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PORTUGUÊS - 2 o ANO MÓDULO 57 MODERNISMO: SEGUNDA GERAÇÃO POESIA

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(1)

PORTUGUÊS - 2

o

ANO

MÓDULO 57

MODERNISMO:

SEGUNDA GERAÇÃO —

POESIA

(2)
(3)
(4)
(5)
(6)

Fixação

O Homem; as viagens O homem, bicho da Terra tão pequeno, chateia-se na Terra

lugar de muita miséria e pouca diversão, faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua

desce cauteloso na Lua pisa na Lua

planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua.

Vamos para Marte — ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte

experimenta coloniza civiliza

humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte?

Claro — diz o engenho sofisticado e dócil. Vamos a Vênus, vê o visto — é isto? idem idem idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter proclamar a justiça junto com injustiça

(7)

Fixação

O Homem; as viagens O homem, bicho da Terra tão pequeno, chateia-se na Terra

lugar de muita miséria e pouca diversão, faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua

desce cauteloso na Lua pisa na Lua

planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua.

Vamos para Marte — ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte

experimenta coloniza civiliza

humaniza Marte com engenho e arte. Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte?

Claro — diz o engenho sofisticado e dócil. Vamos a Vênus, vê o visto — é isto? idem idem idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter proclamar a justiça junto com injustiça

repetir a fossa repetir o inquieto repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias. O espaço todo vira Terra a terra. O homem chega ao Sol ou dá uma volta só para tever?

Não — vê que ele inventa roupa insiderável de viver no Sol. Põe o pé e:

mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado.

Restam outros sistemas fora do solar a colonizar Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?)

a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo: pôr o pé no chão do seu coração experimentar colonizar civilizar humanizar o homem

descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria

de con — viver.

(Carlos Drummond de Andrade)

1) Carlos Drummond de Andrade apresentou diversos temas em sua obra. Ne-nhum de seus muitos livros de poesia tem uma única temática, já que sua obra mistura desigualmente estes assuntos centrais: a família, a terra natal, o povo, o mundo, a própria poesia. Qual o tema do poema acima?

(8)

Fixação

2) Em relação ao poema O homem; as viagens, assinale a análise incorreta:

a) Há uma crítica à constante insatisfação do homem, que sempre busca novos caminhos, novas emoções.

b) Há uma ironia crítica na metáfora “bicho da Terra”.

c) A linguagem empregada no poema segue as convenções do Modernismo, numa tendência coloquial, como se percebe nas expressões “toca para a Lua”, “funde a cuca”, “humaniza a Lua”. d) Em “O homem chega ao Sol ou dá uma volta só para tever?” há uma crítica aos meios de comunicação, em especial à televisão, que muitas vezes cria uma situação artificial, distanci-ando-se da realidade.

e) Os versos “descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas/ a perene, insuspeitada alegria/ de con – viver.”

caracterizam um dos temas constantes da obra drummoniana: a metalinguagem.

Fixação

3) (ITA) O livro Claro enigma, uma das obras mais importantes de Carlos Drummond de An-drade, foi editado em 1951. Desse livro consta o poema a seguir.

Memória Amar o perdido

Deixa confundido Este coração. Nada pode o olvido Contra o sem sentido Apelo do não. As coisas tangíveis Tornam-se insensíveis À palma da mão Mas as coisas findas, Muito mais que lindas, Essas ficarão.

(Carlos Drummond de Andrade. Claro

enigma.

(9)

Fixação

2) Em relação ao poema O homem; as viagens, assinale a análise incorreta:

a) Há uma crítica à constante insatisfação do homem, que sempre busca novos caminhos, novas emoções.

b) Há uma ironia crítica na metáfora “bicho da Terra”.

c) A linguagem empregada no poema segue as convenções do Modernismo, numa tendência coloquial, como se percebe nas expressões “toca para a Lua”, “funde a cuca”, “humaniza a Lua”. d) Em “O homem chega ao Sol ou dá uma volta só para tever?” há uma crítica aos meios de comunicação, em especial à televisão, que muitas vezes cria uma situação artificial, distanci-ando-se da realidade.

e) Os versos “descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas/ a perene, insuspeitada alegria/ de con – viver.”

caracterizam um dos temas constantes da obra drummoniana: a metalinguagem.

Fixação

3) (ITA) O livro Claro enigma, uma das obras mais importantes de Carlos Drummond de An-drade, foi editado em 1951. Desse livro consta o poema a seguir.

Memória Amar o perdido

Deixa confundido Este coração. Nada pode o olvido Contra o sem sentido Apelo do não. As coisas tangíveis Tornam-se insensíveis À palma da mão Mas as coisas findas, Muito mais que lindas, Essas ficarão.

(Carlos Drummond de Andrade. Claro

enigma.

Rio de Janeiro: Record, 1991)

Glossário:

1) olvido: esquecimento 2) tangíveis: tocáveis 3) findas: terminadas

Sobre o texto é correto dizer que:

a) A passagem do tempo acaba por apagar da memória praticamente todas as lembranças humanas; quase nada permanece.

b) A memória de cada pessoa é marcada exclusivamente por aqueles fatos de grande impacto emocional; tudo o mais se perde. c) A memória é mais poderosa do que o efeito do tempo; diante dela, elementos materiais perdem sua importância.

d) A passagem do tempo atinge as lembranças humanas da mesma forma que envelhece e destrói o mundo material; nada permanece. e) O homem não tem alternativa contra a pas-sagem do tempo, pois o tempo apaga tudo; a memória nada pode; tudo se perde.

(10)

Fixação 4) (UFMS)

Canção Quero um dia para chorar.

Mas a vida vai tão depressa! É preciso deixar contida A tristeza, para que a vida, Que acaba quando mal começa, Tenha tempo de se acabar.

(Cecília Meireles) Da leitura do poema Canção, de Cecília Meireles, depreende-se:

a) A ânsia de não se expor publicamente. b) A constatação da fugacidade da vida c) Uma crítica ao sentimento exacerbado.

d) Uma atitude que revolta diante da ideia da morte. e) A busca de individualidade inerente ao homem.

(11)

Fixação 4) (UFMS)

Canção Quero um dia para chorar.

Mas a vida vai tão depressa! É preciso deixar contida A tristeza, para que a vida, Que acaba quando mal começa, Tenha tempo de se acabar.

(Cecília Meireles) Da leitura do poema Canção, de Cecília Meireles, depreende-se:

a) A ânsia de não se expor publicamente. b) A constatação da fugacidade da vida c) Uma crítica ao sentimento exacerbado.

d) Uma atitude que revolta diante da ideia da morte. e) A busca de individualidade inerente ao homem.

Fixação

O desespero da piedade

Meu Senhor, tende piedade dos que andam de bonde E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...

Mas tende piedade também dos que andam de automóvel Quando enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.

(...)

Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram

E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram E tornam-se heroicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.

Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos Que em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão

E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão

Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe aonde vão...

Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros Que se efeminam por profissão mas que são humildes nas suas carícias

Mas tende maior piedade ainda dos que cortam o cabelo; Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus! Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria Que lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos

Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus. (...)

Tende piedade dos homens úteis como os dentistas Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer Mas tende mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia

Que muito deles gostariam de ser médicos, Senhor. Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos

Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão

Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes

Fazei, Senhor, com que eles não saiam políticos também. E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tende piedade das mulheres

Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres

Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres! Tende piedade da moça feia que serve na vida De casa, comida e roupa lavada da moça bonita Mas tende mais piedade ainda da moça bonita

Que o homem molesta — que o homem não presta, não presta, meu Deus!

(Vinícius de Moraes) 5) Procure relacionar a crítica a seguir ao poema.

Todo o processo de formação ao poeta Vinícius de Moraes é uma descida do topo metafísico, com suas contorções de espírito, à solidez do cotidiano.

(12)

Fixação

6) Um dos traços da literatura moderna e contemporânea é a intertextualidade. É possível perceber tal recurso literário no poema O desespero da piedade? Justifique.

Fixação

7) (UNICAMP) Leia o poema a seguir e responda: Maria Diamba Para não apanhar mais

falou que sabia fazer bolos: virou cozinha.

Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais:

Viram que sabia fazer tudo, até molecas para a Casa-Grande. Depois falou só,

só diante da ventania que vinha do Sudão; falou que queria fugir

dos senhores e das judiarias deste mundo para o sumidouro

(LIMA, Jorge de. Poemas Negros) a) Descreva a personagem a que se refere o poema. Cite algumas passagens do poema que justifiquem sua resposta.

b) O poema narra a história desta personagem. Que palavra(s) marca(m) no poema a evolução desta história?

c) Os versos 8 a 10 apresentam duas novas atitudes da personagem diante de si e da sua história. Identifique-as.

(13)

Fixação

6) Um dos traços da literatura moderna e contemporânea é a intertextualidade. É possível perceber tal recurso literário no poema O desespero da piedade? Justifique.

Fixação

7) (UNICAMP) Leia o poema a seguir e responda: Maria Diamba Para não apanhar mais

falou que sabia fazer bolos: virou cozinha.

Foi outras coisas para que tinha jeito. Não falou mais:

Viram que sabia fazer tudo, até molecas para a Casa-Grande. Depois falou só,

só diante da ventania que vinha do Sudão; falou que queria fugir

dos senhores e das judiarias deste mundo para o sumidouro

(LIMA, Jorge de. Poemas Negros) a) Descreva a personagem a que se refere o poema. Cite algumas passagens do poema que justifiquem sua resposta.

b) O poema narra a história desta personagem. Que palavra(s) marca(m) no poema a evolução desta história?

c) Os versos 8 a 10 apresentam duas novas atitudes da personagem diante de si e da sua história. Identifique-as.

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Proposto 1) (PUC)

No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra. N u n c a m e e s q u e c e r e i d e s s e acontecimento

Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho

Tinha uma pedra Tinha uma pedra

No meio do caminho tinha uma pedra. (ANDRADE, C. Drummond de. “Alguma Poesia”. In Reunião –

10 livros de Poesia. Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1969.)

O texto suscitou, desde sua publicação em 1930, muita polêmica na literatura brasileira, provocando adesões e repulsas entusiásticas. É, contudo, um texto com posição marcada na produção de Carlos Drummond de Andrade. Da leitura dele pode-se entender que:

a) não chega a ser propriamente um poema, porque um simples jogo verbal e lúdico não faz despertar vibrações intelectuais de poesia. b) é um texto de forma aparentemente simples, mas o esquema de repetição, aí, quase ab-soluta, o descarta do universo poético. c) faz uso irreverente de modismos da lin-guagem coloquial, marcado pela repetição, e revela, como poema, consciência da realidade linguística brasileira.

d) o uso do verbo ter por haver constitui um erro gramatical e impede o texto de realizar-se como poema.

e) a estrutura prosaica da composição e a ausência de recursos imagéticos prejudicam a organização poética do texto.

(15)

a) não chega a ser propriamente um poema, porque um simples jogo verbal e lúdico não faz despertar vibrações intelectuais de poesia. b) é um texto de forma aparentemente simples, mas o esquema de repetição, aí, quase ab-soluta, o descarta do universo poético. c) faz uso irreverente de modismos da lin-guagem coloquial, marcado pela repetição, e revela, como poema, consciência da realidade linguística brasileira.

d) o uso do verbo ter por haver constitui um erro gramatical e impede o texto de realizar-se como poema.

e) a estrutura prosaica da composição e a ausência de recursos imagéticos prejudicam a organização poética do texto.

Proposto 2) (PUC)

Eu tropecei agora numa casca de banana. Numa casca de banana!

Numa casca de banana eu tropecei agora. Caí para trás desamparadamente,

E rasguei os fundilhos das calças!

Numa casca de banana eu tropecei agora. Numa casca de banana!

Eu tropecei agora numa casca de banana!

(FONSECA, Gondim da. “Contramão; os nossos atuais gênios poéticos”. Apud: ANDRADE, C. Drummond de. Uma pedra no meio

do caminho: biografia de um poema. Rio de Janeiro: Ed. do Autor, 1967.)

a) Estabeleça a relação literária entre o texto de Drummond e o fragmento acima, justificando sua resposta.

b) Cite quatro recursos modernistas empregados tanto no poema de Drummond quanto no de Gondim da Fonseca.

(16)

Proposto

Canção Nunca eu tivera querido Dizer palavra tão louca: Bateu-me o vento na boca, E depois no teu ouvido. Levou somente a palavra, Deixou ficar o sentido. O sentido está guardado No rosto com que te miro, Neste perdido suspiro Que te segue alucinado, No meu sorriso suspenso Como um beijo malogrado. Nunca ninguém viu ninguém Que o amor pusesse tão triste. Essa tristeza não viste,

E eu sei que ela se vê bem... Só se aquele mesmo vento Fechou teus olhos, também...

(MEIRELES, Cecília. Obra Poética. RJ, Ed. Nova Aguilar, 1977) 3) (PUC) Sobre o poema podemos dizer que: a) apresenta vínculos com a tradição parna-siana pelo uso do verso decassílabo.

b) evoca sentimentos intensos semelhantes aos encontrados na poesia romântica.

c) é uma estrutura de forma fixa, clássica, conhecida como soneto italiano.

d) utiliza linguagem complexa conforme o padrão estético proposto pelo Modernismo. e) possui estrutura rítmica irregular própria da poesia do século XVII.

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(MEIRELES, Cecília. Obra Poética. RJ, Ed. Nova Aguilar, 1977) 3) (PUC) Sobre o poema podemos dizer que: a) apresenta vínculos com a tradição parna-siana pelo uso do verso decassílabo.

b) evoca sentimentos intensos semelhantes aos encontrados na poesia romântica.

c) é uma estrutura de forma fixa, clássica, conhecida como soneto italiano.

d) utiliza linguagem complexa conforme o padrão estético proposto pelo Modernismo. e) possui estrutura rítmica irregular própria da poesia do século XVII.

Proposto

4) (PUC) Sobre o poema de Cecília Meireles, só não podemos afirmar que:

a) observa-se a preocupação estética modernista em produzir uma linguagem poética mais acessível ao grande público pela adoção da redondilha maior – da base eminentemente popu-lar – e de uma linguagem simples;

b) há certa vinculação do poema com a tradição romântica, o que se comprova através do tratamento do tema amoroso, da adjetivação constante e, principalmente, da subjetividade; c) leveza, graça, simplicidade são características de linguagem utilizada;

d) por falar sobre o amor contrariado, o poema se reveste de um tom grave e pesado a que não falta densidade religiosa e especulação filosófica;

(18)

Proposto

5) (PUC) Sobre o poema, só não podemos dizer que:

a) o vento, citado no 3o verso, conota dispersão e dissolução;

b) o eu lírico se dirige ao tu que se caracteriza como objeto da paixão;

c) o uso do advérbio “tão” (“tão louca” – “tão triste”) reforça a ideia da intensidade do sentimento apresentado;

d) a palavra é o único meio capaz de expressar o sentimento amoroso; e) o amor do eu lírico demonstra-se frustrado por ser platônico.

(19)

Proposto

5) (PUC) Sobre o poema, só não podemos dizer que:

a) o vento, citado no 3o verso, conota dispersão e dissolução;

b) o eu lírico se dirige ao tu que se caracteriza como objeto da paixão;

c) o uso do advérbio “tão” (“tão louca” – “tão triste”) reforça a ideia da intensidade do sentimento apresentado;

d) a palavra é o único meio capaz de expressar o sentimento amoroso; e) o amor do eu lírico demonstra-se frustrado por ser platônico.

Proposto

6) Do Romanceiro da Inconfidência foi retirado o excerto abaixo:

(Essa, que sobe vagarosa a ladeira da sua igreja, embora já não mais o seja, foi clara, nacarada rosa. E seu cabelo destrançado, ao clarão da amorosa aurora, não era esta prata de agora, mas negro veludo ondulado.

... Corpo quase sem pensamento, amortalhado em seda escura, com lábios de cinza murmura “memento, memento, memento...” ajoelhada no pavimento

que vai ser sua sepultura.)

Glossário:

1) nacarado: semelhante à madrepérola 2) memento: lembrança

Está correto dizermos sobre ele que: a) a construção dos versos em redondilhas maiores indica que, nesse poema, a autora seguiu o modelo comum dos romanceiros. b) refere-se a Marília, ex-noiva do poeta Gon-zaga, em sua velhice, após os acontecimentos desastrosos que levaram à separação dos namorados.

c) a expressão “negro veludo ondulado”, constante da segunda estrofe, por reunir os sentidos da visão e do tato, constitui um símile. d) o esquema rímico em cada estrofe é ABAB, alterando-se, evidentemente, no dístico final, que possui um número menor de versos.

e) a expressão “amorosa aurora”, em virtude de dar sentimentos humanos ao amanhecer, não está de acordo com o enunciado lírico do texto.

(20)

Proposto 7)

Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?

amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar?

sempre, e até de olhos vidrados, amar? (...)

Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero,

um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

(...)

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa

amar a água implícita, e o beijo tácito, e a seda infinita.

Considere as seguintes afirmações sobre esse texto.

I) A leitura desses versos permite afirmar que, para o poeta, o homem não pode fugir ao amor, ainda que isto signifique sofrimento apenas. II) Os trechos “um vaso sem flor, um chão de ferro” e “amar o inóspito, o áspero” relativizam as expectativas habituais que temos em relação ao assunto tratado no poema.

III) A presença de versos livres e de neologis-mos indica traços da poética modernista car-acterística de Carlos Drummond de Andrade.

Quais estão corretas?

a) Apenas I d) Apenas II e III b) Apenas II e) I, II e III c) Apenas I e II

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I) A leitura desses versos permite afirmar que, para o poeta, o homem não pode fugir ao amor, ainda que isto signifique sofrimento apenas. II) Os trechos “um vaso sem flor, um chão de ferro” e “amar o inóspito, o áspero” relativizam as expectativas habituais que temos em relação ao assunto tratado no poema.

III) A presença de versos livres e de neologis-mos indica traços da poética modernista car-acterística de Carlos Drummond de Andrade.

Quais estão corretas?

a) Apenas I d) Apenas II e III b) Apenas II e) I, II e III c) Apenas I e II

Proposto 8) (UFF)

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.

Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

(PRADO, Adélia. Poesia Reunida. 2a ed. São Paulo: Siciliano,

p.11, 1922) O poema de Adélia Prado dialoga com a primeira estrofe do Poema de sete faces, de Carlos Drummond de Andrade:

Quando nasci um anjo torto desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Glossário:

• gauche, no caso, significa “situado à margem, deslocado”.

Visto isso, a opção inaceitável, se compara-rmos um texto com outro, é:

a) ambos são de natureza confessional, b) o texto de Adélia se contrapõe criticamente ao de Drummond;

c) a postura de eu diante do mundo é a mesma em ambos;

d) no de Drummond, o eu marginaliza-se; no de Adélia, propõe-se a atuar;

e) o de Drummond centraliza-se na figura masculina; o de Adélia, na feminina.

(22)

Proposto

9) (UFF) O verso presente no poema de Adélia Prado de que se depreende a permanência na Literatura brasileira atual, de elemento da poética romântica é:

a) “Mulher é desdobrável. Eu sou”

b) “Aceito os subterfúgios que me cabem” c) “Ora sim, ora não, creio em parto sem dor”; d) “Vai ser coxo na vida é maldição para homem”; e) “Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.”

(23)

Proposto

9) (UFF) O verso presente no poema de Adélia Prado de que se depreende a permanência na Literatura brasileira atual, de elemento da poética romântica é:

a) “Mulher é desdobrável. Eu sou”

b) “Aceito os subterfúgios que me cabem” c) “Ora sim, ora não, creio em parto sem dor”; d) “Vai ser coxo na vida é maldição para homem”; e) “Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.”

Proposto

10) (UFF) O poema de Adélia Prado evidencia um aspecto marcante de contemporaneidade. É ele:

a) a valorização da Natureza, decorrente de preocupação ecológica;

b) a busca, pela mulher, de um novo espaço social, paralela à atual tendência da sociedade à setorização;

c) a racionalização da poesia, fruto de uma visão cientificista do mundo;

d) a pregação do conformismo, resultado da atuação dos veículos de comunicação e de massa; e) a valorização de elementos religiosos, decorrente de crise existencial.

(24)

Proposto 11) (UFF)

Quinze de novembro Deodoro todo nos trinques

bate na porta de Dão Pedro Segundo. — Seu imperadô, dê o fora

que nós queremos tomar conta dessa bugiganga. Mande vir os músicos.

O imperador bocejando responde — Pois não meus filhos não se vexem me deixem calçar as chinelas

podem entrar à vontade:

só peço que não me bulam nas obras completas

[de Vitor Hugo. (MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.) O poeta Murilo Mendes apresenta um fato histórico construído também por discursos dire-tos que refletem uma visão crítica e irônica da Proclamação da República. Justifique como os diferentes registros de língua, na caracterização da fala dos personagens, constroem a visão crítica e irônica da Proclamação da República.

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