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DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO. Noroeste Colonial

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DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO

Noroeste

Colonial

Outubro de 2015

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DIAGNÓSTICO DO TERRITÓRIO NOROESTE COLONIAL

1. APRESENTAÇÃO

Coerente com a visão e missão do Sebrae, a estratégia de atuação no desenvolvimento territorial está focada no aspecto econômico, que tem como foco a promoção do desenvolvimento econômico de um território por meio do fomento e fortalecimento de atividades produtivas, geradoras de emprego e renda. Falar de desenvolvimento econômico é falar de geração de emprego, de distribuição de renda, de ambiente produtivo, de fortalecimento do empreendedorismo, de inovação, de empresas mais competitivas e de melhoria da qualidade de vida de uma população. Segundo, Michelle Carsten (Sebrae/NA), os projetos DET são peças chaves ao focarem em sua abordagem o ambiente de negócios, a inclusão produtiva e a dinamização da economia do território. É concentrar esforços num atendimento baseado no fomento e fortalecimento de atividades produtivas que são geradoras de emprego e renda, na disseminação do empreendedorismo baseado nas oportunidades e vocações locais de maneira a gerar novos

Missão Sebrae

Promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo, para fortalecer

a economia nacional

Visão Sebrae

Ter excelência no desenvolvimento dos pequenos negócios, contribuindo para a construção de

um país mais justo, competitivo e sustentável.

Melhoria da Qualidade de Vida da População

Geração de Emprego Distribuição de Renda Ambiente Produtivo Empreende-dorismo Inovação Empresas Competitivas

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negócios, emprego e renda; e ainda na criação de um ambiente de negócios favorável aos pequenos negócio.

Implantar o DET necessariamente passa pelos seguintes temas, os quais são seus eixos norteadores: 1. Conhecimento e informação qualificada sobre o território; 2. Articulação de uma rede de cooperação público e privada; 3. Atendimento e organização de setores empresariais prioritários; 4. Criação de um ambiente de negócios favorável a partir da implementação da Lei Geral; 5. Criação de uma rede de agentes de desenvolvimento; 6. Acesso à mercados, uso do poder de compra público e privado. Embasado na metodologia descrita, o SEBRAE apresenta o diagnóstico do seu município, para

que este possa nortear suas ações em busca da promoção do desenvolvimento econômico territorial. Conhecimento e informação qualificada sobre o território Areculação de uma rede de cooperação público e privada Atendimento e organização de setores empresariais prioritários Criação de um ambiente de negócios favorável a parer da implementação da Lei Geral; Criação de uma rede de agentes de desenvolvimento; Acesso à mercados, uso do poder de compra público e privado

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2. ESTRUTURAÇÃO

Para um melhor entendimento e avaliação foram selecionados indicadores que venham a traduzir o cenário atual do território, assim como a sua evolução perante o estado do Rio Grande do Sul.

3. TERRITÓRIO NOROESTE COLONIAL

O território Noroeste Colonial é constituído pelos seguintes municípios: Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara, uma vez que este território não esta no foco de investimentos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, entretanto esta região compõe uma das maiores produtoras de leite e suinocultura com grandes potenciais para o Agronegócio e o Turismo, é o que justificou o desenvolvimento do projeto DET (Desenvolvimento Econômico Territorial). Segundo Censo do IBGE de 2014, esta região possui aproximadamente a população de 175.000 habitantes, que representa 2% da população total do Estado do RS e esta assim distribuída: Ao analisarmos cada um dos municípios temos:

Municípios com população urbana maior que 50%: Ajuricaba, Augusto Pestana, Catuípe, Ijuí *, Panambi * e Pejuçara Municípios com população rural maior que 50%: Bozano, Condor, Coronel Barros, Jóia, Nova Ramada. * Os municípios de Ijuí e Panambi são os que mais contribuem para o aumento da diferença entre a população rural e urbana, pois em cada um deste municípios temos:

Município População Urbana População Rural Total

Ijuí 74.860 7.703 82.563

Panambi 37.054 3.750 40.804

Total 111.914 11.453 123.367

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5 4. INDICADORES AVALIADOS 4.1 Valor Adicionado Fiscal Há vários componentes que formam o índice de participação dos municípios (população, área, programas tributários em desenvolvimento e outros), sendo que o Valor Adicionado (VA) tem o peso mais relevante (75%). O VA é apurado pela diferença entre entradas e saídas (compras e vendas) das empresas e produtores de um determinado município. Esses elementos são coletados pelas informações prestadas pelos próprios contribuintes através de guias informativas. São considerados os dados dos dois últimos anos (2012/2013)

O somatório das reduções de índice é igual ao somatório dos aumentos. Na maior parte das vezes, a redução do índice de um município não significa que houve redução da sua economia, mas apenas que o seu VA cresceu abaixo da média do Estado, ou seja, outros municípios tiveram um crescimento maior. Os dados a seguir foram coletados no site da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul. No território Noroeste Colonial temos o seguinte cenário: Da contribuição do setor econômico no valor adicionado fiscal do Território (Ano base 2012)

SETOR Valor (R$) Representatividade (%)

Produção e Extração Animal e Vegetal 1.238.742 36,8% Indústria 869.416 25,8% Comércio 1.057.762 31,4% Serviços e Outros 200.232 5,9% TOTAL 3.366.152 100,0%

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Ao analisarmos o território temos uma distribuição mais equilibrada, entretanto quando analisamos cada um dos municípios temos uma concentração maior no setor de Produção e Extração Animal e Vegetal, conforme tabela abaixo:

Município Extração Animal Produção e

e Vegetal Indústria Comércio

Serviços e outros Ajuricaba 75,2% 6,3% 10,7% 6,3% Augusto Pestana 79,5% 4,2% 12,5% 3,7% Bozano 94,2% 0,5% 4,4% 0,9% Catuípe 76,3% 2,7% 18,3% 2,7% Condor 75,4% 15,4% 6,8% 2,4% Coronel Barros 77,8% 6,2% 13,0% 2,9% Ijuí 14,2% 16,7% 59,2% 9,8% Jóia 91,6% 0,4% 6,0% 2,0% Nova Ramada 85,4% 0,3% 12,9% 1,4% Panambi 11,6% 62,7% 21,3% 4,4% Pejuçara 86,5% 1,5% 9,6% 2,4%

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Evolução do valor adicionado fiscal do Território em relação ao valor adicionado do Estado do Rio Grande do Sul

Valor Adicionado Fiscal do Território e do Estado do RS (Valores em Reais)

Ao analisarmos o território temos uma evolução bastante consistente quando comparado ao Estado do Rio Grande do Sul, enquanto ao longo do período de 2008 à 2012 houve um crescimento na ordem de 46% do RS do seu valor adicionado, no território NC o crescimento apresentado foi de 56%. Merece atenção o fato de que no ano de 2012 o crescimento do território NC foi somente de 2%, enquanto o RS teve um crescimento de 9%.

Extratificando este indicador temos comportamentos diferentes nos municípios:

Municípios com crescimento

inferior ao Estado do RS Munícipio com Crescimento similar ao RS Municípios com crescimento superior ao RS

Ajuricaba, Bozano, Catuípe e Jóia Condor e Pejuçara Augusto Pestana, Coronel Barros, Ijuí, Nova Ramada e Panambi

Evolução do valor adicionado fiscal per capita do Território em relação ao valor adicionado do Estado do Rio Grande do Sul Ao analisarmos o Valor Adicionado fiscal per capita, o comportamento não se repete, pois os resultados demonstram que o Território teve a mesma evolução que o Estado do Rio Grande do Sul, veja tabela a seguir: Ao analisarmos os resultados do municípios temos: Municípios com crescimento

inferior ao Estado do RS Munícipio com Crescimento similar ao RS Municípios com crescimento superior ao RS

Bozano, Catuípe, Condor, e Jóia Panambi Ajuricaba, Augusto Pestana, Coronel Barros, Ijuí, Nova Ramada, Pejuçara

TERRITÓRIO Ano_2008 Ano_2009 Ano_2010 Ano_2011 Ano_2012 Crescimento 2012/2008 Noroeste Colonial 2.155.788,00 2.383.088,00 2.747.315,00 3.286.449,00 3.366.153,00 Crescimento % 0% 11% 15% 20% 2% Estado do RS 135.627.725,00 145.155.383,00 158.630.191,00 181.330.889,00 198.479.660,00 Crescimento % 0% 7% 9% 14% 9% 56% 46%

Território Ano_2008 Ano_2009 Ano_2010 Ano_2011 Ano_2012 Crescimento 2012/2008

Noroeste Colonial 16.221,18 19.211,91 19.665,82 23.819,73 23.824,82 Crescimento % 0% 18% 2% 21% 0% Estado do RS 12.779,00 13.627,00 14.834,00 16.890,00 18.398,00 Crescimento % 0% 7% 9% 14% 9% 47% 44%

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Evolução do índice de produtividade rural do Território em relação ao índice de produtividade do Estado do Rio Grande do Sul

A análise do índice de produtividade rural (R$/km2) dos municípios que compõe o Território Noroeste Colonial, demonstra que todos no ano base de 2012 apresentaram um índice superior ao Estado do RS, conforme gráfico abaixo.

É importante atentarmos para o fato de que alguns dos municípios possuem um índice de produtividade muito superior em relação ao RS como é o caso de Augusto Pestana, Ajuricaba, Condor, Coronel Barros, Ijuí e Pejuçara que a produtividade é no mínimo o dobro do Estado. Veja tabela abaixo:

Município Índice de Produtividade Rural (R$/km2) Índice % maior do que o Estado do RS

Augusto Pestana 334.127,00 162% Ajuricaba 326.760,00 156% Condor 287.983,00 126% Coronel Barros 278.493,00 118% Ijuí 263.582,00 106% Pejuçara 262.856,00 106% Nova Ramada 249.751,00 96% Panambi 247.715,00 94% Bozano 243.544,00 91% Catuípe 229.904,00 80% Jóia 154.841,00 21% Estado do RS 127.690,00 0% Augusto

Pestana Ajuricaba Condor Coronel Barros Ijuí Pejuçara Ramada Nova Panambi bozano Catuípe Jóia Estado do RS 0,00 50.000,00 100.000,00 150.000,00 200.000,00 250.000,00 300.000,00 350.000,00 400.000,00 Índice de Produ,vidade Rural (R$/km2)

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9 Evolução do índice de retorno do ICMS do município A evolução do índice de retorno do ICMS do município pode ser analisada sob o aspecto da evolução da sua classificação no ranking estadual. Conforme tabela geral geral somente os municípios de Coronel Barros e Ijuí apresentam uma posição melhor no ranking estadual quando comparado a todos os anos anteriores. Na coluna da tabela “Avaliação do Ranking” demonstramos a diferença da posição atual em relação a melhor posição no ranking desde o ano de 2010, por exemplo:

- Ajuricaba apresenta o valor -2, pois significa dizer que a sua posição atualmente ocupada de 174 é pior em 02 pontos quando comparamos com a sua melhor posição no ranking que foi de 172 no ano de 2012.

Município Ano_2010 Ano_2011 Ano_2012 Ano_2013 Ano_2014 Avaliação Ranking

Ajuricaba 188 179 172 173 174 -2 Augusto Pestana 195 190 189 194 191 -2 Bozano 373 357 378 394 398 -41 Catuípe 151 153 158 157 158 -7 Condor 162 169 165 161 162 -1 Coronel Barros 417 406 408 402 383 0 Ijuí 31 34 32 26 26 0 Jóia 117 114 118 118 123 -9 Nova Ramada 338 306 311 328 337 -31 Panambi 48 45 46 39 41 -2 Pejuçara 202 188 174 197 207 -33

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4.2 Da importância das Micro e Pequenas Empresas

As micro e pequenas empresas desempenham papel relevante para a economia brasileira e atualmente totalizam 99% dos empreendimentos existentes no Brasil e respondem pelo maior número de empregos formais.

São agentes econômicos muito flexíveis, que proporcionam dinamismo ao mercado e representam significativas vantagens socioeconômicas para o país. Atuantes em todos os setores de atividade, estas empresas representam um “fôlego” extra para a economia nacional.

Os dados a seguir foram obtidos junto ao NIT (Núcleo de Inteligência Territorial) (http://www.nit.sebrae.com.br/) Do número de empregos gerados total e a contribuição das MPEs

Do número total de empregos gerados do território Noroeste Colonial, que são de 4.128, 42,80% destes as MPEs são responsáveis. Quando fazemos uma análise frente ao estado do RS este desempenho é melhor em 2,8 pontos %, entretanto sabe que existe uma grande oportunidade de potencializar esta participação.

TERRITÓRIO Número de Empredos Gerados Total Empregos Gerados pelas MPEs Contribuição

Noroeste Colonial 4.128 1.767 42,80% Estado do RS 3.082.991 1.240.280 40% 4.128 1.767 42,80% Representa4vidade do número de empregos gerados pela MPES sobre o total de empregos gerados no município

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11 Ao analisarmos os indicadores de cada município temos alguns com um índice de participação das MPEs superior a 50%, veja tabela a seguir: Municípios com participação % das MPEs em até 40% Munícipio com participação % das MPEs maior que 40,01% e menor que 50% Municípios com participação das MPEs superior a 50,01% Bozano, Jóia, Nova

Ramada,Panambi e Pejuçara Augusto Pestana, Catuípe e Condor. Ajuricaba, Coronel Barros e Ijuí

Da representatividade da massa salarial das MPEs sobre a massa salarial total das empresas Conforme abordado anteriormente, o setor da MPEs consiste em uma grande oportunidade para ser desenvolvido neste território. Enquanto em alguns municípios este setor tem uma representatividade da massa salarial bastante significativa, em outros a sua participação é bastante baixa, veja tabela a seguir:

MUNICIPIO Massa Salarial Total das Empresas Massa Salarial MPES Contribuição

DET R$ 7.711.102,64 R$ 2.418.292,18 31,36% Estado do RS R$ 6.468.335.842,00 R$ 1.763.796.329,00 27,27% R$ 7.711.102,64 R$ 2.418.292,18 31,36% R$ - R$ 1.000.000,00 R$ 2.000.000,00 R$ 3.000.000,00 R$ 4.000.000,00 R$ 5.000.000,00 R$ 6.000.000,00 R$ 7.000.000,00 R$ 8.000.000,00 R$ 9.000.000,00 1 Representa)vidade da massa salarial das MPEs sobre o total da massa salarial das empresas (ANO BASE 2013)

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Município Índice % da representatividade da massa salarial das MPEs sobre a massa salarial total das empresas Ajuricaba 52,07% Augusto Pestana 30,24% Bozano 15,57% Catuípe 49,10% Condor 40,92% Coronel Barros 52,10% Ijuí 36,32% Jóia 21,95% Nova Ramada 22,61% Panambi 23,29% Pejuçara 25,09% 4.3 Implementação da Lei Geral e do Potencial de Uso do Poder de Compras pelas MPES A Lei Geral, instituída pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às MEs e EPPs no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, nos termos dos artigos 146, 170 e 179 da Constituição Federal. Diante da ampla abrangência da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, foram eleitos quatro eixos básicos que norteiam o trabalho do SEBRAE na implementação da lei nos municípios:

1. Uso do Poder de Compra Objetiva adequar os processos licitatórios de acordo com as orientações da Lei Geral e fomentar a economia local via compras junto às MPEs, com o monitoramento dos resultados.

2. Desburocratização Objetiva agilizar o processo de abertura de empresas e seguir as orientações do Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM), além de emitir alvará provisório e definir as atividades de grau de risco, conforme indicado na Lei Geral.

3. Empreendedor Individual Objetiva manter a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) residencial para os empreendedores individuais formalizados, bem

Uso do Poder de

Compra Desburocraezação

Empreendedor

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como dispensar a cobrança do Habite-se e monitorar a inserção do EI na base de empresas.

4. Agente de Desenvolvimento Objetiva dispor de um plano de trabalho para o Agente de Desenvolvimento nomeado ou fortalecer uma estrutura organizacional (fórum, secretaria) que desempenhe funções previstas para o Agente de Desenvolvimento. O fato de um município ter a Lei Geral aprovada não significa que esteja implementada. Assim, é necessário atender a critérios definidos no questionário de monitoramento da implementação da Lei Geral.

As premissas para a efetiva implementação da Lei Geral nos municípios envolvem mudanças significativas nas práticas observadas nas administrações municipais, trazendo de volta conceitos básicos de cidadania, como a credibilidade do cidadão idôneo e o estado integrado e vinculado a uma política pública nacional. No ano de 2014, havia o seguinte cenário: Município Ano da Implementação da Lei Geral Ajuricaba 2013 Augusto Pestana 2014 Bozano Não Catuípe 2013 Condor 2013 Coronel Barros 2013 Ijuí 2014 Jóia 2014 Nova Ramada 2012 Panambi 2013 Pejuçara 2013

4.4 Número de Microempreendedores Individuais e Quantidade de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família.

Segundo informação obtida junto ao site do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT - www.nit.sebrae.com.br), nos municípios de menor porte, é comum existir um contingente de pessoas dependentes de programas sociais e que contam com o Poder Público para suprir suas necessidades básicas de subsistência. Uma demonstração clara de que o desenvolvimento está chegando à cidade é a diminuição do número de beneficiários dos programas sociais municipais, estaduais e federais pelo fato de as pessoas conseguirem fonte de renda própria, seja pela obtenção de um emprego em uma MPE ou por abrirem um pequeno negócio. Além disso, os pequenos empreendimentos são importantes geradores do primeiro emprego, trazendo jovens e adultos sem experiência para o mercado de trabalho e promovendo sua qualificação profissional inicial. Dessa forma, é promovida a inclusão produtiva de parcela da população normalmente excluída da economia formal.

A seguir o comportamento do Território Noroeste Colonial:

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Ano

Nº famílias Beneficiárias

pelo Bolsa Família

Microempreendedores

Nº de

Individuais

2011

7.858

1.768

2012

7.717

3.023

2013

7.347

4.314

2014

6.885

5.435

6.200 6.400 6.600 6.800 7.000 7.200 7.400 7.600 7.800 8.000 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 1 2 3 4 Compara'vo MEI e Beneficiários Bolsa Família Nº de Microempreendedores Individuais Nº famílias Beneficiárias pelo Bolsa Família

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4.5 Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um indicador composto que aborda, com igual ponderação, três áreas consagradas do desenvolvimento humano: Emprego & Renda, Educação e Saúde. Assim, o IFDM de um município consolida em um único número o nível de desenvolvimento socioeconômico local, através da média simples dos resultados obtidos em cada uma dessas três vertentes

O Índice é um estudo anual construído com base em estatísticas oficiais, a partir de dados declarados pelos municípios à Secretaria do Tesouro Nacional. Devido ao seu objetivo ser de contribuir para que a gestão pública seja eficiente e democrática, o mesmo examina “como os tributos pagos pela sociedade são administrados pelas prefeituras”. Por isso, o índice é considerado uma ferramenta de controle social que visa estimular a responsabilidade administrativa, aprimorar a gestão fiscal dos municípios e aperfeiçoar as decisões dos gestores públicos na alocação de recursos.

Este índice varia de 0 a 1, sendo que quanto maior a pontuação, melhor a gestão fiscal do município. E os conceitos vão de A a D, da seguinte forma:

CONCEITO PONTUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO

A Acima de 0,8001 Gestão de Excelência B Entre 0,6001 e 0,8 Boa Gestão C Entre 0,4001 e 0,6 Gestão em Dificuldade D Inferior a 0,4 Gestão Crítica A seguir apresentamos o quadro resumo das variáveis que compõe o IFDM: IFDM

Emprego & Renda Educação Saúde

Geração de emprego formal Matrículas na educação

infantil Número de consultas pré-natal Absorção da mão de obra

local Abandono fundamental no ensino Óbitos por causas mal-definidas Geração de Renda formal Distorção idade-série no

ensino fundamental Óbitos infantis por causas evitáveis Salários médios do emprego

formal Docentes superior com no ensino ensino fundamental

Internação sensível à atenção básica

Desigualdade Média de horas aula diárias no ensino fundamental Resultado do IDEB no ensino fundamental Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego Fonte: Ministério da Educação Fonte: Ministério da Saúde

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Município Estadual Ranking Consolidado Índice Firjan Índice Firjan Educação Índice Firjan Saúde Índice Firjan Emprego e Renda Ajuricaba 152º 0,7361 0,8388 0,8305 0,539 Augusto Pestana 181º 0,7245 0,7628 0,8798 0,5309 Bozano 220º 0,7044 0,7669 0,9525 0,3937 Catuípe 155º 0,7354 0,8332 0,9055 0,4677 Condor 161º 0,732 0,7636 0,8405 0,5919 Coronel Barros 255º 0,6887 0,7564 0,8607 0,449 Ijuí 24º 0,8241 0,836 0,8743 0,762 Jóia 395º 0,6331 0,7312 0,7765 0,3914 Nova Ramada 137º 0,7437 0,7694 0,9578 0,504 Panambi 10º 0,8397 0,7981 0,9331 0,7879 Pejuçara 132º 0,7461 0,792 0,9452 0,5012 A B C D Índice Firjan Consolidado 2 9 Índice Firjan Educação 3 8 Índice Firjan Saúde 10 1 Índice Firjan Emprego e Renda 2 7 2 Conforme indicadores, os todos os municípios quando considerado o índice Firjan Consolidado apresentam uma boa ou excelente gestão, entretanto quando analisado o indicador de Emprego & Renda este merece especial atenção pois a gestão em sua maioria é avaliada como crítica ou em dificuldade. O indicador de Emprego e Renda, que é composto por duas dimensões: Emprego - que avalia a geração de emprego formal e a capacidade de absorção da mão-de-obra local - e Renda - que acompanha a geração de renda e sua distribuição no mercado de trabalho do município. Cada uma destas dimensões representa 50% do índice de Emprego&Renda.

O objetivo da vertente Emprego&Renda é captar tanto a conjuntura econômica como características estruturais do mercado de trabalho do município

A dimensão Emprego, a conjuntura é retratada pelas taxas de crescimento do emprego

formal no ano base e no último triênio, enquanto a parte estrutural fica a cargo do grau de formalização do mercado de trabalho local, medido através da relação entre o estoque de

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trabalhadores com carteira assinada e a população em idade ativa do município. Por sua vez, a dimensão Renda é composta pelas taxas de crescimento da renda média no ano base e no

último triênio, representando os componentes conjunturais, bem como por dois indicadores

estruturais: Gini da renda, que ilustra a concentração da renda no mercado formal de trabalho, e massa salarial, que mede a relevância econômica do município e, portanto, seu potencial de servir como vetor de desenvolvimento para outros municípios.

4.6 Do nível de Investimento e Capacidade do Município em gerar receitas próprias

Baseado nos dados coletados no portal Meu Município (www.meumunicipio.org.br), um projeto tem como objetivo melhorar a apresentação e organização dos dados para auxiliar os gestores públicos em suas análises e tomadas de decisões, com este propósito foi criado o portal Meu Município.

Para o presente trabalho foram analisados 02 (dois) indicadores:

Nível de investimento: informa o % da Receita gasto em investimento no município.

Capacidade de gerar receitas próprias: mede a capacidade da prefeitura de gerar receitas de origem tributária e de contribuição econômica para cada Real de transferências intergovernamentais. Quanto menor o indicador, maior é a dependência das transferências intergovernamentais. Importante ressaltar que os dados apresentados neste portal são extraídos no Ministério da Fazenda - Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e do IBGE. No Território Noroeste Colonial temos o seguinte resultado:

Municipio Nível de Investimento Capacidade de gerar receita própria

Ajuricaba 4,89% 0,07 Augusto Pestana 4,84% 0,18 Bozano 8,34% 0,04 Catuípe 5,97% 0,13 Condor 4,94% 0,11 Coronel Barros 2,38% 0,09 Ijuí 4,26% 0,32 Jóia 1,89% 0,11 Nova Ramada 6,44% 0,04 Panambi 5,16% 0,27 Pejuçara 8,20% 0,09 Média do Território 5,21% 0,13

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18 4.7 Programa Compra Cidade O Programa Compra Cidade visa aproximar os pequenos negócios, do campo e da cidade, das oportunidades de fornecimento de produtos e serviços para a gestão pública municipal, oportunizando o desenvolvimento e fortalecimento da economia local. Este Programa é baseado na Lei Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar 147/2014, conhecida como a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que dispõe sobre a concessão de um tratamento diferenciado, simplificado e favorecido aos pequenos negócios nas licitações públicas. Baseado nos dados obtidos dos municípios do território Noroeste Colonial, temos o seguinte cenário no ano de 2014: 0,07 0,18 0,04 0,13 0,11 0,09 0,32 0,11 0,04 0,27 0,09 4,89% 4,84% 8,34% 5,97% 4,94% 2,38% 4,26% 1,89% 6,44% 5,16% 8,20% 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Ajuricaba Augusto

Pestana Bozano Catuípe Condor Coronel Barros Ijuí Jóia Ramada Nova Panambi Pejuçara

Capacidade de gerar receita própria Nível de InvesJmento

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FONTE: SEBRAE/RS

A tabela acima nos sinaliza que do total das compras realizadas pelo governos municipais somente 33,63% destas foram realizadas das MPEs e que 32,68% dos fornecedores foram dos próprios municípios.

Ao analisamos este indicadores temos 02 conclusões básicas:

1. Considerando somente as compras realizadas pelo governo fica claro a fuga de capital para a compra em outros município, o que impacta diretamente nas economias locais. Se do total das compras governamentais no valor de aproximadamente R$ 213.000.000,00. Somente 32,68% foi realizada dentro do território, pode-se presumir que tivemos uma fuga de capital de aproximadamente R$ 143.000.000,00 2. Existe uma grande oportunidade de fomento as MPEs. 4.8 Programa Nacional de Alimentação Escolar x Aquisição da Agricultura Familiar O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal criada pela Lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968, e alterada pelo Decreto Lei nº 872 de 15 de setembro de 1969, é responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação (MEC).

Dentre os diversos Programas desenvolvidos pela FNDE temos o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955, contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional.

São atendidos pelo Programa os alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o poder público), por meio da transferência de recursos financeiros.

Municipio Valor Total das Compras em 2014 Valor Total das Compras em MPEs em 2014 Número de Entidades que realizam compras governamentais % Fornecedores do Município % das Compras Governamentais feitas das MPES Ajuricaba R$ 10.938.281,70 R$ 4.940.308,90 2 34,36% 45,17% Augusto Pestana R$ 7.092.548,30 R$ 2.406.642,60 2 40,10% 33,93% Bozano R$ 3.220.431,90 R$ 1.765.714,10 2 15,88% 54,83% Catuípe R$ 6.597.714,20 R$ 2.468.426,70 2 43,74% 37,41% Condor R$ 8.191.905,80 R$ 3.662.994,70 2 41,39% 44,71% Coronel Barros R$ 4.981.543,60 R$ 2.607.307,50 2 26,84% 52,34% Ijuí R$ 115.725.802,80 R$ 31.689.530,00 6 34,09% 27,38% Jóia R$ 7.617.493,70 R$ 3.704.449,50 2 34,07% 48,63% Nova Ramada R$ 4.936.772,20 R$ 2.672.516,30 2 10,77% 54,11% Panambi R$ 37.943.355,60 R$ 13.436.877,80 3 48,62% 35,41% Pejuçara R$ 5.623.196,50 R$ 2.242.162,70 2 29,58% 39,87% Total R$ 212.869.046,30 R$ 71.596.930,80 27 32,68% 33,63%

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE disponibiliza, para consulta pública, os dados da aquisição da agricultura familiar para a alimentação escolar.

Os dados apresentados são preliminares, extraídos do Sistema de Gestão de Contas – SigPC – Contas Online do FNDE, em funcionamento a partir de 2011. Os registros do SigPC são realizados pelos gestores públicos municipais e estaduais responsáveis pela execução local do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, para fins de prestação de contas.

No território Noroeste Colonial temos a seguinte evolução:

É importante ressaltar que conforme a Lei número 11.947 de 16 de junho de 2009, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básicas, o artigo 14 diz que: “Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.

ANO VALOR TRANSFERIDO AGRICULTURA FAMILIAR VALOR AQUISIÇÕES DA PERCENTUAL

2011 R$ 1.510.140,00 R$ 589.748,90 39,05% 2012 R$ 1.496.196,00 R$ 654.448,26 43,74% 2013 R$ 1.754.386,00 R$ 832.011,09 47,42% 2014 R$ 1.483.032,00 R$ 823.221,72 55,51% 39,05% 43,74% 47,42% 55,51% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% R$ - R$ 200.000,00 R$ 400.000,00 R$ 600.000,00 R$ 800.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 1.200.000,00 R$ 1.400.000,00 R$ 1.600.000,00 R$ 1.800.000,00 R$ 2.000.000,00 1 2 3 4

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5. CONCLUSÃO

Ao analisarmos o Território Noroeste Colonial pode-se afirmar que, somos uma região em que o agronegócio tem uma grande influência econômica e com alto índice de produtividade, no entanto somente esta atividade não garante o posicionamento dos municípios perante o ranking de distribuição do ICMS dos estado do RS. Conforme citado anteriormente a redução do índice de um município não significa que houve redução da sua economia, mas apenas que o seu VA cresceu abaixo da média do Estado, ou seja, outros municípios tiveram um crescimento maior. A diversidade econômica torna-se necessária! Demonstramos , através da análise dos indicadores, que a grande fragilidade destes territórios concentram-se: Como viabilizar o Desenvolvimento Econômico deste território? Muitas são as oportunidades, entretanto vale destacar que o fomento ao Empreendedorismo pode ser uma das soluções. Quando analisamos que, em grande parte dos municípios temos uma baixa participação das MPEs nas economias locais e nas compras governamentais, o seu estimulo é um fator decisivo para uma mudança rápida e efetiva das comunidades em busca da sua sustentabilidade.

Segundo José Bernardo Toro, filósofo e educador colombiano, ele afirma que: “Toda ordem social é criada por nós. O agir ou não agir de cada um contribui para a formação e consolidação da ordem em que vivemos”. As informações nós temos, cabe a nós gestores, decidirmos o que fazer com as mesmas. A hora do agir , do empreender chegou!

Fomento ao

Empredo &

Renda

Nível de

Invesemento

Capacidade

de gerar

receita

própria

Fuga de

Capital

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