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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA: uma revisão de literatura

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

LEONARDO EMERY BINAS ROCHA COSTA

MARINA AMORIM SILVA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS

PELA FISIOTERAPIA: uma revisão de literatura

MACEIÓ/ALAGOAS 2020.1

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LEONARDO EMERY BINAS ROCHA COSTA

MARINA AMORIM SILVA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS

PELA FISIOTERAPIA: uma revisão de literatura

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial, para conclusão do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação da Professora Anny Karine Silva

Simões Guimarães e coorientação do

Professor José Erickson Rodrigues.

MACEIÓ/ALAGOAS 2020.1

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LEONARDO EMERY BINAS ROCHA COSTA

MARINA AMORIM SILVA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS

PELA FISIOTERAPIA: uma revisão de literatura

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial, para conclusão do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação da Professora Anny Karine Silva

Simões Guimarães e coorientação do

Professor José Erickson Rodrigues.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA: uma revisão de literatura

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF PATIENTS ADMINISTERED BY PHYSICAL THERAPY: a literature review

LEONARDO EMERY BINAS ROCHA COSTA http://lattes.cnpq.br/1389523610101598

Email: emery_leo@hotmail.com MARINA AMORIM SILVA http://lattes.cnpq.br/6225087475572378 Email: mariina_amorim@outlook.com

RESUMO

Entender o papel da fisioterapia na sociedade, conhecer suas potencialidades, responsabilidades e responder aos desafios, é necessário conhecer o perfil epidemiológico da população. Esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o perfil epidemiológico de pacientes atendidos por fisioterapeutas, descobrir as demandas e suas implicações, afim de adequar o tratamento aos pacientes e torná-lo mais efetivo, direcionado e individualizado. Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura, onde foram selecionados artigos com busca na base de dados BVS, ScieELO e Pubmed. As palavras-chaves utilizadas foram: Perfil epidemiológico, Fisioterapia e Pacientes, como critério de inclusão foram requisitados os estudos dos últimos 5 anos. Revisão de literatura: O estudo revelou ser o sexo feminino o de maior prevalência nos atendimentos fisioterapêuticos, nas suas diversas modalidades. Considerações finais: Constatou-se que diversas abordagens foram necessárias para traçar o perfil epidemiológico, adentrando as áreas da fisioterapia, visando ter um maior conhecimento teórico para a realização de futuros protocolos de tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: Perfil Epidemiológico. Fisioterapia. Pacientes. ABSTRACT

Understand the role of Physical Therapy in Brazilian society, to know its responsabilities and challenges, it is necessary to know the epidemiological profile of the population. This study has the objective of make a literature review about the health profile of patients that attend to the physical therapy the necessity and implications, treatment adjustment of the patients to improve efficiency, directed and individual. Methodology: this is a literature review, where articles were searched with search in the BVS, SciELO and Pubmed database, as the including criteria was searched the last 5 years studies. The keywords used were: Health profile, Physical Therapy and Patients. Literature review: the study revealed that female patients were the most prevalent in Physical Therapeutic care, in their different modalities. Final considerations: It wasfound that several approaches were necessary to trace the epidemiological profile, going into the areas of Physical Therapy, aiming to have a greater theoretical knowledge for the accomplishment of future treatment protocols.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 5 2. METODOLOGIA ... 6 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 8

3.1 Aspectos relativos ao gênero dos pacientes em atendimento por fisioterapeutas ... 10 3.2 Faixa etária dos pacientes em atendimento por fisioterapeutas... 11 3.3 Estado civil dos pacientes em atendimento por fisioterapeutas ... 12 3.4 Aspectos correlacionando os sinais e sintomas, o local de

atendimento e as principais patologias ... 13 3.5 Aspectos relativos ao modo de obtenção do perfil epidemiológico .. 16 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 16 REFERÊNCIAS ... 18

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1 INTRODUÇÃO

A pesquisa epidemiológica é baseada no estudo de distribuição e determinantes de eventos ou padrões saudáveis nas populações e no uso da pesquisa para controle de problemas de saúde. O perfil epidemiológico pode ser considerado como um indicador sensitivo relativo de condições de vida, saúde, processos de doença e modelos populacionais (SOARES et al., 2011).

De acordo com a lei Brasileira N0 8.080/90, a saúde apresenta fatores

determinantes e condicionais tais como hábitos alimentares, condições de vida, água e saneamento, o ambiente, trabalho, remuneração, educação, transporte, e lazer, entre outros, esses também são fatores responsáveis por formar o perfil de uma comunidade, que deve ocorrer com o compromisso claro de transformação das condições de saúde da população, favorecendo o desenvolvimento de um sistema de saúde que entenda o processo de saúde e doença como parte da organização e crescimento populacional (ARAÚJO, 2009).

Desta forma é necessário conhecer o perfil dos pacientes atendidos, e nesse sentido a epidemiologia possui um papel importante, uma vez que os levantamentos de determinadas patologias, frequências e seus eventos negativos auxiliam em medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, além de fornecer indicadores que servem de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde (MEDRONHO, 2009).

Dentre as diversas ações aplicadas a promoção e recuperação da saúde de pacientes, enquadra-se a fisioterapia, que segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), é a ciência da área de saúde responsável por estudar, prevenir e tratar alterações cinético funcionais que ocorrem em órgãos e sistemas do corpo humano com origem em diversas causas (COFFITO, 2019).

Dentre as modalidades reconhecidas pelo COFFITO encontram-se a acupuntura, Quiropraxia, Terapia Intensiva, Fisioterapia Aquática, Dermatofuncional, Esportiva, Neurofuncional, Oncologia, Respiratória, Cardiovascular, Traumato-Ortopédica, Saúde da Mulher, entre outras (FACCI et

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6 Para entender o papel da fisioterapia na sociedade Brasileira, reconhecer suas responsabilidades e desafios, é necessário conhecer o perfil epidemiológico da população (BISPO JÚNIOR, 2010).

Tal conhecimento permite uma mudança no perfil de ação pela intervenção direta com o processo de cuidado e participação das necessidades atuais dos serviços de saúde.

Entretanto, o perfil de uma população vem da identificação dos fatores de risco a que estão expostas, que, irão determinar as ações de promoção de saúde, prevenção de doenças, educação de saúde e a construção do plano de tratamento para ser proposto a cada paciente.

Desta forma, é extremamente importante identificar o perfil dos pacientes atendidos numa dada população, conhecer os usuários do serviço de fisioterapia, entender a demanda do serviço, as patologias mais frequentes e quais as implicações e complicações das condições traumáticas e patológicas, principalmente as desordens musculares. Com base nesse conhecimento, é possível construir e planejar uma assistência especifica e própria que atenda as demandas e respeite suas peculiaridades, para assegurar um cuidado especializado (TABOSA, 2011).

Pesquisas visando caracterizar populações distintas são essenciais e de extrema importância, pois proporcionam conhecimentos relevantes sobre esses indivíduos e possibilitam que diretrizes nacionais sejam desenvolvidas ou reorganizadas visando suprir as necessidades particulares da população específica (DE MELO NETO et al., 2012).

Com base no exposto, esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre o perfil epidemiológico de pacientes atendidos por fisioterapeutas, no intuito de descobrir as demandas e suas implicações, como forma de adequação dos tratamentos aos pacientes de modo a torná-lo mais efetivo, direcionado e individualizado.

2 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, onde o levantamento dos artigos cumpriu os seguintes passos: identificação, triagem e inclusão, conforme demonstrado no fluxograma abaixo. Foram selecionados artigos com

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7 busca na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO e PubMed e utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS).

As palavras-chaves utilizadas foram: Health Profile (Perfil Epidemiológico) e Physical Therapy Specialty (Fisioterapia). Foram encontrados 107 artigos na base de dados BVS dos quais, 27 contemplavam os filtros da pesquisa, desses, 02 não contemplavam os critérios de inclusão e 16 não condiziam com o tema pesquisado nesta revisão de literatura, restando 09 artigos desta base de dados que foram utilizados para esse estudo. Na SciELO, foram encontrados 11 artigos, destes 06 estavam de acordo com os filtros aplicados, sendo que, 03 não condiziam com a pesquisa e 02 foram excluídos por duplicação, nesse caso, foi utilizado 01 artigo desta base de dados e na PubMed a pesquisa foi inviabilizada por inexistência de descritor.

Após as leituras foram utilizados 10 artigos, sendo, 09 da base de dados BVS, 01 da base de dados SciELO.

Como critério de inclusão, o documento deveria ser classificado como artigo, com publicação entre 01/01/2015 à 31/12/2019, tendo em vista a percepção de um perfil epidemiológico que remete a sociedade atual, nos últimos cinco anos, ter sido escrito nos idiomas Português ou Inglês, o texto completo estar disponível e o estudo ter sido realizado com indivíduos de idade superior a 12 anos.

Em seguida foi feita uma leitura analítica nos textos selecionados, buscando interpretar os dados que respondessem as questões norteadoras desta revisão, que foram: qual o perfil dos pacientes que são atendidos em serviços de fisioterapia? e quais os principais sinais, sintomas e patologias encontradas?

Posteriormente, foi realizada a redação deste artigo por meio da organização dos resultados encontrados. A pesquisa nas bases de dados e leitura dos artigos foi realizada de 10 à 20 de abril de 2020, a análise dos dados dos artigos foi feita de 01 à 15 de maio de 2020 que, foram posteriormente tabulados no Microsoft Word 2017 e a escrita do artigo foi realizada de 10 à 30 de junho de 2020.

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FLUXOGRAMA 1: Dados da metodologia.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

3 REVISÃO DE LITERATURA

Os resultados encontrados serão apresentados de acordo com os dados pesquisados pelos autores que fizeram parte desse estudo. A tabela 1 apresenta a característica dos estudos encontrados.

Artigos na base de dados BVS (n = 107) Artigos na base de dados SciELO (n = 11) Na base de dados

PubMed a pesquisa foi inviabilizada por inexistência de descritor. Artigos que contemplavam os filtros da pesquisa (n = 27) Artigos que contemplavam os filtros da pesquisa (n = 6) Não condiz com o tema da pesquisa (n = 16) Excluído por duplicação (n = 2) Não condiz com o tema da pesquisa (n = 3) Artigos introduzidos na pesquisa (n = 1) Não estavam de acordo com os critérios de inclusão (n = 2) Artigos introduzidos na pesquisa (n = 9) IDE NT IF ICA ÇÃ O T RIA GE M INC LUS Ã O

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TABELA 1: Característica dos estudos encontrados: sexo, faixa etária e estado civil. AUTORES SEXO FAIXA ETÁRIA ESTADO CIVIL

Rezende et. al. (2015) Feminino (79,6%) 41-80 anos (92%) Casado (69%) Viúvo (14,2%) Carnaúba et. al.

(2017) Feminino (56,9%) 60 anos (80%) Souza e Oliveira (2015) Feminino (70,52%) 40-79 anos (79,24%) De Melo Neto et. al.

(2016) Masculino (58,3%) Casado (60,7%) Viúvo (26,2%) Martins et. al.

(2016)

Masculino (54,7%) Góis e Veras

(2006) Grangeiro et. al.

(2018) Feminino (70,4%) 70-90 anos (75%) 80-89 anos (40,6%) Silva et. al (2015) Funck e Estivalet (2015) Silva e Sirena (2015) Feminino (73,9%) Feminino (61%) Feminino (70,5%) 30-39 anos (35,1%) 51-60 anos (28%) < 60 anos (59,4%) Solteiro (63%) Casado (31,5%)

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

A análise dos dados apresentados originou as categorias descritas e discutidas abaixo na, indicou as categorias de análise que serão descritas e discutidas abaixo.

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3.1 Aspectos relativos ao gênero dos pacientes em atendimento

por fisioterapeutas

De acordo com os artigos utilizados nesta revisão, a predominância dos pacientes atendidos era do sexo feminino, nos diversos setores que realizavam fisioterapia. Em estudo realizado em uma Clínica Escola de Fisioterapia em Uniaraxá, no setor de hidroterapia, Rezende et. al. (2015) encontraram 79,6% de mulheres, que condiz com os achados de Carnaúba et. al. (2017) que encontraram 56,9% de pacientes do sexo feminino, referente a um serviço de atendimento domiciliar em Maceió/AL. Outros dados importantes são os de Souzae Oliveira(2015), seus achados apontaram que dentre os 6.516 casos de encaminhamentos a Fisioterapia no município de Ribeirão Preto – SP referentes ao capítulo XIII da CID-10, o sexo feminino correspondeu à maioria dos encaminhamentos, ou seja, 70,52%enquanto que os relacionados aos do sexo masculino, foram 29,48%.

A diferença total entre homens e mulheres foi de 41,04%. Esses dados diferem dos estudos realizados em uma Clínica Escola de Fisioterapia no setor de cardiorrespiratória em São José do Rio Preto – SP, onde De Melo Neto et. al. (2016) obtiveram uma amostra composta de 58,3% de homens e 41,7% de mulheres e que corrobora com o estudo de Martins et. al. (2016) realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) – PR, que encontraram 54,7% do sexo masculino e 45,3% do sexo feminino.

Diante do exposto, revelou-se uma predominância do gênero feminino em 70% dos artigos analisados (Tabela 1). Nos estudos onde existe uma maioria masculina, a diferença entre os sexos é inferior a 10%, portanto é sabido que independente da área de atuação, grande parte das demandas será de mulheres.

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3.2 Faixa etária dos pacientes em atendimento

por

fisioterapeutas

Em relação a faixa etária dos pacientes, Rezende et. al. (2015) mostraram que a prevalência dos pacientes atendidos estavam entre 41-60 anos, correspondendo a 46%, enquanto que, os que estavam na faixa etária entre 61-80 anos, representaram 46%, sendo a faixa etária média de 59±12,18.

De acordo com Souza e Oliveira (2015) a faixa etária média dos 40 aos 79 anos de idade, representam 79,24%. Já Carnaúba et. al. (2017) verificaram que a prevalência com relação à idade dos sujeitos do estudo, concentrou-se na faixa etária acima de 60 anos e, somada à faixa acima de 79 anos, perfazem o percentual de 80%, evidenciando que a assistência domiciliar é prevalentemente geriátrica.

Os resultados corroboram com o estudo sobre prevalência dos tipos de fisioterapia em atendimento domiciliar – RJ, De Góis e Veras (2006), que se concentraram na faixa entre 70 - 90 anos e perfazem o percentual de 75%, evidenciando serem os idosos com mais de 70 anos de idade os maiores usuários do serviço de fisioterapia domiciliar.

Comparando o setor público e privado, os estudos de Grangeiro et. al. (2018), realizados com idosos assistidos no Programa de Assistência Domiciliar ao Idoso Frágil (PADIF) e no Programa de Gerenciamento de Casos (PGC) – São Luís – MA, revelaram que a idade variou de 60 a 106 anos com média de 81,7 ± 9,0 no setor público e 82,5 ± 9,8 no setor privado, sendo que 40,6% dos idosos estavam na faixa etária de 80-89 anos.

Portanto, à faixa etária mais recorrente nos serviços de fisioterapia são os usuários com mais de 60 anos, tendo em vista o acúmulo de mudanças estruturais, lesões e patologias decorrente das atividades de vida diária somada as atividades laborais por um longo período, levando a perca gradual da qualidade de vida destes indivíduos.

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3.3 Estado civil dos pacientes em atendimento por

fisioterapeutas

Quanto ao estado civil, Silva et. al (2015) em seu estudo com trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos de uma rede de supermercados, relataram que o grupo que se declarou solteiro foi mais significativo (p>0,001), com 63% dos pacientes, comparando-se com outros 31,5% que se declararam casados. Já o estudo de De Melo Neto et. al. (2016), com idosos, relatou que o grupo que se declarou casado foi maior, com 60,7% dos pacientes, entre outros 26,2% que se declararam viúvos. No estudo de Rezende et.al. (2015), houve o predomínio na categoria casado totalizando 69%, seguido de viúvos com 14,2%.

A análise dos dados do estado civil, demonstrou que cerca de 70% dos artigos utilizados nesse estudo, releva a importância a este tópico que pode ser de extrema valia para a adesão e continuidade do tratamento (Tabela 1). A prevalência dos públicos solteiros e casados que se alternam nas pesquisas, permite inferir que, provavelmente, os solteiros exerciam no supermercado atividades de maior impacto muscular que os casados, por terem menos idade, justificando assim, a maior frequência de lesões nesse grupo.

No entanto, no estudo de De Melo et. al. (2016), com um público de idosos, a maioria era de casados, levando-nos a concluir que a prevalência do estado civil estava relacionada com a idade desse grupo de usuários. Porém, como apenas três autores apresentaram esses dados (Tabela 1), ficou limitada a possibilidade de uma análise mais fidedigna.

Compilando os dado citados acima pelos autores, a Figura 1 revela que o estado civil de casado é prevalente quando comparado aos solteiros, que a faixa etária mais atendida por fisioterapeutas está acima de 60 anos, devido ao desgaste físico provocado pela idade, ou pela susceptibilidade dos idosos sofrerem contusões provenientes de quedas, dores nas articulações, bem como, outros problemas de saúde, como os pulmonares.

O gênero feminino é o mais frequente nas clínicas de recuperação devido a maior expectativa de vida e autocuidado.

(15)

13 FIGURA 1 – Prevalência dos dados epidemiológicos encontrados pelos autores.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

3.4 Sinais, sintomas, o local de atendimento e as principais

patologias

Em estudo realizado por Silva et. al. (2015) sobre trabalhadores com distúrbios musculares, numa rede de supermercado, concluiu-se que o principal sintoma encontrado foi dor crônica, em 95,8% dos indivíduos. Já no estudo de De Melo Neto et. al. (2016) com idosos pneumopatas, revelou-se que a dispneia foi a queixa de maior prevalência, correspondendo a 50% dos pacientes.

Tendo em vista todos os encaminhamentos para Fisioterapia do Sistema de Saúde de Atenção Primária de Porto Alegre, Silva e Sirena (2015) evidenciaram o perfil dos 76 usuários, onde a dor estava presente em 88,15%, sendo de moderada a muito grave em 85,52%, e interferiu no trabalho de 72,36% usuários ao menos moderadamente; 48,68% demonstraram-se, parcialmente, impossibilitados de exercer suas atividades laborais.

Nos estudos de Souza e Oliveira(2015) as solicitações mais frequentes foram o procedimento de atendimento nas alterações motoras, com 70,86%, seguido de atendimento em pacientes no pré e pós-operatório nas disfunções musculoesqueléticas (Tabela 2), representando 24,71%.

Outro dado importante observado pelos pesquisadores, com base nos prontuários dos pacientes, foi que estes não possuíam apenas um diagnóstico, mas várias patologias concomitantes, que levavam à comorbidades. Rezende

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

SEXO FAIXA ETÁRIA ESTADO CIVIL

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14 et. al. (2015) encontraram que, 42,4% da amostra era acometida por apenas uma patologia, enquanto 57,6% apresentaram duas ou mais patologias. Segundo De Melo Neto (2016) e seu estudo em pneumopatas, o acidente vascular cerebral (AVC) foi a principal doença associada nesses pacientes, 12%. No que se refere ao local de atendimento, Segundo Carnaúba et. al. (2017), as doenças neurológicas são as que mais demandam o atendimento domiciliar, 61,1%, seguidas das patologias oncológicas 6,5%.

“Essa predominância pode ser explicada pelo fato de que a população acima dos 60 anos se encontra em níveis severos de incapacidade, gerada pela evolução de doenças crônicas.” (CARNAÚBA et. al., 2017, p. 7).

No estudo de Rezende et. al. (2015), no setor de hidroterapia a principal patologia encontrada foi a gonartrose, 28,9%, seguida por fibromialgia, 13,7% e artrose na coluna vertebral, 12,7%. Em um centro de reabilitação cardiorrespiratório, foi encontrado por De Melo Neto et. al. (2016) que a doença pulmonar mais frequente foi a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 26%. No serviço de atenção primária, obteve-se resultados de Silva e Sirena (2015) sendo a osteoartrose (29,1%) e as tendinopatias/lesões de tecidos moles (27,1%), as doenças de maior prevalência.

De acordo com os sinais e sintomas encontrados nos estudos, os locais de atendimento e as principais patologias, os dados apontam para diferentes direções e se correlacionam apenas intersetorialmente como demonstrado na tabela 2, pois fica evidente a especificidade de acordo com o setor proposto. Porém um achado relevante é a associação de mais de um diagnóstico em grande parte dos pacientes, levando assim à comorbidades que alteram a qualidade de vida.

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15

TABELA 2: Distribuição dos principais sinais, sintomas e patologias.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

AUTOR ESTUDO PRINCIPAL SINAL, SINTOMA OU

PATOLOGIA

Silva et. al. (2015)

Trabalhadores com distúrbios musculares, numa

rede de supermercado de Curitiba – PR.

Dor crônica.

De Melo Neto et. al. (2016)

Idosos pneumopatas atendidos em uma Clínica

Escola de Fisioterapia no setor de cardiorrespiratória em São José do Rio Preto –

SP.

Dispnéia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Silva e Sirena (2015)

Encaminhamentos para Fisioterapia do Sistema de Saúde de Atenção Primária

de Porto Alegre. Dor, Osteoartrose e Tendinopatias/lesões de tecidos moles. Souza e Oliveira (2015) Encaminhamentos a Fisioterapia no município de Ribeirão Preto – SP referentes ao capítulo XIII da

CID-10.

Alterações motoras, pré-operatório e pós-operatório nas disfunções

musculoesqueléticas

Rezende et. al. (2015)

Setor de Hidroterapia da Clínica Escola da Uniaraxá –

MG Gonartrose. Góis e Veras (2006) Tipos de fisioterapia domiciliar em um Centro de Reabilitação no Rio de Janeiro.

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

Grangeiro et. al. (2018)

Idosos assistidos no PADIF e no PGC da cidade de São

Luís – MA. Funck e Estivalet.

(2015)

Setor público de fisioterapia na cidade de Boa Vista do

Cadeado - Rio Grande do Sul.

Patologias relacionadas aos distúrbios musculares esqueléticos

predominantemente relacionado à coluna vertebral. Carnaúba et. al.

(2017)

Serviço de atendimento domiciliar em Maceió - AL.

Doenças neurológicas, seguidas de doenças oncológicas. Martins et. al.

(2016)

Prontuários de pacientes com diagnóstico de AVE que

realizaram atendimento na Clínica Escola de Fisioterapia (UNICENTRO) –

PR.

(18)

16

3.5 Aspectos relativos ao modo de obtenção do perfil

epidemiológico

Em relação ao modo de obtenção do perfil epidemiológico dos pacientes, pôde-se analisar nos artigos de Silva et.al. (2015) e Toledo et.al. (2015), que através de prontuários acessaram dados relativos ao gênero, idade, estado civil, tipo de patologia, entre outros. Segundo Souza e Oliveira (2015), a maior demanda de informações de classificação do perfil epidemiológico vem dos serviços de saúde, 40-60%. No estudo de Silva e Sirena(2012) os dados foram fornecidos através de um questionário de coleta com 8 questões associado ao formulário de encaminhamento padrão da unidade de saúde.

O instrumento utilizado na coleta de dados no estudo de Grangeiro et. al. (2018) foi a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa disponibilizada pelo Ministério da Saúde como estratégia para o acompanhamento da saúde da população idosa. Contudo, apenas o estudo de De Melo Neto et. al. (2016) obteve os dados através de uma ficha específica onde foi complementada aos dados da triagem.

Em sua grande maioria, os dados epidemiológicos são adquiridos pelos serviços de saúde e através de prontuários. Contudo, há uma falta de coerência em relação a esses dados que muitas vezes estão incompletos, dificultando, assim uma análise mais direta.

Finalizando a apresentação e análise dos achados deste estudo, destaca-se os resultados de maior prevalência encontrados pelos autores, a Figura 1 representa esses dados.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatou-se que diversas abordagens são necessárias para traçar o perfil epidemiológico adentrando as áreas da fisioterapia, visando ter um maior conhecimento teórico a fim de obter uma eficácia mais especifica quando de frente com o paciente independente da área. Sendo dados de suma importância: gênero, idade, estado civil, profissão, patologias associadas, sinais, sintomas e comorbidades.

(19)

17 De acordo com a análise sobre ferramentas de aquisição dos dados epidemiológicos, ficou constatada a utilização dos prontuários como a principal ferramenta presentes nas instituições de saúde, visto que, ainda assim necessitam de um direcionamento adquirido por caderneta de saúde e fichas especificas de acordo com a necessidade de cada setor.

Em grande parte dos artigos, foi constatada à prevalência do sexo feminino (70%), pois estão mais susceptíveis a acometimento de patologias crônicas devido a maior longevidade, porém acredita-se que o principal fator da elevada porcentagem feminina como pacientes, decorre de um autocuidado presente na maior parte dessa população. Enquanto os homens estão mais expostos a riscos de mortalidade e costumam não buscar os serviços de saúde.

Foi observado também que a faixa etária dos pacientes adultos e idosos atendidos estavam em maior prevalência e, estes eram na maioria dos casos acometidos por patologias concomitantes.

Com relação ao estado de saúde dos participantes, a sua minoria apresentava apenas uma patologia, enquanto que a maioria apresentava duas ou mais patologias. A necessidade de atendimento mais frequente pelos fisioterapeutas fora provocada por distúrbios musculares, pneumopatias, cuidados pré e pós cirúrgicos, nas disfunções musculoesqueléticas, dentre outras.

Conclui-se que o estudo do perfil epidemiológico se faz necessário para direcionar o terapeuta de forma eficaz a estudo prévio de determinadas patologias e problematizações de acordo com o público alvo de cada área. Salientando que não existe uma padronização de dados na coleta dos perfis, levando a uma dificuldade ao correlacionar diversos estudos.

Devido à escassez de artigos não foi possível ter uma abordagem mais ampla abrangendo com detalhes todas as áreas fisioterapêuticas, constituindo-se este estudo um forte indicativo sob a necessidade de mais pesquisas sobre o tema, para que se tenha subsídio para complementar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos por serviços de fisioterapia e, consequentemente, desenvolver protocolos de tratamentos mais condizentes com as necessidades dos assistidos.

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REFERÊNCIAS

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