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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS

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Academic year: 2021

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(1)

Relatório da Administração e

Demonstrações Contábeis Regulatórias

(2)

Copel Distribuição S.A. CNPJ/MF 04.368.898/0001-06 Inscrição Estadual 90.233.073-99 www.copel.com copel@copel.com

Rua José Izidoro Biazetto, 158 – Bloco C – Mossunguê - Curitiba - PR

CEP 81200-240

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

REGULATÓRIAS

(3)

SUMÁRIO

MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE ... 5

1. PERFIL ORGANIZACIONAL ... 7

1.1. A Copel Distribuição ... 7

1.2. Certificações e Prêmios ... 8

2. COPEL DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS ... 9

3. GOVERNANÇA CORPORATIVA ...10 3.1. Administração ...10 3.2. Estrutura de Governança ...14 3.3. Gestão de riscos ...14 4. AMBIENTE MACROECONÔMICO ...16 5. Ambiente regulatório...17

5.1. Reajuste Tarifário Anual – RTA ...18

5.2. Tarifa Branca...19

5.3. Sobrecontratação ...19

5.4. Bandeiras Tarifárias ...21

5.5. Prorrogação da Concessão ...22

6. COMPORTAMENTO DO MERCADO ...24

6.1. Mercado de energia – Cativo e Fio ...24

7. DESEMPENHO OPERACIONAL ...26

7.1. Compra de Energia ...26

7.2. Fluxo de Energia (em % e GW/hora) ...26

8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ...30

8.1. Receita Operacional Líquida ...30

8.2. Custos e Despesas Operacionais ...32

8.3. Resultado Financeiro ...33

8.4. EBTIDA e Resultado Líquido ...34

8.5. Captação de Recursos ...34 8.6. Valor Adicionado ...35 8.7. Inadimplência de Consumidores...36 8.8. Programa de Investimentos ...36 9. GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ...38 9.1. Gestão de Pessoas ...38 9.2. Fornecedores ...39 9.3. Clientes ...40

9.4. Projetos e impactos sociais ...40

9.5. Meio ambiente ...44

(4)

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS ...46

BALANÇO PATRIMONIAL ...47

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ...49

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES...50

DENONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...51

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ...52

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS ...54

1. Contexto Operacional ...54

2. Base de Preparação ...54

3. Principais Políticas Contábeis...56

4. Caixa e Equivalentes de Caixa ...63

5. Consumidores, Concessionárias e Permissionárias ...63

6. Tributos ...66

7. Depósitos Judiciais e Cauções ...70

8. Investimentos Temporários ...71

9. Ativos e Passivos Financeiros Setoriais ...71

10. Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes ...75

11. Imobilizado e Intangível ...76

12. Fornecedores ...79

13. Empréstimos, Financiamentos e Debêntures ...79

14. Obrigações Sociais e Trabalhistas ...85

15. Benefícios Pós-Emprego ...85

16. Encargos do Consumidor a Recolher ...90

17. Outros Passivos Circulantes ...91

18. Provisões para Litígios e Passivo Contingente ...92

19. Obrigações Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica ...97

20. Patrimônio Líquido ...99

21. Receita Operacional Líquida ...101

22. Custos e Despesas Operacionais ...105

23. Outras Receitas Operacionais ...107

24. Outras Despesas Operacionais ...108

25. Resultado Financeiro ...108

26. Reajuste Tarifário Anual ...108

27. Instrumentos Financeiros ...110

28. Transações com Partes Relacionadas ...118

29. Compromissos ...120

30. Seguros ...121

31. Conciliação do Balanço Patrimonial e DRE Regulatória e Societária ...121

32. Conciliação do Patrimonio Líquido Societário e Regulatório ...131

33. Conciliação do Lucro Líquido Societário e Regulatório ...131

34. Informações Complementares à Demonstração dos Fluxos de Caixa ...133

COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA...134

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ...135

(5)

MENSAGEM DO DIRETOR PRESIDENTE

O desempenho da Copel Distribuição em 2018 comprovou o sucesso da estratégia adotada nos últimos anos, voltada à redução de custos, aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados aos clientes.

Uma política de ampliação gradual dos investimentos na manutenção, melhoria e ampliação da rede de distribuição destinou aproximadamente R$ 695,4 milhões em 2018. A ampliação da cobertura de redes compactas de média tensão e instalação de religadores automáticos destacam-se entre as principais medidas que levaram à melhoria dos indicadores de qualidade de fornecimento no período.

Nosso mercado fio também apresentou crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior, indicando uma retomada econômica que promete se acelerar em 2019, alcançando os níveis de consumo pré-crise.

Sob a perspectiva financeira, a Copel Distribuição colhe os frutos de um incansável processo de redução de custos e melhoria de eficiência, visando acompanhar os critérios econômico-financeiros e de qualidade que a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel impôs para manutenção da concessão.

O tópico de Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa – PECLD, em particular, encerrou 2018 com saldo positivo, graças à recuperação de créditos em perdas de difícil recebimento e à recuperação com inadimplência. Assim, o resultado na Contabilidade Regulatória permaneceu superavitário em R$ 13,8 milhões, em que pese o reajuste médio tarifário de 15,99% homologado pela Aneel no mês de junho. Além de buscar o cumprimento das metas do contrato de concessão, é importante destacar que a Companhia alcançou o EBTIDA de R$ 800,0 milhões, 41,0% superior ao ano de 2017.

A participação ativa no desenho do novo marco regulatório do setor elétrico e o forte investimento em melhoria de nossas redes e na pesquisa e implantação de redes inteligentes compõem os eixos prioritários da estratégia atual da distribuidora, coerente com sua visão de tornar-se uma referência em sustentabilidade para todo o mercado.

Considerando a transformação radical por que passa o segmento de distribuição na atualidade, o investimento em inovação é vital. Ele se volta à construção da infraestrutura das futuras cidades inteligentes, com perspectiva de ganhos de escala e novos modelos de negócios que este cenário entreabre.

Se na década de 80 a Copel executou o maior programa de eletrificação rural do Brasil, ela hoje promove a modernização das redes no campo em uma escala ainda maior, com um investimento de aproximadamente R$ 500 milhões no período de cinco anos. O programa visa aproximar a qualidade do fornecimento nas áreas urbana e rural, e incorpora inovações que são fruto de mais de uma década de testes na operação de redes inteligentes. As inovações incluem tecnologias de automação e controle remoto da rede elétrica, instalação de medidores inteligentes e projetos de pesquisa e desenvolvimento pioneiros no Brasil.

Ipiranga, no interior do Paraná, tornou-se em 2018 a primeira cidade do país a ser inteiramente coberta por religadores e medidores inteligentes integrados a um mesmo sistema de comunicação. O segundo projeto

(6)

A grande pergunta que se faz na nova realidade do setor elétrico é como lidar com a grande quantidade de informações gerada pela rede elétrica inteligente. Assim, no final de novembro começou a funcionar o Smart Copel, o centro de operações de distribuição mais moderno do Brasil, no bairro Novo Mundo, em Curitiba. A unidade gradativamente centralizará a gestão do sistema, assumindo a função antes realizada a partir das cinco regiões do Estado, e já permite controlar o sistema elétrico remotamente, isolar problemas com rapidez, evitar desligamentos, fazer leitura de consumo e controle de qualidade do fornecimento em tempo real, identificar pontos prioritários para investimento e planejar intervenções, entre muitas outras possibilidades.

Vemos a revolução da geração distribuída não apenas como inevitável, mas já como uma realidade, principalmente no campo da geração fotovoltaica. Além disso, o Paraná se destaca como o estado brasileiro com grande potencial para a geração de energia e renda a partir da biomassa do agronegócio.

O leque de inovações da Copel inclui também as maiores pesquisas sobre armazenamento de energia em curso no Brasil, e testes de microgeração de energia a partir da biomassa que dão uma contribuição sem precedentes para a transformação de impacto ambiental em energia limpa.

Outra grande aposta de inovação da Companhia, de olho na construção da distribuidora do futuro, reside na mobilidade elétrica, com a inauguração em 2018 da maior eletrovia do país. Ela conta com 11 eletropostos que conectam o Paraná de leste a oeste, do Porto do Paranaguá às Cataratas de Iguaçu. É um grande estímulo à cadeia de produção e comercialização de veículos elétricos no Brasil.

Estas e muitas outras iniciativas e projetos resultam de uma estratégia consistente, fundada em um trabalho de valorização da cultura de excelência de nossos profissionais e no nivelamento de nossa gestão a práticas globais de ponta.

A melhoria em nossa gestão de custos, de pessoas e de inovação redundou em reconhecimentos relevantes em 2018. Conquistamos o Prêmio Melhores em Gestão da Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, o Prêmio de Qualidade de Gestão da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia – Abradee e, pelo segundo ano consecutivo, fomos considerados a melhor entre as grandes distribuidoras na percepção do cliente, pela Aneel.

Por fim, ratificando o fato de que não é possível atingir resultados sólidos sem compromisso do corpo laboral, estes reconheceram a Copel Distribuição entre as melhores empresas para trabalhar, colocando-a no ranking da Great Place to Work.

Em uma época em que o cidadão passa a ser protagonista, gerando energia e demandando novos serviços, as distribuidoras se vêem frente ao desafio de adequar-se às demandas de um futuro que já bate à porta. Com um propósito voltado à excelência na prestação de serviços e um time de profissionais de alto nível, a Copel Distribuição certamente se encontra no caminho para se firmar como uma referência neste movimento.

Maximiliano Andres Orfali

(7)

1.

PERFIL ORGANIZACIONAL

1.1. A Copel Distribuição

A Copel Distribuição S.A. (Copel Distribuição ou Companhia) é uma sociedade anônima de capital fechado, subsidiária integral da Companhia Paranaense de Energia (Copel ou Controladora). Nossas atividades visam ao atendimento de aproximadamente 4,6 milhões de consumidores de energia, em 1.113 localidades pertencentes a 394 municípios do Paraná e um em Santa Catarina, Porto União. Os municípios de Guarapuava e Coronel Vivida são atendidos parcialmente.

A Companhia tem como principais atividades prover, operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos, descritos no Contrato de Concessão nº 046/1999, firmado em 24.06.1999, cujo Quinto Termo Aditivo foi assinado em 09.12.2015, prorrogando a concessão até 07.07.2045. O Decreto nº 8.461, de 02.06.2015, regulamentou a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica de que trata o art. 7º da Lei nº 12.783, de 11.01.2013, estabelecendo, como condição para prorrogação, indicadores de eficiência que deverão ser observados pela concessionária pelo período de cinco anos contados de 1º de janeiro de 2016.

A Copel Distribuição opera e mantém as instalações nos níveis de tensão até 138kv. A participação no mercado da Companhia está apresentada a seguir:

Participação de Mercado1 2018

Brasil2 6,2%

Sul2 33,8%

Paraná3 97,1%

1 Mercado fio de distribuição

2 Fonte: EPE - Empresa de Pesquisa Energética 3 Dado estimado

(8)

1.2. Certificações e Prêmios

O compromisso da Copel Distribuição com a qualidade foi reconhecido com muitos prêmios e certificações:

Prêmio CIER

Melhor Distribuidora na categoria Bronze

A Companhia foi eleita a terceira melhor distribuidora de energia da América Latina e Caribe, pela Comissão de Integração Energética Regional - CIER. Nos últimos oito anos, a Copel foi considerada a melhor da América Latina em cinco oportunidades.

Prêmio Abradee Qualidade da Gestão

A Copel Distribuição foi a vencedora do prêmio de melhor gestão do Brasil em distribuição de energia. A gestão da qualidade dos serviços baseia-se no cumprimento de indicadores e é controlada através de pesquisas de opinião do consumidor.

FNQ - Melhores em Gestão

Promovido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o prêmio é concedido às empresas brasileiras que se destacam pela excelência nas práticas de gestão.

Prêmio IASC Brasil

Concessionárias acima de 400 mil unidades consumidoras

Pelo segundo ano consecutivo a Copel Distribuição foi eleita a melhor grande distribuidora de energia de todo o País e da região Sul na percepção do cliente residencial. O Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor - IASC avalia itens como a qualidade percebida, confiança e custo-benefício dos serviços.

Melhor Gestão de Frotas da América

Latina

O prêmio concedido pelo Instituto Parar reconhece as empresas que desenvolvem processos de gestão de frotas embasados na cultura da segurança e sustentabilidade.

Selo Clima Paraná Ouro

Concedida pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) a certificação reconhece a companhias que realizam,

voluntariamente, inventários sobre suas emissões de gases de efeito estufa e adotam medidas para reduzi-las. A categoria “Ouro”,

contempla as empresas que subm etem os Inventários de Emissões à verificação de uma terceira-parte independente, acreditada pelo Inmetro.

Viva Voluntário

Categoria Voluntariado no Setor Público

O prêmio é concedido anualmente pelo Governo Federal e reconhece a atuação de cidadãos e entidades responsáveis por atividades voluntárias. São avalidados critérios como sustentabilidade, inovação, frequência da atividade voluntária, quantidade de público atingido pela iniciativa, potencial de replicação, contribuição para o alcance das metas dos ODS, entre outros. A Companhia foi premiada pelo projeto EletriCidadania.

Empresa Cidadã 2018

A Copel Distribuição recebeu este certificado pelas informações apresentadas em seu Relatório Social - ano base 2017. Conferido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Sistema Firjan e Fecomércio.

Certificação Amamenta e Alimenta Brasil

Certificação concedida pela Secretaria de Estado da Saúde dentro da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) devido a criação das salas de apoio a amamentação dentro da companhia. A EAAB incentiva a criação de espaços para o desenvolvimento de ações de educação, formação e de práticas em saúde que reforcem a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos de idade dentro do sistema público de saúde.

(9)

2.

COPEL DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS

Copel DIS em números 2018 2017 %

Atendimento

Número de consumidores Cativos 4.637.804 4.560.493 1,70%

Número de empregados 5.364 5.746 -6,65%

Número de consumidores por empregado 864,62 793,68 8,94%

Número de localidades atendidas 1.113 1.113 0,00%

Número de agências 49 49 0,00%

Número de postos de atendimento 401 402 -0,25%

Número de postos de arrecadação 949 782 21,36%

Mercado

Área de concessão (Km2) 194.854 194.854 0,00%

Demanda máxima (MWh/h) 5.456,00 5.466,00 -0,18%

Distribuição direta (GWh) 19.594 19.743 -0,75%

Consumo residencial médio (KWh/ano) 162,0 163,0 -0,62%

Tarifas médias de fornecimento (R$ por MWh)

Total (exceto curto prazo) 514,94 403,17 27,72%

Residencial 505,08 440,53 14,65% Comercial 767,87 406,04 89,11% Industrial 527,31 436,37 20,84% Rural 345,80 297,60 16,20% Suprimento 271,06 313,92 -13,65% DECi (horas) 10,29 10,41 -1,15%

População atendida - Urbana (em milhares de habitantes) 9.608 9.631 -0,23%

População atendida - Rural (em milhares de habitantes) 1.395 1.335 4,50%

FECi (número de interrupções) 6,20 6,79 -8,69%

Número de reclamações por 10.000 consumidores 87,77 90,1 -2,59%

Operacionais

Número de subestações 369 369 0,00%

Linhas de distribuição (Km) 200.838 196.951 1,97%

Capacidade instalada (MW) 11.025 11.235 -1,87%

Financeiros

Receita operacional bruta (R$ mil) 16.481.200 15.267.204 7,95%

Receita operacional líquida (R$ mil) 9.067.398 8.500.024 6,67%

Margem operacional do serviço líquida (%) 4,97% 2,51%

EBITDA OU LAJIDA 800.022 567.480 40,98%

Lucro / Prejuízo líquido (R$ mil) 321.326 286.384 12,20%

Patrimônio líquido (R$ mil) 5.930.926 5.514.488 7,55%

Rentabilidade do patrimônio líquido (%) 5,73% 5,48%

Endividamento do patrimônio líquido (%) 38,21% 32,86%

Em moeda nacional (%) 36,44% 31,24%

Em moeda estrangeira (%) 1,77% 1,62%

Indicadores de performance

Salário Médio dos Funcionários: 5.040 4.845 4,02%

Energia Comprada (em MW) por Funcionário 4.800,71 4.540,55 5,73%

Número de funcionários 5364 5.746 -6,65%

Energia Comprada (em MW) por Consumidor 5,55 5,72 -2,94%

Número de consumidores Cativos 4.637.804 4.560.493 1,70%

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3.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

O modelo de governança da Copel Distribuição é pautado pela transparência, conformidade e responsabilidade social empresarial, conforme práticas propostas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC.

São quatro princípios que orientam a governança corporativa: Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa. Com base nestes princípios, a Copel desenvolveu sua Política de Governança que estabelece o padrão e as melhores práticas de governança corporativa adotada.

Para que a atuação seja permanentemente conduzida por princípios moralmente positivos, todos que atuam em nome da Copel são regidos por um código de conduta desenvolvido em consonância com os nossos valores, os Princípios do Pacto Global e os Princípios da Governança Corporativa.

3.1. Administração

A Copel Distribuição segue práticas e políticas de governança adotadas pela Controladora. O mais alto nível da estrutura de administração da Companhia é a Assembleia Geral, seguida pelos conselhos Fiscal e de Administração e pela Diretoria.

3.1.1 Missão e Valores

A Copel Distribuição, alinhada à sua Controladora, tem como referencial estratégico as seguintes diretrizes:

Missão Prover energia e soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade.

Visão Ser referência nos negócios em que atua gerando valor de forma sustentável.

Valores • Ética • Dedicação • Segurança e Saúde • Inovação • Respeito às pessoas • Transparência • Reponsabilidade

Tanto para empregados como para terceirizados a Companhia realiza eventos periódicos para divulgação do Código de Conduta. Além disso, para os empregados é disponibilizada uma versão impressa mediante protocolo, que fica arquivado junto ao RH. Para fornecedores o conteúdo do Código de Conduta está vinculado ao contrato, em um documento intitulado Manual do Fornecedor. Ambos os documentos estão disponíveis no site da Companhia.

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3.1.2 Diretrizes estratégicas

A estratégia Corporativa orienta a condução e operação dos negócios a fim de alcançar sua Visão: “Ser referência nos negócios em que atua gerando valor de forma sustentável”. Para isso, a Copel Distribuição mantém um processo estruturado de planejamento estratégico, revisado anualmente, considerando as mudanças nos setores de atuação, na economia, alterações regulatórias e demandas das partes interessadas.

Manter a concessão

Atender os clientes com excelência;

Manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão; Renovar e modernizar os ativos da concessão.

Priorizar as pessoas

Desenvolver talentos e reter o conhecimento;

Promover ações de melhoria de qualidade de vida dos empregados; Primar pela segurança no trabalho.

Contribuir para o desenvolvimento sustentável do Paraná

Orientar sobre o uso seguro e racional da energia elétrica; Promover ações de interesse social alinhados ao nosso negócio; Investir em inovação e novas tecnologias.

Diretrizes Estratégicas

A partir do referencial estratégico da Companhia - Missão, Visão, Valores e diretrizes estratégicas, definidas e aprovadas pelo Conselho de Administração e Diretoria Executiva foram revisados os objetivos do Mapa Estratégico Corporativo e desdobrados em indicadores e metas capazes de orientar empregados, iniciativas corporativas e negócios da Companhia.

3.1.3 Estratégia e Cultura Organizacional

Com destaque e de forma inovadora, a Copel Distribuição realizou o mapeamento dos elementos da cultura organizacional a fim de identificar aqueles que contribuem ou se opõem aos objetivos estratégicos já definidos, permitindo, assim, definir cultura como um imperativo estratégico.

O Diagnóstico de Cultura Organizacional contribui para que a companhia possa identificar, analisar e desenvolver os principais elementos da cultura organizacional de forma a reforçar os que forem favoráveis e eliminar ou minimizar os que forem adversos. O desenvolvimento de elementos identificados da cultura organizacional visa à incorporação de comportamentos compatíveis com a promoção da excelência, à criação de valor para todas as partes interessadas e ao desenvolvimento sustentável.

A estratégia da Copel Distribuição, bem como a análise da cultura organizacional são comunicados aos empregados por meio do infográfico abaixo:

(12)

3.1.4 Códigos e Políticas

A Copel Distribuição segue as práticas e políticas de Governança adotadas pela Controladora, no tocante à Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Diretoria Executiva, Código de Conduta, Conselho de Orientação Ética e Comissão de Análise de Denúncias de Assédio Moral. Neste contexto, destaca-se:

Programa de Integridade

O Programa de Integridade é uma plataforma de disseminação dos compromissos da Copel Distribuição com a transparência e o combate à corrupção alinhado ao seu código de conduta. Há treinamentos do programa na modalidade de Ensino à Distância (EaD) objetivando ampliar a conscientização do comportamento ético entre todos os empregados da Companhia.

As normas éticas da Companhia são divulgadas em todos os canais de comunicação interna, permanecendo disponíveis na internet todas as regras corporativas relacionadas ao Programa de Integridade.

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Código de Conduta

O Código de Conduta da Copel estando alinhado aos valores, aos Princípios do Pacto Global da ONU e às diretrizes de Governança Corporativa, define ações que visam à integridade, a transparência, a segurança e a saúde, o documento aborda também a responsabilidade social e ambiental, o respeito e o relacionamento com os diversos segmentos em que atua.

Criado em 2003, com parâmetros éticos, deve servir como instrumento orientador dos atos de todos que exercem atividades em nome da Copel Distribuição.

Canais de denúncia

Visando acolher opiniões, críticas, reclamações, denúncias e consultas pessoais, a Copel disponibiliza canais de comunicação, que além de contribuir para o combate a fraudes e corrupção, também ampliam o relacionamento da organização com as partes interessadas. São eles:

Denúncia de furto de energia ou procedimento irregular

0800 51 00 116 http://www.copel.com

Recebe denúncias referentes a fraude ou furto de energia. Disponível 24 horas por dia com ligação gratuita, ou ainda, através de link no website da Copel.

Canal de Comunicação Confidencial

0800 643 5665

https://w w w .conformidade.com.br/CanalCopel/

Recebimento de denúncias e comunicações relativas ao não cumprimento de leis e normas, es pecialmente fraudes ou irregularidades que envolvam ques tões de finanças, auditoria ou contabilidade. O canal garante proteção, pres ervação da identidade do manifestante e respos ta à denúncia. Es tá disponível 24 horas por dia, sete dias da semana, através do webs ite ou ligação gratuita.

Ouvidoria

0800 647 0606 ouvidoria@copel.com

O canal é aberto a todos os públicos, interno e externo, para s uges tões , reclamações e denúncias. Dis ponível nos dias úteis, das 8h às 18h, com ligação gratuita. Além diss o, es tá apta a receber as reclamações pessoalmente ou por meio de corres pondência enviada ao endereço Rua Profess or Bras ilio Ovidio da Costa, 1703, no Bairro Santa Quitéria, CEP: 80310-130, em Curitiba – PR.

Comissão de Análise de Denúncias de

Assédio Moral - CADAM

cadam@copel.com

Atende e apoia todo empregado vítima de assédio moral em s eu ambiente de trabalho. As informações são confidenciais e tanto o denunciante como o denunciado tem garantia de preservação de identidade.

Conselho de Orientação Ética - COE

conselho.etica@copel.com

Aprecia e emite orientação em proces sos relacionados à conduta ética na Companhia e tem um prazo máximo de 90 dias para oferecer uma resposta final.

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3.2. Estrutura de Governança

3.3. Gestão de riscos

A Copel Distribuição adota a política de Gestão de Riscos da Controladora que, no intuito de fortalecer seu processo de Governança Corporativa, estabelece o Comitê de Gestão Integrada de Riscos Corporativos, o qual permite identificar e considerar todas as formas de riscos em seu processo decisório e nas atividades diárias.

As diretrizes adotadas estão refletidas na Política de Gestão de Riscos Corporativos e são baseadas em estruturas e padrões reconhecidos, como o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission - COSO e a ISO 31000, que têm como objetivos maximizar os valores econômicos, sociais e ambientais para todas as partes interessadas e assegurar a conformidade com as leis e regulamentos vigentes.

A estratégia de gestão de riscos adotada contempla riscos legais, regulatórios, socioambientais e reputacionais, servindo de base ao processo decisório e às atividades operacionais, levando em consideração, para tanto, os seguintes perfis de riscos: estratégico, operacional, divulgação e compliance. No modelo também são definidos os parâmetros de apetite ao risco, a possibilidade de ocorrência e seus impactos, prevendo ferramentas para seu tratamento preventivo e mitigação.

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Avaliação de Riscos de Corrupção

Como parte de sua Política de Gestão Integrada de Riscos Corporativos, a Copel busca assegurar um constante monitoramento de ameaça de corrupção no âmbito da Companhia e de fraudes no ambiente de controles internos. Em razão desses critérios de segurança todos os processos operacionais são submetidos anualmente à avaliação de riscos relacionados a erros ou fraudes, que possam interferir nos resultados das demonstrações financeiras. Nesse aspecto, são estabelecidos controles submetidos a testes pela Auditoria Interna e pelo Auditor Independente, cujos resultados são reportados à alta administração.

Auditoria Externa

Em relação à Auditoria Externa, da mesma forma, a Copel Distribuição segue diretrizes de Governança Corporativa da Controladora, que por sua vez segue dispositivos legais estabelecidos pela CVM.

A Companhia é auditada pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes desde 21 de março de 2016. Desde sua contratação foram prestados somente serviços relacionados à auditoria externa independente. A Companhia tem como ponto fundamental não contratar outros serviços de consultoria com a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes que possam interferir na independência e objetividade dos trabalhos de auditoria externa assegurando dessa forma a inexistência de conflitos de interesse.

O valor da sustentabilidade

A Companhia acredita que a sustentabilidade deve gerar valor para suas partes interessadas e minimizar os impactos negativos potenciais de sua operação. Com esse posicionamento, atrelado à gestão dos recursos naturais, busca-se harmonizar os aspectos econômicos, sociais e ambientais de suas atividades. As estratégias de sustentabilidade da Companhia estão alinhadas ao seu referencial estratégico, às melhores práticas do setor elétrico e aos compromissos assumidos.

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4.

AMBIENTE MACROECONÔMICO

No ano de 2018 a economia brasileira foi moldada por diversos elementos econômicos, políticos e institucionais que se refletiram na lenta recuperação e no baixo crescimento econômico do País. No final do mês de maio de 2018 o Brasil registrou a maior greve dos últimos tempos, quando os caminhoneiros, insatisfeitos com os preços do diesel, bloquearam rodovias o que provocou significativo desabastecimento de alimentos e combustível em todo território nacional. As incertezas externas provocadas por uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China, corroborado com o vaivém da saída do Reino Unido da União Europeia causaram grandes oscilações no dólar e na bolsa de valores que aliado às tensões internas do processo eleitoral brasileiro derrubaram ainda mais as estimativas para o crescimento econômico de 2018. Tal percepção se consolidou no recuo das expectativas de mercado para o PIB nacional levantadas a partir do Boletim Focus do Banco Central que, do pico de 2,9% em fins de fevereiro, caíram para 1,1% no final de dezembro. Por outro lado, o declínio das taxas de inflação, a Selic nos menores patamares desde 1998, em consonância com a modesta recuperação do mercado de trabalho, contribuíram para a expansão de 1,1% do produto interno bruto brasileiro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Em âmbito regional, o Paraná já havia antecipado os movimentos de recuperação da crise desde o segundo semestre de 2016, colhendo os excelentes resultados do desempenho no campo, quando se observou safra recorde de 41,5 milhões de toneladas de grãos em 2017. A estimativa para 2018 ficou aquém do ano anterior, mas com produção em patamares superiores aos verificados em 2016, de modo que os efeitos positivos beneficiados pela renda agrícola foram refletidos sobre os segmentos industriais, diretamente vinculados à agricultura, e sobre os demais setores como comércio e serviços. Além disso, o setor produtivo estadual veio recuperando progressivamente seus níveis de produção a partir do segundo semestre de 2017, com destaque para a indústria automobilística e de celulose e papel, apoiadas em parte, no mercado internacional. A expansão dos índices do comércio e do setor de serviços no Paraná também apresentou significativo crescimento, associado aos diversos setores do comércio varejista ampliado.

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5. AMBIENTE REGULATÓRIO

O Setor Elétrico Brasileiro vem enfrentando um cenário adverso ao longo dos últimos anos, resultante de condições hidrológicas desfavoráveis, do impasse relacionado ao déficit de geração hidrelétrica (GSF), do aumento no nível de exposição dos agentes, da judicialização no mercado de curto prazo e da consequente elevação das tarifas.

As distribuidoras, mesmo com a revisão, em 2018, do mecanismo de acionamento e tratamento da cobertura das bandeiras tarifárias, implementado a partir de 2015, com o objetivo de atenuar o impacto financeiro gerado pelos passivos regulatórios, ainda convivem com o déficit de caixa decorrente do descolamento entre os custos previstos nos processos tarifários e os seus custos efetivos. Apesar da alteração aprovada em abril de 2018, considerando para o acionamento das bandeiras o déficit de geração hidráulica (GSF) e o preço de energia elétrica de curto prazo (PLD), ainda é preciso avançar, ou seja, cabe ao setor viabilizar soluções que resolvam, de fato, o impasse do risco hidrológico e destravem o mercado.

Em paralelo, a visão de futuro do Setor Elétrico Brasileiro também passa pela discussão de novos modelos de negócios e pela modernização das tarifas, decorrentes da utilização de novas tecnologias. A partir de 2017, por exemplo, observou-se a evolução da quantidade de micro e minigeradores de energia, ou seja, unidades consumidoras conectadas à rede de distribuição e que produzem, utilizam e comercializam sua própria energia a partir de pequenas centrais geradoras (hidráulicas, solares, eólicas, biomassa ou cogeração qualificada). Entretanto, tais movimentos representam reduções no mercado cativo e, portanto, também trazem grandes desafios a serem enfrentados pelas distribuidoras nos próximos anos.

Ainda em 2017, no intuito de trazer estabilidade regulatória e jurídica ao setor elétrico, foi aberta, pelo Ministério de Minas e Energia, a Consulta Pública 33/2017 com o intuito de aprimorar a legislação do Setor Elétrico. Após um período de encaminhamento de contribuições por parte dos agentes, o Ministério de Minas e Energia elaborou documento com um conjunto de propostas a ser submetido ao Congresso Nacional. Dentre os encaminhamentos sinalizados pelo Ministério de Minas e Energia estão: aprimoramentos na formação de preços e funcionamento do mercado, internalização de externalidades ambientais associadas a emissões, separação de lastro e energia, ampliação do mercado livre e alterações na alocação de riscos de decisões de despacho na contratação regulada.

Ao longo do ano de 2018, a Aneel promoveu seminários e uma consulta pública para a discussão a respeito do aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída. O objetivo é adequar a regulamentação vigente, de forma que o modelo seja sustentável. Um dos temas centrais diz respeito a quais componentes tarifárias (TUSD e TE) devem ser objeto da compensação. A audiência pública para definição destas questões está prevista na agenda regulatória 2019/2020 da Aneel.

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Através da REN nº 824/2018, de 17/07/2018, a Aneel instituiu o Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE), buscando regulamentar o art. 6º da Lei nº 13.360/2016 no tocante às normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos. O referido dispositivo confere permissão às Distribuidoras de energia elétrica para negociar a venda do excedente de energia que não for contratada para atendimento ao mercado cativo. Trata-se, portanto, de um novo sistema de negociação de energia entre distribuidores e agentes de geração, consumidores livres, especiais e comercializadores.

A participação dos agentes de distribuição no Mecanismo é voluntária, e estes podem declarar sua oferta estabelecendo o montante de energia elétrica (convencional ou especial) e preço a que estão dispostos a negociar. Os compradores declararão montante de energia elétrica e preço, por submercado e por tipo de energia, a que estão dispostos a comprar. O preço praticado em todos os contratos para o período da venda será o preço de equilíbrio do Mecanismo, dado por submercado e por tipo de energia. A contabilização e a liquidação do contrato serão realizadas de forma centralizada pela CCEE, antes da contabilização e liquidação do Mercado de Curto Prazo - MCP.

As primeiras rodadas do MVE foram executadas no final do ano de 2018, onde foram negociados produtos trimestral, semestral e anual com suprimento em 2019. Nesta oportunidade a Copel não aderiu ao mecanismo.

Além destes fatos, também pode-se destacar a Portaria nº 514, publicada pelo Ministério de Minas e Energia em 28/12/2018, buscando iniciar a implementação das medidas propostas na Consulta Pública 33/2017. A Portaria estabelece a redução gradual dos limites para migração dos consumidores para o mercado livre de energia, a qual se dará em dois momentos: (a) a partir de julho/19, o limite será reduzido de 3 MW para 2,5 MW de carga, e: (b) a partir de janeiro de 2020, o limite será reduzido para 2 MW de carga.

Também nesta data, através do Decreto nº 9.642/2018, o governo determinou a redução dos subsídios tarifários custeados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), à razão de 20% ao ano, a partir de 1º de janeiro de 2019. Outro tema que deve adentrar 2019 é a discussão a respeito da implementação de uma tarifa binômia para o consumidor conectado em baixa tensão.

5.1. Reajuste Tarifário Anual – RTA

O processo de Reajuste Tarifário tem por objetivo repassar: os custos não gerenciáveis (Parcela A), que abrangem os custos relacionados à aquisição de energia elétrica, uso dos sistemas de transmissão, encargos setoriais e receitas irrecuperáveis, e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis (Parcela B), inerentes à atividade de distribuição de energia, ou seja, os custos operacionais e de remuneração de capital.

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Em junho de 2018, através da Resolução Homologatória nº 2.402/2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou o último reajuste tarifário anual da Copel Distribuição S.A, que correspondeu ao efeito tarifário médio a ser percebido pelos consumidores de 15,99%, sendo 17,55%, em média, para os consumidores conectados em alta tensão e 15,13%, em média, para os consumidores conectados em baixa tensão.

5.2. Tarifa Branca

Desde 1º de janeiro de 2018 está em vigor a Tarifa Branca, modalidade tarifária que apresenta variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo.

A intenção da Tarifa Branca é de racionalizar o consumo de energia nos horários de ponta (17:30h às 20:29h) e estimular a utilização nos períodos de baixa demanda. Esta modalidade é oferecida para as unidades consumidoras de baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts), denominadas de grupo B.

As condições para aplicação da tarifa branca estão estabelecidas nas Resoluções Normativas ANEEL 414/2010 e 733/2016.

5.3. Sobrecontratação

No modelo regulatório vigente, o processo de compra de energia elétrica pelas distribuidoras é regulado pela Lei nº 10.484/2014 e pelo Decreto nº 5.163/2004, que determinam que estas devem adquirir o volume

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A verificação do atendimento da totalidade do mercado considera o período compreendido pelo ano civil, sendo a diferença entre os custos remunerados pela tarifa e os efetivamente realizados com a compra de energia integralmente repassados aos consumidores cativos, desde que a Distribuidora apresente nível de contratação entre 100% e 105% do seu mercado. Entretanto, caso as distribuidoras apurem níveis de contratação inferiores ou superiores aos limites regulatórios, estas ainda poderão manter a garantia de neutralidade, caso se identifique que tal violação decorre de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, que não permitem gerenciamento por parte do comprador.

Nos últimos anos, o segmento de distribuição esteve exposto a um cenário de sobrecontratação generalizada, à medida que a maioria das empresas apurou nível de contratação superior a 105%.

Entendendo que vários dos fatores que contribuíram para esta situação são extraordinários e inevitáveis por parte das distribuidoras, tais como a alocação compulsórias de cotas de garantia física e a migração em massa de consumidores para o mercado livre, a Agência Reguladora e o Ministério de Minas e Energia implementaram uma série de medidas visando a mitigação da sobrecontratação, destacando-se:

Resolução Normativa 706/2016, que regulamentou o reconhecimento da sobrecontratação involuntária decorrente da realocação de cotas de garantia física das usinas renovadas de acordo com a Lei nº 12.783/2013;

Resoluções Normativas 693/2015 que regulamentou o Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova – MCSD-EN, voltado aos contratos provenientes de novos empreendimentos de geração, através do qual se permitiu a realocação de energia entre distribuidoras e geradores; Resolução Normativa 711/2016 que estabeleceu de critérios e condições para a realização de acordos bilaterais entre distribuidoras e geradores, nas modalidades de redução temporária, total ou parcial da energia contratada, redução permanente, porém parcial do contrato, ou ainda a rescisão contratual. Decreto nº 9.143/2017 que, dentre outras medidas, alterou o Decreto nº 5.163/2004, reconhecendo: i) a involuntariedade das exposições contratuais decorrentes da migração de consumidores especiais ao mercado livre, desde que observada pela Aneel a avaliação do máximo esforço pelas distribuidoras; e ii) o direito a redução contratual de leilões de energia existente, dos montantes relativos à migração de consumidores especiais ao mercado livre. Os contratos elegíveis são aqueles decorrentes dos leilões de energia existente realizados após junho de 2016, conforme Resolução Normativa nº 726/2016; e Resolução Normativa n° 824/2018 que estabeleceu os critérios para processamento do Mecanismo de Venda de Excedentes de energia elétrica pelas distribuidoras.

Em relação a contratação, preliminarmente, ainda em 2017, e ao longo do ano de 2018, os indicadores da Copel Distribuição frequentemente apontavam para cenários de sobrecontratação. Neste período prevaleceu a constante vigilância dos indicadores dos níveis de contratação, sendo necessárias ações mitigadoras.

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Foram utilizadas todas as ferramentas disponíveis para o gerenciamento da contratação pela Distribuidora, buscando desta forma atender à exigência de empenhar o máximo esforço para adequar seu nível de contratação aos limites regulatórios. Neste contexto, podemos destacar as seguintes ações:

a) Declaração sobras nos MCSDs de Energia Nova e Trocas Livres, relacionadas aos montantes de energia excedentes de cotas de garantia física e descontratada por consumidores especiais;

b) Devolução integral no MCSD 4%, referentes às variações de mercado de até 4% dos montantes contratados de energia existente;

c) Devolução integral nos MCSDs Mensais, dos montantes disponíveis de energia existente no portfólio da Distribuidora, relacionadas à descontratação de consumidores potencialmente livres; e d) Estabelecimento de tratativas com geradores para a redução de contratos, celebrando acordos

bilaterais nos termos da Resolução Normativa nº 711/2016.

A Copel Distribuição encerrou o ano de 2018 dentro dos limites regulatórios de contratação de 100% a 105%, garantindo assim a neutralidade dos custos associados à compra de energia.

5.4. Bandeiras Tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias tem como finalidade sinalizar aos consumidores as condições de geração de energia elétrica no SIN, por meio da cobrança de valor adicional na Tarifa de Energia - TE, permitindo a oportunidade de adequação de seu consumo ao preço real da energia elétrica. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. A Resolução Normativa nº 826/2018, aprovou a versão 1.6 do módulo 6.8 dos Procedimentos de Regulação Tarifaria - PRORET, que estabelece os procedimentos comerciais para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias. Os valores das bandeiras tarifárias são publicados pela Aneel, a cada ano civil, em ato específico.

Através da Audiência Pública nº 61/2017, foi proposta nova sistemática para o acionamento das bandeiras tarifárias, contemplando a revisão dos valores e do desenho de acionamento. A proposta resultou na fixação do valor da bandeira amarela em R$ 1,00 a cada 100kWh consumidos, a bandeira vermelha do patamar 1 em R$ 3,00 a cada 100kWh consumidos e a bandeira vermelha do patamar 2 em R$ 5,00 a cada 100kWh consumidos. Tal sistemática vem sendo aplicada desde novembro de 2017.

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O gráfico abaixo demonstra o histórico de bandeiras tarifárias e valores cobrados:

5.5. Prorrogação da Concessão

Em 02.06.2015, publicou-se o Decreto nº 8.461, o qual regulamentou a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica de que trata o art. 7º da Lei nº 12.783, de 11.01.2013. Por esse decreto, o Ministério de Minas e Energia - MME pôde prorrogar as concessões de distribuição de energia elétrica por trinta anos, com vistas a atender aos seguintes critérios:

I – Eficiência com relação à qualidade do serviço prestado;

II – Eficiência com relação à gestão econômico-financeira;

III – Racionalidade operacional e econômica; e

IV – Modicidade tarifária.

Em 09.11.2015, por Despacho do Ministro de Minas e Energia, foi deferido o requerimento para a prorrogação, sendo que no início de dezembro de 2015 foi assinado o quinto aditivo contratual que formalizou a prorrogação do Contrato de Concessão do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica nº 46/1999, até 07.07.2045.

O quinto termo aditivo impõe condicionantes relacionadas a indicadores de qualidade do serviço e sustentabilidade econômico-financeira, os quais serão suportados por um programa de investimentos com foco em automação e novas tecnologias, pela aplicação integral dos reajustes tarifários aprovados pela Aneel, e pela implementação da estrutura de governança corporativa definida pela Resolução Normativa nº 787, de 24.10.2017, da ANEEL, com vigência a partir de 01.01.2018, assegurando a blindagem e individualização da Copel Distribuição.

A tabela a seguir apresenta as metas definidas para a Copel Distribuição nos primeiros cinco anos de renovação:

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Ano Meta Realizado

(R$ mil) DECi

(b)

FECi (b) DECi FECi

2016 - - 13,61 9,24 .10,80 ...7,14

2017 Lajida ≥ 0 (c) 661.391 12,54 8,74 .10,41 ...6,79

2018 Lajida (-) QRR ≥ 0 (d) 550.675 11,23 8,24 10,29 ..6,20

2019 {Dívida Líquida / [Lajida (-) QRR ≥ 0]} 1 / (0,8 * Selic) (d) (e) 10,12 7,74 -

-2020 {Dívida Líquida / [Lajida (-) QRR ≥ 0]} 1 / (1,11 * Selic) (d) (e) 9,83 7,24 -

-(d) QRR: Quota de Reintegração Regulatória ou Despesa de Depreciação Regulatória. Será o valor definido na última Revisão Tarif ária Periódica - RTP, acrescido do IPCA entre o mês anterior ao da RTP e o mês anterior ao do período de 12 meses da aferição de sustentabilidade econômico-financeira.

Qualidade - limites (a) Qualidade - realizado

(b) DECi - Duração Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora; e FECi - Frequência Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora.

Gestão Econômico-Financeira

(a) Conf orme NT 0335/2015 Aneel.

(c) Lajida regulatório ajustado por eventos não recorrentes (PDV, benefício pós emprego, provisões e reversões) conforme cláusula sexta, anexo III, do Quinto Termo Aditivo ao Contrato de Concessão.

(e) Selic: limitada a 12,87% a.a.

A Companhia atingiu os indicadores anuais e reitera o seu compromisso com a sustentabilidade econômica da concessão e com a continuidade dos investimentos respaldada em uma gestão de controle de custos, maximização da produtividade e melhoria da eficiência operacional.

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6. COMPORTAMENTO DO MERCADO

6.1. Mercado de energia – Cativo e Fio

De janeiro a dezembro o consumo do mercado cativo foi de 19.594 GWh, com variação negativa de 0,8%, em relação ao ano anterior.

A quantidade de consumidores cativos faturados pela Copel Distribuição foi 1,7% superior ao verificado em dezembro do ano passado, totalizando 4.637.804 consumidores. Em 2018 foram agregados ao sistema 77.311 consumidores cativos.

Em 2018, o mercado fio, que leva em conta todos os consumidores que acessaram a rede da Distribuidora, cresceu 1,9%, com forte influência da classe industrial. Neste segmento, os ramos industriais que mais contribuíram para esse resultado foram os de “Alimentos”, “Celulose & Papel” e da “Madeira”, que juntos representaram mais de 50% do consumo industrial e registraram variação média de 4,8% em 2018.

O mercado fio alcançou em 2018 os patamares de consumo do período pré-crise, de quatro anos atrás. A classe industrial já havia recuperado tais patamares de consumo em 2017, e as classes residencial e comercial continuam apresentando evolução positiva, no entanto, ainda não recuperaram os patamares de 2014.

A tabela abaixo apresenta o comportamento do mercado cativo por classe de consumo em número de consumidores: Consumidores 2018 2017 2016 2015 2014 Residencial 3.754.598 3.682.009 3.597.105 3.527.126 3.437.030 Industrial 73.070 76.328 82.021 88.276 91.068 Comercial 400.209 389.844 382.121 376.959 369.205 Rural 352.074 354.829 360.066 368.297 372.464 Poderes Públicos 38.894 39.311 39.613 39.010 39.425 Iluminação Pública 12.954 12.436 12.172 12.770 12.301 Serviço Público 5.351 5.035 4.940 4.864 4.656 Próprio 654 701 729 760 821 Total 4.637.804 4.560.493 4.478.767 4.418.062 4.326.970 Variação 1,7% 1,8% 1,4% 2,1% 3,5% Número de Consumidores

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A tabela abaixo apresenta o comportamento do mercado fio e cativo por classe de consumo em energia consumida:

Mercado Atendido - GWh 2018 2017 2016 2015 2014

Energia Faturada 19.873 20.264 22.942 24.742 24.907

Fornecimento (Mercado Cativo) 19.594 19.743 22.328 24.043 24.208

Residencial 7.238 7.126 6.932 6.957 7.267 Comercial 4.653 4.651 5.059 6.929 6.838 Industrial 2.935 3.254 5.753 5.530 5.470 Rural 2.288 2.257 2.179 2.256 2.252 Poderes Públicos 652 659 651 664 695 Iluminação Pública 1.054 1.032 1.000 971 946 Serviço Público 754 740 733 713 715 Próprio 20 24 21 23 25

Suprimento p/ agentes de distribuição 279 521 614 699 699

Uso da Rede de Dsitribuição 10.079 9.136 5.325 4.101 4.521

Consumidores Livres Distribuição (Fio) 9.568 8.873 5.273 4.045 4.483 Concessionárias Livres (Fio) 511 263 52 56 38

Total 29.952 29.400 28.267 28.843 29.428

Variação 1,9% 4,0% -2,0% -2,0% 5,2%

Mercado Atendido

A tabela a seguir apresenta a energia requerida, que em 2018 apresentou um acréscimo de 2,38% em relação a 2017.

Energia Requerida - GWh 2018 2017 2016 2015 2014

Venda de Energia 19.873 20.264 22.942 24.742 24.907

- Fornecimento 19.594 19.743 22.328 24.043 24.208 - Suprimento p/ agentes de distribuição 279 521 614 699 699 - Consumidores Livres/Suprimento Fio 10.079 9.136 5.325 4.100 4.521 Consumidores Rede Básica

Mercado Atendido 29.952 29.400 28.267 28.842 29.428

Perdas na Rede Básica 445 455 487 575 541 Perdas na Distribuição 2.734 2.505 2.510 2.422 2.598 Perdas Técnicas 1.933 1.956 1.888 1.908 1.996 Perdas não Técnicas - PNT 800 550 622 514 602

PNT / Energia Requerida % 2,4% 1,7% 2,0% 1,6% 1,8%

Perdas Totais - PT 3.179 2.960 2.997 2.997 3.139

PT / Energia Requerida % 9,6% 9,1% 9,6% 9,4% 9,6%

Total 33.131 32.360 31.264 31.839 32.567

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7. DESEMPENHO OPERACIONAL

7.1. Compra de Energia

Pelo atual marco regulatório, a contratação de energia pelas distribuidoras ocorre principalmente através de leilões regulados pela Aneel. Para suprir o mercado dos próximos anos, a Copel Distribuição participou em 2018 dos seguintes leilões: 28º Leilão de Energia Nova (A-6), realizado em 09.09.2018, com aquisição de 39 MWmédios e início de suprimento a partir de 01.01.2024.

Para atendimento do mercado em 2018, iniciou-se o suprimento dos contratos negociados em anos anteriores: 16º Leilão de Energia Nova (A-5) e 18º Leilão de Energia Nova (A-5), ambos contratados em 2013 e 22º Leilão de Energia Nova (A-3), contratado em 2015.

7.2. Fluxo de Energia (em % e GW/hora)

Fluxo de energia (GWh)

CCEAR 10.783 41,9%

CCEAR 10.691 ENERGIA VENDIDA 22.274 86,5%

CCEAR COPEL GeT 92 Distribuição direta 19.594 Concessionárias e permissionárias (a) 226 Suprimento concessionária CCEE (b) 53 Cessões MCSD EN (c) 1.418 Mercado de Curto Prazo 983

ENERGIA COMPRADA 25.751

PERDAS E DIFERENÇAS 3.477 - 13,5%

Perdas rede básica 445 Perdas distribuição 2.734 Alocação de contratos no CG (d) 298 (a) Suprimento de energia a concessionárias e permissionárias com mercado próprio inferior a 500GWh/ano

(b) Suprimento de energia a distribuidora agente da CCEE, através de Contrato Bilateral Regulado - CBR

(c) Cessões MCSD EN-Cessões contratuais a outras distribudoras através do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déf icits de Energia Nova (d) CG = Centro de Gravidade do Sistema Elétrico (diferença entre a energia contratada e a recebida no CG - estabelecido em contrato).

CCGF 6.520 25,3% ITAIPU 5.726 22,2% ANGRA 1.009 3,9% PROINFA 493 1,9% ELEJOR 1.186 4,7% MERCADO DE CURTO PRAZO 34 0,1% 7.2.1 Operação

Em 2018, foram conectadas subestações para reforçar o sistema elétrico de distribuição, melhorando a qualidade e aumentando a disponibilidade de energia aos consumidores. As obras de novas subestações e ampliações concluídas são:

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Subestação Potência (MVA) Localidade

Implantações

SE Queimados 34,5 kV - IMPLANTAÇÃO 1 (QMD) 7,00 Palmeira

SE Rio Branco do Sul 138 kV - IMPLANTAÇÃO 2 (RBS) 30,00 Rio Branco Do Sul

Ampliações

SE Cambira 34,5 kV - AMPLIAÇÃO 5 (CAM) 7,00 Cambira

SE Matelândia 34,5 kV - AMPLIAÇÃO 5 (MAT) 7,00 Matelândia

SE Novo Mundo 69 kV - AMPLIAÇÃO 3 (NMU) 41,67 Curitiba

Ao todo, em 2018 estes empreendimentos adicionaram aproximadamente 92,67 MVA ao sistema de distribuição.

Linhas de Distribuição

Na tabela a seguir são apresentadas as extensões de linhas de distribuição da Copel Distribuição:

Linhas de Distribuição Extensão (em km)

13,8 kV 106.732 34,5 kV 87.090 69,0 kV 751 138,0 kV 6.265 Total 200.838Subestações

A tabela a seguir apresenta o parque de subestações da Copel Distribuição, aberto por tensão:

Tensão Automatizadas MVA

34,5 kV 225 1.502 69,0 kV 35 2.393 88,0 kV 0 5 138,0 kV 109 7.125 Total 369 11.025Qualidade de fornecimento

A qualidade de fornecimento é medida por indicadores que monitoram o desempenho das distribuidoras quanto à continuidade do serviço prestado. O DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período. O FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade consumidora. É a partir do DEC e do FEC que a ANEEL estabelece os parâmetros individuais de continuidade (Duração de interrupção individual por unidade

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de interrupção contínua por unidade consumidora ou ponto de conexão - DMIC) e que são informados mensalmente na conta de energia elétrica do consumidor.

Esses indicadores são revistos na Revisão Tarifária Periódica - RTP, e vão se tornando cada vez mais rigorosos, a fim de melhorar a qualidade do serviço prestado ao consumidor. O indicador é previsto no Contrato da Concessão, sendo que o descumprimento do critério de eficiência com relação à qualidade do serviço prestado, por dois anos consecutivos durante o período de avaliação ou no ano de 2020, acarretará a extinção da concessão.

O resultado dos indicadores DEC e FEC da Copel Distribuição apresentou melhoria na quantidade e na duração das interrupções para o ano de 2018, em comparação com o ano anterior, resultado dos investimentos em obras de desempenho e expansão, incremento de manutenções periódicas e inspeções preventivas, apresentados na tabela a seguir:

Jan/Dez DEC (horas) Copel FEC (interrupções) Copel Tem po de espera (horas)

2014 14,01 8,92 01:49

2015 13,67 8,33 02:03

2016 10,81 7,23 01:46

2017 10,46 6,83 02:30

2018 10,31 6,22 03:31

Gestão de Perdas de Energia

O sistema elétrico é composto por geração, transmissão e distribuição. As perdas referem-se à energia elétrica gerada que passa pelas linhas de transmissão (Rede Básica) e redes da distribuição, mas que não chega a ser comercializada, seja por motivos técnicos ou comerciais.

Neste contexto, as perdas podem ser segmentadas entre Perdas na Rede Básica, que são externas ao sistema de distribuição da concessionária e tem origem iminentemente técnica, e as Perdas na Distribuição que podem ser de natureza técnica ou não técnica.

As perdas técnicas se referem à parcela das perdas na distribuição inerente ao processo de transporte, transformação de tensão e medição da energia na rede da concessionária. As perdas não técnicas, por sua vez, representam todas as demais perdas associadas à distribuição de energia elétrica, tais como furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, entre outros.

No ano de 2018, considerando a energia elétrica injetada na rede de distribuição da Companhia, que corresponde a toda energia elétrica que passou por seu sistema de distribuição para atendimento de clientes cativos e livres, tiveram perdas globais de 9,7%, sendo 0,5 p.p. superior em relação ao ano anterior.

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A Copel Distribuição mantém um Programa de Combate às Perdas não Técnicas que consiste em várias ações que objetivam reduzir ou manter o nível atual de perdas não técnicas, através das seguintes ações:

Mapeamento constante da situação das ligações clandestinas , através da identificação das áreas e da quantidade de famílias com ligações clandestinas;

Aperfeiçoamento das ações de combate ao procedimento irregular, melhorando o desempenho das inspeções direcionadas;

Investimentos destinados à disponibilização e ou aquisição de equipamentos para inspeção;

Elaboração e execução de treinamentos específicos e reciclagem relacionados a perdas comerciais; Realização de inspeções, tanto na Média como na Baixa Tensão;

Notas educativas na imprensa e mensagens na fatura de energia elétrica. Operações conjuntas com a Polícia Civil e Ministério Público;

Abertura de inquérito policial nas regiões onde constatados números expressivos de procedimentos irregulares.

Em função das ações realizadas, a efetividade das inspeções aumentou significativamente nos últimos anos, passando de 11,1% em 2012 para 29,3% em 2018, quando foram feitas 40.922 inspeções e detectados 12.006 procedimentos irregulares. As prospecções, para a realização das inspeções, são feitas através da utilização das informações disponíveis no cadastro das unidades consumidoras, instalação de medição fiscal e da análise de nichos de fraudadores instalados nas diversas classes de consumo.

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8. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Os comentários da Administração sobre o Desempenho Econômico Financeiro, para melhor apreciação devem ser lidos em conjuntos com as Demonstrações Contábeis Regulatórias e as Notas Explicativas.

8.1. Receita Operacional Líquida

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 9.067.398 8.500.024 6,7% 100,0%

Fornecim ento de Energia Elétrica 4.265.180 3.410.706 25,1% 47,0%

Residencial 1.653.659 1.288.536 28,3% 18,2%

Industrial 687.395 591.709 16,2% 7,6%

Comercial, Serviços e Outras Atividades 1.089.700 862.427 26,4% 12,0%

Rural 386.408 312.115 23,8% 4,3%

Poder Público 158.198 130.617 21,1% 1,7%

Iluminação Pública 142.654 112.280 27,1% 1,6%

Serviço Público 147.166 113.022 30,2% 1,6%

Suprim ento de Energia Elétrica 416.569 666.645 -37,5% 4,6%

Câmara Comercialização Energia Elétrica-CCEE 314.900 514.352 -38,8% 3,5%

Contratos Bilaterais 101.669 152.293 -33,2% 1,1%

Disponibilidade da Rede Elétrica 3.208.309 3.118.537 2,9% 35,4%

Residencial 1.030.998 1.009.354 2,1% 11,4%

Industrial 446.520 457.582 -2,4% 4,9%

Comercial, Serviços e Outras Atividades 643.512 650.760 -1,1% 7,1%

Rural 245.445 235.689 4,1% 2,7%

Poder Público 102.575 102.668 -0,1% 1,1%

Iluminação Pública 83.786 82.462 1,6% 0,9%

Serviço Público 65.466 62.871 4,1% 0,7%

Consumidores Livres 588.962 516.072 14,1% 6,5%

Rede básica, de fronteira e de conexão 1.045 1.079 -3,2% 0,0%

Ativos e Passivos Financeiros Setoriais 410.715 718.826 42,9% 4,5%

Doações, Contribuições e Subvenções 748.210 569.235 31,4% 8,3%

Serviços Cobráveis 18.415 16.075 14,6% 0,2%

% ROL 2018

Variação da Receita (R$ m il) 2018 2017 Variação %

Em 2018 a Copel Distribuição apurou Receita Operacional Líquida – ROL com acréscimo de 6,7%, correspondente a R$ 567,4 milhões em relação a 2017, impactado por:

1) Aumento de R$ 854,5 milhões, 25,1%, na receita de Fornecimento que foi impactada pelos efeitos do RTA de 2018 que reajustou a tarifa da energia em 15,61% em junho/2018 (10,28% em junho/2017). 2) A variação positiva de R$ 89,8 milhões, 2,9%, da Disponibilidade da Rede Elétrica decorre,

principalmente, pelo reajuste de 16,41% em junho/2018 (0,85% em junho/2017), bem como pela recuperação do mercado fio em 1,9% (acumulado em 12 meses), reduzida pelo aumento do encargo da CDE Uso em 49,1%, R$ 1.040,0 milhões em 2018 e R$ 697,6 milhões em 2017. Em 2018 esse

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encargo permaneceu acima da cobertura tarifária (abaixo em 2017), ou seja, a diferença foi reconhecida nos Ativos Financeiros Setoriais para o próximo ciclo tarifário.

3) Redução de 37,5% na Receita de Suprimento em relação ao mesmo período de 2017, devido à variação negativa da receita de venda de energia no MCP decorrente de maior sobra de energia em 2017 frente a 2018, liquidados ao PLD; e pela redução na receita dos contratos bilaterais decorrente, principalmente pelo desligamento de supridas.

4) Os Ativos Financeiros Setoriais Líquidos tiveram redução de 42,9% decorrente das variações entre os custos não gerenciáveis da Parcela A comparados com a cobertura tarifária prevista, que resultou em maior valor de constituição líquida ativa de CVA e itens financeiros, principalmente:

• Pela maior amortização do ciclo tarifário de 2017-2018 em relação ao anterior (2016-2017);

• Pela redução dos Encargos de Serviços do Sistema – ESS, resultando em constituição de passivo. Compensado pelo:

• Aumento na constituição do custo de aquisição de energia elétrica de Itaipu decorrente da variação cambial, onde a tarifa, em dólar, de repasse da UHE Itaipu fixada para o exercício de 2018 foi de US$ 27,87/kW, sendo que o dólar utilizado nos pagamentos mensais foi superior à cobertura tarifária;

• Maior constituição nos custos de energia comprada, devido, principalmente, aos efeitos da contratação por disponibilidade (ECD) – associado ao despacho de usinas térmicas e à geração dos empreendimentos eólicos, e pelo repasse do risco hidrológico, compensado parcialmente pelos recursos recebidos de Bandeiras Tarifárias;

• Aumento das cotas de pagamento mensal da quota de CDE Uso em 2018.

5) As Doações e Subvenções apresentaram aumento de 179,0 milhões, 31,4%, em função do aumento da subvenção CDE; do valor recebido pelo ressarcimento de P&D e PEE e de Bandeiras Tarifárias, que somados totalizaram R$ 94,8 milhões; compensado pela redução das liminares relativas à CDE Uso e CDE Energia.

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8.2. Custos e Despesas Operacionais

Os Custos e Despesas Operacionais apresentaram acréscimo de R$ 343,9 milhões em 2018, 4,1% em relação a 2017.

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS 8.703.962 8.360.060 4,1% 96,0%

a. Custos Não Gerenciáveis (Parcela A) 6.589.781 6.272.775 5,1% 72,7%

Energia Elétrica Comprada para Revenda 5.577.719 5.717.970 -2,5% 61,5%

Encargos de Uso da Rede Elétrica 1.012.062 554.805 82,4% 11,2%

b. Custos Gerenciáveis (Parcela B) 2.114.181 2.087.285 1,3% 23,3%

Pessoal e Administradores 1.001.313 981.625 2,0% 11,0%

Material 60.379 60.320 0,1% 0,7%

Serviços de Terceiros 339.400 347.393 -2,3% 3,7%

Provisão (reversão) para litígios 186.847 151.033 23,7% 2,1%

PECLD 81.703 83.916 -2,6% 0,9%

Depreciação e Amortização 349.181 353.788 -1,3% 3,9%

Outros Custos e Despesas Operacionais 95.358 109.210 -12,7% 1,1%

% ROL 2018 Variação dos Custos e Despesas (R$ mil) Variação

% 2017

2018

Custos não gerenciáveis – Parcela A

Parcela A em 2018 representa 75,7% dos custos totais e apresentou aumento de 317,0 milhões em relação ao ano anterior, 5,1%.

Os custos com Energia Elétrica Comprada para Revenda apresentaram redução de R$ 140,3 milhões impactados, principalmente, pela queda da energia adquirida no curto prazo (CCEE) em R$ 185,7 milhões e pela adesão da distribuidora ao Mecanismo de Cessão de Sobras e Déficits de Energia Nova – MCSD-EN, no montante de R$ 257,7 milhões acumulados no ano, e que possibilitou a redução dos montantes de energia contratados em leilão. Frente à redução percebida, houve aumento nos custos de energia no ambiente regulado (CCEAR), notadamente a energia adquirida de Itaipu, decorrente do Risco Hidrológico, variação de R$ 154,2 milhões, 13,8% no período.

Os custos de Encargos de Uso da Rede Elétrica sofreram elevação de R$ 457,3 milhões, 82,4% no período, devido, principalmente, às indenizações às transmissoras que impactou os custos de Transporte e Rede Básica; pela elevação dos custos relativos aos Encargos de Serviço do Sistema – ESS, decorrente dos despachos térmicos; pelo pagamento de Energia de Reserva; compensando pelo recebimento de recursos do CONER de R$ 119,8 milhões no ano (R$ 189,5 milhões em 2017).

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