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Estação Ferroviária: Perspectivas do Uso de um Equipamento Público para a Promoção do Desenvolvimento Regional

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Perspectivas do Uso de um

Equipamento Público para a

Promoção do Desenvolvimento

Regional

Professor Dr. José Augusto Abreu Sá Fortes

Brasília, novembro 2012

Estação Ferroviária:

Seminário Trens Regionais: Uma

Necessidade que se Impõe

(2)

Década de 80

• Globalização da economia → mudanças nos paradigmas tecnológicos e organizacionais, estruturados pela

mobilidade crescente dos fatores de produção e da

expansão dos meios de comunicação, principalmente das tecnologias da informação (eletrônica, comunicação e informática).(Fortes, 1996)

Contextualização

Contextualização

Para a localização das unidades de produção, de gestão, de pesquisa e de direção que compõe esse novo fenômeno

empresarial, os capitalistas exigem mais não só estradas ou instrumentos de telecomunicações, mas também conjuntos coletivos de habitação, escolas, universidades, centro de pesquisas…. (LOJKINE, 1981), in Pamphile 2005.

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Contextualização

Contextualização

A intermodalidade de transporte é uma parte crucial da organização das metrópoles contemporâneas, pois é na estação intermodal onde se dá o maior pontencial de articulação funcional e pela possibilidade de viabilizar centralidades . (GIMENES, 2005)

Estação intermodal sendo nó e um lugar concretiza-se como elemento fundamental da organização metropolitana.

(GIMENES, 2005)

Nó → ponto de acesso a trens e/ou outros modos de transportes interligados ;

Lugar → parte específica da cidade com uma concentração de infraestrutura, edifícios diversificados e espaços livres.

Nas cidades contemporâneas os sistemas de transportes

deixam de ser independentes entre si, com variados graus de compatibilidade às malhas e a vida urbana, e passam a

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Conceitos Básicos

• Estação ferroviária enquanto equipamento de

centralidade seja a promotora do desenvolvimento econômico da região;

• Organização urbana que tenha uma estação ferroviária como empreendimento polarizador, responsável pela definição de sua centralidade;

• Criação de uma área planificada urbana de

desenvolvimento local e regional em contraste com

fenômenos espontâneos, fora de uma organização formal; • Descentralização com o fim de dotar as esferas locais de

recursos financeiros e institucionais significativos,

transformando-as progressivamente em atores efetivos da política de desenvolvimento;

Área com vocação para recepção de empreendimentos imobiliários urbanos e equipamentos urbanos de cunho social para atendimento das comunidades locais (usos urbanos de caráter complementar e sinérgico, que se relacionam entre si).

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Conceitos Básicos

Conceitos Básicos

O sistema ferroviário, de fato, pode cumprir um papel

articulador e indutor do crescimento e desenvolvimento local,

viabilizando novas atividades dinamizadoras a partir das

Estações Ferroviárias.

Usos Residenciais

Usos Produtivos e Comunitários Uso polarizador-Estação Metroviária

A Estação Ferroviária deixa de ser um local de acesso e

decesso de pessoas e cargas e passa a ser articuladora e

indutora do crescimento e desenvolvimento local e regional.

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• Fundamentação Teórica:

Teoria dos pólos de

crescimento formulada por François Perroux (1955),

modelo de Friedmann e Weaver (1981) aonde o

planejamento territorial é uma ferramenta para o

desenvolvimento endógeno, Teoria da sociedade

em rede, de Manuel Castells e a experiência dos

pólos de integração (Polês d’échange) desenvolvida

pela Régie Autonome de Transports Parisiens

(RATP), responsável pela rede de transportes de

Paris

• Sob o ponto de vista dos transportes urbanos e

regionais:

ambiente de mobilidade que influencia a

presença de pessoas em um determinado local

• Sob o ponto de vista dos fenômenos urbanísticos, as

estações ferroviárias constituem uma tendência:

sistemas de transportes se relacionam às malhas e

vida urbana, e passam a funcionar em redes de

centralidade

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Conceitos Básicos

Conceitos Básicos

Pôle D’échange Multimodal Et Du Quartier Austerlitz

Site de la gare d’Aursterlitz Plan Masse parquet d’activités – tranports, commerces et culture

(8)

• Dinamizar o potencial local e regional através do

planejamento prévio do entorno de estações regionais • Propiciar o surgimento de espaços privilegiados para o

desenvolvimento sócio-econômico, urbano e imobiliário • Diminuir os impactos da super utilização dos serviços e

equipamentos urbanos dos grandes centros (Brasília, Luziânia), criando alternativas viáveis para alterar esta relação

• Estabelecer as condições necessárias para a fixação da população em regiões mais próximas ao seu local de residência

• Gerar Trabalho e renda

• Propiciar a cooperação para o planejamento urbano e de transportes e entre organizações públicas e privadas resultando em uma nova organização formal

• Inserir as estações ferroviárias no âmbito política de Desenvolvimento Regional

• Planejar e implantar uma rede integrada dos modos de transportes

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Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

O projeto “Estação Ferroviária” adota como estratégia

principal a geração de trabalho e renda mediante a

aplicação de uma visão de planejamento, que considera

um moderno conceito de habitar, no qual o trabalho é

associado ao aproveitamento de áreas com potencial para

uso produtivo.

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A Indução do desenvolvimento dessas economias comunitárias tem como objetivos específicos:

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

• Promoção da capacitação profissional

• Viabilização de acesso a linhas de financiamento para a produção de bens e serviços

• Fomento à organização econômica das comunidades

• Reforço à especialização produtiva e formação de cadeias produtivas interligadas

• Incentivo a formas de associativismo

• Resgate da população regional marginal – suporte para sua qualificação

• Melhoria das condições sociais, de infra-estrutura urbana e de equipamentos sociais de uso coletivo

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• Criação de interações e ligações sinérgicas entre os atores e indivíduos das instituições envolvidas, especialmente entre as empresas privadas e o governo

• Presença ativa de pequenas e médias empresas para fazer as interações e ligações entre os usos urbanos residenciais e as funções de bairro produtivo

• Participação do setor público no desenvolvimento da

Estação e não apenas na fase inicial de sua criação, mas ao longo se seu desenvolvimento

• Participação decisiva dos empresários na liderança das iniciativas da Estação, sendo que quanto maior o papel das empresas privadas no desenvolvimento serão as chances de se tornar uma Estação geradora do

crescimento endógeno auto-sustentável • Renda ex-tarifária para o sistema

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

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• O Poder Público entra como parceiro do

empreendimento, através de seu planejamento,

provimento da infra-estrutura básica, incentivos

fiscais, como edificações e zoneamento urbano.

• Através dessa parceria, o setor público poderá obter

receitas para a alavancagem de capital inicial (

seed

money

), que poderá propiciar a própria implantação

da Estação Ferroviária e seus equipamentos

componentes.

Projeto Piloto:Estação

Ferroviária

Projeto Piloto:Estação Ferroviária

Estrutura institucional e organizacional

Arranjo institucional: parceria entre entidades

públicas e privadas em que as empresas privadas

têm um papel chave, dado a importância

estratégica

destes

agentes

neste

tipo

de

empreendimento.

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• Comprometimento dos governos e do setor

empresarial;

• Perspectiva de que a implantação dos centros

insere-se no âmbito de programas e ações

estratégicas de desenvolvimento regional e local;

• Necessidade de definição de segmentos produtivos

em que a Estação pode incorporar;

• Elaboração de Estudos prévios e pesquisas que

minimizem incertezas e propiciem a base para o

Planejamento da Estação Ferroviária.

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

As experiências internacionais revelam que são fatores

críticos ao sucesso dos Centros, questões como:

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1. Estudo locacional, incluindo estudo pormenorizado do

site

de implantação com: Levantamento de áreas livres, Situação

Fundiária, normatização aplicável no momento atual, estudo do potencial construtivo, estudo da infra-estrutura básica, serviços e atividades econômicas disponíveis, estudo dos meios de

transporte atuais bem como dos meios de transporte

empregados pelos moradores, seus locais de trabalho e emprego e seus espaços de lazer; estudo do tempo médio gasto pelos

habitantes em todas as formas de transporte empregadas diariamente, conclusões: restrições e potencialidades;

2. Estudo da Forma de gestão - Modelo institucional e formas de participação do setor privado e setor público, definição de formas de atuação, direitos e responsabilidades

3. Desenvolvimento do Modelo de Intervenção – Elaboração de modelo físico (MASTER PLAN) e institucional de intervenção, constando de Programa de atividades, Projeto conceitual, Lay-out e Plano de Massas. Estudo da nova normatização para a viabilização do partido adotado e elaboração do Plano de Mobilidade.

Estrutura de trabalho para a concretização da Estação Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

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Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

• Terminal de passageiros e carga (integrados) e a outros modais de transportes;

• Centro de logística; Porto seco;

• Áreas de uso industrial;

Condomínios para uso produtivo para a cadeia industrial (embalagens/beneficiamento);

• Áreas comerciais; • Áreas Residenciais;

Características dos conceitos

“cidade-aeroporto” ; “distrito

portuário” ou “vizinhança de estação”,

que refletem, individualmente, uma determinada relação com seu

entorno imediato , a região urbana e a abrangência de sua influência (GIMENES, 2005).

Projeto Piloto: Estação

Ferroviária

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Referências Bibliográficas

• FISCHER, André; MALEZIEUX, Jacques (Org.) Industrie et

Aménagement, Ed. Harmatan, Paris, 1999;

• FORTES, José Augusto A. Sá; PAPALLEO, Adriana, Centro de

Dinamização: Metrô-Cidade, projeto de pesquisa, UnB/PPGT,

Brasília, 2008, 15p;

• GIMENES, Lourenço Urbano. Estação Intermodal como Gerador

de Centralidades Metropolitanas: O Nó Metroferroviário da Luz,

Ed. CBTU, Concurso de Monografias/monografias premiadas, Rio

de Janeiro, 2005, 316 p.;

• PAMPHILE, Ronald Colman. Articulação Transporte –

Desenvolvimento: Elementos Conceituais e Estudo de Caso, Ed.

CBTU, Concurso de Monografias/monografias premiadas, Rio de

Janeiro, 2005, 316 p;

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Muito Obrigado

afortes@unb.br

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