenaria de tijolo comum, ou de concreto, revestidas com material impermeável e lavável. As janelas das instalações devem ter caixilhos fixos, com vidros inclinados de 45°, sendo incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso. A parte inferior do caixilho deve estar situada, no mínimo, à altura de 1,50 m a partir do piso.

O piso deve ser impermeável com acabamento liso antiderrapante, sem ressaltos ou saliências, inclinado para os ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos. Esse piso deve ser preparado de modo a impedir a entrada de umidade e emanações no banheiro.

A rede hidráulica deve ser abastecida por caixa d’água elevada, em altura suficiente a permitir o bom funcionamento das saídas de água, e contar com reserva para combate a incêndio de acordo com as posturas locais. Para atender o consumo nas instalações sanitárias, a capacidade da caixa d’água deve ser de 60 litros diários por trabalhador.

As instalações sanitárias devem dispor de água canalizada e esgotos ligados à rede geral ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos, não podendo se comunicar diretamente com os locais de trabalho, nem com os locais destinados às refeições, devendo ser mantidas em estado de asseio e higiene.

As instalações sanitárias devem, ainda:

a) ser mantidas em perfeito estado de conservação;

b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, construídas de modo a manter o resguardo conveniente;

c) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; d) ter ventilação e iluminação adequadas;

e) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

f) ter pé-direito mínimo de 2,5 m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município;

g) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 m do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

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11.6.4.8.2. Composição das Instalações

As instalações sanitárias são compostas de aparelho sanitário, gabinete sanitário e banheiro, que podem ser definidos da seguinte forma:

a) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada unidade e destinado ao asseio corporal;

b) aparelho sanitário: é o equipamento ou peças destinadas ao uso de água para fins higiênicos ou a receber e águas servidas (banheira, mictório, bebedouro, lavatório, vaso sanitário e outros);

c) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente cafoto, sentina, privada, “WC”, ou seja, o local destinado a fins higiênicos e dejeções.

Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local independente, dotado de antecâmara.

É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer materiais de madeira, blocos de cimento e outros.

Na atividade de construção civil, a instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como chuveiro, na proporção de uma unidade para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração.

11.6.4.8.3. Utilização de Chuveiros

Os banheiros dotados de chuveiros devem:

a) ser mantidos em estado de conservação, asseio e higiene; b) ser instalados em local adequado;

c) dispor de água quente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e Medicina do Trabalho;

d) ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de modo a manter o resguardo conveniente;

e) ter paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável, e piso com caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, sendo de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.

Os chuveiros podem ser de metal ou de plástico, comandados por registros de metal à meia altura na parede.

Para cada chuveiro, deve haver um número correspondente de saboneteiras e cabides de toalha.

A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80 m2, com altura de

2,10 m do piso.

Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.

11.6.4.8.3.1. Número de Chuveiros nas Atividades Insalubres

Será obrigatória a paridade de 1 chuveiro para cada 10 trabalhadores, nas atividades ou operações insalubres, bem como nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.

11.6.4.8.4. Vasos Sanitários

Os vasos sanitários podem ser sifonados ou do tipo bacia turca, com caixa de descarga ou válvula automática externa de ferro fundido, material plástico ou fibrocimento, ligados à rede de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

O local destinado ao vaso sanitário deve: a) ter área de 1 m2;

b) ser provido de porta independente com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15 m de altura;

c) ter divisória com altura mínima de 2,10 m e seu bordo inferior não pode se situar a mais de 0,15 m acima do pavimento (na indústria da construção civil, a altura máxima pode ser de até 1,80 m);

d) ser ventilado para o exterior; e

e) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel higiênico.

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11.6.4.8.4.1. Isolamento

Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento dos vasos sanitários deve ser o mais rigoroso possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho.

11.6.4.8.4.2. Ausência de Esgoto

Nas regiões não providas de serviço de esgoto, devem ser asseguradas aos empregados condições sanitárias que não afetem a saúde pública, observadas as exigências legais.

11.6.4.8.5. Mictórios

O mictório deve ser de porcelana vitrificada ou de outro material equivalente, liso e impermeável, provido de aparelho de descarga provocada ou automática, de fácil escoamento e limpeza, podendo apresentar a conformação do tipo calha ou cuba. No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60 m, corresponderá a um mictório do tipo cuba.

O mictório deve ficar a uma altura de 0,50 m do piso e estar ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

11.6.4.8.6. Lavatórios

Os lavatórios podem ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis e laváveis, com torneiras de metal ou de plástico, tipo comum, espaçadas de 0,60 m, devendo haver disposição de uma torneira para cada grupo de 20 trabalhadores. O lavatório deve ser provido de material para limpeza, enxugo ou secagem das mãos, sendo proibido o uso de toalhas coletivas.

Os lavatórios devem:

a) ficar a uma altura de 0,90 m;

b) dispor de recipiente para coleta de papéis usados; e c) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver.

11.6.4.8.6.1. Atividades Insalubres

Nas atividades ou operações insalubres, bem como nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, será exigido no conjunto das instalações sanitárias um lavatório para cada 10 trabalhadores.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei 2.586-RJ, de 3-7-96 (Informativo 36/96); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – Consolidação das Leis

do Trabalho (CLT) – artigos 154 a 200 (Portal COAD); Decreto 6.341, de 3-1-2008 (Fascículo 02/2008); Portaria 3 DNSST, de 1-7-92 (Informativo 29/92); Portaria 4 SSST, de 4-7-95 (Informativo 27/95); Portaria 6 SSST, de 14-8-95 (Informativos 37 e 33/95); Portaria 25 SSST, de 29-12-94 (Informativo 07/95); Portaria 25 SIT-DDSST, de 15-10-2001 (Informativo 42/2001; Portaria 34 SIT-DSST, de 4-12-2002 (Informativo 50/2002); Portaria 35 SSMT, de 28-12-83 (Informativo 53/83); Portaria 86 MTE, de 3-3-2005 (Informativo 09/2005); Portaria 108 SIT-DSST, de 30-11-2004 (Informativo 49/2004), Portaria 191 SIT-DSST, de 4-12-2006 (Informativo 49/2006); Portaria 485 MTE, de 11-11-2005 (Informativo 47/2005); Portaria 202 MTE, de 22-12-2006 (Informativo 52/2006); Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 – Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho (DO-U de 6-7-78); Portaria 3.751 MTPS, de 23-11-90 (Informativo 48/90).

Referências

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