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Avaliação ultraestrutural da dentina radicular submetida à irradiação do laser Nd:YAG associada a diferentes substâncias químicas

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Maria Isabel Anastacio Faria

Avaliação ultraestrutural da dentina radicular submetida à

irradiação do

laser

Nd:YAG associada a diferentes

substâncias químicas

Ribeirão Preto

2005

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Maria Isabel Anastacio Faria

Avaliação ultraestrutural da dentina radicular submetida à

irradiação do

laser

Nd:YAG associada a diferentes

substâncias químicas

Ribeirão Preto

2005

Dissertação apresentada ao Curso de Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto para obtenção do título de Mestre em Odontologia – sub-área Endodontia.

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Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento Técnico da Biblioteca Central da UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto -

F224a Faria, Maria Isabel Anastacio, 1976 -

Avaliação ultraestrutural da dentina radicular humana submetida à irradiação do laser Nd:YAG associada a diferentes substâncias químicas / Maria Isabel Anastacio Faria

- - Ribeirão Preto, 2005.

64 p.: il.

Orientadora: Profa Dra Yara T. C. Silva Sousa Dissertação (mestrado) – Universidade de Ribeirão Preto,

UNAERP, Odontologia, área de concentração: Endodontia. Ribeirão Preto, 2005.

1. Odontologia. 2. Endodontia. 3.

Laser.

4- Substâncias Químicas I. Título

(4)
(5)

A

DEUS

, por estar sempre junto a mim, me abençoando, me iluminando,

mostrando-se presente no meu cotidiano, no sorriso, nos gestos e nas atitudes das pessoas que amo.

(6)

Aos meus amados pais;

Elizabeth e Fajardo,

nada do que eu diga hoje pode transparecer o quanto

amo vocês e o quanto eu sou agradecida por tudo. Pelo exemplo de vida que vocês são, pelo amor incondicional que sempre dedicaram à família. Por estarem sempre ao meu lado, me apoiando, me incentivando em todos os momentos da minha caminhada; mesmo quando estava longe fisicamente sentia a presença e a força de vocês junto a mim. Mais uma etapa que venço, mais uma vitória que também pertence a vocês!

(7)

Aos meus queridos irmãos,

Lia, José, Karina e Maria Fernanda

, por estarem

sempre ao meu lado, me incentivando, e por serem motivo de orgulho para mim. Aos meus cunhados pela convivência gostosa, e por saber que vocês fazem as pessoas que amo felizes.

Aos meus sobrinhos,

Ju, Bia, Gabi e Gigi

, o sorriso de cada um de vocês é um

(8)

Ao meu namorado,

Wilson de França Junior

há aproximadamente 8 meses os nossos caminhos

se cruzaram e, desde então, momentos de alegria tenho vivido ao seu lado. Obrigada pela paciência e dedicação, e desculpe a ausência em alguns momentos. Agradeço também à sua família pelo carinho a mim dedicado.

(9)

À toda minha família, minha avó querida

Lia Silva Anastacio

, meus tios

(10)

Ao meu amigo

João Carlos de Mattos

e sua equipe pelo auxílio nos

momentos em que muito precisei, pela ajuda que recebi para que eu pudesse prosseguir sempre no caminho do amor e da verdade.

(11)
(12)

À minha orientadora

Prof

a

Dr

a

Yara T. Correa Silva Sousa

, pelo constante estímulo, pelo apoio e confiança em mim depositadas, e pelas horas de trabalho dedicadas a este trabalho.

Ao curso de

Pós-graduação em Odontologia da Universidade de

(13)

Ao Prof. Dr.

Manoel D. Sousa Neto

, coordenador do Programa de

Pós-graduação em odontologia da UNAERP, pelos ensinamentos, pela sua dedicação ao curso e pela consideração a mim dedicada.

Aos Professores do curso de mestrado, os quais contribuíram muito para a minha formação:

Prof

a

Dr

a

Lisete Diniz Ribas Casagrande; Prof

a

Dr

a

Neide Aparecida de Souza Lehfedl, Prof

a

Dr

a

Rosemary Cristina Pietro,

Prof

a

Dr

a

Delza D. Marchetti Kannan, Prof

a

Dr

a

. Yara T. C. Silva Sousa,

Prof. Dr. Antonio Miranda Cruz Filho, Prof. Dr. Manoel Sousa Neto,

Prof. Dr. Lucélio Colto, Prof. Renato Roperto, Prof. Celso Bernardo de

Souza filho, Prof Edson Alfredo, Prof. Jacy R. Carvalho Jr .

Aos professores Doutores

Ricardo Gariba, Daniel Perez e Manoel

Sousa Neto

, as suas sugestões foram de grande valia.

Ao

Prof. Frederico Coelho

e sua equipe, que me receberam muito

bem, disponibilizado o seu consultório para que eu pudesse realizar o meu trabalho.

À

Prof

a

Melissa Andréia Marchesan

, pela ajuda na realização deste trabalho e pelo apoio no momento que precisei.

À

Aline Evangelista de Souza

, pela imensa colaboração na confecção

deste trabalho, pela sua presteza em sempre querer ajudar, conte sempre comigo.

Aos meus amigos de turma:

Cíntia França, Lorenna Oliveira, Fábio

Braga, Fabrício Scaini, Vinicius Nunes, Irdival Figueiredo Jr

. Por terem

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À

Michele Nadalin

, pela amizade que se iniciou aqui e eu espero que

seja para sempre.

Às secretárias da pós-graduação

Cecília Maria Zanferdine

e

Karina

Betinne

por sempre estarem prontas para ajudar no que precisei.

À funcionária da patologia

Rosemary Alexandre

pela amizade que

construímos no decorrer do curso.

À

Viviane Diab Barcelini

, por sua solicitude sempre constante.

Aos Prof. Doutores da cadeira de Endodontia da Universidade Federal do Paraná:

Alexandre Heck, Antonio Batista, Egas Monis De Aragão, Gilson

Blitzkow Sydney, Natanael Henrique Mattos, Sérgio Herrera de

Moraes

, pelos primeiros ensinamentos na área da Endodontia.

Aos profissionais

Léo Krieger

e

José Carlos Munhoz da Cunha

, a

competência e o profissionalismo de vocês despertaram em mim o amor pela nossa profissão.

À minha amiga-irmã

Beatriz Garcia Rocha

por estar sempre ao meu

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Sumário

RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO... 01 REVISTA DA LITERATURA... 05 PROPOSIÇÃO... 27 MATERIAL E MÉTODOS... 29 RESULTADOS... 33 DISCUSSÃO... 46 CONCLUSÕES... 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 56

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Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a morfologia da dentina radicular após a aplicação do

laser

Nd:YAG na presença de diferentes substâncias químicas

utilizadas para irrigar os canais radiculares. Trinta e seis caninos superiores hígidos foram preparados pela técnica

Crown-Down

e as raízes foram

seccionadas longitudinalmente e distribuídas aleatoriamente em 4 grupos: água destilada; EDTAC a 17%; hipoclorito de sódio a 1% e clorexidina a 2%. Os grupos foram então subdivididos de acordo com a técnica de aplicação do

laser

(3 W, 20 Hz, por 15 s e perpendicularmente à superfície): superfície seca antes da irradiação e superfície inundada pelo líquido durante a irradiação. Os espécimes foram analisados em MEV, em estudo duplo cego, por três examinadores calibrados. Os resultados evidenciaram que não houve diferença na morfologia da dentina em relação aos diferentes terços da raiz. No grupo onde a superfície foi seca antes da irradiação, independente da substância utilizada, verificou-se que as alterações morfológicas foram mais evidentes, destacando-se a presença de fusão, processo de ebulição, estruturas globulares, irregularidades, trincas e crateras. Ao analisar separadamente as substâncias químicas utilizadas, observou-se que a superfície que recebeu hipoclorito de sódio apresentou padrão morfológico semelhante ao da clorexidina, sendo verificado áreas de fusão, ausência de túbulos evidentes e fissuras. Ao aplicar o

laser

com a superfície seca, verificou-se áreas de fusão,

crateras, trincas e túbulos parcialmente expostos. Nos espécimes com EDTAC, verificou-se a presença de superfícies isentas de camada de

smear

e túbulos parcialmente obliterados. Quando se aplicou o

laser

na presença da água, a

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Resumo

laser

. Conclui-se que o

laser

Nd:YAG promoveu alterações ultraestruturais na

superfície dentinária de todos os grupos estudados. A associação EDTAC e

laser

Nd:YAG proporcionou um padrão morfológico mais favorável, devido à remoção da camada de

smear

contaminada e posterior selamento dos túbulos.

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Summary

The aim of this study was to evaluate the dentin morphology after the application of Nd:YAG laser, using different chemical substances used to irrigate the radicular canals. Thirty and six sound superior teeth were prepared by the Crown-Down technique and the roots were sectioned longitudinally and randomly distributed in 4 groups: distilled water; 17% EDTAC; 1% sodium hypochlorite and 2% chlorhexidine. Next, groups were subdivided according to the laser technique of application(3W, 20Hz, for 15s and perpendicularly to the surface) in the 3 thirds: dried surface before the irradiation and surface flooded for the liquid during the irradiation. The specimens were analyzed by MEV, in a double-blind study, for three calibrated examiners. The results did not demonstrate differences in dentin morphology in relation to the different root regions. In the group where surface was dried before the irradiation, regardless the substance, it was verified that the morphological alterations were more evident than the other group, due to the presence of fusion areas, boiling process, globular structures, irregularities, fissures and craters. As regards to chemical substances, it were observed that the group irrigated with sodium hypochlorite presented similar morphological aspect to the chlorhexidine, being verified fusion areas, absence of evident tubules and fissures. When laser was performed in a dried surface, it was verified fusion areas, craters, charring and tubules partially exposed. In specimens irrigated with EDTAC, it was verified the presence of surfaces without smear layer and partially opened tubules. When the irradiation was performed in water presence, the smear layer was apparently incorporated into the modified-laser surface. It may be concluded that the Nd:YAG laser promoted ultrastructural alterations in dentin surface of

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_____________________________________________________________________________________

Summary

all studied groups. The association of EDTAC and Nd:YAG laser provided a more favorable surface standard, due to the removal of the contaminated smear layer and posterior sealing of dentin tubules.

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Introdução

2

O termo laser é o acrônimo de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation e se trata de um tipo de radiação não ionizante altamente concentrada que, em contato com o tecido, resulta em efeitos diversos, dependendo principalmente do comprimento de onda da radiação e das propriedades ópticas do tecido irradiado. O seu uso na Endodontia foi preconizado devido ao potencial antibacteriano e à capacidade de limpeza do canal radicular (TAKEDA et al., 1998; MORITZ et al., 1999; ODA et al., 2001; CARVALHO et al., 2002; BRUGNERA JR et al., 2003; MOSHONOVE et al., 2003).

O laser Nd:YAG (Neodymiun: Yttrium Aluminum Garnet) tem comprimento de onda de 1064nm e age na estrutura dental através de um mecanismo fototérmico, onde a energia incidente promove a ablação dos tecidos por meio da evaporação e pirólise. A alta temperatura gerada por este processo resulta no derretimento e vaporização da superfície irradiada (LIN et al., 2001).

WEICHMAN et al., 1972, foram pioneiros ao pesquisar a capacidade deste laser no selamento do forame apical. Apesar dos resultados obtidos não terem correspondidos às expectativas, os autores verificaram que o laser Nd:YAG foi capaz de promover alterações na estrutura da dentina radicular.

A partir de então, as pesquisas com o laser Nd:YAG têm se intensificado com as mais diversas finalidades. Dentre elas, destacam-se a capacidade antimicrobiana em infecções endodônticas (MORITZ et al., 1999; BERKITEN et al., 2000; BARBERINI et al., 2001); a capacidade de limpeza do canal radicular (ITO et al., 1993; LEVY, 1992; HARASHIMA et al., 1997; TAKEDA et al., 1998); o aumento da microdureza da dentina ( YOKOYAMA et al., 2001; HOSSAIN et

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Introdução

3

al., 2001); a diminuição da permeabilidade dentinária (MISERENDINO et al., 1995; ANIC et al., 1996; SILVA; AUN, 2001; GEKELMAN et al., 2002; BASSILI et al., 2003; BRUGNERA JR et al., 2003), a diminuição da infiltração marginal (CARVALHO et al., 2002; RIBEIRO et al., 2005; OBEIDI et al., 2005; DEPRAET et al., 2005), bem como as alterações estruturais na dentina radicular (DEDERICH et al., 1984; MISERENDINO et al., 1995; ANIC et al., 1996; LIU et al., 1997; KHAN et al., 1997; ANIC et al., 1998; BARBAKOW et al., 1999; LAN et al., 2000; TURKMEN et al., 2000; ARISU et al., 2004; MORYAMA et al., 2004; SANTOS et al., 2005; GLAUCHE et al., 2005).

Estudos por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) têm demonstrado que as principais alterações morfológicas na dentina radicular causadas pelo laser Nd:YAG são: presença de fusão, formação de crateras e selamento de túbulos dentinários (BARBAKOW et al., 1999; LAN et al., 2000; SILVA; AUN, 2001; TURKMEN et al., 2000; SANTOS et al., 2005). Estas alterações, bem como a sua intensidade, variam em função dos parâmetros utilizados durante a irradiação, como potência, energia, freqüência e tempo de aplicação do laser (LIN et al., 2001; SILVA; AUN, 2001).

Ao contrário do laser Er:YAG, que necessita da água para que a ablação seja eficiente e segura, o laser Nd:YAG pode ser utilizado com diferentes substâncias químicas, entre as quais, aquelas utilizadas para a irrigação do sistema de canais radiculares.

Nos dias de hoje, o hipoclorito de sódio ainda é amplamente empregado no preparo biomecânico devido às suas propriedades favoráveis, como dissolução de tecidos orgânicos, saponificação de gorduras, neutralização de

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Introdução

4

produtos tóxicos, ação desodorizante e antimicrobiana, pH alcalino e baixa tensão superficial (SPANÓ et al., 2002; YAMASHITA et al., 2003).

Por sua vez, o EDTA tem a capacidade de quelar íons cálcio e remover a camada de smear. FEHR; OSTBY (1963) propuseram a adição do cetlavon (tensoativo catiônico quaternário de amônio) ao EDTA, o que reduziu a sua tensão superficial (NAUMOVICH, 1963) e o tornou mais efetivo na limpeza da superfície dentinária (HÜLSMANN et al., 2003).

Estudos recentes indicam a clorexidina como uma substância alternativa para a irrigação dos canais radiculares devido às suas propriedades antimicrobiana, substantividade (LEONARDO et al., 1999; YAMASHITA et al. 2003) e compatibilidade biológica (TANOMARU FILHO et al., 2002).

Embora diversas pesquisas descrevam as modificações na morfologia da dentina irradiada pelo laser Nd:YAG (DEDERICH et al., 1984; MISERENDINO et al., 1995; ANIC et al., 1996; ISRAEL et al., 1997; LIU et al., 1997; KHAN et al., 1997; ANIC et al., 1998; BARBAKOW et al., 1999; LAN et al., 2000; TURKMEN et al., 2000; ARISU et al., 2004; MORYAMA et al., 2004; SANTOS et al., 2005; GLAUCHE et al., 2005) , poucos estudos relatam as alterações estruturais resultantes da aplicação desse laser na presença de substâncias químicas utilizadas para irrigação durante o preparo biomecânico dos canais radiculares (WEICHMAN et al., 1972; BRUGNERA JR et al., 2003). Essa associação poderia otimizar os resultados obtidos na terapia endodôntica.

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Revista da Literatura

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A revista de literatura realizada abordou pesquisas realizadas com o laser Nd:YAG e as substâncias químicas utilizadas neste estudo.

NAUMOVICH (1963) estudou a tensão superficial e o pH de vinte e duas substâncias químicas utilizadas na terapêutica endodôntica. Entre as substâncias estudadas, o EDTA apresentou pH 7,28 e tensão superficial 54,0 dinas/cm; enquanto que para o EDTAC, o pH foi de 7,4 e a tensão superficial 39,7 dinas/cm.

VON FEHR; ØSTBY (1963) preconizaram a adição do cetavlon ao EDTA para diminuir a tensão superficial desta substância. Também compararam a eficácia do EDTAC e do ácido sulfúrico a 15% na remoção da camada de smear. Os autores observaram que o EDTAC tem um efeito quelante melhor que o ácido, pois age mais rapidamente e com a vantagem de ser autolimitante.

WEICHMAN et al. (1972) foram os pioneiros no estudo do laser na Endodontia. Os autores fizeram uma tentativa de selamento apical com o uso do laser Nd:YAG e CO2 variando a potência e o tempo de aplicação, no interior dos canais radiculares. Em algumas amostras os autores aplicaram o laser na presença de líquidos irrigantes da época. Não obtiveram os resultados esperados, porém observaram a presença de carbonização e de fendas, e no interior destas fendas foi observada uma superfície cristalizada, e a presença de fusão na dentina irradiada. Os autores observaram que quando aumentavam a potência e o pulso as alterações eram mais evidentes.

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Revista da Literatura

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DEDERICH et al. (1984) avaliaram, por meio de MEV, as alterações provocadas pelo laser Nd:YAG na dentina. O laser foi aplicado perpendicularmente, variando-se a potência (de 20 a 90 W) e do tempo de aplicação (de 0,1 a 0,9 s), em pontos previamente delimitados, na presença da camada de smear. Os autores observaram que em alguns casos houve apenas uma desorganização da camada de smear, porém, em algumas amostras observaram fusão e áreas com recristalização da dentina. Estas áreas mostravam-se não porosas, sugerindo apresentar menor índice de infiltração.

LEVY (1992) avaliou, com auxílio da MEV, o preparo e limpeza do canal radicular irradiado com laser Nd:YAG, com 150 e 250 mJ por 1 min, sob refrigeração, em comparação com a instrumentação manual e irrigação com hipoclorito de sódio a 2%. O autor verificou forma afunilada do terço apical para o cervical em ambos os grupos. Nos dentes que receberam a instrumentação manual, as paredes dos canais radiculares estavam cobertas por camada de smear, ao contrário, nos dentes em que o laser foi aplicado, observou-se paredes limpas com fusão nos três terços e selamento dos túbulos dentinários.

ITO et al. (1993) avaliaram a remoção da camada de smear da superfície dentinária irradiada com laser Nd:YAG em comparação com a aplicação de ácido cítrico. Após raspagem rigorosa da dentina, uma área foi previamente delimitada para a aplicação do laser ou do ácido. O laser Nd:YAG foi aplicado com distância focal de 5 cm, com 20 W, e o tempo de aplicação variou em 0.3, 0.5, 1, 2, ou 3 s. O ácido cítrico foi aplicado com algodão, friccionando

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Revista da Literatura

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vigorosamente a superfície dentinária por 3 min e lavando-a em seguida. Análise, por meio de MEV, foi realizada na superfície tratada e após fratura longitudinal. As superfícies controle apresentaram-se irregulares, desiguais e com a presença smear. Na análise do corte longitudinal verificou-se que o cemento foi removido e os túbulos dentinários estavam obliterados pela camada de smear. Na superfície irradiada por 0,3 s não foi observada camada de smear, a superfície estava relativamente plana e com vários túbulos dentinários abertos sem o alargamento da sua embocadura. Superfície mais plana e diâmetro dos túbulos menores, com trincas em torno da sua borda, foram observados com o uso de uma energia mais elevada. Nos dentes tratados com o ácido cítrico foram visualizados túbulos dentinários abertos com o alargamento de suas embocaduras, sem a presença de camada de smear.

LAN; LIU (1995) avaliaram, por meio de MEV, a aplicação do laser Nd:YAG em discos de dentina de 3mm de espessura, onde o cemento e metade da dentina interna foram removidos. O laser foi aplicado perpendicular à dentina com variação da energia em 20, 30, 40 e 50 mJ, com 10 pps por 2 min. Os autores observaram fusão e selamento parcial dos túbulos dentinários quando o laser foi aplicado com 20 e 30 mJ e fusão, selamento parcial dos túbulos dentinários e fissura quando o laser foi aplicado com 40 e 50 mJ.

MISERENDINO et al. (1995) analisaram a permeabilidade e as alterações estruturais em canais radiculares tratados com laser Nd:YAG com 3 aplicações de 15 s, com 5 W e 50 Hz e refrigeração por spray de água gelada. Os resultados mostraram diferença estatística entre a dentina irradiada pelo

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Revista da Literatura

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laser e a que foi tratada com instrumentação manual. Nos dentes irradiados pelo laser, as áreas de menor infiltração do corante revelaram que os túbulos dentinários estavam selados por um material vitrificado. Nas áreas com uma moderada infiltração notou-se que havia um selamento incompleto dos túbulos.

ANIC et al. (1996) avaliaram as alterações morfológicas, permeabilidade, e variações de temperatura promovidas nas paredes dos canais radiculares com laser Nd:YAG (1 e 2 W, 20 pps, 3 s), CO2 (2 W, 3 s, com onda contínua ou pulsada) e argônio (1 W, 7 x 0,1 s/p ou 7 x 0,5 s/p). Os autores observaram diferença estatística em relação à permeabilidade no terço cervical para os diferentes laser. No terço médio, os três laser provocaram um aumento da permeabilidade, enquanto que, no terço apical houve uma diminuição da permeabilidade com o laser de CO2 e Nd:YAG. A maior elevação da temperatura ocorreu com o laser de argônio (54,8º C). A MEV evidenciou superfície vitrificada e crateras provocadas pelos três laser utilizados.

HARASHIMA et al. (1997) avaliaram a eficiência do laser Nd:YAG aplicado sob refrigeração, na remoção de smear. Incisivos inferiores foram instrumentados e irrigados com hipoclorito de sódio a 5,25% e com o peróxido de hidrogênio a 3%. Os dentes foram divididos em 3 grupos: I- controle; II- aplicação do laser Nd:YAG (1 W, 20 pps, 42 s); III- aplicação do laser Nd:YAG (2 W, 20 pps, 42 s). Os autores observaram, com auxílio da MEV, nos grupos I e II a presença da camada de smear cobrindo os túbulos dentinários. No grupo III os canais estavam limpos, livres de smear, com a presença de fusão e recristalização da dentina e túbulos dentinários selados.

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Revista da Literatura

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KHAN et al. (1997) analisaram alterações morfológicas e a temperatura da dentina da região apical irradiada com 3 diferentes tipos de laser: Nd:YAG (1 e 2 W por 0,5, 1, 2, 3 s), argônio (1 e 2 W por 0,5, 1, 2, 3 s), e CO2 (2 e 3 W por 0,5, 1, 2, 3 s); na presença ou não do corante da índia e da solução de fluoreto de amônia de prata 36%. As amostras foram observadas por microscopia óptica (MO) e por MEV. A maior elevação da temperatura na região apical ocorreu com o laser argônio, chegando a níveis danosos ao ligamento periodontal. A MO evidenciou que o laser Nd:YAG provocou uma superfície vitrificada, o CO2 provocou carbonização e trincas e o argônio provocou menores áreas de carbonização. Na MEV os observaram alterações leves com o laser Nd:YAG com 1 W, por 0,5 e 1 segundo, já quando se usou o laser com 2 W e 1 segundo, foi observada evaporação de smear, expondo túbulos dentinários sem alteração no seu diâmetro. Os achados foram similares para o grupo que recebeu os corantes. A área apical sofreu irregularidades na dentina e crateras, porém sem trincas evidentes como no caso onde se fez uso do laser de argônio e do CO2. A fusão foi observada em todos os grupos. As ondas contínuas do laser de CO2 provocaram vaporização da smear, carbonização e trincas, com a abertura dos túbulos dentinários.

LIU et al. (1997) avaliaram, por meio de MEV, a profundidade do selamento dos túbulos dentinários com laser Nd:YAG com 30 mJ e 10 pps, e aplicações perpendiculares à superfície da dentina. Com auxílio da MEV os autores observaram dentina derretida e túbulos dentinários selados, sem a presença de fendas. A profundidade deste selamento nos túbulos foi de aproximadamente 4 mm no centro e 3 mm nas margens da superfície irradiada.

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Revista da Literatura

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ANIC et al. (1998) avaliaram as alterações morfológicas na dentina pelo laser de argônio (1 e 1,25 W em 0,1 e 0,5 s), CO2 (1,5 e 2 W em 1 e 4 s) , e Nd:YAG (1 e 1,25 W em 0,1 e 0,5 s) em discos de dentina de 1,5mm tratados com hipoclorito de sódio a 5% e com EDTA a 17%. A aplicação foi feita perpendicular à dentina. Os autores verificaram, com auxílio da MEV, que o laser de argônio provocou crateras com uma massa vitrificada em algumas partes. O laser Nd:YAG provocou formação de crateras com as bases cobertas de dentina derretida e túbulos dentinários com pequeno diâmetro; quando se usou a energia mais elevada, crateras mais arredondadas com halos de desgaste de dentina foram observadas. O laser de CO2 provocou fendas na superfície dentinária onde o aplicador de metal esteve em contato com a dentina. No mesmo estudo 5 dentes com um canal foram instrumentados, irrigados com hipoclorito de sódio a 5% e com peróxido de hidrogênio a 3%, secos e irradiados com o laser no interior do canal nos mesmos parâmetros que no primeiro passo da pesquisa. Com auxílio da MEV os autores observaram os mesmo padrões de alteração que na primeira etapa, porém menos evidente. Neste tipo de aplicação, o laser Nd:YAG provocou maiores modificações que os outros dois tipos de laser.

KOBA et al. (1998) analisaram o efeito do laser Nd:YAG no batente apical e nas regiões periapicais imediatamente após a extirpação da polpa. Dentes de cães foram instrumentados e submetidos a aplicação do laser com 1 ou 2 W, 15 pps por 2, 3, 4 s, e selados. Após 1, 2, e 4 semanas, os dentes e ossos mandibulares e maxilares foram extraídos e examinados em microscopia óptica. Os autores observaram que no grupo controle havia debris em todas as

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Revista da Literatura

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amostras no batente apical, no grupo que recebeu aplicação de 1 W em 2 s houve uma diminuição de 33,3% na presença de debris e de 91,7% quando usou o laser com 2 W e 2 s. No grupo de 1 W e 3 s a carbonização foi de 9,1% e no grupo de 2 W e 2 s foi de 83,3%. No grupo controle os autores observaram inflamação leve. Nos grupos que receberam a aplicação do laser inflamação moderada foi observada quando o laser foi aplicado com 1 W e 3 s e inflamação severa com a aplicação com 1 W e 4 s. A aplicação do laser provocou inflamação periapical mais severa do que no grupo controle.

TAKEDA et al. (1998) avaliaram a eficiência na remoção da camada de smear por três tipos de laser Er:YAG, Nd:YAG e argônio. Molares instrumentados e irrigados foram divididos em 4 grupos: I- irrigação com EDTA a 17% (5 min), hipoclorito de sódio a 5,25% e água destilada; II- dentes irradiados com o laser de argônio (1 W, 50 mJ, e 5 Hz, por 63 s); III- dentes irradiados com o laser Nd:YAG (2 W, 200 mJ, e 20 Hz, por 43 s); IV- dentes irradiados com o laser Er:YAG (1 W, 100 mJ, e 10 Hz, por 15 s). As amostras foram analisadas em MEV. Os autores observaram que no grupo I o terço médio estava limpo, livre da camada de smear, com túbulos dentinários abertos, no terço apical havia túbulos abertos, com a presença de camada de smear em algumas áreas. No grupo II, o terço médio estava livre da camada de smear, presença de fusão, no terço apical havia túbulos dentinários abertos e paredes limpas. No grupo III, o terço médio apresentava fusão com superfícies livres smear e o terço apical apresentava fusão e recristalização e poucas áreas sujas. No grupo IV, o terço médio apresentava paredes limpas e com os túbulos dentinários abertos e, no terço apical, a camada de smear foi completamente

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Revista da Literatura

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derretida expondo os túbulos dentinários. Os autores concluíram que os três laser fazem a remoção da camada de smear com sucesso, porém, o laser Er:YAG foi mais efetivo.

BARBAKOW et al. (1999) avaliaram as alterações morfológicas em canais que foram irradiados com laser Nd:YAG (0,75 W, 15 pps, 50 mJ e 159 J/cm2; ou 1,5 W, 20 pps, 75 mJ e 239 J/cm2; ou 2,5 W, 25 pps, 100 mJ e 318 J/cm2) a 2, 6 e 10 mm do ápice. Os autores observaram, com o auxílio da MEV, que a quantidade de smear encontrada nos 3 níveis foi similar, independente dos parâmetros utilizados. Recristalização da dentina e carbonização ocorreram em todos os espécimes a 2 mm do ápice. Recristalização a 6 e a 8 mm do ápice só ocorreu com o parâmetro mais elevado.

LEONARDO et al. (1999) em um estudo in vivo comprovaram eficiência antibacteriana e o efeito residual da clorexidina a 2% usada como agente irrigante, em canais com necrose pulpar e lesão periapical crônica visível em RX.

MORITZ et al. (1999) compararam o efeito antibacteriano de três diferentes lasers: o Nd:YAG, o Ho:YAG e o Er:YAG em canais contaminados com Escherichia coli e Enterococcus faecalis. A aplicação dos laser foi realizada com 0,8; 1,5 W, e 10 Hz, por 5 vezes de 5 s. Os autores observaram que com 1,5 W o laser mais eficaz foi o laser Er:YAG com a eliminação de 99,64% das bactérias, seguido do laser Nd:YAG (99,16%) e do laser Ho:YAG (99,05%), concluindo, assim, que os três laser são eficazes na redução bacteriana em canais radiculares.

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BERKITEN et al. (2000) avaliaram o efeito antimicrobiano do laser Nd:YAG em canais contaminados com Streptococcus sanguis e Prevotella intermédia. O laser foi aplicado com 1,8 ou 2,4 W por 30 s. A presença de bactérias foi observada com o auxílio de MO. O laser com 1,8 W reduziu em 86,3% a presença da bactéria Streptococcus sanguis e com 2,4 W reduziu 98,5%. Em relação à P. intermédia, houve eliminação total nas 2 potências utilizadas. Os resultados foram confirmados pela MEV.

LAN et al. (2000) compararam a morfologia das paredes dentinárias usando os laser Nd:YAG e CO2 na presença ou não de camada de smear. O laser Nd:YAG foi usado com 50 mJ, 100 mJ, e 150 mJ a 10 pps, 20 pps, e 30 pps. O laser CO2 foi usado com 2 W, 3 W e 4 W. Os autores observaram com auxílio da MEV que houve presença de fendas na superfície da dentina quando se usou o laser de CO2.. Houve aumento das fendas com o aumento da energia. Com o aumento da freqüência, observou-se uma massa derretida no ponto de impacto do feixe. Quando não havia a presença da camada de smear houve formação de crateras na superfície. Quando se usou o laser Nd:YAG, foi observada a formação de crateras com e sem a presença da camada de smear. Ao se aplicar o laser Nd:YAG com 20 ou 30 pps verificou-se a presença de carbonização, principalmente com camada de smear. Quando foi usado 150 mJ e 30 pps observou-se o surgimento de grandes massas globulares e fendas.

TURKMEN et al. (2000) analisaram as alterações morfológicas e alteração de temperatura da dentina quando irradiada por 3 diferentes tipos de laser, sendo eles:laser Nd:YAG, laser CO2, laser ArF Eximer. Todos foram

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aplicados com 3 W, 20 pps , por 30 s. Os dentes foram analisados, por meio de MEV, antes e depois da irradiação destes lasers. Observou-se aumento de temperatura de: 37ºC para o CO2, 28ºC para o Nd:YAG e de 1ºC para o ArF Excimer. A MEV mostrou no grupo que recebeu o laser CO2 dentina derretida e recristalizada, superfícies externas com aspecto rugoso. Verificaram ainda camada de smear derretida na entrada dos túbulos dentinários e também desmineralização da dentina intertubular. Com o laser Nd:YAG, os túbulos ficaram obliterados, a superfície com aspecto esponjoso e com áreas com camada de smear desorganizada. Com a aplicação do laser de Arf Excimer, a dentina também ficou esponjosa, com os túbulos dentinários selados com áreas de dentina intertubular aparentes.

BARBERINI et al. (2001) avaliaram a eficiência do laser Nd:YAG, na desinfecção de canais contaminados com a bactéria Streptococcus sanguis, com tempo de exposição de 10, 20 e 30 s, com potência de 1,5 W, 15 Hz e 100 mJ, a aplicação do laser foi feita com movimentos helicoidais do ápice à coroa. Após as aplicações do laser, foram realizadas coletas nos dentes, e estas incubadas em placas de ágar para posterior contagem das colônias formadas. Os autores observaram bactérias em todos os grupos analisados, porém, houve uma redução bacteriana significativa nos grupos que receberam o laser por 20 e 30 s. O grupo que recebeu o laser por 10 s também apresentou uma redução bacteriana comparando com o grupo controle.

HOSSAIN et al. (2001) avaliaram o efeito do laser Nd:YAG na capacidade de desmineralização do esmalte e da dentina por meio de espectrofotômetro e

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MEV. Foram realizadas quatro cavidades em 20 dentes, para o estudo do esmalte e da dentina, que foram coradas com corante da Índia. O laser foi usado com 1, 2, e 3 W e 20 pps, por 5 s no assoalho e 4 s nas paredes das cavidades. Após a irradiação, as cavidades receberam solução de ácido lático por 24 h e foi determinada, no espectrofotômetro, a quantidade de íons cálcio, em ppm. As cavidades foram observadas em MEV. Na cavidade não irradiada pelo laser, a quantidade de íons cálcio era maior. As cavidades que receberam a irradiação com 3 W liberaram menos íons cálcio que as demais. Os autores observaram que a dentina e o esmalte estavam com aspecto de derretimento. Os autores concluíram que o laser causou aumento na resistência à desmineralização dental.

LIN et al. (2001) avaliaram os efeitos do laser Nd:YAG na dentina humana. As amostras foram divididas em 4 grupos: I- 10 pps; II- 20 pps; III- 30 pps; IV- sem irradiação. Todos os grupos irradiados receberam o laser por 4 s e 150 mJ. As amostras foram preparadas para analise por RX de difração (XRD), espectrofotometria (FTIR), e MEV. Os autores observaram na análise com o XRD a presença de - tricálcio-fosfato e de - tricálcio-fosfato, que são produtos da recristalização da hidroxiapatita. Relataram ainda, que para haver a formação destes produtos a temperatura na dentina deve atingir 1125º C e 700º C respectivamente. Com o uso do FTIR, os autores concluíram que ocorreu modificação na matriz orgânica da dentina ou entre a matriz orgânica e a parte mineral. Na observação com o MEV, observaram que no grupo I houve derretimento e recristalização da dentina, com presença de crateras, provavelmente compostas por hidroxiapatita derretida. A proporção de cálcio e

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fosfato (Ca/P) foi medida no centro da cratera, na margem da cratera e na parte não irradiada. Os valores encontrados foram 1.464, 1.427 e 1.398 respectivamente. No grupo II o resultado foi similar ao grupo I, porém com presença de fendas nas crateras. Os valores de Ca/P foram 2.122, 1.599, e 1.431 respectivamente. No grupo III as crateras foram mais profundas, e a proporção de Ca/P foi de 2.250, 1.679, e 1.420 respectivamente. No grupo IV observaram debris e camada de smear obstruindo os túbulos dentinários.

ODA et al. (2001) avaliaram a união adesivo/resina composta com a dentina tratada com os laser Er:YAG (2 Hz, 80 mJ por 30 s), e o laser Nd:YAG (2 Hz, 80 mJ por 30 s). Cavidades classe V realizadas em dentes bovinos foram divididas em 4 grupos: I- laser Er:YAG + condicionamento ácido + sistema adesivo/ resina composta; II- laser Nd:YAG + condicionamento ácido + sistema adesivo/ resina composta; III- laser Er:YAG + sistema adesivo/ resina composta; IV- laser Nd:YAG + sistema adesivo/ resina composta. Os dentes foram seccionados longitudinalmente e preparados para MEV. No grupo I os autores observaram penetração da resina na dentina. No grupo II os autores observaram a linha de união entre dentina e resina, não havendo abertura dos túbulos. No grupo III, os túbulos estavam abertos, porém não houve a penetração da resina no interior da dentina. No grupo IV a resina se apresentou espalhada sobre a camada dentinária superficial, mostrando vedamento dos túbulos. Os autores concluíram que nos grupo irradiados pelo laser Nd:YAG houve selamento dos túbulos dentinários, mesmo após o condicionamento ácido da superfície.

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SILVA; AUN (2001) investigaram a permeabilidade da dentina de canais radiculares irradiados laser Nd:YAG. Os dentes foram divididos em 4 grupos: I- canais instrumentados e irrigados com hipoclorito de sódio a 0,5% e endo-PTC, e irrigação final com EDTA-T; II- mesmo procedimento do grupo I e os canais foram irradiados com o laser Nd:YAG; III- canais preparados com lima 15 e irrigados com hipoclorito de sódio; IV- canais preparados com lima 15, irrigados com hipoclorito de sódio e irradiados com laser Nd:YAG. O laser foi usado com 100 mJ, 1,5 W, 15 Hz por 10 s. O teste de permeabilidade foi realizado. Os autores observaram que as menores taxas de infiltração ocorreram no grupo II, seguido do grupo III e grupo IV. O grupo I apresentou a maior taxa de infiltração. Os autores concluíram que o uso do laser diminuiu significativamente a permeabilidade da dentina.

YOKOYAMA et al. (2001) avaliaram o efeito preventivo do uso do laser Nd:YAG com o corante Ag(NH3)2F nas fraturas de dentes tratados endodonticamente. Dezoito molares humanos receberam tratamento endodôntico convencional, foram selados com cimento de fosfato de zinco. Os dentes foram divididos em 4 grupos: I: controle (sem tratamento); II: revestimento pelo corante Ag(NH3)2F; III: corante + Nd:YAG (1 W, 20 pps, por 2 s); IV: corante + Nd:YAG (1 W, 20 pps, por 10. Os dentes foram submetidos ao teste de fratura. O grupo III apresentou maior resistência à fratura, seguido do grupo IV, do grupo II e do grupo controle. Não houve diferença estatística entre os grupos I, grupo II e grupo III. Os autores concluíram que o uso do corante e posterior uso do laser durante 2 s foi mais efetivo que as outras técnicas empregadas.

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CARVALHO et al. (2002) avaliaram a infiltração marginal em canais obturados que receberam o laser Nd:YAG ou o laser Er:YAG. Os dentes foram instrumentados, irrigados com hipoclorito de sódio a 1% e dividios em 3 grupos: I- canais irrigados com EDTA por 3 min; II- canais irradiados com laser Nd:YAG (100 mJ, 1,5 W e 15 Hz); III- canais irradiados com laser Er:YAG (120 mJ, 1,2 W e 10 Hz). Os canais foram obturados e preparados para o teste de permeabilidade. Os autores observaram que os maiores níveis de infiltração ocorreram no grupo que se usou o laser Er:YAG (7,3 mm), seguido do grupo que usou o EDTA (1,6 mm) e pelo grupo irradiado com o laser Nd:YAG (0,6 mm).

GEKELMAN et al. (2002) avaliaram a capacidade de selamento apical do laser Nd:YAG. Os dentes foram instrumentados, irrigados com hipoclorito de sódio a 0,5% e divididos em 3 grupos: I- dentes obturados pela técnica de condensação lateral, II- o terço apical de cada canal foi irradiado com o laser Nd:YAG (1 W, 10 Hz, 100 mJ por 3 s), e obturados; III – Confecção de um tampão de dentina de 1 mm na entrada do forame apical, aplicação do laser e obturação. Realizou-se o teste de permeabilidade e a análise em MEV. O Grupo II foi o que apresentou o menor grau de infiltração, seguido pelo grupo I. Pela MEV foi observado túbulos dentinários abertos no grupo I, fusão e recristalização no grupo II e fusão e recristalização sob o tampão de dentina no grupo III. Os autores concluíram que o uso do laser sem o tampão de dentina aumenta a qualidade do selamento apical.

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SPANÓ et al. (2002) analisaram diversas características do hipoclorito de sódio em várias concentrações quando este é usado na dissolução do tecido pulpar bovino. Os autores verificaram uma relação diretamente proporcional entre a velocidade de dissolução da polpa e a concentração da solução de hipoclorito utilizada. Foi observado também redução da condutibilidade iônica em todas as concentrações de hipoclorito; redução da tensão superficial proporcional à concentração testada; a redução do pH de modo inversamente proporcional à concentração testada e uma relação diretamente proporcional entre a concentração de cloro inicial e a concentração de cloro remanescente.

TANOMARU FILHO et al. (2002) avaliaram a biocompatibilidade das soluções irrigantes hipoclorito de sódio a 0,5% e clorexidina a 2%. As análises foram feitas nos períodos: 4, 24, 48 horas e 7 dias após a injeção de 0,3ml das soluções estudadas em cavidades peritoniais de ratos. Os autores concluíram que o hipoclorito de sódio causou irritação nos tecidos e desencadeou uma resposta inflamatória grande. Já a clorexidina mostrou-se biocompatível com os tecidos, levando os autores a indicá-la como uma boa alternativa para a irrigação endodôntica.

BASSILI et al. (2003) avaliaram a influência do uso do Nd:YAG na capacidade seladora de diferentes cimentos obturadores. Os dentes foram instrumentados, irrigados com hipoclorito de sódio a 1% e divididos em 4 grupos: I- laser Nd:YAG (1,5 W, 15 Hz, e 100 mJ) e obturação com o cimento AH Plus; II- laser Nd:YAG e obturação com o cimento Endofill; III- aplicação de EDTA a 17% (5 min) e obturação com cimento AH Plus; IV- EDTA a 17% (5

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min) e obturação com Endofill. Após o teste de permeabilidade verificou-se que o grupo I apresentou os menores valores de infiltração, seguido dos grupos II, III e IV. Os autores concluíram que a aplicação do laser Nd:YAG diminuiu os níveis de infiltração quando comparado com o uso do EDTA, independente do cimento usado.

BRUGNERA JR et al. (2003) estudaram a ação do laser Er:YAG e do laser Nd:YAG sobre a permeabilidade da parede da dentina radicular, após a instrumentação dos canais usando diferentes substâncias para irrigação. As amostras foram divididas em 6 grupos: I- canais instrumentados e irrigados com água; II- canais instrumentados e irrigados com hipoclorito de sódio a 1%; III- canais instrumentados e irrigados com água seguido da aplicação do laser Er:YAG (140 mJ, 15 Hz) com o canal repleto do agente irrigante; IV- o tratamento foi igual ao grupo III, porém irrigado com hipoclorito de sódio a 1%; V- canais instrumentados e irrigados com água, seguido da irradiação com laser Nd:YAG (150 mJ, 15 Hz, e 2,25 W), com o canal repleto do agente irrigante; e VI- canais instrumentados e irrigados com hipoclorito de sódio e, em seguida aplicou-se o laser. Os autores observaram que os grupos irradiados pelo laser Nd:YAG apresentaram menores valores de permeabilidade que os demais grupos. Os terços médio e cervical apresentam permeabilidade dentinária semelhante, porém maior que o terço apical, em todos os grupos estudados.

HÜLSMANN et al. (2003) revisaram estudos publicados sobre substâncias quelantes utilizadas na prática endodôntica. Entre estas substâncias eles

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destacaram o EDTA (ácido etilenodiaminotetraacético), que foi preconizado por NYGAARD e OSTBY em 1957. Os autores ressaltaram que esta substância tem o poder de desmineralizar a dentina, reduzir a microdureza dentinária, remover a camada de smear e aumentar a permeabilidade dentinária, facilitando a ação da medicação intracanal.

LEE et al. (2003) analisaram o módulo de elasticidade e a microdureza da dentina irradiada pelo laser Nd:YAG com 100 ou 150 mJ, 10 pps e 4 s. Os autores concluíram que houve uma diminuição do módulo de elasticidade e da microdureza da dentina irradiada pelo laser, nos dois parâmetros, em relação à dentina que não foi irradiada. Os autores ressaltaram ainda que mudanças deste tipo podem deixar os dentes mais vulneráveis à deformação e fraturas. A análise das amostras em MEV evidenciou a presença de fusão e selamento dos túbulos dentinários por dentina recristalizada nas amostras irradiadas com o laser com 150mJ.

YAMASHITA et al. (2003) avaliaram a capacidade de limpeza das paredes dos canais de alguns agentes irrigantes. Os dentes foram instrumentados, irrigados e divididos em grupos: I- foi usado solução salina, II- clorexidina a 2%, III- hipoclorito de sódio a 2,5% ; IV- hipoclorito de sódio a 2,5% +EDTA a 17%. Os autores verificaram que a melhor limpeza foi conseguida no grupo IV e que o hipoclorito sozinho não produziu uma limpeza satisfatória. Os piores resultados foram encontrados nos grupos I e II.

ARISU et al. (2004) avaliaram as alterações morfológicas que o uso do laser Nd:YAG causou na dentina quando foi usado com e sem o corante da

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Índia. Os dentes foram tratados endodonticamente pela técnica convencional. Os 3 mm finais do ápice foram cortados, e uma cavidade foi realizada com 2 mm de largura e 2 mm de profundidade. As amostras foram divididas em 5 grupos: I- cavidades foram irradiada com laser Nd:YAG (100 mJ, 20 Hz e 2 W); II- cavidades irradiadas com laser Nd:YAG (160 mJ, 20 Hz e 3,2 W); III- cavidades irradiadas como no grupo I com a presença do corante; no grupo IV- cavidades irradiadas como no grupo II com a presença do corante; V- as cavidades não foram irradiadas. Análise por MEV evidenciou que o laser foi eficaz na remoção da camada de smear independente do uso do corante. A aplicação do laser com o corante causou fusão, recristalização e remoção da camada de smear.

MORYAMA et al. (2004) avaliaram as alterações morfológicas e químicas que ocorreram na dentina irradiada pelo laser Nd:YAG. Os autores usaram discos de dentina com 0,5 cm de comprimento e 1,5 mm de espessura que foram divididos em 8 grupos: do grupo I ao IV as amostras foram irradiadas com o laser Nd:YAG com pulsos curtos de 0,9 ms com 1, 2, 3 e 6 pulsos. Do grupo V ao grupo VIII as amostras foram irradiados com o laser Nd:YAG com pulsos longos de 90 ms com 1, 2, 3 e 6 pulsos. As amostras foram observadas por MEV e por espectrofotômetria. Os autores observaram que houve alteração estrutural em todos os grupos irradiados, porém nos grupos onde se usou pulsos longos as alterações como fusão e recristalização foram mais evidentes. Somente no grupo com pulsos longos e com 6 aplicações foi observado a presença de fendas. Com o espectrofotômetro observou-se que há um aumento na concentração de substâncias inorgânicas (cálcio e fosfato) nos grupos que

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receberam a aplicação do laser, independente da quantidade e do tipo de pulso usado.

SANTOS et al. (2005) avaliaram as alterações morfológicas na dentina radicular tratada com o laser Nd:YAG com 1 e 2 W e 10 e 20 Hz. Foi realizada aplicação do laser paralela e perpendicularmente à dentina radicular. Em parte das amostras foi usado EDTA a 17% por 1 min. As amostras foram analisadas em MEV. Observou-se que quando foi usado 20 Hz, havia fissuras afetando a dentina intertubular nas áreas de fusão e carbonização, independente da potência aplicada. Observou-se obliteração parcial dos túbulos dentinários, com áreas de fusão e recistalização nos espécimes onde a camada de smear foi removida. Quando a camada de smear não foi removida a obliteração dos túbulos era mais freqüente e as áreas de fusão e recristalização se apresentavam mais extensas.

BRUCOLI et al. (2005) avaliaram o efeito do laser Nd:YAG na imagem radiográfica da dentina humana. Discos de dentina humana foram irradiada pelo laser Nd:YAG (30 s, 80 mJ/pulso, 0,8 W e 10 Hz); metade da superfície serviu como controle. As amostras foram radiografadas com uma distância foco filme de 30 cm, com tempo de exposição de 0,16 s e com filme intrabucal F-speed. As imagens radiográficas foram densitometricamente analisadas. Os resultados demonstraram que há diferença estatística entre as imagens da dentina irradiada e da não irradiada, sendo que a dentina irradiada é 6,36% mais radiopaca que a dentina não irradiada.

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RIBEIRO et al. (2005) avaliaram a infiltração marginal em restaurações de cavidades classe V irradiadas pelo laser Nd:YAG. As cavidades foram previamente tratadas com ácido fosfórico, receberam sistema adesivo, foram restauradas e divididas em 4 grupos: I- cavidade não irradiada, II- cavidade irradiada pelo laser Nd:YAG (120 mJ, 10 Hz e 1,2 W); III- cavidade irradiada pelo laser Nd:YAG (140 mJ, 10 Hz e 1,4 W); IV- cavidade irradiada pelo laser Nd:YAG (160 mJ, 10 Hz e 1,6 W). Todas as cavidades foram restauradas com resina e realizou-se o teste de permeabilidade. Os autores concluíram que houve uma diminuição da infiltração marginal nos dentes que receberam a irradiação do laser, porém não houve diferença entre os grupos II, III e IV.

OBEIDI et al. (2005) avaliaram o efeito da irradiação do laser Nd:YAG na microinfiltração de restaurações classe V. Foram realizadas duas cavidades, uma na face lingual e outra na face vestibular de 32 pré-molares. Na metade dos dentes não foi utilizado o laser, na outra metade uma cavidade foi irradiada com 15 mJ/pulso e a outra com 20 mJ/pulso. Os dentes foram restaurados e realizou-se teste de infiltração. Os resultados demonstraram que o uso do laser com 20 mJ/pulso diminuiu a infiltração nos dentes comparado com o grupo que não recebeu o laser. O uso do laser com 15 mJ/pulso não apresentou resultado superior ao grupo controle.

DEPRAET et al. (2005) verificaram o grau de infiltração em canais irradiados com o laser Nd:YAG com ou sem o uso de corante preto. Os dentes foram instrumentados e divididos em 6 grupos: I e IV- sem aplicação do laser; II e V- tratados com o laser Nd:YAG (1,5 W, 15 Hz, 4 aplicações de 5 s); III e

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VI- aplicação do laser com os mesmos parâmetros, porém na presença do corante. Os grupos IV, V e VI foram obturados pela técnica da condensação lateral. Os testes de infiltração foram realizados. Os dentes do grupo I, II e III foram analisados em MEV. Os autores observaram que houve infiltração apical e coronal em todos os grupos. Com auxílio da MEV observaram formação de fusão e intensa ablação na dentina irradiada. No grupo que recebeu o corante as modificações morfológicas ficaram mais evidentes.

GLAUCHE et al. (2005) avaliaram as alterações ultraestruturais na dentina humana tratada com o laser Nd:YAG e/ou com solução metálica de íons e verificaram a profundidade que íons foram encontrados na dentina. Sessenta discos de dentina foram divididos em 6 grupos: I- sem tratamento; II- dentina irradiada com o laser Nd:YAG (1,5 W, 100 mJ, 15 Hz e 125 mJ/cm2); III- dentina tratada com solução de fluoreto de estanho a 10% por 30 min; IV- aplicação do laser como no grupo Ii, na presença da solução de fluoreto de estanho; V- dentina tratada com cloreto de estrôncio por 30 min; VI- aplicação do laser como no grupo I, na presença do cloreto de estrôncio. A MEV mostrou dentina alterada e obstrução dos túbulos dentinários nas amostras que receberam a aplicação do laser. No RX de dispersão observou-se que no grupo IV o estanho foi encontrado em uma profundidade de 250 micra, e no grupo III a uma profundidade de 100 micra. No grupo V o estanho estava a uma profundidade de 50 micra, e no grupo VI este foi detectado a uma profundidade de 500 micra.

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Proposição

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O objetivo do presente estudo foi avaliar, por meio de microscopia eletrônica de varredura, a morfologia da dentina radicular após a aplicação do

laser

Nd:YAG na presença de diferentes substâncias químicas; EDTAC a 17%,

hipoclorito de sódio a 1%, clorexidina a 2% e água destilada; e em duas circunstâncias: superfície seca antes da irradiação do

laser

e superfície

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Material e Métodos

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Foram utilizados 36 caninos superiores humanos hígidos pertencentes a uma coleção de dentes anterior à aprovação das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa em Seres Humanos, através da Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996, que estavam conservados em solução de timol a 0,1% a 9o C. Os dentes foram previamente lavados em água corrente por 24 horas a fim de eliminar possíveis resíduos da solução de timol e, em seguida, radiografados no sentido proximal com o objetivo de detectar possíveis variações anatômicas. Foram selecionados espécimes com raízes completas e canais retos, excluindo aqueles com curvatura acentuada.

Inicialmente os dentes tiveram suas porções coronárias seccionadas na junção amelocementária por meio de um motor de alta rotação MS400 (Dabi Atlante, São Paulo, Brasil) e ponta diamantada cilíndrica 2135 (KG Sorensen, São Paulo, Brasil), sob refrigeração ar/água. O comprimento de trabalho foi determinado com uma lima tipo flexofile no 15 (Maillefer, Ballaigues, Suiça) introduzida no canal até que coincidisse com o forame apical e recuada 1 mm.

Os canais foram instrumentados pela técnica Crown-Down, sendo os terços cervical e médio preparados com brocas Gattes Gliden no 2 e no 3 (Maillefer, Ballaigues, Suiça) e o terço apical preparado até o instrumento manual no 40. Durante a instrumentação, os canais foram irrigados com 2 ml água destilada e deionizada a cada troca de instrumento.

Após a instrumentação, as raízes foram seccionadas longitudinalmente, no sentido mésio-distal, em morsa adaptada com cunha de aço, em locais

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Material e Métodos

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previamente definidos por sulcos-guia. As hemipartes foram distribuídas aleatoriamente em 4 grupos, de acordo com a substância química utilizada:

Grupo I (n=18): água destilada e deionizada Grupo II (n=18): EDTAC a 17%

Grupo III (n=18): hipoclorito de sódio a 1% Grupo IV (n=18): clorexidina a 2%

Cada grupo foi subdividido em dois para a aplicação do laser, a saber: Nos subgrupos I-A, II-A, III-A e IV-A, os canais permaneceram inundados com a substância química durante a aplicação do laser.

Nos subgrupos I-B, II-B, III-B e IV-B, 2 ml da substância química ficou em contato com os canais radiculares por 5 minutos e estes, em seguida, foram secos com cones de papel absorvente (Dentisply-Herpo, Rio de Janeiro, Brasil) para a aplicação do laser.

As substâncias químicas utilizadas: EDTAC a 17%, hipoclorito de sódio a 1% e clorexidina a 2% e a água destilada e deionizada foram aviadas no Laboratório de Química da Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP.

O laser de Nd:YAG (Fontana Medical Lasers, Eslovênia) foi aplicado na dentina radicular interna, em cada terço (cervical, médio e apical), perpendicularmente à superfície, no modo não-contato, fazendo-se movimentos circulares em torno de um ponto central. Foram utilizados os seguintes parâmetros para a aplicação do laser: 120 mJ, 3 W, 20 Hz, por 15 segundos.

A área não irradiada foi utilizada como controle para cada substância química.

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Material e Métodos

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Após a aplicação do laser, os espécimes foram preparados para a análise ao MEV. Cada espécime foi fixado com fita adesiva dupla face (3M, São Paulo, Brasil) em stub metálico circular, de 10 mm de diâmetro e 5 mm de altura, e levado ao aparelho metalizador para ser recoberto por uma fina camada de liga de ouro.

A análise foi realizada em microscópio eletrônico de varredura modelo JSM 5410 (Jeol, Japão). Inicialmente, os espécimes foram analisados em visão panorâmica para localização das áreas irradiadas e, posteriormente, em maiores aumentos para análise das alterações estruturais. Foram realizadas 112 fotomicrografias, com aumento de 1500X, de todos os espécimes, nos diferentes terços da raiz.

A análise qualitativa das fotomicrografias foi realizada por três examinadores, previamente calibrados, em estudo duplo-cego, com base nos seguintes critérios: camada de smear, aspecto dos túbulos dentinários e alterações morfológicas como: fusão, ebulição, estruturas globulares, crateras, trincas e fissuras.

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(56)

_______________________________________________________________________________

Resultados

34

A análise das fotomicrografias permitiu uma detalhada descrição das alterações estruturais da dentina irradiada pelo

laser

Nd:YAG, que foram

confrontadas com as áreas que não sofreram a ação do

laser

nos mesmos

espécimes.

Independente da substância química utilizada, observou-se que nos espécimes em que o

laser

foi aplicado com a superfície seca, as alterações

morfológicas foram mais evidentes, deixando a superfície menos homogênea. Em relação às diferentes regiões da raiz irradiadas pelo

laser

(terços

cervical, médio e apical), observou-se que não houve diferença na morfologia do substrato.

Quando se aplicou o

laser

na presença da água, a camada de

smear

aparentemente incorporou-se à superfície modificada pela ação do

laser

. Neste

grupo foi possível observar fusão, superfície irregular e presença de fissuras (Figura 2), diferentemente da área que não sofreu ação do

laser

, onde se

(57)

_______________________________________________________________________________

Resultados

35

A

Figura 1. Fotomicrografia da dentina tratada com água destilada - controle (1500X). A) Camada de smear.

Figura 2 Fotomicrografia do terço médio da raiz irradiada com o

laser Nd:YAG na presença da água destilada (1500X). A) Fusão. B) Camada de smear. C) Fissura.

C

B

A

(58)

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Resultados

36

Nos espécimes onde o

laser

Nd:YAG foi aplicado na superfície seca,

porém previamente tratado com a água destilada, foi possível visualisar áreas de fusão, carbonização, fissuras, trincas, crateras, irregularidades mais evidentes, e menor quantidade de camada de

smear

, sendo, que em algumas

amostras observou-se o início do desprendimento de estruturas globulares da superfície (Figura 3).

Figura 3. Fotomicrografia do terço médio da raiz tratada com água destilada, seca e irradiada com o laser Nd:YAG (1500X). A) Fusão. B) Fissura. C) Trinca. D) Estrutura globular. E) Cratera.

A A C

B

D E

(59)

_______________________________________________________________________________

Resultados

37

Quando a irradiação laser foi realizada na presença do EDTAC, foi possível observar que a dentina apresentava-se isenta de smear e com alterações como fusão e fissuras. Notou-se ainda a presença de túbulos dentinários parcialmente obliterados (Figura 5). Ao contrário, nas áreas não irradiadas (controle) observou-se ausência da camada de smear, com abertura e ligeira ampliação da embocadura dos túbulos dentinários (Figura 4).

A

B

Figura 4. Fotomicrografia da dentina tratada com EDTAC - controle (1500X). A) Túbulos dentinários ampliados.

A

(60)

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Resultados

38

Já nos espécimes em que o

laser

foi aplicado na superfície seca, porém

previamente tratada com o EDTAC, verificou-se ausência de

smear

e

alterações como fusão, processo de ebulição, estruturas globulares, fissuras, trincas e crateras. De um modo geral, as superfícies apresentaram-se mais irregulares que nos espécimes onde o

laser

foi aplicado na presença do EDTAC,

sendo possível observar alguns túbulos dentinários (Figuras 6 e 7).

Figura 5. Fotomicrografia do terço médio da raiz irradiada com o

laser Nd:YAG na presença de EDTAC - (1500X). A) Fusão. B) Fissuras. C)Túbulos dentinários parcialmente obliterados.

A

B C

(61)

_______________________________________________________________________________

Resultados

39

Figura 6. Fotomicrografia do terço apical da raiz tratada com EDTAC, seca e irradiada com o laser Nd:YAG (1500X). A) Fusão. B) Processo de ebulição. C) Cratera. D) Túbulos dentinários.

Figura 7. Fotomicrografia do terço apical da raiz tratada com EDTAC, seca e irradiada com o laser Nd:YAG (1500X). A) Fusão. B) Estrutura globular. C) Trinca. D) Cratera. E) Túbulos dentinários.

B

A B

C

D C

A

E

D

(62)

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Resultados

40

No grupo em que foi realizada a aplicação do

laser

na presença do

hipoclorito de sódio a 1%, observou-se camada de

smear

, áreas de fusão e

fissuras. A ausência de túbulos dentinários é evidente em todos os espécimes do grupo (Figura 9). Diferentemente, na área que recebeu apenas a aplicação do hipoclorito de sódio (controle), verificou-se remoção parcial da camada de

smear

e superfície homogênea (Figura 8).

Figura 8. Fotomicrografia da dentina tratada com hipoclorito de sódio a 1% - controle (1500X). A) Camada de smear.

(63)

_______________________________________________________________________________

Resultados

41

Nos espécimes onde o

laser

foi aplicado na superfície seca, porém

tratada com o hipoclorito de sódio, foi possível verificar fusão, processo de ebulição, estruturas globulares, crateras, fissuras, trincas e túbulos dentinários parcialmente expostos (Figura 10).

Figura 9. Fotomicrografia do terço médio da raiz irradiada com o

laser Nd:YAG na presença do hipoclorito de sódio a 1% (1500X). A) Fusão. B) Fissuras.

A

(64)

_______________________________________________________________________________

Resultados

42

No grupo em que foi realizada a aplicação do

laser

na presença da

clorexidina a 2%, os achados morfológicos aproximaram-se dos observados no grupo onde foi feita a irradiação do

laser

com o hipoclorito de sódio a 1%, ou

seja, verificou-se a presença de camada de

smear

, áreas de fusão, fissuras e

ausência de túbulos dentinários (Figura 12). No entanto, as áreas que receberam apenas a aplicação da clorexidina (controle), foi possível observar alguns túbulos dentinários obliterados pela camada de

smear

e superfície

homogênea (Figura 11).

Figura 10. Fotomicrografia do terço apical da raiz tratada com hipoclorito de sódio a 1%, seca e irradiada com o laser Nd:YAG (1500X). A) Fusão. B) Processo de ebulição. C) Crateras. D) Trincas. E) Túbulos dentinários. F) Estrutura globular.

C B D A E F

(65)

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Resultados

43

Figura 11. Fotomicrografia da dentina tratada com clorexidina a 2% - controle (1500X). A) Camada de smear. B) Túbulos dentinários.

A

B

B

Figura 12. . Fotomicrografia do terço apical da raiz irradiada com o laser Nd:YAG na presença da clorexidina a 2% (1500X). A) Fusão. B) Fissuras.

B

(66)

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Resultados

44

Os espécimes irrigados com a clorexidina e irradiados com a superfície seca também apresentaram morfologia semelhante ao grupo que recebeu a aplicação do

laser

com a superfície seca, porém previamente irrigada com o

hipoclorito de sódio. Dessa forma, foi possível verificar que a superfície apresentava fusão, crateras, fissuras, trincas, algumas áreas com processo de ebulição e desprendimento de estruturas globulares, bem como túbulos dentinários parcialmente expostos (Figuras 13 e 14).

Figura 13. Fotomicrografia do terço cervical da raiz tratada com clorexidina a 2%, seca e irradiada com o laser Nd:YAG (1500X). A) Fusão. B) Estrutura globular. C) Cratera. D) Túbulos dentinários.

A

A B

C

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