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USO DE JOGOS LÙDICOS COMO AUXÍLIO NA APRENDIZAGEM

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USO DE JOGOS LÙDICOS COMO AUXÍLIO NA APRENDIZAGEM

Jândeyse PAULI Cristian Rafael ANDRIOLLI Claudimara Cassoli BORTOLOTO Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Câmpus Medianeira Eixo 01: Formação inicial de professores da educação básica jandy.pauli@hotmail.com Resumo: Este trabalho retrata como os jogos lúdicos podem melhorar a compreensão de um determinado conteúdo para o ensino de química facilitando a aprendizagem do aluno. Os jogos como recursos didáticos proporcionam uma metodologia inovadora e conseguem chamar a atenção e despertar o interesse para o processo de ensino e aprendizagem, já que a falta de motivação é uma importante causa desse desinteresse. Esse relato de experiência busca apresentar o jogo Super trunfo sua aplicação para o ensino do conteúdo tabela periódica, qual viabilizou o potencial dos jogos como estratégias lúdicas, inovadoras metodologias, o que pode proporcionar aulas dinâmicas, interessantes menos exaustivas e monótonas.

Palavras-chave: ensino-aprendizagem, tabela periódica, jogos didáticos.

ABSTRACT: This work portrays as fun games can improve understanding of a particular content for chemistry teaching, facilitating student learning. The games provide an innovative methodology, managing to draw the attention of the student, since the lack of motivation is the main cause of lack of interest of the student. The educational games or play activities has been innovating methodology, dynamically, preventing the class is full and monotonous.

Key words: teaching and learning, periodic table, educational games. 1. Introdução

Esse relato parte de experiências didáticas pedagógicas construídas na disciplina Teoria do Currículo, que abrange a grade curricular para alunos da licenciatura em Química da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR. A necessidade de desenvolver práticas de ensino associadas ao conhecimento da estrutura curricular teve como plano norteador dessa disciplina o estudo da grade curricular da disciplina de química no Estado do Paraná, através das Diretrizes Curriculares de Química disponível pelo Estado. As análises desses documentos se deram associadas a consulta e análises de planos de ensino de uma escola pública do Município de Medianeira referente aos três anos do ensino médio, visando a comparação entre os conteúdos abordados nas diretrizes e os descritos no plano de ensino, bem como metodologias, material didático e formas de avaliação.

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Como prática final, cada aluno optou pela escolha de um dos conteúdos, e foi desafiado a elaborar um plano de ensino e desenvolver junto aos demais colegas que cursavam a mesma disciplina trocas de experiências com a apresentação da aula didática pedagógica sobre o conteúdo.

Essa proposta só foi possível realizar individualmente por cada aluno por ser essa turma composta de oito alunos, onde cada um pode executar o ofício e a arte da didática, contemplando o plano de ensino e suas principais características. Como conteúdo selecionado a experiência aqui relatada optou pelos jogos como uma forma de abordar o conteúdo, haja vista a ampla necessidade de despertar o interesse do aluno, com aulas dinâmicas, lúdicas e que principalmente consigam realmente fazer da tecnologia uma ferramenta complementar para o processo de ensino e aprendizagem, sem perder de vista o essencial da escola que é a garantia do conteúdo científico. O desenvolvimento e aplicação dessa experiência teve como norteador a pedagogia histórico crítica, já que ela parte do conhecimento inicial do aluno e o supera através da mediação do professor. A arte da didática, requer dos professores o domínio do conteúdo, quais com ampla formação de sua área específica podem potencializar suas práticas pedagógicas e as tornarem interessantes sem perder com isso o papel fundamental do professor como protagonista da transmissão do conteúdo.

2. Lúdico: Aprender de forma prazerosa

Os professores em formação ou recém formados ao experimentarem a realidade das escolas, se deparam com fatos que não foram apresentados ao longo do seu curso de formação como situações embaraçosas como atrair a atenção do aluno para o conteúdo que está sendo exposto na sala de aula. Atualmente, um dos maiores desafios da educação é certamente a capacidade de atrair a atenção ou interesse do aluno que cada vez é mais disperso dado ao conjunto de atrativos disponíveis na sociedade contemporânea.

Segundo Vera Maria Candu e Maurice Tardif (2002, p.140):

Não é possível negar a necessidade e importância da formação continuada em nossa sociedade hoje. No entanto, isso não significa que a formação inicial deve ser dispensada. Defendemos que, organizada em novos moldes, esse momento de formação pode representar uma experiência fundamental na formação profissional dos professores, tendo na Prática de Ensino um momento estratégico.

Para conseguir a atenção muitos professores acabam usando como metodologias de aprendizagem os jogos lúdicos, projetos interdisciplinares, ou seja, buscam ter a disposição mais recursos didáticos para tornar prazeroso o aprendizado ao aluno.

Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer em sua execução, ou seja, divertir o praticante. Se há regras, essa atividade lúdica

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pode ser considerada um jogo (SOARES, 2008). Quando as situações lúdicas são criadas pelo professor visando estimular a aprendizagem, revela-se então a dimensão educativa (SZUNDY, 2005).

O lúdico, requer criatividade e domínio do professor sobre o conteúdo, para que a atividade a ser desenvolvida se torne atrativa, sem que com isso perca-se a importância do conteúdo e sua garantia aos alunos.

A atuação profissional que preconiza a garantia de conteúdos científicos e simultaneamente formação crítica, consolida a função política da educação, função essa que muitas vezes tem sido restrita e limitada ao ensino de conteúdos descontextualizados da prática. O professor tem que ter consciência da vinculação do ensino com a realidade, visando a emancipação humana, através da conscientização política, como nos sugere Fernandes:

Pensar politicamente é alguma coisa que não se aprende fora da prática, se o professor pensa que sua tarefa é ensinar o ABC e ignora a pessoa de seus estudantes e as condições em que vivem, obviamente não vai aprender a pensar politicamente ou talvez vá agir politicamente em termos conservadores, prendendo a sociedade aos laços do passado, ao subterrâneo da cultura e da economia. (FERNANDES, 1989, p. 165) Nesse sentido, ter ferramentas como as tecnologias é essencial para potencializar a educação e o ensino, mas isso só não basta, pois, o professor é agente fundamental para a transmissão do conteúdo científico.

Saber manusear tais ferramentas que podem ser facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem, requer capacitação constante por parte do corpo docente, que quando munido de conhecimento sobre o manuseio das tecnologias disponíveis, poderá utilizá-las em benefício da educação, fazendo dela um complemento para despertar e provocar maior interesse dos alunos em relação ao conteúdo ensinado. Ao contrário de negar as tecnologias, deve o professor poder apropriar-se delas, potencializá-las como ferramentas que propiciem práticas pedagógicas significativas e de construção. Para isso, cabe aos professores, o planejamento minucioso para sua utilização, ao passo que cria situações de aprendizagens a fim de não se tornar só mais um modelo de ensinar.

A formação do professor preconiza o desejo e a motivação, além da renovação da própria escola que também se faz por meio das práticas pedagógicas, não só com a modernização de laboratórios, e outras condições materiais, mas sim dando condições reais para que o professor realize um trabalho dinâmico, inovador, instigador, com a utilização de tecnologias disponíveis aos seus alunos. De acordo com essas premissas, Moran (2004, p.15) destaca “O que deve ter uma sala de aula para uma educação de qualidade? Precisa fundamentalmente de professores bem preparados, motivados e bem remunerados e com formação pedagógica atualizada. Isto é incontestável”.

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Foi pensando nessa proposta de formação didática com associação entre prática e teoria, que desenvolveu-se na disciplina teoria do currículo do curso de Licenciatura em Química da UTFPR Campos de Medianeira experiências didáticas pedagógicas para o ensino da disciplina de química no primeiro ano do Ensino Médio.

É primordial que ao longo do processo formativo em qualquer curso de licenciatura, em especial na química, tornar o processo formativo acadêmico um potencializador de práticas pedagógicas, para que dessa forma o futuro professor tenha possibilidades de instruir-se para a prática docente, para ir desenvolvendo concomitantemente a sua formação, competências que são fundamentais aos professores sendo uma elas a arte da didática. No caso dessa experiência, implementada na disciplina Teoria do Currículo, pretendeu-se utilizar a teoria pedagógica histórico crítica, que no dizer Saviani (2008, p. 422) é uma proposta que:

(...) decorre um método pedagógico que parte da prática social que colocam num mesmo plano de inserção professor e aluno, porém o professor, não pode abrir mão da condução do conhecimento científico pela mediação, para que travem um fecundo conhecimento e encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social (problematização), [...] dispor os instrumentos teóricos e práticos para sua compreensão e solução (instrumentação) e viabilizar sua incorporação como elementos integrantes da própria vida dos alunos (catarse).

O trabalho do professor tem como ponto de partida o conhecimento inicial do aluno que por sua vez forma-se pelas práticas cotidianas, ou senso comum, na naturalização do conhecimento acrítico. Por meio da mediação, o professor intervém através do conhecimento cientifico com intuito de superar o senso comum, o que requer dele, planejamento, e domínio do conteúdo científico.

A contextualização do conteúdo é o que se denomina de levantamento da prática social dos alunos, a prática crítica do professor mediado pela didática histórico crítica, deve seguir três passos, que conforme Saviani (2008) são indispensáveis a essa pedagogia, sendo eles a síncrese, síntese e catarse.

A síncrese é caracterizada por Saviani (2003) como levantamento da prática social do aluno, já a síntese, é a intermediação do professor que tem o conhecimento inicial do aluno como ponto de partida para o trabalho pedagógico, mas o supera por meio do conhecimento científico. E a última etapa, a catarse é a reelaboração do conhecimento potencializada pela mediação do professor e a assimilação do conteúdo científico.

Essa experiência visou consolidar as três etapas da pedagogia histórico crítica, com influência teórica na formação didática dos alunos e futuros professores de química com posterior desenvolvimento de metodologias de ensino concatenando o conteúdo científico, com exercícios de fixação associados aos jogos lúdicos.

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Há uma ampla dificuldade dos alunos de nível médio para compreender os conteúdos de química. Nessa disciplina, assim como em todas as áreas, existem dificuldades na compreensão de alguns conteúdos, muitos alunos perdem o foco por achar a matéria difícil e pouco atrativa, e alguns professores tendem a deixar o conteúdo maçante. Diante da experiência em sala de aula como ex alunos de ensino médio, os futuros professores passaram a analisar que conteúdos do ensino médio eram avaliados como de difícil compreensão, o que causava maiores dificuldades para sua assimilação, onde chegou-se à conclusão de que uma ampla dificuldade é a do professor associar o conteúdo com a prática ou realidade dos alunos.

Alguns pesquisadores, como Soares, Okumura e Cavalheiro (2003) apresentam propostas como a utilização de jogos para ensinar o conceito de equilíbrio químico, qual vêm tendo resultados positivos.

Para entendermos como o lúdico é importante no processo ensino-aprendizagem na educação, devemos primeiro analisar o que é o lúdico e qual o seu papel na educação. Como estas práticas podem intervir no ensino de maneira positiva a fim de proporcionar simultaneamente o aprendizado e a brincadeira de forma prazerosa para adolescentes e jovens nessa fase da educação.

O termo lúdico, segundo o Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2001), é utilizado para definir jogos, brinquedos e brincadeiras, enfim, ações do brincar que o ser humano realiza durante a vida.

Rodrigues (2007) infere que a conduta lúdica, caracterizada pelo prazer, pela diversão e pela alegria, pode ser propiciada por meio de muitas atividades, como festas, teatro, literatura, jogos, danças, brinquedos e brincadeiras.

Tais práticas são resultados do que é produzido socialmente e transmitidos de geração para geração, suas mudanças se adequam ao desenvolvimento ou mudanças sociais, conforme as transformações que permeiam a sociedade. Neste sentido podemos dizer que o lúdico é histórico, ultrapassa gerações e está presente em qualquer tipo de sociedade ou cultura.

O conceito de jogo é intrínseco ao lúdico, ao referir-se sobre ele, Kishimoto (2010) ressalta que há vários significados para a palavra jogo, embora eles sejam diferentes, ou possuam características e estilos diversos como os jogos políticos, jogos matemáticos, jogos de cartas e assim por diante.

Além da diversidade que caracteriza cada jogo há em comum entre eles a existência de regras, essas apresentam formas de interação que conduzem o desenvolvimento do ato lúdico ao passo que despertam a atenção para com o seu cumprimento com os significados característicos de cada jogo. (KISHIMOTO, 2010).

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Legrand (1974) classifica os jogos em cinco classes, funcionais, de ficção ou imitação, de aquisição, fabricação e competição, tais classificações podem combinar-se entre si, e não se manifestar com características puras, ou restritas a um tipo apenas.

Desse modo o jogo representa comportamentos de caráter simbólico e de desenvolvimento social que consiste, num primeiro momento em uma atividade desinteressada espontânea e livre, culturalmente transmitido por cada sociedade. O jogo deve ser prazeroso e não deve ser forçado, mas sempre imbuído de regras, que impõem uma coerção mascarada pelo teor da brincadeira e descontração, sempre direcionada conforme o objetivo que se pretende alcançar para um determinado fim.

Diante da diversidade de jogos para o ensino de química, destaca-se nessa experiência didática para o ensino do conteúdo de química a utilização de um jogo que aborda conteúdos sobre a tabela periódica, sendo ele, o Super Trunfo de química.

Essa experiência concentrou-se didaticamente no estudo, desenvolvimento e aplicação do Super Trunfo para o estudo da tabela periódica.

2.1. Super trunfo: aspectos metodológicos de aplicação

Na busca por materiais didáticos para o ensino das propriedades periódicas e aperiódicas, pode-se verificar que os métodos mais utilizados são o tradicional (livro didático) e a Tabela Periódica interativa. A utilização desta tem mostrado resultados promissores, mas essa atividade fica na dependência da escola dispor de uma sala de informática ou pelo menos de alguns computadores (Trassi e Cols., 2001; Eichler e Del Pino, 2000).

O Ensino da Química e, em particular, o tema Tabela Periódica, praticado em um grande número de escolas, está muito remoto do que se propõe, isto é, o ensino atual favorece aspectos teóricos de forma tão complexa que se torna abstrato para o educando. [...] A elaboração da tabela periódica tal qual é conhecida hoje é um bom exemplo de como o homem, através da ciência, busca a sistematização da natureza. A tabela reflete, assim, de forma bastante intensa, o modo como o homem raciocina e como ele vê o Universo que o rodeia. (TRASSI E COLS., 2001, p. 1335-1336).

O ensino da Química e, em particular, o tema Tabela Periódica, praticado em grande número de escolas, está muito distante do que se propõe, isto é, o ensino atual privilegia aspectos teóricos de forma tão complexa que se torna abstrato para o educando. [...] A elaboração da tabela periódica tal qual é conhecida hoje é um bom exemplo de como o homem, através da ciência, busca a sistematização da natureza. A tabela reflete, assim, de forma bastante intensa, o modo como o homem raciocina e como ele vê o Universo que o rodeia. (Trassi e Cols., 2001, p. 1335-1336).

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Muitos alunos acabam acreditando que o melhor meio de saber os elementos é memorizar as informações mais importantes. Frente a isso, a utilização do jogo Super Trunfo como recurso didático tem sido positivo e mostrado resultados promissores. Uma das experiências foi desenvolvida por Canto e Zacarias (2009) que demonstraram sua utilização e regras na área de ciências biológicas para facilitar no ensino dos biomas brasileiros.

O jogo foi criado com base no jogo Super Trunfo1, que retrata assuntos variados.

Utilizando a essência do jogo já existente, o Super Trunfo, foi desenvolvido o tema central a Tabela Periódica dos Elementos Químicos, promovendo assim uma abordagem particularizada do assunto entre alunos, tanto do ensino médio, como os alunos do ensino fundamental (GODOI et al, 2009).

No desenvolvimento desse jogo foram selecionados 98 elementos químicos, no qual se abordava: número atômico, massa atômica, ponto de ebulição, ponto de fusão, densidade, eletronegatividade e configuração eletrônica, como é mostrado na (Figura 1).

Figura 1: Carta do jogo Super Trunfo da tabela periódica. Fonte: (Química nova na Escola, 2010).

Material:

As cartas foram feitas utilizando-se um programa computacional (Microsoft Excel), depois impressas e plastificadas. No entanto, é importante também que os alunos

1 O Super Trunfo é um jogo que existe e aborda diferentes assuntos, o mesmo foi adaptado para o

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façam parte da confecção das cartas, assim o material sugerido para cada grupo de trabalho compreende: - cartolinas (para confecção das cartas, sugere-se o modelo da Figura 1); - régua; - tesoura; - canetas; - material de pesquisa (livros). Esse jogo tem dois potenciais, ele pode ser criado pelo professor e aplicado aos alunos, ao mesmo tempo que pode ser criado pelos alunos com orientação do professor, para posteriormente ser aplicado uns com os outros.

2.2. Aplicação do jogo:

Está proposta foi utilizada na graduação de licenciatura em química, na Universidade Tecnológica Federal Do Paraná (UTFPR) campus Medianeira, para os alunos que estavam cursando a disciplina de teoria do currículo, com aplicação do conceito, como se eles tivessem no ensino médio.

O jogo da Tabela Periódica é exibido ao aluno após uma rápida introdução do assunto que é realizada pelo professor, seguindo justamente o cronograma realizado para a sala de aula. Dessa maneira, o jogo foi utilizado para aprendizagem e fixação do conhecimento. Deixando claro que o jogo não era para ser uma disputa e sim um meio dos alunos conseguirem uma melhor assimilação do conteúdo.

Na aplicação do jogo, os alunos foram sendo divididos em grupos de aproximadamente 3 pessoas, sendo que um do grupo teve que escolher a carta a ser jogada.

A avaliação da atividade, foi permitir compreender o ponto de vista e o interesse do aluno, a respeito do ofício que foi desenvolvido e o conhecimento destes sobre o assunto Tabela Periódica e propriedades periódicas.

As regras do jogo foram as seguintes: Precisava de dois ou mais jogadores, o objetivo é ficar com todas as cartas do adversário por meio dos confrontos de valores de cada elemento, para jogar o aluno teve que ter noção sobre os elementos químicos e suas propriedades (o ideal é a partir da 8ª série do Ensino Fundamental).

Preparação: as cartas passaram a ser distribuídas em números iguais para cada um dos jogadores. Cada jogador recolheu suas cartas e segurou de modo que os adversários não pudessem vê-las. As cartas continham informações sobre os elementos como: número atômico; massa atômica; ponto de ebulição; ponto de fusão; densidade; eletronegatividade; configuração eletrônica.

O primeiro jogador, escolheu uma carta e, entre as informações contidas nesta, dizendo o que desejaria confrontar com as cartas de seu adversário. Por exemplo: maior ponto de ebulição; menor densidade. Quando seu adversário escolheu a carta e a colocou em disputa, o jogador coloca a carta na mesa e, em seguida, seu adversário repetindo o

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mesmo ato, confrontando os valores. Quem tiver o valor mais alto ou mais baixo, ganha as cartas da mesa.

O que venceu a rodada anterior deve prosseguir o jogo até que um dos participantes consiga ficar com todas as cartas do jogo, vencendo a partida. Caso se dois ou mais jogadores abaixassem as cartas com o mesmo valor máximo ou mínimo, os demais participantes deixariam suas cartas na mesa e a vitória seria decidida entre os que estivessem empatados. Para isso, quem escolheu inicialmente comunicou um novo item a ser verificado na próxima carta, tendo como vencedor quem ganhar as cartas da rodada o que tiver o valor mais alto ou mais baixo do novo item.

3. Conclusão

A partir das respostas obtidas, notou-se que boa parte dos alunos descreveram o jogo como uma boa possibilidade de recurso didático para serem usados em sala de aula e que os mesmos aprenderam com o jogo. Sua aplicação como metodologia de ensino é mais uma estratégia que desenvolveram ainda no processo de formação, qual no futuro como professores poderá ser efetivada na sala de aula.

Foi possível observar um melhor rendimento sobre o conteúdo estudado, tendo um significado mais claro de como podemos utilizar a tabela periódica, pois percebe-se que nela se encontram dados que vão além de nome, símbolos, massa e número atômico de cada elemento.

Eles conseguiram compreender como é dada a organização dos elementos na tabela, possibilitando uma maior compreensão do entendimento das propriedades periódicas, principalmente as que estavam contidas na carta, exemplo, eletronegatividade, ponto de fusão, densidade, entre outras.

O jogo se apresenta como um importante instrumento didático, e pode contribuir para a assimilação do conhecimento e do conteúdo estudado, auxiliando o professor a consolidar o processo de ensino e aprendizagem, já que é um instrumento atraente devido, ao interesse que ele desperta no aluno.

3. Referências bibliográficas

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Referências

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