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ESTRUTURA DE CAPITAL: SIMILARIDADES ENTRE EMPRESAS. Palavras-chave: Estrutura de capital. Isomorfismo. Desempenho econômico-financeiro.

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ESTRUTURA DE CAPITAL: SIMILARIDADES ENTRE EMPRESAS

Maurício Leite Universidade Regional de Blumenau (FURB) Jaqueline Carla Guse Universidade Regional de Blumenau (FURB) Nelson Hein Universidade Regional de Blumenau (FURB)

RESUMO

O objetivo do presente estudo consiste em avaliar a similaridade da estrutura de capital entre as empresas latino americanas do mesmo segmento. Dessa forma realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental. Para análise dos dados adotou-se a análise discriminante, que se trata de uma técnica de análise multivariada. Os resultados encontrados demonstraram que Pelos resultados encontrados em todos os setores analisados comprovou-se que as empresas se assemelham-se umas ás outras em relação às variáveis de endividamento e estrutura de capital. Por meio da análise discriminante pode-se verificar que em todos os períodos as variáveis vendas e tamanho são as que mais discriminam os grupos, ou seja, seu poder de diferenciação é maior que as demais variáveis.

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1 INTRODUÇÃO

A necessidade de capital operacional de uma empresa exige muitas vezes angariação de recursos externos por meio de uma combinação de capital próprio e dívida, sendo que esta combinação é denominada de estrutura de capital. A decisão sobre estrutura de capital de uma empresa inclui a escolha de uma estrutura de capital ideal, vencimento médio de suas dívidas, tipos específicos de financiamento, além das decisões operacionais que os administradores tomam visando o aumento do valor da empresa (BRIGHAM; EHRHARDT, 2012).

Os determinantes da estrutura de capital não estão restritos aos fatores específicos das empresas que incluem entre outros, nível de tangibilidade, tamanho, rentabilidade, risco, oportunidades de crescimento, nível de imposto de renda, benefícios fiscais. Há outros fatores podem, ou devem, influenciar no nível de endividamento das organizações tal como o ambiente na qual ela está inserida (BASTOS; NAKAMURA; BASSO, 2009).

Neste sentido, Terra (2007) aponta que fatores específicos de cada país como infraestrutura institucional, as práticas legais e contábeis, a infraestrutura financeira e o ambiente macroeconômico são importantes na determinação da estrutura de capital das organizações, sejam elas inseridas em mercados emergentes ou em mercados desenvolvidos.

Evidências obtidas por Kester (1986), apontam que empresas mais rentáveis tendem a manter um nível de endividamento mais baixo. Titman e Wessels (1988) constataram em seus estudos que os níveis de endividamento são negativamente relacionados ao lucro antes de juros e impostos. As justificativas encontradas para esse fato é de que as empresas financiam novos investimentos predominantemente com dívidas, ou que as empresas com baixo desempenho tendem a bancar suas despesas acumulando dívidas.

Céspedes, Gonzáles e Molina (2010), constataram que as empresas latino americanas com mais oportunidades de crescimento tendem a apresentar maior endividamento financeiro, o que afeta diretamente a sua estrutura de capital. Os autores argumentam que os níveis elevados de concentração de propriedade das empresas latino americanas possuem uma relação positiva com o endividamento, indicando que as empresas com alta concentração de propriedade não procuram financiamento de capital a fim de não perder o controle da empresa.

Assaf Neto (2012), referindo-se ao nível de endividamento das empresas, aponta que as empresas normalmente procuram não se afastar do padrão de endividamento do setor em que atua. Assim, neste contexto, surge a questão-problema do presente estudo: quais as similaridades da estrutura de capital entre empresas do mesmo setor atuantes em países da América Latina? Dessa forma, o objetivo do presente estudo consiste em avaliar a similaridade da estrutura de capital entre as empresas latino americanas do mesmo segmento.

Este estudo justifica-se face às evidências obtidas por estudos acerca da estrutura de capital e suas implicações, tornando-se relevante pesquisas que descrevam a estrutura de capital das empresas latino americanas. Além disso trata-se de um tema de interesse dos usuários das informações contábeis, sendo destaque a evidenciação da relação entre a estrutura de capital e o desempenho econômico-financeiro das empresas latino americanas.

Diferentes estudos encontrados na literatura relacionam países da América Latina. Perobelli e Famá (2003) analisaram os fatores determinantes da estrutura de capital dos países: México, Argentina e Chile; Marcon et al. (2007) estudaram o comportamento da estrutura de capital e a performance de empresas do Brasil, Argentina e Chile; Bastos e Nakamura (2009) verificaram os determinantes da estrutura de capital das companhias abertas no Brasil, México e Chile; Céspedes, Gonzáles e Molina (2009) estudaram como a concentração de propriedade explica a estrutura de capital das empresas da Latino Americanas; Bastos, Nakamura e Basso (2009) analisaram os determinantes da estrutura de capital das companhias abertas da América Latina considerando fatores macroeconômicos e institucionais.

O presente estudo analisa o endividamento financeiro companhias abertas latino americanas, considerando o pressuposto de que as organizações procuram não se afastar do

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padrão de endividamento do setor em que atua. Os países analisados correspondem às cinco maiores economias da América Latina mensuradas pelo PIB nominal de 2012. São respectivamente Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile, que juntos representam 88% do PIB Latino Americano conforme dados do Banco Mundial.

O estudo está estruturado em quatro seções além desta introdução. A seção dois refere-se à revisão de literatura sobre a estrutura de capital das empresas latino americanas e o isomorfismo. A seção três trata dos procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. Os resultados obtidos são expostos na quarta seção. A seção cinco apresenta as considerações finais à cerca do estudo e, por fim, as referências bibliográficas de foram utilizadas no estudo. 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

Nesta revisão de literatura são abordados temas que embasam conceitualmente a problemática da pesquisa em questão. Inicialmente são apresentadas informações acerca da estrutura de capital das organizações, que é o interesse da pesquisa, seguido da discussão acerca da Teoria Institucional, mais especificamente os aspectos do isomorfismo empresarial.

2.1 Estrutura de Capital

Pesquisas acerca da estrutura de capital se tornaram recorrentes a partir dos estudos de Modigliani e Miller na década de 1958, na qual destacaram que na estrutura de financiamento de uma organização seu valor de mercado independe de sua estrutura de capital, dessa forma, não importa como a organização é financiada, se com capital próprio ou com recurso de terceiros. Destacaram ainda que em relação ao custo de capital de uma empresa, cuja inclusão de capital de terceiros na estrutura de capital, com custo geralmente menor, ocasiona uma elevação na expectativa de retorno exigida pelos acionistas, em virtude da elevação no nível de risco do investimento, cujo retorno seja superior à taxa de desconto utilizada no risco na qual ela se enquadra (MODIGLIANI; MILLER, 1958).

Para Myers (1977), a teoria de finanças deve apresentar subsídios para explicar por que as vantagens fiscais de financiamento da dívida não levam as empresas a tomar emprestado recursos até o limite de sua capacidade de endividamento, assim como explicar os motivos que levam algumas empresas a tomarem recursos emprestados nas mais diversas formas, sejam elas empréstimos de curto prazo ou então financiamentos de longo prazo.

Myers e Majluf (1984), introduz uma corrente de estudos em finanças chamada de Pecking Order Theory, na qual os autores indicam que as empresas seguem uma hierarquia de formas de financiamento, ou forma de captação de recursos. Esta hierarquia segue uma ordem de preferência, sendo, retenção de recursos gerados internamente, emissão de dívida e emissão de novas ações respectivamente. Nesta abordagem, Myers e Majluf (1984), consideram que a assimetria de informações entre agentes internos e externos à empresa, bem como a decisão de financiamento são fatores que explicariam a forma em que os gestores formam a estrutura de capital das empresas.

Segundo Titman e Wessels (1988), os custos de transação podem ser um determinante que não pode ser deixado de lado na escolha da estrutura de capital. Para os autores, os índices de endividamento de curto prazo são negativamente relacionados com o tamanho da empresa, possivelmente refletindo a alta dos custos de transação que as pequenas empresas enfrentam quando da emissão de instrumentos financeiros de longo prazo.

A estrutura de capital sugere que gestores de empresas com boas oportunidades de crescimento devam escolher menor endividamento pois poderão não ser capazes de tirar proveito de oportunidades de investimento, consequentemente poderá haver uma relação negativa entre o crescimento futuro da empresa (LANG; OFEK; STULZ, 1996).

Para Perobelli e Famá (2003), as decisões de quanto utilizar de dívida e de capital próprio, junto à decisão de investimento e à decisão de distribuição de resultados, formam a

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base das finanças corporativas modernas, sendo assim, as decisões de investimentos não devem ser tomadas sem considerar os custos de financiamento, apurados a partir da combinação entre endividamento e capital próprio, por isso a importância relativa à decisão de financiamento dentro da teoria de finanças.

Procianoy e Schnorrenberger (2004), acrescentam que as dificuldades de captação de recursos financeiros de longo prazo, os riscos decorrentes do mercado brasileiro e os benefícios fiscais oferecidos pela legislação tributária na utilização de capital de terceiros, são alguns dos aspectos que também devem ser considerados pelos gestores nas decisões de estrutura de capital. Para os autores, as decisões acerca da estrutura de capital das empresas podem não ser apenas determinada por fatores contextuais internos e externos, mas também por outros aspectos importantes, como valores, objetivos, preferencias e interesses dos sócios controladores, que provocam impactos no controle da companhia.

Segundo Leal e Saito (2003), a composição da estrutura de capitais das empresas brasileiras não conta com um mercado de capitais desenvolvido, por isso o uso de endividamento de longo prazo é limitado e a principal fonte de recursos é a retenção de lucros. Isto limita seriamente a capacidade de crescimento das empresas nacionais e o endividamento tem sido a forma preferida de financiamento.

Neste mesmo sentido, Brito, Corrar e Batistella (2007), acrescentam que o mercado brasileiro apresenta algumas ineficiências que influenciam diretamente nas decisões de financiamento das empresas, dentre elas o mercado de capitais limitado, elevada concentração do controle acionário e forte restrição financiamentos de longo prazo. As elevadas taxas de juros tornam os custos de financiamento bastante elevados, fazendo com que as empresas brasileiras apresentem baixos níveis de endividamento. Os autores lembram que no mercado brasileiro que há algumas linhas de crédito de longo prazo direcionadas a investimentos muito específicos, com custo financeiro é inferior a linhas de curto prazo e cujo risco de crédito para o credor normalmente é menor.

Perobelli e Famá (2003), estudaram quais seriam os determinantes do endividamento das empresas brasileiras. Os resultados apontaram que o grau de endividamento de curto prazo das empresas está negativamente relacionado com o crescimento dos seus ativos e com o seu tamanho, revelando desta forma que as empresas de maior porte são mais tendem ao endividamento de longo prazo enquanto as empresas menores estão mais propensas a endividamento de curto prazo. Resultados semelhantes foram encontrados também em estudo de Brito e Lima (2005).

Marcon et al. (2007) estudaram os índices de endividamento e a rentabilidade das empresas argentinas, brasileiras e chilenas, e concluíram que estes índices diferem entre estes países. Foram utilizados indicadores de endividamento sobre o patrimônio líquido, rentabilidade operacional sobre o ativo total e rentabilidade líquida sobre o patrimônio líquido, os quais puderam capturar os efeitos das estratégias de investimentos e financiamentos realizadas pelos gestores. Os resultados indicaram que as empresas brasileiras possuem maior índice de endividamento em relação às chilenas e argentinas e, consequentemente, menor performance econômico-financeiro. Encontraram ainda diferenças tanto no endividamento quanto na performance entre as empresas brasileiras e chilenas e entre as brasileiras e as argentinas, porém os dados não demonstram diferenças entre as empresas chilenas e as argentinas.

Já Bastos e Nakamura (2009), buscaram identificar os determinantes da estrutura de capital de empresas pertencentes a diferentes setores no Brasil, México e Chile no período entre 2001 e 2006. A partir de seis indicadores de nível de endividamento, demonstraram que os fatores específicos da firma como liquidez corrente, rentabilidade, market to book value e tamanho exibiram os resultados mais significantes para a estrutura de capital das empresas dos três países.

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Em estudo de Céspedes, Gonzáles e Molina (2010), os resultados apontaram que o tamanho da empresa, oportunidades de crescimento, tangibilidade dos ativos, lucratividade e impostos são estatisticamente e economicamente respeitáveis pelo endividamento das empresas da América latina; neste sentido, as empresas que possuem maiores oportunidades de crescimento e as que são menos rentáveis tendem a ser mais endividadas.

Morales, Meléndez e Ramírez (2013) estudaram os determinantes da concentração de propriedade no mercado chileno e constataram que há um nível maior de endividamento financeiro proveniente de financiamentos bancários, que de certa forma, reduz a necessidade de mais acionistas minoritários para financiar seus projetos de investimento. Sendo assim, aprontaram que um nível de endividamento mais elevado pode ser diretamente relacionado com a concentração de propriedade.

2.2 Nova Teoria Institucional: Isomorfismo

A teoria institucional possui três enfoques que podem ser observados na literatura contábil: a) nova sociologia institucional (NIS – New Institutional Sociology); b) nova economia institucional (NIE – New Institutional Economics); e, c) velha economia institucional (OIE -

old institutional economics). Embora essas teorias tenham diferentes origens e raízes

filosóficas, elas compartilham um interesse comum pelos temas instituição e mudança institucional (GUERREIRO et al., 2005).

A Nova Economia Institucional, segundo Ankarloo e Palermo (2004, p. 413) “[...]explica instituições capitalistas utilizando o ferramental neoclássico. Esse método consiste em introduzir instituições de fora do mercado como solução para as falhas de mercado”. Assim, segundo Guerreiro et al. (2005), a NIE foca o ambiente institucional como um conjunto de regras sociais, legais e políticas que estabelecem as bases para a produção, a troca e a distribuição.

Já a teoria institucional segundo a ótica OIE, a instituição é o principal objeto de análise e não mais o comportamento racional e maximizador dos indivíduos tomadores de decisões. Assim, a conceituação de instituição é relevante, embora não exista uma definição simples e amplamente aceita de instituição. Scapens (1994) menciona que, no âmbito da OIE, a primeira definição de instituição foi dada por Veblen em 1919: “um determinado modo de pensar comum para um conjunto de pessoas”.

Segundo Dimaggio e Powell (1983), a Nova Sociologia Institucional enfoca as organizações configuradas dentro de uma grande rede de relacionamentos inter-organizacionais e sistemas culturais. O ambiente institucional influencia o relacionamento das organizações com o mercado, suas crenças, normas e tradições. Além disso, o ambiente institucional é caracterizado pela elaboração de regras, práticas, símbolos, crenças e requerimentos normativos aos quais indivíduos e organizações precisam se conformar para receber apoio e legitimidade (GUERREIRO et al., 2005).

De acordo com Covaleski et al. (1996), o tema geral da perspectiva da denominada nova sociologia institucional (NIS) considera que, para assegurar a sua sobrevivência, a organização precisa conformar-se às normas sociais de comportamento aceitável, além de atingir níveis de eficiência produtiva.

De acordo com Hannan e Freeman (1977, p. 939), semelhança das organizações pode ocorrer porque "formas não ótimas são selecionadas a partir de uma comunidade de organizações ou porque os tomadores de decisões organizacionais aprendem respostas ótimas e ajustam o comportamento organizacional em conformidade". DiMaggio e Powell (1983) argumentaram que o isomorfismo institucional considera'' os principais fatores que a organização deve levar em conta outras organizações”. Segundo os mesmos autores, as pressões exercidas sobre organizações podem ser três - miméticas, coercitivo e normativo - que levam à mudança isomórfica.

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Pressões miméticas ocorrem quando as organizações, por causa de objetivos ambíguos, a incerteza ambiental, ou tecnologias mal compreendidas, imitam as ações dos outros (HAVEMAN, 1993). Segundo DiMaggio e Powell (1983), quando uma empresa tem metas ambíguas e opera em um ambiente volátil, ele se modelos em outras organizações, especialmente nas organizações que são estreitamente associados a ele, em resposta ao ambiente de negócios incerto.

O isomorfismo normativo decorre principalmente da profissionalização através de redes de educação e profissionais formais. O isomorfismo normativo é associado com a profissionalização e o seu fundamento é o de que as profissões, na busca de legitimação perante a sociedade, constroem uma base cognitiva comum de forma a possuírem uma identidade frente a outras profissões. Já, o isomorfismo coercitivo é o resultado de pressões formais e informais exercidas sobre a organização (OUCHI, 1980). As pressões coercitivas são exercidas sobre uma empresa que depende de outras organizações e por expectativas culturais da sociedade em que a empresa opera dependente (DIMAGGIO E POWELL, 1983).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para atingir o objetivo proposto pelo presente estudo, realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental. O aspecto descritivo é observado na discussão acerca da estrutura de capital e do isomorfismo. Segundo Vergara (2000), a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza, porém não tem o compromisso de explicar os fenômenos, mas serve de base para explica-los.

Em relação aos procedimentos, classifica-se como pesquisa documental por utilizar-se de informações constantes nas demonstrações contábeis das empresas. No entendimento de Cervo, Berviam e Silva (2007), a pesquisa documental ou bibliográfica busca explicar um problema baseado em referências teóricas, sejam elas oriundas de livros, artigos publicados, dissertações ou teses.

Quanto ao método, o estudo classifica-se como quantitativo que, segundo Collis e Hussey (2005), esse método é mais objetivo, focado na mensuração de fenômenos e, para que isto ocorra a contento, usa-se de coleta de dados numéricos e aplicação de cálculos estatísticos. 3.1 População e amostra da pesquisa

A população da pesquisa compreendeu as companhias abertas brasileiras listadas na BM&FBovespa e com dados disponíveis na base de dados Thomson®. Para obtenção da amostra, considerou-se somente as empresas como dados disponíveis em todo o período analisado, de 2009 a 2013, totalizando desta forma 154 empresas brasileiras.

3.2 Procedimentos de Coleta e Análise de Dados

Os dados relacionados às características das empresas foram coletados na base de dados

Thomson® para o período de 5 anos, sendo os anos de 2009 a 2013. A coleta dos dados nesta base deu-se em junho de 2014.

Foram utilizadas as seguintes variáveis: Endividamento, liquidez, lucro líquido, lucro por ação, vendas líquidas, tamanho, dividendos por ação, volume de ações negociadas. Como Variável de agrupamento utilizou-se do setor de atuação das empresas em cada país, e as demais como variáveis independentes. As fórmulas que explicitam o cálculo dessas variáveis estão dispostas no Quadro 1.

Quadro 1 – Variáveis utilizadas no estudo

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A g ru p ame n to

SET Setor de atuação da empresa Silveira, Barros e Famá (2004); Bastos (2008); Lima (2012).

In d ep en d en tes

ENDV Dívidas Totais/ Ativo Total Bastos e Nakamura (2009), Bastos, Nakamura e Basso (2009)

LIQZ Caixa e equivalentes/ Ativo

circulante Perobelli e Famá (2003), Procianoy; Schnorrenberger (2004)

LL Lucro Líquido Perobelli e Famá (2003), Procianoy; Schnorrenberger (2004)

REC LN Receita Líquida Perobelli e Famá (2003), Procianoy; Schnorrenberger (2004)

TAM LN Ativo Total Braga e Marques (2000); Camargos e Barbosa (2005)

LPA Lucro por ação Brito, Corrar, Batistella (2007); Albanez, Valle (2009)

DIVD Dividendos por ação Brito, Corrar, Batistella (2007); Albanez, Valle (2009)

AC Volume de ações negociadas Brito, Corrar, Batistella (2007); Albanez, Valle (2009)

Fonte: Dados da Pesquisa.

A definição das variáveis utilizadas neste estudo procurou abranger aquelas que pudessem explicar a similaridade da estrutura de capital entre as empresas de um mesmo segmento. Além disso, esse conjunto de indicadores representa de forma mais objetiva o retorno gerado para os investidores e o retorno sobre os ativos das empresas. Estes indicadores são dados contábeis disponíveis nas demonstrações financeiras padronizadas, o que permite o seu uso com maior segurança.

Para realizar o tratamento dos dados adotou-se a análise discriminante, que se trata de uma técnica de análise multivariada. O objetivo da análise discriminante é “elaborar previsões a respeito de a qual grupo certa observação pertencerá, uma vez que se caracteriza como uma técnica de previsão e classificação” (FÁVERO et al., 2009, p. 400). Para a realização desta análise utilizou-se o Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 22). 4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados a seguir apresentados foram coletados e analisados a partir do que se estabeleceu nos procedimentos metodológicos e em conformidade com o objetivo proposto neste trabalho. O primeiro tópico refere-se a análise descritiva dos dados e o segundo tópico contempla a análise dos dados por meio da análise discriminante.

4.1 Análise Descritiva dos Dados

No primeiro momento realizou-se as estatísticas descritivas referentes a cada um dos setores avaliados. Na Tabela 1, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras do setor de materiais básicos.

Tabela 1. Estatística descritiva das empresas de materiais básicos.

Materiais básicos

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 34,05 22,29 29,34 16,79 31,19 17,67 32,52 18,31 32,43 20,63 LIQZ 30,76 19,40 33,97 25,99 34,45 24,35 32,78 22,49 26,83 19,50 LL 392,20 1250,95 1016,05 3754,95 1029,52 4221,12 212,22 1010,32 29,01 249,73 Receita 6,40 2,03 6,57 2,08 6,56 2,14 6,54 2,12 6,45 2,14 Ativo 6,77 2,20 7,06 2,18 7,09 2,22 7,09 2,20 7,03 2,20 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,01 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,84 1,83 1,21 2,72 1,17 2,21 1,26 2,17 1,30 2,63

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Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas do setor de materiais básicos variou de 29,34 à 34,05, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas de materiais básicos tiveram um índice de 26,86 à 34,45, o que indica um que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou de 29,01 até 1.029,52.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 6,40 e a maior 6,57. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 6,77 e o maior 7,09.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado para todos os períodos, assim como os dividendos foram distribuídos somente em 2009, representando a quantia de 0,01 por ação. Já o volume de ações negociadas por cada empresa variou de 0,84 à 1,30.

Na Tabela 2, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras do setor industrial.

Tabela 2. Estatística descritiva das empresas industriais.

Industriais

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 29,90 15,66 28,17 15,73 31,81 15,97 32,63 16,02 34,92 16,68 LIQZ 40,07 27,50 41,03 25,43 37,19 24,04 35,11 23,41 36,67 24,37 LL 83,67 123,22 113,91 130,53 87,82 118,50 84,21 156,23 71,87 141,99 Vendas 5,79 1,86 6,01 1,95 5,94 2,04 5,98 1,95 5,94 1,85 Ativo 6,64 1,52 6,85 1,53 6,85 1,58 6,88 1,54 6,76 1,62 LPA 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 1,09 2,28 1,07 2,10 1,54 5,19 1,14 2,29 0,94 1,84

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas industriais variou de 28,17 à 34,92, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas industriais tiveram um índice entre 35,11 e 41,03, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 71,87 e 113,91, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 5,79 e a maior 6,01. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 6,64 e o maior 6,88.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado na maioria dos períodos, assim como os dividendos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,94 à 1,54.

Na Tabela 3, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de bens de consumo.

Tabela 3. Estatística descritiva das empresas de Bens de consumo.

Bens de consumo

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 40,09 63,62 32,09 23,42 33,38 22,27 34,37 25,74 36,70 27,96

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LL 70,92 172,20 121,67 181,58 84,47 238,50 124,15 289,66 90,41 190,63 Vendas 6,21 1,58 6,53 1,68 6,55 1,66 6,54 1,74 6,47 1,77 Ativo 6,46 1,53 6,77 1,55 6,81 1,58 6,82 1,63 6,75 1,68 LPA 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,74 1,71 0,63 1,15 1,31 3,87 0,93 1,72 0,74 1,84

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas industriais variou de 32,09 à 40,09, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta à quarenta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas de bens de consumo tiveram um índice entre 23,84 e 25,09, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes, no entanto, menores que das outras empresas analisadas. O Lucro líquido das empresas variou entre 70,91 e 124,15, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 6,21 e a maior 6,55. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita líquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 6,46 e o maior 6,82.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado em todos os períodos, assim como os dividendos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,74 à 1,31.

Na Tabela 4, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de assistência médica.

Tabela 4. Estatística descritiva das empresas de Assistência Médica.

Assistência Médica

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 17,75 20,24 14,81 18,94 18,66 18,27 19,16 16,31 21,13 17,06 LIQZ 61,22 17,83 52,06 17,52 50,33 16,04 33,52 24,22 33,21 26,44 LL 31,18 19,28 61,17 47,39 47,41 32,48 37,04 28,79 38,23 28,61 Vendas 5,92 0,55 6,18 0,51 6,28 0,56 6,37 0,49 6,26 0,55 Ativo 6,13 0,67 6,26 0,56 6,55 0,89 6,46 0,90 6,36 0,97 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,46 0,41 0,66 0,62 1,34 2,45 1,41 1,22 0,54 0,41

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas de assistência médica variou de 17,75 à 21,13, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos, porém, é menor do que as demais empresas analisadas.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas industriais tiveram um índice entre 33,21 e 61,22, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 31,18 e 61,17, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 5,92 e a maior 6,37. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 6,13 e o maior 6,55.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerados em todos os períodos, assim como os dividendos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,46 à 1,41.

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Na Tabela 5, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de serviços.

Tabela 5. Estatística descritiva das empresas de Serviços.

Serviços

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 22,84 19,71 23,77 18,40 27,91 18,63 28,27 19,37 29,12 18,34 LIQZ 35,97 21,55 34,40 20,42 32,04 19,90 26,99 21,69 31,64 26,01 LL 137,06 169,64 123,04 115,49 73,90 178,90 59,57 274,67 73,63 172,73 Vendas 7,18 1,14 7,41 1,18 7,46 1,22 7,51 1,22 7,50 1,22 Ativo 6,91 1,32 7,19 1,31 7,32 1,28 7,30 1,26 7,33 1,25 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,66 0,84 0,67 1,04 1,01 1,28 0,81 1,07 0,78 0,80

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas de serviços variou de 22,84 à 29,12, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas de serviços tiveram um índice entre 26,99 e 35,97, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 59,57 e 137,06, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 7,18 e a maior 7,51. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 6,91 e o maior 7,33.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado em todos os dos períodos, assim como os dividendos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,66 à 1,01.

Na Tabela 6, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de telecomunicações.

Tabela 6. Estatística descritiva das empresas de Telecomunicações.

Telecomunicações

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 22,69 4,41 16,03 5,68 18,93 10,51 24,82 17,95 29,78 24,63 LIQZ 35,95 3,25 43,87 17,81 45,80 23,30 45,27 0,20 42,92 6,41 LL 238,11 956,21 1321,62 129,20 1187,04 996,91 1097,26 945,33 948,69 542,46 Vendas 8,93 0,19 8,99 0,23 9,10 0,57 9,42 0,30 9,34 0,28 Ativo 9,26 0,07 9,37 0,10 9,80 0,57 10,11 0,61 9,94 0,51 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,73 0,73 0,86 0,77 1,82 2,12 2,19 0,71 2,42 1,77

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas de telecomunicações variou de 16,03 à 29,78, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas de telecomunicações tiveram um índice entre 35,95 e 45,80, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 238,11 e 1321,61, considerando que esses números foram normalizados.

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A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 8,93 e a maior9,42. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita líquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 9,26 e o maior 10,11.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado na maioria dos períodos, assim como os dividendos apresentaram-se zerados em todos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,73 à 2,42.

Na Tabela 7, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de utilidades.

Tabela 7. Estatística descritiva das empresas de Utilidades.

Utilidades

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 29,93 10,57 30,20 11,24 32,74 13,57 32,67 14,05 32,32 13,62 LIQZ 33,54 22,01 34,86 22,38 36,23 19,82 33,65 16,42 38,00 16,26 LL 291,03 260,70 351,47 381,24 336,03 438,77 134,94 804,25 83,25 620,94 Vendas 7,33 1,09 7,55 1,05 7,51 1,01 7,59 0,91 7,47 0,82 Ativo 8,14 0,97 8,27 1,00 8,25 1,01 8,26 1,01 8,11 0,95 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,38 0,62 0,41 0,67 0,35 0,60 0,59 0,98 0,35 0,52

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas de utilidades variou de 29,93 à 32,74, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas de utilidades tiveram um índice entre 33,54 e 38, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 83,25 e 351,47, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 7,33 e a maior 7,55. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 8,11 e o maior 8,27.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado na maioria dos períodos, assim como os dividendos apresentaram-se zerados em todos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,35 à 0,59.

Na Tabela 8, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras financeiras.

Tabela 8. Estatística descritiva das empresas de Financeiras.

Financeiras

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 27,18 15,85 28,83 16,26 31,80 17,03 33,25 13,89 29,53 12,06 LIQZ 28,31 29,52 28,81 27,91 26,83 29,62 26,85 29,69 30,80 34,34 LL 200,22 299,43 295,50 382,61 292,66 322,84 103,57 572,73 190,60 387,53 Vendas 6,43 1,08 6,91 1,01 6,75 1,14 6,64 1,17 6,33 1,29 Ativo 7,37 1,26 7,81 1,23 7,79 1,18 7,81 1,21 7,70 1,16 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 3,35 5,57 1,84 2,56 4,72 9,20 4,11 7,02 3,94 6,86

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Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas financeiras variou de 28,18 à 33,25, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas financeiras tiveram um índice entre 26,85 e 30,80, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 103,47 e 295,50, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 6,33 e a maior 6,91. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 7,27 e o maior 7,81.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado na maioria dos períodos, assim como os dividendos apresentaram-se zerados em todos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 1,84 à 4,72, o que foi muito superior às demais empresas.

Na Tabela 9, pode-se observar as estatísticas descritivas referente às empresas brasileiras de Tecnologia.

Tabela 9. Estatística descritiva das empresas de Tecnologia.

Tecnologia

2009 2010 2011 2012 2013

Variáveis Média DP Média DP Média DP Média DP Média DP

ENDV 23,11 19,52 17,67 14,66 14,59 10,03 10,52 6,77 14,15 9,67 LIQZ 28,86 20,40 31,88 16,49 30,07 23,44 31,70 23,65 40,63 15,19 LL 28,06 36,45 34,46 43,36 22,35 60,08 39,02 54,41 37,32 50,24 Vendas 4,58 2,17 4,61 2,33 4,46 2,43 4,46 2,44 4,41 2,49 Ativo 4,67 2,45 4,89 2,29 4,71 2,30 4,65 2,33 4,64 2,44 LPA 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 DividAção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Volume 0,09 0,07 0,11 0,16 0,10 0,15 0,24 0,22 0,08 0,09

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota-se que o índice de endividamento médio das empresas de tecnologia variou de 10,52 à 23,11, no período de 2009 à 2013. Esses dados demonstram que essas empresas tem um índice de endividamento que pode ser considerado alto, uma vez que são em torno de trinta vezes mais que o total de seus ativos.

Com relação ao índice de liquidez, em média as empresas industriais tiveram um índice entre 28,86 e 40,63, o que indica que essas empresas tem valores considerados altos em caixa e equivalentes. O Lucro líquido das empresas variou entre 22,32 e 39,02, considerando que esses números foram normalizados.

A receita líquida das empresas não teve grande variação, sendo a menor 4,41 e a maior 4,61. O Ativo total se comportou da mesma forma como a receita liquida, ou seja não variou muito, sendo o menor 4,64 e o maior 4,89.

O lucro por ação das empresas apresentou-se zerado em todos os períodos, assim como os dividendos. Já o volume de ações negociadas por empresa variou de 0,09 à 0,24.

Pelos resultados encontrados em todos os setores analisados, confirma-se que a teoria de Haveman (1993) e de DiMaggio e Powell (1983), que argumentam que através de das pressões miméticas que ocorrem quando as organizações, por causa de objetivos ambíguos, a incerteza ambiental, ou tecnologias mal compreendidas, imitam as ações dos outros. Além disso, quando uma empresa tem metas ambíguas e opera em um ambiente volátil, ele se modelos em outras organizações, especialmente nas organizações que são estreitamente associados a ele, em resposta ao ambiente de negócios incerto. Ou seja, as empresas do mesmo setor se assemelham umas às outras

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4.2 Análise discriminante

Após a análise descritiva das variáveis passa-se para a análise discriminante em si. Dessa forma, no primeiro momento realiza-se o teste de igualdade de médias para testar a existência de diferenças de médias entre os grupos para cada variável. O teste pode ser visualizado na Tabela 10.

Tabela 10. Teste de igualdade de médias de grupo.

Testes de igualdade de médias de grupo

2009 2010 2011 2012 2013 Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. ENDV 0,97 0,81 0,95 0,41 0,95 0,47 0,95 0,48 0,96 0,58 LIQZ 0,89 0,03 0,90 0,06 0,92 0,14 0,95 0,42 0,93 0,19 LL 0,95 0,41 0,95 0,41 0,95 0,55 0,94 0,33 0,87 0,01 Vendas 0,83 0,00 0,84 0,00 0,84 0,00 0,82 0,00 0,82 0,00 Ativo 0,79 0,00 0,81 0,00 0,81 0,00 0,79 0,00 0,81 0,00 LPA 0,95 0,46 0,98 0,97 0,96 0,58 0,98 0,95 0,96 0,59 DividAção 0,96 0,70 0,95 0,41 0,97 0,85 0,97 0,85 0,97 0,85 Volume 0,90 0,05 0,95 0,45 0,94 0,34 0,89 0,03 0,88 0,02

Fonte: Dados da pesquisa.

Verifica-se que em todos os períodos as variáveis vendas e tamanho são as que mais discriminam os grupos, ou seja, seu poder de diferenciação é maior que as demais variáveis.

As próximas tabelas apresentam o sumário das funções discriminantes canônicas. A Tabela 11 mostra os autovalores para cada função discriminante.

Tabela 11. Autovalores. Valores próprios 2009 2010 2011 2012 2013 Função AV % var. Cor. Can. AV % var. Cor. Can. AV % var. Cor. Can. AV % var. Cor. Can. AV % var. Cor. Can. 1 0,52 48,02 0,58 0,50 50,71 0,58 0,38 44,21 0,52 0,36 39,74 0,51 0,33 34,60 0,50 2 0,21 19,23 0,41 0,21 20,72 0,41 0,18 21,42 0,39 0,25 27,71 0,45 0,29 30,51 0,48 3 0,14 13,06 0,35 0,13 12,86 0,34 0,15 17,06 0,36 0,13 14,04 0,33 0,13 13,96 0,34 4 0,11 10,18 0,31 0,08 7,97 0,27 0,06 7,02 0,24 0,08 9,06 0,27 0,10 10,69 0,31 5 0,07 6,77 0,26 0,04 4,41 0,21 0,06 6,95 0,24 0,04 4,85 0,20 0,08 8,21 0,27 6 0,02 2,06 0,15 0,02 2,37 0,15 0,02 2,73 0,15 0,03 3,76 0,18 0,01 1,47 0,12 7 0,01 0,63 0,08 0,01 0,69 0,08 0,01 0,62 0,07 0,01 0,75 0,08 0,01 0,55 0,07 8 0,00 0,04 0,02 0,00 0,27 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,03 0,00 0,00 0,01

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 11 evidencia o valor dos autovalores, que segundo Maroco (2003, p. 353), “é uma medida relativa de quão diferente os grupos são na função discriminante”. Neste caso, o resultado é de oito funções, correspondendo a 100% da variância explicada em termos de diferenças entre grupos. Esta tabela também apresenta a correlação canônica, que demonstra o nível de associação entre os escores discriminantes e os grupos, para utilizar este resultado como % da variável dependente explicada pelo modelo, acordo com Hair (2005, p. 238), deve-se elevar o resultado da correlação ao quadrado. Por exemplo, no ano de 2009, tem-deve-se R2=(0,58) = 0,336, ou seja, a primeira função explica 33,6% da discriminação entre os grupos.

O próximo teste de hipótese é o de Lambda de Wilks, que segundo Maroco (2003, p. 344), “serve para testar a significância das funções discriminantes e é calculado a partir do determinante da matriz da soma dos quadrados e produtos cruzados dentro dos grupos e do determinante da matriz da soma dos quadrados e produtos cruzados totais”. O objetivo do teste é não aceitar que a média populacional dos grupos são iguais, pois as médias devem ser

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significativamente diferentes para discriminar os grupos. Os resultados desse teste para os períodos analisados podem ser visualizados na Tabela 12.

Tabela 12. Teste de Lambda de Wilks.

Lambda de Wilks 2009 2010 2011 2012 2013 Teste de funções Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. Lambda de Wilks Sig. 1 até 8 0,390 0,000 0,420 0,000 0,463 0,000 0,447 0,000 0,422 0,000 2 até 8 0,592 0,008 0,631 0,049 0,638 0,064 0,606 0,017 0,562 0,002 3 até 8 0,715 0,079 0,762 0,322 0,755 0,276 0,756 0,283 0,727 0,121 4 até 8 0,815 0,244 0,859 0,638 0,865 0,700 0,851 0,562 0,824 0,313 5 até 8 0,905 0,567 0,927 0,813 0,917 0,713 0,920 0,744 0,909 0,616 6 até 8 0,971 0,895 0,968 0,857 0,972 0,905 0,960 0,754 0,981 0,972 7 até 8 0,993 0,903 0,991 0,850 0,995 0,943 0,993 0,899 0,995 0,943 8 1,000 0,801 0,997 0,537 1,000 1,000 0,999 0,744 1,000 0,944

Fonte: Dados da pesquisa.

Por meio da Tabela 12 acima, pode-se concluir que pelo menos a primeira função discriminante é altamente significativa. Ou seja, pode-se rejeitar a hipótese de que as médias dos grupos nessa função são iguais. Além disso, pode-se verificar que a segunda função também foi altamente significativa, o que demonstra um decréscimo no poder discriminante por conta de um aumento no lambda de Wilks, embora ainda seja um valor significante em relação aos níveis habituais de significância.

A Tabela 13 apresenta os coeficientes não padronizados das funções discriminantes.

Tabela 13. Coeficientes de funções discriminantes canônicas não padronizadas.

Coeficientes de funções discriminantes canônicas padronizados 2009 Função 1 2 3 4 5 6 7 8 ENDV 0,015 0,002 0,007 0,012 -0,001 0,026 0,017 0,012 LIQZ 0,033 0,031 -0,023 -0,002 0,006 -0,005 0,018 0,007 LL 0,000 0,000 0,001 0,001 0,000 -0,001 0,000 0,001 Vendas 0,550 0,545 0,577 -0,530 0,634 0,443 0,047 0,145 Ativo -1,296 -0,361 -0,597 0,389 -0,420 -0,237 0,036 -0,218 LPA 319,149 131,129 10,271 169,823 201,635 405,523 -97,577 61,395 DividAção 5,674 -0,681 23,627 27,462 20,709 -13,295 22,761 -47,427 Volume 0,171 -0,389 -0,067 -0,132 0,320 0,019 0,065 0,042 Constante 3,654 -1,807 0,851 0,270 -1,682 -1,745 -1,694 -0,204 2010 Função 1 2 3 4 5 6 7 8 ENDV 0,00 -0,04 0,00 -0,02 -0,03 0,03 -0,03 0,01 LIQZ 0,02 0,03 0,02 -0,01 -0,01 0,00 -0,01 0,02 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas 0,32 0,87 -0,56 0,29 0,03 0,62 -0,15 -0,02 Ativo -1,10 -0,66 0,58 0,01 0,04 -0,51 0,21 0,02 LPA -0,08 58,60 -59,43 47,94 17,12 -22,40 118,54 113,90 DividAção 351,36 32,39 286,90 268,80 -288,28 711,36 145,70 -469,47 Volume 0,48 -0,21 0,00 0,39 0,50 0,07 -0,08 0,08 Constante 4,60 -0,94 -1,14 -1,43 0,14 -1,65 0,85 -1,02 2011 Função 1 2 3 4 5 6 7 8 ENDV 0,00 -0,02 -0,02 0,01 0,04 0,02 0,03 0,012 LIQZ 0,03 0,02 0,04 0,00 0,00 0,01 0,02 0,007 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,001 Vendas 0,57 1,18 -0,39 0,34 -0,09 0,57 0,04 0,145 Ativo -1,30 -0,93 0,37 -0,16 0,00 -0,50 -0,13 -0,218 LPA 156,64 -204,54 394,36 530,47 143,68 331,55 -420,21 61,395

(15)

DividAção 330,35 1321,45 -1083,14 -816,05 -355,65 -223,98 908,01 -47,427 Volume 0,10 -0,10 -0,05 0,01 -0,20 0,11 0,05 0,042 Constante 4,46 -1,11 -0,69 -1,54 -0,22 -1,42 -0,95 -0,204 2012 Função 1 2 3 4 5 6 7 8 ENDV 0,01 0,01 -0,01 -0,04 0,02 -0,01 0,02 -0,01 LIQZ -0,01 -0,01 0,03 0,02 0,00 0,01 0,02 -0,02 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas -0,41 -1,23 -0,21 0,21 0,39 0,65 0,28 -0,22 Ativo 1,11 1,02 0,14 -0,22 -0,46 -0,38 -0,35 0,25 LPA 112,94 139,49 -96,97 6,42 -145,89 -217,20 112,69 118,63 DividAção -99,03 -66,47 331,37 -109,26 244,55 499,27 130,22 293,18 Volume -0,23 0,22 -0,23 0,16 0,08 0,19 0,08 -0,07 Constante -4,81 0,56 -0,27 0,55 -0,25 -1,58 -0,91 0,80 2013 Função 1 2 3 4 5 6 7 8 ENDV 0,01 0,00 0,00 -0,02 0,03 0,01 0,03 -0,02 LIQZ -0,02 0,00 -0,03 0,03 -0,01 0,01 0,01 -0,03 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas -0,73 -0,74 0,59 0,44 0,13 0,60 -0,30 -0,32 Ativo 1,16 0,18 -0,64 -0,63 -0,18 -0,47 0,11 0,36 LPA 181,44 47,77 51,62 -180,46 -218,00 -77,31 388,18 174,17 DividAção 220,32 107,27 -357,50 -101,14 456,22 763,97 95,78 796,02 Volume 0,02 0,32 0,21 0,03 -0,11 0,22 -0,04 -0,13 Constante -3,27 3,20 1,21 1,20 -0,41 -1,36 0,18 0,98

Fonte: Dados da pesquisa.

A partir dos coeficientes não padronizados das funções discriminantes, é possível definir a posição de cada um dos centroides dos grupos em um mapa territorial. Estas coordenadas encontram-se na Tabela 14.

Tabela 14. Funções em centroides de grupos

Funções em centroides de grupo 2009 Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 Materiais Básicos 0,369 0,099 0,472 0,515 0,235 -0,057 0,029 -0,004 Industriais 0,530 -0,035 -0,488 0,197 -0,032 0,166 -0,017 -0,001 Bens de Consumo 0,031 -0,280 0,269 -0,221 -0,253 0,043 0,051 -0,001 Assistência Médica 1,323 0,947 -0,707 -0,416 -0,026 -0,450 0,203 -0,006 Serviços 0,329 0,549 0,258 -0,569 0,378 0,098 -0,089 0,026 Telecomunicações -1,709 0,659 -0,058 -0,467 0,532 0,220 0,046 -0,117 Utilidades -1,153 0,283 -0,140 0,146 -0,135 -0,077 -0,030 0,012 Financeiras -0,382 -1,280 -0,368 -0,202 0,532 -0,197 -0,016 0,004 Tecnologia 1,435 -0,099 0,206 -0,101 -0,564 -0,391 -0,413 -0,054 2010 Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 Materiais Básicos 0,179 -0,129 0,047 -0,531 0,189 0,119 -0,039 0,004 Industriais 0,671 -0,128 0,471 0,175 -0,119 0,087 0,031 -0,006 Bens de Consumo 0,063 -0,251 -0,455 0,060 -0,080 0,002 0,043 0,027 Assistência Médica 1,207 1,284 0,156 -0,025 0,073 -0,358 -0,080 0,167 Serviços 0,153 0,805 -0,375 0,296 0,079 0,160 -0,102 -0,074 Telecomunicações -1,584 1,392 0,263 -0,069 0,435 0,109 0,435 -0,003 Utilidades -1,139 0,044 0,194 -0,044 -0,179 -0,077 -0,049 -0,003 Financeiras -0,284 -0,656 0,159 0,443 0,593 -0,216 -0,035 -0,014 Tecnologia 1,482 0,159 -0,196 -0,569 -0,201 -0,651 0,115 -0,216 2011 Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 Materiais Básicos 0,18 -0,03 0,11 -0,44 0,19 0,17 0,01 0,012 Industriais 0,42 -0,35 0,40 0,28 0,07 0,06 -0,03 0,007 Bens de Consumo 0,15 -0,02 -0,49 0,04 0,05 -0,03 0,00 0,001

(16)

Assistência Médica 1,02 0,71 0,72 -0,10 -0,49 -0,17 0,25 0,145 Serviços 0,18 0,87 -0,28 0,22 -0,18 0,14 -0,02 -0,218 Telecomunicações -1,48 0,84 0,74 -0,20 -0,61 0,22 -0,27 61,395 Utilidades -0,92 0,10 0,17 0,03 0,17 -0,15 0,03 -47,427 Financeiras -0,59 -0,96 -0,25 -0,12 -0,66 0,03 0,03 0,042 Tecnologia 1,71 0,07 0,14 -0,53 -0,19 -0,68 -0,25 -0,204 2012 Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 Materiais Básicos -0,05 0,19 -0,02 0,09 0,00 -0,31 0,12 -0,01 Industriais -0,29 0,35 0,51 -0,11 0,05 0,16 0,02 0,01 Bens de Consumo -0,27 -0,22 -0,22 -0,22 0,18 -0,04 -0,06 -0,01 Assistência Médica -0,88 -0,44 -0,01 0,66 -0,24 0,26 -0,01 -0,11 Serviços -0,04 -0,87 -0,34 0,13 -0,09 0,24 0,11 0,04 Telecomunicações 1,72 -0,10 0,31 1,23 0,90 0,03 -0,08 0,01 Utilidades 0,90 -0,14 0,12 -0,09 -0,23 -0,03 -0,05 0,00 Financeiras 0,08 1,41 -0,81 0,19 -0,12 0,17 -0,04 0,01 Tecnologia -1,86 -0,27 0,41 0,78 -0,44 -0,42 -0,26 0,08 2013 Setor 1 2 3 4 5 6 7 8 Materiais Básicos -0,07 0,16 0,12 -0,21 -0,07 -0,02 -0,13 -0,01 Industriais -0,14 0,40 -0,46 0,11 0,25 0,11 0,00 0,00 Bens de Consumo -0,21 -0,03 0,33 -0,14 0,24 -0,07 0,04 0,00 Assistência Médica -0,84 -0,08 0,12 0,50 -0,41 -0,01 -0,17 0,02 Serviços -0,33 -0,66 0,40 0,13 -0,29 0,26 0,06 0,00 Telecomunicações 2,40 -0,51 0,59 1,47 0,53 -0,05 -0,08 0,00 Utilidades 0,38 -0,66 -0,41 -0,12 -0,18 -0,08 0,02 0,00 Financeiras 1,10 1,34 0,24 -0,18 -0,51 0,03 0,07 0,00 Tecnologia -1,69 0,81 -0,19 1,16 -0,61 -0,36 0,12 -0,01

Fonte: Dados da pesquisa.

A Tabela 15 apresenta as probabilidades calculadas a priori a partir da amostra para a obtenção do ponto de corte crítico.

Tabela 15. Probabilidade a priori para os grupos

A priori Setor 2009 2010 2011 2012 2013 Materiais Básicos 0,149 0,149 0,149 0,149 0,149 Industriais 0,195 0,195 0,195 0,195 0,195 Bens de Consumo 0,260 0,260 0,260 0,260 0,260 Assistência Médica 0,032 0,032 0,032 0,032 0,032 Serviços 0,084 0,084 0,084 0,084 0,084 Telecomunicações 0,019 0,019 0,019 0,019 0,019 Utilidades 0,182 0,182 0,182 0,182 0,182 Financeiras 0,058 0,058 0,058 0,058 0,058 Tecnologia 0,019 0,019 0,019 0,019 0,019 Total 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000

Fonte: Dados da pesquisa.

A definição do ponto de corte auxilia na classificação de novos elementos. A Tabela 16 apresenta os coeficientes das funções de classificação, que servem apenas para classificar as observações e não tem qualquer interpretação discriminante, segundo Maroco (2007).

Tabela 16. Coeficientes de função de classificação.

Coeficientes de função de classificação Mat.

Básicos Indust.

Bens de Cons.

Assist.

Médica Serviços Telecom. Utilid. Finan. Tecn. 2009

ENDV 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 -0,01 0,00 0,00 0,02

(17)

LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas 0,96 0,51 0,57 1,42 1,79 0,63 -0,18 -0,19 0,93 Ativo 2,70 3,05 3,30 1,71 2,19 4,96 4,99 4,30 1,72 LPA 154,50 165,70 -190,18 170,33 119,74 -444,11 -452,08 -388,68 104,90 DividAção 24,84 -15,27 -12,90 -19,88 -13,75 -18,60 -18,03 -11,40 -11,96 Volume -0,55 -0,45 -0,50 -0,59 -0,53 -0,86 -0,91 0,10 -0,48 (Constante) -13,98 -13,60 -13,53 -15,41 -16,44 -27,94 -19,94 -17,06 -10,51 2010 ENDV 0,04 0,04 0,04 -0,03 0,00 -0,05 0,03 0,03 0,01 LIQZ -0,02 -0,01 -0,04 0,05 -0,01 -0,02 -0,05 -0,06 0,01 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas 0,11 0,19 0,32 1,44 1,42 0,81 -0,24 -0,47 0,38 Ativo 3,99 3,72 3,98 2,23 3,12 5,18 5,51 5,11 2,63 LPA -6,32 5,04 55,20 116,66 94,08 152,15 14,65 15,69 26,87 DividAção -310,48 255,02 -344,40 -124,20 -99,35 -700,03 -626,26 -541,46 -232,47 Volume -1,64 -1,29 -1,59 -1,32 -1,58 -2,53 -2,31 -1,19 -1,37 (Constante) -15,62 -14,69 -15,51 -15,47 -18,23 -29,91 -22,74 -19,46 -11,38 2011 ENDV 0,05 0,06 0,06 0,01 0,04 -0,01 0,05 0,05 0,01 LIQZ -0,03 -0,01 -0,05 0,04 -0,02 -0,03 -0,05 -0,08 0,01 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas -0,20 -0,35 0,10 0,90 1,25 -0,20 -0,71 -1,47 0,29 Ativo 3,75 3,77 3,57 2,28 2,68 5,31 5,15 5,49 2,16 LPA 193,65 757,04 128,72 288,76 158,29 154,98 153,31 116,31 151,33 DividAção -1396,76 -2603,77 -1055,37 -553,50 -217,36 -1669,16 -1938,69 -2395,95 -628,60 Volume -0,41 -0,35 -0,37 -0,31 -0,40 -0,54 -0,56 -0,22 -0,30 (Constante) -14,41 -13,90 -13,97 -14,56 -16,89 -27,10 -19,89 -18,34 -9,81 2012 ENDV 0,07 0,07 0,07 0,02 0,05 0,04 0,07 0,07 0,00 LIQZ -0,01 0,01 -0,02 0,02 -0,01 0,00 -0,02 -0,05 0,04 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Vendas -0,24 -0,20 0,53 1,24 1,45 0,06 -0,25 -1,39 0,75 Ativo 3,87 3,72 3,13 2,10 2,59 4,87 4,71 5,06 1,69 LPA 165,84 -8,95 -2,51 -127,30 -50,88 77,78 166,62 325,48 -85,25 DividAção 281,74 726,23 450,08 520,09 503,47 476,96 336,26 109,12 372,55 Volume -0,91 -0,90 -0,91 -0,69 -0,98 -1,16 -1,25 -0,41 -0,68 (Constante) -15,14 -14,69 -14,22 -14,22 -17,46 -28,51 -20,44 -17,59 -10,05 2013 ENDV 0,08 0,08 0,09 0,04 0,07 0,08 0,08 0,08 0,02 LIQZ -0,04 -0,01 -0,04 0,00 -0,02 -0,05 -0,02 -0,05 0,05 LL 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 Vendas -0,08 -0,34 0,27 0,93 1,12 -0,33 -0,17 -1,83 0,68 Ativo 3,66 3,69 3,27 2,34 2,74 4,95 4,37 5,22 1,51 LPA 164,91 49,57 130,29 -50,78 130,31 192,98 250,76 605,43 -120,57 DividAção 1275,69 1723,39 1270,51 884,62 1132,54 1668,62 1392,86 1480,73 472,61 Volume -0,79 -0,84 -0,86 -0,82 -0,91 -0,86 -1,16 -0,30 -0,66 (Constante) -14,72 -14,21 -14,04 -14,00 -16,95 -28,95 -19,31 -16,98 -10,02

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 16, obteve-se os coeficientes das funções de classificação, que servem apenas para classificar as observações e não tem qualquer interpretação discriminante. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do presente estudo consiste em avaliar a similaridade da estrutura de capital entre as empresas latino americanas do mesmo segmento. Dessa forma realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, por meio de pesquisa documental. Para análise dos dados adotou-se a análise discriminante, que se trata de uma técnica de análise multivariada.

(18)

Pelos resultados encontrados em todos os setores analisados comprovou-se que as empresas se assemelham-se umas ás outras em relação às variáveis de endividamento e estrutura de capital. Por meio da análise discriminante pode-se verificar que em todos os períodos as variáveis vendas e tamanho são as que mais discriminam os grupos, ou seja, seu poder de diferenciação é maior que as demais variáveis. Além disso, por meio do resultado de oito funções, o modelo conseguiu explicar 100% da variância em termos de diferenças entre grupos. Por meio do teste de lambda de Wilks pode-se concluir que pelo menos a primeira função discriminante foi altamente significativa, ou seja, as médias dos grupos de empresas nessa função não são iguais, o que é positivo para o modelo.

Como principais contribuições do estudo tem-se a comparação dos resultados dos principais segmentos encontrados na economia brasileira, quanto à indicadores econômicos e quanto elas se assemelham à seus pares. Já como limitações do estudo, tem-se o elevado número de dados proporcionados pela análise, o que se torna difícil de colocar em um trabalho cientifico de poucas páginas. Como recomendações para trabalhos futuros tem-se a realização de estudos comparativos em outros países, para que assim possa-se comparar como o mercado se comporta em cada um. Além disso, tem-se a possibilidade de aplicação de outras técnicas de análise estatística para análise desses dados.

REFERÊNCIAS

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