Processo Cuidar para indivíduos adultos
com Transtorno do Pensamento/
Esquizofrenia
Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem
Departamento Enfermagem Materno-Infantil e
Psiquiátrica (ENP)
Data: 03/10/2014/ Horário: 8h/ Duração: 4h
Profa. Dra. Maria do Perpétuo S.S. Nóbrega
Desestruturação do
Pensamento
Delírios
Alucinações
Afetividade
Vontade
Transtorno do Pensamento = Sintoma psicótico=
Transtorno mental grave
Caracterizado por
Comportamento
Atividade
Psicomotora
Agitação
Rigidez
Apragamatismo
Embotado
Abulia
PENSAMENTO
PRODUÇÃO
CURSO
CONTEÚDO
Lógico
Ilógico
Fio Associativo Preservado
Lentificado/Acelerado
Fuga de
Ideias/Desagregado
Delírio
Obsessões/Fobias
Ideação Suicida/Homicida
Pobreza de conteúdo
Maneirismo
◦
Movimentos bizarros e repetitivos, com objetivo
Estereotipia
◦
Repetições automáticas e sem objetivo
Tiques
◦
Movimentos coordenados, repetitivos
Agitação psicomotora
◦
Exaltação de toda a atividade motora
Estupor
◦
Perda de toda a atividade voluntária ou espontânea
PSICOMOTRICIDADE
AFETO
♦
NORMAL - variação na expressão facial, tom de
voz, uso da mãos e movimentos corporais
♦
CONSTRITO-
clara
redução
na
variação
e
intensidade de expressões
♦
EMBOTADO- expressão emocional é ainda mais
reduzida
♦
PLANO-
não
deve
ser
encontrada
qualquer
VONTADE
Volição -
Querer
◦
Abulia: supressão da atividade volitiva
◦
Hipobulia: diminuição da atividade volitiva
Negativismo
ESQUIZOFRENIA
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998
É uma forma grave de transtorno
do pensamento
Na imensa maioria das pessoas
afetadas, resulta em uma
incapacidade crônica que dura
pelo resto da vida
8
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998
1896
1908/11
1974-5
2013
Kraepelin
5ª.ed
Dementia
Praecox
Aspectos Históricos
Sintomas
positivos
Bleuler
Esquizofrenia
CID-10
Eugen Bleuler
(1857-1939)
1. Distúrbio na Associação do
pensamento
2. Autismo
3. Ambivalência
4. Embotamento Afetivo
5. Distúrbios da Atenção
6. Avolição
6 As
“skhiz” (dividida) e
“fren” (mente) =
esquizo=cindida;
frenia=mente
Fragmentação do Eu
Mente Desintegrada
ESQUIZOFRENIA
Dois ou mais dos seguintes critérios, cada qual presente por uma
porção significativa de tempo durante o período de 1 mês
(1) delírios
(2) alucinações
(3) discurso desorganizado (frequente descarrilamento ou
incoerência)
(4) comportamento amplamente desorganizado ou catatônico
(5) sintomas negativos (embotamento afetivo, alogia ou
avolição)
Exclusão
T. Esquizoafetivo
T. Humor Psicóticos
T. Depressivos Psicóticos
T. Psicótico induzido por SP
T. Psicótico condições clinicas
Como faz diagnóstico atualmente?
Fase Pré-mórbida ( primeiro momento)
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
Retraimento social, quieto, introvertido, com
tendência
ao
isolamento,
desconfiado
excentricidade, histórico de poucos amigos
•Dificuldade na escola
•Não consegue participar de atividade esportivas,
sociais ou profissionais.
Aparente
interesse
por
assuntos
filosóficos,
esotéricos, ficção
.
Duas
primeiras
décadas de
Fase Prodómica (segundo momento)
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
•Apatia, perda de iniciativa
•Tédio, perda de interesse
•Fadiga, diminuição da energia
• Perda ponderal
• Diminuição do apetite
• Alterações no sono, atenção e concentração
• Preocupação, "sonhar acordado "
• Bloqueio do pensamento
• Pensamento concreto
•Tristeza
• Anedonia
• Culpa
• Ideias suicidas
• Alterações do humor
Duas primeiras
décadas de
vida
10
13-15 18-
20 25
10
13-15 18-
20 25
Fase Pré-mÓrbida
Intrauterino
Idade
Inicio dos
Pródromos
Fase Prodrômica
Declínio funcional
Primeiro
Tratamento
Primeiro
episódio
Curso Natural da Esquizofrenia
Platô
Sintomas
positivos-negativos
Primeiro Surto Psicótico
Começa na
adolescência ou adulto jovem
pode começar antes ou depois disso
.
Forma exuberante aguda - quase que da noite para
o dia
Forma insidiosa - as pessoas próximas ao enfermo
só se dão plena conta da anormalidade depois de
meses de iniciada a doença.
Como as mudanças acontecem devagar, é possível
que as pessoas que tenham contatos mais esparsos
com o paciente as notem mais rapidamente.
Atual
Sinais e sintomas da esquizofrenia
Sintomas
Positivos
Delírios
Alucinações
Desorganização
Comportamento
bizarro
Sintomas
Negativos
Déficit Afetivo
Abulia
Alogia
Anedonia
Humor/ansiedade
Depressão
Exaltação
Sintomas
Cognitivos
Déficit Atenção
Déficit Memória
Déficit Execução
tarefas
ESQUIZOFRENIA
ETIOLOGIA
Fatores
Genéticos
10% a 44%
Fatores
Biológicos /orgânicos
Psicossociais
(ambientais
estressantes
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
Permanecem sem esclarecimento
Muitos estudos
Vulnerabilidade
Vulnerabilidade
Desenvolvimento
Desenvolvimento motor,
intelectual e linguagem
Déficit cognitivo/
Contexto/suporte
familiar
/Isolamento
Esquizofrenia
Fatores Tardios
Abuso de drogas
Estresse social
Fatores Precoces
Genéticos
Obstétricos- trauma
SINTOMAS POSITIVOS
Pensamento
Desagregação
Sonorização do pensamento
Roubo do pensamento
Inserção do pensamento
Delírios persecutório, controle, influência,
ciúmes grandeza, referência e culpa
místico
Sensopercepção
Alucinação auditiva, visual, tátil, olfativa e
gustativa
Comportamento
SINTOMAS NEGATIVOS
Afetividade
Embotamento afetivo
Atividade
Apragmatismo
Vontade
Abulia ou hipobulia
Pensamento
Pobreza do pensamento expresso na
comunicação verbal e não-verbal
Respostas verbais e não-verbais
incoerentes ou diminuída
DISTÚRBIOS DA
RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
Desinteresse
aparente pelo
mundo
exterior
Isolamento
social
Déficit no
autocuidado
Não
Estabelece
vínculos afetivos
Ausência
de insinght
da doença
Introspecção
Ausência de
objetivos
Manifestação de
agressividade e
de sexualidade
inadequadas
DISTÚRBIOS DAS
RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
Impacto
Sintomas
negativos
Distúrbios das
relações
interpessoais
Sintomas
positivos
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
Qualidade
de vida
Reflexo na
Esquizofrenia Paranóide
Esquizofrenia Catatônica
Esquizofrenia Indiferenciada
Esquizofrenia Hebefrênica
Esquizofrenia Residual ou Simples
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
•
Adultos jovens/ adolescentes antes 25
•
Caraterística principal
Comportamento desorganizado
Pueril
Discurso desconexo
ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNCIA
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
• 35 anos
• Presença marcante de delírios
persecutório, de grandeza e
alucinação auditiva
• Prejuízos cognitivos é menor
• Tensos, desconfiados, hostis e
muito
agressivos,
podendo
cometer um ato de violência.
ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
•
Predomínio de alterações psicomotoras
•
25 a 30 anos
•
Imobilidade - Hiperatividade – Agitação
Psicomotora
•
Estupor
catatônico,
obediência
automática, flexibilidade cérea, ecolalia,
mutismo
•
Riscos
potenciais
de
desnutrição,
exaustão,
hiperpirexia
ou
ferimentos
auto-infligidos.
ESQUIZOFRENIA CATÔNICA
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
• Pouco frequente SP
• Acontece
de
forma
lenta
e
progressiva - Muitos anos com o
transtorno
SN
• embotamento afetivo, anedonia, sem
interesse,
isolamento
social,
pensamentos ilógicos, afeto embotado,
discurso pobre, apatia, desorganização,
indiferença ao ambiente
ESQUIZOFRENIA SIMPLES ou RESIDUAL
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
L.F, 28 anos (SIC), sexo feminino, deu entrada no serviço relatando dores em
membros inferiores, nega doenças clinicas, apresentando quadro de agressividade,
irritabilidade, dificuldade de deambular e hiperssexualidade, relata não lembrar do
primeiro surto, mas apresenta várias internações por motivos diversos. Relata
alucinação auditiva desde a adolescência. Não sabe relatar sobre doenças comuns da
infância. Relata ter feito uma cirurgia (cesariana). História Familiar: Não sabe
informar, só diz que tem uma tia que mora no Ipiranga. História Social: permanência
na rua por longos períodos com vários parceiros para garantir a sua sobrevivência.
Avaliação: Encontrei a paciente no chão, arrastando-se e simulando uma dificuldade
para andar, com uma aparência suja, vestindo bermuda, soutien e descalça. Não soube
dizer o dia/mês/ano, perguntei sobre o ditado “grão em grão” não soube responder e
disse: “você vai pro inferno” Perguntei a diferença entre anão e criança e disse “Não
gosto deste tipo de brincadeira, estou angustiada, você não me entende”. Pedi para ela
repetir as palavras: bola, casa, criança. Após alguns minutos ela só repetiu a palavra
criança. Perguntei se escutava vozes não compartilhadas e disse: escuto desde jovem,
desde os 20 anos, elas falam o dia todo, falam coisas ruins, elas me perseguem, odeio
elas e à noite não consigo dormir porque elas aumentam. A paciente em momentos
ficava com raiva, falava com todos na enfermaria, gritava, chorava, ria e pedia
cigarros constantemente. Sempre dizia: vou perder meu filho na justiça. Disse que
depois de receber alta: vou para a Igreja, sou adventista, não uso brinco, meu cabelo é
curto, não uso batom vou ficar orando e vou ver meu filho. Perguntei se ela se
considerava doente e ela disse: Não, sou muito mais normal que muitos por aí. ( caso
de 2012 CAISM)
EXAME PSIQUICO
1) Aparência = descuidada.
2) Atitude = cooperativa.
3) Consciência = clara.
4) Atenção = hipovigil.
5) Orientação = no espaço preservada e desorientada no tempo.
6) Memória = hipomnésia retrógrada.
7) Fala = volume: alto, velocidade: preservada
8) Pensamento = forma: desagregado, curso: preservado,
conteúdo: ideias delirantes persecutórias.
9) Sensopercepção = alucinações auditivas,
10) Psicomotricidade = inquietude psicomotora
11) Vontade = hipobúlica
12) Humor = irritável
13) Afeto = labilidade afetiva
14) Inteligência = déficit grosseiro
15) Consciência do eu = alteração da identidade do eu
16) Pragmatismo = hipopragmática
17) Consciência da morbidade = parcial
Diagnóstico: Esquizofrenia Paranóide
Fatores
Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde: saúde mental: nova concepção, novas esperança. Washington: OPAS/OMS, 2001. CID-10 Organização mundial de saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID 10- Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: artes Médicas, 1998.
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
BOM PROGNÓSTICO
MAU PROGNÓSTICOS
Inserção social
Isolamento social
Casado
Solteiro, viúvo, separado
Tratamento precoce
Demora no inicio do tratamento
Bom ambiente familiar
Ambiente familiar favorável
Pouco tempo de episodio psicótico
Longo tempo de episodio psicótico
anterior à avaliação inicial
Inicio agudo
Inicio insidioso
Prolongada hospitalização, rede social inadequada,
estigmatização, marginalização, falta de programas de
Silveira, AS; Nóbrega, MPSS. Assistência de enfermagem. In:Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012. Stefanelli, MC; Fukuda, IMK, Arantes, EC (ogs) Enfermagem em suas dimensões assistenciais. Manole, Série Enfermagem, Barueri, 2008, p. 441-485.
AS METAS DEVEM ESTAR RELACIONADAS À
Manifestar confiança nas pessoas
Reconhecer que os conteúdos delirantes e a alucinações não condizem
coma realidade
Desmontar afetividade com a situação
Não expressar reação de auto/hetero
agressividade
Perceber o seu eu de modo realista
Demonstrar controle da ansiedade, independência, adequação
Demonstrar independência para autocuidado e AVDs
Ação Psicofarmacológica
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
Antipsicóticos/neurolépticos
(típicos e atípicos)
Anticolinérgicos
Benzodiazepínicos – ação
sedativa
Anticonvulsivante –
potencializa ação do
antipsicótico e diminui a
irritabilidade
Ação Psicofarmacológica
Sadock BJ, Sadock VA. Transtorno do humor.IN: Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clinica. 9ª. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.p. 572-629. Noto, CS; Bressan, RA. Esquizofrenia Avanços no Tratamento Multidisciplinar 2ª Edição Autor: Ed. Artmed, 2012.
Efeitos agudos
Tranquilização
Controle de agitação psicomotora / Agressividade
Ao longo de dias / semanas
Redução de sintomas positivos
(alucinações, delírios e
desorganização mental)
Médio / longo prazo
Prevenção de recaídas
3/10/2014 34
Ação Psicofarmacológica na Crise
Medicamentos Injetáveis
1 - Haloperidol 5mg + Prometazina 50mg
2 - Haloperidol 5mg + Midazolam 15mg
3 - Zyprazidona 20mg
4 - Olanzapina 10mg
5 - Clorpromazina 25mg
Medicamentos Via Oral
1 - Haloperidol 5mg
2- Lorazepam 2mg
3- Clonazepam 2mg
2 - Olanzapina 10mg
3 - Risperidona 2mg
PROCESSO DE CUIDAR
DA PESSOA COM
MANIFESTAÇÕES DE
COMPORTAMENTO
DECORRENTES DE
ESQUIZOFRENIA
Intervenção
Risco/ Violência direcionada a si mesmo e outros - autoagressão/ automutilação,
ideação ou tentativas de suicídio
• Proteger a pessoa e terceiros e ambiente
• Retirar objetos que possam ser usados em momentos de agressividade
– ambiente
• Pedir para verbalizar o conteúdo dos delírios e alucinações
• Oferecer segurança e proteção ( estou sendo perseguido, pessoas vem
me pegar- dado de realidade ambiente e equipe.
• Estimular a expressão de sentimentos e pensamentos, respeitando sua
liberdade para responder-
Oferecer escuta sensível
Desesperança,
delírios, ansiedade,
contato com a
doença, angustia
Intervenção
Processo de pensamento perturbado / Percepção sensorial perturbada/ Ansiedade
• Encorajar a manter na realidade-
traga dados reais, não viaje
• Descobrir junto atividades de interesse-
canalizar pensamento para realidade
• Discutir no plano terapêutico -
atividade pertinente a cultura, e capacidade de
desempenho – veja o que gosta
• Tentar manter em assuntos e atividades concretas –
folhear revistas, participar de
grupos, desenhar, escrever- manter na realidade mais tempo possível
• Falar de forma clara e objetiva –
sussurros geram mais desconfiança
• Solicitar que discorra sobre os conteúdos dos delírios, alucinações-
metáfora
• Evitar foco no conteúdo do delírio/alucinação-
respeitar, acreditar, compartilhar
Vozes de comando, xingamentos,
pesecutoriedade,
Intervenção
Comunicação prejudicada
• Encorajar o contato visual – chame para olhar quando conversa -
ser assertivo
•
Aproximação generosa e amistosa - “Acolhimento”
•
Estabelecer vínculo / confiança
•
Buscar compreender o que a pessoa quer transmitir - mesmo com o pensamento
desagregado e incoerente pode estar tentando transmitir algo.
•
Registrar tudo o que o indivíduo faz e diz –
metáfora
•
Ouvir atentamente a pessoa quando fala sobre seus sentimentos- em geral não
consegue fazê-lo, ou acha que ninguém o entende ou não se interessa (baixa
auto-estima).
•
Usar frases curtas, objetivas e no nível de compreensão
Percepção alterada da
realidade-condições emocionais
Intervenção
Alteração da consciência do eu/ Identidade
Isolamento
Dificuldade na tomada de decisão
• Estimular participação em atividade grupais
• Estimular sair do quarto, frente da Tv, sofá, deitado em banco de jardim
• Oferecer opções para aumentar poder de decisão- escolha de um filme, tipo de
atividade, alimentos, sempre que possível
• Trazer a família para esse essa tomada de decisão
•
Desenvolver grupo ou atividade que táteis –
dançar, relaxamento corporal
• Controlar ansiedade quando não consegue tomar
decisão-• Demonstrar que acredita e valorizar seus esforços para tomar decisão- acredite
•
Chamar pelo nome, trazer orientação quanto ao tempo e espaço
Vozes, ambivalência,
delírios
Dificuldade em perceber-se
com ser único,
Intervenção
Déficit no autocuidado / Padrão de sono / alimentação/ Não adesão ao
tratamento
• Verificar ingestão medicamentosa adequada
• Reforçar interesso no tratamento uso de medicação
• Desenvolver
de
forma
individual
ou
grupos
-
reconhecer
medicamentos, associar as reações adversas e efeitos colaterais
• Encorajar atenção à saúde física
• Encorajar a organizar a vida em casa-
Estimular AVDs
• Verificar sono/repouso, eliminação, nutrição, higiene, vestimenta –
avalição diária
• Incluir a família no tratamento
• Ajudar no cuidado de higiene pessoal-
até que possa fazer sozinho
Assumir
responsabilidade/
autonomia
REABILITAÇÃO
REMISSÃO X RECUPERAÇÃO
Usar sistemas de apoio familiar e comunitário
Participar nos grupos terapêuticos
Participar em atividade comunitárias e projetos
Autonomia
Poder de decisão
Contratualidade
Abordagem Psicossocial
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