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ESCOLA ESTADUAL IGNÁCIO SCHEVINSKI FILHO ENSINO MÉDIO SÉRIE: 1º ANO

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Academic year: 2021

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ESCOLA ESTADUAL IGNÁCIO SCHEVINSKI FILHO ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: Língua Portuguesa SÉRIE: 1º ANO

JUNHO 1ª Semana 31/05 a 04/06

LEITURA E COMPREENSÃO TEXTUAL

TEXTO I

1- Em “É o novo Drummond” a personagem revela-se:

a) hesitante, pois considera que as rimas do amigo são exemplos de arte legítima. b) irônica, pois insinua que os versos do amigo não têm qualidade.

c) depreciadora, pois insinua que Drummond é um poeta com poucos recursos. d) deslumbrada, pois considera os versos do amigo de grande qualidade.

e) inconformada, pois o autor dos versos se compara ao poeta Carlos Drummond de Andrade.

2- Tanto no primeiro quanto no último quadrinhos temos um exemplo de figura de linguagem que consiste em

a) atenuar o sentido desagradável, grosseiro e indecoroso de uma palavra ou expressão. b) empregar uma palavra por outra, com a qual mantém relação. No caso, a parte pelo todo. c) expressar ideia contrária do que se pensa com a finalidade de criticar.

d) fazer uma comparação abreviada entre dois termos. e) exagero intencional de uma expressão.

TEXTO II

Samba no ar

Tão absorto estava em seu trabalho que nem reparou nos rostos emoldurados pela janela. -- Estamos incomodando?

-- Não. Podem continuar.

De repente, o susto. Continuar o quê? Só então se deu conta de que, na altura do décimo segundo andar, dois estranhos olhavam para ele, e esses estranhos não estavam em seu escritório, mas suspensos lá fora, como aparições.

-- Quer fazer o favor de fechar a vidraça?

Aí compreendeu que se tratava dos pintores encarregados de restaurar as paredes externas do edifício, como é hoje exigido na cidade. Tinham chegado ali pelo andaime, e dispunham-se a pintar a face externa das esquadrias.

-- Pois não. Vou fechar.

Levantou-se para atendê-los, mas antes de fechar a vidraça deu uma espiada no estrado balouçante onde os dois se equilibravam.

-- Meio perigoso, não?

Ambos sorriam, e o de voz nordestina comentou: -- A gente pinta, a gente morre na BR-3

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O outro, carioca de morro:

-- Quem é do samba não estranha essa ginga, doutor. -- Vocês aceitam um cafezinho?

Aceitaram. Até que chegasse o cafezinho, o trabalho, naturalmente, foi interrompido. -- Então, não tem medo de...

-- Cair? De ficar aleijado, sim -- respondeu o carioca. -- Aí o cara não pode mais se virar. Mas se empacotar tanto faz, né? O cara tem de empacotar mesmo.

-- Pois eu prefiro empacotar na rede -- manifestou o outro -- Estou nesta só até arranjar serviço de pisar no chão.

-- Ele quer ser motorista, doutor. Em vez de morrer, o sentido dele é mandar os outros embora. Cabra da peste.

-- O doutor não dê confiança a esse careta. O que ele fala é conversa de tirar leite de bode.

Os dois riram, contentes de se xingarem. Atiravam-se mutuamente as farpas que gostariam de desfechar em outros: nos sócios da firma de pintura, ou no condomínio do edifício, todos no seu bem-bom, enquanto eles, dependurados naquele caranguejola, se expunham a virar notícia, para que a casa alheia ficasse bem limpa por fora.

-- Ele é danado pra fazer samba, doutor. Aperta ele que ele canta.

-- Se o senhor faz questão, vou cantar um que fiz na semana passada, é simplesinho, mas diz umas coisas que estavam me catucando para sair, entende?

-- Então pule a janela e venha cantar cá dentro.

-- Precisa não, doutor, aqui mesmo. Aprumou-se, limpou a garganta. A tábua oscilava, ele deu um passo inseguro...

-- Olha que você cai, rapaz!

Quem disse que caiu? Era pintor das alturas, era sambista, era carioca. E o samba saltou no ar, como se nele vivesse e florisse, todas as janelas do edifício se abriam. Dos edifícios próximos também. E uma salva de palmas coroou a audição.

(Carlos Drummond de Andrade)

3 -Sem prejuízo de sentido, as palavras em destaque nas frases a seguir podem ser substituídas pelas sugeridas entre parênteses, exceto em

a) “Tão absorto estava em seu trabalho (...)” (distraído).

b) “(...) se tratava dos pintores encarregados de restaurar as paredes (...)” (recuperar). c) “Mas se empacotar tanto faz, né?” (embrulhar).

d) “Atiravam-se mutuamente as farpas (...)” (reciprocamente). e) “E uma salva de palmas coroou a audição” (exibição). 4-O objetivo principal do texto é mostrar :

a) a despreocupação e o entusiasmo dos pintores, apesar do trabalho perigoso. b) o ritmo contagiante do samba que empolga a população carioca.

c) a versatilidade dos sambistas cariocas, que exercem qualquer tipo de trabalho.

d) a falta de sensibilidade dos moradores de edifícios e dos empregadores com relação à vida difícil dos pintores.

e) a imposição de pintar as fachadas dos edifícios regularmente, bem-aceita pela população, mas sacrificada para os pintores.

5-No título do texto, a palavra ar foi empregada com duplo sentido. Indique a alternativa que apresenta expressões em que a palavra ar também foi empregada com os mesmos dois sentidos sugeridos pelo título.

a) Ar encanado; ar alegre. b) Falta de ar; ar quente.

c) Apanhar no ar; ar de sua graça. d) Voar pelo ar; programa no ar.

e) Ar de poucos amigos; ar-condicionado.

6-No trecho “– O doutor não dê confiança a esse careta. O que ele fala é conversa de tirar leite do bode.”, ao empregar a expressão em destaque, o pintor sugere que aquilo que o colega diz

a) demonstra a sua agressividade. b) demonstra seu atrevimento. c) é ofensivo às pessoas.

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d) não merece crédito.

e) merece ser analisado com atenção.

O ALTO PREÇO DE VIVER LONGE DE CASA MUITO ALÉM DO VALOR DO ALUGUEL

Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.

Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar

E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.

A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.

E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.

Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?

Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente? Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma? Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?

Eu sei que não é fácil. E que admiro quem encarou e encara tudo isso, todo dia.

Quem deixou Vitória da Conquista, São José do Rio Preto, Floripa, Juiz de Fora, Recife, Sorocaba, Cuiabá ou Paris para construir uma vida em São Paulo. Quem deixou São Paulo pra ir para o Rio, para Brasília, Dublin, Nova York, Aix-en-provence, Brisbane, Lisboa. Quem deixou a Bolívia, a Colômbia ou o Haiti para tentar viver no Brasil. Quem trocou Portugal pela Itália, a Itália pela França, a França pelos Emirados. Quem deixou o Senegal ou o Marrocos para tentar ser feliz na França. Quem deixou Angola, Moçambique ou Cabo Verde para viver em Portugal. Para quem tenta, para quem peita, para quem vai.

O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado.

ATIVIDADES

1-Considere o título do texto: “O alto preço de viver longe de casa.”

a-Podemos considerar que ele é ambíguo. Justifique essa afirmação e aponte seus dois sentidos possíveis.

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ b-Há no texto uma expressão que explicita essa ambiguidade. Identifique-a.

__________________________________________________________________________________________

c-A qual dos sentidos possíveis no título corresponde o conteúdo do texto

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

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c-A qual dos sentidos possíveis no título corresponde o conteúdo do texto?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 2- A autora do texto, Ruth Manus, enumera alguns dos motivos pelos quais as pessoas deixam sua cidade de origem. Quais são eles?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 3- Identifique no texto termos que demonstram informalidade, reforçando a característica de proximidade entre a linguagem de blogs e de conversas informais.

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JUNHO 2ª Semana 07/06 a11/06 COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL O que é coesão e coerência textual?

De forma bem objetiva, a Coesão Textual é uma expressão formal de uma outra competência muito importante: a três, que trata de Coerência Textual. Coerência tem relação com sentido, ou seja, se seu texto segue uma linha de raciocínio – se você não contradiz seus argumentos, por exemplo – e apresenta uma fundamentação consistente, podemos dizer que você está num bom caminho. A Coesão, então, é a expressão dessa Coerência no papel. Sim, com palavras. Isso acontece de duas formas: evitando repetições ao longo do texto e, é claro, conectando as partes desse texto. Essas duas formas são as famosas Coesão Referencial e Coesão Sequencial, respectivamente. Vamos falar um pouco delas?

Coesão Referencial

A Coesão Referencial é responsável por evitar repetições entre as palavras, e utiliza recursos anafóricos e catafóricos, se

referindo a termos que vêm antes ou depois do mecanismo de coesão, respectivamente. Os recursos utilizáveis são

inúmeros; entre os principais, temos os pronomes, os sinônimos, outros grupos de palavras muito úteis,

os hipônimos e hiperônimos, os epítetos, as metonímias, os advérbios e os numerais.

Coesão Sequencial

Os elementos de coesão sequencial são responsáveis – como o próprio nome sugere – pelo sequenciamento ou andamento

do texto. Estabelecem as principais ligações entre as partes da sua redação, de forma que a coesão textual se manifeste

mais notoriamente. Entre os principais recursos, destacam-se as frases de apoio, os conectivos e os ganchos semânticos.

Na tabela abaixo temos alguns exemplos de conectivos que podem ser utilizados para melhorar a coesão textual.

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ATIVIDADES

Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009. 1-As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que:

a) a expressão “Além disso” marca uma sequência de ideias.

b) o conectivo, “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.

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d) o termo “Também” exprime uma justificativa.

e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”. 2-Sobre a coesão textual, estão corretas as seguintes proposições:

I. A coesão textual está relacionada com os componentes da superfície textual, ou seja, as palavras e frases que compõem um texto. Esses componentes devem estar conectados entre si em uma sequência linear por meio de dependências de ordem gramatical.

II. A coesão é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coesão, podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construção de sentidos do texto.

IV. A coesão obedece a três princípios: o princípio da não contradição; princípio da não tautologia e o princípio da relevância.

V. Entre os mecanismos de coesão estão a referência, a substituição, a elipse, a conjunção e a coesão lexical. a) apenas V está correta.

b) II e IV estão corretas. c) I, III e V estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II, IV e V estão corretas.

1-Ao lermos o anúncio, é possível que o façamos de duas maneiras: lendo somente as palavras em destaque, em letras graúdas, e negrito, e lendo o texto completo, isto é, lendo as palavras escritas em letras graúdas e as em letras miúdas, na sequência em que aparecem.

a-Se lermos apenas as palavras em letras graúdas, o enunciado forma um dito que expressa uma crendice popular. Qual essa crendice?

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ b-Se lermos o texto na íntegra, o enunciado formado adquire um sentido diferente.Qual é esse sentido?

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_____________________________________________________________________________________ c-Considerando-se esse sentido, é possível dizer que esse anúncio, além de divulgar o jornal, também adquire uma função diferente. Qual é esse sentido?

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ d-Tomando-se cada um dos enunciados isoladamente, é possível dizer que ambos apresentam coerência e coesão textual. Por quê? Explique.

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 2- Na parte inferior do anúncio, lê-se: “ Desde 1999 deixando você com vontade de ler de novo”.

a-No contexto da história do jornal, o que significa a expressão “deixando você com vontade de ler de novo.”

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ b-No contexto do anúncio, que outro essa expressão ganha?

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________

3- Considerando a finalidade do anúncio e o público a que ele se dirige, responda: é possível considerar que o anúncio é bem-sucedido em suas intenções?

_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ JUNHO 3ª Semana 14/06 a 18/06 FIGURA DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são recursos estilísticos usados na escrita ou na fala para realçar a mensagem, tornando-a mais expressiva. Ao identificar as figuras de linguagem, a compreensão do texto torna-se mais fácil, ampliando os horizontes do leitor, do ouvinte. As figuras de linguagem se dividem em grupos:

- Figuras de palavras (provocam alterações semânticas) - Figuras de pensamento (ligadas à compreensão do texto) - Figuras de construção (sonoras e de sintaxe)

COMPARAÇÃO E METÁFORA

Figuras muito recorrentes nos textos literários, a comparação e a metáfora fazem parte do grupo das figuras de palavras, também conhecidas como tropo – emprego figurado de palavra ou expressão. A comparação e a metáfora são muito parecidas. Ambas empregam as palavras fora do seu sentido normal, por analogia. A diferença entre elas está no uso de termos comparativos. A comparação usa alguns termos de conexão para comparar características entre dois ou mais elementos. Por exemplo: Os olhos dela eram como duas jabuticabas.

A metáfora é um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo, estabelecendo uma relação de semelhança, usando termos com significados diferentes do habitual. Por exemplo: A menina é um doce!

Nos exemplos, olhos e jabuticabas são comparados por analogia: as jabuticabas são redondas e escuras como os olhos da pessoa em questão. No caso do exemplo de metáfora, a menina é comparada a um doce por ser meiga, gentil, prestativa. Ou seja, doce, aqui, ganha significado diferente do habitual.

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De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue.

Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração. E nestes versos de angústia rouca, Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. - Eu faço versos como quem morre.

Observe o primeiro verso do poema: “Eu faço versos como quem chora”. Neste verso, há uma comparação. O uso de como marca a relação de comparação entre o ato de fazer versos e o ato de chorar.

A segunda estrofe começa com o verso “Meu verso é sangue. Volúpia ardente...”. Aqui, a comparação entre verso e sangue acontece de maneira implícita, sem o uso de termos conectores. É, portanto, uma metáfora. E as metáforas continuam nas expressões volúpia ardente, tristeza esparsa, remorso vão. Todas se remetem à forma como o verso se apresenta para o eu lírico.

O poema termina com uma comparação: “Eu faço versos como quem morre”. Manuel Bandeira pertence à geração dos modernistas da Semana de 22. Seu poema “Desencanto” reflete o ofício do poeta que, ao escrever seus poemas, sofre com a difícil arte de buscar palavras que expressem seus sentimentos.

HIPÉRBOLE

Por ser um recurso estilístico que remete ao exagero, a hipérbole costuma ser utilizada para dar uma intensidade muito maior ou menor àquilo que se quer dizer, dando ênfase ao efeito do discurso. Veja no exemplo:

Eu estou congelando de frio.

Certamente, a pessoa está sentindo muito frio, mas ela não está, de fato, congelando. Ela apenas utilizou a hipérbole para enfatizar o frio que sente. Por isso, a hipérbole também costuma ser um exagero óbvio, ou seja, usa-se essa linguagem figurada de modo perceptível.

Ainda, a hipérbole também é utilizada, de modo argumentativo, para convencer quem lê ou escuta. Veja o próximo exemplo: O meu professor é o melhor, todo mundo na escola é fã dele.

Exemplos do uso de hipérbole Vejamos mais alguns exemplos muito comuns do uso da hipérbole: • Eu já te falei um milhão de vezes que eu não gosto disso.

• Quando tomei a picada da injeção, eu não senti absolutamente nada. • Eu morro de rir quando assisto a essa série!

• Chorei um oceano de lágrimas lendo esse livro. COMPARAÇÃO

Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).

Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.

A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra. Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

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CATACRESE

A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica. Exemplo: Embarcou há pouco no avião.

Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.

SINESTESIA

A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes. Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.

A frieza está associada ao tato e não à visão.

IRONIA

Ironia é uma figura de linguagem que utiliza palavras com sentido oposto para dar ênfase ao discurso. Como esse recurso estilístico recorre à combinação de ideias e pensamentos, é classificado como uma figura de pensamento.

A palavra ironia tem origem grega (euroneia) e significa dissimulação, fingimento. Para entender melhor esse conceito, vejamos um exemplo:

1. Aqueles eram os empregados que todo patrão queria ter: ágeis como as preguiças. 2. Que tal falar mais alto para os vizinhos também participarem na nossa conversa?

3. A reunião de amanhã começa meia hora mais tarde, mas como você é muito pontual, pode vir no mesmo horário para chegar a tempo.

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EUFEMISMO

O eufemismo é a figura de linguagem usada para tornar um enunciado mais brando ou agradável e menos agressivo. É bastante utilizado em contextos que exigem moderação ou para falar de conteúdos fortes e polêmicos por meio de termos mais suaves e menos provocantes. Esse recurso estilístico é constantemente associado à polidez.

A palavra “eufemismo” vem do grego eufemísmos, que significa “emprego de uma palavra favorável no lugar de uma de mau augúrio”. Os vocábulos eu (bem) e femi (falar) dão a ideia de “falar de maneira agradável”.

O eufemismo é utilizado para substituir uma palavra ou um termo tabu ou um conteúdo delicado e chocante, atenuando o seu sentido. Há graus no uso do eufemismo que variam de acordo com o quanto ele diminui a intensidade do significado pela substituição feita. Vejamos o exemplo da notícia de morte:

“Ele morreu.”

Aqui, o verbo “morrer” provavelmente apresenta alta carga negativa para quem recebe a notícia: é direto, objetivo e está próximo, sonoramente, da palavra (e da ideia de) morte.

“Ele faleceu.”

O verbo “falecer” apresenta exatamente o mesmo significado que o verbo “morrer”, porém, o uso de uma palavra que não remete sonoramente à palavra “morte” pode ajudar a passar a notícia de maneira menos abrupta, pelo menos em tese. Apesar de sinônimo, “falecer” é já considerado um eufemismo.

“Ele não está mais entre nós.”

Nesse outro caso, a expressão “não estar mais entre nós” é ambígua. Pode tratar-se de não se estar fisicamente no mesmo recinto, de não se estar mais apoiando as mesmas ideias ou, e de acordo com o contexto, de não se estar mais vivo entre os falantes. Nota-se que foi usada uma expressão que, novamente, em tese, por ser mais ambígua, leva o interlocutor a conceber aos poucos a ideia de mort e. Dentro de contextos específicos, como o da publicidade, que precisa veicular tragédias, muitas vezes opta-se por associar-se texto e imagem, fazendo com que o próprio ouvinte/leitor complete a mensagem.

PERSONIFICAÇÃO

A personificação, também chamada de prosopopeia ou animismo, é uma figura de linguagem, mais precisamente, uma figura de pensamento muito utilizada nos textos literários.

Exemplos de Personificação

Segue abaixo alguns exemplos em que a personificação é empregada: O dia acordou feliz e o sol sorria para mim.

O vento assobiava esta manhã em que o céu chorava. Naquela noite, a lua beijava o céu.

Após a erupção do vulcão, o fogo dançava por entre as casas. ANTÍTESE

Antítese é uma figura de pensamento que acontece por meio da aproximação de palavras com sentidos opostos, por exemplo:

o ódio e a amor andam de mãos dadas. Exemplos de Antítese

Segue abaixo alguns exemplos em que a antítese é empregada. Note que os termos em destaque apontam para seus opostos:

A relação deles era de amor e ódio. O dia está frio e meu corpo está quente.

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A vida e a morte: duas figuras de uma mesma moeda. A tristeza e a felicidade fazem parte da vida.

Bonito para alguns, feio para outros. Vivemos num paraíso ou num inferno? Faça sol ou faça chuva, estarei no teatro. O céu e a terra se fundem tal qual uma pintura. A luz e a escuridão estavam presentes em sua obra. Não sei dizer qual verdade reside na mentira.

ATIVIDADES

1-Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia. a) as pedras humilham

b) os confetes festejam c) os diários contam segredos d) os copos celebram as alegrias e) a floresta clama por piedade

2-Indique em quais alternativas foram usadas metáforas e em quais foram usadas comparações. a) Ele é simplesmente um deus grego.

b) Ele é bonito como um deus grego.

c) Suas palavras são doces da minha infância. d) Age como um burro!

e) Aquele homem é um burro.

3-Qual a figura de linguagem presente nas orações abaixo? 1. Convide-o a retirar-se, por favor.

2. A testemunha faltou com a verdade.

4-Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes." b) "Nasci na sala do 3° ano."

c) "O bonde passa cheio de pernas." d) "O meu amor, paralisado, pula."

e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

5-No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora b) hipérbole c) hipérbato d) anáfora e) antítese

6-São exemplos de catacrese:

a) cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto. b) olhos frios, tristeza de cheiro, brisa doce.

c) pulmão do mundo, cidade maravilhosa, ouro negro. d) a nuvem chora, a noite celebra, vida cruel.

e) O cavaleiro, muito cavalheiro, ajudou a moça a descer do cavalo. 7-Leia estes versos:

“As ondas amarguradas

Encostam a cabeça nas pedras do cais. Até as ondas possuem

Uma pedra para descansar a cabeça. Eu na verdade possuo

Todas as pedras que há no mundo, Mas não descanso”.

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A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é: a)metáfora b)sinédoque c)hipérbole d)aliteração e) anáfora JUNHO 4ª Semana 21/06 a 25/06 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Quando falamos em variação linguística, analisamos os diferentes modos em que é possível expressar-se em uma língua, levando-se em conta a escolha de palavras, a construção do enunciado e até o tom da fala. A língua é a nossa expressão básica, e, por isso, ela muda de acordo com a cultura, a região, a época, o contexto, as experiências e as necessidades do indivíduo e do grupo que se expressa. Veja quantos fatores empregamos para adequar a nossa fala à situação e ao grupo em que nos encontramos.

Tipos de variações linguísticas

Há quatro tipos de distinção dentro das variações linguísticas. Vamos aprender um pouco sobre cada um deles.

VARIAÇÕES HISTÓRICAS

(diacrônicas)

As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo. Algumas expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se transformaram com a ação do tempo. Um clássico exemplo da língua portuguesa é o termo “você”: no português arcaico, a forma usual desse pronome de tratamento era “vossa mercê”, que, devido a variações inicialmente sociais, passou a ser mais usado frequentemente como “vosmecê”. Com o passar dos séculos, essa expressão reduziu-se ao que hoje falamos como “você”, que é a forma incorporada pela norma-padrão (visto que a língua adapta-se ao uso de seus falantes) e aceita pelas regras gramaticais. Em contextos informais, é comum ainda o uso da abreviação “cê” ou, na escrita informal, “vc” (lembrando que estas últimas formas não foram incorporadas pela norma-padrão, então não são utilizadas na linguagem formal).

Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê

Outras mudanças comuns são as de grafia, as quais as reformas ortográficas costumam regular. Assim, a partir de 2016, a palavra “consequência” passou a ser escrita sem trema, sendo que antes era escrita desta forma: “conseqüência”. Do mesmo modo, a palavra “fase” é hoje escrita com a letra f devido à reforma ortográfica de 1911, sendo que antes era escrita com ph: “phase”.

Conseqüência → Consequência Phase → Fase

Vale, ainda, comentar a respeito de palavras que deixam de existir ou passam a existir. Isso acontece frequentemente com as gírias: se antes jovens costumavam dizer que algo era “supimpa” ou que “aquele broto é um pão”, hoje é mais comum ouvir deles que algo é “da hora” ou que “aquela mina é mó gata”. VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS

(diatópicas)

As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devido à região. Essas diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasileiro, um angolano e um português conversando: nos três países, fala-se português, mas há diferenças imensas entre cada fala.

Não é preciso que a distância seja tão grande: dentro do próprio Brasil, vemos diferenças de léxico (palavras) ou de fonemas (sons, sotaques). Há diferenças entre a capital e as cidades do interior do mesmo estado. Observemos alguns exemplos de diferenças regionais:

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“Mandioca”, “aipim” ou “macaxeira”? Os três nomes estão corretos, mas, dependendo da região do Brasil, você ouvirá com mais frequência um ou outro. O mesmo vale para a polêmica disputa entre “biscoito” e “bolacha”, que se estende para todo o território nacional.

As gírias também variam bastante regionalmente: cerveja pode ser conhecida como “bera” em regiões do Paraná, “breja” em São Paulo e “cerva” no Rio de Janeiro.

VARIAÇÕES SOCIAIS (diastráticas)

As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falante. Embora tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no caso da variação social, a gíria está mais ligada à faixa etária do falante, sendo tida como linguagem informal dos mais jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos mais novos).

Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos. Um grupo de futebolistas, por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com significado específico, que pode não ser entendido por um falante que não goste de futebol ou que será entendido de modo distinto por crianças, por exemplo.

Um grupo de capoeiristas pode facilmente falar de uma “meia-lua”, enquanto pessoas de fora desse grupo talvez não entendam imediatamente o conceito específico na capoeira. Do mesmo modo, capoeiristas e instrumentistas provavelmente terão mais familiaridade com o conceito de “atabaque” do que outras pessoas.

Como vimos, as profissões também influenciam bastante nas variações sociais por meio dos termos técnicos (jargões): contadores falam dos termos “ativo” e “passivo” para remeter a conceitos diferentes daqueles usados por linguistas. No entanto, em ambos os casos, ativo e passivo são conceitos muito mais específicos do que seu uso geral em outros grupos.

VARIAÇÕES ESTILÍSTICAS

(diafásicas)

As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala ou ao estilo dela. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, adequação à norma-padrão ou despreocupação com seu uso. O uso de expressões rebuscadas e o respeito às normas-padrão do idioma remetem à linguagem tida como culta, que se opõe àquela linguagem mais coloquial e familiar. Na fala, o tom de voz acaba tendo papel importante também.

Assim, o vocabulário e a maneira de falar com amigos provavelmente não serão os mesmos que em uma entrevista de emprego, e também serão diferentes daqueles usados para falar com pais e avós. As variações estilísticas respeitam a situação da interação social, levando-se em conta ambiente e expectativas dos interlocutores.

PRECONCEITO LINGUÍSTICO

Tendo tantas variações e nuances, pudemos ver que cada contexto social traz naturalmente um modo mais ou menos adequado de expressão, sendo importante entender que as variações linguísticas existem para estabelecer uma comunicação adequada ao contexto pedido.

Apesar disso, as diversas maneiras de expressar-se ganham status de maior ou menor prestígio social baseado em uma série de preconceitos sociais: as variações linguísticas ligadas a grupos de maior poder aquisitivo, com algum tipo de status social, ou a regiões tidas como “desenvolvidas” tendem a ganhar maior destaque e preferência em relação às variedades linguísticas ligadas a grupos de menor poder aquisitivo, marginalizados, que sofrem preconceitos ou que são estigmatizados.

Desenvolve-se, assim, o preconceito linguístico, que se baseia em um sistema de valores que afirma que determinadas variedades linguísticas são “mais corretas” do que outras, gerando um juízo de valor negativo ao modo de falar diferente daqueles que se configuram como os “melhores”. O preconceito linguístico

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nada mais é do que a reprodução, no campo linguístico, de um sistema de valores sociais, econômicos e culturais.

No entanto, ao estudarmos as variações linguísticas, percebemos que não há uma única maneira de expressar-se e que, portanto, não há apenas um modo certo. A língua e sua expressão variam de acordo com uma série de fatores. Antes de tudo, ela deve cumprir seu papel de expressão, sendo compreendida pelos falantes e estando adequada aos contextos e às expectativas no ato da fala. Dessa forma, o ideal do preconceito linguístico, que gera juízo de valor às diferentes variações linguísticas, não deve ser alimentado.

ATIVIDADES

1-Tendo em vista que “as gírias” compõem o quadro de variantes linguísticas ligadas ao aspecto sociocultural, analise os excertos a seguir, indicando o significado de cada termo destacado de acordo com o contexto:

a – Possivelmente não iremos à festa. Lá, todos os convidados são patricinhas e mauricinhos! b - Nossa! Como meu pai é careta! Não permitiu que eu assistisse àquele filme.

c – Os namoros resultantes da modernidade baseiam-se somente no ficar.

d – E aí mano? Estás a fim de encontrar com uma mina hoje? A parada vai bombar!

e – Aquela aula de matemática foi péssima, não saquei nada daquilo que o professor falou.

2-Capitulação Delivery

Até para telepizza É um exagero. Há quem negue? Um povo com vergonha Da própria língua. Já está entregue.

Luís Fernando Veríssimo

a) O título dado pelo autor está adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua resposta. b) O exagero que o autor vê no emprego da palavra “delivery” se aplicaria também à “telepizza”?

Justifique sua resposta.

3-A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a variação linguística condizente aos mesmos:

a – Antigamente

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Carlos Drummond de Andrade b - Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió

Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados.

Oswald de Andrade

c –“ Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”

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Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô velho?

4-Os enunciados linguísticos em evidência encontram-se grafados na linguagem coloquial. Reescreva-os de acordo com o padrão culto da linguagem.

a – Os livros estão sobre a mesa. Por favor, devolve eles na biblioteca.

b – Falar no celular é uma falha grave. A consequência deste ato pode ser cara. c – Me diga se você gostou da surpresa, pois levei muito para preparar ela.

d – No aviso havia o seguinte comentário: Não aproxime-se do alambrado. Perigo constante. e – Durante a reunião houveram reclamações contra o atraso do pagamento dos funcionários.

5-A letra musical abaixo se compõe de alguns registros de variação linguística. Identifique-os tecendo um comentário acerca do referido assunto, levando em consideração os preceitos trazidos pela linguística, em se tratando de tais variedades.

Cuitelinho

Cheguei na beira do porto Onde as onda se espaia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai Ai quando eu vim

da minha terra Despedi da parentáia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução

Enfrentei fortes batáia, ai, ai [...]

Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó

Vozes da seca Luiz Gonzaga Do Nascimento / Jose De Souza Dantas Filho Seu doutô os nordestino têm muita gratidão

Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão Mas doutô uma esmola a um homem qui é são Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão É por isso que pidimo proteção a vosmicê Home pur nóis escuído para as rédias do pudê Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão

Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação! Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos

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INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA E DO CARTUM

1-Qual o tema abordado na música de Luiz Gonzaga?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 2-O que o cartum retrata?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 3-O que há em comum entre a letra da música e o cartum?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 4- O que é solicitado na música? Há uma crítica nessa solicitação?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 5-Observe o trecho da música “Mas doutô uma esmola a um homem qui é são Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. De acordo com seus conhecimentos, o que o compositor quis dizer com essa frase?

____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1- Leia com atenção o texto a seguir.

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto: a)ao vocabulário.

b) à derivação. c) à pronúncia. d) ao gênero.

2- Sabe-se que no Rio Grande do Sul os guris brincam com pandorga, em São Paulo as crianças brincam com papagaios e no Paraná os piás brincam com pipas ou raias. Com base no estudo de variantes lingüísticas, podemos dizer que, na frase anterior, temos a presença da variante linguística:

a) histórica. b) social. c) regional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.normaculta.com.br/coerencia-e-coesao/ https://www.todamateria.com.br/figuras-de-linguagem/

https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/variacoes-linguisticas.htm

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