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O ESTADO ATUAL DO PROJETO DA MANUFATURA NO APL COLHEITA SANTA ROSA - HORIZONTINA.

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Academic year: 2021

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(5) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 1. Introdução É inquestionável a importância que a utilização de métodos científicos comprovados, em todas as áreas do conhecimento, assumem a cada dia que passa na sociedade, e no ambiente industrial não poderia ser diferente. A garantia de que um produto esteja adequado às necessidades de um mercado cada vez mais exigente, pressupõe acuidade desde a concepção até a sua utilização e posterior descarte e/ou reuso. Atualmente no Brasil, o processo de desenvolvimento de produtos industriais ocorre, na maioria das indústrias, de maneira informal variando de intensidade na dependência do porte das mesmas. Quanto menor a indústria maior o grau de informalidade sendo os produtos desenvolvidos a partir de cópias e/ou adaptações de produtos já existentes no mercado. Essa realidade pode facilmente ser comprovada através de pesquisas realizadas diretamente nas indústrias localizadas em nosso território. Para alcançarem-se melhores resultados nos produtos ofertados pelas empresas é necessário que as mesmas qualifiquem seus processos industriais mas não só isso, que passem a utilizar em seu dia a dia de processos que possibilitem desenvolver melhor seus produtos. Cientes dessa necessidade, entendemos que o primeiro passo nessa direção passa por ações e políticas de desenvolvimento que envolvam os mais variados setores da vida nacional e, para integrar esses setores é necessário diagnosticar o estágio de apropriação de métodos de desenvolvimento de produtos por parte de nossas indústrias. Com esse pensamento, buscou-se determinar o nível de apropriação de processos de desenvolvimento de produto, focalizando especialmente o domínio de conhecimento do Projeto da Manufatura, nas indústrias que compõe o Arranjo Produtivo Local (APL) Colheita Metal-Mecânico composto por indústrias de Santa Rosa e Horizontina, cidades localizadas na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se uma pesquisa envolvendo as empresas que fazem parte desse Arranjo Produtivo o que permitiu tirar conclusões significativas e que serão apresentadas nesse trabalho. Esse artigo apresenta considerações a respeito da temática do Desenvolvimento de Produto, com ênfase ao domínio de conhecimento do Projeto da Manufatura, além da metodologia utilizada na pesquisa, as considerações pertinentes e por fim a conclusão. 2. O Processo de Desenvolvimento de Produto Como foi afirmado durante a introdução, no Brasil o processo de desenvolvimento de produtos industriais ocorre, na maioria das indústrias, de maneira informal variando de intensidade na dependência do porte das mesmas. Quanto menor a indústria maior o grau de informalidade sendo os produtos desenvolvidos a partir de cópias e/ou adaptações de produtos já existentes no mercado. A engenharia, principalmente após Segunda Guerra Mundial, passou a adotar de maneira tímida os métodos para o desenvolvimento de produtos industriais e, a partir da década de 60, houve a massificação principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, a prática do uso de métodos para o desenvolvimento de produto passa a ter um maior enfoque na década de 70 principalmente em indústrias multinacionais. A partir da década de 80 esse assunto passa a figurar também nas academias brasileiras ainda que de maneira incipiente. Na atualidade o assunto é difundido nas escolas de engenharia inclusive fazendo parte do currículo dos cursos na maioria delas.. 2.

(6) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. É comum os projetos que envolvem a prática do desenvolvimento de produto serem divididos em várias fases para facilitar o seu gerenciamento. Quando unidas, as fases determinam o ciclo de vida de um projeto. Valeriano (1998) define de maneira adequada um ciclo de quatro fases: fase de conceito; fase de planejamento e organização; fase de implementação ou execução e, por último a fase de encerramento. Segundo o autor essas fases não são estanques, ocorrendo a sobreposição das mesmas ao longo de todo o processo. Na ótica de Wheelwright e Clark (1992), o processo de desenvolvimento de produto é composto pelas seguintes fases: desenvolvimento do conceito do produto; planejamento do produto; elaboração do projeto do produto e do processo de manufatura; produção piloto e, finalmente o lançamento do produto.. Desenvolvimento do conceito do produto. Planejamento do produto. Projeto do produto e do processo da manufatura. Produção Piloto. Lançamento do produto no mercado. Figura 1 – Fases do processo de desenvolvimento de produtos segundo Wheelwright e Clark (1992). Outros autores dedicados ao tema como Back (1983), Clausing (1995), Ulrich e Eppinger (1995), Baxter (1998), Pahl e Beitz (1996), Schulmann (1994), Clausing (1995), também dividiram seus processos de desenvolvimento de produto em fases. Em sua tese de doutorado intitulada “Modelo de referência para o processo de desenvolvimento de máquinas agrícolas” Romano (2003), a partir das concepções desses autores, criou o seu processo de desenvolvimento de produto. Muito embora o foco tenha sido a área de Máquinas Agrícolas, percebe-se que o mesmo pode ser adotado para outros produtos industriais, preservados os detalhes específicos da área. O modelo de Romano (2003) está dividido em três macrofases e oito fases conforme pode ser visualizado na Figura 2.. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS. PLANEJAMENTO. Planejamento do Projeto. PROJETAÇÃO. Projeto Informacional. Projeto Conceitual. IMPLEMENTAÇÃO. Projeto Preliminar. Projeto Detalhado. Preparação da Produção. Lançamento. Validação. GESTÃO EMPRESARIAL GERENCIAMENTO DE PROJETO MARKETING PROJETO DO PRODUTO PROJETO DA MANUFATURA SUPRIMENTOS QUALIDADE SEGURANÇA DEPENDABILIDADE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO PRODUÇÃO PÓS-VENDAS. Plano do Projeto. Especificações de Projeto. Concepção. Viabilidade Econômica. Solicitação de Investimento. Liberação do Produto. Lote Inicial. Validação do Projeto. 3.

(7) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Figura 2 – Processo de desenvolvimento de produto de Romano (2003). As três macrofases são: Planejamento; Projetação e Implementação. As oito fases estão divididadas da seguinte maneira: Planejamento do projeto; Projeto Informacional; Projeto Conceitual; Projeto Preliminar; Projeto Detalhado; Preparação da Produção; Lançamento e Validação. Também a estrutura do processo de desenvolvimento de produto de Romano (2003) complementa-se com a definição de 12 campos de conhecimento envolvidos. Dentre esses campos destaca-se o Projeto da Manufatura, um dos objetos de investigação em nossa pesquisa. 3. O Projeto da Manufatura No modelo de referência apresentado, o campo de conhecimento Projeto da Manufatura passa a interagir no processo de desenvolvimento de produto praticamente desde o início na fase de Projeto informacional, ao contrário do que é práxis em grande parte das indústrias brasileiras em que o projeto da manufatura inicia-se após a conclusão do projeto de produto. Existe muita confusão quanto aos desígnios do termo Projeto da Manufatura (Design for Manufacturing) e essa confusão é procedente em função dos diferentes usos para os termos em questão. Segundo Poli (2001), o que é corroborado por El Wakil (2002), o termo manufatura se refere à porção da realização do processo de produção que envolve o processamento físico de materiais e a montagem de suas partes. Já, a palavra Projeto, deve ser entendida como um processo, ou seja, todas as ações desde a criação até a consecução das atividades. Segundo Boothroyd et al (2002), Design for Manufacture, DFM, significa diferentes coisas para diferentes pessoas... A chave para o sucesso da aplicação de DFM é a simplificação da manufatura do produto. Uma vez definido como um domínio de conhecimento importante no desenvolvimento de produto, parece claro que os conhecimentos necessários na área da manufatura para que se tenha um bom projeto induzem a participação de especialistas nessa área no processo de desenvolvimento de produto. Muito embora essa seja a lógica, o que se percebe na prática é que o projeto da Manufatura é na sua grande maioria realizado posteriormente ao projeto de produto e pela mesma pessoa ou então por técnicos e funcionários experientes sem conhecimento formal de Engenharia. 4. A Manufatura no APL Colheita O fenômeno da terceirização ocorrido na região Noroeste do Rio Grande do Sul transformou pequenas e médias empresas dessa região em fornecedoras de grandes indústrias multinacionais metal-mecânicas do setor agrícola, trazendo grande evolução na qualidade e diversificação de processos. Procurando aprimorar ainda mais essas conquistas, 59 empresas das cidades de Horizontina e Santa Rosa, principal pólo metal-mecânico da região, com o apoio do SEBRAE, das administrações municipais, de instituições de ensino e de instituições voltadas ao apoio de pequenos empreendimentos existentes na região, formaram um conglomerado chamado de APL Colheita Metal-Mecânico Santa Rosa – Horizontina. Participam desse Arranjo, majoritariamente, Metalúrgicas voltadas para a fabricação de peças e implementos agrícolas, sendo empresas detentoras de equipamentos de alta precisão e. 4.

(8) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. tecnologia, como tornos CNC e máquinas laser. O APL Colheita conta também com a participação de metalúrgicas voltadas para o segmento de esquadrias, indústrias de peças de termoplásticos, empresas de manutenção industrial, prestação de serviços, produção de ferramentas, rotomoldagem técnica, produção de movéis para ambiente de trabalho, produção de produtos para abatedouros e laticínios e uma empresa de criação e produção de sistemas de comunicação. Essas empresas contam com sistemas que asseguram a qualidade das peças e ferramentas produzidas, sendo que algumas já possuem certificação das normas ISO, e aplicam princípios que desenvolvem a qualidade, como os do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade, conferindo maior confiabilidade a seus produtos e serviços. 5. Apresentação dos dados coletados a pesquisa Das 59 empresas participantes do aglomerado, 25 participaram do levantamento de dados, disponibilizando-se a prestar informações, ou seja, o correspondente a 44% das empresas participantes do APL dispuseram-se a participar da pesquisa.. Empresas (%). Das empresas participantes na pesquisa, 36% atua na fabricação de máquinas, peças e implementos agrícolas, sendo que as outras 64% atuam na indústria de movéis, cabines e componentes em fiberglass, sistemas de fixação, aberturas, estruturas metálicas e portões eletrônicos, embalagens metálicas, usinagem, manutenção, reformas de máquinas agrícolas e serviços em geral (Figura 3).. 70 60 50 40 30 20 10 0 Máquinas em Máquinas ou Produtos Geral Implementos Alimentícios Agrícolas. Outros. Re sultados. Figura 3 – Ramo de atuação das empresas. Dessas empresas, 8% estão no ramo menos de 2 anos, sendo de igual percentual as que estão de 5 a 10 anos atuando no mercado. Enquanto isso, 28% das empresas participam do mercado de 2 a 5 anos e 56% se encontram neste a mais de 10 anos. Quanto ao porte das empresas, conforme mostrado na Figura 4, apurou-se o seguinte: 28% são Microempresas, 36% são empresas de Pequeno Porte e 36% e Médio Porte. Não se constatou a participação de nenhuma empresa de Grande Porte.. 5.

(9) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 40 35 Empresas (%). 30 25 20 15 10 5 0 Microempresa Pequeno Porte Médio Porte. Grande Porte. Resultados. Figura 4 – Perfil das Empresas. Quanto ao Desenvolvimento de Produto, 36% das empresas não o realizam especificamente e nem possuem um responsável por esta área. Destas, em 28% os projetos são recebidos prontos; e, em 8% um funcionário fica responsável pelo Processo de Desenvolvimento de Produto até chegar ao Produto final (Figura 5).. 30 Resultados (%). 25 20 15 10 5 0 Consultores. Projetos Prontos. M odelos. Outro. Como é feito o Desenvolvimento de Produtos. Figura 5 – Desenvolvimento de Produtos não é realizado em 36 % das empresas. No entanto, 64% das empresas realizam o Desenvolvimento de Produtos. Dentro destes 64%, 56% são empresas em que o Desenvolvimento é realizado por uma Pessoa Designada; já em 8% por um Departamento ou Setor (Figura 6). O responsável pela realização do Projeto da Manufatura, das empresas que o elaboram, é em 32% dos casos um Técnico, em 16% um Desenhista, 28% um Funcionário Experiente e, em 16% o Projeto da Manufatura é de responsabilidade de um Engenheiro; 8% das empresas utilizam-se de consultorias.. 6.

(10) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 35. Resultados (%). 30 25 20 15 10 5 0 Engenheiro. Técnico. Desenhista Funcionário Consultoria Experiente. Responsável pelo Desenvolvimento de Produto. Figura 6 – Desenvolvimento de Produto em 64% das Empresas. Com relação ao Projeto da Manufatura, 20% das empresas não elaboram projetos visando à manufatura dos produtos desenvolvidos; as 80% restantes realizam o Projeto da Manufatura, sendo que destas, 64% o Projeto da Manufatura é realizado concomitantemente com o Projeto de Produto, e 16% após o Projeto de Produto ter sido elaborado, conforme mostra a Figura 7.. 16. Resultados (%). 14 12 10 8 6 4 2 0 Com o Projeto de Produto. Após o Projeto de Produto. Quando o Projeto da Manufatura é Desenvolvido. Figura 7 – O Projeto da Manufatura em 80% das Empresas. O responsável pela realização do Projeto da Manufatura, das empresas que o elaboram, é em 40% dos casos um Técnico, em 16% um Desenhista, 28% um Funcionário Experiente e, em 16% o Projeto da Manufatura é de responsabilidade de um Engenheiro (Figura 8).. 7.

(11) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 40 Resultados (%). 35 30 25 20 15 10 5 0 Engenheiro. Técnico. Desenhista. Funcionário Experiente. Responsável pelo Projeto da Manufatura. Figura 8 – Responsável pelo Projeto da Manufaura nas indústrias. Ainda das empresas que realizam o Projeto da Manufatura, questionadas se o profissional que o elabora é o mesmo que faz o Projeto do Produto, o levantamento apontou que, em 65% das empresas é o mesmo profissional; e, 35 % das empresas, os dois Projetos são feitos por profissionais diferentes. Quanto aos tipos de Projetos de Manufatura feitos na (para a) empresa, 28% são para Ferramentas; 20% são destinados ao layout Industrial; 36% para dispositivos de Fabricação; e, 16% são realizados para a Seleção de Equipamentos como pode ser visualizado na Figura 9. Nas empresas que não realizam o Projeto da Manufatura (20%), em 10% a responsabilidade é do funcionário na determinação de processos, equipamentos, até o produto final; e, em 10%, as atividades são realizadas baseadas em dados (valores hora-homem, orçamentos).. 40. Resultados (%). 35 30 25 20 15 10 5 0 Ferramentas. Layout Industrial. Dispositivos Seleção de para Fabricação Equipamentos. Tipos de Projetos destinados à Manufatura. Figura 9 – Projetos Desenvolvidos nas (para as) Empresas. 8.

(12) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Todos os entrevistados, ou seja, 100% gostariam de ter mais informações sobre o tema, e quando consultados sobre a importância atribuída ao Projeto da Manufatura para o sucesso de um produto, a média das respostas apontou um grau de 4,40 numa graduação de 0 a 5. 6. Discussão dos resultados da pesquisa Pelo que se vê nos resultados da pesquisa, o conjunto das empresas que compõem o APL Colheita são muito jovens, característica decorrente do processo de industrialização recente empreendido na região. Apesar disso, grande parte das empresas admite promover o desenvolvimento de produto internamente caracterizando-se, na sua grande maioria, pela inexistência de um setor ou departamento responsável pelo mesmo. Outro dado que chama atenção, é o fato da existência de alguma espécie de Projeto visando a Manufatura sendo este praticado concomitantemente com o Projeto de Produto e realizado pelo mesmo profissional. Dentre os tipos de Projeto visando a Manufatura praticados destacam-se os dispositivos para fabricação e ferramentas, sendo a seleção de equipamentos utilizada com menor freqüência. Uma constatação percebida e de extrema relevância diz respeito às pessoas responsáveis pela elaboração do projeto da Manufatura, na maioria das empresas pesquisadas, o profissional responsável pelo Projeto da Manufatura é um Técnico ou Funcionário Experiente isso também se estendendo ao Projeto de Produto. Percebe-se aqui o pouco espaço ocupado por Engenheiros com habilitação para realizar projetos. 7. Conclusão As Pequenas e Médias empresas, mesmo contando com apoio consistente de muitas instituições, ainda não se utilizam de todas as estrátegias ampliadoras da competitividade. O Projeto da Manufatura proporciona, como o Projeto do Produto, uma vantagem, pois ele capacita as empresas a decidir com antecipação e responsabilidade, prevendo e analisando todas as alternativas possíveis e viavéis, conquistando uma vantagem competitiva ao possuir conhecimento detalhado de todos os aspectos envolvidos no Desenvolvimento de Produtos. A percepção que se obtém da maioria dos pequenos e médios empresários é a de que, um Projeto em tal nível de especificações e detalhamento, é viavél apenas para grandes empresas. Porém,o Projeto da Manufatura possui ampla variedade de aplicações, nunca deixando de atender às diferentes características de cada empresa, favorecendo essas diferenças, ao passo em que proporciona uma análise detalhada e amplia a visão dos profissionais que são responsáveis pela decisões relativas ao Projeto da Manufatura e Projeto do Produto. Conclui-se, então, que o nível de apropriação e conhecimento do Projeto da Manufatura por parte das empresas integrantes do APL Colheita Metal-Mecânico Santa Rosa - Horizontina restringe-se ao conceito, sendo que a compreensão do Projeto da Manufatura como ferramenta de grande utilidade na produção é compartilhada pela maioria dos entrevistados. Outro aspecto relevante que merece destaque, é a constatação do amplo campo de trabalho que está aberto para Engenheiros com foco voltado à indústria no âmbito do APL Colheita Santa Rosa – Horizontina. Fazendo uma analogia com outras regiões que detém um perfil similar, pode-se inferir o vasto campo que pode e precisa ser preenchido por profissionais habilitados e, dentre eles os Engenheiros de Produção.. 9.

(13) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 6. Referências APL COLHEITA (APL Colheita Metal-Mecânico Santa http://www.aplcolheita.com.br/>. Acesso em: 30 de abril de 2007.. Rosa. -. Horizontina).. Disponível em:. BACK, N. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1983. BAXTER, M. Projeto de Produto: Guia Prático para o Desenvolvimento de Novos Produtos. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. BOOTHROYD, G; DEWHURST, P; KNIGHT, W. Product Design for Manufacture & Assembly. 2. ed. New York: Marcel Dekker, 2002. CARDOZA, E.; CARPINETTI, L. C. R. & GEROLAMO, M. C. Avaliação do Desempenho em Arranjos Produtivos Locais. . In: ENCONTRO NAC. DE ENG. DE PRODUÇÃO, XXV, Porto Alegre, CD-ROM, p. 3832– 3839, 2005. CLAUSING, D. Total Quality Development: a step-by-step guide to world class Concurrent Engineering. New York: ASME, 1995. EL WAKIL, S. D. Processes and Design for Manufacturing. 2. ed. Prospect Heights: Waveland Press, 2002. PAHL, G.; BEITZ, W.; FELDHUSEN, J.; GROTE, H. Projeto na engenharia: fundamentos do desenvolvimento eficaz de produtos, métodos e aplicações. Trad. Hans Andreas Werner. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. POLI, C. Design for manufacturing: a structured approach. Boston: Butterworth Heinemann, 2001. ROMANO, L. N. Modelo de Referência para o Processo de Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas. Florianópolis : PPGEM / UFSC, 2003. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica – UFSC – Florianópolis SC. SCHULMANN, D. O Desenho Industrial. Campinas: Papirus, 1994. SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Arranjos Produtivos Locais. Disponível em: < http://www.sebrae.org.br/br/cooperecrescer/arranjosprodutivoslocais.asp>. Acesso em: 30 de abril de 2007. ULRICH, K. T.; EPPINGER, S. D. Product Design and Development. New York: McGraw-Hill, 1995. VALERIANO, D. L. Gerência em Projetos: pesquisa, desenvolvimento e engenharia. São Paulo : Makron Books, 1998. WHEELWRIGHT, S. C.; CLARK, K. B. Revolutionizing Product Development: Quantum Leaps in Speed, Efficiency, and Quality. New York: Free Press, 1992.. 10.

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